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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 1 Vamos lá, estudantes! Hoje, com o estudo da Substituição Tributária, fechamos o rol dos assuntos relacionados às obrigações principais do ICMS. Esse é um assunto muito importante, que certamente será objeto de questões em nossa prova. Por isso resolvi dedicar esta aula apenas à ST, incluindo uma aula extra para as obrigações acessórias. Nosso objetivo será garantir a maioria dos pontos em legislação na prova objetiva, e para isso é que trabalharei com vocês. Temos que trabalhar durante as aulas com uma meta de 90% de acertos nas questões para que, na prova, obtenhamos entre 75% e 80%. Eu sempre repito: o caminho é sinuoso, mas a recompensa é animadora. Debrucemo-nos sobre os livros, os PDFs e as questões, e partamos para cima da banca. Quanto maiores forem as dificuldades a superar, maior será a satisfação. Cícero Aula 04 – ICMS – Substituição Tributária Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 2 Estamos na aula 04 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de Legislação do DF. Aula Conteúdo 00 Perfil Constitucional dos Tributos Distritais (CF 1988). Leis Complementares de Interesse para os Tributos Distritais. Lei Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do Orçamento do Distrito Federal). 01 ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da operação e da prestação. 02 ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Isenção, não incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 03 ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Substituição tributária, suspensão, transferência de saldo credor, compensação, restituição. 04 ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Inscrição, documentos fiscais, livros fiscais, guias informativas, equipamento emissor de cupom fiscal, equipamento de processamento eletrônico de dados, regimes especiais e demais obrigações do contribuinte e de terceiros. 05 IPVA - Lei nº. 7.431/85 e Decreto nº. 16.099/94: Fato gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 06 ITCD - Lei nº. 10/88 e Decreto nº. 16.116/94: Fato gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes e de terceiros. 07 ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto nº. 25.508/2005: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da operação e da prestação. 08 ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto nº. 25.508/2005: Isenção, não incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 09 IPTU - Decreto nº. 28.445/2007: Fato gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 10 ITBI - Lei nº. 3.830/2006 e Decreto nº. 27.576/2006: Fato gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes Nossas Aulas Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 3 11 Simples Nacional LC 123/2006: I – Disposições Preliminares; II - Da Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte; III - Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI – Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e Transitórias). 12 Taxa de Limpeza Pública - TLP Lei nº. 6.945/81. Contribuição de Iluminação Pública 13 Processo Administrativo Fiscal - Decreto Nº 33.269/2011. 14 Código de ética dos servidores da carreira auditoria tributária - Lei Distrital nº 845/1994 15 Código Tributário do Distrito Federal (LC DF nº. 4/94). Parcelamento de créditos de natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 432/2001). Atualização monetária dos créditos de natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 833/2011). Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a LC DF nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 16 LC 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF). Ajuste SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). Decreto nº. 26.529/ 2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal Eletrônico). Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº. 29.396/2008 e Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). Lei nº. 9.784/99, aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 2.834/2001. 17 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 4 Apresentação 1 Exercícios Resolvidos 34 Lista das Questões Apresentadas 52 Gabarito 62 Índice Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 5 1 – Substituição Tributária Meus caros, substituição tributária (ST) nada mais é do que passar para terceiros a responsabilidade tributária, especificamente pelo recolhimento do imposto, em determinada operação. No mundo do ICMS esse conceito aflorou e disseminou-se descontroladamente pelos regulamentos estaduais, tornando- se objeto de ódio e amor, mesmo entre os auditores. Não é nossa tarefa expor os pontos fortes ou fracos da ST. Vamos apenas aprender como ela funciona no ICMS brasiliense. Prestem muita atenção aos termos substituto e substituído. O substituto, ou responsável por substituição, é aquele que ganhou a responsabilidade de recolher um imposto que não é seu. O substituído é o contribuinte original na operação, vai arcar com o ônus do tributo, mas não tem responsabilidade de recolhê-lo. Substituto: responsável tributário, vai recolher o imposto Substituído: contribuinte, fica com o ônus, mas não tem obrigação de recolher Professor, se o substituto não recolher o imposto, o substituído fica desobrigado de fazê-lo? Não, meus caros! A Fazenda e seus direitos são sagrados! Lembram-se da responsabilidade solidária? Substituição é uma hipótese de solidariedade, e podemos cobrar de um ou de outro. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 6 O fato de o substituto não haver retido o valor devido pelo substituído, não exclui a responsabilidade do substituto. 2 – Responsabilidade por Substituição no DF Fica atribuída a responsabilidade, na condição de substituto tributário, ainda que situado em outra unidadefederada, a: � industrial, comerciante, cooperativa ou outra categoria de contribuinte, pelo pagamento do imposto incidente sobre operações antecedentes (diferimento); � qualquer categoria de contribuinte, pelo pagamento do imposto incidente sobre operações subsequentes (FG presumido); � depositário, em relação a mercadoria depositada por contribuinte; � contratante de serviço ou terceiro que dele participe, pelo imposto devido na contratação ou na prestação; � órgãos e entidades da Administração Pública, em relação ao imposto devido na aquisição de mercadorias e serviços; Depende de convênio com o órgão, se for de direito público. � remetente da mercadoria, pelo pagamento do imposto devido na prestação de serviço de transporte contratado junto a autônomo ou a qualquer outro transportador não-inscrito no CF/DF; � concessionária de energia elétrica e de serviço público de comunicação, pelas operações e prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes; � adquirente da mercadoria ou do serviço, pela retenção em relação às operações subsequentes, em lugar do remetente, quando este for estabelecido em UF que não mantenha Acordo com o Distrito Federal (pagamento antecipado). Turma, acima temos os casos em que pode ser atribuída a responsabilidade. A atribuição de fato da responsabilidade ocorre no anexo IV do regulamento, onde se estabelece a mercadoria e o substituto. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 7 Quem tiver tempo pode dar uma olhada. Ninguém vai, na prova, perguntar se a mercadoria X está ou não em substituição. Normalmente isso é informado na questão. A responsabilidade por ST: � poderá ser atribuída a qualquer das pessoas citadas; � dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos no Anexo IV. � pode ser atribuída para operações e prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes e diferencial de alíquota � só pode ser atribuída a contribuinte de outra UF se houver convênio ou protocolo � estende-se a: � remessa de petróleo, em relação às operações subsequentes; � geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, nas operações internas ou oriundas de outra unidade federada, desde a produção ou importação até a última operação. O contribuinte importador fica equiparado a industrial, para fins de ST. Nos serviços de transporte, quando a prestação for efetuada por mais de uma empresa, a responsabilidade pelo pagamento do imposto poderá ser atribuída, por convênio, àquela que promover a cobrança integral do respectivo valor diretamente do usuário do serviço. