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ICMS DF legtributaria AUD marcelo Aula 04 Parte 01

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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 1
 
 
 
Vamos lá, estudantes! 
 
Hoje, com o estudo da Substituição Tributária, fechamos o rol dos assuntos 
relacionados às obrigações principais do ICMS. Esse é um assunto muito 
importante, que certamente será objeto de questões em nossa prova. Por isso 
resolvi dedicar esta aula apenas à ST, incluindo uma aula extra para as 
obrigações acessórias. 
 
Nosso objetivo será garantir a maioria dos pontos em legislação na prova 
objetiva, e para isso é que trabalharei com vocês. Temos que trabalhar 
durante as aulas com uma meta de 90% de acertos nas questões para que, na 
prova, obtenhamos entre 75% e 80%. 
 
 
Eu sempre repito: o caminho é sinuoso, mas a recompensa é animadora. 
Debrucemo-nos sobre os livros, os PDFs e as questões, e partamos para cima 
da banca. 
 
 
 
Quanto maiores forem as dificuldades a superar, 
maior será a satisfação. 
Cícero 
 
 
Aula 04 – ICMS – Substituição Tributária 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 2
Estamos na aula 04 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam 
prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de Legislação do DF. 
 
 
 
 
 
Aula Conteúdo 
00 
Perfil Constitucional dos Tributos Distritais (CF 1988). 
Leis Complementares de Interesse para os Tributos Distritais. 
Lei Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do 
Orçamento do Distrito Federal). 
01 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Hipóteses de 
incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da 
operação e da prestação. 
02 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Isenção, não 
incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, 
crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 
03 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Substituição 
tributária, suspensão, transferência de saldo credor, 
compensação, restituição. 
04 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Inscrição, 
documentos fiscais, livros fiscais, guias informativas, equipamento 
emissor de cupom fiscal, equipamento de processamento 
eletrônico de dados, regimes especiais e demais obrigações do 
contribuinte e de terceiros. 
05 
IPVA - Lei nº. 7.431/85 e Decreto nº. 16.099/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes. 
06 
ITCD - Lei nº. 10/88 e Decreto nº. 16.116/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes e de terceiros. 
07 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência 
do fato gerador, local da operação e da prestação. 
08 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Isenção, não incidência, contribuinte, 
responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e 
pagamento do imposto. 
09 
IPTU - Decreto nº. 28.445/2007: Fato gerador; hipóteses de 
incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; 
inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 
10 
ITBI - Lei nº. 3.830/2006 e Decreto nº. 27.576/2006: Fato 
gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; 
contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; 
obrigações dos contribuintes 
Nossas Aulas 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 3
 
11 
Simples Nacional LC 123/2006: I – Disposições Preliminares; II - 
Da Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte; III 
- Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI – 
Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e 
Transitórias). 
12 
Taxa de Limpeza Pública - TLP Lei nº. 6.945/81. 
Contribuição de Iluminação Pública 
13 Processo Administrativo Fiscal - Decreto Nº 33.269/2011. 
14 
Código de ética dos servidores da carreira auditoria tributária - Lei 
Distrital nº 845/1994 
15 
Código Tributário do Distrito Federal (LC DF nº. 4/94). 
Parcelamento de créditos de natureza tributária e não tributária 
(LC DF nº. 432/2001). Atualização monetária dos créditos de 
natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 833/2011). 
Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a LC 
DF nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 
16 
LC 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF). Ajuste 
SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). Decreto nº. 
26.529/ 2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal 
Eletrônico). Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº. 29.396/2008 e 
Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). Lei nº. 
9.784/99, aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 
2.834/2001. 
17 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. 
 
 
 
 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 
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Apresentação 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios Resolvidos 34 
Lista das Questões Apresentadas 52 
Gabarito 62 
 
Índice 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
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1 – Substituição Tributária 
 
Meus caros, substituição tributária (ST) nada mais é do que passar para 
terceiros a responsabilidade tributária, especificamente pelo recolhimento do 
imposto, em determinada operação. No mundo do ICMS esse conceito aflorou 
e disseminou-se descontroladamente pelos regulamentos estaduais, tornando-
se objeto de ódio e amor, mesmo entre os auditores. 
 
Não é nossa tarefa expor os pontos fortes ou fracos da ST. Vamos apenas 
aprender como ela funciona no ICMS brasiliense. 
 
Prestem muita atenção aos termos substituto e substituído. 
 
O substituto, ou responsável por substituição, é aquele que ganhou a 
responsabilidade de recolher um imposto que não é seu. 
 
O substituído é o contribuinte original na operação, vai arcar com o ônus do 
tributo, mas não tem responsabilidade de recolhê-lo. 
 
 
Substituto: responsável tributário, vai recolher o 
imposto 
Substituído: contribuinte, fica com o ônus, mas não tem 
obrigação de recolher 
 
 
Professor, se o substituto não recolher o imposto, o substituído fica 
desobrigado de fazê-lo? 
 
Não, meus caros! A Fazenda e seus direitos são sagrados! Lembram-se da 
responsabilidade solidária? Substituição é uma hipótese de solidariedade, e 
podemos cobrar de um ou de outro. 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
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O fato de o substituto não haver retido o valor devido 
pelo substituído, não exclui a responsabilidade do 
substituto. 
 
2 – Responsabilidade por Substituição no DF 
 
Fica atribuída a responsabilidade, na condição de substituto tributário, ainda 
que situado em outra unidadefederada, a: 
 
� industrial, comerciante, cooperativa ou outra categoria de contribuinte, 
pelo pagamento do imposto incidente sobre operações antecedentes 
(diferimento); 
� qualquer categoria de contribuinte, pelo pagamento do imposto 
incidente sobre operações subsequentes (FG presumido); 
� depositário, em relação a mercadoria depositada por contribuinte; 
� contratante de serviço ou terceiro que dele participe, pelo imposto devido 
na contratação ou na prestação; 
� órgãos e entidades da Administração Pública, em relação ao imposto 
devido na aquisição de mercadorias e serviços; Depende de convênio 
com o órgão, se for de direito público. 
� remetente da mercadoria, pelo pagamento do imposto devido na 
prestação de serviço de transporte contratado junto a autônomo ou a 
qualquer outro transportador não-inscrito no CF/DF; 
� concessionária de energia elétrica e de serviço público de comunicação, 
pelas operações e prestações antecedentes, concomitantes ou 
subsequentes; 
� adquirente da mercadoria ou do serviço, pela retenção em relação às 
operações subsequentes, em lugar do remetente, quando este for 
estabelecido em UF que não mantenha Acordo com o Distrito Federal 
(pagamento antecipado). 
 
Turma, acima temos os casos em que pode ser atribuída a responsabilidade. A 
atribuição de fato da responsabilidade ocorre no anexo IV do regulamento, 
onde se estabelece a mercadoria e o substituto. 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 
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Quem tiver tempo pode dar uma olhada. Ninguém vai, na prova, perguntar se 
a mercadoria X está ou não em substituição. Normalmente isso é informado na 
questão. 
 
A responsabilidade por ST: 
� poderá ser atribuída a qualquer das pessoas citadas; 
� dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos no Anexo 
IV. 
� pode ser atribuída para operações e prestações antecedentes, 
concomitantes ou subsequentes e diferencial de alíquota 
� só pode ser atribuída a contribuinte de outra UF se houver convênio ou 
protocolo 
� estende-se a: 
� remessa de petróleo, em relação às operações subsequentes; 
� geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, nas operações internas 
ou oriundas de outra unidade federada, desde a produção ou importação 
até a última operação. 
 
O contribuinte importador fica equiparado a industrial, para fins de ST. 
 
Nos serviços de transporte, quando a prestação for efetuada por mais de uma 
empresa, a responsabilidade pelo pagamento do imposto poderá ser 
atribuída, por convênio, àquela que promover a cobrança integral do 
respectivo valor diretamente do usuário do serviço. 
 
É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do 
imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato 
gerador presumido que não se realizar. 
 
Formulado o pedido de restituição, e não havendo deliberação no prazo de 
noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar. Sobrevindo decisão 
contrária irrecorrível, em quinze dias procederá ao estorno do crédito lançado. 
 
Para efeito ST incluem-se como fato gerador do imposto a entrada de 
mercadoria ou bem: 
� no estabelecimento do adquirente ou 
� em outro estabelecimento por ele indicado. 
 
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3 – Pagamento Antecipado 
 
Ficam sujeitas ao pagamento antecipado do imposto, as aquisições 
interestaduais: 
 
De mercadorias sujeitas a ST das operações subsequentes quando: 
� o remetente for estabelecido em UF que não mantenha acordo para 
retenção; 
� o imposto não tenha sido retido ou tenha sido retido a menor; 
 
De mercadorias a serem comercializadas: 
� sem destinatário certo ou destinada a estabelecimento irregular; 
� em feiras e exposições; 
 
De mercadorias sujeitas a ST das operações internas, quando o adquirente, 
localizado no DF, não estiver enquadrado como substituto. 
 
