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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CCAADDEERRNNOO UUNNIIVVEERRSSIITTÁÁRRIIOO GGEEOOMMEETTRRIIAA AANNAALLÍÍTTIICCAA EE ÁÁLLGGEEBBRRAA LLIINNEEAARR Prof. Moacyr Marranghello Prof. Jorge Tadeu Vargas da Silva 2 GGEEOOMMEETTRRIIAA AANNAALLÍÍTTIICCAA EE ÁÁLLGGEEBBRRAA LLIINNEEAARR 1. Introdução: EMENTA DA DISCIPLINA: Matrizes - Operações com matrizes - Matrizes inversíveis - Determinan- tes - Sistemas lineares - Espaço vetorial - Combinação linear - Dependência linear - Base de um espaço vetorial - Vetor - Reta no espaço - O plano. OBJETIVOS GERAL: Que o aluno seja capaz de aplicar os conceitos de Álgebra Linear e Ge- ometria nos problemas de engenharia. ESPECÍFICOS � Operar com matrizes e calcular matriz inversa e operações elementares. � Reconhecer os tipos de matrizes. � Calcular determinantes. � Resolver sistemas de equações aplicando o método de Cramer e de Gauss. � Identificar as características de um vetor e representá-lo. � Operar com vetores. � Identificar espaços e sub-espaços vetoriais. � Identificar a base de um espaço vetorial. � Realizar produtos entre vetores. � Representar a reta nas suas diferentes formas de equações. � Resolver problemas que envolvam equações de retas. � Determinar a equação de planos. � Identificar as posições relativas entre planos/retas e planos/planos. � Determinar e reconhecer equações de cônicas. PROGRAMA DA DISCIPLINA � Matriz – tipos, determinação e operações - matriz inversa. � Determinante - cálculo de determinantes e propriedades. � Sistemas lineares - classificação e resolução. 3 � Vetor - definição, representação, características, tipos de vetores, versor de um vetor, combinação linear, dependência linear, espaços vetoriais, base de um espaço vetorial, projeção de vetores, expressão analítica e algébrica de vetor, módulo, distância entre dois pontos, cossenos diretores, paralelismo e perpen- dicularismo, produtos vetoriais. � A reta - equações vetorial, paramétrica e simétrica da reta, ângulo entre retas, paralelismo e perpendicularismo, coplanaridade, posições relativas entre retas. � O plano - equação do plano, posições relativas e distâncias. AVALIAÇÃO: INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS A avaliação será feita, basicamente por duas provas: 1ª Nota: uma prova valendo nove (9,0) pontos, com os conteúdos até a oitava aula e trabalhos com exercícios de aplicação valendo um (1,0) ponto. 2ª Nota: uma prova valendo oito (8,0) pontos na décima oitava aula, com os conteúdos da primeira até a décima sétima aulas e trabalhos valendo dois (2,0) pontos. Substituição: uma prova com os conteúdos da primeira até a décima nona aulas. A média para a aprovação é de acordo com a Resolução nº 0120, de 25/09/2002, do Conselho Universitário, isto é: Serão realizadas duas (2) atividades para compor dois (2) graus parciais durante o período letivo. Depois de feita a média ponderada desses graus ( o primeiro com peso 1 e o segundo com peso 2), o aluno que possuir , no mínimo, 75% de fre- qüência e média parcial igual ou superior a 6 será considerado aprovado.Para o aluno que tenha freqüência de 75% ou mais, mas média parcial inferior a 6, será oferecida uma prova de recuperação cumulativa de conteúdos e competências do semestre para substituir uma das notas dos dois primeiros graus (mantendo-se os respectivos pesos de cada grau): Grau 1 (G1) – Avaliação, com peso 1, com os conteúdos e competências desenvolvi- dos no primeiro bimestre letivo. Grau 2 (G2) – Avaliação, com peso 2, com todos os conteúdos e competências desen- volvidos no semestre letivo. Será considerado aprovado o aluno que obtiver média maior ou igual a 6,0, calculada pela equação ( ) ( ) 3 22G11G ×+× . 