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ICMS DF legtributaria AUD marcelo Aula 01

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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 1
 
 
 
 
Olá, meus caros!!! 
Hoje iniciaremos o estudo da legislação específica do ICMS vigente no Distrito 
Federal. Para quem está começando agora a caminhada, explico: na aula 
passada vimos o perfil constitucional e as regras gerais estabelecidas pela lei 
complementar. Ocorre que, como sabemos, o ICMS deve ser instituído por lei 
ordinária de cada Unidade da Federação (UF). Tais leis não podem fugir do 
disposto na CF e na LC 87/96 (embora às vezes isso ocorra...), e são elas que 
estabelecem as regras válidas dentro de cada UF. Além da lei ordinária 
estadual, temos o decreto regulamentador, que traz maior nível de 
detalhamento. 
Pois bem, lei ordinária e decreto serão nossos objetos de estudo doravante. 
Em nossas aulas vamos utilizar o texto legal atualizado, obtido no site da 
Câmara Legislativa Brasiliense. 
Uma curiosidade: ao iniciar as aulas fiquei em dúvida entre utilizar “candango” 
ou “brasiliense”, como gentílico para o DF. Após algumas pesquisas acabei 
optando por seguir orientação do Manual de Redação do Senado Federal, que 
recomenda o uso de “brasiliense”. 
E não se espantem se eu me referir ao DF como “estado”. Isso pode acontecer 
em alguns momentos. 
Em algumas aulas teremos exercícios referentes a assuntos que foram vistos 
em aulas anteriores. Isso ocorre porque, sempre que parto em busca de 
alguma questão específica, e encontro alguma perdida de aulas anteriores, 
acabo por incluí-la, para completarmos o material. Sempre é bom fazer uma 
revisão de assuntos passados! 
Turma, não há fórmula mágica! O caminho é único: entender o funcionamento 
do imposto, conhecer o texto legal e resolver centenas de questões. Vamos 
fazer tudo isso, fiquem tranquilos. 
Aula 01 – ICMS – Fato Gerador, Momento e Local 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 2
Nosso objetivo: garantir a maioria dos pontos em legislação na prova 
objetiva, e para isso é que trabalharei com vocês. Temos que trabalhar 
durante as aulas com uma meta de 90% de acertos nas questões para que, na 
prova, obtenhamos entre 75% e 80%. 
 
Um panorama do momento da prova nas palavras de Timothy Gallwey, autor 
de The Inner Game e um dos idealizadores do Coaching moderno. 
 
 
 
O jogo interior se desenrola na mente do jogador e é 
jogado contra obstáculos como falta de concentração, 
nervosismo, ausência de confiança em si mesmo, 
autocondenação - todos os hábitos da mente, enfim, 
que inibem a excelência do desempenho. 
Timothy Gallwey 
 
 
 
Lembrem-se: a obstinação deve estar ao lado de vocês nos próximos meses, 
pois a hora é agora!!! 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 3
Estamos na aula 01 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam 
prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de legislação do DF. 
 
 
 
 
Aula Conteúdo 
00 
Perfil Constitucional dos Tributos Distritais (CF 1988). 
Leis Complementares de Interesse para os Tributos Distritais. 
Lei Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do 
Orçamento do Distrito Federal). 
01 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Hipóteses de 
incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da 
operação e da prestação. 
02 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Isenção, não 
incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, 
crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 
03 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Substituição 
tributária, suspensão, transferência de saldo credor, 
compensação, restituição. 
04 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Inscrição, 
documentos fiscais, livros fiscais, guias informativas, equipamento 
emissor de cupom fiscal, equipamento de processamento 
eletrônico de dados, regimes especiais e demais obrigações do 
contribuinte e de terceiros. 
05 
IPVA - Lei nº. 7.431/85 e Decreto nº. 16.099/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes. 
06 
ITCD - Lei nº. 10/88 e Decreto nº. 16.116/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes e de terceiros. 
07 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência 
do fato gerador, local da operação e da prestação. 
08 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Isenção, não incidência, contribuinte, 
responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e 
pagamento do imposto. 
09 
IPTU - Decreto nº. 28.445/2007: Fato gerador; hipóteses de 
incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; 
inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 
10 
ITBI - Lei nº. 3.830/2006 e Decreto nº. 27.576/2006: Fato 
gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; 
contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; 
obrigações dos contribuintes 
Nossas Aulas 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
Professor Marcelo Seco 
 
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11 
Simples Nacional LC 123/2006: I – Disposições Preliminares; II - 
Da Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte; III 
- Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI – 
Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e 
Transitórias). 
12 Taxa de Limpeza Pública - TLP Lei nº. 6.945/81. 
Contribuição de Iluminação Pública 
13 Processo Administrativo Fiscal - Decreto Nº 33.269/2011. 
14 Código de ética dos servidores da carreira auditoria tributária - Lei 
Distrital nº 845/1994 
15 
Código Tributário do Distrito Federal (LC DF nº. 4/94). 
Parcelamento de créditos de natureza tributária e não tributária 
(LC DF nº. 432/2001). Atualização monetária dos créditos de 
natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 833/2011). 
Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a LC 
DF nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 
16 
LC 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF). Ajuste 
SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). Decreto nº. 
26.529/ 2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal 
Eletrônico). Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº. 29.396/2008 e 
Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). Lei nº. 
9.784/99, aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 
2.834/2001. 
17 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. 
 
 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
Professor Marcelo Seco 
 
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Apresentação 1 
1 – Entendendo o ICMS 6 
2 - Hipóteses de incidência 10 
3 - Momento da ocorrência do fato gerador 22 
4 - Local da operação e da prestação 33 
5 – Estabelecimento 44 
 
 
 
 
Exercícios Resolvidos 45 
Lista das Questões Apresentadas 73 
Gabarito 89 
 
 
ÍndiceLegislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
Professor Marcelo Seco 
 
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1 – Entendendo o ICMS 
 
Meus caros, como disse, o caminho para um bom resultado na prova de 
legislação não possui nenhum segredo. 
 
 
Para destruir a prova de legislação: 
 
Entender o funcionamento do imposto 
Conhecer o texto legal 
Resolver centenas de questões 
 
Vamos iniciar fazendo uma reflexão sobre a aula passada. Pare e responda: eu 
entendi as linhas centrais do ICMS? 
 
Se você achar que algo ainda está nebuloso, volte à aula, releia o texto, anote 
os pontos em que há dúvida. A partir de agora nós vamos começar a detalhar 
alguns itens que já estudamos, e vamos acrescentar novos elementos. Por isso 
é necessário que não exista incerteza sobre as regras gerais. 
 
Minha experiência mostra que de nada adianta gastarmos rios de tinta 
escrevendo sobre as regras do imposto. Temos que ser objetivos, conhecer os 
dispositivos e entender seu funcionamento. 
 
É muito importante que façam todas as questões, pois haverá detalhes que só 
estarão na resolução dos exercícios. Também é imprescindível dar uma olhada 
no texto legal, pois ele é muito utilizado pelo examinador. 
 
Por isso adotarei o seguinte método: vou expor o texto do decreto e mostrar 
um exemplo sobre o assunto. Ao final da aula resolveremos questões sobre o 
que foi visto na aula. 
 
Nessa fase, é essencial que aprendamos os mecanismos de não 
cumulatividade, aproveitamento e transferência de crédito. Vamos falar um 
pouco sobre isso. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
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1.1 - Não cumulatividade 
 
O ICMS tem como fito principal a tributação do consumo, mas faz isso de 
forma indireta, incidindo sobre toda a cadeia produtiva. Para que a carga 
tributária não se torne bestial, o legislador constituinte houve por bem 
estabelecer a não cumulatividade. Ou seja, cada integrante da cadeia 
produtiva é onerado apenas com o ônus do imposto incidente sobre suas 
operações. Lembro que, mesmo não havendo valor agregado, pode haver ônus 
do imposto em determinada operação. No final, quem suporta a carga é 
mesmo o consumidor. 
 
 
 
O ICMS tributa indiretamente o consumo, incidindo 
durante toda a cadeia, de forma não cumulativa. 
 