De insumos para os estabelecimentos industriais de empresas de construção 
civil (art. 254); 
 
Nas aquisições ou transferências interestaduais de itens sujeitos ao pagamento 
antecipado, quando destinados a uso, consumo ou ativo permanente de 
contribuinte do imposto ou quando destinados à comercialização ou à 
industrialização e sua saída subsequente, ou a do produto resultante, não seja 
objeto de imunidade, isenção ou não incidência. 
 
A alíquota para o cálculo do imposto a ser antecipado será a das operações 
internas. 
 
Na hipótese de subsequente saída interestadual com débito do imposto, fica 
assegurado o ressarcimento do imposto antecipado. 
 
No caso de feiras ou exposições ou sem destinatário certo, o direito à 
restituição do imposto antecipado, é proporcional à quantidade não 
comercializada. 
 
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3 – Diferimento com ST 
 
Já vimos que o diferimento joga para frente o pagamento do imposto. Agora 
vamos ver como isso acontece quando a responsabilidade por esse pagamento 
é passada para o substituto. 
 
 
Diferimento é substituição para trás. 
O substituído está lá atrás! 
 
3.1 – Diferimento em operações com mercadorias 
 
No regulamento brasiliense, a lista de mercadorias sujeitas ao diferimento 
encontra-se no anexo IV. caderno II. 
 
Normalmente, difere-se para uma etapa posterior o pagamento do imposto 
devido nas operações com as mercadorias sujeitas ao diferimento, realizadas 
entre estabelecimentos inscritos, localizados no Estado, hipótese em que a 
responsabilidade pelo referido pagamento fica transferida ao destinatário da 
mercadoria, que passa a ser o substituto. 
 
Pelo regulamento brasiliense, para cada caso é estipulado o substituto 
respectivo. 
 
Ainda, equipara-se a substituto o substituído, quando as mercadorias forem 
objeto de evento que impossibilite definitivamente a sua saída para o 
contribuinte substituto. Ou seja, no caso de a mercadoria não sair do 
substituído, o imposto será devido por ele mesmo (dispensável essa 
disposição, pois ele já é contribuinte nesse caso). 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 04 
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O imposto será devido ainda que: 
� a saída subsequente promovida pelo substituto seja isenta ou não 
tributada; 
� as mercadorias não sejam objeto de operação subsequente pelo 
substituto, inclusive nas hipóteses de deterioração, extravio, furto, 
perda, perecimento, roubo ou sinistro. 
 
Nos casos em que a mercadoria foi perdida, não haverá FG do ICMS (roubo, 
perda, destruição, consumo, não são FG do imposto, certo?). 
 
Temos 3 situações: 
 
Se a mercadoria veio em uma operação comum, sem substituição: 
 
A empresa deve ter efetuado crédito na entrada. Vai ter que estornar esse 
crédito, na escrituração fiscal. Emite nota para baixa do estoque, sem 
destaque de imposto. 
 
Se a mercadoria veio em uma operação com diferimento para a saída 
subsequente: 
 
Não houve crédito, pois a mercadoria veio sem recolhimento. A empresa 
recolhe, como substituta, o imposto diferido (devido pela operação de remessa 
anterior). Emite nota para baixa doestoque, sem destaque de imposto. 
 
Se a mercadoria veio em uma operação com ST retida (FG presumido): 
 
Não houve crédito, pois a mercadoria já vem com a ST calculada e paga. Como 
não houve o FG que se presumira, a empresa pode se ressarcir (normalmente 
em conta gráfica, se for inscrita). 
 
3.1.1 - Saída subsequente 
 
Exemplo: 
 
Produtor vende mercadoria sujeita a diferimento para indústria. Os dados da 
operação são os seguintes: 
 
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Substituto: indústria 
Substituído: produtor 
Valor da venda do produtor: 100 
Valor da venda da indústria: 200 
Alíquota: 17% 
 
Na saída para a indústria o produtor nada pagará. Embora a operação seja 
tributada, o produtor está amparado, nessa mercadoria, pelo diferimento, e foi 
substituído pela indústria. 
 
Na entrada a indústria nada pagará, pois o diferimento, nesse caso, fica para a 
saída subsequente. 
 
Na saída do produto, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é 
responsável, credita-se desse valor, e paga o imposto da saída. Quando utilizo 
“paga” vale para pagamento ou débito na escrita fiscal. 
 
D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento 
C 17 pela entrada 
D 34 pelo imposto da operação própria 
Carga final: 34 
 
Então o produtor não pagou nada e a indústria ficou com todo o ônus? Na 
prática sim, na teoria não. Na teoria o produtor pagou imposto, pois a 
operação foi tributada, apenas teve esse valor recolhido pelo substituto. Essa 
diferença se acerta economicamente, pois o preço praticado na operação 
diferida já deve estar adequado à situação. 
 
O mesmo exemplo, agora com saída isenta da indústria. 
 
A indústria comprou com diferimento e vai dar saída com isenção. Na saída do 
produto, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é responsável, mas não 
pode se creditar desse valor devido à isenção. 
 
D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento 
C 0 pela entrada 
D 0 pelo imposto da operação própria 
Carga final: 17 
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Ainda o mesmo exemplo, agora com uma saída também amparada pelo 
diferimento. 
 
A indústria comprou com diferimento e vai dar saída também com diferimento. 
Na saída do produto, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é 
responsável, e credita-se desse valor. Não há débito devido ao diferimento 
nessa nova saída. 
 
D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento 
C 17 pela entrada 
D 0 pelo imposto da operação própria, devido ao novo diferimento 
Carga final: 0 
 
Carga 0? Sim, nessa operação. Como há novo diferimento, o imposto será 
recolhido, integralmente, na saída posterior. 
 
Pode haver situações em que se estabeleça o diferimento até a última saída. 
Nesses casos todos são beneficiados e o pagamento é feito na última etapa da 
cadeia. 
 
3.1.2 - Entrada sem saída subsequente 
 
Exemplo: 
 
Indústria vende mercadoria sujeita a diferimento para empresa de telefonia, 
que vai utilizá-la para reformar suas instalações. 
 
Os dados da operação são os seguintes: 
 
Substituto: empresa de telefonia 
Substituído: indústria 
Valor da venda da indústria: 500 
Valor da venda da empresa de telefonia: não há 
Alíquota: 17% 
 
Na saída para a empresa de telefonia, a indústria nada pagará. Embora a 
operação seja tributada, a indústria está amparada, nessa mercadoria, pelo 
diferimento, e foi substituída pela empresa de telefonia. 
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Na entrada a empresa de telefonia pagará o imposto devido pela operação 
diferida da indústria, pois não haverá saída subsequente. 
 
D 85 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento 
C 0 pela entrada, pois não haverá saída 
Carga final: 85 
 
3.1.3 - Entrada em optante pelo simples 
 
Exemplo: 
 
Indústria vende mercadoria sujeita a diferimento para empresa optante pelo 
simples nacional, que vai revendê-la. Os dados da operação são os seguintes: 
 
Substituto: empresa do simples 
Substituído: indústria 
Valor da venda da indústria: 300 
Valor da venda da empresa do simples: 500 
Alíquota: 17% 
 
Na saída para a empresa do simples, a indústria nada pagará. Embora a 
operação seja tributada, a indústria está amparada, nessa mercadoria, pelo 
diferimento, e foi substituída pela empresa do simples. 
 
Na entrada a empresa do simples pagará o imposto devido pela operação 
diferida da indústria, pois não, embora vá haver saída subsequente, o optante 
pelo simples não faz apuração, e não pode escriturar débitos e créditos do 
ICMS. 
 
D 51 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento 
C 0 pela entrada, pois não há escrituração 
D 0 na saída, pois não há escrituração 
 
Na saída, a empresa do simples vai pagar novamente o ICMS, desta vez pela 
sua alíquota de simples. 
 
Carga final: 51 mais ICMS devido pela alíquota do simples 
 
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3.1.4 - Evento que impossibilite FG do ICMS 
 
Aqui podemos considerar que evento que impossibilite a ocorrência de fato 
gerador do ICMS faz com que o substituído recolha o imposto devido por ST. 
Por exemplo: Perda, Furto, Avaria, Uso, Consumo. 
 
Exemplo: 
 
Produtor vende mercadoria sujeita a diferimento para indústria. A mercadoria é 
destruída por alagamento no galpão da indústria. Os dados da operação são os 
seguintes: 
 
Substituto: indústria 
Substituído: produtor 
Valor da venda do produtor: 100 
Valor da venda da indústria: não há, pois a mercadoria perdeu-se 
Alíquota: 17% 
 
Na saída para a indústria o produtor nada pagará. Embora a operação seja 
tributada, o produtor está amparado, nessa mercadoria, pelo diferimento, e foi 
substituído pela indústria. 
Na entrada a indústria nada pagará, pois o diferimento, nesse caso, fica para a 
saída subsequente. 
 
