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ICMS DF legtributaria AUD marcelo Aula 05

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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 05 
Professor Marcelo Seco 
 
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Vamos lá, turma! 
Dia de IPVA! Aula bem sossegada, para recuperar o fôlego. Esse é o imposto 
mais simples da legislação tributária brasiliense. Não tem as agruras do ICMS 
e do ISS, e nem o pesadelo das normas de direito civil que permeiam o 
ITCMD. O ITBI também vai ser sossegado. 
Você não pode deixar de garantir os pontinhos referentes às questões de IPVA 
na prova. Foco na aula, nos exercícios e nas regras do imposto. Simples não 
significa fácil. Vamos lá, não quero ver ninguém lamentando que errou a 
alíquota numa questão de IPVA!!! 
 
Nosso objetivo será garantir a maioria dos pontos em legislação na prova 
objetiva, e para isso é que trabalharei com vocês. Temos que trabalhar 
durante as aulas com uma meta de 90% de acertos nas questões para que, na 
prova, obtenhamos entre 75% e 80%. 
 
 
É isso aí, pessoal! A essa altura já estamos cansados. Mas temos ainda uma 
longa caminhada. Hora de resgatar a força que repousa escondida em vocês, à 
espera do momento de manifestar-se. Vamos que vamos!!! 
 
 
Não adianta dizer: “Estamos fazendo o melhor que 
podemos”. Temos que conseguir o que é preciso, seja lá 
o que for! 
Winston Churchill 
 
Aula 05 – IPVA 
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Estamos na aula 05 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam 
prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de Legislação do DF. 
 
 
 
 
Aula Conteúdo 
00 
Perfil Constitucional dos Tributos Distritais (CF 1988). 
Leis Complementares de Interesse para os Tributos Distritais. 
Lei Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do 
Orçamento do Distrito Federal). 
01 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Hipóteses de 
incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da 
operação e da prestação. 
02 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Isenção, não 
incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, 
crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 
03 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Substituição 
tributária, suspensão, transferência de saldo credor, 
compensação, restituição. 
04 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Inscrição, 
documentos fiscais, livros fiscais, guias informativas, equipamento 
emissor de cupom fiscal, equipamento de processamento 
eletrônico de dados, regimes especiais e demais obrigações do 
contribuinte e de terceiros. 
05 
IPVA - Lei nº. 7.431/85 e Decreto nº. 34.024/12: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes. 
06 
ITCD - Lei nº. 10/88 e Decreto nº. 16.116/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes e de terceiros. 
07 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência 
do fato gerador, local da operação e da prestação. 
08 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Isenção, não incidência, contribuinte, 
responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e 
pagamento do imposto. 
09 
IPTU - Decreto nº. 28.445/2007: Fato gerador; hipóteses de 
incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; 
inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 
10 
ITBI - Lei nº. 3.830/2006 e Decreto nº. 27.576/2006: Fato 
gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; 
contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; 
obrigações dos contribuintes 
Nossas Aulas 
 
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11 
Simples Nacional LC 123/2006: I – Disposições Preliminares; II - 
Da Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte; III 
- Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI – 
Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e 
Transitórias). 
12 
Taxa de Limpeza Pública - TLP Lei nº. 6.945/81. 
Contribuição de Iluminação Pública 
13 Processo Administrativo Fiscal - Decreto Nº 33.269/2011. 
14 
Código de ética dos servidores da carreira auditoria tributária - Lei 
Distrital nº 845/1994 
15 
Código Tributário do Distrito Federal (LC DF nº. 4/94). 
Parcelamento de créditos de natureza tributária e não tributária 
(LC DF nº. 432/2001). Atualização monetária dos créditos de 
natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 833/2011). 
Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a LC 
DF nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 
16 
LC 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF). Ajuste 
SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). Decreto nº. 
26.529/ 2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal 
Eletrônico). Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº. 29.396/2008 e 
Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). Lei nº. 
9.784/99, aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 
2.834/2001. 
17 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. 
 
 
 
 
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Apresentação 1 
1 – Fato Gerador 5 
2 - Não Incidência 10 
3 – Isenção 14 
4 – Contribuinte 21 
5 – Responsáveis 22 
6 – Cadastro 24 
7 - Base de cálculo 25 
8 – Alíquota 28 
9 – Lançamento e pagamento 30 
10 – Fiscalização e Penalidades 33 
 
Exercícios Resolvidos 35 
Lista das Questões Apresentadas 56 
Gabarito 70 
 
Índice 
 
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1 – Fato Gerador 
 
Vamos iniciar o estudo do Imposto sobre a Propriedade de Veículos 
Automotores (IPVA) pela definição do fato gerador (FG). Como sempre, 
acompanharemos a legislação brasiliense. 
 
Nossas fontes serão a Lei Federal 7431/85, que institui o IPVA no DF e o 
Decreto Distrital 34024/12, regulamenta a cobrança. Faremos um resumo do 
regulamento, apontando os principais itens. 
 
O IPVA é o tributo incidente sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse 
legítima de veículo automotor, que se caracteriza por prestação pecuniária 
independente de atividade estatal específica que não constitui contraprestação 
de serviços públicos específicos e divisíveis relativos ao contribuinte. 
 
O legislador incluiu essa definição apenas para deixar claro que o IPVA é um 
imposto, e não uma taxa. 
 
1.1 - Aspectos Material e Espacial 
 
O fato gerador do IPVA é a propriedade, o domínio útil ou a posse legítima 
de veículo automotor, registrado e licenciado, inscrito ou matriculado no 
Distrito Federal, perante as autoridades de trânsito nas vias terrestres, 
aquáticas ou aéreas. 
 
 
FG do IPVA 
Propriedade, domínio útil ou posse legítima de veículo 
automotor. 
Ocorre no DF.Veículo automotor no DF 
 
No DF considera-se veículo automotor toda estrutura destinada a transporte ou 
locomoção de pessoas, mercadorias ou bens, por via terrestre, aquática 
ou aérea, em virtude de autopropulsão por meio de motor. 
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Abrange qualquer estrutura dotada de autopropulsão, como os veículos 
terrestres, as embarcações e as aeronaves. 
 
 
Veículo Automotor 
� estrutura com autopropulsão por meio de motor 
� transporte de pessoas, mercadorias ou bens 
� via terrestre, aquática ou aérea 
 
É irrelevante que o motor seja acoplável ou concebido originariamente na 
construção do veículo automotor. 
 
Essa hipótese de motor acoplável ocorre, por exemplo, em pequenas lanchas 
cujos motores podem ser retirados. 
 
A definição de veículo automotor no DF é bastante ampla, deixando claro que 
serão tributadas aeronaves e as embarcações. 
 
1.2 - Aspecto temporal – Momento de Ocorrência do FG 
 
O FG do IPVA ocorre nos momentos descritos abaixo. 
 
1.2.1 - Veículo importado 
 
Importado por consumidor final, diretamente ou por meio de terceiros 
� FG na data do desembaraço 
 
Se você, consumidor final, importar um veículo, o FG do IPVA ocorrerá na data 
do desembaraço. 
 
Não está expressa no regulamento a data do FG do IPVA para veículos 
importados por fabricante, revendedor ou importador. Nesses casos, 
normalmente, o FG ocorre no momento da venda. No DF, seria no momento da 
emissão do documento de propriedade. 
 
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1.2.2 - Veículo usado 
 
Licenciado no DF 
� no 1º dia de janeiro de cada ano; 
 
Para veículos que em 01/01 já estiverem licenciados no DF, ocorrerá FG nessa 
data. 
 
Licenciado em outra UF 
� na data de seu licenciamento no DF; 
 
Se o veículo vier de outra UF, o FG ocorrerá na data de seu licenciamento no 
DF. 
 
Contemplado com imunidade, não incidência ou isenção 
� na data em que ocorrer o evento que obrigar ao pagamento do imposto; 
 
Veículo beneficiado com isenção em função de sua utilização passa a ser usado 
em outra atividade, perdendo o direito ao benefício. O FG do IPVA ocorre na 
data em que se alterar o uso. 
 
Roubado, furtado ou sinistrado 
� na data de sua recuperação ou de seu reparo; 
 
Veículo roubado, que estava beneficiado com a não incidência, é recuperado. 
Nessa data, ocorre o FG do IPVA. 
 