 
Na teoria isso é maravilhoso mas, no dia a dia, e na própria legislação, temos 
exceções e distorções que infernizam a vida do contribuinte e do auditor, mas 
isso não nos interessa para a prova. Estaremos atentos apenas às exceções 
que precisam ser aprendidas. 
 
Um ponto importante é que o fato gerador não é a venda da mercadoria, mas 
a sua circulação. Mercadoria saiu do estabelecimento em situação de fato 
gerador, incidiu ICMS. 
 
Veremos que muita coisa pode acontecer nessa saída da mercadoria do 
estabelecimento e em alguns casos não haverá obrigação tributária principal. 
 
Não podemos confundir “pagamento” com “incidência”. Por exemplo, pode 
haver incidência, sem pagamento quando houver: isenção, suspensão, 
diferimento e outros. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
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Vamos a um exemplo sobre a cumulatividade, analisando um trecho da vida de 
um bocado de tecido importado, dentro do território do DF. A mercadoria é 
tributada com alíquota de 15%, sem redução da base de cálculo. 
 
O importador traz o tecido da China, por 100, recolhendo 15 de imposto no 
desembaraço, e vende para uma Indústria de Confecções por 200. A Confecção 
faz roupas que são vendidas por 300 para o Atacadista. O Atacadista repassa 
as roupas por 500 para o Lojista, que as vendo por 800 para o Consumidor. 
 
Essas foram as únicas operações das empresas. 
 
Vamos ver a carga tributária. 
 
Evento Valor da 
Operação 
ICMS 
Debitado Creditado 
A 
Recolher 
Desembaraço 100 15 15 
Importador 
Crédito pela entrada do 
tecido no estabelecimento 
brasiliense (pode se 
creditar do valor recolhido 
no desembaraço) 
100 15 
Débito pela saída para a 
Confecção 200 30 
15 
Importador 
Crédito pela entrada do 
tecido na Confecção 200 30 
Débito pela saída das 
roupas para o Atacadista 300 45 
15 
Confecção 
Crédito pela entrada das 
roupas no Atacadista 300 45 
Débito pela saída das 
roupas para o Lojista 
500 75 
30 
Atacadista 
Crédito pela entrada das 
roupas no Lojista 
500 75 
Débito pela saída por 
venda ao consumidor 
800 ��� 120 
45 
Lojista 
Total 285 165 120 
 
Percebam que a venda ao consumidor, no final da cadeia, foi pelo valor de 
800���. Como a alíquota é de 15%, tivemos uma carga tributária de 120, que 
foi distribuída ao longo do processo produtivo, dado que em cada operação 
efetuou-se o crédito do valor pago na operação anterior. Essa é a não 
cumulatividade! 
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Vamos a outro exemplo, analisando, desta vez, um trecho da vida de um 
bocado de minério de ferro, dentro do território do DF. A mercadoria é 
tributada com alíquota de 15%, sem redução da base de cálculo. 
 
A mineradora extrai o ferro e vende para a siderúrgica por 100. A siderúrgica 
produz barras de ferro e chapas de aço. Metade das barras de ferro é 
exportada por 200, a outra metade é vendida a uma construtora por 200. As 
chapas de aço são vendidas para uma indústria de máquinas por 400. A 
construtora utiliza as barras de ferro em uma obra. A indústria produz 10 
máquinas, e as vende por 800. Metade das máquinas produzidas pela indústria 
é beneficiada por isenção. 
 
Evento Valor da 
Operação 
ICMS 
Debitado Creditado A 
Recolher 
Débito pela saída na venda 
da Mineradora para a 
Siderúrgica. 
100 15 
15 
Mineradora 
Crédito pela entrada do 
minério na Siderúrgica. 100 15 
Pela saída na exportação das 
barras de ferro. 
Operação imune, com 
manutenção do crédito. Não 
há débito. 
200 ��� 0 
Débito pela saída na venda 
das barras de ferro para a 
Construtora. 
200 30 
Débito pela saída na venda 
das chapas para a indústria 400 60 
75 
siderúrgica 
Pela entrada das barras na 
Construtora. 
Não há crédito pois a 
utilização não será tributada. 
200 0 
Pela saída na utilização das 
barras em obra não há 
débito. Não incide ICMS. 
200��� 0 
0 
Construtora 
Crédito pela entrada das 
chapas na Indústria. 400 60 
Débito pela saída na venda 
das máquinas tributadas. 400 ��� 60 
Pela saída das máquinas 
isentas, não há débito. 400 ��� 0 
Débito pelo estorno do 
crédito referente a entradas 
que proporcionaram saídas 
isentas. 
200 30 
30 
Indústria 
Total 195 75 120 
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Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
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No quadro temos a carga tributária, partindo do pressuposto de que essas 
sejam as únicas operações das empresas envolvidas. O normal é que haja 
crédito do imposto na entrada e débito na saída, apurando-se ao final a 
diferença. Se apurado saldo devedor, é recolhido ao Erário, se apurado saldo 
credor, o usual é que fique na escrituraçãopara o próximo período. 
 
Somando ��� + ��� + ��� +���, temos o total das operações em final de cadeia, que 
é igual a 1200. A carga tributária foi de 120. 
 
Imagine que, por exemplo, a venda com isenção das máquinas tivesse 
autorização para manutenção do crédito. Nesse caso, teríamos 30 a menos de 
recolhimento pela indústria, e carga final de 90. 
 
Vocês podem perceber que as operações tributadas transferem o crédito para 
o próximo contribuinte da cadeia. Quando temos operações não tributadas, 
não há transferência de crédito, e nem a utilização do crédito da entrada, a 
não ser que haja autorização para isso em lei, como acontece no caso da 
exportação e em outros casos. 
 
2 - Hipóteses de incidência 
 
Vamos iniciar o estudo das hipóteses de incidência no ICMS brasiliense. 
 
O imposto incide sobre 
 
2.1 - Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento 
de alimentação e bebidas em qualquer estabelecimento, incluídos os serviços 
prestados. 
 
A circulação da mercadoria (e não a sua venda) é o fato gerador mais comum 
no mundo do ICMS. 
 
Vamos a alguns exemplos: 
 
� Mineradora vende minério de ferro, de sua produção, para indústria 
siderúrgica. 
� Mineradora vende minério para outra mineradora. 
� Garimpeiro vende minério para mineradora. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
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Professor Marcelo Seco 
 
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� Siderúrgica vende aço para indústria mecânica. 
� Indústria mecânica vende máquinas para outra indústria. 
� Indústria vende autopeças para loja. 
� Loja transfere peças de filial no DF para outra filial no DF. 
� Indústria doa peças para entidade beneficente. 
� Loja remete auto peças para cliente, em consignação. 
� Indústria remete equipamento para demonstração e avaliação pelo 
cliente. 
� Loja remete mercadoria para venda fora do estabelecimento. 
� Indústria remete auto peças em bonificação para loja. 
� Pizzaria vende pizza e cerveja para os Auditores recém aprovados em no 
concurso, para consumo no local. 
� Pizzaria entrega pizza na casa de um dos aprovados que perdeu a festa. 
� Indústria remete mercadorias para Armazém Geral em outra UF. 
� Indústria remete mercadorias para seu Depósito Fechado em outra UF. 
� Indústria transfere a terceiros a propriedade de mercadoria depositada 
em Armazém Geral no Distrito Federal. 
� Indústria transfere a terceiros a propriedade de mercadoria depositada 
em Depósito Fechado no Distrito Federal. 
� Loja X vende para loja Z um lote de mercadorias que se encontra ainda 
estocada no fabricante W. 
 
Súmula 166 do STJ 
 
Vale fazer um comentário sobre a transferências entre estabelecimentos do 
mesmo contribuinte. 
 
A Súmula 166 do STJ diz o seguinte: 
 
“Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de 
um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte. ” 
 
Ocorre que essa súmula foi editada em agosto de 1996, portanto, antes da 
publicação da a LC 87/96, publicada em setembro de 1996. Isso não invalida a 
súmula, que continua vigente, mas sem repercussão geral. Talvez, se à época 
da decisão que originou a súmula, já houvesse sido publicada a LC 87/96, não 
tivéssemos esse problema. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 01 
Professor Marcelo Seco 
 
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A LC 87/96 trouxe o seguinte: 
Considera-se ocorrido o FG no momento: 
� da saída de mercadoria de contribuinte, ainda que para outro 
estabelecimento do mesmo titular; 
 
Esqueçam a súmula 166 do STJ. Alguns estados não estão nem aí para ela, e 
mantém a aplicação da Lei Kandir nos regulamentos. 
 
