Buscar

ICMS DF legtributaria AUD marcelo Aula 00

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 1
 
 
 
Bem vindos!!! 
Alunas e alunos do Ponto, olá! 
É com muito prazer que passo a acompanhá-los em sua preparação para a 
obtenção de uma das vagas para cargo de Auditor Fiscal da Receita, da 
Sefaz do Distrito Federal. 
Sou Marcelo Gonçalves Seco, e vamos tratar nas próximas aulas do conteúdo 
programático de Legislação previsto para a nossa prova, com base no edital 
publicado em 2010, mas com as alterações recentes da legislação 
pertinente. 
Antes, algumas palavras sobre mim: sou Paulistano, graduado em Sistemas de 
Informação e pós-graduado em Engenharia de Software. Minha experiência no 
mundo dos concursos começou em 1992, ano em que fui aprovado em 
concursos para a Sabesp (Analista de Sistemas), Cetesb (Analista 
Administrativo) e Comgás (Analista Financeiro). Na época, embora tivesse 
passado em primeiro lugar na Comgás, acabei optando pela Sabesp, onde 
trabalhei por alguns anos. Em determinado momento resolvi sair da Sabesp 
para a iniciativa privada (sim, isso acontece, meus caros). Em meus anos no 
setor privado ocupei os cargos de Diretor Administrativo e Diretor Financeiro, o 
que me proporcionou adquirir um vasto leque de conhecimentos. 
Em janeiro de 2009 retomei a vida de concurseiro e, tendo sido aprovado no 
primeiro concurso para APOFP da Sefaz SP, voltei ao serviço público. Em 2012 
fui aprovado no concurso para AFTM de São Paulo, cargo que exerci até há 
pouco tempo. Atualmente sou Agente Fiscal de Rendas na Sefaz SP. 
Nos últimos cinco anos tenho estado imerso nesse mundo e angariei 
conhecimento sobre as matérias que precisamos estudar e também sobre a 
forma correta de nos prepararmos para as provas. É esse conhecimento, 
associado à minha experiência como professor e instrutor em diversos cursos e 
palestras, que pretendo dividir com vocês. 
Na Sefaz SP, o meu trabalho é analisar pedidos administrativos relacionados 
ao ICMS, não originados em auto de infração, e propor decisão de primeira 
instância para esses casos. Legislação, então, é o meu dia a dia. 
Aula 00 – Introdução aos Tributos Distritais 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 2
 
 
Muito bem! Vamos preparar nosso curso com foco no último edital da 
Funiversa. Foram autorizadas 100 vagas e, embora tenhamos um bom período 
para que nos preparemos, não temos tempo a perder! Muito cedo para 
começar? Claro que não!!! Estamos no momento ideal. 
De qualquer forma teremos que laborar arduamente, porque nosso objetivo 
não será obter o mínimo, mas garantir a maioria dos pontos em 
legislação na prova objetiva, e para isso é que trabalharei com vocês. 
Temos que trabalhar durante as aulas com uma meta de 90% de acertos para 
que, na prova, obtenhamos entre 75% e 80%. 
Não se sabe qual será a banca. Vamos resolver questões das bancas 
tradicionais. Vou pesquisar questões da Funiversa e, se existirem, vamos 
resolver algumas também. 
Optarei por deixar de lado provas anteriores a 2009, para ficarmos atualizados 
com as tendências do examinador. Se necessário utilizarei algumas questões 
mais velhas, sempre com o cuidado de não inserir material obsoleto. 
Cada uma de nossas aulas terá uma parte inicial teórica, na qual abordaremos 
os aspectos essenciais relacionados ao tema. Após isso, apresentarei um bloco 
de questões resolvidas sobre o assunto. No final de cada aula existirá a lista 
das questões utilizadas. O texto teórico e a resolução das questões terão 
sempre um tamanho equilibrado, o que lhes permitirá assimilar o conteúdo 
com tranquilidade. 
Na última aula eu disponibilizarei um resumo com dicas e observações que 
julgo importantes sobre os temas mais explorados pela banca, material que 
deve ser carregado no seu bolso na reta final para a prova, para ser lido várias 
vezes. 
Meus caros, nas duas últimas semanas que precedem a prova vocês devem ter 
um material pronto para ser usado na revisão. Durante as aulas anotem os 
pontos em que sentiram maior dificuldade, isso fará parte do seu caderno de 
reta final. 
 
Nosso Curso 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 3
Quero que façam o seguinte: nas duas últimas semanas vocês vão estudar 
seus resumos duas vezes (uma vez em cada semana) isso será essencial. 
Para tanto, devem começar a se organizar desde já, em todas as matérias. 
Ao final do curso eu pretendo que vocês estejam prontos e seguros para 
DESTRUIR a sabatina de Legislação. 
 
 
Deixo com vocês, para reflexão, uma frase de André Gide, sobre a importância 
de não procrastinar. Ao lado dela, uma figura que é a personalização da 
obstinação: o Fidalgo Dom Quixote, do mestre Cervantes. 
 
 
 
Se não fizeres isto, quem o fará? Se não o fazes 
logo, quando será? 
 
 
 
Meus caros, a obstinação deve estar ao lado de vocês nos próximos meses, 
pois a hora é agora!!! 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 4
 
 
Aula Conteúdo 
00 
Perfil Constitucional dos Tributos Distritais (CF 1988). 
Leis Complementares de Interesse para os Tributos Distritais. 
Lei Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do 
Orçamento do Distrito Federal). 
01 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Hipóteses de 
incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da 
operação e da prestação. 
02 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Isenção, não 
incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, 
crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 
03 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97:Substituição 
tributária, suspensão, transferência de saldo credor, 
compensação, restituição. 
04 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Inscrição, 
documentos fiscais, livros fiscais, guias informativas, equipamento 
emissor de cupom fiscal, equipamento de processamento 
eletrônico de dados, regimes especiais e demais obrigações do 
contribuinte e de terceiros. 
05 
IPVA - Lei nº. 7.431/85 e Decreto nº. 16.099/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes. 
06 
ITCD - Lei nº. 10/88 e Decreto nº. 16.116/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes e de terceiros. 
07 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência 
do fato gerador, local da operação e da prestação. 
08 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Isenção, não incidência, contribuinte, 
responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e 
pagamento do imposto. 
09 
IPTU - Decreto nº. 28.445/2007: Fato gerador; hipóteses de 
incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; 
inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 
10 
ITBI - Lei nº. 3.830/2006 e Decreto nº. 27.576/2006: Fato 
gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; 
contribuinte; responsável; inscrição; basede cálculo; alíquota; 
obrigações dos contribuintes 
11 
Simples Nacional LC 123/2006: I – Disposições Preliminares; II - 
Da Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte; III 
- Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI – 
Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e 
Transitórias). 
12 
Taxa de Limpeza Pública - TLP Lei nº. 6.945/81. 
Contribuição de Iluminação Pública 
13 Processo Administrativo Fiscal - Decreto Nº 33.269/2011. 
Nossas Aulas 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 5
 