Veículo que estava beneficiado com isenção ou não incidência 
� na data do arremate em leilão 
 
Se um veículo que estava isento ou sob não incidência e, por algum motivo vai 
a leilão, ocorre FG de IPVA no arremate. O benefício deverá ser objeto de novo 
pedido, se for o caso. 
 
O texto traz apenas os termos isento e sob não incidência. Contudo, em uma 
questão prática, caso tenhamos um veículo anteriormente beneficiado com 
imunidade e que venha a ser leiloado, o FG do IPVA também ocorrerá na data 
do arremate. 
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Veículo incorporado ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou do 
importador. 
� na data da incorporação de veículo automotor 
 
Fabricante passa veículo para seu imobilizado, para ser utilizado por 
funcionários. Ocorre FG nessa data. 
 
1.2.3 - Veículo nacional novo 
 
Para veículos nacionais novos, o FG ocorre: 
� na data da emissão do documento da propriedade ou da posse para 
consumidor final ou quando da incorporação ao ativo por empresa 
fabricante ou revendedora de veículo; 
� na data de sua recuperação, em relação a veículo roubado ou furtado; 
� na data do arremate em leilão de veículo automotor; 
 
1.3 - O que é veículo novo no DF? 
 
Fabricação nacional 
 
Aquele, sem uso, que for objeto da primeira transmissão de propriedade ou 
posse para consumidor final ou para o ativo permanente de empresa fabricante 
ou revendedora de veículo; 
 
Fabricação estrangeira 
 
É considerado novo no exercício em que ocorrer seu desembaraço aduaneiro, 
qualquer que seja o ano de sua fabricação. 
 
1.4 - Jurisprudência 
 
Tenho que fazer aqui alguns comentários, que você deve assimilar, mas usar 
com cautela, apenas se a banca citar essas decisões ou se a questão não tiver 
outra resposta. 
 
Não temos para o IPVA uma LC que regulamente em detalhes todos os 
aspectos do tributo, e isso faz com que os Estados fiquem livres para legislar. 
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Por isso, é necessário entender alguma coisa sobre a jurisprudência no que diz 
respeito a esse imposto. 
 
O STF, em decisão plenária no julgamento do RE 379572, decidiu que 
embarcações e aeronaves não devem pagar o IPVA. Pautou-se para isso na 
definição de veículo automotor existente no código brasileiro de trânsito, a 
única, na visão do STF, a dar definição de caráter federal para o termo. 
 
A definição de veículo automotor do CTB é a seguinte: 
 
“...todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e 
que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para 
tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O 
termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não 
circulam sobre trilhos. ” 
 
Ao utilizar o vocábulo “viário” essa definição estaria excluindo embarcações e 
aeronaves de sua abrangência. Concluímos ainda, por essa definição, que não 
se pode cobrar IPVA sobre trens e bondes, mas pode-se cobrar IPVA sobre 
ônibus movidos a energia elétrica. 
 
O DF, por meio de decreto (muito questionável, portanto) estabeleceu sua 
própria definição de veículo automotor, incluindo na incidência do IPVA as 
aeronaves e embarcações. 
 
Essa hipótese de incidência está bastante clara nos dispositivos do 
regulamento do DF. Contudo, na lei que institui o imposto, ela não está 
presente. No caso de uma questão que explore unicamente a literalidade dos 
textos legais, vocês deverão ficar muito atentos para saber qual a resposta que 
o examinador deseja. 
 
O fato é que o DF cobra IPVA sobre embarcações e aeronaves. 
 
Aproveito o momento para sugerir uma rápida leitura da lei, dado que existem 
diferenças significativas entre ela e o decreto. 
 
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Momento do FG do IPVA no DF 
 
Situação do Veículo Ocorrência do FG 
Importado por consumidor final data do desembaraço 
Usado licenciado no DF 1° de janeiro 
Usado licenciado em outra UF data do licenciamento no DF 
Imune, Isento ou com não incidência data do evento que obrigar ao pagamento 
(perda do benefício) 
Roubado, furtado, sinistrado data da recuperação ou reparo 
Isento ou com não incidência data do arremate em leilão 
Incorporado ao ativo permanente do 
fabricante, revendedor ou importador 
data da incorporação 
Nacional novo incorporado ao ativo data da incorporação 
Nacional novo furtadoou roubado data da recuperação 
Nacional novo leiloado data do arremate 
Nacional novo adquirido por consumidor data de emissão do documento de 
propriedade 
 
2 - Não Incidência 
 
Já conversamos em outras aulas a respeito de imunidade e não incidência, não 
é mesmo? 
 
A imunidade é uma forma qualificada de não incidência, por estar estabelecida 
na CF ou na CE. Vamos apenas lembrar de que, embora possuam o mesmo 
efeito prático, na prova pode ser necessário diferenciar casos de não incidência 
de casos de imunidade. O regulamento brasiliense do IPVA trata todos os 
casos como não incidência. 
 
2.1 - O imposto não incide sobre: 
 
Temos dois casos de não incidência: veículos de propriedade das entidades 
imunes descritas na CF e veículos objeto de furto, roubo ou sinistro. 
 
Vamos ver: 
 
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2.1.1 - Propriedade de veículo automotor integrante do patrimônio: 
 
� da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
� dos templos, se vinculado às suas finalidades essenciais; 
� dos partidos políticos e de suas fundações, entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem 
fins lucrativos, se vinculado às suas finalidades essenciais e desde que: 
� não distribuam parcela do seu patrimônio ou de suas rendas; 
� apliquem integralmente no País os seus recursos, na 
manutenção dos seus objetivos institucionais; 
� mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livro 
revestido de formalidades capazes de assegurar a sua exatidão; 
� das Autarquias e das Fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público, se vinculado às suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
 
Caso os veículos adquiridos pelas Autarquias e Fundações não estejam 
vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes, o fato deve 
ser comunicado em 30 dias da aquisição. A falta de comunicação implicará a 
cobrança do imposto e acréscimos legais. 
 
Jurisprudência 
 
A imunidade não se aplica aos casos relacionados com a exploração de 
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos 
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas 
pelo usuário. 
 
Contudo, o STF afastou ampliou a imunidade também para os veículos dos 
Correios. Embora a ECT preste serviço com características de atividade 
econômica, alegou o STF que tal serviço possui natureza específica, de atender 
a necessidades públicas essenciais, além do que, a ECT possui monopólio 
sobre entregas de determinadas correspondências. 
 
Vejam que, no caso de agências franqueadas, o IPVA poderá ser cobrado 
normalmente. 
 
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2.1.2 - Propriedade de veículo roubado, furtado ou sinistrado, desde que o fato 
seja objeto de ocorrência policial. 
 
Considera-se veículo sinistrado, aquele retirado de circulação em razão de 
laudo de perda total. A não incidência condiciona-se à baixa de registro ou 
inscrição no órgão de trânsito. 
 
A não incidência para veículos roubados, furtados ou sinistrados, vigente até 
31/12/2015, opera-se no exercício imediatamente posterior ao fato e será 
reconhecida mediante requerimento do contribuinte, apresentado a qualquer 
tempo, acompanhado de cópia da ocorrência policial. 
 
Percebam que esta hipótese de não incidência, bem como os casos de isenção, 
que veremos adiante, possuem prazo de validade: 31/12/2015. 
 
Nos casos de roubo e furto, a não incidência prevalece até o momento em que 
o veículo for recuperado. 
 
Serão remitidas, até 31 de dezembro de 2015, as parcelas vincendas do IPVA 
referente ao exercício em que ocorrer o evento determinante da não 
incidência, não cabendo restituição de importâncias já pagas. 
 
Então temos o seguinte: no caso de furto, roubo ou sinistro, serão perdoadas 
(remitidas) as parcelas vincendas. Caso o IPVA já tenha sido pago, não será 
devolvido. A não incidência começa a valer para o exercício seguinte. 
 
A remissão será concedida com fundamento nas informações constantes do 
cadastro de veículos do órgão público competente para registro e 
licenciamento, inscrição ou matrícula do veículo, e só se aperfeiçoará ao final 
do exercício da concessão do benefício. Nesse caso, critério da autoridade 
fiscal, a não incidência poderá ser concedida de ofício. 
 
Recuperado o veículo, o contribuinte comunicará o fato em 30 dias da data do 
recebimento do veículo recuperado. Nesse caso, a base de cálculo será 
reduzida em 1/12 avos por mês transcorrido, a partir do segundo mês do 
exercício. 
 