A menos que a prova cite expressamente a súmula, você deve responder que 
há, sim, fato gerador nessa transferência entre estabelecimentos do mesmo 
proprietário. 
 
 
Esqueça a súmula 166 do STJ, a não ser que seja 
expressamente citada na questão. 
 
Na verdade, a aplicação dessa súmula, sem alteração da LC, seria bastante 
nociva. Explico o porquê. 
 
A situação hoje é a seguinte: 
 
Supermercado compra mercadoria por 100 e transfere por 100 da filial A para 
a filial B, dentro do estado. 
 
Credita 17 pela entrada e debita 17 na saída da filial A. Credita 17 na entrada 
na filial B. Se B vender por 200, pagará de imposto: 34 - 17 = 17. 
Carga tributária da operação de transferência = Zero. 
Carga tributária final = 17 
 
Se aplicarmos a súmula, a situação passa a ser a seguinte: 
 
Supermercado compra mercadoria por 100 e transfere por 100 da filial A para 
a filial B, dentro do estado. 
 
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Credita 17 pela entrada. Não debita nada na saída da filial A, e ainda deverá 
estornar o crédito que fez na entrada, devido à saída não tributada. Não 
credita nada na entrada na filial B. Se B vender por 200, pagará 34 de 
imposto. 
Carga tributária da operação de transferência = Zero. 
Carga tributária final = 34 
 
A menos que se reforme toda a base do imposto, seria um contra senso fazer 
isso. Além do mais, não se pode permitir que a mercadoria circule sem 
controle. 
 
2.2 - O fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não 
compreendidos na competência tributária dos Municípios. 
 
Já sabemos que a LC 116/03 traz a lista dos serviços que podem ser tributados 
pelo ISS. Muito bem. No caso de fornecimento de mercadorias associados a 
serviços que não estejam na lista da LC 116/03, incidirá ICMS sobre o total do 
valor da operação. 
 
Vamos dar uma olhada em alguns itens de serviço: 
 
7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, 
revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, 
com material fornecido pelo tomador do serviço. 
 
14.06 – Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, 
inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com 
material por ele fornecido. 
 
14.09 – Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário 
final, exceto aviamento. 
 
39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for 
fornecido pelo tomador do serviço). 
 
9.01 – Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service 
condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência, residence-service, suite 
service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por 
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temporada com fornecimento de serviço (o valor da alimentação e gorjeta, 
quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao Imposto Sobre 
Serviços). 
 
No que fugir das condições destacadas, teremos incidência do ICMS no total da 
operação. 
 
 
Serviços tributados pelo ICMS 
 
Instalação de pisos fornecidos pelo instalador 
Instalação de máquinas fornecidas pelo instalador 
Alfaiataria com material fornecido pelo alfaiate 
Ourivesaria com material fornecido pelo ourives 
Alimentação não incluída na diária de hospedagem 
 
Exemplos: 
 
A Sefaz do Distrito Federal resolve trocar o piso do andar no qual será 
instalada a central de atendimento ao auditor novato, e contrata uma empresa 
que vai prestaro serviço com material incluso no preço. O prestador pagará 
ICMS sobre o valor total da operação. 
 
No caso da instalação de piso, só incide ISS se o piso for comprado em uma 
loja e alguém for contratado para instalar. Nessa situação o prestador pagaria 
ISS sobre a instalação. Portanto, se o contrato previr que a Sefaz fornecerá o 
piso, o prestador pagará apenas ISS sobre o valor do serviço. 
 
Se o piso é adquirido com a instalação inclusa, o fornecedor vai recolher ICMS 
sobre tudo: piso e serviço. 
 
Isso se deve ao fato de tributação pelo ISS, nesse serviço específico, estar 
restrita aos casos em que o material é fornecido pelo tomador, conforme 
disposto na LC 116/03. 
 
Algumas lojas, inclusive, tentam burlar essa norma, com vistas e recolher 
menos imposto. Para isso, cobram instalação em separado e fazem de conta 
que está sendo feita por outra empresa, quando na realidade será feita pela 
mesma. Além disso, lançam um preço absurdo na instalação. 
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O AFRE Chico Lopes vai comemorar a aprovação hospedando-se no Eco Resort 
Tico Tico. O consumo de alimentos e bebidas será cobrado à parte da diária. O 
Eco Resort vai pagar ISS sobre a hospedagem e ICMS sobre a alimentação e 
as bebidas. 
 
2.3 - O fornecimento de mercadorias com prestação de serviços 
compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação 
expressa, em lei complementar aplicável, da incidência do ICMS. 
 
Turma, a LC a que o texto se refere é a LC 116/03, que, em sua lista de 
serviços, traz indicação expressa de incidência do ICMS nos seguintes itens: 
 
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras 
de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, 
inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, 
terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de 
produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias 
produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos 
serviços, que fica sujeito ao ICMS). 
 
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos 
e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo 
prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que 
fica sujeito ao ICMS). 
 
Construtora produziu as vigas pré moldadas no canteiro de obras: ISS. 
 
Construtora adquiriu as vigas pré moldadas de uma empresa especializada e 
levou ao local da obra, ou então produziu as vigas em sua unidade de 
manufatura de concreto e levou ao local da obra: ICMS. 
 
14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, 
restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, 
aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto 
peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes 
empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 
 
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Prestadora de serviços de manutenção de elevadores fecha contrato para 
reformar os elevadores de um grande condomínio. Incide ICMS no valor 
referente às peças e partes empregadas. 
 
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de 
alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS). 
 
Bufê Brasília organiza festa do casamento do Sr. e da Sr. José Arruela. Incide 
ICMS sobre o valor das bebidas e da alimentação. 
 
 
Ressalvas da LC 116/03 
 
Obras de construção 
Obras de reforma 
Conserto de máquinas e equipamentos 
Recondicionamento de motores 
Bufê e organização de festas 
 
2.4 - A entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa 
física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, 
qualquer que seja a sua finalidade. 
 
Qualquer importação é alcançada pela incidência do ICMS. 
 
Exemplos: 
 
� Construtora importa retro escavadeira. 
� Estudante importa livro alemão sobre a história dos tributos. 
� Empresa comercial importa mercadorias para revenda. 
� Indústria importa insumos. 
� Indústria importa equipamentos. 
� Locadora de automóveis importa veículos para alugar em Porto Alegre. 
� Empresa comercial adquire, em leilão, mercadorias importadas 
apreendidas ou abandonadas. 
Mercadorias em descaminho são aquelas mercadorias legais entradas 
clandestinamente, sem documento fiscal e sem passagem pela aduana. 
Contrabando refere-se a produtos ilegais. 
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� Escritório de arquitetura contrata empresa americana para prestar 
serviço de transmissão de apresentação virtual de seu novo projeto. 
Com relação a esse serviço prestado no exterior, muita atenção: não se 
trata de exportação! Estamos falando de uma hipótese de incidência na 
qual alguém aqui no Brasil adquire um serviço que vai ser prestado no 
exterior, portanto, está importando um serviço. 
Seria exportação se alguém, aqui no Brasil, vendesse um serviço a ser 
prestado no exterior. 
 
2.5 - A entrada no território do Distrito Federal, proveniente de outra unidade 
federada de energia elétrica e de petróleo, inclusive lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais. 
 
Essa hipótese de incidência é fruto da alteração do parâmetro de cobrança do 
imposto no caso de energia e petróleo e seus derivados. 
 
Atenção, quando falarmos em petróleo, entenda-se: petróleo, inclusive 
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados. E preste 
atenção pois esse dispositivo não se aplica ao álcool combustível. 
 
 
 
As regras para petróleo, combustíveis e lubrificantes, 
não se aplicam ao álcool combustível. 
 
 
Nesse caso, o imposto é devido no estado consumidor, não havendo incidência 
na remessa interestadual promovida pelo estado produtor. 
 
Ocorre fato gerador do ICMS quando o petróleo e a energia entram no estado, 
e não estão destinados à industrialização ou à comercialização. 
 