Como não haverá saída do produto, a indústria paga o imposto diferido pelo 
qual é responsável, e não pode creditar-se desse valor. 
 
D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento 
C 0 pela entrada 
D 0 não há operação própria 
Carga final: 17 
 
Percebam que a carga final, nesse caso, foi apenas a da operação do 
substituído. 
 
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3.1.5 - Diferimento na entrada em contribuinte do RPA 
 
Exemplo: 
 
Produtor vende mercadoria sujeita a diferimento para indústria, a ocorrer na 
entrada. Os dados da operação são os seguintes: 
 
Substituto: indústria 
Substituído: produtor 
Valor da venda do produtor: 100 
Valor da venda da indústria: 200 
Alíquota: 17% 
 
Na saída para a indústria o produtor nada pagará. Embora a operação seja 
tributada, o produtor está amparado, nessa mercadoria, pelo diferimento, e foi 
substituído pela indústria. 
 
Naentrada, a indústria paga o imposto diferido pelo qual é responsável, 
credita-se desse valor. 
 
Na saída do produto, a indústria paga o imposto da saída. Quando utilizo 
“paga” vale para pagamento ou débito na escrita fiscal. 
 
D 17 pelo imposto da operação anterior, que veio com diferimento 
C 17 pela entrada 
D 34 pelo imposto da operação própria 
Carga final: 34 
 
Percebam que apenas mudou-se o momento do pagamento do diferimento. 
 
 
O diferimento é estabelecido para a mercadoria ou 
serviço, e não para o Contribuinte! 
 
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3.2 – Casos Especiais 
 
A Sefaz poderá celebrar Regime Especial com contribuintes estabelecidos fora 
do Distrito Federal, atribuindo a estes a condição de contribuinte substituto das 
operações antecedentes, com anuência da unidade federada do substituto. 
Vale para qualquer tipo de ST. 
 
A responsabilidade pelo imposto devido nas operações entre o associado e a 
cooperativa de produtores de que faça parte, situada no Distrito Federal, fica 
transferida para a destinatária. 
 
Nas saídas internas, promovidas por produtor agropecuário com destino à 
Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, o imposto devido referente às 
operações internas antecedentes será pago pelo destinatário. 
 
4 – ST na saída interestadual 
 
Nas operações interestaduais que destinem mercadorias a contribuinte de 
outra UF, a substituição tributária ocorrerá conforme o disposto nos Convênios 
e nos Protocolos do CONFAZ e na legislação da unidade da Federação de 
destino. 
 
Nas operações interestaduais com petróleo em que o imposto tenha sido retido 
anteriormente, será feito acerto em sistema próprio, denominado Scanc, que 
trata do controle do ICMS combustíveis, e não nos interessa para a prova. 
 
4.1 - Ressarcimento em caso de saída interestadual 
 
Na saída interestadual com mercadorias alcançadas pelo regime de ST, a 
restituição do imposto pago nas etapas anteriores será efetuada de forma a 
ser estudada ainda nesta aula, se o destinatário for contribuinte. 
 
Estamos falando do substituído que comprou mercadoria com ICMS retido e vai 
remetê-la para outra UF. Ora, a ST não sai do estado, logo, esse contribuinte 
tem direito a reaver o que lhe fora cobrado pelo remetente a título de 
retenção. Veremos em detalhes. 
 
 
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5 – ST com fato gerador presumido 
 
Vamos às regras gerais para os casos em que se aplica a ST levando em conta 
fatos geradores presumidos. Esses casos são a maioria, e os examinadores 
gostam de explorar o assunto. 
 
No diferimento jogávamos o imposto para frente. Agora estamos antecipando 
o seu pagamento. Esse tipo de substituição só pode ser estabelecido por Lei. 
 
Em muito poucas palavras, o Fisco presume que toda mercadoria que sai, por 
exemplo, da indústria, vai ser revendida em algum momento. Faz-se uma 
estimativa de qual será o preço de venda ao consumidor e cobra-se o imposto 
de toda a cadeia em um único momento. 
 
Esse momento pode ser a saída da fábrica, que fica responsável por reter o 
tributo da mercadoria devido por toda a cadeia de circulação. Concordemos 
que é muito mais simples fiscalizar uma indústria de bebidas do que milhares 
de bares e mercadinhos, não é mesmo? 
 
Pois bem. Mas não é tão simples assim, como veremos. 
 
 
A ST das operações subsequentes, com base em fato 
gerador presumido, é substituição para frente. 
O substituído está lá na frente! 
 
Antes de prosseguirmos, uma palavrinha sobre a ST aplicada aos produtores. 
 
Não há nenhuma vedação a estabelecer o produtor como substituto. O normal 
é que ele seja substituído (com diferimento) quando comercializa mercadorias 
de sua produção. 
 
Contudo, se um produtor comprar mercadorias sujeitas a ST de outro estado 
para vender em seu estabelecimento comercial, e não existir protocolo ou 
convênio, ou seja, se não tiver sido retido o imposto pelo remetente, o 
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produtor vai ser substituto, e deverá efetuar o recolhimento antecipado. O 
mesmo acontece se ele importar mercadorias sujeitas a ST. 
 
5.1 – ST nas operações internas 
 
No regulamento brasiliense, as mercadorias sujeitas à ST estão relacionadas 
no Anexo IV, Caderno I. 
 
Normalmente os contribuintes listados na condição de substitutos tributários, 
são responsáveis pelo pagamento do imposto devido nas operações 
subsequentes promovidas por contribuintes de dentro do Estado com as 
mercadorias sujeitas a ST que a eles tenham remetido. 
 
Não ocorre ST 
 
No DF, a condição de substituto não se aplica a: 
 
� operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição 
da mesma mercadoria. 
� transferências para outro estabelecimento do substituto, excluído o 
varejista, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e 
recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover 
a saída da mercadoria com destino a contribuinte diverso. 
 
Muita atenção, pois no DF apenas nos casos citados o destinatário deixa de 
ser substituto. 
 
Entrada e Saída da mercadoria no regime de ST 
 
Quando a mercadoria for submetida ao regime de ST, o substituído que a 
comercialize, seja atacadista, distribuidor ou varejista deverá levantar o 
estoque existente no dia imediatamente anterior ao da vigência do regime e 
recolher o imposto devido por ST. Se a mercadoria sair do regime, levanta-se 
o estoque e faz-se o crédito. 
 
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Inscrição e GIA ST 
 
Ao sujeito passivo por substituição definido em protocolo ou convênio 
específico poderá, mediante requerimento, ser concedida inscrição no CF/DF. 
 
O sujeito passivo por ST inscrito no CF/DF que, por 60 dias ou 2 meses 
alternados, deixar de entregar a Guia Nacional de Informação e Apuração do 
ICMS Substituição Tributária-GIA-ST, não remeter o arquivo magnético com 
registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, ou, 
ainda, descumprir outras obrigações tributárias, poderá ter sua inscrição 
suspensa ou cancelada até a regularização. 
 
5.2 – O que acontece nas operações subsequentes? 
 
Nas saídas subsequentes de mercadorias que tiveram o imposto retido por ST, 
não haverá qualquer pagamento de ICMS, a não ser nos casos abaixo: 
� saída subsequente da mercadoria para outra unidade federada; 
� saída de produto em cuja fabricação tenha sido utilizada a mercadoria 
como matéria-prima. 
 
Nesses casos, desfaz-se a ST, e poderá haver a apropriação do crédito. 
Veremos adiante como isso é feito, quando estudarmos o ressarcimento. 
 
O regulamento brasiliense traz uma disposição específica para o caso de não 
se saber qual foi o valor da operação do substituto. Nesse caso, a apropriação 
do crédito será feita à base de 1% do valor da aquisição da mercadoria (repare 
que, valor de aquisição é diferente de valor da operação do remetente). 
 
Exemplo de ST desfeita com matéria prima:Suponhamos que pneu seja uma mercadoria sujeita a ST. Determinada 
indústria de pneus vende lote de seus pneus para uma distribuidora, com 
substituição. A indústria faz a retenção e a tributação fica resolvida até o 
consumidor final. 
 
Uma montadora de veículos, com dificuldades para adquirir pneus de seu 
tradicional fabricante, resolve comprar pneus daquela distribuidora, para 
colocá-los em veículos e não parar a linha de produção. 
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Hora, a tributação daquele lote de pneus já não estava resolvida? Sim, estava. 
Estava resolvida desde que os pneus houvessem sido vendidos a consumidor 
final. A montadora é consumidora final? Não é! 
 