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A não comunicação da recuperação do veículo implica presunção relativa de 
que a recuperação ocorreu no mesmo dia do furto ou roubo do veículo. 
 
2.2 - Reconhecimento da não incidência 
 
A não incidência depende de reconhecimento pela Sefaz, que será feito das 
seguintes formas: 
 
Veículos de entes federativos 
 
O reconhecimento se dará com base no cadastro do Detran, bastando a 
confirmação de que a propriedade é do ente federativo. 
 
Veículos de autarquias e fundações 
 
O reconhecimento se dará com base no cadastro do Detran, bastando a 
confirmação de que a propriedade é do ente federativo, desde que o veículo 
seja utilizado nas finalidades essenciais. 
 
Nos demais casos 
 
Mediante requerimento do interessado, por ato da Secretaria de Estado de 
Fazenda. 
 
Perda do benefício 
 
Declarada a não incidência, ficam os beneficiários obrigados a comunicar 
qualquer alteração que implique a cessação do benefício, no prazo de 30 
dias da data em que ocorrer a alteração. 
 
Constatada a ausência de comunicação, será cobrado do contribuinte que 
tenha perdido a condição de beneficiário o imposto, com os acréscimos legais, 
sem prejuízo das sanções penais cabíveis, quando for o caso. 
 
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Não Incidência do IPVA no DF 
Hipótese Condição 
entes federados todos 
autarquias e fundações públicas usados nas finalidades essenciais 
templos usados nas finalidades essenciais 
partidos, sindicatos e entidades 
assistenciais 
usados nas finalidades essenciais + 
atendimento às 3 regras. 
roubado, furtado ou sinistrado boletim de ocorrência e, no caso de 
sinistro, baixa do registro 
 
3 - Isenção 
 
Vamos estudar com carinho cada um dos casos de isenção, pois são objetos de 
desejo do examinador. 
 
São isentos do IPVA até 31/12/2015: 
 
3.1 – Trator 
 
O trator de roda, o trator de esteira ou o trator misto destinado à execução de 
trabalho agrícola ou de terraplanagem, desde que transitem apenas na 
propriedade ou nas áreas em que são utilizados; 
 
Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a 
critério da Subsecretaria. 
 
Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto 
prevalecerem as razões que a fundamentaram. 
 
3.2 – Missão Diplomática e Órgãos InternacionaisOs veículos pertencentes a: 
� missões diplomáticas e membros do corpo diplomático acreditados 
junto ao Governo Brasileiro 
� funcionários estrangeiros das missões 
� organismos internacionais com representação no Distrito Federal 
� funcionários estrangeiros dos organismos 
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Regras para essa isenção: 
 
� é condicionada à reciprocidade no país sede da missão ou organismo 
� será declarada pela Sefaz, mediante requerimento das partes 
interessadas, à vista de documentos fornecidos pelo Ministério das 
Relações Exteriores (MRE) 
� MRE comunicará qualquer alteração que implique a cessação do benefício 
� se beneficiário ou MRE deixaram de comunicar alteração da situação, 
será cobrado o imposto atualizado, sem prejuízo das sanções penais 
cabíveis, quando for o caso. 
� a reciprocidade, a critério da Sefaz, poderá ser atestadas diretamente 
junto ao DETRAN-DF, no momento do registro do veículo, ficando o 
dispensado o ato declaratório de reconhecimento do benefício. 
 
Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a 
critério da Subsecretaria. 
 
Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto 
prevalecerem as razões que a fundamentaram. 
 
3.3 – Táxi 
 
Os veículos destinados ao transporte público de pessoas comprovadamente 
registrados na categoria de aluguel (táxis), quando pertencentes a 
profissionais autônomos ou cooperativas de motoristas; 
 
A comprovação do registro de táxi, quando pertencente a profissional 
autônomo taxista, poderá ocorrer, em até: 
� 30 dias do documento, no caso de veículo novo; 
� 15 dias, do documento, no caso de veículo usado, já registrado como 
táxi; 
 
Comprovado o registro, a isenção estende-se para o exercício seguinte, desde 
que a aquisição ou transferência do veículo ocorra até: 
� o último mês do exercício, no caso de veículo novo; 
� a última quinzena do exercício, no caso de veículo usado. 
 
 
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A isenção para táxi: 
� aplica-se: 
� ao táxi integrante de espólio do taxista, a partir da data da abertura 
da sucessão até a data de efetivação da partilha; 
� ao táxi que, em razão de partilha, seja propriedade de cônjuge 
sobrevivente do taxista que teria direito à isenção, a partir da data da 
efetivação da partilha até a data da baixa do registro do veículo da 
categoria aluguel (táxi); 
� limita-se a um veículo por contribuinte, exceto quando se tratar de 
cooperativas de motoristas; 
� somente poderá ser concedido a profissional autônomo que seja 
proprietário de apenas um táxi. 
 
Sefaz poderá dispor sobre procedimento unificado para fins da concessão de 
isenção do IPVA e do ICMS, para taxistas. 
 
Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a 
critério da Subsecretaria. 
 
3.4 – Portadores de deficiência 
 
O veículo de propriedade de pessoa portadora de deficiência física, visual, 
mental severa ou profunda, ou autista, observado o seguinte: 
� a deficiência deverá estar entre as reconhecidas pelo Fisco; 
� o veículo automotor deverá ser adquirido diretamente pelo portador da 
deficiência física e, no caso do interdito, pelo curador; 
� o curador responde solidariamente quanto ao imposto que deixar de 
ser pago em razão da isenção; 
� admitir-se-ão como adaptação especial, o câmbio automático ou 
hidramático e a direção hidráulica. 
 
O requerimento de isenção será instruído com laudo médico, emitido por 
prestador de serviço público de saúde, por serviço privado de saúde que 
integre o SUS ou pelo DETRAN-DF. 
 
A isenção limita-se a um veículo por contribuinte. 
 
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Sefaz poderá dispor sobre procedimento unificado para fins da concessão de 
isenção do IPVA e do ICMS, para portadores de deficiência. 
 
Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a 
critério da Subsecretaria. 
 
Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto 
prevalecerem as razões que a fundamentaram. 
 
3.5 – Transporte Público 
 
Exclusivamente no primeiro exercício da aquisição, os ônibus e microônibus 
novos destinados ao transporte público coletivo urbano, assim entendido 
aquele prestado mediante concessão ou permissão e fiscalização do Poder 
Público. 
 
3.6 – Administração indireta do DF 
 
As entidades da administração indireta, autárquica e fundacional do DF. 
 
Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a 
critério da Subsecretaria. 
 
Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto 
prevalecerem as razões que a fundamentaram. 
 
3.7 – Mais de 15 anos 
 
Os veículos com tempo de uso superior a 15 anos. 
 
3.8 – Programa Social 
 
As pessoas jurídicas que cederem gratuitamente veículos de sua propriedade 
ao Programa de Assistência ao Cidadão Carente do Distrito Federal, no 
percentual de 50%, relativamente aos veículos cedidos; 
 
Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto 
prevalecerem as razões que a fundamentaram. 
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3.9 - Motofrete 
 
Os ciclomotores, as motocicletas e motonetas destinadas à prestação do 
serviço de coleta, transporte e entrega de pequenas cargas e documentos, 
denominado motofrete. 
 
Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a 
critério da Subsecretaria. 
 
Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto 
prevalecerem as razões que a fundamentaram. 
 
3.10 – Transporte escolar 
 
Os ônibus, microônibus e outros veículos destinados ao transporte coletivo 
escolar, regularmente registrados junto ao DETRAN/DF na categoria escolar; 
 
A regularidade junto ao DETRAN comprova-se pela autorização de tráfego 
válida durante todo o exercício da concessão do benefício, inclusive no 
momento da ocorrência do fato gerador. 
 
A primeira autorização de tráfego poderá ocorrer em até 30 dias, da emissão 
do documento de propriedade. 
 
Isenção poderá ser reconhecida independentemente de requerimento, a 
critério da Subsecretaria. 
 
Uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores, enquanto 
prevalecerem as razões que a fundamentaram. 
 