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Exemplos: 
 
Empresa de terraplanagem de Brasília adquire óleo diesel de distribuidora 
paulista, que havia comprado de refinadora carioca. Não houve incidência em 
nenhuma das saídas anteriores, e o ICMS será pago integralmente ao Distrito 
Federal, incidindo no momento da entrada em seu território. 
 
Provedora brasiliense de serviços de armazenamento de dados na nuvem 
adquire, de distribuidora paulista, energia elétrica para ser utilizada em seu 
Data Center. Incide ICMS na entrada no território do DF. 
 
2.6 - A entrada no território do Distrito Federal, proveniente de outra unidade 
federada de mercadoria a ser comercializada sem destinatário certo ou 
destinada a estabelecimento em situação cadastral irregular. 
 
O que é situação cadastral irregular para o ICMS DF? 
 
Estabelecimento não inscrito no Cadastro Fiscal do Distrito Federal- CF/DF 
ou cuja inscrição tiver sido suspensa ou cancelada. 
 
Exemplos: 
 
Empresa de São Paulo envia mercadorias para o DF, para serem vendidas em 
operação de marketing que consiste em rodar com um caminhão promocional 
pelas ruas de Brasília. O ICMS incide na entrada no território do DF. 
 
Empresa de Goiás envia mercadorias para destinatário brasiliense que se 
encontra com sua inscrição cancelada. O ICMS incide na entrada no território 
do DF. 
 
2.7 - As prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, 
por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores. 
 
Exemplos: 
 
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� Transportadora leva carga de São Paulo para Santos, incide ICMS. 
Não temos municípios em Brasília, logo, não deve haver transporte 
intermunicipal. Se alguma questão falar em transporte entre as cidades 
satélite do DF, analise-a com cuidado. 
� Transportadora leva passageiros de Brasília para São Paulo, incide 
ICMS. 
� Transportador autônomo leva carga de Brasília a Caxias do Sul, incide 
ICMS. 
� Transporte do Centro de Porto Alegre até o bairro de Belém Novo, 
também em Porto Alegre, não incide ICMS (intra municipal, sujeito ao 
ISS). 
� Transporte de Brasília para Montevidéu, no Uruguai, não incide ICMS 
(internacional, não há previsão legal). 
 
Incide ICMS sobre transporte em qualquer via, de acordo com o texto da LC 
87/96. Contudo, STF houve por bem afastar a incidência do imposto no 
transporte de passageiros por via aérea, no julgamento da ADI 1600/2001. 
 
Ressalte-se que havia outra ADI, de 2002, de interesse dos transportadores de 
pessoas por outras vias, que requeria semelhante benefício. Essa ação foi 
julgada improcedente no início de 2014. 
 
Então, caso apareça algum questionamento sobre esse assunto, teremos que 
ficar atentos sobre a incidência de ICMS no transporte aéreo de pessoas. 
 
� Se a questão for sobre a literalidade da LC 87/96: incide. 
� Se for uma questão prática sobre tributação: não incide, devido à 
decisão do STF, que tem reflexos sobre todos os fiscos estaduais. 
 
A decisão do STF baseou-se na complexidade da atividade de uma Companhia 
aérea, e na existência de acordos internacionais que, de alguma forma, 
desoneram o transporte aéreo de passageiros. 
 
Não esquecendo que o imposto continua a incidir normalmente no 
transporte intermunicipal e interestadual de cargas por via aérea. 
 
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O STF determinou que não se pode cobrar ICMS sobre 
o transporte aéreo de pessoas. 
 
2.8 - As prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, 
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a 
repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; 
 
Fiquem muito atentos ao termo “prestações onerosas”. Prestações gratuitas 
não estão sujeitas ao imposto. Por exemplo, a transmissão de sinal aberto de 
rádio e televisão não é tributada. 
 
O que é prestação onerosa de serviços de comunicação no DF? 
 
É o ato de colocar à disposição de terceiro, em caráter negocial, quaisquer 
meios e modos aptos e necessários à geração, à emissão, à recepção, à 
transmissão, à retransmissão, à repetição e à ampliação e à transferência 
unilateral ou bilateral de mensagens, símbolos, caracteres, sinais, escritos, 
imagens, sons ou informações de qualquer natureza. 
 
Incluem-se entre os serviços de comunicação tributáveis os serviços de: 
� telecomunicações; 
� radiodifusão sonora e de sons e imagens, relativamente à veiculação de 
mensagens de terceiros; 
� telegrama; 
� disponibilização, a qualquer título, de infra-estrutura de redes e demais 
meios de comunicação, inclusive equipamentos inerentes ao serviço; 
� Não se aplica quando a disponibilização de equipamentos 
encerre exclusivamente obrigação de dar, decorrente de 
contrato autônomo e independente, plenamente dissociada da 
prestação de qualquer serviço de comunicação. 
Por óbvio, nesses casos, não há incidência sobre serviço de 
telecomunicação, mas há incidência sobre a circulação das 
mercadorias. 
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Exemplos de incidência em serviços de comunicação: 
 
� Fornecimento de sinal de canais por assinatura. 
� Serviços de telefonia pós pago ou pré pago. 
� Transmissão via satélite. 
� Serviço de retransmissão de sinais de rádio. 
� Provimento de acesso à Internet. 
 
2.9 - O serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no 
exterior. 
 
Muito bem! Haja vista que a CF deixa claro que apenas o transporte 
interestadual e o intermunicipal podem ser fatos geradores do ICMS, essa 
hipótese de incidência aplica-se apenas aos serviços de comunicação. 
 
Exemplos: 
 
Pessoa física contrata, junto a canal americano, o pay per view de evento 
esportivo ocorrido em Nova York. 
 
Emissora de televisão contrata a retransmissão do sinal do campeonato de 
Fórmula 1, a ser feito da Europa até o Distrito Federal. 
 
2.10 - A entrada no território do Distrito Federal, proveniente de outra unidade 
federada de mercadoria sujeita ao regime de pagamento antecipado do 
imposto. 
 
Vamos tratar dessa situação em detalhes adiante, quando falarmos em 
substituição e antecipação do pagamento do imposto. O dispositivo do 
regulamento brasiliense cita as mercadorias do anexo IV, caderno I. 
 
Exemplo: 
 
Comerciante do DF adquire de São Paulo mercadorias sujeitas à ST 
(Substituição Tributária). Caso não haja protocolo ou convênio para essa 
mercadoria, o comerciante brasiliense é obrigado a recolher, já na entrada no 
território do DF, o ICMS devido pelas operações posteriores. Não se 
preocupem, pois estudaremos em detalhes todas essas situações. 
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Na verdade, essa é uma hipótese de incidência apenas didática, posta no 
regulamento para esclarecer a situação. Digo isso porque a hipótese de 
incidência genérica, de saída da mercadoria, já abrangeria esse caso. 
 
2.11 - A entrada no território do Distrito Federal, proveniente de outra unidade 
federada de bens ou serviços adquiridos por contribuinte do imposto, 
destinados a uso, consumo ou ativo permanente. 
 
Essa é a hipótese de incidência do diferencial de alíquota. 
 
Exemplos: 
 
Indústria brasiliense adquire, da Bahia, equipamentos para seu parque 
industrial. Deverá pagar o diferencial de alíquota. 
 
Supermercado de Brasília adquire uniformes de confecção paulista, para seus 
funcionários. Adquire também panos de chão, para serem utilizados na limpeza 
do estabelecimento. Deverá pagar o diferencial de alíquota. 
 
3 - Momento da ocorrência do fato gerador 
 
Vamos agora estudar o aspecto temporal do faro gerador. 
 
Turma, as informações da aula de hoje são muito importantes. Sabendo as 
hipóteses de incidência, momentos e locais do fato gerador, vocês 
matam mais da metade das questões. 
 
3.1 – Nas operações com mercadorias ou bens considera-se ocorrido o 
fatogerador do imposto no momento: 
 
3.1.1 - Da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que 
para outro estabelecimento do mesmo titular. 
 
Venda, doação, transferência entre filiais, bonificação, remessa para Armazém 
Geral ou Depósito Fechado em outra UF. 
 
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3.1.2 - Do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por 
qualquer estabelecimento, incluídos os serviços prestados. 
 