Supondo que veículos sejam mercadoria sujeita a ST, a indústria deverá fazer 
a retenção considerando novamente o valor dos pneus. 
 
Vai haver excesso de tributação? Sim, haveria e esse seria um caso de 
distorção. Em alguns estados não existem regras para mitigar esse problema. 
Não é o caso do DF, que prevê o desfazimento da ST. 
 
5.3 – Crédito Acumulado em função de ST 
 
Fica assegurado ao substituído que acumular crédito por 3 meses 
consecutivos, no mínimo, em função da ST e da impossibilidade de 
compensação com débito decorrente de sua atividade, o direito de compensar 
ou transferir o crédito, mediante a dedução em aquisição futura de mercadoria 
cujo imposto deva ser retido, apurado e pago por ele ou por outro substituto 
tributário. 
 
O substituído deve manter sistema de controle capaz de provar que a 
acumulação de crédito do imposto ocorreu em função do regime da 
substituição tributária. 
 
6 - Cálculo do Imposto 
 
O débito de responsabilidade por substituição tributária em operações internas 
será calculado pela aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo da 
ST prevista para cada mercadoria, deduzindo-se, do valor obtido, o débito 
fiscal próprio. 
 
Se a saída ao consumidor de mercadoria sujeita a ST estiver beneficiada com 
BC reduzida, a BC da ST terá o mesmo percentual de redução, observadas as 
mesmas condições previstas para a concessão do benefício. 
 
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Exemplo 1 - FOB 
 
Indústria brasiliense do RPA vende produto sujeito a ST para atacadista 
brasiliense do RPA, nas seguintes condições: 
 
Valor da mercadoria: 200 
IPI: 20 
Frete FOB: 30 
Margem de Valor Agregado (MVA): 50% 
Alíquota: 17% 
 
Vamos calcular o ICMS próprio e o ICMS devido pela Indústria a título de ST. 
 
ICMS próprio da Indústria 
 
O IPI não entra na BC do ICMS próprio, pois todas as condições estão 
atendidas. Também não entra frete FOB, que vai ser pago pelo destinatário. 
 
BC ICMS Próprio = 200 
ICMS próprio = 200 x 17% = 34 
 
ICMS devido por ST pela Indústria 
 
Nesse cálculo entram todos os valores que serão suportados pelo adquirente, 
inclusive o IPI, pois na revenda ele entra na BC o ICMS. Ao somatório desses 
valores é aplicada a Margem de Valor Agregado (MVA), que presume o preço 
final na última venda do produto. 
 
BC ICMS ST = (200 + 20 + 30) x 1,5 = 250 x 1,5 = 375 
BC ICMS ST = 375 
 
Para achar o valor devido pela Indústria a título de ST, aplicamos a alíquota 
interna e subtraímos o ICMS próprio. 
 
ICMS ST = (375 x 17%) – ICMS Próprio 
ICMS ST = 63,75 – 34 = 29,75 
 
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Esse será o valor a ser recolhido pela Indústria Substituta, referente à venda 
feita pelo Atacadista substituído e pelos demais comerciantes que, 
eventualmente, participem da cadeia. Esse recolhimento resolve toda a 
tributação do produto na saída da fábrica. 
 
O atacadista não vai efetuar crédito na entrada da mercadoria e também não 
vai efetuar débito quando efetuar a venda. O mesmo acontecerá com o 
mercadinho que for adquirir essa mercadoria no atacadista. 
 
Exemplo 2 – Frete Próprio 
 
Vamos ver o mesmo exemplo, agora com frete feito pela própria Indústria 
Substituta, incluído na nota e cobrado do Atacadista. 
 
Indústria brasiliense do RPA vende produto sujeito a ST para atacadista 
brasiliense do RPA, nas seguintes condições: 
 
Valor da mercadoria: 200 
IPI: 20 
Frete próprio: 30 
Margem de Valor Agregado (MVA): 50% 
Alíquota: 17% 
 
Vamos calcular o ICMS próprio e o ICMS devido pela Indústria a título de ST. 
 
ICMS próprio da Indústria 
 
O IPI não entra na BC do ICMS próprio, pois todas as condições estão 
atendidas. O frete entra, pois está incluído na nota. 
 
BC ICMS Próprio = 230 
ICMS próprio = 230 x 17% = 39,10 
 
ICMS devido por ST pela Indústria 
 
Nesse cálculo entram todos os valores que serão suportados pelo adquirente, 
inclusive o IPI, pois na revenda ele entra na BC o ICMS. Ao somatório desses 
valores é aplicada a Margem de Valor Agregado (MVA), que presume o preço 
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final na última venda do produto. O frete já está na nota fiscal, e também vai 
compor o preço do produto e a BC da ST. 
 
BC ICMS ST = (200 + 20 + 30) x 1,5 = 250 x 1,5 = 375 
BC ICMS ST = 375 
 
Para achar o valor devido pela Indústria a título de ST, aplicamos a alíquota 
interna e subtraímos o ICMS próprio. 
 
ICMS ST = (375 x 17%) – ICMS Próprio 
ICMS ST = 63,75 – 39,10 = 24,65 
 
Exemplo 3 – Substituto do Simples 
 
Quando o substituto for optante pelo Simples Nacional, o valor a ser deduzido, 
relativo ao ICMS próprio, será o valor presumido desse débito, calculado na 
forma como ocorreria a tributação se o contribuinte não fosse optante pelo 
Simples Nacional, devendo esse valor ser indicado no campo "Informações 
Complementares" da Nota Fiscal. 
 
Novamente o mesmo exemplo, mas dessa vez a Indústria Substituta é optante 
pelo Simples Nacional. Isso não muda a sua condição de substituta, mas muda 
a forma de cálculo. 
 
Indústria brasiliense do Simples vende produto sujeito a ST para atacadista 
brasiliense do RPA, nas seguintes condições: 
 
Valor da mercadoria: 220 
Frete próprio: 30 
Margem de Valor Agregado (MVA): 50% 
Alíquota: 17% 
Alíquota Simples do Substituto: 3,1 % 
 
Não esqueçam de que o substituto do simples não destaca IPI. 
 
Vamos calcular o ICMS próprio e o ICMS devido pela Indústria a título de ST. 
 
 
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ICMS próprio da Indústria, a ser recolhido pelo Simples (só a parte ICMS) 
ICMS próprio Simples = 250 x 3,1 % = 7,75 
 
ICMS presumido a ser abatido do valor a recolher de ST 
BC ICMS Próprio presumido = 250 
ICMS próprio presumido= 250 x 17% = 42,50 
 
ICMS devido por ST pela Indústria 
BC ICMS ST = (220 + 30) x 1,5 = 250 x 1,5 = 375 
BC ICMS ST = 375 
Para achar o valor devido pela Indústria a título de ST, aplicamos a alíquota 
interna e subtraímos o ICMS próprio. Nesse cálculo vamos subtrair o ICMS 
presumido, como se o remetente não fosse doSimples. 
 
ICMS ST = (375 x 17%) – ICMS Próprio 
ICMS ST = 63,75 – 42,50 = 21,25 
 
7 – Ressarcimento ao Substituído 
 
É assegurado ao substituído o direito à restituição do valor do imposto pago 
por ST, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. 
 
Turma, isso é muito comum. O destinatário pode usar a mercadoria, consumir 
a mercadoria, tê-la roubada ou perdida por algum outro motivo, exportar a 
mercadoria ou, no caso mais comum de ressarcimento, fazer uma venda 
interestadual. 
 
O intuito da ST é cobrar o imposto até o final da cadeia, desde que esse final 
se verifique dentro do Estado. Se a mercadoria for objeto de saída 
interestadual, desfaz-se a ST, pois a UF de destino não quer saber de deixar a 
sua parte do imposto com a UF de origem. 
 
Vamos lembrar alguns detalhes. 
 
Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de 90 
dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do 
valor objeto do pedido. Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte 
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substituído, no prazo de 15 dias da respectiva notificação, procederá ao 
estorno dos créditos lançados e ao pagamento dos acréscimos legais cabíveis. 
 
7.1 - Anulação da ST 
 
A restituição do imposto pago nas etapas anteriores será efetuada mediante 
ressarcimento do imposto retido a título de ST. 
 
Se estivermos tratando de um caso em que haja outra operação tributada, 
como saída interestadual, por exemplo, além do ressarcimento da ST, efetua-
se o crédito pela entrada e o débito pela saída. 
 
O valor crédito será determinado aplicando-se a alíquota interna sobre o valor 
que serviu de BC para a ST, constante na Nota Fiscal. 
 
O crédito para substituídos optantes do Simples fica limitado ao valor do 
imposto pago referente à ST. 
 
O crédito para substituídos do RPA que compraram de optante pelo 
Simples Nacional, fica limitado ao valor do imposto efetivamente devido pelo 
remetente, por sua alíquota do Simples. 
 