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3.11 – Primeiro ano 
 
Os veículos novos, no ano de sua aquisição, condicionados ao atendimento 
das seguintes condições: 
� veículo adquirido no Distrito Federal, por consumidor final que esteja em 
situação regular perante a Fazenda; 
� beneficiário não pode estar inscrito na dívida ativa do Distrito Federal; 
� beneficiário, quando PJ, terá que comprovar sua regularidade junto à 
Seguridade Social, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e à 
Fazenda, bem como não utilizarem seu processo produtivo mão de obra 
baseada no trabalho de crianças e de adolescentes. 
 
Os taxistas e os portadores de deficiência física, já contemplados com 
isenções, poderão obter o benefício para veículo novo no ano da aquisição, 
caso em que cessarão os efeitos da isenção sobre o veículo usado. 
 
O mesmo aplica-se quando o veículo usado, já contemplado com isenção, tiver 
sido furtado ou roubado. 
 
Para esta isenção, além da aquisição da propriedade, vale a posse detida, 
em decorrência de arrendamento mercantil de veículo automotor novo, no ano 
de seu arrendamento, por consumidor final. 
 
A isenção não será concedida a empresário ou sociedade empresária que 
utilize em seu processo produtivo mão de obra baseada no trabalho de 
crianças e de adolescentes. 
 
Perde o direito o contribuinte que transferir o veículo para outra unidade da 
federação no ano de sua aquisição, situação em que o imposto deverá ser 
recolhido monetariamente atualizado. 
 
Considera-se em situação regular perante a Fazenda o beneficiário que: 
� não esteja inscrito no cadastro de dívida ativa do Distrito Federal; 
� tratando-se de PJ, não esteja com a inscrição no cadastro fiscal do 
Distrito Federal suspensa ou cancelada. 
 
A comprovação da aquisição do veículo novo é efetuada por meio da nota 
fiscal. 
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3.12 – Tratado Ucrânia 
 
Os veículos cujas isenções decorrerem do tratado internacional entre Brasil e 
Ucrânia para lançamento de veículo espacial na base de lançamento de 
Alcântara. 
 
Essa isenção é a única que não está limitada a 2015. 
 
3.13 – Disposições gerais 
 
Concedida a isenção, ficam os beneficiários obrigados a comunicar qualquer 
alteração que implique a cessação do benefício, em 30 dias da data em que 
ocorrer a alteração. 
 
Serão considerados, além da propriedade, o domínio útil ou a posse 
detidos em decorrência de alienação fiduciária ou de arrendamento mercantil. 
 
Sempre que falarmos em data do documento de propriedade, entenda-se: data 
documento translativo da propriedade ou data da posse legítima do veículo. 
 
O requerimento de reconhecimento poderá ser apresentado a qualquer tempo, 
enquanto não expirados os prazos decadencial ou prescricional. 
 
A isenção, quando não concedida em caráter geral, será reconhecida, em cada 
caso, em requerimento no qual o interessado faça prova do preenchimento das 
condições e do cumprimento dos requisitos. 
 
Os atos de deferimento, indeferimento ou reconhecimento de isenção serão 
públicos. 
 
A Sefaz disciplinará a forma de requerimento e os demais procedimentos para 
a concessão das isenções. 
 
 
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Isenção do IPVA no DF 
Hipótese Depende de 
Reconhecimento? 
Pode ser 
dispensado o 
reconhecimento? 
Vale para 
exercícios 
posteriores? 
Tratores Sim Sim Sim 
Missão Diplomática Sim Sim Sim 
Órgão Internacionais Sim Sim Sim 
Táxi Sim Sim Não 
Portadores de 
Deficiência 
Sim Sim Sim 
Transporte Público Sim Não Não 
Adm indireta do DF Sim Sim Sim 
Mais de 15 anos Sim Não Não 
Programa Social Sim Não Sim 
Motofrete Sim Sim Sim 
Transporte escolar Sim Sim Sim 
Primeiro Ano Sim Não Não 
Tratado Ucrânia Sim Não Não 
 
4 - Contribuinte 
 
Contribuinte do IPVA é a PF ou PJ residente ou domiciliada no DF: 
� proprietária, a qualquer título, de veículo automotor sujeito a 
licenciamento pelos órgãos competentes; 
� titular do domínio útil do veículo automotor, nos casos de locação e 
arrendamento mercantil; 
� detentora da posse legítima do veículo automotor, inclusive quando 
decorrente de alienação fiduciária em garantia ou gravado com reserva 
de domínio. 
 
 
Contribuintes do IPVA 
PF ou PJ residente ou domiciliada no DF: 
Proprietária 
Titular do domínio útil (locação e leasing) 
Detentora da posse legítima (alienação fiduciária) 
 
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Os débitos não cobertos pelo valor apurado com a venda de sucata ou de 
veículo, quando leiloados por órgão ou entidade do Sistema Nacional de 
Trânsito, serão vinculados somente ao proprietário do veículo, ficando 
afastada a responsabilidade do arrematante quanto às dívidas anteriores 
à arrematação. 
 
Em caso de leilão do veículo, o arrematante nada deve. O eventual débito 
remanescente ficará sob responsabilidade do proprietário. 
 
Na pena de perdimento de veículo em favor de ente público, os débitos 
de IPVA referentes ao veículo, até a data da referida decisão, são de 
responsabilidade de seu proprietário à época da prática da infração punida 
com o perdimento. 
 
Também no caso de pena de perdimento, os débitos remanescentes são de 
responsabilidade do proprietário. Nesse caso, cabem ao proprietário que 
estava com o veículo na época da infração. 
 
4.1 - Jurisprudência 
 
Decisão do STJ, que somente deverá ser aplicada em prova se 
expressamente solicitada: 
 
É ilegítima a cobrança de imposto sobre a propriedade de veículo automotor 
(IPVA) que já se alienara, independentemente da ausência de comunicação 
da transferência ao órgão de trânsito. 
 
5 - Responsáveis 
 
São solidariamente responsáveis pelo pagamento do IPVA: 
 
� o adquirente, em relação ao veículo adquirido sem o pagamento do 
imposto; 
� o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título; 
� o proprietário de veículo que o alienar e não comunicar ao órgão 
encarregado do registro e licenciamento, inscrição ou matrícula; 
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� o funcionário que autorizar ou efetuar o registro e licenciamento sem a 
prova de pagamento ou do reconhecimento de isenção ou imunidade do 
imposto; 
� o adquirente de veículo usado, já registrado como táxi. 
 
A solidariedade não comporta benefício de ordem. 
 
O órgão público responsável pelo registro e licenciamento, inscrição ou 
matrícula de veículo automotor somente efetuará a sua transferência mediante 
liquidação de todos os débitos vencidos e vincendos no exercício em curso. 
 
Não haverá solidariedade na hipótese de haver certidão negativa de débitos 
tributários relativos ao veículo, na data da transferência. 
 
 
Responsáveis Solidários no IPVA do DF 
Responsável Situação 
adquirente 
veículo adquirido sem pagamento do 
IPVA 
titular do domínio ou possuidor IPVA devido pelo proprietário 
alienante 
IPVA devido enquanto não comunicar a 
alienação 
funcionário 
autorizar o registro ou licenciamento 
sem o pagamento do IPVA 
adquirente de táxi usado 
pelo IPVA devido pelo alienante caso não 
se cumpram as condições 
curador do interditado 
caso haja falta de pagamento do IPVA 
em razão da isenção para portadores de 
deficiência 
 
A certidão negativa será exigida em toda transferência de propriedade de 
veículo automotor. 
 
A certidão negativa será expedida na internet ou nas Agências de 
Atendimento. 
 
Nas agências, será feita diretamente ao proprietário do veículo, ao seurepresentante legal ou ao promitente comprador, desde que expressamente 
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autorizado pelo proprietário, sendo obrigatória, no momento da solicitação, a 
apresentação de documento de identificação do requerente e de documento de 
transferência exigido pelo órgão público competente. 
 
6 – Cadastro de Contribuintes 
 
Ressalvado o caso de aeronaves e embarcações, o cadastro de contribuintes 
poderá ser extraído da base de dados de veículos automotores registrados 
nos órgãos competentes, sem prejuízo de inscrição de ofício pela Sefaz. 
 
Os proprietários, quando notificados: 
� recadastrarão seus veículos; 
� prestarão informações ao fisco, mediante declaração, quanto a dados de 
seus veículos; 
 
As seguradoras ou as instituições financeiras informarão, mediante 
notificação, dados relativos aos contratos de seguro de embarcações ou de 
aeronaves que tenham por proprietário PF ou PJ domiciliada no Distrito 
Federal. 
 