Bares, restaurantes, hotéis com alimentação não incluída na diária. 
 
3.1.3 - Da transmissão de propriedade a terceiro de mercadoria depositada em 
armazém-geral ou em depósito fechado; 
 
Venda de mercadoria que estava depositada Armazém Geral ou Depósito 
Fechado no Distrito Federal. 
 
Vamos esclarecer esse ponto. 
 
Armazém Geral 
É um prestador de serviços que faz a armazenagem. Não é contribuinte do 
ICMS, mas sim do ISS. Contudo é responsável tributário pelo ICMS. 
 
Depósito Fechado 
É um estabelecimento de propriedade da empresa que trabalha com portas 
fechadas e destina-se apenas à armazenagem. O depósito não pode emitir 
nota com destaque. 
 
No caso de venda com remessa direta do depósito fechado em território do DF 
para o comprador, o depósito emite uma nota de retorno simbólico da 
mercadoria para o depositante e o depositante emite a nota de venda com 
destaque do imposto. 
 
No caso de venda com remessa direta do armazém geral em território do DF 
para o comprador, o armazém geral emite uma nota de remessa por conta e 
ordem de terceiros da mercadoria para o comprador e o depositante emite a 
nota de venda com destaque do imposto. 
 
Dentro do estado 
 
Na remessa de mercadoria para Armazém Geral ou Depósito Fechado, e 
também no retorno ao depositante, dentro do território do DF, não há 
incidência do ICMS. 
 
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Nesses casos o imposto incidirá apenas na saída da mercadoria 
depositada com destino a terceiros. 
 
No caso de venda com remessa direta do depósito fechado em território do DF 
para o comprador, o depósito emite uma nota de retorno simbólico da 
mercadoria para o depositante e o depositante emite a nota de venda com 
destaque do imposto. 
 
No caso de venda com remessa direta do armazém geral em território do DF 
para o comprador, o armazém geral emite uma nota de remessa por conta e 
ordem de terceiros da mercadoria para o comprador e o depositante emite a 
nota de venda com destaque do imposto. 
 
Fora do estado 
 
Na remessa para Armazém Geral ou Depósito Fechado fora do território do 
DF, há incidência do ICMS. 
 
Como fica o destaque do imposto nesses casos? 
 
Depende da situação, vamos ver dois exemplos: 
 
Primeiro caso: 
 
Indústria brasiliense remete mercadorias para Armazém Geral ou Depósito 
Fechado, dentro do Distrito Federal. 
 
Na remessa, emite nota de remessa para depósito, sem destaque do imposto. 
 
Na venda dessas mercadorias para terceiros ocorre o seguinte: 
� Indústria emite nota de venda, com destaque do imposto. 
� Armazém Geral ou Depósito Fechado emitem nota de remessa por conta 
e ordem, sem destaque. 
 
Segundo caso: 
 
Indústria paulista remete mercadorias para Armazém Geral ou Depósito 
Fechado, dentro do Distrito Federal. 
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Na remessa, emite nota de remessa para depósito com destaque do imposto 
devido pela operação interestadual, alíquota interestadual. 
 
Na venda dessas mercadorias para terceiros, considerando que o Armazém 
Geral ou o Depósito Fechado sejam responsáveis, ocorre o seguinte: 
� Indústria emite nota de venda, sem destaque do imposto. 
� Armazém Geral ou Depósito Fechado emitem nota de remessa por conta 
e ordem, com destaque pela alíquota interna brasiliense. Aproveita-se do 
crédito da remessa interestadual e recolhe a diferença para o Distrito 
Federal, como substitutos. 
 
Por óbvio, ocorre acerto de natureza comercial entre indústria e Armazém 
Geral ou Depósito Fechado, referente ao imposto que é devido pela Indústria 
Paulista, que é a contribuinte, mas foi pago pelo Armazém Geral ou Depósito 
Fechado, que é substituto. 
 
Reparem que, nesse segundo caso, a nota com destaque não saiu da indústria. 
 
3.1.4 - Da transmissão de propriedade de mercadoria, ou do título que a 
represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento 
transmitente; 
 
Atacadista X vende para loja Z um lote de mercadorias que se encontra ainda 
estocada no fabricante W. 
 
Ocorreu fato gerador no momento da primeira venda, e também na segunda, 
mesmo que a mercadoria não tenha saído do lugar. Não circulou fisicamente, 
mas circulou simbolicamente. 
 
3.1.5 - Do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não 
compreendidos na competência tributária dos Municípios. 
 
Montagem de máquina feita pelo próprio fabricante da máquina. 
 
Instalação de carpete feita pelo próprio vendedor de carpete. 
 
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3.1.6 - Do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços 
compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação 
expressa, lei complementar aplicável da incidência do ICMS. 
 
Essas são as famosas ressalvas, sobre as quais já falamos bastante. 
 
Exemplo: 
 
Recondicionamento de motores, ICMS no momento do fornecimento das peças. 
 
3.1.7 - Do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do 
exterior; 
 
Após o desembaraço aduaneiro, a entrega de mercadoria ou de bem importado 
do exterior pelo depositário estabelecido em recinto alfandegado somente 
poderá ser efetuada mediante autorização do órgão responsável pelo processo 
e análise do desembaraço e prévia apresentação do comprovante de 
recolhimento do ICMS ou do comprovante de exoneração do imposto, se for o 
caso, e dos outros documentos exigidos pela legislação tributária do Distrito 
Federal. 
 
Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do 
seu desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador na entrega, 
devendo a autoridade responsável, salvo disposição em contrário do 
regulamento, exigir a comprovação do pagamento do imposto. 
 
Resumindo: o momento do fato gerador é o momento do desembaraço, ou 
o momento da entrega da mercadoria, se esta ocorrer antes do 
desembaraço. 
 
A entrada de mercadoria ou bem depositado em depositário estabelecido em 
recinto alfandegado com destino ao exterior, somente ocorrerá após a 
confirmação desta em sistemas específicos quando instituídos pelos Estados e 
o Distrito Federal. 
 
O descumprimento das regras sobre desembaraço implicará atribuição ao 
depositário estabelecido em recinto alfandegado da responsabilidade pelo 
pagamento do imposto e acréscimos devidos. 
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3.1.8 - Da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados 
do exterior e apreendidos ou abandonados. 
 
Se mercadorias são apreendidas em São Paulo e enviadas pela Receita Federal 
para Leilão no Distrito Federal, no momento da aquisição em leilão ocorre 
fato gerador do imposto em favor do Distrito Federal. 
 
3.1.9 - Da entrada no território do Distrito Federal, procedente de outra UF, de 
energia elétrica e de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados, quando não destinados à comercialização ou à 
industrialização. 
 
Empresa concessionária de ônibus municipais brasiliense adquire, em São 
Paulo, óleo diesel e lubrificantes para a sua frota. O fato gerador incide no 
momento da entrada do petróleo no território do DF. 
 
Professor, e se o petróleo e a energia forem adquiridos para 
comercialização ou industrialização? 
 
Nesse caso, continua o parâmetro de tributação no destino, mas o fato gerador 
não ocorre na entrada do produto no território do DF, e sim no momento da 
comercialização. 
 
3.1.10 - Da entrada no território do Distrito Federal, procedente de outra 
unidade federada de bens ou serviços, adquiridos por contribuinte do imposto, 
destinados a uso, consumo ou ativo permanente. 
 
Esse é o momento de ocorrência do fato gerador do diferencial de alíquota. 
Vale tanto para serviços quanto para mercadorias. 
 
O diferencial de alíquota incide somente em entradas originadas remessas 
interestaduais para contribuintes, e quando a mercadoria não for 
destinada a comercialização ou industrialização, e o serviço não for utilizado na 
prestação de novo serviço. 
 
Então, o que o contribuinte irá fazer com essa mercadoria ou esse serviço 
adquiridos de outro estado? Simples, vai usar, consumir, ou deixar no 
ativo fixo (ou imobilizado, para sermos mais corretos). 
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Qual o intuito do diferencial de alíquota? 
 
Inicialmente, o que deve ficar muito claro para vocês é que, nas remessas 
interestaduais para contribuintes do imposto, o remetente aplica a alíquota 
interestadual. 
 