7.2 – Devolução de mercadoria 
 
No caso de devolução de mercadoria já escriturada, o substituído tem direito a 
creditar-se do valor retido. 
 
Exemplo: 
 
Mercadoria em substituição, remessa interna. 
Valor da operação: 100 
Alíquota 17% 
IVA 50% 
 
Na remessa: 
Substituto emite nota de saída. 
Valor da nota: 100 
ICMS próprio destacado: 17 
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ICMS ST retido: ((100 x 1,50) x 17%) - 17 = 8,50 (o substituto cobra esse 
valor do substituído) 
 
Substituído não se credita de nenhum valor, e nem vai se debitar na eventual 
revenda. 
Substituído suportou um ônus de 8,50 
 
Na devolução: 
Substituído emite nota de devolução 
Valor da nota: 100 
ICMS destacado na nota de devolução: 17 
ICMS creditado: 17 (perceba que, se não houver esse crédito, o substituído 
ficará com um débito indevido, pois não houve operação) 
Substituído emite nota para acerto da ST retida. 
ICMS creditado por essa nota: 8,50 (para se ressarcir do que havia sido retido 
e que por ele fora pago ao substituto). 
 
Os acertos podem também ser feitos por meio eletrônico, mas a sistemática é 
a mesma. 
 
8 – ST nas operações interestaduais 
 
Nas operações interestaduais que destinem ao DF mercadorias sob regime de 
ST, fica atribuída ao remetente, na condição de substituto tributário, a 
responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto devido ao DF. 
 
Isso vale para os casos em que existe convênio ou protocolo entre os 
Estados de origem e de destino. Caso não exista, ocorrerá o recolhimento 
antecipado na entrada, pelo destinatário brasiliense. 
 
8.1 - Cálculo do Imposto 
 
O cálculo da ST nas operações interestaduais segue as linhas gerais que vimos 
nos exemplos anteriores, com pequena variação. Vamos dar uma olhada. 
 
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Remessa para industrialização ou comercialização 
 
O valor do ICMS devido por ST em operações interestaduais de remessa para o 
DF, para comercialização ou industrialização, será calculado pela aplicação da 
alíquota interna brasiliense sobre a base de cálculo da ST prevista para as 
diversas mercadorias, deduzindo-se, do valor resultante, o ICMS próprio. 
 
Exemplo: (remessa para comercialização) 
 
Importadora paulista do RPA vende mercadoria importada sujeita a ST, para 
Supermercado brasiliense do RPA, nas seguintes condições: 
 
Valor da mercadoria: 300 
Frete próprio: 30 
Margem de Valor Agregado (MVA): 50% 
Alíquota interna: 17% 
Alíquota interestadual: 4% 
Vamos calcular o ICMS próprio devido para São Paulo e o ICMS devido pela 
Importadora a título de ST para o DF. 
 
ICMS próprio da Importadora, devido para São Paulo 
BC = 300 + 30 
ICMS próprio = 330 x 4% = 13,20 
 
ICMS devido por ST pela Importadora, a ser recolhido para o RS 
 
BC ICMS ST = (300 + 30) x 1,5 = 330 x 1,5 = 495 
BC ICMS ST = 495 
 
Para achar o valor devido pela Importadora a título de ST, aplicamos a alíquota 
interna brasiliense e subtraímos o ICMS próprio. 
 
ICMS ST = (495 x 17%) – ICMS Próprio 
ICMS ST = 84,15 – 13,20 = 70,95 
 
Caso a Importadora paulista não seja inscrita no DF, deverá recolher esse 
valor por meio de GNRE, em favor do Fisco brasiliense. 
 
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No caso de substituto de outra UF optante pelo Simples Nacional, o valor a ser 
deduzido, relativo ao débito fiscal próprio, será o valor presumido, calculado na 
forma como ocorreria a tributação se o contribuinte não fosse optante. Já 
vimos esse caso hoje. 
 
Remessa para ativo permanente ou para uso ou consumo 
 
No caso de ICMS devido na entrada de mercadoria com destino ao ativo 
permanente ou ao uso ou consumo do destinatário, o ICMS devido a título de 
ST será calculado pela aplicação do percentual resultante da diferença entre a 
alíquota interna do DF e a interestadual sobre o valor da BC do ICMS próprio 
do remetente. 
 
Exemplo: (remessa para ativo permanente) 
 
Indústria baiana do RPA vende máquinas sujeitas a ST para Indústria 
brasiliense do RPA, nas seguintes condições: 
 
Valor da mercadoria: 1000 
IPI: 100 
Frete próprio: 100 
Alíquota interna: 17% 
Alíquota interestadual: 12% 
 
Nesse caso a Indústria baiana é responsável por reter o diferencial de alíquota 
e repassar para o DF. O ICMS devido por ST é calculado pela aplicação da 
diferença entre a alíquota interna brasiliense e a interestadual, sobre a base de 
cálculo do ICMS próprio. 
 
Base de cálculo do ICMS próprio da Indústria, devido para Bahia 
BC = 1000 + 100 + 100 = 1200 
 
ICMS diferencial de alíquota devido por ST pela Importadora, a ser recolhido 
para o RS 
BC ICMS ST diferencial de alíquota = 1200 
Alíquota interna = 17% 
Alíquota interestadual = 12% 
ICMS ST diferencial de alíquota = 1200 x (17% - 12%) =1200 x 5% = 60 
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Remessa de petróleo, energia e combustíveis não derivados 
 
Na remessa de combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo, e de 
energia quando não destinada a comercialização ou industrialização, o valor da 
ST será calculado pela aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo 
definida no regulamento. 
 
Exemplo: (remessa de energia para consumo) 
 
Distribuidora de energia paulista do RPA vende energia para consumo em 
Indústria brasiliense do RPA, nas seguintes condições: 
 
Valor da operação: 500 
Valor da BC estipulada: 500 
Alíquota interna: 17% 
Alíquota interestadual: 7% 
 
Nesse caso a Distribuidora deve reter o ICMS calculado pela aplicação da 
alíquota brasiliense sobre o valor da BC estipulada no regulamento brasiliense 
(no caso é o valor da operação), sem nada descontar, pois o ICMS é 
totalmente devido ao DF. 
 
Base de cálculo do ICMS ST 
BC ST = 500 
 
ICMS ST = 500 x 17% = 85 
 
9 – Pagamento antecipado na entrada 
 
Mercadoria Oriunda de Outra Unidade da Federação 
 
Esse é o caso com o qual gostamos de brincar, dizendo que o Contribuinte é 
substituto de si mesmo. Mas não se trata de substituição, mas apenas de 
recolhimento antecipado, na entrada da mercadoria no Estado, para os casos 
em que a mercadoria está sujeita a ST, mas não houve a retenção na UF de 
origem, por falta de convênio ou protocolo. 
 
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No recebimento de outra UF, de mercadoria em ST, sem recolhimento do ICMS 
ST, o imposto relativo às operações subsequentes e ao diferencial de alíquota 
quando a mercadoria for destinada ao ativo permanente ou ao uso ou consumo 
do destinatário é devido no momento da entrada no território brasiliense. 
 
O valor é calculado da mesma forma que nas operações em que há retenção 
pelo substituto. Contudo, se o remetente for do Simples, temos que atentar 
para o seguinte: 
 
� Remetente do Simples e Destinatário do Simples 
 
No cálculo do valor a recolher por ST o destinatário do Simples vai abater 
o valor presumido pela aplicação alíquota interestadual da remessa. 
 
� Remetente do Simples e Destinatário do RPA 
 
No cálculo do valor a recolher por ST o destinatário do RPA vai abater o 
valor calculado pela alíquota do simples efetiva do remetente da 
remessa. 
 
10 - Diferencial a título de equalização de carga tributária 
 
Alguns Estados cobram diferencial de alíquota extra dos optantes pelo Simples 
Nacional que realizam compras fora de seus territórios. É uma forma de 
proteger a indústria local, e alguns Fiscos chamam de equalização da carga 
tributária. Não podemos confundir os dois tipos de diferencial. 
 
O diferencial de alíquota é cobrado nas entradas interestaduais, em 
aquisições feitas por contribuintes do simples ou do RPA, destinadas para uso, 
consumo ou ativo fixo. Sua função essencial é concluir o processo de 
distribuição do imposto entre UFs de origem e de destino. 
 
A equalização é cobrada em entradas interestaduais, em aquisições feitas por 
contribuintes do simples, destinadas a industrialização ou comercialização. Sua 
função essencial é proteger a indústria do estado que a institui. 
 
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Na prática, o que ocorre na equalização é que passa-se a cobrar diferencial 
também quando o adquirente, optante pelo Simples, compra para 
industrialização ou comercialização. 
 
 
Não há equalização para optantes do Simples no DF. 
 