14 
Código de ética dos servidores da carreira auditoria tributária - Lei 
Distrital nº 845/1994 
15 
Código Tributário do Distrito Federal (LC DF nº. 4/94). 
Parcelamento de créditos de natureza tributária e não tributária 
(LC DF nº. 432/2001). Atualização monetária dos créditos de 
natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 833/2011). 
Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a LC 
DF nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 
16 
LC 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF). Ajuste 
SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). Decreto nº. 
26.529/ 2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal 
Eletrônico). Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº. 29.396/2008 e 
Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). Lei nº. 
9.784/99, aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 
2.834/2001. 
17 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. 
 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 6
 
 
 
 
Apresentação 1 
1 – Tributos e Legislação Tributária 7 
2 - Perfil Constitucional dos Tributos Distritais 16 
3 - Leis Complementares de Interesse para Tributos Distritais 27 
4 - Sistema Tributário do Distrito Federal 46 
 
 
 
 
 
Exercícios Resolvidos 51 
Lista das Questões Apresentadas 83 
Gabarito 98 
 
Índice 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 7
1 – Tributos e Legislação Tributária 
 
Turma, vamos entender alguns conceitos do direito tributário, depois 
entraremos no estudo do perfil constitucional cada tributo. Isso será 
necessário para que eu tenha certeza de que estaremos todos falando a 
mesma língua. 
No nosso curso, sempre que possível manterei fragmentos do próprio texto 
legal que estivermos estudando, isso ajudará na resolução de questões que 
cobrem a literalidade. Contudo, para simplificar o texto e tornar a leitura mais 
leve, durante a aula vou utilizar alguns termos reduzidos, que sempre serão 
definidos na primeira vez em que forem utilizados. 
De maneira geral, quando se fala em tributos e do arcabouço legal que trata 
do tema, temos que pensar da seguinte forma: 
� Perfil constitucional 
� CTN 
� Lei complementar 
� Lei ordinária instituidora 
� Decreto regulamentador 
� Normas complementares 
 
Perfil constitucional 
A previsão de determinado tributo na Constituição Federal (CF) é o que 
permite que ele exista e seja reconhecido pelo ordenamento jurídico pátrio. Em 
poucas palavras, os entes federativos só podem criar os tributos autorizados 
na CF. 
CTN – Código Tributário Nacional 
O CTN é uma Lei Ordinária que foi recepcionada pela CF com status de Lei 
Complementar. Sua função é dispor sobre o Sistema Tributário Nacional e 
instituir normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e 
Municípios. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 8
Lei Complementar no Direito Tributário 
 
As funções da lei complementar (LC) no direito tributário são definidas no art. 
146 da CF, e são as seguintes: 
 
� dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
� regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
� estabelecer normas gerais de legislação tributária, em especial: 
� definição de tributos e de suas espécies, fatos geradores, bases de 
cálculo e contribuintes; 
� obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência 
tributários; 
� adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
� definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte 
 
Além do CTN, que é a Lei 5172/66, os casos mais notórios de lei complementar 
com fito tributário, e que você deverá conhecer melhor do que a tabuada, são: 
� LC 87/96, a famosa Lei Kandir, sobre o ICMS; 
� LC 116/03, sobre o ISS; 
� LC 123/06, sobre o Simples Nacional; 
� LC 24/75, sobre o Confaz (ICMS). 
 
Quando não existe lei complementar regulando determinado tributo, o ente 
federativo competente para institui-lo pode estabelecer livremente as normas, 
sem desobedecer aos ditames da CF, é claro. 
Na eventualidade de edição de LC sobre o tema, ficam sem efeito as 
disposições da lei ordinária existente que forem contrárias à LC. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 9
 
Regra geral: tributos não são instituídos por LC 
 
Exceções: Empréstimo Compulsório, Imposto sobre 
Grandes Fortunas, Impostos Residuais e Contribuições 
Sociais Residuais. 
 
Lei Ordinária Instituidora 
Trata-se de lei ordinária, editada pelo ente federativo detentor da competência 
tributária prevista pela CF, que institui o tributo e define os elementos que se 
fazem necessários para a sua efetiva arrecadação. 
 
Regra geral 
 
É a lei ordinária que institui o tributo! 
 
Decreto Regulamentador 
Esse é um instrumento que detalha a operacionalização da cobrança e 
fiscalização do tributo. É o guia a ser seguido pelos contribuintes e pela 
administração tributária. 
Não é obrigatório, e não são todos os tributos que possuem decreto 
regulamentador. Muitos entes federativos instituem e cobram tributos valendo-
se apenas da lei ordinária. 
Normas complementares 
Esses são os elementos que regem o dia a dia das repartições tributárias. São 
normas expedidas pela administração, detalhando e uniformizando 
procedimentos. São eles: 
� atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
� decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, 
a que a lei atribua eficácia normativa; 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 10
� práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; 
� convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios. 
 
Um tributo pode não ter LC e nem decreto regulamentador. Mas, com certeza, 
embora não seja obrigatório, até a taxa mais boba instituída pela Prefeitura 
mais longínqua, tem associada a si uma resolução ou instrução normativa. 
1.1 – Definição de Tributo no CTN 
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela sepossa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei 
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
Essa definição já foi muito batida e até abandonada por algumas bancas, mas 
fiquemos atentos. 
Tributo é: 
� Prestação pecuniária - deve ser pago em moeda (ou outros valores) 
� Compulsória – poder imperativo do Estado 
� Não é sanção de ilicitude – multa não é tributo, tributo não é punição 
� Instituído em Lei – não se pode cobrar tributo sem lei que o institua 
� Vinculado – a administração tributária não possui margem discricionária 
nas suas atividades 
 
 
Multa não é tributo. 
 
Tributo não é punição. 
 
A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador 
da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
� a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
� a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 11
A multa, por seu caráter punitivo (trata-se de sanção baseada em ato ilícito) 
não é considerada tributo, e nenhum tributo tem caráter punitivo. Cuidado, 
pois as bancas já exploraram isso centenas de vezes. 
 