Bem, como não haverá operação subsequente, o Distrito Federal, local do 
destinatário da operação interestadual, não vai receber a sua parte do 
imposto, que seria recolhida na saída com alíquota interna. Por isso o 
contribuinte brasiliense tem que recolher o diferencial, que consiste na 
diferença entre a alíquota interestadual da remessa e a alíquota interna do 
Distrito Federal. 
 
E por que apenas contribuintes do imposto estão sujeitos ao 
diferencial de alíquota? 
 
Porque na remessa interestadual para não contribuintes o remetente da 
mercadoria aplica a alíquota interna de seu estado, nada mais havendo a ser 
cobrado. 
 
Resumindo o diferencial de alíquota 
 
Contribuinte do imposto comprou mercadorias ou serviços fora do estado e vai 
destiná-los para o ativo fixo, para uso, ou para consumo, deverá, então, 
recolher o diferencial de alíquota, no momento da entrada em seu 
estabelecimento. 
 
 
É devido o diferencial de alíquota em entradas 
interestaduais para contribuinte, destinadas ativo fixo, 
uso ou consumo. 
 
 
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3.1.11 - Da entrada no território do Distrito Federal, procedente de outra 
unidade federada de mercadoria sujeita ao regime de pagamento antecipado 
do imposto. 
 
Este é o momento da ocorrência do FG presumido para mercadorias em ST 
com pagamento antecipado. 
 
Empresa comercial brasiliense compra mercadorias sujeitas a ST de indústria 
do Espírito Santo. Não há protocolo ou convênio que obrigue a indústria do ES 
a reter o imposto devido por substituição. Nesse caso, o FG ocorre no 
momento da entrada no DF, e a empresa comercial brasiliense deverá recolher 
antecipadamente o imposto devido pelas operações posteriores. 
 
O próprio regulamento brasiliense faz uma ressalva para que não se incluam 
neste momento de FG as mercadorias sujeitas a ST sem obrigatoriedade de 
pagamento antecipado, que possuem momento próprio (nesse caso, como 
veremos adiante, o FG ocorre no momento da entrada no estabelecimento). 
 
3.1.12 - Da entrada no território do Distrito Federal, procedente de outra 
unidade federada de mercadoria a ser comercializada sem destinatário certo ou 
destinada a estabelecimento em situação cadastral irregular. 
 
Já vimos os exemplos sobre isso. Nos casos de mercadoria remetida para 
venda sem destinatário certo, ou remetida para contribuinte irregular, o FG 
ocorrerá no momento da entrada no território do DF. 
 
3.1.13 - Da saída de ouro, na operação em que este não for ativo financeiro ou 
instrumento cambial. 
 
Empresa mineradora do DF remete ouro para indústria de joias em Brasília. 
Nesse caso o ouro é considerado mercadoria, e o FG do ICMS ocorrerá na 
saída do ouro da mineradora. Trata-se de um FG já abrangido pela hipótese 
genérica do ICMS, mas que foi destacado em hipótese específica do 
regulamento brasiliense. 
 
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3.1.14 - Da entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente 
ou em outro por ele indicado, para efeito de exigência do imposto por 
substituição tributária. 
 
Nos casos de remessa de mercadoria sujeita a ST, seja em operação interna, 
ou em operação interestadual em que haja convênio ou protocolo, o FG ocorre 
na entrada da mercadoria no destinatário. 
 
Atacadista brasiliense compra mercadorias sujeitas a ST de indústria de Mato 
Grosso do Sul. Há protocolo ou convênio que obriga a indústria do MS a reter o 
imposto devido por substituição. Nesse caso, o FG presumido ocorre no 
momento da entrada no destinatário brasiliense, e a indústria do MS deverá 
recolher o imposto devido por substituição, ou, escriturá-lo se for inscrita no 
DF. 
 
Indústria do DF vende mercadorias sujeitas a ST para comércio do DF. Deverá 
reter o imposto devido por substituição. Nesse caso o FG presumido ocorre no 
momento da entrada no destinatário. 
 
3.1.15 - Da constatação da existência de estabelecimento em situação 
cadastral irregular, em relação ao estoque de mercadorias nele encontrado. 
 
O auditor do DF encontra, em um estabelecimento irregular, grande 
quantidade de mercadorias estocadas. Nesse caso, poderá considerar ocorrido 
o FG do ICMS, e lavrar auto exigindo o imposto devido, multas e demais 
acréscimos legais. 
 
3.1.16 - Da saída da mercadoria arrematada em leilão 
 
Mais uma hipótese específica do DF, que seria abrangida pela incidência 
genérica. 
 
Como incide ICMS na mercadoria arrematada em leilão, considera-se ocorrido 
o FG no momento de sua saída. 
 
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3.1.17 - Do encerramento das atividades do contribuinte 
 
Se o contribuinte encerrar suas atividades, considera-se ocorrido FG do ICMS 
em relação às mercadorias que existirem no estoque nesse momento. 
 
3.1.18 - Da verificação da existência de mercadoria ou serviço em situação 
irregularSe o Fisco flagrar mercadorias ou serviços sujeitos ao ICMS, em operações ou 
prestações irregulares, poderá considerar ocorrido o FG do imposto, e fazer a 
autuação do valor devido. 
 
3.2 - Nas prestações de serviços considera-se ocorrido o fato gerador 
do imposto no momento: 
 
3.2.1 - Do início da prestação de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores, 
exceto quando prestados mediante a emissão de bilhete de passagem. 
 
Esse é tranquilo. O transporte é tributado no local e no momento do início. Não 
nos esqueçamos de que o STF afastou da incidência o transporte aéreo de 
passageiros. 
 
Quando for a mercadoria fornecida ou o serviço prestado mediante bilhete, 
inclusive de passagem, ficha, cartão ou assemelhado, considera-se ocorrido 
o fato gerador na emissão ou no fornecimento desses instrumentos ao 
adquirente ou usuário. 
 
3.2.2 - Do ato final da prestação de serviços de transporte iniciado no exterior. 
 
Esse item não tem previsão constitucional, mas temos saber o texto do 
regulamento. 
 
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3.2.3 – Da prestação onerosa de serviços de comunicação, feitas por qualquer 
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a 
retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer 
natureza. 
 
Quando for a mercadoria fornecida ou o serviço prestado mediante bilhete, 
inclusive de passagem, ficha, cartão ou assemelhado, considera-se ocorrido 
o fato gerador na emissão ou no fornecimento desses instrumentos ao 
adquirente ou usuário. Vale também para créditos de celular pré pago. 
 
3.2.4 - Do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado ou cuja 
prestação tenha se iniciado no exterior. 
 
Destinatário recebeu serviço, ocorre o fato gerador. Em algumas questões 
aparece o momento da contratação do serviço como sendo o momento do fato 
gerador, isso está errado. 
 
3.2.5 - Da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha 
iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou 
prestação subsequente. 
 
Esse último é o momento do fato gerador do diferencial de alíquotas para 
serviços. 
 
3.3 – Outras disposições para determinar o momento do FG no DF 
 
Considera-se ocorrida a saída de mercadoria: 
 
� constante do estoque final, no encerramento de atividades do 
contribuinte; 
� encontrada em estabelecimento em situação cadastral irregular. 
 
Equipara-se à entrada ou à saída a transmissão de propriedade ou a 
transferência de mercadoria, quando esta não transitar pelo estabelecimento 
do contribuinte. 
 
Equipara-se à saída o consumo ou a integração no ativo permanente de 
mercadoria adquirida para industrialização ou comercialização. 
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São irrelevantes para a caracterização do fato gerador: 
� a natureza e a validade jurídicas das operações ou prestações; 
� o título pelo qual a mercadoria ou bem esteja na posse do respectivo 
titular; 
� a natureza jurídica do objeto ou dos efeitos do ato praticado; 
� os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 
Ressalvadas exceções dispostas no regulamento, considera-se em situação 
irregular a mercadoria, bem ou serviço sem documentação fiscal exigida 
pela legislação ou acompanhado de documentação fiscal inidônea. 
 
Estudaremos a documentação inidônea na aula sobre as obrigações acessórias. 
 
