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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 1 Vamos lá, turma! Dia de IPVA! Aula bem sossegada, para recuperar o fôlego. Esse é o imposto mais simples da legislação tributária brasiliense. Não tem as agruras do ICMS e do ISS, e nem o pesadelo das normas de direito civil que permeiam o ITCMD. O ITBI também vai ser sossegado. Você não pode deixar de garantir os pontinhos referentes às questões de IPVA na prova. Foco na aula, nos exercícios e nas regras do imposto. Simples não significa fácil. Vamos lá, não quero ver ninguém lamentando que errou a alíquota numa questão de IPVA!!! Nosso objetivo será garantir a maioria dos pontos em legislação na prova objetiva, e para isso é que trabalharei com vocês. Temos que trabalhar durante as aulas com uma meta de 90% de acertos nas questões para que, na prova, obtenhamos entre 75% e 80%. É isso aí, pessoal! A essa altura já estamos cansados. Mas temos ainda uma longa caminhada. Hora de resgatar a força que repousa escondida em vocês, à espera do momento de manifestar-se. Vamos que vamos!!! Não adianta dizer: “Estamos fazendo o melhor que podemos”. Temos que conseguir o que é preciso, seja lá o que for! Winston Churchill Aula 05 – IPVA Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 2 Estamos na aula 05 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de Legislação do DF. Aula Conteúdo 00 Perfil Constitucional dos Tributos Distritais (CF 1988). Leis Complementares de Interesse para os Tributos Distritais. Lei Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do Orçamento do Distrito Federal). 01 ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da operação e da prestação. 02 ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Isenção, não incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 03 ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Substituição tributária, suspensão, transferência de saldo credor, compensação, restituição. 04 ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Inscrição, documentos fiscais, livros fiscais, guias informativas, equipamento emissor de cupom fiscal, equipamento de processamento eletrônico de dados, regimes especiais e demais obrigações do contribuinte e de terceiros. 05 IPVA - Lei nº. 7.431/85 e Decreto nº. 34.024/12: Fato gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 06 ITCD - Lei nº. 10/88 e Decreto nº. 16.116/94: Fato gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes e de terceiros. 07 ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto nº. 25.508/2005: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da operação e da prestação. 08 ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto nº. 25.508/2005: Isenção, não incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 09 IPTU - Decreto nº. 28.445/2007: Fato gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 10 ITBI - Lei nº. 3.830/2006 e Decreto nº. 27.576/2006: Fato gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes Nossas Aulas Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 3 11 Simples Nacional LC 123/2006: I – Disposições Preliminares; II - Da Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte; III - Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI – Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e Transitórias). 12 Taxa de Limpeza Pública - TLP Lei nº. 6.945/81. Contribuição de Iluminação Pública 13 Processo Administrativo Fiscal - Decreto Nº 33.269/2011. 14 Código de ética dos servidores da carreira auditoria tributária - Lei Distrital nº 845/1994 15 Código Tributário do Distrito Federal (LC DF nº. 4/94). Parcelamento de créditos de natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 432/2001). Atualização monetária dos créditos de natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 833/2011). Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a LC DF nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 16 LC 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF). Ajuste SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). Decreto nº. 26.529/ 2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal Eletrônico). Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº. 29.396/2008 e Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). Lei nº. 9.784/99, aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 2.834/2001. 17 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 4 Apresentação 1 1 – Fato Gerador 5 2 - Não Incidência 10 3 – Isenção 14 4 – Contribuinte 21 5 – Responsáveis 22 6 – Cadastro 24 7 - Base de cálculo 25 8 – Alíquota 28 9 – Lançamento e pagamento 30 10 – Fiscalização e Penalidades 33 Exercícios Resolvidos 35 Lista das Questões Apresentadas 56 Gabarito 70 Índice Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 5 1 – Fato Gerador Vamos iniciar o estudo do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) pela definição do fato gerador (FG). Como sempre, acompanharemos a legislação brasiliense. Nossas fontes serão a Lei Federal 7431/85, que institui o IPVA no DF e o Decreto Distrital 34024/12, regulamenta a cobrança. Faremos um resumo do regulamento, apontando os principais itens. O IPVA é o tributo incidente sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse legítima de veículo automotor, que se caracteriza por prestação pecuniária independente de atividade estatal específica que não constitui contraprestação de serviços públicos específicos e divisíveis relativos ao contribuinte. O legislador incluiu essa definição apenas para deixar claro que o IPVA é um imposto, e não uma taxa. 1.1 - Aspectos Material e Espacial O fato gerador do IPVA é a propriedade, o domínio útil ou a posse legítima de veículo automotor, registrado e licenciado, inscrito ou matriculado no Distrito Federal, perante as autoridades de trânsito nas vias terrestres, aquáticas ou aéreas. FG do IPVA Propriedade, domínio útil ou posse legítima de veículo automotor. Ocorre no DF.Veículo automotor no DF No DF considera-se veículo automotor toda estrutura destinada a transporte ou locomoção de pessoas, mercadorias ou bens, por via terrestre, aquática ou aérea, em virtude de autopropulsão por meio de motor. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 6 Abrange qualquer estrutura dotada de autopropulsão, como os veículos terrestres, as embarcações e as aeronaves. Veículo Automotor � estrutura com autopropulsão por meio de motor � transporte de pessoas, mercadorias ou bens � via terrestre, aquática ou aérea É irrelevante que o motor seja acoplável ou concebido originariamente na construção do veículo automotor. Essa hipótese de motor acoplável ocorre, por exemplo, em pequenas lanchas cujos motores podem ser retirados. A definição de veículo automotor no DF é bastante ampla, deixando claro que serão tributadas aeronaves e as embarcações. 1.2 - Aspecto temporal – Momento de Ocorrência do FG O FG do IPVA ocorre nos momentos descritos abaixo. 1.2.1 - Veículo importado Importado por consumidor final, diretamente ou por meio de terceiros � FG na data do desembaraço Se você, consumidor final, importar um veículo, o FG do IPVA ocorrerá na data do desembaraço. Não está expressa no regulamento a data do FG do IPVA para veículos importados por fabricante, revendedor ou importador. Nesses casos, normalmente, o FG ocorre no momento da venda. No DF, seria no momento da emissão do documento de propriedade. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 7 1.2.2 - Veículo usado Licenciado no DF � no 1º dia de janeiro de cada ano; Para veículos que em 01/01 já estiverem licenciados no DF, ocorrerá FG nessa data. Licenciado em outra UF � na data de seu licenciamento no DF; Se o veículo vier de outra UF, o FG ocorrerá na data de seu licenciamento no DF. Contemplado com imunidade, não incidência ou isenção � na data em que ocorrer o evento que obrigar ao pagamento do imposto; Veículo beneficiado com isenção em função de sua utilização passa a ser usado em outra atividade, perdendo o direito ao benefício. O FG do IPVA ocorre na data em que se alterar o uso. Roubado, furtado ou sinistrado � na data de sua recuperação ou de seu reparo; Veículo roubado, que estava beneficiado com a não incidência, é recuperado. Nessa data, ocorre o FG do IPVA. Veículo que estava beneficiado com isenção ou não incidência � na data do arremate em leilão Se um veículo que estava isento ou sob não incidência e, por algum motivo vai a leilão, ocorre FG de IPVA no arremate. O benefício deverá ser objeto de novo pedido, se for o caso. O texto traz apenas os termos isento e sob não incidência. Contudo, em uma questão prática, caso tenhamos um veículo anteriormente beneficiado com imunidade e que venha a ser leiloado, o FG do IPVA também ocorrerá na data do arremate. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 8 Veículo incorporado ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou do importador. � na data da incorporação de veículo automotor Fabricante passa veículo para seu imobilizado, para ser utilizado por funcionários. Ocorre FG nessa data. 1.2.3 - Veículo nacional novo Para veículos nacionais novos, o FG ocorre: � na data da emissão do documento da propriedade ou da posse para consumidor final ou quando da incorporação ao ativo por empresa fabricante ou revendedora de veículo; � na data de sua recuperação, em relação a veículo roubado ou furtado; � na data do arremate em leilão de veículo automotor; 1.3 - O que é veículo novo no DF? Fabricação nacional Aquele, sem uso, que for objeto da primeira transmissão de propriedade ou posse para consumidor final ou para o ativo permanente de empresa fabricante ou revendedora de veículo; Fabricação estrangeira É considerado novo no exercício em que ocorrer seu desembaraço aduaneiro, qualquer que seja o ano de sua fabricação. 1.4 - Jurisprudência Tenho que fazer aqui alguns comentários, que você deve assimilar, mas usar com cautela, apenas se a banca citar essas decisões ou se a questão não tiver outra resposta. Não temos para o IPVA uma LC que regulamente em detalhes todos os aspectos do tributo, e isso faz com que os Estados fiquem livres para legislar. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 9 Por isso, é necessário entender alguma coisa sobre a jurisprudência no que diz respeito a esse imposto. O STF, em decisão plenária no julgamento do RE 379572, decidiu que embarcações e aeronaves não devem pagar o IPVA. Pautou-se para isso na definição de veículo automotor existente no código brasileiro de trânsito, a única, na visão do STF, a dar definição de caráter federal para o termo. A definição de veículo automotor do CTB é a seguinte: “...todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos. ” Ao utilizar o vocábulo “viário” essa definição estaria excluindo embarcações e aeronaves de sua abrangência. Concluímos ainda, por essa definição, que não se pode cobrar IPVA sobre trens e bondes, mas pode-se cobrar IPVA sobre ônibus movidos a energia elétrica. O DF, por meio de decreto (muito questionável, portanto) estabeleceu sua própria definição de veículo automotor, incluindo na incidência do IPVA as aeronaves e embarcações. Essa hipótese de incidência está bastante clara nos dispositivos do regulamento do DF. Contudo, na lei que institui o imposto, ela não está presente. No caso de uma questão que explore unicamente a literalidade dos textos legais, vocês deverão ficar muito atentos para saber qual a resposta que o examinador deseja. O fato é que o DF cobra IPVA sobre embarcações e aeronaves. Aproveito o momento para sugerir uma rápida leitura da lei, dado que existem diferenças significativas entre ela e o decreto. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 10 Momento do FG do IPVA no DF Situação do Veículo Ocorrência do FG Importado por consumidor final data do desembaraço Usado licenciado no DF 1° de janeiro Usado licenciado em outra UF data do licenciamento no DF Imune, Isento ou com não incidência data do evento que obrigar ao pagamento (perda do benefício) Roubado, furtado, sinistrado data da recuperação ou reparo Isento ou com não incidência data do arremate em leilão Incorporado ao ativo permanente do fabricante, revendedor ou importador data da incorporação Nacional novo incorporado ao ativo data da incorporação Nacional novo furtadoou roubado data da recuperação Nacional novo leiloado data do arremate Nacional novo adquirido por consumidor data de emissão do documento de propriedade 2 - Não Incidência Já conversamos em outras aulas a respeito de imunidade e não incidência, não é mesmo? A imunidade é uma forma qualificada de não incidência, por estar estabelecida na CF ou na CE. Vamos apenas lembrar de que, embora possuam o mesmo efeito prático, na prova pode ser necessário diferenciar casos de não incidência de casos de imunidade. O regulamento brasiliense do IPVA trata todos os casos como não incidência. 2.1 - O imposto não incide sobre: Temos dois casos de não incidência: veículos de propriedade das entidades imunes descritas na CF e veículos objeto de furto, roubo ou sinistro. Vamos ver: Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 11 2.1.1 - Propriedade de veículo automotor integrante do patrimônio: � da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; � dos templos, se vinculado às suas finalidades essenciais; � dos partidos políticos e de suas fundações, entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, se vinculado às suas finalidades essenciais e desde que: � não distribuam parcela do seu patrimônio ou de suas rendas; � apliquem integralmente no País os seus recursos, na manutenção dos seus objetivos institucionais; � mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livro revestido de formalidades capazes de assegurar a sua exatidão; � das Autarquias e das Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, se vinculado às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Caso os veículos adquiridos pelas Autarquias e Fundações não estejam vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes, o fato deve ser comunicado em 30 dias da aquisição. A falta de comunicação implicará a cobrança do imposto e acréscimos legais. Jurisprudência A imunidade não se aplica aos casos relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário. Contudo, o STF afastou ampliou a imunidade também para os veículos dos Correios. Embora a ECT preste serviço com características de atividade econômica, alegou o STF que tal serviço possui natureza específica, de atender a necessidades públicas essenciais, além do que, a ECT possui monopólio sobre entregas de determinadas correspondências. Vejam que, no caso de agências franqueadas, o IPVA poderá ser cobrado normalmente. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 12 2.1.2 - Propriedade de veículo roubado, furtado ou sinistrado, desde que o fato seja objeto de ocorrência policial. Considera-se veículo sinistrado, aquele retirado de circulação em razão de laudo de perda total. A não incidência condiciona-se à baixa de registro ou inscrição no órgão de trânsito. A não incidência para veículos roubados, furtados ou sinistrados, vigente até 31/12/2015, opera-se no exercício imediatamente posterior ao fato e será reconhecida mediante requerimento do contribuinte, apresentado a qualquer tempo, acompanhado de cópia da ocorrência policial. Percebam que esta hipótese de não incidência, bem como os casos de isenção, que veremos adiante, possuem prazo de validade: 31/12/2015. Nos casos de roubo e furto, a não incidência prevalece até o momento em que o veículo for recuperado. Serão remitidas, até 31 de dezembro de 2015, as parcelas vincendas do IPVA referente ao exercício em que ocorrer o evento determinante da não incidência, não cabendo restituição de importâncias já pagas. Então temos o seguinte: no caso de furto, roubo ou sinistro, serão perdoadas (remitidas) as parcelas vincendas. Caso o IPVA já tenha sido pago, não será devolvido. A não incidência começa a valer para o exercício seguinte. A remissão será concedida com fundamento nas informações constantes do cadastro de veículos do órgão público competente para registro e licenciamento, inscrição ou matrícula do veículo, e só se aperfeiçoará ao final do exercício da concessão do benefício. Nesse caso, critério da autoridade fiscal, a não incidência poderá ser concedida de ofício. Recuperado o veículo, o contribuinte comunicará o fato em 30 dias da data do recebimento do veículo recuperado. Nesse caso, a base de cálculo será reduzida em 1/12 avos por mês transcorrido, a partir do segundo mês do exercício. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 13 A não comunicação da recuperação do veículo implica presunção relativa de que a recuperação ocorreu no mesmo dia do furto ou roubo do veículo. 2.2 - Reconhecimento da não incidência A não incidência depende de reconhecimento pela Sefaz, que será feito das seguintes formas: Veículos de entes federativos O reconhecimento se dará com base no cadastro do Detran, bastando a confirmação de que a propriedade é do ente federativo. Veículos de autarquias e fundações O reconhecimento se dará com base no cadastro do Detran, bastando a confirmação de que a propriedade é do ente federativo, desde que o veículo seja utilizado nas finalidades essenciais. Nos demais casos Mediante requerimento do interessado, por ato da Secretaria de Estado de Fazenda. Perda do benefício Declarada a não incidência, ficam os beneficiários obrigados a comunicar qualquer alteração que implique a cessação do benefício, no prazo de 30 dias da data em que ocorrer a alteração. Constatada a ausência de comunicação, será cobrado do contribuinte que tenha perdido a condição de beneficiário o imposto, com os acréscimos legais, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, quando for o caso. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 14 Não Incidência do IPVA no DF Hipótese Condição entes federados todos autarquias e fundações públicas usados nas finalidades essenciais templos usados nas finalidades essenciais partidos, sindicatos e entidades assistenciais usados nas finalidades essenciais + atendimento às 3 regras. roubado, furtado ou sinistrado boletim de ocorrência e, no caso de sinistro, baixa do registro 3 - Isenção Vamos estudar com carinho cada um dos casos de isenção, pois são objetos de desejo do examinador. São isentos do IPVA até 31/12/2015: 3.1 – Trator O trator de roda, o trator de esteira ou o trator misto destinado à execução de trabalho agrícola ou de terraplanagem, desde que transitem apenas na propriedade ou nas áreas em que são utilizados; Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a critério da Subsecretaria. Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto prevalecerem as razões que a fundamentaram. 3.2 – Missão Diplomática e Órgãos InternacionaisOs veículos pertencentes a: � missões diplomáticas e membros do corpo diplomático acreditados junto ao Governo Brasileiro � funcionários estrangeiros das missões � organismos internacionais com representação no Distrito Federal � funcionários estrangeiros dos organismos Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 15 Regras para essa isenção: � é condicionada à reciprocidade no país sede da missão ou organismo � será declarada pela Sefaz, mediante requerimento das partes interessadas, à vista de documentos fornecidos pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) � MRE comunicará qualquer alteração que implique a cessação do benefício � se beneficiário ou MRE deixaram de comunicar alteração da situação, será cobrado o imposto atualizado, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, quando for o caso. � a reciprocidade, a critério da Sefaz, poderá ser atestadas diretamente junto ao DETRAN-DF, no momento do registro do veículo, ficando o dispensado o ato declaratório de reconhecimento do benefício. Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a critério da Subsecretaria. Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto prevalecerem as razões que a fundamentaram. 3.3 – Táxi Os veículos destinados ao transporte público de pessoas comprovadamente registrados na categoria de aluguel (táxis), quando pertencentes a profissionais autônomos ou cooperativas de motoristas; A comprovação do registro de táxi, quando pertencente a profissional autônomo taxista, poderá ocorrer, em até: � 30 dias do documento, no caso de veículo novo; � 15 dias, do documento, no caso de veículo usado, já registrado como táxi; Comprovado o registro, a isenção estende-se para o exercício seguinte, desde que a aquisição ou transferência do veículo ocorra até: � o último mês do exercício, no caso de veículo novo; � a última quinzena do exercício, no caso de veículo usado. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 16 A isenção para táxi: � aplica-se: � ao táxi integrante de espólio do taxista, a partir da data da abertura da sucessão até a data de efetivação da partilha; � ao táxi que, em razão de partilha, seja propriedade de cônjuge sobrevivente do taxista que teria direito à isenção, a partir da data da efetivação da partilha até a data da baixa do registro do veículo da categoria aluguel (táxi); � limita-se a um veículo por contribuinte, exceto quando se tratar de cooperativas de motoristas; � somente poderá ser concedido a profissional autônomo que seja proprietário de apenas um táxi. Sefaz poderá dispor sobre procedimento unificado para fins da concessão de isenção do IPVA e do ICMS, para taxistas. Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a critério da Subsecretaria. 3.4 – Portadores de deficiência O veículo de propriedade de pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autista, observado o seguinte: � a deficiência deverá estar entre as reconhecidas pelo Fisco; � o veículo automotor deverá ser adquirido diretamente pelo portador da deficiência física e, no caso do interdito, pelo curador; � o curador responde solidariamente quanto ao imposto que deixar de ser pago em razão da isenção; � admitir-se-ão como adaptação especial, o câmbio automático ou hidramático e a direção hidráulica. O requerimento de isenção será instruído com laudo médico, emitido por prestador de serviço público de saúde, por serviço privado de saúde que integre o SUS ou pelo DETRAN-DF. A isenção limita-se a um veículo por contribuinte. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 17 Sefaz poderá dispor sobre procedimento unificado para fins da concessão de isenção do IPVA e do ICMS, para portadores de deficiência. Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a critério da Subsecretaria. Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto prevalecerem as razões que a fundamentaram. 3.5 – Transporte Público Exclusivamente no primeiro exercício da aquisição, os ônibus e microônibus novos destinados ao transporte público coletivo urbano, assim entendido aquele prestado mediante concessão ou permissão e fiscalização do Poder Público. 3.6 – Administração indireta do DF As entidades da administração indireta, autárquica e fundacional do DF. Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a critério da Subsecretaria. Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto prevalecerem as razões que a fundamentaram. 3.7 – Mais de 15 anos Os veículos com tempo de uso superior a 15 anos. 3.8 – Programa Social As pessoas jurídicas que cederem gratuitamente veículos de sua propriedade ao Programa de Assistência ao Cidadão Carente do Distrito Federal, no percentual de 50%, relativamente aos veículos cedidos; Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto prevalecerem as razões que a fundamentaram. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 18 3.9 - Motofrete Os ciclomotores, as motocicletas e motonetas destinadas à prestação do serviço de coleta, transporte e entrega de pequenas cargas e documentos, denominado motofrete. Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a critério da Subsecretaria. Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto prevalecerem as razões que a fundamentaram. 3.10 – Transporte escolar Os ônibus, microônibus e outros veículos destinados ao transporte coletivo escolar, regularmente registrados junto ao DETRAN/DF na categoria escolar; A regularidade junto ao DETRAN comprova-se pela autorização de tráfego válida durante todo o exercício da concessão do benefício, inclusive no momento da ocorrência do fato gerador. A primeira autorização de tráfego poderá ocorrer em até 30 dias, da emissão do documento de propriedade. Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a critério da Subsecretaria. Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto prevalecerem as razões que a fundamentaram. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 19 3.11 – Primeiro ano Os veículos novos, no ano de sua aquisição, condicionados ao atendimento das seguintes condições: � veículo adquirido no Distrito Federal, por consumidor final que esteja em situação regular perante a Fazenda; � beneficiário não pode estar inscrito na dívida ativa do Distrito Federal; � beneficiário, quando PJ, terá que comprovar sua regularidade junto à Seguridade Social, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e à Fazenda, bem como não utilizarem seu processo produtivo mão de obra baseada no trabalho de crianças e de adolescentes. Os taxistas e os portadores de deficiência física, já contemplados com isenções, poderão obter o benefício para veículo novo no ano da aquisição, caso em que cessarão os efeitos da isenção sobre o veículo usado. O mesmo aplica-se quando o veículo usado, já contemplado com isenção, tiver sido furtado ou roubado. Para esta isenção, além da aquisição da propriedade, vale a posse detida, em decorrência de arrendamento mercantil de veículo automotor novo, no ano de seu arrendamento, por consumidor final. A isenção não será concedida a empresário ou sociedade empresária que utilize em seu processo produtivo mão de obra baseada no trabalho de crianças e de adolescentes. Perde o direito o contribuinte que transferir o veículo para outra unidade da federação no ano de sua aquisição, situação em que o imposto deverá ser recolhido monetariamente atualizado. Considera-se em situação regular perante a Fazenda o beneficiário que: � não esteja inscrito no cadastro de dívida ativa do Distrito Federal; � tratando-se de PJ, não esteja com a inscrição no cadastro fiscal do Distrito Federal suspensa ou cancelada. A comprovação da aquisição do veículo novo é efetuada por meio da nota fiscal. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 20 3.12 – Tratado Ucrânia Os veículos cujas isenções decorrerem do tratado internacional entre Brasil e Ucrânia para lançamento de veículo espacial na base de lançamento de Alcântara. Essa isenção é a única que não está limitada a 2015. 3.13 – Disposições gerais Concedida a isenção, ficam os beneficiários obrigados a comunicar qualquer alteração que implique a cessação do benefício, em 30 dias da data em que ocorrer a alteração. Serão considerados, além da propriedade, o domínio útil ou a posse detidos em decorrência de alienação fiduciária ou de arrendamento mercantil. Sempre que falarmos em data do documento de propriedade, entenda-se: data documento translativo da propriedade ou data da posse legítima do veículo. O requerimento de reconhecimento poderá ser apresentado a qualquer tempo, enquanto não expirados os prazos decadencial ou prescricional. A isenção, quando não concedida em caráter geral, será reconhecida, em cada caso, em requerimento no qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos. Os atos de deferimento, indeferimento ou reconhecimento de isenção serão públicos. A Sefaz disciplinará a forma de requerimento e os demais procedimentos para a concessão das isenções. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 21 Isenção do IPVA no DF Hipótese Depende de Reconhecimento? Pode ser dispensado o reconhecimento? Vale para exercícios posteriores? Tratores Sim Sim Sim Missão Diplomática Sim Sim Sim Órgão Internacionais Sim Sim Sim Táxi Sim Sim Não Portadores de Deficiência Sim Sim Sim Transporte Público Sim Não Não Adm indireta do DF Sim Sim Sim Mais de 15 anos Sim Não Não Programa Social Sim Não Sim Motofrete Sim Sim Sim Transporte escolar Sim Sim Sim Primeiro Ano Sim Não Não Tratado Ucrânia Sim Não Não 4 - Contribuinte Contribuinte do IPVA é a PF ou PJ residente ou domiciliada no DF: � proprietária, a qualquer título, de veículo automotor sujeito a licenciamento pelos órgãos competentes; � titular do domínio útil do veículo automotor, nos casos de locação e arrendamento mercantil; � detentora da posse legítima do veículo automotor, inclusive quando decorrente de alienação fiduciária em garantia ou gravado com reserva de domínio. Contribuintes do IPVA PF ou PJ residente ou domiciliada no DF: Proprietária Titular do domínio útil (locação e leasing) Detentora da posse legítima (alienação fiduciária) Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 22 Os débitos não cobertos pelo valor apurado com a venda de sucata ou de veículo, quando leiloados por órgão ou entidade do Sistema Nacional de Trânsito, serão vinculados somente ao proprietário do veículo, ficando afastada a responsabilidade do arrematante quanto às dívidas anteriores à arrematação. Em caso de leilão do veículo, o arrematante nada deve. O eventual débito remanescente ficará sob responsabilidade do proprietário. Na pena de perdimento de veículo em favor de ente público, os débitos de IPVA referentes ao veículo, até a data da referida decisão, são de responsabilidade de seu proprietário à época da prática da infração punida com o perdimento. Também no caso de pena de perdimento, os débitos remanescentes são de responsabilidade do proprietário. Nesse caso, cabem ao proprietário que estava com o veículo na época da infração. 4.1 - Jurisprudência Decisão do STJ, que somente deverá ser aplicada em prova se expressamente solicitada: É ilegítima a cobrança de imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA) que já se alienara, independentemente da ausência de comunicação da transferência ao órgão de trânsito. 5 - Responsáveis São solidariamente responsáveis pelo pagamento do IPVA: � o adquirente, em relação ao veículo adquirido sem o pagamento do imposto; � o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título; � o proprietário de veículo que o alienar e não comunicar ao órgão encarregado do registro e licenciamento, inscrição ou matrícula; Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 23 � o funcionário que autorizar ou efetuar o registro e licenciamento sem a prova de pagamento ou do reconhecimento de isenção ou imunidade do imposto; � o adquirente de veículo usado, já registrado como táxi. A solidariedade não comporta benefício de ordem. O órgão público responsável pelo registro e licenciamento, inscrição ou matrícula de veículo automotor somente efetuará a sua transferência mediante liquidação de todos os débitos vencidos e vincendos no exercício em curso. Não haverá solidariedade na hipótese de haver certidão negativa de débitos tributários relativos ao veículo, na data da transferência. Responsáveis Solidários no IPVA do DF Responsável Situação adquirente veículo adquirido sem pagamento do IPVA titular do domínio ou possuidor IPVA devido pelo proprietário alienante IPVA devido enquanto não comunicar a alienação funcionário autorizar o registro ou licenciamento sem o pagamento do IPVA adquirente de táxi usado pelo IPVA devido pelo alienante caso não se cumpram as condições curador do interditado caso haja falta de pagamento do IPVA em razão da isenção para portadores de deficiência A certidão negativa será exigida em toda transferência de propriedade de veículo automotor. A certidão negativa será expedida na internet ou nas Agências de Atendimento. Nas agências, será feita diretamente ao proprietário do veículo, ao seurepresentante legal ou ao promitente comprador, desde que expressamente Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 24 autorizado pelo proprietário, sendo obrigatória, no momento da solicitação, a apresentação de documento de identificação do requerente e de documento de transferência exigido pelo órgão público competente. 6 – Cadastro de Contribuintes Ressalvado o caso de aeronaves e embarcações, o cadastro de contribuintes poderá ser extraído da base de dados de veículos automotores registrados nos órgãos competentes, sem prejuízo de inscrição de ofício pela Sefaz. Os proprietários, quando notificados: � recadastrarão seus veículos; � prestarão informações ao fisco, mediante declaração, quanto a dados de seus veículos; As seguradoras ou as instituições financeiras informarão, mediante notificação, dados relativos aos contratos de seguro de embarcações ou de aeronaves que tenham por proprietário PF ou PJ domiciliada no Distrito Federal. Os clubes náuticos e os aeroclubes, mediante notificação, apresentarão os registros das embarcações e aeronaves de seus associados, nos quais se identifique o veículo automotor, o nome e o endereço do proprietário. Inscrever-se-ão, obrigatoriamente, aqueles definidos como contribuintes, não pertencentes à base de dados de veículos automotores, ainda que não sujeitos ao pagamento do imposto. A inscrição conterá: � ficha de cadastramento; � documento de identidade; � cartão de identificação do CPF ou CNPJ; � primeira via da nota fiscal ou primeira via da nota fiscal-fatura; � documento alfandegário; � outro documento translativo da propriedade ou do uso. Para cada veículo automotor exigir-se-á inscrição individualizada. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 25 O contribuinte informará, em 60 dias, a ocorrência de qualquer alteração relativa ao veículo ou a seu proprietário. 7 - Base de cálculo A base de cálculo do imposto é o valor venal do veículo automotor. Para obtenção do valor venal será observado: No caso de veículo novo de fabricação nacional: � o preço comercial tabelado pelos órgãos competentes ou, na sua falta, o preço à vista constante do documento fiscal emitido pelo revendedor, incluído o valor dos opcionais e acessórios; � incorporado ao ativo permanente do fabricante, revendedor ou importador, o valor do custo de aquisição, constante do documento fiscal relativo à aquisição, ou do custo de fabricação; No caso de veículo novo importado do exterior: � o valor constante do documento de importação, acrescido dos valores dos tributos incidentes e quaisquer despesas aduaneiras devidos por ocasião do desembaraço aduaneiro, ainda que não recolhidos pelo importador; No caso de veículo terrestre usado: � o valor fixado em tabelas aprovadas anualmente em lei; No caso de embarcação ou aeronave usadas e de demais estruturas usadas dotadas de autopropulsão: � o valor usualmente praticado no mercado do Distrito Federal declarado pelo contribuinte no exercício de 2012; � o valor fixado em tabelas aprovadas anualmente em lei, nos demais exercícios; No caso de arremate em leilão: � o valor da arrematação, acrescido das despesas cobradas ou debitadas do arrematante e dos tributos incidentes; Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 26 Base de cálculo do IPVA Valor venal do veículo. A base de cálculo será publicada em tabelas, nas quais se observará: � para 2012, o valor declarado pelo contribuinte à Sefaz; � para os demais anos, os seguintes valores, pela ordem: � preços médios aferidos por publicações especializadas, bem como as pesquisas divulgadas pelos revendedores ou suas entidades representativas; � preços médios de mercado: � de veículo terrestre, conforme peso, potência, capacidade máxima de eixos, cilindrada, dimensões, modelo e ano de fabricação do veículo, e tipo de combustível; � de embarcação, conforme potência, comprimento, casco, ano de fabricação e tipo de combustível; � de aeronave, conforme peso máximo de decolagem e ano de fabricação. Na ausência de informações sobre a comercialização do veículo ou de dados cadastrais no sistema, poderá ser utilizado, na ordem: � o valor de veículo similar; � o valor fixado para o veículo novo, multiplicado por fator de depreciação fixado pela Sefaz, tomando-se como referência: � para veículo de fabricação nacional, o ano de fabricação; � para veículo importado, o exercício em que ocorrer o desembaraço aduaneiro; As quantias expressas em moeda estrangeira serão convertidas em moeda nacional ao câmbio do dia do lançamento. As tabelas serão editadas pela Sefaz, sendo irrelevante, para a determinação da referida base, o estado de conservação do veículo. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 27 A BC de veículos novos e de veículos beneficiados com imunidade, não incidência, isenção ou redução de alíquota, ou cujo proprietário, possuidor ou titular do domínio útil anterior estivesse imune, não tributado ou isento, será reduzida de 1/12 avos por mês do ano calendário transcorrido, a partir do segundo mês do exercício. Considera-se mês a fração igual ou superior a quinze dias. No caso de veículos estrangeiros, liberados com isenção do Imposto de Importação, a base de cálculo do imposto será: � no exercício do desembaraço, o valor constante da Declaração de Importação, convertido em moeda nacional à taxa de câmbio do dia da liberação; � nos exercícios posteriores ao desembaraço, o valor constante da Declaração de Importação, convertido em moeda nacional à taxa de câmbio do dia da data do fato gerador do ano a que se referir o imposto, deduzindo-se deste valor 15% por exercício posterior ao desembaraço, até somar-se 75% de abatimento; � o valor venal da tabela, caso o veículo seja alienado a pessoa não beneficiada pela isenção do imposto de importação. Poderá a Sefaz, adotar, se houver, valores venais constantes de tabela CONFAZ. A BC fica reduzida em até 100% (até 2015) para os empreendimentos efetivamente implantados na forma do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo no Distrito Federal. O imposto terá base de cálculo proporcional aos meses e fração de mês que faltem para o fim do exercício a que se refira o tributo. Não se exigirá o imposto sobre veículo transferido de outra unidade federada, cujo imposto tiver sido, nessa unidade federada, integralmente recolhido, no exercício da transferência. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 28 Não se exigirá IPVA no exercício da transferência de veículo de outra UF, caso se comprove o pagamento na UF de origem. 7.1 - Jurisprudência A ser usada com cautela. Há doutrinadores que defendem, em caso de majoração exagerada da BC do IPVAde veículos usados na tabela divulgada pelo Poder Executivo, a aplicação da súmula 431 do STJ, que diz: “É ilegal a cobrança do ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal”. Consideram que a tabela divulgada pelo executivo é um tipo de pauta fiscal, e recomendam a contestação com base nessa súmula. Não se preocupem com isso, pois não creio que vá cair na prova, pois trata de interesse contrário aos da Fazenda. 8 - Alíquota Muito importante dar uma atenção especial às alíquotas. Não tem segredo, é decoreba pura. As alíquotas do IPVA são: 1% para � veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg � caminhões-tratores � micro-ônibus � ônibus � tratores; � veículos destinados exclusivamente à locação. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 29 2% para: � Ciclomotores � Motocicletas � Motonetas � Quadriciclos � Triciclos 3% para � automóveis, caminhonetes, caminhonetas, utilitários e outros veículos não discriminados em 1% � embarcações � aeronaves � demais estruturas dotadas de autopropulsão. Para usufruir a alíquota de 1% de locadoras � veículos destinados exclusivamente à locação � de propriedade de pessoa jurídica com atividade de locação de veículos, ou � cuja posse a locadora detenha em decorrência de contrato de arrendamento mercantil ou de alienação fiduciária � limitada ao período em que o veículo for efetivamente utilizado com a finalidade específica de locação Não se existe alíquota diferenciada em função do combustível no DF. O contribuinte, ao cessar a utilização com a finalidade específica de locação, deverá, no prazo 30 dias, contados do fato que motivou a cessação, recolher a diferença proporcional do imposto em função das alíquotas. A proporcionalidade será calculada a partir do mês subsequente à cessação da atividade de locação. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 30 Para os três exercícios subsequentes ao da aquisição de veículo novo as alíquotas são: � 1,25% para veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg, caminhões-tratores, micro-ônibus, ônibus e tratores de esteira, de rodas ou mistos; � 2,5% para ciclomotores, motocicletas, motonetas, quadriciclos e triciclos; � 3,5% para automóveis, caminhonetes, caminhonetas, utilitários e demais veículos não discriminados nos incisos anteriores. A majoração de alíquota aplica-se apenas aos veículos novos, beneficiados com a isenção do IPVA concedida exclusivamente no exercício de aquisição (isenção para primeiro ano). Muito bem! Se você usufruir daquele benefício de isenção no primeiro ano para veículos novos, terá a alíquota aumentada nos próximos 3 anos. Alíquotas do IPVA no DF Veículo Alíquota Alíquota Majorada veículo de carga acima 2000 kg, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus, trator 1% 1,25 veículo de locadora 1% não tem ciclomotor, motocicleta, motoneta, quadriciclo, triciclo 2% 2,5% automóveis, caminhonetes, utilitários e outros não tributados com 1%, embarcações, aeronaves, demais estruturas 3% 3,5% 9 – Lançamento e pagamento 9.1 - Lançamento Tratando-se de veículo terrestre, o imposto será lançado de ofício, mediante Notificação de Lançamento, em caráter geral, por edital publicado uma única vez no Diário Oficial do Distrito Federal. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 31 O edital conterá, entre outros elementos: � identificação geral dos notificados; � data de vencimento do tributo; � informações essenciais ao cálculo do tributo; � prazo de 30 dias para impugnação, contado da publicação; O valor do imposto constará do Documento de Arrecadação – DAR. A critério da Sefaz, o valor do imposto e respectiva notificação de lançamento poderão constar no anverso do CRLV. Relativamente a veículo usado, o imposto será lançado em até 30 dias antes da data de seu vencimento. Tratando-se de embarcações, aeronaves e demais estruturas dotadas de autopropulsão, o lançamento do imposto será efetuado: � no exercício de 2013, por declaração, com base nas informações prestadas pelo contribuinte ou seu representante legal no exercício de 2012; � anualmente, de ofício, nos demais exercícios, a partir de pauta de valores venais aprovada em lei. A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. Requisitos para retificar declaração para reduzir tributo: � comprovar o erro � apresentar antes do lançamento Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 32 9.2 - Pagamento O imposto será pago nas agências arrecadadoras autorizadas a receber o referido tributo. Será concedido desconto de 5% sobre o valor do IPVA, aos contribuintes que efetuarem o pagamento do imposto no valor integral até a data de vencimento da cota única, desde que não conste débito em exercício anterior. O prazo para pagamento do imposto é estabelecido, conforme a seguir: � veículo novo, 30 dias contados da data do registro; � veículo usado, nos prazos estabelecidos pela Sefaz; � veículo cuja propriedade foi isenta ou não tributada, 30 dias contados da data das devidas alterações ou do registro; � veículo transferido de outra UF, no ato da transferência. � tratando-se de transferência ou alienação, na data da realização do ato, ainda que não se tenha esgotado o prazo regulamentar para o pagamento do imposto. O imposto sobre os veículos novos ou cuja propriedade foi isenta ou não tributada poderá ser pago em até três parcelas. Na hipótese de transferência do veículo para outra UF o imposto será exigido em parcela única. O pagamento do imposto sobre veículos adquiridos: � no mês de outubro, poderá ser parcelado em até duas parcelas; � nos meses de novembro e dezembro, será efetuado em parcela única. É vedado o pagamento parcelado quando o valor devido for inferior a R$ 50,00. Caberá a restituição do imposto nos casos e na forma previstos. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 33 10 – Fiscalização e Penalidades 10.1 – Penalidades Aos infratores aplicar-se-ão as seguintes penalidades: � multas; � proibição de transacionar com a Administração do Distrito Federal; � cassação de incentivos ou benefícios fiscais. A imposição de multa não exclui o pagamento do imposto devido, acrescido dos juros de mora, calculados à razão de 1% ao mês ou fração. Aplicar-se-á multa, nos seguintes percentuais, na hipótese de recolhimento de tributo, no todo ou em parte, após o prazo regulamentar: � antes de iniciado o processo de exigência do crédito tributário, multade mora de 10% sobre o valor do imposto atualizado monetariamente, na hipótese de imposto não recolhido até a data de seu vencimento; Será reduzida a 5% se imposto pago até 30 dias do vencimento. � multa de 50% do valor do imposto monetariamente atualizado, sujeito a lançamento de ofício, efetuado com base em declaração do contribuinte, quando esta for apresentada com erros ou inconsistências; � multa de 200% do valor do imposto monetariamente atualizado, na hipótese de sonegação, fraude ou conluio. O descumprimento de obrigação acessória sujeita-se a: � multa de R$ 296,07 pela não inscrição ou falta de comunicação ao cadastro de contribuintes do imposto de qualquer alteração dos dados cadastrais relativos ao proprietário ou ao veículo; � multa de R$ 592,14, na hipótese de fraude, relativamente a: � preenchimento do requerimento de isenção; � preenchimento de guias de recolhimento do imposto; � qualquer comunicação à Secretaria de Estado de Fazenda; � multa de R$ 592,14 e cancelamento do benefício, na hipótese de não comunicação da recuperação de veículo roubado. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 34 Tratando-se de descumprimento de qualquer outra obrigação acessória: � que não resulte falta de pagamento de tributo, R$ 296,07; � que resulte falta de pagamento de tributo, R$ 592,14 10.2 - Fiscalização A fiscalização do imposto compete, exclusivamente, à Sefaz, que poderá firmar convênios com órgãos e entidades públicas federais e do Distrito Federal, objetivando permuta de informações, registros, licenciamento, cadastramento de veículos e fiscalização conjunta ou integrada. O comprovante de pagamento do imposto deve ser apresentado à fiscalização, quando solicitado. A fiscalização será efetuada: � nas vias públicas do Distrito Federal; � nos órgãos encarregados do licenciamento, registro ou controle de veículos terrestres, embarcações e aeronaves; � junto aos contribuintes ou àqueles que estiverem conduzindo o veículo; � nas empresas de comércio, reparo, conserto ou exposição de veículos; � nas concessionárias autorizadas e agências revendedoras de veículos; � nos cartórios; � em outro local, a critério do órgão que administra o tributo. O disposto neste Regulamento não dispensa os contribuintes do cumprimento das obrigações estipuladas nas normas legais e administrativas que regulem o licenciamento e o tráfego dos veículos automotores em geral. O comprovante do pagamento do imposto é vinculado ao veículo, transferindo- se ao novo proprietário, no caso de alienação. A renovação de licença de veículos automotores somente será efetivada mediante a comprovação do pagamento do imposto. Na administração e cobrança do imposto, aplicar-se-á o disposto na no Código Tributário do DF e no CTN. Chega de papo. Vamos exercitar! Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 35 Exercícios Resolvidos 1 – Professor 2014 - Qual destes contribuintes não poderá ser dispensado de requerer o reconhecimento de isenção, caso tenha direito a ela: a) Os proprietários de veículos utilizados na atividade de motofrete. b) Os proprietários de tratores. c) Os deficientes físicos proprietários de veículos automotores. d) Os proprietários de veículos com mais de 15 anos. e) As missões diplomáticas e os organismos internacionais. Incrivelmente, o regulamento não prevê a dispensa do requerimento de reconhecimento de isenção para veículos com mais de 15 anos. Vamos ao quadro, para fixar. Isenção do IPVA no DF Hipótese Depende de Reconhecimento? Pode ser dispensado o reconhecimento? Vale para exercícios posteriores? Tratores Sim Sim Sim Missão Diplomática Sim Sim Sim Órgão Internacionais Sim Sim Sim Táxi Sim Sim Não Portadores de Deficiência Sim Sim Sim Transporte Público Sim Não Não Adm indireta do DF Sim Sim Sim Mais de 15 anos Sim Não Não Programa Social Sim Não Sim Motofrete Sim Sim Sim Transporte escolar Sim Sim Sim Primeiro Ano Sim Não Não Tratado Ucrânia Sim Não Não Gaba: D Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 36 2 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Considerando um veículo automotor do tipo automóvel, novo, nacional, a alíquota do IPVA no caso de propriedade desse veículo e a sua base de cálculo são, respectivamente: a) 2% e valor venal do veículo. b) 1 %; e valor constante em documento relativo à transmissão da propriedade. c) 5%; e valor divulgado pelo Poder Executivo em moeda corrente nacional e monetariamente atualizado. d) 3%; e o preço tabelado ou o valor constante no documento fiscal, incluído o valor de opcionais e acessórios. e) 1,5%; e valor constante no documento de importação, convertido em moeda nacional pela taxa