 
Tributo é gênero, que engloba as seguintes espécies: 
 
� Imposto 
� Taxa 
� Contribuição 
 
1.2 – Classificação dos Tributos no CTN - Tripartite 
Para o CTN, os tributos são: 
� Impostos 
� Taxas 
� Contribuição de Melhoria 
 
A CF, na atribuição de competências, lista o seguinte: 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
� impostos; 
� taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
� contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 12
1.3 – Classificação dos Tributos no STF - Pentapartite 
Para o STF, os tributos são: 
� Impostos 
� Taxas 
� Contribuição de Melhoria 
� Empréstimos Compulsórios 
� Contribuições Especiais 
 
1.4 – Obrigação Tributária 
Segundo o CTN. A obrigação tributária pode ser principal ou acessória. 
Obrigação tributária principal 
Surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito 
dela decorrente. 
Obrigação tributária acessória 
Decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da 
fiscalização dos tributos. 
A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se 
em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 
Ou seja, se o contribuinte recebeu uma multa em virtude de descumprimento 
da legislação (por não cumprir uma obrigação acessória), está constituída uma 
nova obrigação, desta vez, obrigação principal de pagar. 
1.5 – Fato Gerador 
A definição legal do fato gerador é interpretada sem considerar: 
� a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, 
responsáveis, ou terceiros; 
� a natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; 
� os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 13
Fato gerador da obrigação principal 
É a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
Trata-se de uma situação fática, concreta, que ocorre no mundo real e se 
encaixa na hipótese de incidência abstrata definida em lei 
Na prática temos dois momentos relevantes: 
Primeiro 
Hipótese de Incidência (abstrata) + Fato Gerador (concreto) = Obrigação 
Tributária Principal. 
Segundo 
Obrigação Tributária Principal + Lançamento = Crédito tributário Constituído. 
Fato gerador da obrigação acessória 
É qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a 
abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
Considera-se ocorrido o fato gerador: 
Tratando-se de situação de fato 
Desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais 
necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. 
Tratando-se de situação jurídica 
Desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de 
direito aplicável. 
Os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: 
� sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; 
� sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da 
celebração do negócio. 
A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, 
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 14
1.6 – Sujeitos da Obrigação Tributária 
Sujeito Ativo 
Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da 
competência para exigir o seu cumprimento. 
Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que 
se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos 
direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua 
própria. 
Sujeito Passivo da obrigação principal 
É a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
O sujeito passivo da obrigação principal pode ser: 
� contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que 
constitua o respectivo fato gerador; 
� responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
 
Sujeito Passivo da obrigação acessória 
É a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto. 
Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à 
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à 
Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das 
obrigações tributárias correspondentes. 
 
1.7 – Crédito Tributário e Lançamento 
Crédito Tributário 
O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza 
desta. Sua constituição ocorre por meio do lançamento. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 15
As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus 
efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos,ou que excluem sua 
exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. 
O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, 
ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, 
fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade 
funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. 
Lançamento 
Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, 
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade 
cabível. 
A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob 
pena de responsabilidade funcional. 
1.8 - Competência para instituição de tributos 
A CF determina os tributos que cada ente pode instituir. Antes disso, vamos 
ver o caso peculiar dos impostos nos territórios e do DF. 
Nos Territórios 
Os impostos estaduais são de competência da união. 
Caso o território não seja dividido em municípios, também serão de 
competência da união os impostos municipais. 
No Distrito Federal 
Os impostos municipais são de competência do Distrito Federal. 
1.8.2 – Tributos dos Estados e do DF 
Os Estados e o DF podem criar os seguintes tributos: 
� Contribuição de Melhoria 
� Taxas 
� Contribuição, cobrada de seus servidores, para o regime previdenciário 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 16
� Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou 
direitos - ITCMD; 
� Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior - ICMS; 
� Imposto sobre propriedade de veículos automotores - IPVA 
 
Só para o DF (e municípios) 
� Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública – Cosip 
 
2 - Perfil Constitucional dos Tributos Estaduais – CF 88 
É essencial que tenhamos na ponta da língua os preceitos constitucionais de 
cada tributo que estudaremos. 
 
2.1 – Contribuição de Melhoria 
Pode ser cobrada por qualquer ente da federação, desde que relativa a obras 
de sua realização. A CF nada diz a seu respeito, a não ser que deve ser 
cobrada em função de obras públicas. 
O CTN é que dá as linhas gerais: 
Contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a 
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da 
obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
A lei relativa à contribuição de melhoria observará o seguinte: 
� publicação prévia dos seguintes elementos: 
� memorial descritivo do projeto; 
� orçamento do custo da obra; 
� determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela 
contribuição; 
� delimitação da zona beneficiada; 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 17
� determinação do fator de absorção do benefício da valorização para 
toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela 
contidas; 
� fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos 
interessados 
� regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da 
impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua 
apreciação judicial. 
 
A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela 
do custo da obra pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos 
respectivos fatores individuais de valorização. 
 
2.2 – Taxa 
Pode ser cobrada por qualquer ente da federação, desde que relativa a eventos 
situados no âmbito de sua competência. 
A CF traz apenas a motivação para a cobrança: 
� em razão do exercício do poder de polícia ou 
� pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
 
Taxas no CTN 
 
As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a 
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que 
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das 
empresas. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 18
Os serviços públicos consideram-se: 
 
� utilizados pelo contribuinte: 
� efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
� potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam 
postos à sua disposição mediante atividade administrativa em 
efetivo funcionamento; 
� específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de 
intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; 
� divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de 
cada um dos seus usuários. 
 
2.3 – Contribuição dos servidores para o regime previdenciário 
Pode ser instituída por qualquer ente federativo, para suportar os custos do 
regime previdenciário de seus servidores públicos. 
A única exigência da CF é que a alíquota cobrada dos servidores dos estados e 
dos municípios não seja inferior à alíquota cobrada pela união. 
 
2.4 - Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer 
bens ou direitos – ITCMD (ITCD no DF); 
Vamos ver o que diz a CF: 
� relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado 
da situação do bem, ou ao Distrito Federal 
� relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde 
se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou 
ao Distrito Federal; 
� terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
� se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
� se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o 
seu inventário processado no exterior; 
� terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
 
Fato gerador 
Transmissão por causa mortis ou por doação de quaisquer bens ou direitos. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 19
No caso de causa mortis, o fato gerador ocorre no momento da abertura da 
sucessão, ou seja, no momento do falecimento do de cujus. 
Base de cálculo 
Valor de mercado dos bens ou direitos transmitidos. 
Contribuinte 
Qualquer das partes envolvidas no fato. 
No causa mortis, a maioria das UFs determinam os sucessores (herdeiros e 
legatários), como contribuintes. 
Na doação, podemos ter o doador ou o donatário, dependendo da situação, 
como contribuintes. 
Anterioridade: sim 
Noventena: sim 
Legalidade: sim 
 