4 O aluno que não atingir o mínimo exigido terá oportunidade de realizar uma atividade de revisão geral de conteúdos e competência e mais uma atividade de substituição de um dos graus do semestre. REVISÃO GERAL – Serão elaboradas atividades individuais para que os alunos pos- sam trabalhar suas dificuldades com auxílio do professor. SUBSTITUIÇÃO DE GRAU – Será realizada uma avaliação final contendo todos os conteúdos e competências desenvolvidas no semestre letivo. O grau final será obtido, substituindo, na equação acima, o valor da nota da substituição de graus parciais G1 ou G2, a ser escolhido pelo aluno, pelo valor da nota da substituição de graus. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 1. WINTERLE, P. Vetores e Geometria Analítica. São Paulo: Makron Books, 2000. 232p. 2. STEINBRUCH, A. WINTERLE, P. Geometria Analítica. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. 583p. 3. HOWARD, A., RORRES, C. Álgebra linear com aplicações. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda, 2001.572p. 4. KOLMAN, B. Introdução à Álgebra Linear com Aplicações. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil ltda, 1998.554p. COMPLEMENTAR: 5. BOLDRINI, J. L. Álgebra Linear. São Paulo: Harbra. 1980. 411p. 6. BOULOS, P., CAMARGO, I. Geometria analítica - um tratamento vetorial. São Paulo: McGraw-Hill, 1987.385p. 7. JÚNIOR, O. G. Matemática por assunto – Geometria Plana e Espacial (nº 6). São Paulo. Ed. Scipione, 1988. 8. MACHADO, A. dos S. Matemática temas e Metas – Áreas e Volumes (nº 4). São Paulo. Atual Editora. 1988. 9. MACHADO, A. dos S. Matemática temas e Metas – Sistemas Lineares e Combinatória (nº 3). São Paulo. Atual Editora. 1988. 10. LIPSCHUTS, S., LIPSOM M.L., Algebra Linear. São Paulo. 3°ed. BOOKMAN.2004, 400 p 11. REIS, G. L. e Silva V. V., Geometria Analítica. São Paulo: 2° ed. LTC. 1996. 242 p. 12. SANTOS, N. M. dos. Vetores e Matrizes. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 287p. 5 2. MATRIZES: 2.1. CONCEITO: Denomina-se Matriz o conjunto de elementos formado por m linhas e n colunas, que são dispostas em um quadro, com um total de m.n elementos, que podem ser números, letras ou letras e números. 2.2. REPRESENTAÇÃO: A representação de uma Matriz Retangular de m.n elementos é dada pelo seguinte quadro: Amxn = mn3m2m1m n2232221 n1131211 a...aaa ............... a...aaa a...aaa Onde o 1.º Índice de cada elemento indica a sua linha e o 2.º Índice de cada elemento indica a sua coluna, assim o elemento a23 está localizado na 2.ª linha e 3.ª coluna. Obs.: 1) Utilizam-se letras maiúsculas para representar uma Matriz. 2) A ordem de uma Matriz é dada pelo seu número de linhas e colunas. Assim uma Matriz 3x2 possui 3 linhas e 2 colunas. 2.3. TIPOS DE MATRIZES: 2.3.1. MATRIZ LINHA: É aquela que possui uma única linha, sua ordem tem forma geral do ti- po 1xn. A1xn = [ ]n1131211 a...aaa Ex.: A = ( )2153 − ordem 1X3 B = ( )36 ordem 1X2 C = [ ]9752643 − ordem 1X6 6 2.3.2. MATRIZ COLUNA: É aquela que possui uma única coluna, sua ordem tem forma geral do tipo mx1. Bmx1 = 1m 21 11 b ... b b Ex.: P = − 5 9 1 ordem 3X1 Q = − 7 1 1 4 ordem 4X1 2.3.3. MATRIZ RETANGULAR: É aquela em que o número de linhas é diferente do número de colunas, sua ordem geral é do tipo mxn, com m≠n Amxn = mn3m2m1m n2232221 n1131211 a...aaa ............... a...aaa a...aaa Ex.: M = 240 192 − ordem 2X3 N = − 250 957 142 008 2544 ordem 5X3 2.3.4. MATRIZ QUADRADA: É aquela em que o número de linhas é igual ao número decolunas, sua ordem geral é do tipo nxn, ou resumidamente, ordem n. Cnxn = nnnn n n ccc ccc ccc ... ............ ... ... 