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. Formulado o pedido de restituição, e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar. Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, em quinze dias procederá ao estorno do crédito lançado. Para efeito ST incluem-se como fato gerador do imposto a entrada de mercadoria ou bem: � no estabelecimento do adquirente ou � em outro estabelecimento por ele indicado. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 8 3 – Pagamento Antecipado Ficam sujeitas ao pagamento antecipado do imposto, as aquisições interestaduais: De mercadorias sujeitas a ST das operações subsequentes quando: � o remetente for estabelecido em UF que não mantenha acordo para retenção; � o imposto não tenha sido retido ou tenha sido retido a menor; De mercadorias a serem comercializadas: � sem destinatário certo ou destinada a estabelecimento irregular; � em feiras e exposições; De mercadorias sujeitas a ST das operações internas, quando o adquirente, localizado no DF, não estiver enquadrado como substituto. De insumos para os estabelecimentos industriais de empresas de construção civil (art. 254); Nas aquisições ou transferências interestaduais de itens sujeitos ao pagamento antecipado, quando destinados a uso, consumo ou ativo permanente de contribuinte do imposto ou quando destinados à comercialização ou à industrialização e sua saída subsequente, ou a do produto resultante, não seja objeto de imunidade, isenção ou não incidência. A alíquota para o cálculo do imposto a ser antecipado será a das operações internas. Na hipótese de subsequente saída interestadual com débito do imposto, fica assegurado o ressarcimento do imposto antecipado. No caso de feiras ou exposições ou sem destinatário certo, o direito à restituição do imposto antecipado, é proporcional à quantidade não comercializada. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 9 3 – Diferimento com ST Já vimos que o diferimento joga para frente o pagamento do imposto. Agora vamos ver como isso acontece quando a responsabilidade por esse pagamento é passada para o substituto. Diferimento é substituição para trás. O substituído está lá atrás! 3.1 – Diferimento em operações com mercadorias No regulamento brasiliense, a lista de mercadorias sujeitas ao diferimento encontra-se no anexo IV. caderno II. Normalmente, difere-se para uma etapa posterior o pagamento do imposto devido nas operações com as mercadorias sujeitas ao diferimento, realizadas entre estabelecimentos inscritos, localizados no Estado, hipótese em que a responsabilidade pelo referido pagamento fica transferida ao destinatário da mercadoria, que passa a ser o substituto. Pelo regulamento brasiliense, para cada caso é estipulado o substituto respectivo. Ainda, equipara-se a substituto o substituído, quando as mercadorias forem objeto de evento que impossibilite definitivamente a sua saída para o contribuinte substituto. Ou seja, no caso de a mercadoria não sair do substituído, o imposto será devido por ele mesmo (dispensável essa disposição, pois ele já é contribuinte nesse caso). Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 10 O imposto será devido ainda que: � a saída subsequente promovida pelo substituto seja isenta ou não tributada; � as mercadorias não sejam objeto de operação subsequente pelo substituto, inclusive nas hipóteses de deterioração, extravio, furto, perda, perecimento, roubo ou sinistro. Nos casos em que a mercadoria foi perdida, não haverá FG do ICMS (roubo, perda, destruição, consumo, não são FG do imposto, certo?). Temos 3 situações: Se a mercadoria veio em uma operação comum, sem substituição: A empresa deve ter efetuado crédito na entrada. Vai ter que estornar esse crédito, na escrituração fiscal. Emite nota para baixa do estoque, sem destaque de imposto. Se a mercadoria veio em uma operação com diferimento para a saída subsequente: Não houve crédito, pois a mercadoria veio sem recolhimento. A empresa recolhe, como substituta, o imposto diferido (devido pela operação de remessa anterior). Emite nota para baixa doestoque, sem destaque de imposto. Se a mercadoria veio em uma operação com ST retida (FG presumido): Não houve crédito, pois a mercadoria já vem com a ST calculada e paga. Como não houve o FG que se presumira, a empresa pode se ressarcir (normalmente em conta gráfica, se for inscrita). 3.1.1 - Saída subsequente Exemplo: Produtor vende mercadoria sujeita a diferimento para indústria. Os dados da operação são os seguintes: Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 11 Substituto: indústria Substituído: produtor Valor da venda do produtor: 100 Valor da venda da indústria: 200 Alíquota: 17% Na saída para a indústria o produtor nada pagará. Embora a operação seja tributada, o produtor está amparado, nessa mercadoria, pelo diferimento, e foi substituído pela indústria. Na entrada a indústria nada pagará, pois o diferimento, nesse caso, fica para a saída subsequente. Na saída do produto, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é responsável, credita-se desse valor, e paga o imposto da saída. Quando utilizo “paga” vale para pagamento ou débito na escrita fiscal. D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento C 17 pela entrada D 34 pelo imposto da operação própria Carga final: 34 Então o produtor não pagou nada e a indústria ficou com todo o ônus? Na prática sim, na teoria não. Na teoria o produtor pagou imposto, pois a operação foi tributada, apenas teve esse valor recolhido pelo substituto. Essa diferença se acerta economicamente, pois o preço praticado na operação diferida já deve estar adequado à situação. O mesmo exemplo, agora com saída isenta da indústria. A indústria comprou com diferimento e vai dar saída com isenção. Na saída do produto, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é responsável, mas não pode se creditar desse valor devido à isenção. D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento C 0 pela entrada D 0 pelo imposto da operação própria Carga final: 17 Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 12 Ainda o mesmo exemplo, agora com uma saída também amparada pelo diferimento. A indústria comprou com diferimento e vai dar saída também com diferimento. Na saída do produto, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é responsável, e credita-se desse valor. Não há débito devido ao diferimento nessa nova saída. D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento C 17 pela entrada D 0 pelo imposto da operação própria, devido ao novo diferimento Carga final: 0 Carga 0? Sim, nessa operação. Como há novo diferimento, o imposto será recolhido, integralmente, na saída posterior. Pode haver situações em que se estabeleça o diferimento até a última saída. Nesses casos todos são beneficiados e o pagamento é feito na última etapa da cadeia. 3.1.2 - Entrada sem saída subsequente Exemplo: Indústria vende mercadoria sujeita a diferimento para empresa de telefonia, que vai utilizá-la para reformar suas instalações. Os dados da operação são os seguintes: Substituto: empresa de telefonia Substituído: indústria Valor da venda da indústria: 500 Valor da venda da empresa de telefonia: não há Alíquota: 17% Na saída para a empresa de telefonia, a indústria nada pagará. Embora a operação seja tributada, a indústria está amparada, nessa mercadoria, pelo diferimento, e foi substituída pela empresa de telefonia. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 13 Na entrada a empresa de telefonia pagará o imposto devido pela operação diferida da indústria, pois não haverá saída subsequente. D 85 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento C 0 pela entrada, pois não haverá saída Carga final: 85 3.1.3 - Entrada em optante pelo simples Exemplo: Indústria vende mercadoria sujeita a diferimento para empresa optante pelo simples nacional, que vai revendê-la. Os dados da operação são os seguintes: Substituto: empresa do simples Substituído: indústria Valor da venda da indústria: 300 Valor da venda da empresa do simples: 500 Alíquota: 17% Na saída para a empresa do simples, a indústria nada pagará. Embora a operação seja tributada, a indústria está amparada, nessa mercadoria, pelo diferimento, e foi substituída pela empresa do simples. Na entrada a empresa do simples pagará o imposto devido pela operação diferida da indústria, pois não, embora vá haver saída subsequente, o optante pelo simples não faz apuração, e não pode escriturar débitos e créditos do ICMS. D 51 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento C 0 pela entrada, pois não há escrituração D 0 na saída, pois não há escrituração Na saída, a empresa do simples vai pagar novamente o ICMS, desta vez pela sua alíquota de simples. Carga final: 51 mais ICMS devido pela alíquota do simples Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 14 3.1.4 - Evento que impossibilite FG do ICMS Aqui podemos considerar que evento que impossibilite a ocorrência de fato gerador do ICMS faz com que o substituído recolha o imposto devido por ST. Por exemplo: Perda, Furto, Avaria, Uso, Consumo. Exemplo: Produtor vende mercadoria sujeita a diferimento para indústria. A mercadoria é destruída por alagamento no galpão da indústria. Os dados da operação são os seguintes: Substituto: indústria Substituído: produtor Valor da venda do produtor: 100 Valor da venda da indústria: não há, pois a mercadoria perdeu-se Alíquota: 17% Na saída para a indústria o produtor nada pagará. Embora a operação seja tributada, o produtor está amparado, nessa mercadoria, pelo diferimento, e foi substituído pela indústria. Na entrada a indústria nada pagará, pois o diferimento, nesse caso, fica para a saída subsequente. Como não haverá saída do produto, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é responsável, e não pode creditar-se desse valor. D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento C 0 pela entrada D 0 não há operação própria Carga final: 17 Percebam que a carga final, nesse caso, foi apenas a da operação do substituído. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 15 3.1.5 - Diferimento na entrada em contribuinte do RPA Exemplo: Produtor vende mercadoria sujeita a diferimento para indústria, a ocorrer na entrada. Os dados da operação são os seguintes: Substituto: indústria Substituído: produtor Valor da venda do produtor: 100 Valor da venda da indústria: 200 Alíquota: 17% Na saída para a indústria o produtor nada pagará. Embora a operação seja tributada, o produtor está amparado, nessa mercadoria, pelo diferimento, e foi substituído pela indústria. Naentrada, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é responsável, credita-se desse valor. Na saída do produto, a indústria paga o imposto da saída. Quando utilizo “paga” vale para pagamento ou débito na escrita fiscal. D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento C 17 pela entrada D 34 pelo imposto da operação própria Carga final: 34 Percebam que apenas mudou-se o momento do pagamento do diferimento. O diferimento é estabelecido para a mercadoria ou serviço, e não para o Contribuinte! Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 16 3.2 – Casos Especiais A Sefaz poderá celebrar Regime Especial com contribuintes estabelecidos fora do Distrito Federal, atribuindo a estes a condição de contribuinte substituto das operações antecedentes, com anuência da unidade federada do substituto. Vale para qualquer tipo de ST. A responsabilidade pelo imposto devido nas operações entre o associado e a cooperativa de produtores de que faça parte, situada no Distrito Federal, fica transferida para a destinatária. Nas saídas internas, promovidas por produtor agropecuário com destino à Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, o imposto devido referente às operações internas antecedentes será pago pelo destinatário. 4 – ST na saída interestadual Nas operações interestaduais que destinem mercadorias a contribuinte de outra UF, a substituição tributária ocorrerá conforme o disposto nos Convênios e nos Protocolos do CONFAZ e na legislação da unidade da Federação de destino. Nas operações interestaduais com petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente, será feito acerto em sistema próprio, denominado Scanc, que trata do controle do ICMS combustíveis, e não nos interessa para a prova. 4.1 - Ressarcimento em caso de saída interestadual Na saída interestadual com mercadorias alcançadas pelo regime de ST, a restituição do imposto pago nas etapas anteriores será efetuada de forma a ser estudada ainda nesta aula, se o destinatário for contribuinte. Estamos falando do substituído que comprou mercadoria com ICMS retido e vai remetê-la para outra UF. Ora, a ST não sai do estado, logo, esse contribuinte tem direito a reaver o que lhe fora cobrado pelo remetente a título de retenção. Veremos em detalhes. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 17 5 – ST com fato gerador presumido Vamos às regras gerais para os casos em que se aplica a ST levando em conta fatos geradores presumidos. Esses casos são a maioria, e os examinadores gostam de explorar o assunto. No diferimento jogávamos o imposto para frente. Agora estamos antecipando o seu pagamento. Esse tipo de substituição só pode ser estabelecido por Lei. Em muito poucas palavras, o Fisco presume que toda mercadoria que sai, por exemplo, da indústria, vai ser revendida em algum momento. Faz-se uma estimativa de qual será o preço de venda ao consumidor e cobra-se o imposto de toda a cadeia em um único momento. Esse momento pode ser a saída da fábrica, que fica responsável por reter o tributo da mercadoria devido por toda a cadeia de circulação. Concordemos que é muito mais simples fiscalizar uma indústria de bebidas do que milhares de bares e mercadinhos, não é mesmo? Pois bem. Mas não é tão simples assim, como veremos. A ST das operações subsequentes, com base em fato gerador presumido, é substituição para frente. O substituído está lá na frente! Antes de prosseguirmos, uma palavrinha sobre a ST aplicada aos produtores. Não há nenhuma vedação a estabelecer o produtor como substituto. O normal é que ele seja substituído (com diferimento) quando comercializa mercadorias de sua produção. Contudo, se um produtor comprar mercadorias sujeitas a ST de outro estado para vender em seu estabelecimento comercial, e não existir protocolo ou convênio, ou seja, se não tiver sido retido o imposto pelo remetente, o Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 18 produtor vai ser substituto, e deverá efetuar o recolhimento antecipado. O mesmo acontece se ele importar mercadorias sujeitas a ST. 5.1 – ST nas operações internas No regulamento brasiliense, as mercadorias sujeitas à ST estão relacionadas no Anexo IV, Caderno I. Normalmente os contribuintes listados na condição de substitutos tributários, são responsáveis pelo pagamento do imposto devido nas operações subsequentes promovidas por contribuintes de dentro do Estado com as mercadorias sujeitas a ST que a eles tenham remetido. Não ocorre ST No DF, a condição de substituto não se aplica a: � operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. � transferências para outro estabelecimento do substituto, excluído o varejista, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a contribuinte diverso. Muita atenção, pois no DF apenas nos casos citados o destinatário deixa de ser substituto. Entrada e Saída da mercadoria no regime de ST Quando a mercadoria for submetida ao regime de ST, o substituído que a comercialize, seja atacadista, distribuidor ou varejista deverá levantar o estoque existente no dia imediatamente anterior ao da vigência do regime e recolher o imposto devido por ST. Se a mercadoria sair do regime, levanta-se o estoque e faz-se o crédito. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 19 Inscrição e GIA ST Ao sujeito passivo por substituição definido em protocolo ou convênio específico poderá, mediante requerimento, ser concedida inscrição no CF/DF. O sujeito passivo por ST inscrito no CF/DF que, por 60 dias ou 2 meses alternados, deixar de entregar a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS Substituição Tributária-GIA-ST, não remeter o arquivo magnético com registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, ou, ainda, descumprir outras obrigações tributárias, poderá ter sua inscrição suspensa ou cancelada até a regularização. 