2.5 - Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior - ICMS 
Vamos ver o que diz a CF: 
� será não-cumulativo, compensando-seo que for devido em cada 
operação com o cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado; 
� a isenção ou não-incidência, salvo disposição contrária (SDC): 
� não implicará crédito para compensação nas operações seguintes; 
� anulará crédito das operações anteriores; 
� poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e 
dos serviços; 
� resolução do Senado deverá (deve): 
� estabelecer as alíquotas interestaduais e de exportação; 
� iniciativa do Pres Rep ou de 1/3 Senadores 
� aprovada pela maioria absoluta 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 20
� facultado ao Senado (pode): 
� estabelecer alíquotas mínimas internas 
� resolução de iniciativa de 1/3 
� aprovada pela maioria absoluta; 
� fixar alíquotas máximas internas para resolver conflito específico 
� resolução de iniciativa da maioria absoluta 
� aprovada por 2/3; 
 
� SDC do Confaz, alíquotas internas não poderão ser inferiores às 
interestaduais; 
� operações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado 
em outro Estado, adotar-se-á: 
� alíquota interestadual, se destinatário for contribuinte do imposto; 
� alíquota interna, se destinatário não for contribuinte; 
� quando interestadual para contribuinte, caberá ao Estado do destinatário 
a diferença entre a alíquota interna e a interestadual; (diferencial de 
alíquota) 
� incidirá também: 
� entrada de mercadoria ou serviço importado por PF ou PJ, ainda 
que não seja contribuinte habitual, qualquer finalidade, cabendo o 
imposto ao Estado do destinatário; 
� sobre o valor total, quando mercadorias fornecidas com serviços 
não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
� não incidirá: 
� saídas de mercadorias para o exterior e serviços prestados a 
destinatários no exterior, assegurada a manutenção do crédito; 
� sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive 
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e 
energia elétrica; 
� sobre o ouro, quando ativo financeiro (IOF); 
� serviço de comunicação via radiodifusão sonora e de sons e 
imagens de recepção livre e gratuita; 
� não compreenderá, na BC, o montante do IPI, quando: 
� operação realizada entre contribuintes 
� produto destinado à industrialização ou à comercialização 
� FG dos dois impostos; 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 21
� cabe à lei complementar: 
� definir contribuintes; 
� dispor sobre ST; 
� disciplinar o regime de compensação; 
� fixar o local das operações e prestações de serviços; 
� excluir da incidência do imposto as exportações (letra morta); 
� prever casos de manutenção de crédito, na remessa para outro 
Estado e exportação; 
� regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do 
Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados. (Confaz) 
� definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto 
incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, 
(incidência monofásica) 
� fixar a BC de modo que o montante do imposto a integre, também 
na importação. 
 
Sobre operações com energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados 
de petróleo, combustíveis e minerais do País, somente incidirão ICMS, II e 
IE. 
 
Na incidência monofásica do ICMS sobre combustíveis, cujas regras deverão 
ser decididas pelo Confaz, observar: 
� nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados, imposto 
caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; 
� nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e 
seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não derivados, imposto 
será repartido entre origem e de destino, mantendo-se a mesma 
proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; 
� nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e 
lubrificantes e combustíveis não derivados, destinadas a não 
contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; 
� as alíquotas serão definidas pelo Confaz observando-se o seguinte: 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 22
� serão uniformes em todo o país, podendo ser diferenciadas por 
produto; 
� poderão ser específicas, por unidade, ou ad valorem, incidindo 
sobre o valor ou preço que o produto ou seu similar alcançaria em 
uma venda em condições de livre concorrência; 
� poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando a 
anterioridade. 
 
Turma, o ICMS é um dos tributos mais complexos, e vamos entrar no estudo 
de seus detalhes nas aulas futuras. 
Fato gerador 
Diversos 
Base de cálculo 
Diversas 
Contribuinte 
Diversos 
Anterioridade: sim, com exceções na volta ao patamar de alíquota 
anteriormente diminuída, no caso da incidência monofásica de combustíveis. 
Noventena: sim 
Legalidade: sim, com exceções na incidência monofásica de combustíveis 
(Confaz) 
2.6 - Imposto sobre propriedade de veículos automotores – IPVA 
Vamos ver o que diz a CF: 
� terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
� poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização 
 
Fato gerador 
Propriedade de veículo automotor. Como não foi editada a LC a respeito, cada 
UF define o que é veículo automotor. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 23
Base de cálculo 
Valor venal do veículo. 
Contribuinte 
Proprietário do veículo. 
 
Anterioridade: sim 
Noventena: sim, exceto definição da base de cálculo. 
Legalidade: sim. 
 
2.7 - Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública – 
Cosip 
O que diz a CF: 
No caso da Cosip, a competência é municipal. Portanto, não cabe aos estados, 
apenas ao DF. 
A Cosip não possui LC que defina suas normas gerais. 
As leis instituidoras têm adotado o consumo de energia como fato gerador e os 
consumidores de energia como contribuintes. Os casos polêmicos têm sido 
decididos no STF. 
 
2.8 - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTU 
O que diz a CF: 
 
� pode ser progressivo em razão do valor do imóvel 
� pode ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do 
imóvel 
 
CTN 
 
Fato gerador 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 24
A propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por 
acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do 
Município. 
Entende-se como zona urbana a definida em lei municipal, observado o 
requisito mínimo da existência de pelo menos dois dos melhoramentos 
seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: 
� meio fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
� abastecimento de água; 
� sistema de esgotos sanitários; 
� rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
domiciliar; 
� escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) 
quilômetros do imóvel considerado. 
 
A lei municipalpode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão 
urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, 
destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados 
fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. 
 
Base de cálculo 
A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. 
Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis 
mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua 
utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. 
Contribuinte 
É o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a 
qualquer título. 
Anterioridade: sim 
Noventena: sim, exceto alterações no valor da base de cálculo. 
Legalidade: sim 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 25
2.9 - Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por 
ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de 
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão 
de direitos a sua aquisição - ITBI 
O que diz a CF 
� não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao 
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a 
transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão 
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade 
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou 
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; 
� compete ao Município da situação do bem. 
CTN 
Fato gerador 
� Ato oneroso, inter vivos: 
� Transmissão da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por 
natureza ou por acessão física; 
� Transmissão de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos 
reais de garantia; 
� Cessão de direitos relativos às transmissões. 
 
Base de cálculo 
É o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 
Contribuinte 
Qualquer uma das partes que a lei determinar. Via de regra, é o adquirente. 
Anterioridade: sim 
Noventena: sim 
Legalidade: sim 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 26
2.10 - Imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS 
O que diz a CF: 
No caso do ISS, lei complementar deverá: 
� fixar as suas alíquotas máximas e mínimas 
� excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior 
� regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios 
fiscais serão concedidos e revogados 
 
LC 116/03 
Fato gerador 
Prestação de serviços constantes da lista de serviços, ainda que esses não se 
constituam como atividade preponderante do prestador. 
Incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja 
prestação se tenha iniciado no exterior do País. 
Ressalvadas as exceções expressas, os serviços não ficam sujeitos ao 
ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. 
Incide ainda sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e 
serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, 
permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo 
usuário final do serviço. 
A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço 
prestado. 
O imposto não incide sobre: 
� as exportações de serviços para o exterior do País; 
� a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores 
avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho 
fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos 
gerentes-delegados; 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 27
� o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor 
dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios 
relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras. 
Não se enquadram como exportação os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo 
resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no 
exterior. 
Base de cálculo 
É o preço do serviço. 
 