Vamos aos exercícios! 
 
Turma, o segredo para obter êxito na prova de legislação está em resolver 
uma grande quantidade de exercícios. Não temos muitos sobre o assunto de 
hoje. 
 
Estou tentando organizar uma lista extra de questões inéditas para que 
possamos resolver na reta final, pois sei o quanto isso é importante. 
 
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Exercícios Resolvidos 
 
1 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Na substituição tributária: 
A) Há a responsabilidade do substituto tributário que receber mercadoria sem 
o recolhimento da substituição por parte de contribuinte substituto deste 
Estado. 
B) Há a responsabilidade do contribuinte substituto que receber mercadoria 
sem a comprovação do recolhimento da substituição, por parte de contribuinte 
substituto de outro Estado. 
C) Há a responsabilidade do substituto em relação ao imposto decorrente de 
alteração de preço ocorrida após a saída de seu estabelecimento. 
D) Há responsabilidade subsidiária entre o substituto e o substituído. 
E) Há a responsabilidade do substituído pelo pagamento do imposto quando o 
substituto não tenha dele retido o tributo. 
 
Essa questão foi anulada, devido a lambanças do examinador. Mas vamos 
analisá-la mesmo assim. 
Letra A, errada. 
Há a responsabilidade do substituído tributário que receber mercadoria sem o 
recolhimento da substituição por parte de contribuinte substituto deste Estado. 
Letra B, errada. 
Há a responsabilidade do contribuinte substituído que receber mercadoria 
sem a comprovação do recolhimento da substituição, por parte de contribuinte 
substituto de outro Estado. 
Letra C, errada. 
Não há essa responsabilidade. 
Letra D, errada. 
Estudamos esse caso e vimos que essa responsabilidade é solidária. 
Letra E, correta. 
Sempre haverá responsabilidade do substituído, dada a solidariedade existente 
na substituição. Inclusive nos casos em que foi feita a retenção pelo 
substituto e este não repassou o ICMS ao Estado. 
 
Não encontrei o gabarito original, mas a letra E poderia ter sido questionada, 
devido à possibilidade ampla de interpretação. 
 
Gaba: Nula 
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2 – FCC 2013 Sefaz SP - Embora as operações com determinada mercadoria 
estejam sujeitas à substituição tributária com retenção antecipada do ICMS, 
existem situações em que este método de tributação não deve ser aplicado. O 
Regulamento do ICMS elenca uma série de situações em que o 
estabelecimento, em tese, responsável pela retenção, não deve fazer a 
retenção, mas aplicar as regras comuns da legislação. A retenção deverá ser 
efetuada pelo estabelecimento industrial brasiliense, eleito como substituto, ao 
Distrito Federal, quando promover a saída de mercadoria, sujeita ao regime de 
substituição tributária, para: 
A) outro estabelecimento industrial do mesmo titular, localizado neste Estado. 
B) outro estabelecimento atacadista mesmo titular, localizado neste Estado. 
C) outro estabelecimento varejista do mesmo titular, localizado neste Estado. 
D) estabelecimento industrial, que vai utilizar a mercadoria como insumo em 
processo industrial da mesma mercadoria. 
E) estabelecimento atacadista, que seja substituto da mesma mercadoria. 
 
Muito bem, o regulamento brasiliense é bem enxuto no que diz respeito às 
exceções para o Substituto. 
 
Não ocorre ST 
 
No DF, a condição de substituto não se aplica a: 
 
� operaçõesque destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição 
da mesma mercadoria. 
� transferências para outro estabelecimento do substituto, excluído o 
varejista, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e 
recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover 
a saída da mercadoria com destino a contribuinte diverso. 
 
 
Dentre os casos acima, a única situação em que o substituto fará a retenção é 
descrita na letra C. Nos demais casos, aplica-se a exceção, e o substituto será 
o estabelecimento destinatário das mercadorias. 
 
Gaba: C 
 
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3 – FCC 2013 Sefaz SP - Por força de Resolução da Secretaria da Receita do 
Estado do Rio de Janeiro, vigente a partir de 1o de maio de 2004, na remessa 
de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária promovida por 
contribuinte estabelecido em outra unidade da Federação com destino ao 
Estado do Rio de Janeiro, fica atribuída ao remetente a responsabilidade pela 
retenção e pagamento do ICMS em favor daquele Estado. Em face da situação 
hipotética apresentada e do ordenamento jurídico vigente, considerando a 
inexistência de convênio ou protocolo celebrado pelas unidades da Federação 
acerca deste assunto, a exigência de recolhimento antecipado do ICMS por 
contribuinte estabelecido em outra unidade da Federação é: 
A) regular, pois a obrigação antecipada foi instituída por meio de Resolução da 
Secretaria da Receita do Estado do Rio de Janeiro, hipótese prevista no art. 9o 
da Lei Complementar no 87/96, pela qual a adoção do regime de substituição 
tributária em operações interestaduais dependerá da edição de Resolução 
pelos Estados interessados. 
B) regular, pois embora o contribuinte obrigado à retenção esteja situado fora 
dos limites territoriais do Estado do Rio de Janeiro, a mercadoria tem como 
destino contribuinte localizado neste Estado, incidindo por esta razão as regras 
vigentes em seu território. 
C) regular, dado que a legislação tributária dos Estados e do Distrito Federal 
vigora fora dos respectivos territórios, a não ser que haja limitação imposta 
por convênio ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. 
D) irregular, pois o Estado do Rio de Janeiro não pode exigir o recolhimento do 
ICMS por substituto tributário em operação interestadual se não celebrou 
convênio ou protocolo normativo com o ente federativo no qual se encontra 
situado o substituto tributário. 
E) irregular, visto que norma interna de um Estado-membro tem eficácia 
extraterritorial, na medida e nos limites estipulados pelos entes políticos em 
instrumento normativo próprio. 
 
Turma, o RJ não pode editar resolução obrigando contribuintes de outra UF a 
reterem o ICMS devido por substituição nas remessas interestaduais que para 
lá se destinem. Isso só poderá ser feito por protocolo ou convênio celebrado no 
Confaz. As normas infra legais de determinada UF só têm validade dentro de 
seu território (ressalvado o estabelecido em convênio ou protocolo). 
 
Para exigência de pagamento antecipado do imposto na entrada, ou para 
inclusão de produtos ou de contribuintes em ST, dentro do Estado, não é 
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necessário protocolo ou convênio. Repetindo: eles só são necessários quando 
se deseja estabelecer que os substitutos sejam os contribuintes de outras UFs. 
 
Gaba: D 
 
4 – FCC 2013 Sefaz SP - Considere que as operações descritas em I, II e III 
estão sujeitas à retenção antecipada do ICMS, foram realizadas pelo sujeito 
passivo responsável pela retenção e que a margem de valor agregado é de 
40%. As mercadorias são nacionais, bem como seus insumos. 
I. Saída promovida por fabricante brasiliense, com destino a atacadista 
brasiliense, de duas unidades da mercadoria I, no valor de R$ 45,00 cada, 
mais frete no valor de R$ 10,00. 
II. Saída promovida por atacadista baiano, com destino a varejista brasiliense, 
de três unidades da mercadoria II, no valor de R$ 50,00 cada, com o valor do 
frete já incluído no preço do produto. 
III. Saída promovida por fabricante brasiliense, com destino a varejista 
brasiliense, de três unidades da mercadoria III, no valor de R$ 40,00 cada, 
mais frete e seguro, no valor de R$ 12,00 e R$ 8,00, sendo aplicável uma 
redução de base de cálculo de 2/3 nas operações internas com a mercadoria. 
O valor do imposto a ser retido a título de substituição tributária relacionado 
aos itens I, II e III, respectivamente, é: 
A) R$ 6,48; R$ 7,20; R$ 8,64. 
B) R$ 7,20; R$ 19,80; R$ 3,36. 
C) R$ 7,20, R$ 19,80; R$ 10,08. 
D) R$ 6,48; R$ 10,80; R$ 10,08. 
E) R$ 6,48; R$ 10,80; R$ 26,88. 
 
Vamos calcular o imposto devido por ST em cada caso, considerando alíquota 
interna de 18% e MVA 40% em todos eles: 
 
Produto I 
Vl Produtos: 90 
Vl Frete: 10 (presume-se que o frete está separado na nota) 
BC ICMS Próprio: 100 
ICMS Próprio: 100 x 18% = 18 
BC ICMS ST: (90 + 10) x 1,40 = 140 
ICMS ST: (140 x 18%) – 18 = 25,20 – 18 = 7,20 
 
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Produto II 
Vl Produtos: 150 
Vl Frete: 0 (já está no valor do produto) 
BC ICMS Próprio: 150 
ICMS Próprio: 150 x 12% = 18 (usamos a alíquota interestadual) 
BC ICMS ST: 150 x 1,40 = 210 
ICMS ST: (210 x 18%) – 18 = 37,80 – 18 = 19,80 
 
Atenção: a interestadual aqui foi 12% pois a mercadoria veio da Bahia. Se 
viesse dos estados do Sul e Sudeste (-ES), seria 7%. 
 