cambial vigente na data do desembaraço aduaneiro, acrescido dos impostos incidentes e das demais despesas incorridas. Alíquotas do IPVA no DF Veículo Alíquota Alíquota Majorada veículo de carga acima 2000 kg, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus, trator 1% 1,25 veículo de locadora 1% não tem ciclomotor, motocicleta, motoneta, quadriciclo, triciclo 2% 2,5% automóveis, caminhonetes, utilitários e outros não tributados com 1%, embarcações, aeronaves, demais estruturas 3% 3,5% A BC é o valor venal do veículo. Para veículos novos nacionais, considera-se valor venal o preço comercial tabelado pelos órgãos competentes ou, na sua falta, o preço à vista constante do documento fiscal emitido pelo revendedor, incluído o valor dos opcionais e acessórios. Gaba: D Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 37 3 – FCC 2013 Sefaz SP - Em janeiro/2010, Luis, motorista particular, comprou veículo Alfa 0 km em Belo Horizonte - MG, onde residia, tendo quitado o respectivo IPVA à Fazenda Mineira. Considere, a partir de então, os seguintes eventos: I. 23/setembro/2010 − por motivos profissionais, Luis muda-se de Belo Horizonte - MG para o DF, tendo transferido o registro de seu veículo Alfa para o DF. II. 12/novembro/2010 − dispensado do emprego, Luis começa a trabalhar como taxista, após registro junto à Secretaria Municipal de Transportes e obtenção de licença para exercer a atividade com seu veículo Alfa. III. 14/março/2011 − Luis deixa de ser taxista, para trabalhar exclusivamente em escritório de contabilidade; Felipe, amigo de Luis, toma emprestado o veículo Alfa e passa a trabalhar como taxista. IV. 18/dezembro/2011 − Luis compra veículo Delta 0 km, no DF. V. 30/agosto/2012 − Luis tem seu veículo Delta furtado, no DF. Com base nos dispositivos da Lei brasiliense, em relação ao IPVA em cada um dos eventos, Luis: a) I. nada devia ao DF; II. poderá, a partir dessa data, requerer e obter a isenção do IPVA; III. manteve a isenção para o veículo Alfa, pois a atividade de taxista continuou a ser exercida, de forma ininterrupta; IV. deveria pagar 1/12 do valor total do IPVA/2011 do veículo Delta; V. tem direito à restituição de 4/12 do impostopago em 2012 para o veículo Delta, ficando dispensado de pagar o imposto referente a 2013. b) I. nada devia ao DF; II. poderá, a partir dessa data, requerer e obter a isenção do IPVA; III. deixou de ter direito à isenção, ocorrendo neste momento o fato gerador do IPVA, caso já concedida a isenção; IV. deveria pagar 1/12 do valor total do IPVA/2011 do veículo Delta; V. não tem direito à restituição de 5/12 do imposto pago em 2012 para o veículo Delta, ficando dispensado de pagar o imposto referente a 2013. c) I. deveria pagar 4/12 do valor total do IPVA/2010 ao DF; II. passa a ter direito à isenção do IPVA, a ser usufruída automaticamente; III. manteve a isenção para o veículo Alfa, pois a atividade de taxista continuou a ser exercida, de forma ininterrupta; IV. deveria pagar o valor total do IPVA/2011 do veículo Delta; V. não tem direito a qualquer restituição, mas está dispensado de pagar o imposto referente a 2013. d) I. nada devia ao DF; II. passa a ter direito à isenção do IPVA, a ser usufruída automaticamente; III. manteve a isenção para o veículo Alfa, pois a atividade de taxista continuou a ser exercida, de forma ininterrupta; IV. nada Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 38 devia ao DF a título de IPVA/2011 do veículo Delta, uma vez que fora adquirido na segunda quinzena do mês de dezembro; V. tem direito à restituição de 4/12 do imposto pago em 2012 para o veículo Delta, ficando dispensado de pagar o imposto referente a 2013. e) I. deveria pagar 3/12 do valor total do IPVA/2010 ao DF; II. poderá, a partir dessa data, requerer e obter a isenção do IPVA; III. deixou de ter direito à isenção, ocorrendo neste momento o fato gerador do IPVA, caso já concedida a isenção; IV. nada devia ao DF a título de IPVA/2011 do veículo Delta, uma vez que fora adquirido na segunda quinzena do mês de dezembro; V. tem direito à restituição de 5/12 do imposto pago em 2012 para o veículo Delta, ficando dispensado de pagar o imposto referente a 2013. Vamos analisar cada um dos itens: I – Se comprou veículo novo em 2010, todo o IPVA referente àquele ano já foi pago a MG. Comprovando o pagamento, nada terá que pagar ao DF, mesmo mudando para lá em setembro. II – Não deve nada referente ao ano de 2010. Mas, a partir do registro como taxista, poderá pleitear isenção junto à Sefaz brasiliense. III – Deixou de exercer a atividade de taxista. Logo, deverá comunicar ao Fisco e deverá a pagar o imposto proporcional. IV – Comprou veículo novo em dezembro. Deverá pagar 1/12 avos do IPVA; V – Não poderá pleitear a restituição proporcional do imposto já pago. Não pagará IPVA no ano seguinte, a menos que recupere o veículo. Caso houvesse parcelas vincendas, poderiam ser remidas. Gaba: B 4 – FCC 2013 Sefaz SP - Segundo as disposições do IPVA brasiliense, relativamente às empresas locadoras de veículos e à sua atividade, é correto afirmar: a) As empresas locadoras de veículos não poderão usufruir do benefício de alíquota reduzida para a parte de sua frota que houver sido adquirida por meio de contratos de arrendamento mercantil financeiro. b) Empresa locadora do DF encontra-se obrigada a fornecer ao Fisco informações sobre os veículos efetivamente locados neste Estado, sendo dispensada tal obrigação com relação aos veículos colocados à disposição para locação, mas não locados. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 39 c) Veículos de empresa locadora utilizados pelo pessoal da área administrativa também são beneficiados pela alíquota reduzida. d) Para fins de exigência do IPVA, considera-se domicílio o estabelecimento de empresa de informática, sediada no DF, que integrou à sua frota cinco veículos de propriedade de empresa locadora, localizada em São Paulo-SP. e) As empresas locadoras de veículos poderão usufruir do benefício de alíquota reduzida, para todos os veículos de sua propriedade registrados em municípios brasilienses, ainda que alguns de seus veículos, em determinado período do ano, tenham sido alocados a sua filial que presta serviços de courier.. Letra A, errada. A alíquota de 1% vale também para os veículos adquiridos via leasing, dos quais a empresa seja possuidora. Desde que utilizado em sua atividade, é claro. Letra B, errada. Qualquer contribuinte está obrigado a fornecer qualquer informação que seja de interesse do Fisco. Letra C, errada. A alíquota de 1% vale apenas para os veículos utilizados na atividade de locação. Letra D, correta. Se a empresa adquiriu veículos de fora do Estado, passará a ser contribuinte, em relação àqueles veículos, a partir do registro no território brasiliense. Letra E, errada. Para que a locadora faça jus à alíquota de 1%, os seus veículos deverão ser utilizados exclusivamente na atividade de locação. Gaba: D 5 – FCC 2013 Sefaz SP - Durante operação de combate à sonegação de IPVA, deflagrada em setembro de 2012 pela Secretaria da Fazenda nas principais vias da capital brasiliense, Júlia fora abordada. Ao verificar a documentação por ela apresentada, o Agente Fiscal Tico Tico constatou pelo Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo − CRLV que o automóvel que conduzia não estava registrado em seu nome, mas no de Rafaela. Notou também que, juntamente com o CRLV, estava o Certificado de Registro de Veículo − CRV, preenchido e assinado em seu verso, com firma reconhecida Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 40 por autenticidade, pelo qual se verificava a venda do veículo de Rafaela para Júlia, datada de novembro de 2010. Em consulta à situação fiscal do veículo junto ao Cadastro de Contribuintes do IPVA, o Agente Fiscal verificou a ausência de pagamento de IPVA para os exercícios de 2011 e 2012. Neste cenário, Tico Tico emitiu notificação de lançamento para que Rafaela realizasse o pagamento dos impostos devidos e acréscimos legais em 30 dias. Lavrou ainda dois Autos de Infração e Imposição de Multa − AIIM, um contra Rafaela e outro contra Júlia, aplicando multa por deixar de comunicar o negócio jurídico às autoridades responsáveis pelo Cadastro de Contribuintes do IPVA. Com base nos dados acima, e