Contribuinte 
É o prestador do serviço. 
Anterioridade: sim 
Noventena: sim 
Legalidade: sim 
 
3 - Leis Complementares de Interesse para os Tributos Distritais 
Meus caros, necessariamente vocês deverão estudar as leis complementares 
que envolvem o tratamento do ICMS. E com muita atenção, pois elas são a 
base de toda a estrutura do tributo. 
Vou deixar um resumo das leis, que utilizava durante meus estudos e que nos 
será muito útil durante o curso. Estudem com bastante atenção, anotem as 
dúvidas, esclareçam os pontos necessários. 
Nas próximas aulas trataremos de elucidar todos os itens apresentados na LC, 
por meio do estudo detalhado do regulamento e das situações práticas. 
Vocês perceberão que a cada passagem pelo assunto o funcionamento do 
tributo vai ficando mais claro e o conhecimento vai sendo sedimentado. Para 
isso precisaremos conhecer as bases legais e fazer muitos exercícios. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 28
3.1 - LC 87/96 – ICMS - Lei Kandir 
Compete aos Estados (Estados = Estados e DF) instituir o imposto sobre 
operações (operações = operações e prestações) relativas à circulação de 
mercadorias (mercadorias = mercadorias e bens) e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda 
que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
 
O ICMS incide sobre: 
� circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e 
bebidas em restaurantes; 
� serviços transporte interestadual e intermunicipal, qualquer via, de 
pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
� serviços de comunicação onerosos, qualquer meio, inclusive a geração, a 
emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a 
ampliação de comunicação de qualquer natureza; 
� fornecimento de mercadorias com serviços não compreendidos na 
competência dos Municípios; 
� fornecimento de mercadorias com serviços sujeitos ao ISS, quando a LC 
116 expressamente o sujeitar à incidência do ICMS. 
� entrada de importados, por PF ou PJ, ainda que não seja contribuinte 
habitual, qualquer finalidade; 
� serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no 
exterior; 
� entrada, no Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados (chamaremos de 
petróleo), e de energia elétrica, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações 
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o 
adquirente. 
 
O Fato Gerador do ICMS independe da natureza 
jurídica da operação que o constitua. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 29
Como em qualquer tributo, o FG (fato gerador) independe da natureza 
jurídica da operação que o constitua. 
 
O ICMS Não incide sobre: 
� operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão;� operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias ou 
serviços. Equipara-se a exportação a saída de mercadoria com o fim 
específico de exportação, destinada a: 
� comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento 
da mesma empresa; 
� armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. 
� operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, se destinados à 
industrialização ou à comercialização; 
� operações com ouro, quando ativo financeiro ou instrumento cambial; 
� operações com mercadorias utilizadas na prestação, próprio autor da 
saída, de serviço de qualquer natureza definido na LC 116, ressalvadas 
as hipóteses previstas de incidência; 
� operações de transferência de propriedade de estabelecimento; 
� alienação fiduciária, inclusive a operação efetuada pelo credor em virtude 
do inadimplemento do devedor; 
� arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado 
ao arrendatário; 
� operações de que decorra a transferência de bens móveis salvados de 
sinistro para companhias seguradoras. 
 
Contribuinte do ICMS 
Qualquer Pessoa Física (PF) ou Pessoa Jurídica (PJ) que realize, com 
habitualidade ou em volume comercial, operações ou prestações, ainda 
que se iniciem no exterior. 
Qualquer PF ou PJ, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: 
� importe mercadorias, qualquer que seja a sua finalidade; 
� seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se 
tenha iniciado no exterior; 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 30
� adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; 
� adquira petróleo e energia elétrica de outro Estado, quando não 
destinados à comercialização ou à industrialização. 
Responsável Tributário 
Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento, se os atos 
ou omissões dos terceiros concorrerem para o não recolhimento. 
Lei estadual poderá atribuir a contribuinte ou a depositário a responsabilidade 
pelo pagamento, tornando-o substituto tributário. 
Responsabilidade poderá ser atribuída sobre: 
� uma ou mais operações 
� antecedentes (ST para trás, FG já ocorrido) 
� concomitantes (ST de FG que está ocorrendo no momento) 
� subsequentes (ST para frente, FG presumido) 
� diferencial de alíquota 
Diferencial de alíquota é o valor referente à diferença entre alíquotas interna e 
interestadual nas operações com destinatário em outro estado que seja 
contribuinte e consumidor final, ou seja que vá dar à mercadoria o 
seguinte destino: uso, consumo ou ativo fixo. 
Responsabilidade será para mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de 
cada Estado. 
Para efeito de Substituição Tributária (ST) inclui-se como FG a entrada de 
mercadoria no adquirente ou em outro local por ele indicado. 
A Base de cálculo (BC) para fins de ST será: 
� para as operações antecedentes ou concomitantes, o valor praticado pelo 
substituído; 
� para operações subsequentes, soma do seguinte: 
� valor da operação própria do substituto tributário ou do substituído 
intermediário; 
� seguro, frete e outros encargos cobrados dos adquirentes; 
� MVA (Margen de Valor Agregado), inclusive lucro, relativa às 
operações subsequentes. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 31
Em substituição a esses valores, a BC subsequente poderá ser o preço de 
mercado da mercadoria ou similar, em condições de livre concorrência, obtida 
por levantamento. 
Na ST subsequente, o imposto por ST será diferença entre alíquota interna 
sobre BC e valor devido pela operação própria do substituto. 
Se mercadoria com preço fixado por órgão público, a BC para ST é esse preço. 
Se preço sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer 
como BC este preço. 
MVA será calculada com base em preços praticados no mercado, obtidos por 
levantamento, amostragem, informações e elementos de entidades 
representativas, adotando-se a média ponderada, com critérios previstos em 
lei. 
A adoção de ST em operações interestaduais dependerá de acordo entre 
Estados interessados. 
Na ST de operações antecedentes o imposto será pago pelo responsável: 
� na entrada; 
� na saída subsequente, ainda que isenta ou não tributada; 
� quando ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência 
do FG. 
A 
 responsabilidade poderá ser atribuída: 
� ao contribuinte que realizar operação interestadual com petróleo em 
relação às operações subseqüentes; 
� às geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, nas operações 
internas e interestaduais, na condição de contribuinte ou de substituto, 
pelo pagamento, desde a produção ou importação até a última operação, 
sendo o cálculo sobre o preço da operação final, com recolhimento ao 
Estado onde deva ocorrer essa última operação. 
Nas operações interestaduais com petróleo e energia para destinatário 
consumidor final, o imposto será devido ao Estado do adquirente e será pago 
pelo remetente. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 32
Restituição de ST sobre FG presumido 
É assegurada ao substituído a restituição do valor pago por ST se o FG 
presumido não se realizar. 
Feito pedido e não havendo deliberação em 90 dias o substituído poderá se 
creditar do valor atualizado. 
Se sobrevier decisão contrária, o substituído, em 15 dias da notificação, 
estornará crédito e pagará acréscimos. 
Local da Operação 
O local da operação para cobrança do imposto e definição do responsável é: 
� se mercadoria ou bem: 
� estabelecimento onde se encontre, no momento do FG; 
� onde se encontre, quando em situação irregular, falta de 
documentação ou inidônea; 
� estabelecimento que transfira a propriedade de mercadoria que não 
tenha transitado por ele. Não se aplica se recebida em depósito de 
contribuinte de outro estado (local da saída será o AG ou DF). 
� importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada 
física; 
� importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não 
estabelecido; 
� da licitação de mercadoria ou bem importados do exterior e 
apreendidos ou abandonados; 
� estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor 
final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, 
quando não destinados à industrialização ou à comercialização; 
� estado onde ouro for extraído, quando não considerado ativo 
financeiro ou instrumento cambial; Ouro quando ativo financeiro ou 
instrumento cambial, deve ter sua origem identificada. 
� o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, 
crustáceos e moluscos; 
� se serviço de transporte: 
� onde tenha início a prestação; 
� onde se encontre o transportador, quando em situação irregular (sem 
doc fiscal ou inidônea); 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 33
� destinatário do serviço, na utilização, por contribuinte, de serviço cuja 
prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a 
operação ou prestação subseqüente (diferencial de alíquota, 
contribuinte, consumo, uso ou ativo fixo) 
 