Os clubes náuticos e os aeroclubes, mediante notificação, apresentarão os 
registros das embarcações e aeronaves de seus associados, nos quais se 
identifique o veículo automotor, o nome e o endereço do proprietário. 
 
Inscrever-se-ão, obrigatoriamente, aqueles definidos como contribuintes, 
não pertencentes à base de dados de veículos automotores, ainda que não 
sujeitos ao pagamento do imposto. 
 
A inscrição conterá: 
� ficha de cadastramento; 
� documento de identidade; 
� cartão de identificação do CPF ou CNPJ; 
� primeira via da nota fiscal ou primeira via da nota fiscal-fatura; 
� documento alfandegário; 
� outro documento translativo da propriedade ou do uso. 
 
Para cada veículo automotor exigir-se-á inscrição individualizada. 
 
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O contribuinte informará, em 60 dias, a ocorrência de qualquer alteração 
relativa ao veículo ou a seu proprietário. 
 
7 - Base de cálculo 
 
A base de cálculo do imposto é o valor venal do veículo automotor. 
 
Para obtenção do valor venal será observado: 
 
No caso de veículo novo de fabricação nacional: 
� o preço comercial tabelado pelos órgãos competentes ou, na sua falta, o 
preço à vista constante do documento fiscal emitido pelo revendedor, 
incluído o valor dos opcionais e acessórios; 
� incorporado ao ativo permanente do fabricante, revendedor ou 
importador, o valor do custo de aquisição, constante do documento fiscal 
relativo à aquisição, ou do custo de fabricação; 
 
No caso de veículo novo importado do exterior: 
� o valor constante do documento de importação, acrescido dos valores 
dos tributos incidentes e quaisquer despesas aduaneiras devidos por 
ocasião do desembaraço aduaneiro, ainda que não recolhidos pelo 
importador; 
 
No caso de veículo terrestre usado: 
� o valor fixado em tabelas aprovadas anualmente em lei; 
 
No caso de embarcação ou aeronave usadas e de demais estruturas 
usadas dotadas de autopropulsão: 
� o valor usualmente praticado no mercado do Distrito Federal declarado 
pelo contribuinte no exercício de 2012; 
� o valor fixado em tabelas aprovadas anualmente em lei, nos demais 
exercícios; 
 
No caso de arremate em leilão: 
� o valor da arrematação, acrescido das despesas cobradas ou debitadas 
do arrematante e dos tributos incidentes; 
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Base de cálculo do IPVA 
Valor venal do veículo. 
 
A base de cálculo será publicada em tabelas, nas quais se observará: 
� para 2012, o valor declarado pelo contribuinte à Sefaz; 
� para os demais anos, os seguintes valores, pela ordem: 
� preços médios aferidos por publicações especializadas, bem como as 
pesquisas divulgadas pelos revendedores ou suas entidades 
representativas; 
� preços médios de mercado: 
� de veículo terrestre, conforme peso, potência, capacidade 
máxima de eixos, cilindrada, dimensões, modelo e ano de 
fabricação do veículo, e tipo de combustível; 
� de embarcação, conforme potência, comprimento, casco, ano de 
fabricação e tipo de combustível; 
� de aeronave, conforme peso máximo de decolagem e ano de 
fabricação. 
 
Na ausência de informações sobre a comercialização do veículo ou de dados 
cadastrais no sistema, poderá ser utilizado, na ordem: 
� o valor de veículo similar; 
� o valor fixado para o veículo novo, multiplicado por fator de depreciação 
fixado pela Sefaz, tomando-se como referência: 
� para veículo de fabricação nacional, o ano de fabricação; 
� para veículo importado, o exercício em que ocorrer o desembaraço 
aduaneiro; 
 
As quantias expressas em moeda estrangeira serão convertidas em moeda 
nacional ao câmbio do dia do lançamento. 
 
As tabelas serão editadas pela Sefaz, sendo irrelevante, para a determinação 
da referida base, o estado de conservação do veículo. 
 
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A BC de veículos novos e de veículos beneficiados com imunidade, não 
incidência, isenção ou redução de alíquota, ou cujo proprietário, possuidor ou 
titular do domínio útil anterior estivesse imune, não tributado ou isento, será 
reduzida de 1/12 avos por mês do ano calendário transcorrido, a partir do 
segundo mês do exercício. 
 
Considera-se mês a fração igual ou superior a quinze dias. 
No caso de veículos estrangeiros, liberados com isenção do Imposto de 
Importação, a base de cálculo do imposto será: 
� no exercício do desembaraço, o valor constante da Declaração de 
Importação, convertido em moeda nacional à taxa de câmbio do dia da 
liberação; 
� nos exercícios posteriores ao desembaraço, o valor constante da 
Declaração de Importação, convertido em moeda nacional à taxa de 
câmbio do dia da data do fato gerador do ano a que se referir o imposto, 
deduzindo-se deste valor 15% por exercício posterior ao desembaraço, 
até somar-se 75% de abatimento; 
� o valor venal da tabela, caso o veículo seja alienado a pessoa não 
beneficiada pela isenção do imposto de importação. 
 
Poderá a Sefaz, adotar, se houver, valores venais constantes de tabela 
CONFAZ. 
 
A BC fica reduzida em até 100% (até 2015) para os empreendimentos 
efetivamente implantados na forma do Programa de Apoio ao Empreendimento 
Produtivo no Distrito Federal. 
 
O imposto terá base de cálculo proporcional aos meses e fração de mês que 
faltem para o fim do exercício a que se refira o tributo. 
 
Não se exigirá o imposto sobre veículo transferido de outra unidade federada, 
cujo imposto tiver sido, nessa unidade federada, integralmente recolhido, no 
exercício da transferência. 
 
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Não se exigirá IPVA no exercício da transferência de 
veículo de outra UF, caso se comprove o pagamento na 
UF de origem. 
 
7.1 - Jurisprudência 
 
A ser usada com cautela. 
 
Há doutrinadores que defendem, em caso de majoração exagerada da BC do 
IPVAde veículos usados na tabela divulgada pelo Poder Executivo, a aplicação 
da súmula 431 do STJ, que diz: 
 
“É ilegal a cobrança do ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao 
regime de pauta fiscal”. 
 
Consideram que a tabela divulgada pelo executivo é um tipo de pauta fiscal, e 
recomendam a contestação com base nessa súmula. Não se preocupem com 
isso, pois não creio que vá cair na prova, pois trata de interesse contrário aos 
da Fazenda. 
 
8 - Alíquota 
 
Muito importante dar uma atenção especial às alíquotas. Não tem segredo, é 
decoreba pura. 
 
As alíquotas do IPVA são: 
 
1% para 
� veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg 
� caminhões-tratores 
� micro-ônibus 
� ônibus 
� tratores; 
� veículos destinados exclusivamente à locação. 
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2% para: 
� Ciclomotores 
� Motocicletas 
� Motonetas 
� Quadriciclos 
� Triciclos 
 
3% para 
� automóveis, caminhonetes, caminhonetas, utilitários e outros veículos 
não discriminados em 1% 
� embarcações 
� aeronaves 
� demais estruturas dotadas de autopropulsão. 
 
Para usufruir a alíquota de 1% de locadoras 
� veículos destinados exclusivamente à locação 
� de propriedade de pessoa jurídica com atividade de locação de veículos, 
ou 
� cuja posse a locadora detenha em decorrência de contrato de 
arrendamento mercantil ou de alienação fiduciária 
� limitada ao período em que o veículo for efetivamente utilizado com a 
finalidade específica de locação 
 
 
Não se existe alíquota diferenciada em função do 
combustível no DF. 
 
O contribuinte, ao cessar a utilização com a finalidade específica de locação, 
deverá, no prazo 30 dias, contados do fato que motivou a cessação, recolher a 
diferença proporcional do imposto em função das alíquotas. 
 
A proporcionalidade será calculada a partir do mês subsequente à cessação da 
atividade de locação. 
 