de acordo com as normas previstas no IPVA brasiliense, o procedimento adotado pelo Agente Fiscal foi a) parcialmente correto: deveria ter lavrado AIIM para exigência do imposto e penalidade pecuniária, não notificação, uma vez que, segundo a lei, a falta de pagamento do IPVA está sujeita a multa punitiva; Júlia é contribuinte do IPVA, pois era proprietária do veículo no momento da ocorrência dos fatos geradores, devendo ser exigido dela o imposto devido; apenas Júlia, a adquirente, tinha a obrigação de comunicar a alienação do veículo; ao não fazê-lo, ensejou a aplicação da penalidade, que só poderia ser feita por meio de AIIM; portanto, Rafaela não deveria ter sido apenada com multa pela falta de comunicação. b) correto: utilizou o instrumento previsto na legislação para realizar o lançamento de ofício para exigência do imposto; Rafaela é responsável solidária pelo pagamento do IPVA, por ter alienado o veículo e não ter comunicado o fato às autoridades competentes; Rafaela e Júlia tinham a obrigação de comunicar a alienaçãodo veículo, mas não o fizeram, o que ensejou a aplicação das penalidades a ambas, que só poderia ser feita por meio de AIIM. c) incorreto: por ser imposto sujeito a lançamento de ofício, a falta de seu pagamento gera a inscrição do débito fiscal na dívida ativa, não havendo necessidade de lançamento por meio de notificação; nos termos da legislação, a necessidade de comunicação da alienação do veículo é mera obrigação acessória e seu descumprimento não é apenável com multa, mas com bloqueio no Cadastro de Contribuintes do IPVA, impedindo nova venda. d) parcialmente correto: utilizou o instrumento previsto na legislação para realizar o lançamento de ofício para exigência do imposto; Rafaela é contribuinte do IPVA, sendo responsável pelo seu pagamento; porém, apenas Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 41 Júlia, a adquirente, tinha a obrigação de comunicar a alienação do veículo; ao não fazê-lo, ensejou a aplicação da penalidade, que só poderia ser feita por meio de AIIM; portanto, não deveria ter sido lavrado AIIM contra Rafaela. e) parcialmente correto: deveria ter lavrado AIIM para exigência do imposto e penalidade pecuniária, não notificação, uma vez que, segundo a lei, a falta de pagamento do IPVA está sujeita a multa punitiva; Rafaela é responsável solidária pelo pagamento do IPVA, por ter alienado o veículo e não ter comunicado o fato às autoridades competentes; Rafaela e Júlia tinham a obrigação de comunicar a alienação do veículo, mas não o fizeram, o que ensejou a aplicação das penalidades, que só poderia ser feita por meio de AIIM. O procedimento aplicado foi correto. Quem compra o veículo tem o dever de registrá-lo em seu nome. Quem vende tem a obrigação de comunicar a venda. Por disposição expressa do regulamento brasiliense, comprador e vendedor são solidários pelos débitos do IPVA. Flagrada a situação, o AFRE deverá exigir o imposto, os acréscimos legais e eventual multa material por descumprimento da legislação. Gaba: B 6 – FCC 2009 Sefaz SP - O regulamento brasiliense estabelece uma data para o fato gerador do IPVA incidente sobre veículo novo. Com base nesse dispositivo, considerando que exista um prazo de 30 dias a partir do fato gerador para o recolhimento do imposto, a situação na qual o imposto foi recolhido fora do prazo é a) Elizabeth, debutante de seu primeiro carro zero km, resolveu, ela própria, fazer o licenciamento do veículo que adquiriu no dia 12 de junho de 2009. A NF de aquisição do veículo que apresentou ao Ciretran foi emitida pela concessionária no dia 18 de junho de 2009, mesma data em que foi emitido o documento de propriedade. No dia 17 de julho de 2009, Elizabeth pagou o IPVA. b) Caio, no dia 10 de janeiro de 2009, adquiriu um chassi com motor novo e o enviou a um fabricante de carrocerias para a colocação de baú em alumínio. No dia 12 de janeiro de 2009 foi emitido o documento de propriedade. No dia 20 de janeiro de 2009, o fabricante emitiu a NF de venda do baú. Data de pagamento do IPVA: 11 de fevereiro de 2009. Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 42 c) Rodrigo, amante de automóveis exóticos, com base em um protótipo original de sua criação, encomendou a fabricação de um veículo especial, fora de série. O fabricante emitiu a NF do veículo no dia 5 de fevereiro de 2009 e o documento de propriedade saiu em 12 de fevereiro. No dia 20 do mesmo mês, o veículo começou a rodar, sendo que o IPVA foi pago no dia 10 de março de 2009. d) Nilson importou uma limusine diplomata luxo do exterior, no dia 17 de março de 2009, para utilizá-la no casamento de sua filha. O desembaraço do automóvel ocorreu no dia 5 de maio de 2009, com consequente faturamento. O veículo lhe foi entregue pela empresa concessionária de porto alfandegado no dia 12 de maio de 2009. Nilson pagou o IPVA no dia 10 de junho de 2009. e) No dia 15 de janeiro de 2009, a empresa Delikatessen encomendou a compra de um automóvel de luxo para uso de seu diretor executivo de planejamento tributário. A concessionária faturou o veículo no dia 19 de janeiro de 2009, mesma data em que foi emitido o documento de propriedade, e o entregou à adquirente, no dia 22 de janeiro de 2009, data em que o veículo foi incorporado ao ativo permanente da empresa. O IPVA foi recolhido em 18 de fevereiro de 2009. Para veículos novos, a data de ocorrência do fato gerador é a data da emissão do documento de propriedade. Entre os casos apresentados, o único que extrapola 30 dias da emissão da nota fiscal é o apresentado na letra D, no qual a data do FG é a data do desembaraço. Atenção, pois na Letra E, embora se fale em incorporação ao ativo, não estamos na hipótese em que o FG seja definido com base nessa data, dado que a adquirente não era fabricante, nem importadora, nem concessionária. Gaba: D 7 – FCC 2009 Sefaz SP - O valor da base de cálculo do IPVA é o valor venal do veículo. Tratando-se de veículo novo, esse valor, em regra, é obtido do documento fiscal de aquisição, e, se usado, por meio de tabela divulgada pela Sefaz, que considera, em sua elaboração, a marca, o modelo, a espécie e o ano de fabricação. Considere as situações a seguir: Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 Professor Marcelo Seco www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 43 I. Uma motocicleta de 1200 cilindradas, com motor movido a gasolina, importada do exterior, sendo sua base de cálculo, para fins de IPVA, equivalente a R$ 200.000,00, desembaraçada em 10 de abril de 2009. II. Um automóvel novo, com motor movido exclusivamente a álcool, adquirido em 09 de junho de 2009 pelo valor de R$ 20.000,00. III. Uma camioneta nova, de cabine simples, com motor movido a álcool/gasolina, adquirida em 10 de fevereiro de 2009 pelo valor de R$ 60.000,00. IV. Um automóvel usado, com motor movido a gasolina/GNV, fabricado e já adaptado para GNV em 2006, com valor venal de R$ 10.000,00, para o exercício de 2009, conforme tabela de IPVA divulgada pela SEFAZ. V. Um caminhão novo, com motor movido a gasolina, adquirido em 10 de maio de 2009 pelo valor de R$ 120.000,00. O valor do IPVA incidente sobre os veículos indicados nos itens I, II, III, IV e V, no exercício de 2009, será, respectivamente, em R$, a) 4.500,00; 350,00; 1.100,00; 400,00 e 800,00 b) 4.000,00; 600,00; 1.200,00; 300,00 e 1.500,00 c) 3.000,00; 350,00; 1.650,00; 300,00 e 800,00 d) 6.000,00; 600,00; 1.200,00; 400,00 e 1.500,00 e) 3.000,00; 600,00; 1.650,00; 150,00 e 3.000,00 Vamos calcular o imposto em cada uma das situações: I – 200 000 x 2% x 9/12 = 3000 II – 20 000 x 3% x 7/12 = 350 III – 60 000 x 3% x 11/12 = 1650 IV – 10 000 x 3% x 12/12 = 300 V – 120 000 x 1% x 8/12 = 800 Atentem para o fato de que, no regulamento brasiliense, não há distinção de alíquota em função do combustível. Além disso, se nada for falado em relação à fração, vamos considerar o mês da aquisição como mês cheio para fins de cálculo do imposto devido. Isso também vale para restituição do imposto nos casos em que é cabível. Considera-se mês a fração igual ou superior a quinze dias. O imposto terá base de cálculo proporcional aos meses e fração de mês que faltem para o fim do exercício a que se refira o tributo.
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