� se prestação onerosa de serviçode comunicação: 
� da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem; 
� da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão, ou 
assemelhados; 
� do destinatário do serviço, se houver diferencial de alíquota; 
� do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite; 
� onde seja cobrado o serviço, nos demais casos; 
� se serviços não medidos e preço cobrado por períodos definidos, o 
imposto será dividido para estados do prestador e o tomador. 
� se serviços prestados ou iniciados no exterior, local do 
destinatário. 
 
Estabelecimento 
É o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde 
pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou 
permanente, bem como onde se encontrem armazenadas mercadorias, 
observado, ainda, o seguinte: 
� na impossibilidade de determinação, considera-se o local em que tenha 
sido efetuada a operação ou, encontrada a mercadoria ou constatada a 
prestação; 
� é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular; 
� considera-se também estabelecimento o veículo do comércio ambulante 
e da captura de pescado; 
Respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do mesmo titular. 
Se mercadoria for remetida para AG ou DF no mesmo Estado, a posterior saída 
será considerada do depositante, salvo se para retornar ao remetente. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 34
Ocorrência do Fato Gerador 
Considera-se ocorrido o FG no momento: 
� da saída de mercadoria de contribuinte, ainda que para outro 
estabelecimento do mesmo titular; 
� do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por 
qualquer estabelecimento; 
� da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em AG ou DF, no 
Estado do transmitente; 
� da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título, quando não 
tiver transitado pelo transmitente; 
� do início dos serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de 
qualquer natureza; 
� do ato final do transporte iniciado no exterior; 
� das prestações onerosas de serviços de comunicação, por qq meio, 
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a 
retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qq 
natureza. Se serviço pago em ficha, cartão ou assemelhados considera-
se FG no fornecimento ao usuário. 
� do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
� não compreendidos na competência dos Municípios; 
� compreendidos na competência dos Municípios e com indicação 
expressa de incidência na LC 116; 
� do desembaraço de mercadorias ou bens importados; 
A entrega de importados deve ser autorizada pelo órgão de 
desembaraço, que somente a fará mediante exibição do comprovante de 
pagamento, SDC (salvo disposição em contrário). 
Se entrega de importados ocorrer antes do desembaraço, considera-se 
FG neste momento, devendo a autoridade, SDC, exigir a comprovação do 
pagamento. 
� do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; 
� da aquisição em licitação de mercadorias ou bens importados e 
apreendidos ou abandonados; 
� da entrada no Estado de petróleo e energia elétrica de outro Estado, se 
não destinados à comercialização ou à industrialização; 
� da utilização, por contribuinte, de serviço iniciado outro Estado, não 
vinculado a operação subsequente. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 35
Base de cálculo 
 
A BC do imposto é: 
� na saída ou transmissão de mercadoria, o valor da operação; 
� no fornecimento de alimentação e bebidas, o valor da operação, 
mercadoria e serviço; 
� nos serviços transporte e de comunicação, o preço do serviço; 
� no fornecimento de mercadorias com prestação de serviço: 
� o valor da operação, se não compreendidos na competência 
municipal; 
� o preço da mercadoria fornecida ou empregada, se compreendidos 
com ressalva; 
� no desembaraço aduaneiro de importados, a soma de: 
� o valor da mercadoria no documento de importação; 
� imposto de importação; 
� imposto sobre produtos industrializados; 
� imposto sobre operações de câmbio; 
� quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas 
aduaneiras; 
� no recebimento de serviços importados, o valor do serviço, acrescido de 
todos os encargos; 
� na aquisição em licitação, valor da operação acrescido de II (imposto de 
importação) e IPI e todas despesas cobradas do adquirente; 
� na entrada de petróleo e energia, o valor da operação; 
� no serviço iniciado em outro estado sem operação subsequente, o valor 
da prestação no Estado de origem. Nesse caso o imposto a pagar será 
diferença entre a alíquota interna e a interestadual sobre o valor da 
prestação. 
 
Integram a BC, inclusive na importação: 
� o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera 
indicação para controle; 
� o valor correspondente a: 
� seguros, juros e demais importâncias pagas, bem como descontos 
condicionais; 
� frete, se transporte efetuado pelo remetente ou por sua conta e 
ordem e seja cobrado em separado. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 36
Não integra a BC o IPI, quando: 
� operação realizada entre contribuintes 
� produto destinado à industrialização ou à comercialização 
� configurar FG de ambos os impostos. 
 
Na saída para estabelecimento em outro Estado, do mesmo titular, a 
BC é: 
� o valor da entrada mais recente; 
� o custo de produção (soma de matéria-prima, material secundário, mão 
de obra e acondicionamento); 
� se mercadorias não industrializadas, o preço corrente no mercado 
atacadista do remetente. 
 
Nas operações interestaduais entre contribuintes diferentes caso haja reajuste 
depois da remessa a diferença fica sujeita ao imposto no remetente. 
 