Salvo prova em contrário, presume-se a ocorrência de operações ou 
prestações tributadas quando verificadas: 
� situações que sejam objeto de levantamento fiscal 
� falta de registro de entrada 
� detecção de operação ou prestação não registrada 
 
4 - Local da operação e da prestação 
 
Vamos ao aspecto espacial do imposto, que nada mais é do que a definição do 
local da ocorrência do fato gerador. 
 
Isso é de suma relevância, pois o ICMS é devido à UF na qual ocorre o FG. 
 
4.1 - O local da operação, para os efeitos da cobrança do imposto e 
definição do estabelecimento responsável, tratando-se de mercadoria 
ou bem, é: 
 
4.1.1 - O do estabelecimento onde se encontre a mercadoria no momento da 
ocorrência do fato gerador. 
 
Esse item aplica-se às hipóteses de incidência tradicionais, como a venda feita 
em uma loja ou supermercado, ou a venda com saída da indústria para o 
comércio e outros. 
 
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4.1.2 - O do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a 
represente, na hipótese de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele 
não tenha transitado. 
 
O disposto acima não se aplica às mercadorias recebidas em regime de 
depósito de contribuinte de outra unidade da Federação, mantidas em 
regime de depósito no DF, hipótese em que o imposto será devido ao DF. 
 
Vamos lá. Esse dispositivo trata da venda com movimentação simbólica da 
mercadoria. Aplica-se a duas situações: 
 
O Primeiro é aquele caso em que ocorre a venda triangulada, com A 
comprando de B e revendendo para C a mercadoria que ainda está 
armazenada em B. A emite nota de venda para C, com destaque do imposto e 
B emite nota de remessa por conta e ordem de terceiros, sem destaque do 
imposto. Portanto o local da operação é o estabelecimento do último vendedor, 
no caso, A. 
 
O segundo caso é aquele em que a mercadoria está armazenada em Armazém 
Geral ou Depósito Fechado. A nota que traz o destaque do imposto é sempre 
aquela emitida pela empresa que havia anteriormente depositado a 
mercadoria, portanto o local da operação é o estabelecimento do depositante. 
 
Mas temos uma exceção: no caso de existir em território do DF, mercadoria 
remetida de outra UF para depósito em Armazém Geral ou Depósito 
Fechado, o local da operação, no caso da transmissão da propriedade, será o 
local do Depósito Fechado ou do Armazém Geral. 
 
Professor, qual o objetivo dessa exceção? 
 
Simples, se o contribuinte de outro estado remeteu a mercadoria para o 
Distrito Federal, a operação foi tributada na saída da UF de origem pela 
alíquota interestadual, mas a mercadoria continua em sua propriedade. 
 
Agora, suponhamos que essa mercadoria seja vendida a terceiros, e continue, 
por exemplo, no armazém geral. Nesse caso, ocorreu fato gerador dentro do 
território do DF, com imposto devido para o Distrito Federal, e o local da 
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operação é o Armazém Geral, que está no DF e, nesse caso, pode ser 
substituto. 
 
Se a mercadoria estava em depósito fechado, o princípio é o mesmo, e o 
contribuinte da outra UF vai ter que pagar o imposto da mesma forma. 
 
Temos ainda outro dispositivo a respeito de Armazéns e Depósitos, vamos 
ver: 
 
Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito 
fechado do próprio contribuinte, neste Estado (DF), a posterior saída 
considerar-se-á ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se 
para retornar ao estabelecimento remetente.É o que já havíamos comentado anteriormente. No retorno da mercadoria 
depositada não há fato gerador do ICMS. E, na sua saída física do depósito ou 
do armazém, com destino a terceiros, o local da operação é o do 
estabelecimento depositante. Respeitada a exceção que acabamos de ver. 
 
4.1.3 - Onde ocorrer a entrada física, na hipótese de mercadoria ou bem 
importado do exterior, ainda que se destine a uso, consumo ou ativo 
permanente. 
 
Esse local pode ser: 
 
� o do estabelecimento destinatário da mercadoria, bem ou serviço 
� o do domicílio, no Distrito Federal, do adquirente, quando este não for 
estabelecido 
 
Na importação não interessa onde está estabelecido quem importou, quem 
prestou serviço de trading, ou quem efetivamente realizou os trâmites de 
importação ou quem realizou o pagamento, e nem mesmo onde foi 
desembaraçada a mercadoria. 
 
Só existe um parâmetro para definir o local da operação: é o local onde se 
deu a entrada física da mercadoria após ser desembaraçada. 
 
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Desembaraço no DF, mercadoria remetida para fábrica em São Paulo. FG em 
SP, ICMS para SP. 
 
Desembaraço no DF, mercadoria remetida para comércio em Brasília. FG no 
DF, ICMS para DF. 
 
Importador em São Paulo, mercadoria desembaraçada em São Paulo e 
remetida para Distrito Federal. ICMS para Distrito Federal. 
 
Importador na Paraíba, mercadoria desembaraçada no Espírito Santo, vendida 
para empresa de São Paulo que a remeteu diretamente para Distrito Federal. 
ICMS para Distrito Federal. 
 
4.1.4 - O do estabelecimento adquirente, quando proveniente de outra UF. 
 
Aplica-se ao adquirente de: 
� mercadoria sujeita ao regime de pagamento antecipado do imposto; 
� bens adquiridos por contribuinte do imposto, destinados a uso, consumo 
ou ativo permanente (diferencial de alíquota); 
� energia elétrica e de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis 
líquidos e gasosos dele derivados, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização; 
� mercadoria destinada a estabelecimento em situação cadastral 
irregular. 
 
No caso do fato gerador oriundo da entrada de energia ou petróleo no território 
do DF quando não destinados à comercialização ou industrialização, o local 
da operação é o local do estabelecimento do adquirente no DF. 
 
Não confundam: o momento do fato gerador, com o local do fato gerador. 
 
4.1.5 - O da extração do ouro, quando não definido em lei como ativo 
financeiro ou instrumento cambial. 
 
O ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, deve 
ter sua origem identificada. Isso para que, se deixar de ser considerado ativo 
financeiro, e portanto deixar de ser tributado pelo IOF e passar a ser tributado 
pelo ICMS, possa ter seu local de operação definido. 
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Esse local de operação aplica-se a operações com ouro para manufatura de 
joias e para utilização em próteses e aparelhos eletrônicos, por exemplo. 
 
Nesses casos o imposto será devido ao Distrito Federal se lá o ouro houver 
sido extraído. 
 
4.1.6 - O do estabelecimento onde se encontre, quando em situação irregular. 
 
Auditor animado na primeira semana de trabalho vai fazer uma operação de 
vistoria em doca de Shopping Center e lá encontra uma carga de 5 galões de 
água sem a devida documentação fiscal. Local da operação: doca do Shopping 
Center. Hora de final do expediente: melhor nem comentar. Conclusão: deixe 
os galões de água para lá. 
 
4.1.7 - Aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de 
mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados. 
 
Já falamos sobre isso. Independentemente de onde tenha sido apreendida a 
mercadoria que vai ser leiloada, o local do leilão é que será considerado local 
da operação. 
 
4.1.8 - O de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, 
crustáceos e moluscos. 
 
Sempre achei interessante essa definição de local da operação. Por óbvio, 
tratou-se de utilizar o parâmetro mais simples e de fácil verificação. 
 
Barco de pesca de empresa paranaense faz a pesca no litoral catarinense e 
desembarca em entreposto situado em território do DF. Imposto para Distrito 
Federal. 
 
Barco de empresa paulista pesca no litoral fluminense e faz o transbordo da 
carga para barco argentino, que a leva direto para Buenos Aires. ICMS para? 
 
Ninguém, a não ser que o fisco se vire para arrumar outro fato gerador que se 
aplique ao caso. 
 
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4.1.9 - O do estabelecimento em situação cadastral irregular, em relação ao 
estoque de mercadoria nele encontrado. 
 
Auditor flagrou mercadoria com nota fiscal idônea no depósito da loja de 
tintas, mas a loja estava em situação irregular. Local da operação será a loja 
de tintas. 
 
4.1.10 - O do estabelecimento do remetente, na hipótese de operação interna 
destinada a comercialização sem destinatário certo. 
 