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Para os três exercícios subsequentes ao da aquisição de veículo novo as 
alíquotas são: 
 
� 1,25% para veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg, 
caminhões-tratores, micro-ônibus, ônibus e tratores de esteira, de rodas 
ou mistos; 
� 2,5% para ciclomotores, motocicletas, motonetas, quadriciclos e triciclos; 
� 3,5% para automóveis, caminhonetes, caminhonetas, utilitários e demais 
veículos não discriminados nos incisos anteriores. 
 
A majoração de alíquota aplica-se apenas aos veículos novos, beneficiados 
com a isenção do IPVA concedida exclusivamente no exercício de aquisição 
(isenção para primeiro ano). 
 
Muito bem! Se você usufruir daquele benefício de isenção no primeiro ano para 
veículos novos, terá a alíquota aumentada nos próximos 3 anos. 
 
Alíquotas do IPVA no DF 
Veículo Alíquota 
Alíquota 
Majorada 
veículo de carga acima 2000 kg, caminhão-trator, 
micro-ônibus, ônibus, trator 
1% 1,25 
veículo de locadora 1% não tem 
ciclomotor, motocicleta, motoneta, quadriciclo, 
triciclo 
2% 2,5% 
automóveis, caminhonetes, utilitários e outros não 
tributados com 1%, embarcações, aeronaves, 
demais estruturas 
3% 3,5% 
 
 
9 – Lançamento e pagamento 
 
9.1 - Lançamento 
 
Tratando-se de veículo terrestre, o imposto será lançado de ofício, mediante 
Notificação de Lançamento, em caráter geral, por edital publicado uma única 
vez no Diário Oficial do Distrito Federal. 
 
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O edital conterá, entre outros elementos: 
� identificação geral dos notificados; 
� data de vencimento do tributo; 
� informações essenciais ao cálculo do tributo; 
� prazo de 30 dias para impugnação, contado da publicação; 
 
O valor do imposto constará do Documento de Arrecadação – DAR. 
A critério da Sefaz, o valor do imposto e respectiva notificação de lançamento 
poderão constar no anverso do CRLV. 
 
Relativamente a veículo usado, o imposto será lançado em até 30 dias antes 
da data de seu vencimento. 
 
Tratando-se de embarcações, aeronaves e demais estruturas dotadas de 
autopropulsão, o lançamento do imposto será efetuado: 
� no exercício de 2013, por declaração, com base nas informações 
prestadas pelo contribuinte ou seu representante legal no exercício de 
2012; 
� anualmente, de ofício, nos demais exercícios, a partir de pauta de 
valores venais aprovada em lei. 
 
A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a 
reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em 
que se funde, e antes de notificado o lançamento. 
 
 
Requisitos para retificar declaração para reduzir 
tributo: 
� comprovar o erro 
� apresentar antes do lançamento 
 
 
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9.2 - Pagamento 
 
O imposto será pago nas agências arrecadadoras autorizadas a receber o 
referido tributo. 
 
Será concedido desconto de 5% sobre o valor do IPVA, aos contribuintes que 
efetuarem o pagamento do imposto no valor integral até a data de vencimento 
da cota única, desde que não conste débito em exercício anterior. 
 
O prazo para pagamento do imposto é estabelecido, conforme a seguir: 
� veículo novo, 30 dias contados da data do registro; 
� veículo usado, nos prazos estabelecidos pela Sefaz; 
� veículo cuja propriedade foi isenta ou não tributada, 30 dias contados da 
data das devidas alterações ou do registro; 
� veículo transferido de outra UF, no ato da transferência. 
� tratando-se de transferência ou alienação, na data da realização do ato, 
ainda que não se tenha esgotado o prazo regulamentar para o 
pagamento do imposto. 
 
O imposto sobre os veículos novos ou cuja propriedade foi isenta ou não 
tributada poderá ser pago em até três parcelas. 
 
Na hipótese de transferência do veículo para outra UF o imposto será exigido 
em parcela única. 
 
O pagamento do imposto sobre veículos adquiridos: 
� no mês de outubro, poderá ser parcelado em até duas parcelas; 
� nos meses de novembro e dezembro, será efetuado em parcela única. 
 
É vedado o pagamento parcelado quando o valor devido for inferior a R$ 
50,00. 
 
Caberá a restituição do imposto nos casos e na forma previstos. 
 
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10 – Fiscalização e Penalidades 
 
10.1 – Penalidades 
 
Aos infratores aplicar-se-ão as seguintes penalidades: 
� multas; 
� proibição de transacionar com a Administração do Distrito Federal; 
� cassação de incentivos ou benefícios fiscais. 
 
A imposição de multa não exclui o pagamento do imposto devido, acrescido 
dos juros de mora, calculados à razão de 1% ao mês ou fração. 
 
Aplicar-se-á multa, nos seguintes percentuais, na hipótese de recolhimento de 
tributo, no todo ou em parte, após o prazo regulamentar: 
 
� antes de iniciado o processo de exigência do crédito tributário, multade 
mora de 10% sobre o valor do imposto atualizado monetariamente, na 
hipótese de imposto não recolhido até a data de seu vencimento; 
Será reduzida a 5% se imposto pago até 30 dias do vencimento. 
� multa de 50% do valor do imposto monetariamente atualizado, sujeito a 
lançamento de ofício, efetuado com base em declaração do contribuinte, 
quando esta for apresentada com erros ou inconsistências; 
� multa de 200% do valor do imposto monetariamente atualizado, na 
hipótese de sonegação, fraude ou conluio. 
 
 
O descumprimento de obrigação acessória sujeita-se a: 
� multa de R$ 296,07 pela não inscrição ou falta de comunicação ao 
cadastro de contribuintes do imposto de qualquer alteração dos dados 
cadastrais relativos ao proprietário ou ao veículo; 
� multa de R$ 592,14, na hipótese de fraude, relativamente a: 
� preenchimento do requerimento de isenção; 
� preenchimento de guias de recolhimento do imposto; 
� qualquer comunicação à Secretaria de Estado de Fazenda; 
� multa de R$ 592,14 e cancelamento do benefício, na hipótese de não 
comunicação da recuperação de veículo roubado. 
 
 
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Tratando-se de descumprimento de qualquer outra obrigação acessória: 
� que não resulte falta de pagamento de tributo, R$ 296,07; 
� que resulte falta de pagamento de tributo, R$ 592,14 
 
10.2 - Fiscalização 
 
A fiscalização do imposto compete, exclusivamente, à Sefaz, que poderá firmar 
convênios com órgãos e entidades públicas federais e do Distrito Federal, 
objetivando permuta de informações, registros, licenciamento, cadastramento 
de veículos e fiscalização conjunta ou integrada. 
 
O comprovante de pagamento do imposto deve ser apresentado à fiscalização, 
quando solicitado. 
 
A fiscalização será efetuada: 
� nas vias públicas do Distrito Federal; 
� nos órgãos encarregados do licenciamento, registro ou controle de 
veículos terrestres, embarcações e aeronaves; 
� junto aos contribuintes ou àqueles que estiverem conduzindo o veículo; 
� nas empresas de comércio, reparo, conserto ou exposição de veículos; 
� nas concessionárias autorizadas e agências revendedoras de veículos; 
� nos cartórios; 
� em outro local, a critério do órgão que administra o tributo. 
 
O disposto neste Regulamento não dispensa os contribuintes do cumprimento 
das obrigações estipuladas nas normas legais e administrativas que regulem o 
licenciamento e o tráfego dos veículos automotores em geral. 
 
O comprovante do pagamento do imposto é vinculado ao veículo, transferindo-
se ao novo proprietário, no caso de alienação. 
 
A renovação de licença de veículos automotores somente será efetivada 
mediante a comprovação do pagamento do imposto. 
 
Na administração e cobrança do imposto, aplicar-se-á o disposto na no Código 
Tributário do DF e no CTN. 
 
Chega de papo. Vamos exercitar! 
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Exercícios Resolvidos 
 
1 – Professor 2014 - Qual destes contribuintes não poderá ser dispensado de 
requerer o reconhecimento de isenção, caso tenha direito a ela: 
a) Os proprietários de veículos utilizados na atividade de motofrete. 
b) Os proprietários de tratores. 
c) Os deficientes físicos proprietários de veículos automotores. 
d) Os proprietários de veículos com mais de 15 anos. 
e) As missões diplomáticas e os organismos internacionais. 
 
Incrivelmente, o regulamento não prevê a dispensa do requerimento de 
reconhecimento de isenção para veículos com mais de 15 anos. 
 