Produto III 
Nesse caso vamos considerar a redução da base de cálculo em 2/3 nos dois 
cálculos. 
Vl Produtos: 120 
Vl Frete: 12 
Vl seguro: 8 
BC ICMS Próprio: 140/3 = 46,67 (BC própria reduzida em 2/3) 
ICMS Próprio: 46,67 x 18% = 8,40 
BC ICMS ST: 46,67 x 1,40 = 65,34 (BC ST reduzida em 2/3) 
ICMS ST: (65,34 x 18%) – 8,40 = 11,76 – 8,40 = 3,36 
 
Alguns comentários sobre o frete no ICMS. 
 
Se frete e seguro forem pagos pelo remetente e estiverem incluídos no valor 
da nota fiscal (CIF), eles farão parte da BC do ICMS, e serão também 
beneficiados pela redução de BC. 
 
No caso de frete por conta do destinatário (FOB), a redução da BC aplica-se 
apenas ao valor da mercadoria e demais despesas incluídas na nota fiscal. 
Nessa situação o frete é tributado normalmente, pela alíquota de ICMS 
transportes (que também pode ter redução ou isenção, conforme o caso). 
 
Quando o frete é FOB, temos dois FGs: mercadoria e frete. Cada um deles 
seguirá as regras estabelecidas para a situação. Nesse caso é possível que 
tenhamos isenção ou redução para mercadoria e não para o frete, ou vice 
versa. 
 
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Quando o frete é CIF, temos um FG. Frete e mercadoria serão sempre 
tributados da mesma forma. 
 
Gaba: B 
 
5 – FCC 2013 Sefaz SP – A Lei estabelece pagamento do ICMS poderá ser 
exigido antecipadamente, relativamente a operações, prestações, atividades 
ou categorias de contribuintes, conforme previsto em regulamento. O 
Regulamento do ICMS/DF, por sua vez, estabelece as hipóteses em que, na 
entrada no território deste Estadode determinadas mercadorias procedentes 
de outra unidade da Federação, o contribuinte brasiliense que conste como 
destinatário no documento fiscal relativo à operação deverá efetuar 
antecipadamente o recolhimento do ICMS. Sobre o recolhimento antecipado, é 
correto afirmar: 
A) Na entrada interestadual de mercadoria sujeita ao regime da substituição 
tributária, sempre que não houver a retenção por parte do remetente, o 
destinatário deve fazer o recolhimento antecipado. 
B) O valor recolhido antecipadamente se refere ao imposto devido na operação 
própria do contribuinte brasiliense (saída) e, em sendo o caso, ao imposto 
devido em relação às operações subsequentes, na condição de imposto retido 
por substituição tributária. 
C) A forma de cálculo do montante do imposto é diferente no caso de 
atacadistas e indústrias. 
D) O montante relativo à antecipação deverá ser recolhido até a data da 
entrada da mercadoria no estabelecimento destinatário brasiliense. 
E) O recolhimento antecipado, em regra, não se aplica à mercadoria recebida 
destinada à integração ou consumo em processo industrial ou saída para 
consumidor final. 
 
Letra A, errada. Não basta haver a retenção. Deve ser comprovado o 
recolhimento. 
 
Letra B, correta. Pode referir-se também ao diferencial de alíquota. 
 
Letra C, errada. Vimos que há pequenas variações, que dependem da natureza 
da operação. No caso da entrada interestadual a forma de calcular a ST é a 
mesma, qualquer que seja o contribuinte, desde que seja do RPA. 
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Letra D, errada. O imposto é devido na entrada no território brasiliense, e não 
na entrada no estabelecimento. 
 
Letra E, errada. Aplica-se, sim. 
 
Gaba: B 
 
6 – FCC 2009 Sefaz SP - O caminhão tanque de uma distribuidora de 
combustível, sujeita ao regime de substituição tributária, transportava, pela 
rodovia Castelo Branco, gasolina para distribuição em postos de combustíveis 
na cidade de Bauru. Durante o trajeto, sofreu um acidente e perdeu todo o 
combustível transportado. Neste caso, nos termos da Constituição Federal, e 
com relação ao ICMS substituição tributária, é correto afirmar que: 
A) trata-se de causa de remissão do crédito tributário e, portanto, o ICMS não 
será devido. 
B) trata-se de causa de anistia do crédito tributário e, portanto, o ICMS não 
será devido. 
C) a distribuidora poderá compensar o ICMS devido nesta operação com o 
montante cobrado nas anteriores. 
D) trata-se de causa de isenção do crédito tributário e, portanto, o ICMS não 
será devido. 
E) é assegurada a imediata restituição da quantia paga a título de ICMS, posto 
não ter ocorrido o fato gerador presumido. 
 
Letras A, B e D, erradas. Não se trata de nenhuma dessas hipóteses. 
 
Letra C, errada. Essa afirmação refere-se ao princípio da não cumulatividade, e 
à compensação que se faz com o imposto cobrado nas operações anteriores. A 
maioria dos Estados prevê formas de compensação para o ICMS ST em casos 
como o descrito, em que não ocorreu o FG presumido. Usualmente essa 
compensação é chamada de ressarcimento. Contudo, observem que a questão 
deve ser respondida com base na CF. 
 
Letra E, correta. A CF prevê a imediata e preferencial restituição em dinheiro. 
Isso é muito bonito na CF, e também considero muito justo, mas quase nunca 
ocorre. 
 
Gaba: E 
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Considere as informações a seguir para responder às questões de números 7 a 
10. 
 
A loja HELP Comércio de Materiais para Construção Ltda., situada no DF, 
adquiriu um lote de tintas e vernizes por R$ 20.000,00, mais IPI de R$ 
3.000,00, diretamente de fabricante, situado no DF. O frete, no valor de R$ 
1.000,00, está incluso no preço da aquisição. Considere que tais mercadorias 
estão sujeitas à substituição tributária, com retenção antecipada do ICMS, que 
o índice de valor adicionado (IVA-ST) é de 35%, que ambas as alíquotas 
internas do DF e de MG são de 18% e que não há isenção nem redução de 
base de cálculo nas operações. 
 
7 – FCC 2009 Sefaz SP - Nessa venda feita à loja HELP, o valor do ICMS 
retido antecipadamente pela fábrica de tintas e vernizes foi: 
A) R$ 2.529,00 
B) R$ 2.232,00 
C) R$ 1.989,00 
D) R$ 1.692,00 
E) R$ 1.314,00 
 
Indústria vendendo para comércio, em operação interna. Indústria é 
substituta. Dados da operação: 
 
alíquota interna: 18% 
MVA: 35% 
Vl Produtos: 20 000 
Vl IPI: 3 000 
Vl Frete: 1000 (já está incluso no preço, logo, não deve ser somado de novo) 
 
BC ICMS Próprio: 20 000 (IPI não entra na BC) 
ICMS Próprio: 20 000 x 18% = 3 600 
 
BC ICMS ST: (20 000 + 3 000) x 1,35 = 31 050 (o IPI entra na BC da ST) 
ICMS ST: (31050 x 18%) – 3600 = 5589 – 3600 = 1989 
 
Gaba: C 
 
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8 – FCC 2009 Sefaz SP - Considere que todo o lote de tintas e vernizes 
adquirido pela empresa HELP seja vendido, com a margem de valor agregado 
de 35%, para a Paróquia de São Benedito, localizada em Bueno Brandão-MG, 
que o utilizará na reforma da sua igreja. Nesse caso, a empresa HELP: 
A) não deverá recolher complemento, nem terá direito ao ressarcimento de 
ICMS, pois essa situação não interfere na substituição tributária, com retenção 
antecipada, já que todo o ICMS é devido ao Distrito Federal. 
B) não deverá recolher complemento e ainda terá direito ao ressarcimento do 
ICMS retido pela fábrica, pois a retenção antecipada, na substituição tributária, 
é hipótese de presunção juris tantum. 
C) poderá pleitear o ressarcimento do ICMS retido pela fábrica, pois a Paróquia 
de São Benedito afirma gozar de isenção tributária. 
D) deverá recolher o complemento do ICMS com base na aplicação da alíquota 
interestadual de 12%. 
E) poderá pleitear o ressarcimento do ICMS retido antecipadamente pela 
fábrica e se creditar do imposto próprio da fábrica. 
 
Essa questão é ótima para fixarmos o que acontece com a mercadoria recebida 
com retenção de ST e vendida posteriormente em operação interestadual. 
 