Loja de variedades de Brasília envia caminhão carregado de artigos verdes e 
amarelos para serem vendidos na porta do estádio, no jogo do Brasil contra 
Camarões. Local da operação é o estabelecimento da loja remetente (só para 
lembrar que, se perdermos, já era!). 
 
4.1.11 - O do estabelecimento alienante, inclusive na hipótese de ser este um 
veículo, relativamente à mercadoria a ser comercializada, sem destinatário 
certo, proveniente de outra unidade federada. 
 
Lembram-se da empresa de SP que enviou mercadorias para serem vendidas 
em ação de marketing em Brasília? O local da operação será o seu caminhão. 
 
Se uma loja de variedades da Bahia envia caminhão carregado de artigos 
verdes e amarelos para serem vendidos na porta do estádio, no jogo do Brasil 
contra Camarões, o local da operação será o veículo. 
 
4.2 - O local da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e 
definição do estabelecimento responsável, é: 
 
Tratando-se de prestação de serviço de transporte 
 
4.2.1 - O do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, 
por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra unidade 
da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente. 
 
Este local vale para os efeitos do pagamento do imposto sobre o diferencial 
de alíquota. 
 
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Transportadora carioca leva equipamento industrial de São Paulo até Brasília. 
O imposto sobre o serviço de transporte é devido para São Paulo. 
 
A indústria de Brasília não terá operação subsequente, pois o equipamento vai 
para o imobilizado. Logo, terá que recolher o diferencial de alíquota sobre o 
serviço de transporte. 
 
O local da operação para esse fato gerador (diferencial de alíquota), é o 
estabelecimento brasiliense. 
 
4.2.2 - Onde se encontre o transportador, quando em situação irregular. 
 
Seja pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de 
documentação inidônea. 
 
Caminhãode transportadora paraibana é abordado em território brasiliense, 
transportando mercadorias para o Acre. As notas fiscais da mercadoria estão 
em perfeita ordem, mas não há documento fiscal relativo ao serviço de 
transporte. Local do fato gerador do ICMS transporte: Distrito Federal. 
 
4.2.3 - Onde tenha início a prestação do serviço de transporte 
 
Local de início da prestação é o local mais comum para o fato gerador do 
transporte. 
 
Subcontratação de serviço de transporte 
 
É aquela firmada na origem da prestação do serviço, por opção do prestador 
de serviço de transporte em não realizar o serviço por meio próprio. 
 
Redespacho 
 
É o contrato entre transportadores em que um prestador de serviço de 
transporte (redespachante) contrata outro prestador de serviço de transporte 
(redespachado) para efetuar a prestação de serviço de parte do trajeto. 
 
Turma, na subcontratação temos apenas um fato gerador, que ocorre na 
origem do transporte. 
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No redespacho, temos um novo fato gerador e um novo local de prestação a 
cada trecho redespachado. 
 
Transbordo 
 
Transbordo é a troca de carga de um para outro veículo, sem representar 
novo transporte. Pode acontecer por motivos de logística ou por quebra do 
veículo, por exemplo. Não é fato gerador do imposto. 
 
Escala e conexão 
 
As hipóteses de conexão e escala não descaracterizam como local da 
prestação do serviço de transporte de passageiros o do início da prestação, 
assim entendido aquele onde se inicia o trecho da viagem indicado no 
respectivo bilhete de passagem. 
 
Exemplo: 
 
Carioca compra dois bilhetes de ônibus para viagem até Brasília. Um deles do 
Rio de Janeiro até Vitória. E o outro de Vitória até Brasília. 
 
Temos fato gerador para o Rio de Janeiro no primeiro bilhete, e para o Espírito 
Santo no segundo bilhete. 
 
Seu colega Paranaense comprou um único bilhete, para viagem de Curitiba até 
Brasília. Os dois se encontrarão em Vitória, onde o paranaense fará uma 
conexão e pegará o mesmo ônibus que o carioca. 
 
Temos apenas um fato gerador, para o Paraná. 
 
Tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação 
 
Antes de começarmos a ver os locais de prestação para os serviços de 
telecomunicação, vamos esclarecer um detalhe. 
 
No caso de prestação onerosa de telecomunicação, tratando-se de serviços 
não medidos, que envolvam localidades situadas em diferentes 
unidades da Federação e cujo preço seja cobrado por períodos 
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definidos, o imposto devido será recolhido em partes iguais para as 
unidades da Federação onde estiverem localizados o prestador e o tomador. 
 
Então temos que, serviços de comunicação não medidos, ou seja, cobrados por 
período definido, imposto será dividido entre UFs do tomador e do prestador. 
 
Catarinense assina TV a cabo de emissora brasiliense. O serviço é cobrado por 
mês. Imposto será dividido entre Santa Catarina e Distrito Federal. 
 
Vamos aos locais da prestação onerosa de comunicações: 
 
4.2.4 - O da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, 
assim entendido o da geração, emissão, transmissão, retransmissão, 
repetição, ampliação e recepção. 
 
Qualquer local em que se instalem equipamentos que prestem os serviços 
acima descritos, será local da prestação. 
 
4.2.5 - O do estabelecimento que emita bilhete, exceto o de passagem, ou 
forneça ficha, cartão ou assemelhados, necessários à operação ou prestação. 
 
Empresa de Telefonia brasiliense vende cartões a serem utilizados em 
telefones públicos. Local da operação, Distrito Federal, ICMS para o Distrito 
Federal. 
 
O disposto não se aplica à disponibilização de créditos passíveis de utilização 
em terminal de uso particular, hipótese em que o imposto será devido à 
unidade da Federação onde o terminal estiver habilitado. 
 
De acordo com essa exceção, se a mesma empresa brasiliense vender 
créditos para celular habilitado em São Paulo, o imposto será devido para São 
Paulo. 
 
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4.2.6 - O do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, 
por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra unidade 
da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente. 
 
Esse é o local para os efeitos do pagamento do imposto sobre o diferencial de 
alíquota. 
 
Mesmo caso do diferencial de alíquota do transporte. Se empresa brasiliense 
adquire serviços de comunicação de empresa baiana, e esses serviços são 
consumidos, sem dar origem a nova prestação de serviço, deverá recolher o 
diferencial de alíquota para o Distrito Federal. 
 
Professor, em que caso haveria contratação de serviço de comunicação 
com prestação de serviço subsequente? 
 
Vamos a um exemplo: 
 
Uma empresa de Brasília contrata um serviço de fornecimento de rede de 
transmissão de dados de uma empresa paulista. A empresa brasiliense vai 
utilizar essa rede para transmitir um vídeo conferência realizada entre as 
diversas filiais brasileiras de uma grande multinacional. Logo, não haverá 
diferencial de alíquota, pois o serviço foi utilizado na prestação de um outro 
serviço, que também será tributado. 
 
4.2.7 - O do estabelecimento ou o do domicílio do tomador do serviço, quando 
prestado por meio de satélite. 
 
Pessoal, fiquem atentos! No caso de serviços prestados via satélite, o local da 
prestação é o local do tomador do serviço. 
 
Empresa brasiliense fornece link de satélite para hidrelétrica no Acre. Local da 
prestação, Acre. ICMS para o Acre. 
 
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4.2.8 - Onde seja cobrado o serviço, nos demais casos. 
 
Casos não definidos acima, local da prestação é o local onde for cobrado o 
serviço. 
 
Por exemplo: empresa paulista faz serviço de transmissão de dados via cabo 
para empresa paranaense. O serviço é cobrado na sede da empresa 
paranaense tomadora do serviço, que fica em Brasília. ICMS para o Distrito 
Federal. 
 
Importação de serviços 
 
4.2.9 - Tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do 
estabelecimento ou, na falta deste, o domicílio do destinatário. 
 
Serviços importados, local da prestação é o estabelecimento do tomador, ou o 
domicílio, se não estabelecido. 
 
Local do FG para serviços ou operações em substituição tributária 
 
4.2.10 - O do estabelecimento responsável pela retenção e recolhimento do 
imposto, no caso de mercadoria ou serviço sujeito ao regime de substituição 
tributária. 
 
Já vimos exemplos de ST na definição do momento de ocorrência do FG. O 
local da operação é o local do estabelecimento do substituto. 
 
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5 - Estabelecimento 
 
Estabelecimento é o local, privado

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