Vamos ao quadro, para fixar. 
 
Isenção do IPVA no DF 
Hipótese 
Depende de 
Reconhecimento? 
Pode ser 
dispensado o 
reconhecimento? 
Vale para 
exercícios 
posteriores? 
Tratores Sim Sim Sim 
Missão Diplomática Sim Sim Sim 
Órgão Internacionais Sim Sim Sim 
Táxi Sim Sim Não 
Portadores de 
Deficiência 
Sim Sim Sim 
Transporte Público Sim Não Não 
Adm indireta do DF Sim Sim Sim 
Mais de 15 anos Sim Não Não 
Programa Social Sim Não Sim 
Motofrete Sim Sim Sim 
Transporte escolar Sim Sim Sim 
Primeiro Ano Sim Não Não 
Tratado Ucrânia Sim Não Não 
 
Gaba: D 
 
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2 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Considerando um veículo automotor do tipo 
automóvel, novo, nacional, a alíquota do IPVA no caso de propriedade desse 
veículo e a sua base de cálculo são, respectivamente: 
a) 2% e valor venal do veículo. 
b) 1 %; e valor constante em documento relativo à transmissão da 
propriedade. 
c) 5%; e valor divulgado pelo Poder Executivo em moeda corrente nacional e 
monetariamente atualizado. 
d) 3%; e o preço tabelado ou o valor constante no documento fiscal, incluído o 
valor de opcionais e acessórios. 
e) 1,5%; e valor constante no documento de importação, convertido em 
moeda nacional pela taxa cambial vigente na data do desembaraço aduaneiro, 
acrescido dos impostos incidentes e das demais despesas incorridas. 
 
Alíquotas do IPVA no DF 
Veículo Alíquota Alíquota 
Majorada 
veículo de carga acima 2000 kg, caminhão-trator, 
micro-ônibus, ônibus, trator 
1% 1,25 
veículo de locadora 1% não tem 
ciclomotor, motocicleta, motoneta, quadriciclo, 
triciclo 
2% 2,5% 
automóveis, caminhonetes, utilitários e outros não 
tributados com 1%, embarcações, aeronaves, 
demais estruturas 
3% 3,5% 
 
A BC é o valor venal do veículo. 
 
Para veículos novos nacionais, considera-se valor venal o preço comercial 
tabelado pelos órgãos competentes ou, na sua falta, o preço à vista constante 
do documento fiscal emitido pelo revendedor, incluído o valor dos opcionais e 
acessórios. 
 
Gaba: D 
 
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3 – FCC 2013 Sefaz SP - Em janeiro/2010, Luis, motorista particular, 
comprou veículo Alfa 0 km em Belo Horizonte - MG, onde residia, tendo 
quitado o respectivo IPVA à Fazenda Mineira. Considere, a partir de então, os 
seguintes eventos: 
I. 23/setembro/2010 − por motivos profissionais, Luis muda-se de Belo 
Horizonte - MG para o DF, tendo transferido o registro de seu veículo Alfa para 
o DF. 
II. 12/novembro/2010 − dispensado do emprego, Luis começa a trabalhar 
como taxista, após registro junto à Secretaria Municipal de Transportes e 
obtenção de licença para exercer a atividade com seu veículo Alfa. 
III. 14/março/2011 − Luis deixa de ser taxista, para trabalhar exclusivamente 
em escritório de contabilidade; Felipe, amigo de Luis, toma emprestado o 
veículo Alfa e passa a trabalhar como taxista. 
IV. 18/dezembro/2011 − Luis compra veículo Delta 0 km, no DF. 
V. 30/agosto/2012 − Luis tem seu veículo Delta furtado, no DF. 
Com base nos dispositivos da Lei brasiliense, em relação ao IPVA em cada um 
dos eventos, Luis: 
a) I. nada devia ao DF; II. poderá, a partir dessa data, requerer e obter a 
isenção do IPVA; III. manteve a isenção para o veículo Alfa, pois a atividade 
de taxista continuou a ser exercida, de forma ininterrupta; IV. deveria pagar 
1/12 do valor total do IPVA/2011 do veículo Delta; V. tem direito à restituição 
de 4/12 do impostopago em 2012 para o veículo Delta, ficando dispensado de 
pagar o imposto referente a 2013. 
b) I. nada devia ao DF; II. poderá, a partir dessa data, requerer e obter a 
isenção do IPVA; III. deixou de ter direito à isenção, ocorrendo neste momento 
o fato gerador do IPVA, caso já concedida a isenção; IV. deveria pagar 1/12 do 
valor total do IPVA/2011 do veículo Delta; V. não tem direito à restituição de 
5/12 do imposto pago em 2012 para o veículo Delta, ficando dispensado de 
pagar o imposto referente a 2013. 
c) I. deveria pagar 4/12 do valor total do IPVA/2010 ao DF; II. passa a ter 
direito à isenção do IPVA, a ser usufruída automaticamente; III. manteve a 
isenção para o veículo Alfa, pois a atividade de taxista continuou a ser 
exercida, de forma ininterrupta; IV. deveria pagar o valor total do IPVA/2011 
do veículo Delta; V. não tem direito a qualquer restituição, mas está 
dispensado de pagar o imposto referente a 2013. 
d) I. nada devia ao DF; II. passa a ter direito à isenção do IPVA, a ser 
usufruída automaticamente; III. manteve a isenção para o veículo Alfa, pois a 
atividade de taxista continuou a ser exercida, de forma ininterrupta; IV. nada 
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devia ao DF a título de IPVA/2011 do veículo Delta, uma vez que fora adquirido 
na segunda quinzena do mês de dezembro; V. tem direito à restituição de 4/12 
do imposto pago em 2012 para o veículo Delta, ficando dispensado de pagar o 
imposto referente a 2013. 
e) I. deveria pagar 3/12 do valor total do IPVA/2010 ao DF; II. poderá, a partir 
dessa data, requerer e obter a isenção do IPVA; III. deixou de ter direito à 
isenção, ocorrendo neste momento o fato gerador do IPVA, caso já concedida a 
isenção; IV. nada devia ao DF a título de IPVA/2011 do veículo Delta, uma vez 
que fora adquirido na segunda quinzena do mês de dezembro; V. tem direito à 
restituição de 5/12 do imposto pago em 2012 para o veículo Delta, ficando 
dispensado de pagar o imposto referente a 2013. 
 
Vamos analisar cada um dos itens: 
 
I – Se comprou veículo novo em 2010, todo o IPVA referente àquele ano já foi 
pago a MG. Comprovando o pagamento, nada terá que pagar ao DF, mesmo 
mudando para lá em setembro. 
II – Não deve nada referente ao ano de 2010. Mas, a partir do registro como 
taxista, poderá pleitear isenção junto à Sefaz brasiliense. 
III – Deixou de exercer a atividade de taxista. Logo, deverá comunicar ao Fisco 
e deverá a pagar o imposto proporcional. 
IV – Comprou veículo novo em dezembro. Deverá pagar 1/12 avos do IPVA; 
V – Não poderá pleitear a restituição proporcional do imposto já pago. Não 
pagará IPVA no ano seguinte, a menos que recupere o veículo. Caso houvesse 
parcelas vincendas, poderiam ser remidas. 
 
Gaba: B 
 
4 – FCC 2013 Sefaz SP - Segundo as disposições do IPVA brasiliense, 
relativamente às empresas locadoras de veículos e à sua atividade, é correto 
afirmar: 
a) As empresas locadoras de veículos não poderão usufruir do benefício de 
alíquota reduzida para a parte de sua frota que houver sido adquirida por meio 
de contratos de arrendamento mercantil financeiro. 
b) Empresa locadora do DF encontra-se obrigada a fornecer ao Fisco 
informações sobre os veículos efetivamente locados neste Estado, sendo 
dispensada tal obrigação com relação aos veículos colocados à disposição para 
locação, mas não locados. 
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c) Veículos de empresa locadora utilizados pelo pessoal da área administrativa 
também são beneficiados pela alíquota reduzida. 
d) Para fins de exigência do IPVA, considera-se domicílio o estabelecimento de 
empresa de informática, sediada no DF, que integrou à sua frota cinco veículos 
de propriedade de empresa locadora, localizada em São Paulo-SP. 
e) As empresas locadoras de veículos poderão usufruir do benefício de alíquota 
reduzida, para todos os veículos de sua propriedade registrados em municípios 
brasilienses, ainda que alguns de seus veículos, em determinado período do 
ano, tenham sido alocados a sua filial que presta serviços de courier.. 
 