21 22221 11211 Obs.: As matrizes quadradas possuem uma Diagonal Principal, que é formada pelos elementos que possuem índices iguais, e uma Diagonal Secundária, que é formada pelos elementos cuja soma de seus índices resulta n + 1. 7 Ex.: A = − 18 23 ordem 2X2 ou de 2ª ordem diag. Secundária diag. Principal B = − 724 790 8564 3X3 ordem ou de 3ª ordem diag. Secundária diag. Principal 2.3.5. MATRIZ TRANSPOSTA DE UMA MATRIZ: Dada uma Matriz A, sua transposta é outra matriz, que se representa por At, quando os elementos das linhas de uma matriz são os elementos das colunas da outra matriz. A2x3 = − − 164 752 At3x2 = − − 17 65 42 Obs.: Os elemento de posição ij da Matriz A ocupará a posição ji na Matriz At. Ex.: sendo A = − 19 39 24 , sua transposta é a matriz At = − 132 994 2.3.6. MATRIZ NULA: É aquela em que todos os seus elementos são nulos (“zeros”). A2x2 = 00 00 B2x3 = 000 000 2.3.7. MATRIZ IDENTIDADE: É aquela matriz quadrada que possui os elementos da Diagonal Princi- pal iguais a 1 e os demais elementos nulos (“zeros”). I2 = 10 01 I3 = 100 010 001 I4 = 1000 0100 0010 0001 e assim por diante. 8 2.3.8. MATRIZ TRIANGULAR INFERIOR: É aquela em que todos os elementos que ficam acima da Diagonal Principal são nulos (“zeros”). A3X3 = − − 310 052 007 B4x4 = − − 4508 0473 0086 0002 2.3.9. MATRIZ TRIANGULAR SUPERIOR: É aquela em que todos os elementos que ficam abaixo da Diagonal Principal são nulos (“zeros”). M3X3 = − − 300 250 2/137 P2x2 = − 70 28 Q4x4 = − − 3000 4600 3650 3601 2.4. CONSTRUÇÃO DE MATRIZES: Para se construir uma Matriz dependemos de sua Lei de Formação, muito embora possam ser criadas matrizes sem uma lei específica, são apenas um amontoado de números, letras ou letras e números. De um modo geral a Lei de Forma- ção depende da posição de cada elemento na matriz. Ex.: Construir as seguintes matrizes: a) A = (aij) 4x2 = 3i – 2j b) B = (bij) 2x4 = i2 – 3j c) C = (cij) 4x4 = <→+ >→− =→ jiseij jiseji jise ,23 ,2 ,1 2 2 Respostas: a) A = − 8 5 2 10 7 4 11 b) B = − − − − − −− 8 11 5 8 2 5 1 2 c) C = 1101214 30157 201712 141181 9 2.5. OPERAÇÕES COM MATRIZES: 2.5.1. ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO: Para somarmos ou subtrairmos duas matrizes, é necessário inicialmente que as matrizes possuam a mesma ordem. A operação é feita pela adição ou subtração em cada posição das duas matrizes resultando uma terceira matriz de mesma ordem, ou seja, teremos que Amxn +/- Bmxn = Cmxn, se todo cij = aij +/- bij. 2.5.2. MULTIPLICAÇÃO POR UM NÚMERO: Para multiplicarmos um número por uma Matriz devemos multiplicar to- dos os seus elementos pelo número escolhido, ou seja, teremos que dada a Matriz Amxn a Matriz B = 3.Amxn, é tal que todo bij = 3.aij. 2.5.3. MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES: Para multiplicarmos duas matrizes é necessário inicialmente que a 1.ª matriz tenha o número de colunas igual ao número de linhas da 2.ª matriz. Para obter- mos o elemento cij da matriz produto, deveremos fazer: cij = ai1.b1j + ai2.b2j + ai3.b3j + ... + ain.bmj A4x2 x B2x3 = C4x3 Exemplo: − − 12 03 47 31 x − − 304 523 = − −− − − 7410 1569 231437 1429 2.5.4. MATRIZ INVERSA: Sendo uma Matriz Quadrada A, de ordem M. Dizemos que a Matriz A é inversível se existir B tal que: A . B = B . A = In ou A . A-1 = In A Matriz B é chamada inversa da Matriz A e será indicada por A-1. Nota: a) Se existir a Matriz inversa, dizemos que a Matriz A é inversível, como contrá- rio ela é não-inversível ou singular. b) Existindo a Matriz inversa, ela é única Ex: Sendo a Matriz A = −15 20 , Obtenha sua inversa. 10 Solução: 25 13 . dc ba = 10 01 ++ ++ d2b5c2a5 db3ca3 = 10 01 Pela igualdade de Matrizes, obtemos: A-1 = −− − 35 12
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