5.2 – O que acontece nas operações subsequentes? Nas saídas subsequentes de mercadorias que tiveram o imposto retido por ST, não haverá qualquer pagamento de ICMS, a não ser nos casos abaixo: � saída subsequente da mercadoria para outra unidade federada; � saída de produto em cuja fabricação tenha sido utilizada a mercadoria como matéria-prima. Nesses casos, desfaz-se a ST, e poderá haver a apropriação do crédito. Veremos adiante como isso é feito, quando estudarmos o ressarcimento. O regulamento brasiliense traz uma disposição específica para o caso de não se saber qual foi o valor da operação do substituto. Nesse caso, a apropriação do crédito será feita à base de 1% do valor da aquisição da mercadoria (repare que, valor de aquisição é diferente de valor da operação do remetente). Exemplo de ST desfeita com matéria prima:Suponhamos que pneu seja uma mercadoria sujeita a ST. Determinada indústria de pneus vende lote de seus pneus para uma distribuidora, com substituição. A indústria faz a retenção e a tributação fica resolvida até o consumidor final. Uma montadora de veículos, com dificuldades para adquirir pneus de seu tradicional fabricante, resolve comprar pneus daquela distribuidora, para colocá-los em veículos e não parar a linha de produção. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 20 Hora, a tributação daquele lote de pneus já não estava resolvida? Sim, estava. Estava resolvida desde que os pneus houvessem sido vendidos a consumidor final. A montadora é consumidora final? Não é! Supondo que veículos sejam mercadoria sujeita a ST, a indústria deverá fazer a retenção considerando novamente o valor dos pneus. Vai haver excesso de tributação? Sim, haveria e esse seria um caso de distorção. Em alguns estados não existem regras para mitigar esse problema. Não é o caso do DF, que prevê o desfazimento da ST. 5.3 – Crédito Acumulado em função de ST Fica assegurado ao substituído que acumular crédito por 3 meses consecutivos, no mínimo, em função da ST e da impossibilidade de compensação com débito decorrente de sua atividade, o direito de compensar ou transferir o crédito, mediante a dedução em aquisição futura de mercadoria cujo imposto deva ser retido, apurado e pago por ele ou por outro substituto tributário. O substituído deve manter sistema de controle capaz de provar que a acumulação de crédito do imposto ocorreu em função do regime da substituição tributária. 6 - Cálculo do Imposto O débito de responsabilidade por substituição tributária em operações internas será calculado pela aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo da ST prevista para cada mercadoria, deduzindo-se, do valor obtido, o débito fiscal próprio. Se a saída ao consumidor de mercadoria sujeita a ST estiver beneficiada com BC reduzida, a BC da ST terá o mesmo percentual de redução, observadas as mesmas condições previstas para a concessão do benefício. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 21 Exemplo 1 - FOB Indústria brasiliense do RPA vende produto sujeito a ST para atacadista brasiliense do RPA, nas seguintes condições: Valor da mercadoria: 200 IPI: 20 Frete FOB: 30 Margem de Valor Agregado (MVA): 50% Alíquota: 17% Vamos calcular o ICMS próprio e o ICMS devido pela Indústria a título de ST. ICMS próprio da Indústria O IPI não entra na BC do ICMS próprio, pois todas as condições estão atendidas. Também não entra frete FOB, que vai ser pago pelo destinatário. BC ICMS Próprio = 200 ICMS próprio = 200 x 17% = 34 ICMS devido por ST pela Indústria Nesse cálculo entram todos os valores que serão suportados pelo adquirente, inclusive o IPI, pois na revenda ele entra na BC o ICMS. Ao somatório desses valores é aplicada a Margem de Valor Agregado (MVA), que presume o preço final na última venda do produto. BC ICMS ST = (200 + 20 + 30) x 1,5 = 250 x 1,5 = 375 BC ICMS ST = 375 Para achar o valor devido pela Indústria a título de ST, aplicamos a alíquota interna e subtraímos o ICMS próprio. ICMS ST = (375 x 17%) – ICMS Próprio ICMS ST = 63,75 – 34 = 29,75 Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 22 Esse será o valor a ser recolhido pela Indústria Substituta, referente à venda feita pelo Atacadista substituído e pelos demais comerciantes que, eventualmente, participem da cadeia. Esse recolhimento resolve toda a tributação do produto na saída da fábrica. O atacadista não vai efetuar crédito na entrada da mercadoria e também não vai efetuar débito quando efetuar a venda. O mesmo acontecerá com o mercadinho que for adquirir essa mercadoria no atacadista. Exemplo 2 – Frete Próprio Vamos ver o mesmo exemplo, agora com frete feito pela própria Indústria Substituta, incluído na nota e cobrado do Atacadista. Indústria brasiliense do RPA vende produto sujeito a ST para atacadista brasiliense do RPA, nas seguintes condições: Valor da mercadoria: 200 IPI: 20 Frete próprio: 30 Margem de Valor Agregado (MVA): 50% Alíquota: 17% Vamos calcular o ICMS próprio e o ICMS devido pela Indústria a título de ST. ICMS próprio da Indústria O IPI não entra na BC do ICMS próprio, pois todas as condições estão atendidas. O frete entra, pois está incluído na nota. BC ICMS Próprio = 230 ICMS próprio = 230 x 17% = 39,10 ICMS devido por ST pela Indústria Nesse cálculo entram todos os valores que serão suportados pelo adquirente, inclusive o IPI, pois na revenda ele entra na BC o ICMS. Ao somatório desses valores é aplicada a Margem de Valor Agregado (MVA), que presume o preço Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 23 final na última venda do produto. O frete já está na nota fiscal, e também vai compor o preço do produto e a BC da ST. BC ICMS ST = (200 + 20 + 30) x 1,5 = 250 x 1,5 = 375 BC ICMS ST = 375 Para achar o valor devido pela Indústria a título de ST, aplicamos a alíquota interna e subtraímos o ICMS próprio. ICMS ST = (375 x 17%) – ICMS Próprio ICMS ST = 63,75 – 39,10 = 24,65 Exemplo 3 – Substituto do Simples Quando o substituto for optante pelo Simples Nacional, o valor a ser deduzido, relativo ao ICMS próprio, será o valor presumido desse débito, calculado na forma como ocorreria a tributação se o contribuinte não fosse optante pelo Simples Nacional, devendo esse valor ser indicado no campo "Informações Complementares" da Nota Fiscal. Novamente o mesmo exemplo, mas dessa vez a Indústria Substituta é optante pelo Simples Nacional. Isso não muda a sua condição de substituta, mas muda a forma de cálculo. Indústria brasiliense do Simples vende produto sujeito a ST para atacadista brasiliense do RPA, nas seguintes condições: Valor da mercadoria: 220 Frete próprio: 30 Margem de Valor Agregado (MVA): 50% Alíquota: 17% Alíquota Simples do Substituto: 3,1 % Não esqueçam de que o substituto do simples não destaca IPI. Vamos calcular o ICMS próprio e o ICMS devido pela Indústria a título de ST. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 24 ICMS próprio da Indústria, a ser recolhido pelo Simples (só a parte ICMS) ICMS próprio Simples = 250 x 3,1 % = 7,75 ICMS presumido a ser abatido do valor a recolher de ST BC ICMS Próprio presumido = 250 ICMS próprio presumido= 250 x 17% = 42,50 ICMS devido por ST pela Indústria BC ICMS ST = (220 + 30) x 1,5 = 250 x 1,5 = 375 BC ICMS ST = 375 Para achar o valor devido pela Indústria a título de ST, aplicamos a alíquota interna e subtraímos o ICMS próprio. Nesse cálculo vamos subtrair o ICMS presumido, como se o remetente não fosse doSimples. ICMS ST = (375 x 17%) – ICMS Próprio ICMS ST = 63,75 – 42,50 = 21,25 7 – Ressarcimento ao Substituído É assegurado ao substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por ST, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. Turma, isso é muito comum. O destinatário pode usar a mercadoria, consumir a mercadoria, tê-la roubada ou perdida por algum outro motivo, exportar a mercadoria ou, no caso mais comum de ressarcimento, fazer uma venda interestadual. O intuito da ST é cobrar o imposto até o final da cadeia, desde que esse final se verifique dentro do Estado. Se a mercadoria for objeto de saída interestadual, desfaz-se a ST, pois a UF de destino não quer saber de deixar a sua parte do imposto com a UF de origem. Vamos lembrar alguns detalhes. Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de 90 dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido. Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 25 substituído, no prazo de 15 dias da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos lançados e ao pagamento dos acréscimos legais cabíveis. 7.1 - Anulação da ST A restituição do imposto pago nas etapas anteriores será efetuada mediante ressarcimento do imposto retido a título de ST. Se estivermos tratando de um caso em que haja outra operação tributada, como saída interestadual, por exemplo, além do ressarcimento da ST, efetua- se o crédito pela entrada e o débito pela saída. O valor crédito será determinado aplicando-se a alíquota interna sobre o valor que serviu de BC para a ST, constante na Nota Fiscal. O crédito para substituídos optantes do Simples fica limitado ao valor do imposto pago referente à ST. O crédito para substituídos do RPA que compraram de optante pelo Simples Nacional, fica limitado ao valor do imposto efetivamente devido pelo remetente, por sua alíquota do Simples. 7.2 – Devolução de mercadoria No caso de devolução de mercadoria já escriturada, o substituído tem direito a creditar-se do valor retido. Exemplo: Mercadoria em substituição, remessa interna. Valor da operação: 100 Alíquota 17% IVA 50% Na remessa: Substituto emite nota de saída. Valor da nota: 100 ICMS próprio destacado: 17 Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 26 ICMS ST retido: ((100 x 1,50) x 17%) - 17 = 8,50 (o substituto cobra esse valor do substituído) Substituído não se credita de nenhum valor, e nem vai se debitar na eventual revenda. Substituído suportou um ônus de 8,50 Na devolução: Substituído emite nota de devolução Valor da nota: 100 ICMS destacado na nota de devolução: 17 ICMS creditado: 17 (perceba que, se não houver esse crédito, o substituído ficará com um débito indevido, pois não houve operação) Substituído emite nota para acerto da ST retida. ICMS creditado por essa nota: 8,50 (para se ressarcir do que havia sido retido e que por ele fora pago ao substituto). Os acertos podem também ser feitos por meio eletrônico, mas a sistemática é a mesma. 8 – ST nas operações interestaduais Nas operações interestaduais que destinem ao DF mercadorias sob regime de ST, fica atribuída ao remetente, na condição de substituto tributário, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto devido ao DF. Isso vale para os casos em que existe convênio ou protocolo entre os Estados de origem e de destino. Caso não exista, ocorrerá o recolhimento antecipado na entrada, pelo destinatário brasiliense. 8.1 - Cálculo do Imposto O cálculo da ST nas operações interestaduais segue as linhas gerais que vimos nos exemplos anteriores, com pequena variação. Vamos dar uma olhada. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 27 Remessa para industrialização ou comercialização O valor do ICMS devido por ST em operações interestaduais de remessa para o DF, para comercialização ou industrialização, será calculado pela aplicação da alíquota interna brasiliense sobre a base de cálculo da ST prevista para as diversas mercadorias, deduzindo-se, do valor resultante, o ICMS próprio. Exemplo: (remessa para comercialização) Importadora paulista do RPA vende mercadoria importada sujeita a ST, para Supermercado brasiliense do RPA, nas seguintes condições: Valor da mercadoria: 300 Frete próprio: 30 Margem de Valor Agregado (MVA): 50% Alíquota interna: 17% Alíquota interestadual: 4% Vamos calcular o ICMS próprio devido para São Paulo e o ICMS devido pela Importadora a título de ST para o DF. ICMS próprio da Importadora, devido para São Paulo BC = 300 + 30 ICMS próprio = 330 x 4% = 13,20 ICMS devido por ST pela Importadora, a ser recolhido para o RS BC ICMS ST = (300 + 30) x 1,5 = 330 x 1,5 = 495 BC ICMS ST = 495 Para achar o valor devido pela Importadora a título de ST, aplicamos a alíquota interna brasiliense e subtraímos o ICMS próprio. ICMS ST = (495 x 17%) – ICMS Próprio ICMS ST = 84,15 – 13,20 = 70,95 Caso a Importadora paulista não seja inscrita no DF, deverá recolher esse valor por meio de GNRE, em favor do Fisco brasiliense. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 28 No caso de substituto de outra UF optante pelo Simples Nacional, o valor a ser deduzido, relativo ao débito fiscal próprio, será o valor presumido, calculado na forma como ocorreria a tributação se o contribuinte não fosse optante. Já vimos esse caso hoje. Remessa para ativo permanente ou para uso ou consumo No caso de ICMS devido na entrada de mercadoria com destino ao ativo permanente ou ao uso ou consumo do destinatário, o ICMS devido a título de ST será calculado pela aplicação do percentual resultante da diferença entre a alíquota interna do DF e a interestadual sobre o valor da BC do ICMS próprio do remetente. Exemplo: (remessa para ativo permanente) Indústria baiana do RPA vende máquinas sujeitas a ST para Indústria brasiliense do RPA, nas seguintes condições: Valor da mercadoria: 1000 IPI: 100 Frete próprio: 100 Alíquota interna: 17% Alíquota interestadual: 12% Nesse caso a Indústria baiana é responsável por reter o diferencial de alíquota e repassar para o DF. O ICMS devido por ST é calculado pela aplicação da diferença entre a alíquota interna brasiliense e a interestadual, sobre a base de cálculo do ICMS próprio. Base de cálculo do ICMS próprio da Indústria, devido para Bahia BC = 1000 + 100 + 100 = 1200 ICMS diferencial de alíquota devido por ST pela Importadora, a ser recolhido para o RS BC ICMS ST diferencial de alíquota = 1200 Alíquota interna = 17% Alíquota interestadual = 12% ICMS ST diferencial de alíquota = 1200 x (17% - 12%) =1200 x 5% = 60 Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal -Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 29 Remessa de petróleo, energia e combustíveis não derivados Na remessa de combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo, e de energia quando não destinada a comercialização ou industrialização, o valor da ST será calculado pela aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo definida no regulamento. Exemplo: (remessa de energia para consumo) Distribuidora de energia paulista do RPA vende energia para consumo em Indústria brasiliense do RPA, nas seguintes condições: Valor da operação: 500 Valor da BC estipulada: 500 Alíquota interna: 17% Alíquota interestadual: 7% Nesse caso a Distribuidora deve reter o ICMS calculado pela aplicação da alíquota brasiliense sobre o valor da BC estipulada no regulamento brasiliense (no caso é o valor da operação), sem nada descontar, pois o ICMS é totalmente devido ao DF. Base de cálculo do ICMS ST BC ST = 500 ICMS ST = 500 x 17% = 85 9 – Pagamento antecipado na entrada Mercadoria Oriunda de Outra Unidade da Federação Esse é o caso com o qual gostamos de brincar, dizendo que o Contribuinte é substituto de si mesmo. Mas não se trata de substituição, mas apenas de recolhimento antecipado, na entrada da mercadoria no Estado, para os casos em que a mercadoria está sujeita a ST, mas não houve a retenção na UF de origem, por falta de convênio ou protocolo. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 30 No recebimento de outra UF, de mercadoria em ST, sem recolhimento do ICMS ST, o imposto relativo às operações subsequentes e ao diferencial de alíquota quando a mercadoria for destinada ao ativo permanente ou ao uso ou consumo do destinatário é devido no momento da entrada no território brasiliense. O valor é calculado da mesma forma que nas operações em que há retenção pelo substituto. Contudo, se o remetente for do Simples, temos que atentar para o seguinte: � Remetente do Simples e Destinatário do Simples No cálculo do valor a recolher por ST o destinatário do Simples vai abater o valor presumido pela aplicação alíquota interestadual da remessa. � Remetente do Simples e Destinatário do RPA No cálculo do valor a recolher por ST o destinatário do RPA vai abater o valor calculado pela alíquota do simples efetiva do remetente da remessa. 