Letra A, correta. 
A Paróquia não é contribuinte do ICMS. Uma venda interestadual normal (sem 
ST) para não contribuinte é tributada com a alíquota interna da UF de origem. 
O mesmo acontece com a mercadoria sujeita a ST. Lembrem-se de que o 
intuito da ST é tributar toda a cadeia em uma só operação. Nesse caso, o final 
da cadeia está na venda interestadual para não contribuinte. Não se faz 
nenhum acerto. 
 
Letra B, errada. Não há ressarcimento algum. Ocorreu o fato gerador que era 
previsto: venda a não contribuinte. 
 
Letra C, errada. A possível imunidade da Paróquia nada tem a ver com essa 
operação. Quando uma entidade imune compra mercadoria, a venda efetuada 
pelo fornecedor é tributada normalmente. Pode haver casos de isenção em lei 
estadual, mas não nos interessam aqui. 
 
Letra D, errada. Não há complemento algum a ser recolhido. A mercadoria já 
teve toda a sua tributação resolvida na origem. 
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Letra E, errada. Prestematenção a essa frase. Isso aconteceria se houvesse 
ocorrido venda interestadual para contribuinte do ICMS, tributada pela alíquota 
interestadual. 
 
Gaba: A 
 
9 – FCC 2009 Sefaz SP - Caso parte do lote de tintas e vernizes seja vendido 
por R$ 5.000,00, para a fábrica de móveis BRAGATINO, localizada no DF, que 
o utilizará como insumo na sua produção, a loja HELP deverá emitir NF - Nota 
Fiscal 
A) com destaque de ICMS, pois prevalece o princípio constitucional da não-
cumulatividade, mas o fabricante de móveis BRAGATINO poderá aproveitar 
apenas o crédito fiscal referente à diferença entre o imposto destacado na NF e 
o imposto retido antecipadamente. 
B) sem destaque de ICMS e o fabricante de móveis BRAGATINO não poderá 
aproveitar o crédito fiscal, pois tal crédito é vedado quando a mercadoria está 
sujeita ao regime de substituição tributária. 
C) com destaque de ICMS, pois prevalece o princípio constitucional da não-
cumulatividade e o fabricante de móveis BRAGATINO poderá aproveitar o 
crédito fiscal referente ao imposto destacado na NF. 
D) sem destaque de ICMS, mas o fabricante de móveis BRAGATINO poderá 
aproveitar o crédito fiscal, ainda que não destacado na NF, calculado pela 
aplicação da alíquota de 18% sobre os R$ 5.000,00 (valor da operação). 
E) sem destaque de ICMS, mas o fabricante de móveis BRAGATINO poderá 
aproveitar o crédito fiscal referente à diferença entre o imposto calculado pela 
aplicação da alíquota de 18% sobre os R$ 5.000,00 (valor da operação) e o 
imposto retido antecipadamente. 
 
Letras A e C, erradas. A venda de mercadoria que deu entrada com retenção 
de ST é feita com nota fiscal sem destaque de ICMS. Lembrem-se: não há 
crédito na entrada e nem débito nas operações posteriores. 
 
Letras B, errada. A nota vai sem destaque, mas a indústria, como vai utilizar a 
mercadoria como matéria prima, poderá creditar-se do valor presumido que 
teria numa compra sem ST. Isso ocorre porque a produção da indústria será 
novamente tributada na saída. 
 
Letra D, correta. 
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Letra E, errada. Não existe essa conta. É permitido o crédito do valor 
resultante da aplicação da alíquota sobre o valor da nota de entrada. 
 
Gaba: D 
 
10 – FCC 2009 Sefaz SP - Caso todo o lote de tintas e vernizes seja utilizado 
pela própria loja HELP, na reforma de suas instalações, é correto afirmar que 
esse contribuinte: 
A) não deverá emitir nota fiscal, pois não ocorre fato gerador, terá direito ao 
ressarcimento do ICMS retido antecipadamente a favor do Distrito Federal e 
poderá se creditar do imposto próprio da fábrica. 
B) deverá emitir nota fiscal com destaque do imposto próprio e se debitar em 
conta gráfica, porém terá direito ao ressarcimento do ICMS retido 
antecipadamente a favor do Distrito Federal e poderá se creditar do imposto 
próprio da fábrica, pois a substituição tributária consiste numa presunção juris 
tantum. 
C) deverá emitir nota fiscal, sem destaque do imposto, pois a substituição 
tributária consiste numa presunção juris et de jure, no entanto, poderá 
aproveitar o crédito fiscal calculado pela aplicação da alíquota de 18% sobre o 
valor da aquisição do lote de tintas e vernizes. 
D) deverá emitir nota fiscal sem destaque do imposto, no entanto, poderá 
aproveitar o crédito fiscal referente a diferença entre o imposto total recolhido 
pela fábrica do Distrito Federal e o calculado pela aplicação da alíquota de 18% 
sobre o valor da aquisição do lote de tintas e vernizes. 
E) não deverá emitir nota fiscal, pois não ocorre fato gerador, terá direito ao 
ressarcimento do ICMS retido antecipadamente a favor do Distrito Federal, 
mas não poderá se creditar do imposto próprio da fábrica. 
 
Letras A, B, C e D, erradas. Como não haverá o FG presumido, a loja pode se 
ressarcir do ICMS ST retido anteriormente. Mas, por não haver saída, não pode 
se creditar do ICMS próprio da fábrica da operação anterior. 
Vamos ver o que são esses conceitos de presunção que foram citados: 
Presunção juris tantum, é a que existe no FG presumido. Depende de prova, e 
pode ser revertida se não se constatar a ocorrência do que foi presumido. 
Presunção juris et de jure é presunção absoluta. Não pode nunca ser mudada, 
haja o que houver. Não é o nosso caso. 
 
Letra E, correta. Esse é o procedimento perfeito para o caso. 
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Não se emite nota fiscal, pois não há FG do ICMS. 
Como não ocorreu o FG presumido, pode ser pedido ressarcimento do valor 
pago por ST. Desfaz-se a ST. 
Como a mercadoria foi consumida pelo estabelecimento, não deve haver 
crédito da operação anterior. 
 
Se fosse uma operação sem ST e a loja tivesse se creditado do valor do ICMS 
de entrada, ao utilizar a mercadorias deveria, a loja, estornar o crédito. 
 
Gaba: E 
 
11 – FCC 2014 Sefaz RJ - A Fábrica de Tintas Amós, do DF, efetuou vendas 
de tintas (mercadoria que está sujeita à substituição tributária das operações 
subsequentes, em território brasiliense) às seguintes empresas localizadas no 
Distrito Federal: Fábrica de Tintas Miquéias, que as irá revender; Fábrica de 
Fogões Habacuc, que irá utilizá-las na pintura de seus produtos; e Atacadista 
Baruc, que, após essa aquisição, decidiu revender apenas metade do lote, 
destinando o restante à pintura de suas instalações. Nesse caso, Amós deverá 
reter o ICMS 
A) nessas três situações, mas Amós terá direito a ressarcimento referente à 
tinta utilizada por Baruc, na qualidade de consumidor final. 
B) nas vendas para Habacuc e Baruc, e Baruc terá direito ao ressarcimento 
referente à tinta que utilizou para consumo. 
C) nas vendas para Miquéias e Baruc, e nenhuma das empresas terá direito a 
ressarcimento. 
D) nas vendas para Miquéias e Baruc, e este terá direito ao ressarcimento 
referente à tinta que utilizou para consumo. 
E) nessas três situações, e nenhuma das empresas terá direito a 
ressarcimento. 
 
Muito bem! De acordo com o regulamento brasiliense, somente não ocorrerá a 
substituição na venda para a fábrica da mesma mercadoria. Como o atacadista 
não vendeu metade do lote, o FG presumido não ocorreu (apenas para a 
metade não vendida). Nesse caso, poderá ressarcir-se do ICMS ST retido (mas 
não pode se creditar do ICMS Próprio do remetente). 
 
A tinta utilizada na pintura dos fogões poderá ter seu crédito aproveitado. 
 
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Aproveitemos para ilustrar uma situação ainda não vista nos exercícios: 
 
Se estivéssemos falando de peças que, por exemplo, fossem utilizadas na 
produção dos fogões, e se os fogões estivessem em ST, o fato de as peças 
terem sido recebidas em ST nada mudaria na saída dos fogões com nova ST. 
Nesse caso a fábrica de fogões poderia se creditar do valor das peças 
recebidas, mesmo sem destaque na nota de entrada (que realmente não 
existirá, pois as peças foram remetidas com ST). 
 
Gaba: B 
 
12 – FCC 2014 Sefaz RJ - Considerando que a mercadoria é sujeita à 
substituição tributária das operações subsequentes, no Distrito Federal, de 
acordo com a legislação brasiliense, é correto afirmar: 
A) O ICMS referente às operações subsequentes deverá ser retido e

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