O preço de importação em moeda estrangeira será convertido pela taxa de 
câmbio utilizada no II, sem acréscimo ou devolução posterior se houver 
variação da taxa até o pagamento. O valor fixado pela aduaneira para BC do II 
substituirá o preço declarado. 
 
Na falta do valor da mercadoria na operação, a BC do imposto é: 
 
� I - o preço da mercadoria ou de seu similar no mercado atacadista da 
operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o 
remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia; 
� II - o preço FOB industrial à vista, caso o remetente seja industrial; 
� III - o preço FOB comercial à vista, de venda a comerciantes ou 
industriais, caso o remetente seja comerciante. 
 
Para II e III adotar-se-á sucessivamente: 
� o preço cobrado remetente na operação mais recente; 
� caso tenha efetuado venda de mercadoria, o preço no mercado 
atacadista do local ou, na falta deste, no mercado atacadista regional. 
 
Para III, se remetente não efetua vendas a outros comerciantes ou industriais 
ou, em qualquer caso, se não houver similar, a BC será 75% do preço de 
venda no varejo. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 37
Nas prestações sem preço a BC é o valor corrente do serviço no local da 
prestação. 
 
Se frete cobradopor estabelecimento pertencente ao titular da mercadoria ou 
por outro interdependente, exceder os níveis normais no mercado, o valor 
excedente será parte do preço da mercadoria. 
 
Consideram-se interdependentes duas empresas quando (para este fim): 
� uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos cônjuges ou 
filhos menores, for titular de mais de 50% do capital da outra; 
� uma mesma pessoa fizer parte de ambas com funções de gerência; 
� uma delas locar ou transferir a outra veículo destinado ao transporte de 
mercadorias. 
 
Se cálculo do imposto considerar valor de mercadorias, bens, serviços ou 
direitos, a autoridade arbitrará valor sempre que sejam omissos ou não 
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os 
documentos do sujeito passivo ou de terceiro, ressalvada avaliação 
contraditória, administrativa ou judicial. 
 
Não cumulatividade 
 
O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada 
operação ou prestação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou 
por outro Estado. 
 
Compensação de Valores 
 
Para a compensação é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se 
do imposto anteriormente cobrado em operações de entrada de mercadoria, 
real ou simbólica, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo 
permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal ou de comunicação. 
 
Não dão direito a crédito as entradas resultantes de operações ou prestações 
isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios 
à atividade do estabelecimento. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 38
Salvo prova, presumem-se alheios à atividade os veículos de transporte 
pessoal. 
 
Vedação à utilização do crédito 
 
É vedado o crédito relativo a entrada ou prestação de serviços tomada: 
� para uso ou consumo em industrialização ou produção rural, se saída não 
for tributada ou for isenta, exceto se exportação; 
� para comercialização ou prestação, quando a saída subsequente for 
tributada ou for isenta, exceto se exportação. 
 
Operações tributadas posteriores a essas saídas dão direito a creditar-se do 
cobrado nas operações anteriores às isentas ou não tributadas sempre que a 
saída isenta ou não tributada for relativa a: 
� produtos agropecuários; 
� quando autorizado em lei estadual, outras mercadorias. 
 
Confaz poderá dispor que não se aplique essa vedação. 
 
Crédito do ICMS sobre o Ativo Imobilizado 
 
Para créditos de entrada de mercadorias destinadas ao ativo permanente, 
deverá ser observado: 
� a apropriação será 1/48 ao mês, devendo a primeira ser apropriada no 
mês da entrada; 
� em cada período, não será admitido o credito em relação à proporção 
das saídas tributadas sobre o total das saídas; 
� o crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total 
crédito por 1/48 da relação entre saídas tributadas e o total das saídas 
do período, equiparando-se às tributadas, nesse caso, as saídas com 
destino ao exterior ou as saídas de papel destinado à impressão de 
livros, jornais e periódicos; 
� o quociente de 1/48 aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o 
período de apuração seja superior ou inferior a um mês; 
� na alienação dos bens do ativo permanente antes de 4 anos de sua 
aquisição não será admitido o creditamento em relação à fração 
restante; 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 39
� serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto com 
os demais créditos; 
� ao final dos 48 meses da entrada, o saldo do crédito será cancelado. 
 
Estorno do crédito 
 
Deverá ser estornado o creditado sempre que a entrada: 
� for objeto de saída não tributada ou isenta, sendo esta circunstância 
imprevisível na data da entrada; 
� Se for previsível nem credita. 
� for integrada ou consumida em processo de industrialização, se saída do 
produto for não tributada ou isenta; 
� vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento; 
� vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se. 
 
Não se estornam créditos de entradas que venham a ser objeto de operações 
de exportação ou de operações com o papel destinado à impressão de livros, 
jornais e periódicos. 
 
O não creditamento ou o estorno, não impedem a utilização dos mesmos 
créditos em operações posteriores, sujeitas ao imposto, com a mesma 
mercadoria. 
 
O direito de crédito está condicionado à idoneidade da documentação e à 
escrituração. 
 
O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de 5 anos contados da 
emissão do documento. 
 
Regime Periódico de Apuração - RPA 
 
A legislação estadual disporá sobre o período de apuração do imposto. As 
obrigações consideram-se vencidas na data em que termina o período de 
apuração e são liquidadas por compensação ou pagamento: 
� obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o montante 
dos créditos do período mais o saldo credor de período ou períodos 
anteriores, se for o caso; 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 40
� se débitos do período superarem créditos, a diferença será liquidada 
dentro do prazo fixado pelo Estado; 
� se créditos superarem débitos, a diferença será transportada para o 
período seguinte. 
 
Débitos e créditos devem ser apurados em cada estabelecimento, 
compensando-se os saldos credores e devedores entre os estabelecimentos do 
mesmo sujeito passivo no Estado. 
 
Saldos credores acumulados de exportação podem ser, na proporção que estas 
saídas representem do total: 
� imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no 
Estado; 
� havendo remanescente, transferidos a outros contribuintes do Estado, 
com reconhecimento do Fisco. 
 
Lei estadual poderá, nos demais casos de saldos credores acumulados, 
permitir que: 
� sejam imputados a qualquer estabelecimento seu no Estado; 
� sejam transferidos, nas condições que definir, a outros contribuintes do 
mesmo Estado. 
 
Em substituição ao RPA a lei estadual poderá estabelecer: 
� que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço 
dentro de determinado período; 
� que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço 
em cada operação; 
� que imposto seja pago por estimativa, assegurado o direito de impugná-
la e instaurar processo contraditório. 
 
Na estimativa, no fim do período, será feito o ajuste com base na escrituração, 
e pagará a diferença apurada, se positiva ou, se negativa, será compensada 
nos períodos seguintes. 
 