10 - Diferencial a título de equalização de carga tributária Alguns Estados cobram diferencial de alíquota extra dos optantes pelo Simples Nacional que realizam compras fora de seus territórios. É uma forma de proteger a indústria local, e alguns Fiscos chamam de equalização da carga tributária. Não podemos confundir os dois tipos de diferencial. O diferencial de alíquota é cobrado nas entradas interestaduais, em aquisições feitas por contribuintes do simples ou do RPA, destinadas para uso, consumo ou ativo fixo. Sua função essencial é concluir o processo de distribuição do imposto entre UFs de origem e de destino. A equalização é cobrada em entradas interestaduais, em aquisições feitas por contribuintes do simples, destinadas a industrialização ou comercialização. Sua função essencial é proteger a indústria do estado que a institui. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 31 Na prática, o que ocorre na equalização é que passa-se a cobrar diferencial também quando o adquirente, optante pelo Simples, compra para industrialização ou comercialização. Não há equalização para optantes do Simples no DF. Vamos aos exercícios! Turma, o segredo para obter êxito na prova de legislação está em resolver uma grande quantidade de exercícios. Não temos muitos sobre o assunto de hoje. Estou tentando organizar uma lista extra de questões inéditas para que possamos resolver na reta final, pois sei o quanto isso é importante. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 32 Exercícios Resolvidos 1 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Na substituição tributária: A) Há a responsabilidade do substituto tributário que receber mercadoria sem o recolhimento da substituição por parte de contribuinte substituto deste Estado. B) Há a responsabilidade do contribuinte substituto que receber mercadoria sem a comprovação do recolhimento da substituição, por parte de contribuinte substituto de outro Estado. C) Há a responsabilidade do substituto em relação ao imposto decorrente de alteração de preço ocorrida após a saída de seu estabelecimento. D) Há responsabilidade subsidiária entre o substituto e o substituído. E) Há a responsabilidade do substituído pelo pagamento do imposto quando o substituto não tenha dele retido o tributo. Essa questão foi anulada, devido a lambanças do examinador. Mas vamos analisá-la mesmo assim. Letra A, errada. Há a responsabilidade do substituído tributário que receber mercadoria sem o recolhimento da substituição por parte de contribuinte substituto deste Estado. Letra B, errada. Há a responsabilidade do contribuinte substituído que receber mercadoria sem a comprovação do recolhimento da substituição, por parte de contribuinte substituto de outro Estado. Letra C, errada. Não há essa responsabilidade. Letra D, errada. Estudamos esse caso e vimos que essa responsabilidade é solidária. Letra E, correta. Sempre haverá responsabilidade do substituído, dada a solidariedade existente na substituição. Inclusive nos casos em que foi feita a retenção pelo substituto e este não repassou o ICMS ao Estado. Não encontrei o gabarito original, mas a letra E poderia ter sido questionada, devido à possibilidade ampla de interpretação. Gaba: Nula Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 33 2 – FCC 2013 Sefaz SP - Embora as operações com determinada mercadoria estejam sujeitas à substituição tributária com retenção antecipada do ICMS, existem situações em que este método de tributação não deve ser aplicado. O Regulamento do ICMS elenca uma série de situações em que o estabelecimento, em tese, responsável pela retenção, não deve fazer a retenção, mas aplicar as regras comuns da legislação. A retenção deverá ser efetuada pelo estabelecimento industrial brasiliense, eleito como substituto, ao Distrito Federal, quando promover a saída de mercadoria, sujeita ao regime de substituição tributária, para: A) outro estabelecimento industrial do mesmo titular, localizado neste Estado. B) outro estabelecimento atacadista mesmo titular, localizado neste Estado. C) outro estabelecimento varejista do mesmo titular, localizado neste Estado. D) estabelecimento industrial, que vai utilizar a mercadoria como insumo em processo industrial da mesma mercadoria. E) estabelecimento atacadista, que seja substituto da mesma mercadoria. Muito bem, o regulamento brasiliense é bem enxuto no que diz respeito às exceções para o Substituto. Não ocorre ST No DF, a condição de substituto não se aplica a: � operaçõesque destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. � transferências para outro estabelecimento do substituto, excluído o varejista, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a contribuinte diverso. Dentre os casos acima, a única situação em que o substituto fará a retenção é descrita na letra C. Nos demais casos, aplica-se a exceção, e o substituto será o estabelecimento destinatário das mercadorias. Gaba: C Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 34 3 – FCC 2013 Sefaz SP - Por força de Resolução da Secretaria da Receita do Estado do Rio de Janeiro, vigente a partir de 1o de maio de 2004, na remessa de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária promovida por contribuinte estabelecido em outra unidade da Federação com destino ao Estado do Rio de Janeiro, fica atribuída ao remetente a responsabilidade pela retenção e pagamento do ICMS em favor daquele Estado. Em face da situação hipotética apresentada e do ordenamento jurídico vigente, considerando a inexistência de convênio ou protocolo celebrado pelas unidades da Federação acerca deste assunto, a exigência de recolhimento antecipado do ICMS por contribuinte estabelecido em outra unidade da Federação é: A) regular, pois a obrigação antecipada foi instituída por meio de Resolução da Secretaria da Receita do Estado do Rio de Janeiro, hipótese prevista no art. 9o da Lei Complementar no 87/96, pela qual a adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá da edição de Resolução pelos Estados interessados. B) regular, pois embora o contribuinte obrigado à retenção esteja situado fora dos limites territoriais do Estado do Rio de Janeiro, a mercadoria tem como destino contribuinte localizado neste Estado, incidindo por esta razão as regras vigentes em seu território. C) regular, dado que a legislação tributária dos Estados e do Distrito Federal vigora fora dos respectivos territórios, a não ser que haja limitação imposta por convênio ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. D) irregular, pois o Estado do Rio de Janeiro não pode exigir o recolhimento do ICMS por substituto tributário em operação interestadual se não celebrou convênio ou protocolo normativo com o ente federativo no qual se encontra situado o substituto tributário. E) irregular, visto que norma interna de um Estado-membro tem eficácia extraterritorial, na medida e nos limites estipulados pelos entes políticos em instrumento normativo próprio. Turma, o RJ não pode editar resolução obrigando contribuintes de outra UF a reterem o ICMS devido por substituição nas remessas interestaduais que para lá se destinem. Isso só poderá ser feito por protocolo ou convênio celebrado no Confaz. As normas infra legais de determinada UF só têm validade dentro de seu território (ressalvado o estabelecido em convênio ou protocolo). Para exigência de pagamento antecipado do imposto na entrada, ou para inclusão de produtos ou de contribuintes em ST, dentro do Estado, não é Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 35 necessário protocolo ou convênio. Repetindo: eles só são necessários quando se deseja estabelecer que os substitutos sejam os contribuintes de outras UFs. Gaba: D 4 – FCC 2013 Sefaz SP - Considere que as operações descritas em I, II e III estão sujeitas à retenção antecipada do ICMS, foram realizadas pelo sujeito passivo responsável pela retenção e que a margem de valor agregado é de 40%. As mercadorias são nacionais, bem como seus insumos. I. Saída promovida por fabricante brasiliense, com destino a atacadista brasiliense, de duas unidades da mercadoria I, no valor de R$ 45,00 cada, mais frete no valor de R$ 10,00. II. Saída promovida por atacadista baiano, com destino a varejista brasiliense, de três unidades da mercadoria II, no valor de R$ 50,00 cada, com o valor do frete já incluído no preço do produto. III. Saída promovida por fabricante brasiliense, com destino a varejista brasiliense, de três unidades da mercadoria III, no valor de R$ 40,00 cada, mais frete e seguro, no valor de R$ 12,00 e R$ 8,00, sendo aplicável uma redução de base de cálculo de 2/3 nas operações internas com a