A inclusão no regime de estimativa não dispensa o cumprimento de obrigações 
acessórias. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 41
A partir da publicação da LC 87/96: 
� o imposto não incidirá sobre operações de exportação e sobre prestações 
de serviços para o exterior; 
� darão direito de crédito, que não será objeto de estorno, as mercadorias 
entradas para integração ou consumo em processo de industrialização de 
mercadoria destinada aoexterior; 
 
Na aplicação da compensação: 
� somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou 
consumo entradas a partir de 1/1/20; 
� somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica: 
� quando for objeto de operação de saída de energia elétrica; 
� quando consumida no processo de industrialização; 
� quando seu consumo resultar em saída para o exterior, na 
proporção destas sobre as saídas totais; e 
� a partir de 1/1/20 nas demais hipóteses; 
� darão direito de crédito as entradas destinadas ao ativo permanente a 
partir da vigência da LC. 
� dará direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação: 
� prestados na execução de serviços da mesma natureza; 
� quando sua utilização resultar em saída para o exterior, na 
proporção desta sobre as saídas totais; e 
� a partir de 1/1/20 nas demais hipóteses. 
 
3.2 - LC 24/75 - Confaz 
 
O Confaz é o órgão competente para decidir sobre isenções e outras 
desonerações de ICMS. Quando falarmos em Estados, entendam Estados e DF. 
As publicações do Confaz saem no DOU, dos Estados saem no respectivo DOE. 
 
Prerrogativas do Confaz 
Para o ICMS, serão concedidas ou revogadas em convênios celebrados e 
ratificados pelos Estados: 
� isenção 
� redução da BC; 
� devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do 
tributo; 
� concessão de créditos presumidos; 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 42
� incentivo ou favor, que resulte em redução ou eliminação, direta ou 
indireta, do ICMS; 
� prorrogações e extensões das isenções vigentes nesta data (da lei). 
 
Convênios 
 
Convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido 
convocados representantes de todos os Estados, sob a presidência de 
representantes do Governo federal. 
� Reuniões se realizarão com presença da maioria dos Estados. 
� Concessão de benefícios dependerá de decisão unânime dos Estados 
presentes; 
� Sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de 4/5 dos 
presentes. 
� Em 10 dias da data final da reunião a resolução será publicada. 
� Convênios podem ter cláusulas limitadas a um ou a alguns Estados. 
 
Ratificação ou Rejeição 
 
Em 15 dias da publicação cada Estado publicará decreto ratificando ou não os 
convênios. 
Na falta dessa manifestação considera-se ratificação tácita. 
Aplica-se também aos Estados cujos representantes não tenham comparecido 
à reunião. 
Considera-se rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente 
ratificado por todos os Estados ou, nos casos de revogação, no mínimo por 4/5 
dos Estados. 
Até 10 dias após prazo de ratificação, será publicada a ratificação ou a 
rejeição. 
Convênios entrarão em vigor no 30º dia após a publicação, SDC. 
Convênios ratificados obrigam todos Estados inclusive os que não 
compareceram na reunião. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 43
Benefícios concedidos fora do Confaz 
 
A inobservância desta Lei acarretará, cumulativamente: 
� a nulidade do ato e a ineficácia do crédito atribuído ao recebedor da 
mercadoria; 
� a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da 
lei ou ato que conceda remissão desse imposto. 
 
Pode-se presumir a irregularidade das contas do exercício, a juízo do TCU; 
 
Pode-se suspender o pagamento das quotas referentes ao Fundo de 
Participação, ao Fundo Especial e aos impostos. 
 
Vedado aos Municípios concederem qualquer benefício no que se refere à sua 
parcela no ICMS. 
 
Concessões unilaterais 
 
Convênios definirão condições gerais em que se poderão conceder, 
unilateralmente: 
� Anistia 
� Remissão 
� Transação 
� Moratória 
� Parcelamento 
� Ampliação do prazo de recolhimento. 
 
Outras disposições 
 
O Regimento das reuniões será aprovado em convênio. 
São mantidos os benefícios convênios vigentes, até que revogados ou 
alterados por outro. 
Continuam em vigor os benefícios fiscais .... até o vencimento do prazo ou 
cumprimento das condições correspondentes. 
Quaisquer outros benefícios concedidos pelos Estados consideram-se 
revogados se não forem convalidados pelo primeiro convênio que se realizar, 
ressalvados os concedidos por prazo certo ou em função de determinadas 
condições que já tenham sido incorporadas ao contribuinte. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 44
O prazo para a celebração deste 1º convênio será de 90 dias da publicação 
desta Lei. 
 
A convalidação fará pela aprovação de 2/3 dos presentes. 
 
Sairão com suspensão do Imposto: 
� mercadorias remetidas pelo produtor para Cooperativa de que faça parte, 
no mesmo Estado; 
� mercadorias remetidas pela Cooperativa para estabelecimento, no 
mesmo Estado, da própria Cooperativa, de Cooperativa Central ou de 
Federação de Cooperativas de que a remetente faça parte. Nesse caso o 
imposto devido será recolhido pelo destinatário quando da saída 
subsequente. 
 
Confaz não se aplica às indústrias instaladas ou a instalar-se na Zona Franca 
de Manaus, sendo vedado aos demais Estados determinar a exclusão de 
incentivo concedido pelo Estado do Amazonas. 
 
3.3 - LC 116/03 - ISS 
 
Caros, nesse tópico vamos ver apenas os pontos da LC 116 que são de 
interesse para o ICMS, para fecharmos esse entendimento. Em aula futura 
estudaremos em detalhes o ISS. 
 
Fato gerador do ISS 
 
Prestação de serviços constantes da lista de serviços, ainda que esses não se 
constituam como atividade preponderante do prestador. 
 
Ressalvadas as exceções expressas, os serviços não ficam sujeitos ao 
ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. 
 
Ou seja, por hora, interessa-nos apenas saber que ICMS incide nas 
Ressalvas constantes da LC do ISS, que são Cinco: 
 
� Construção civil, hidráulica ou elétrica e outras obras (exceto o 
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de 
serviços fora do local da prestação, que fica sujeito ao ICMS). 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 00 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 45
� Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos 
e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas 
pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação, que fica 
sujeito ao ICMS). 
� Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, .... de máquinas, veículos, 
aparelhos, equipamentos, motores, .... ou de qualquer objeto (exceto 
peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 
� Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, 
que ficam sujeitas ao ICMS). 
� Festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e 
bebidas, que fica sujeito ao ICMS). 
 
Outros casos relacionados a serviços: 
 
Incidência de ISS em Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido 
pelo usuário final, exceto aviamento, que pode ser fornecido pelo alfaiate. 
Atenção, se o alfaiate fornecer o material, incide ICMS. 
 
Alimentação fornecida junto com a diária em hotéis e hospitais: ISS 
 
Alimentação paga à parte em hotéis e hospitais: ICMS 
 
Resumindo

Outros materiais