mercadoria. O valor do imposto a ser retido a título de substituição tributária relacionado aos itens I, II e III, respectivamente, é: A) R$ 6,48; R$ 7,20; R$ 8,64. B) R$ 7,20; R$ 19,80; R$ 3,36. C) R$ 7,20, R$ 19,80; R$ 10,08. D) R$ 6,48; R$ 10,80; R$ 10,08. E) R$ 6,48; R$ 10,80; R$ 26,88. Vamos calcular o imposto devido por ST em cada caso, considerando alíquota interna de 18% e MVA 40% em todos eles: Produto I Vl Produtos: 90 Vl Frete: 10 (presume-se que o frete está separado na nota) BC ICMS Próprio: 100 ICMS Próprio: 100 x 18% = 18 BC ICMS ST: (90 + 10) x 1,40 = 140 ICMS ST: (140 x 18%) – 18 = 25,20 – 18 = 7,20 Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 36 Produto II Vl Produtos: 150 Vl Frete: 0 (já está no valor do produto) BC ICMS Próprio: 150 ICMS Próprio: 150 x 12% = 18 (usamos a alíquota interestadual) BC ICMS ST: 150 x 1,40 = 210 ICMS ST: (210 x 18%) – 18 = 37,80 – 18 = 19,80 Atenção: a interestadual aqui foi 12% pois a mercadoria veio da Bahia. Se viesse dos estados do Sul e Sudeste (-ES), seria 7%. Produto III Nesse caso vamos considerar a redução da base de cálculo em 2/3 nos dois cálculos. Vl Produtos: 120 Vl Frete: 12 Vl seguro: 8 BC ICMS Próprio: 140/3 = 46,67 (BC própria reduzida em 2/3) ICMS Próprio: 46,67 x 18% = 8,40 BC ICMS ST: 46,67 x 1,40 = 65,34 (BC ST reduzida em 2/3) ICMS ST: (65,34 x 18%) – 8,40 = 11,76 – 8,40 = 3,36 Alguns comentários sobre o frete no ICMS. Se frete e seguro forem pagos pelo remetente e estiverem incluídos no valor da nota fiscal (CIF), eles farão parte da BC do ICMS, e serão também beneficiados pela redução de BC. No caso de frete por conta do destinatário (FOB), a redução da BC aplica-se apenas ao valor da mercadoria e demais despesas incluídas na nota fiscal. Nessa situação o frete é tributado normalmente, pela alíquota de ICMS transportes (que também pode ter redução ou isenção, conforme o caso). Quando o frete é FOB, temos dois FGs: mercadoria e frete. Cada um deles seguirá as regras estabelecidas para a situação. Nesse caso é possível que tenhamos isenção ou redução para mercadoria e não para o frete, ou vice versa. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 37 Quando o frete é CIF, temos um FG. Frete e mercadoria serão sempre tributados da mesma forma. Gaba: B 5 – FCC 2013 Sefaz SP – A Lei estabelece pagamento do ICMS poderá ser exigido antecipadamente, relativamente a operações, prestações, atividades ou categorias de contribuintes, conforme previsto em regulamento. O Regulamento do ICMS/DF, por sua vez, estabelece as hipóteses em que, na entrada no território deste Estadode determinadas mercadorias procedentes de outra unidade da Federação, o contribuinte brasiliense que conste como destinatário no documento fiscal relativo à operação deverá efetuar antecipadamente o recolhimento do ICMS. Sobre o recolhimento antecipado, é correto afirmar: A) Na entrada interestadual de mercadoria sujeita ao regime da substituição tributária, sempre que não houver a retenção por parte do remetente, o destinatário deve fazer o recolhimento antecipado. B) O valor recolhido antecipadamente se refere ao imposto devido na operação própria do contribuinte brasiliense (saída) e, em sendo o caso, ao imposto devido em relação às operações subsequentes, na condição de imposto retido por substituição tributária. C) A forma de cálculo do montante do imposto é diferente no caso de atacadistas e indústrias. D) O montante relativo à antecipação deverá ser recolhido até a data da entrada da mercadoria no estabelecimento destinatário brasiliense. E) O recolhimento antecipado, em regra, não se aplica à mercadoria recebida destinada à integração ou consumo em processo industrial ou saída para consumidor final. Letra A, errada. Não basta haver a retenção. Deve ser comprovado o recolhimento. Letra B, correta. Pode referir-se também ao diferencial de alíquota. Letra C, errada. Vimos que há pequenas variações, que dependem da natureza da operação. No caso da entrada interestadual a forma de calcular a ST é a mesma, qualquer que seja o contribuinte, desde que seja do RPA. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 38 Letra D, errada. O imposto é devido na entrada no território brasiliense, e não na entrada no estabelecimento. Letra E, errada. Aplica-se, sim. Gaba: B 6 – FCC 2009 Sefaz SP - O caminhão tanque de uma distribuidora de combustível, sujeita ao regime de substituição tributária, transportava, pela rodovia Castelo Branco, gasolina para distribuição em postos de combustíveis na cidade de Bauru. Durante o trajeto, sofreu um acidente e perdeu todo o combustível transportado. Neste caso, nos termos da Constituição Federal, e com relação ao ICMS substituição tributária, é correto afirmar que: A) trata-se de causa de remissão do crédito tributário e, portanto, o ICMS não será devido. B) trata-se de causa de anistia do crédito tributário e, portanto, o ICMS não será devido. C) a distribuidora poderá compensar o ICMS devido nesta operação com o montante cobrado nas anteriores. D) trata-se de causa de isenção do crédito tributário e, portanto, o ICMS não será devido. E) é assegurada a imediata restituição da quantia paga a título de ICMS, posto não ter ocorrido o fato gerador presumido. Letras A, B e D, erradas. Não se trata de nenhuma dessas hipóteses. Letra C, errada. Essa afirmação refere-se ao princípio da não cumulatividade, e à compensação que se faz com o imposto cobrado nas operações anteriores. A maioria dos Estados prevê formas de compensação para o ICMS ST em casos como o descrito, em que não ocorreu o FG presumido. Usualmente essa compensação é chamada de ressarcimento. Contudo, observem que a questão deve ser respondida com base na CF. Letra E, correta. A CF prevê a imediata e preferencial restituição em dinheiro. Isso é muito bonito na CF, e também considero muito justo, mas quase nunca ocorre. Gaba: E Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 39 Considere as informações a seguir para responder às questões de números 7 a 10. A loja HELP Comércio de Materiais para Construção Ltda., situada no DF, adquiriu um lote de tintas e vernizes por R$ 20.000,00, mais IPI de R$ 3.000,00, diretamente de fabricante, situado no DF. O frete, no valor de R$ 1.000,00, está incluso no preço da aquisição. Considere que tais mercadorias estão sujeitas à substituição tributária, com retenção antecipada do ICMS, que o índice de valor adicionado (IVA-ST) é de 35%, que ambas as alíquotas internas do DF e de MG são de 18% e que não há isenção nem redução de base de cálculo nas operações. 7 – FCC 2009 Sefaz SP - Nessa venda feita à loja HELP, o valor do ICMS retido antecipadamente pela fábrica de tintas e vernizes foi: A) R$ 2.529,00 B) R$ 2.232,00 C) R$ 1.989,00 D) R$ 1.692,00 E) R$ 1.314,00 Indústria vendendo para comércio, em operação interna. Indústria é substituta. Dados da operação: alíquota interna: 18% MVA: 35% Vl Produtos: 20 000 Vl IPI: 3 000 Vl Frete: 1000 (já está incluso no preço, logo, não deve ser somado de novo) BC ICMS Próprio: 20 000 (IPI não entra na BC) ICMS Próprio: 20 000 x 18% = 3 600 BC ICMS ST: (20 000 + 3 000) x 1,35 = 31 050 (o IPI entra na BC da ST) ICMS ST: (31050 x 18%) – 3600 = 5589 – 3600 = 1989 Gaba: C Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 40 8 – FCC 2009 Sefaz SP - Considere que todo o lote de tintas e vernizes adquirido pela empresa HELP seja vendido, com a margem de valor agregado de 35%, para a Paróquia de São Benedito, localizada em Bueno Brandão-MG, que o utilizará na reforma da sua igreja. Nesse caso, a empresa HELP: A) não deverá recolher complemento, nem terá direito ao ressarcimento de ICMS, pois essa situação não interfere na substituição tributária, com retenção antecipada, já que todo o ICMS é devido ao Distrito Federal. B) não deverá recolher complemento e ainda terá direito ao ressarcimento do ICMS retido pela fábrica, pois a retenção antecipada, na substituição tributária, é hipótese de presunção juris tantum. C) poderá pleitear o ressarcimento do ICMS retido pela fábrica, pois a Paróquia de São Benedito afirma gozar de isenção tributária. D) deverá recolher o complemento do ICMS com base na aplicação da alíquota interestadual de 12%. E) poderá pleitear o ressarcimento do ICMS retido antecipadamente pela fábrica e se creditar do imposto próprio da fábrica. Essa questão é ótima para fixarmos o que acontece com a mercadoria recebida com retenção de ST e vendida posteriormente em operação interestadual. Letra A, correta. A Paróquia não é contribuinte do ICMS. Uma venda interestadual normal (sem ST) para não contribuinte é tributada com a alíquota interna da UF de origem. O mesmo acontece com a mercadoria sujeita a ST. Lembrem-se de que o intuito da ST é tributar toda a cadeia em uma só operação. Nesse caso, o final da cadeia está na venda interestadual para não contribuinte. Não se faz nenhum acerto. Letra B, errada. Não há ressarcimento algum. Ocorreu o fato gerador que era previsto: venda a não contribuinte. Letra C, errada. A possível imunidade da Paróquia nada tem a ver com essa operação. Quando uma entidade imune compra mercadoria, a venda efetuada pelo fornecedor é tributada normalmente. Pode haver casos de isenção em lei estadual, mas não nos interessam aqui. Letra D, errada. Não há complemento algum a ser recolhido. A mercadoria já teve toda a sua tributação resolvida na origem. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 41 Letra E, errada. Prestematenção a essa frase. Isso aconteceria se houvesse ocorrido venda interestadual para contribuinte do ICMS, tributada pela alíquota interestadual. Gaba: A 9 – FCC 2009 Sefaz SP - Caso parte do lote de tintas e vernizes seja vendido por R$ 5.000,00, para a fábrica de móveis BRAGATINO, localizada no DF, que o utilizará como insumo na sua produção, a loja HELP deverá emitir NF - Nota Fiscal A) com destaque de ICMS, pois prevalece o princípio constitucional da não- cumulatividade, mas o fabricante de móveis BRAGATINO poderá aproveitar apenas o crédito fiscal referente à diferença entre o imposto destacado na NF e o imposto retido antecipadamente. B) sem destaque de ICMS e o fabricante de móveis BRAGATINO não poderá aproveitar o crédito fiscal, pois tal crédito é vedado quando a mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária. C) com destaque de ICMS, pois prevalece o princípio constitucional da não- cumulatividade e o fabricante de móveis BRAGATINO poderá aproveitar o crédito fiscal referente ao imposto destacado na NF. D) sem destaque de ICMS, mas o fabricante de móveis BRAGATINO poderá aproveitar o crédito fiscal, ainda que não destacado na NF, calculado pela aplicação da alíquota de 18% sobre os R$ 5.000,00 (valor da operação). E) sem destaque de ICMS, mas o fabricante de móveis BRAGATINO poderá aproveitar o crédito fiscal referente à diferença entre o imposto calculado pela aplicação da alíquota de 18% sobre os R$ 5.000,00 (valor da operação) e o imposto retido antecipadamente. Letras A e C, erradas. A venda de mercadoria que deu entrada com retenção de ST é feita com nota fiscal sem destaque de ICMS. Lembrem-se: não há crédito na entrada e nem débito nas operações posteriores. Letras B, errada. A nota vai sem destaque, mas a indústria, como vai utilizar a mercadoria como matéria prima, poderá creditar-se do valor presumido que teria numa compra sem ST. Isso ocorre porque a produção da indústria será novamente tributada na saída. Letra D, correta. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 42 Letra E, errada. Não existe essa conta. É permitido o crédito do valor resultante da aplicação da alíquota sobre o valor da nota de entrada. Gaba: D 10 – FCC 2009 Sefaz SP - Caso todo o lote de tintas e vernizes seja utilizado pela própria loja HELP, na reforma de suas instalações, é correto afirmar que esse contribuinte: A) não deverá emitir nota fiscal, pois não ocorre fato gerador, terá direito ao ressarcimento do ICMS retido antecipadamente a favor do Distrito Federal e poderá se creditar do imposto próprio da fábrica. B) deverá emitir nota fiscal com destaque do imposto próprio e se debitar em conta gráfica, porém terá direito ao ressarcimento do ICMS retido antecipadamente a favor do Distrito Federal e poderá se creditar do imposto próprio da fábrica, pois a substituição tributária consiste numa presunção juris tantum. C) deverá emitir nota fiscal, sem destaque do imposto, pois a substituição tributária consiste numa presunção juris et de jure, no entanto, poderá aproveitar o crédito fiscal calculado pela aplicação da alíquota de 18% sobre o valor da aquisição do lote de tintas e vernizes. D) deverá emitir nota fiscal sem destaque do imposto, no entanto, poderá aproveitar o crédito fiscal referente a diferença entre o imposto total recolhido pela fábrica do Distrito Federal e o calculado pela aplicação da alíquota de 18% sobre o valor da aquisição do lote de tintas e vernizes. E) não deverá emitir nota fiscal, pois não ocorre fato gerador, terá direito ao ressarcimento do ICMS retido antecipadamente a favor do Distrito Federal, mas não poderá se creditar do imposto próprio da fábrica. Letras A, B, C e D, erradas. Como não haverá o FG presumido, a loja pode se ressarcir do ICMS ST retido anteriormente. Mas, por não haver saída, não pode se creditar do ICMS próprio da fábrica da operação anterior. Vamos ver o que são esses conceitos de presunção que foram citados: Presunção juris tantum, é a que existe no FG presumido. Depende de prova, e pode ser revertida se não se constatar a ocorrência do que foi presumido. Presunção juris et de jure é presunção absoluta. Não pode nunca ser mudada, haja o que houver. Não é o nosso caso. Letra E, correta. Esse é o procedimento perfeito para o caso. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 43 Não se emite nota fiscal, pois não há FG do ICMS. Como não ocorreu o FG presumido, pode ser pedido ressarcimento do valor pago por ST. Desfaz-se a ST. Como a mercadoria foi consumida pelo estabelecimento, não deve haver crédito da operação anterior. Se fosse uma operação sem ST e a loja tivesse se creditado do valor do ICMS de entrada, ao utilizar a mercadorias deveria, a loja, estornar o crédito. Gaba: E 11 – FCC 2014 Sefaz RJ - A Fábrica de Tintas Amós, do DF, efetuou vendas de tintas (mercadoria que está sujeita à substituição tributária das operações subsequentes, em território brasiliense) às seguintes empresas localizadas no Distrito Federal: Fábrica de Tintas Miquéias, que as irá revender; Fábrica de Fogões Habacuc, que irá utilizá-las na pintura de seus produtos; e Atacadista Baruc, que, após essa aquisição, decidiu revender apenas metade do lote, destinando o restante à pintura de suas instalações. Nesse caso, Amós deverá reter o ICMS A) nessas três situações, mas Amós terá direito a ressarcimento referente à tinta utilizada por Baruc, na qualidade de consumidor final. B) nas vendas para Habacuc e Baruc, e Baruc terá direito ao ressarcimento referente à tinta que utilizou para consumo. C) nas vendas para Miquéias e Baruc, e nenhuma das empresas terá direito a ressarcimento. D) nas vendas para Miquéias e Baruc, e este terá direito ao ressarcimento referente à tinta que utilizou para consumo. E) nessas três situações, e nenhuma das empresas terá direito a ressarcimento. Muito bem! De acordo com o regulamento brasiliense, somente não ocorrerá a substituição na venda para a fábrica da mesma mercadoria. Como o atacadista não vendeu metade do lote, o FG presumido não ocorreu (apenas para a metade não vendida). Nesse caso, poderá ressarcir-se do ICMS ST retido (mas não pode se creditar do ICMS Próprio do remetente). A tinta utilizada na pintura dos fogões poderá ter seu crédito aproveitado. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 44 Aproveitemos para ilustrar uma situação ainda não vista nos exercícios: Se estivéssemos falando de peças que, por exemplo, fossem utilizadas na produção dos fogões, e se os fogões estivessem em ST, o fato de as peças terem sido recebidas em ST nada mudaria na saída dos fogões com nova ST. Nesse caso a fábrica de fogões poderia se creditar do valor das peças recebidas, mesmo sem destaque na nota de entrada (que realmente não existirá, pois as peças foram remetidas com ST). Gaba: B 12 – FCC 2014 Sefaz RJ - Considerando que a mercadoria é sujeita à substituição tributária das operações subsequentes, no Distrito Federal, de acordo com a legislação brasiliense, é correto afirmar: A) O ICMS referente às operações subsequentes deverá ser retido e
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