Letra A, errada. A alíquota de 1% vale também para os veículos adquiridos via 
leasing, dos quais a empresa seja possuidora. Desde que utilizado em sua 
atividade, é claro. 
 
Letra B, errada. Qualquer contribuinte está obrigado a fornecer qualquer 
informação que seja de interesse do Fisco. 
 
Letra C, errada. A alíquota de 1% vale apenas para os veículos utilizados na 
atividade de locação. 
 
Letra D, correta. Se a empresa adquiriu veículos de fora do Estado, passará a 
ser contribuinte, em relação àqueles veículos, a partir do registro no território 
brasiliense. 
 
Letra E, errada. Para que a locadora faça jus à alíquota de 1%, os seus 
veículos deverão ser utilizados exclusivamente na atividade de locação. 
 
Gaba: D 
 
5 – FCC 2013 Sefaz SP - Durante operação de combate à sonegação de 
IPVA, deflagrada em setembro de 2012 pela Secretaria da Fazenda nas 
principais vias da capital brasiliense, Júlia fora abordada. Ao verificar a 
documentação por ela apresentada, o Agente Fiscal Tico Tico constatou pelo 
Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo − CRLV que o automóvel 
que conduzia não estava registrado em seu nome, mas no de Rafaela. Notou 
também que, juntamente com o CRLV, estava o Certificado de Registro de 
Veículo − CRV, preenchido e assinado em seu verso, com firma reconhecida 
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por autenticidade, pelo qual se verificava a venda do veículo de Rafaela para 
Júlia, datada de novembro de 2010. 
Em consulta à situação fiscal do veículo junto ao Cadastro de Contribuintes do 
IPVA, o Agente Fiscal verificou a ausência de pagamento de IPVA para os 
exercícios de 2011 e 2012. 
Neste cenário, Tico Tico emitiu notificação de lançamento para que Rafaela 
realizasse o pagamento dos impostos devidos e acréscimos legais em 30 dias. 
Lavrou ainda dois Autos de Infração e Imposição de Multa − AIIM, um contra 
Rafaela e outro contra Júlia, aplicando multa por deixar de comunicar o 
negócio jurídico às autoridades responsáveis pelo Cadastro de Contribuintes do 
IPVA. 
Com base nos dados acima, e de acordo com as normas previstas no IPVA 
brasiliense, o procedimento adotado pelo Agente Fiscal foi 
a) parcialmente correto: deveria ter lavrado AIIM para exigência do imposto e 
penalidade pecuniária, não notificação, uma vez que, segundo a lei, a falta de 
pagamento do IPVA está sujeita a multa punitiva; Júlia é contribuinte do IPVA, 
pois era proprietária do veículo no momento da ocorrência dos fatos 
geradores, devendo ser exigido dela o imposto devido; apenas Júlia, a 
adquirente, tinha a obrigação de comunicar a alienação do veículo; ao não 
fazê-lo, ensejou a aplicação da penalidade, que só poderia ser feita por meio 
de AIIM; portanto, Rafaela não deveria ter sido apenada com multa pela falta 
de comunicação. 
b) correto: utilizou o instrumento previsto na legislação para realizar o 
lançamento de ofício para exigência do imposto; Rafaela é responsável 
solidária pelo pagamento do IPVA, por ter alienado o veículo e não ter 
comunicado o fato às autoridades competentes; Rafaela e Júlia tinham a 
obrigação de comunicar a alienaçãodo veículo, mas não o fizeram, o que 
ensejou a aplicação das penalidades a ambas, que só poderia ser feita por 
meio de AIIM. 
c) incorreto: por ser imposto sujeito a lançamento de ofício, a falta de seu 
pagamento gera a inscrição do débito fiscal na dívida ativa, não havendo 
necessidade de lançamento por meio de notificação; nos termos da legislação, 
a necessidade de comunicação da alienação do veículo é mera obrigação 
acessória e seu descumprimento não é apenável com multa, mas com bloqueio 
no Cadastro de Contribuintes do IPVA, impedindo nova venda. 
d) parcialmente correto: utilizou o instrumento previsto na legislação para 
realizar o lançamento de ofício para exigência do imposto; Rafaela é 
contribuinte do IPVA, sendo responsável pelo seu pagamento; porém, apenas 
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Júlia, a adquirente, tinha a obrigação de comunicar a alienação do veículo; ao 
não fazê-lo, ensejou a aplicação da penalidade, que só poderia ser feita por 
meio de AIIM; portanto, não deveria ter sido lavrado AIIM contra Rafaela. 
e) parcialmente correto: deveria ter lavrado AIIM para exigência do imposto e 
penalidade pecuniária, não notificação, uma vez que, segundo a lei, a falta de 
pagamento do IPVA está sujeita a multa punitiva; Rafaela é responsável 
solidária pelo pagamento do IPVA, por ter alienado o veículo e não ter 
comunicado o fato às autoridades competentes; Rafaela e Júlia tinham a 
obrigação de comunicar a alienação do veículo, mas não o fizeram, o que 
ensejou a aplicação das penalidades, que só poderia ser feita por meio de 
AIIM. 
 
O procedimento aplicado foi correto. Quem compra o veículo tem o dever de 
registrá-lo em seu nome. Quem vende tem a obrigação de comunicar a venda. 
Por disposição expressa do regulamento brasiliense, comprador e vendedor 
são solidários pelos débitos do IPVA. 
 
Flagrada a situação, o AFRE deverá exigir o imposto, os acréscimos legais e 
eventual multa material por descumprimento da legislação. 
 
Gaba: B 
 
6 – FCC 2009 Sefaz SP - O regulamento brasiliense estabelece uma data 
para o fato gerador do IPVA incidente sobre veículo novo. Com base nesse 
dispositivo, considerando que exista um prazo de 30 dias a partir do fato 
gerador para o recolhimento do imposto, a situação na qual o imposto foi 
recolhido fora do prazo é 
a) Elizabeth, debutante de seu primeiro carro zero km, resolveu, ela própria, 
fazer o licenciamento do veículo que adquiriu no dia 12 de junho de 2009. A NF 
de aquisição do veículo que apresentou ao Ciretran foi emitida pela 
concessionária no dia 18 de junho de 2009, mesma data em que foi emitido o 
documento de propriedade. No dia 17 de julho de 2009, Elizabeth pagou o 
IPVA. 
b) Caio, no dia 10 de janeiro de 2009, adquiriu um chassi com motor novo e o 
enviou a um fabricante de carrocerias para a colocação de baú em alumínio. 
No dia 12 de janeiro de 2009 foi emitido o documento de propriedade. No dia 
20 de janeiro de 2009, o fabricante emitiu a NF de venda do baú. Data de 
pagamento do IPVA: 11 de fevereiro de 2009. 
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c) Rodrigo, amante de automóveis exóticos, com base em um protótipo 
original de sua criação, encomendou a fabricação de um veículo especial, fora 
de série. O fabricante emitiu a NF do veículo no dia 5 de fevereiro de 2009 e o 
documento de propriedade saiu em 12 de fevereiro. No dia 20 do mesmo mês, 
o veículo começou a rodar, sendo que o IPVA foi pago no dia 10 de março de 
2009. 
d) Nilson importou uma limusine diplomata luxo do exterior, no dia 17 de 
março de 2009, para utilizá-la no casamento de sua filha. O desembaraço do 
automóvel ocorreu no dia 5 de maio de 2009, com consequente faturamento. 
O veículo lhe foi entregue pela empresa concessionária de porto alfandegado 
no dia 12 de maio de 2009. Nilson pagou o IPVA no dia 10 de junho de 2009. 
e) No dia 15 de janeiro de 2009, a empresa Delikatessen encomendou a 
compra de um automóvel de luxo para uso de seu diretor executivo de 
planejamento tributário. A concessionária faturou o veículo no dia 19 de 
janeiro de 2009, mesma data em que foi emitido o documento de propriedade, 
e o entregou à adquirente, no dia 22 de janeiro de 2009, data em que o 
veículo foi incorporado ao ativo permanente da empresa. O IPVA foi recolhido 
em 18 de fevereiro de 2009. 
 
Para veículos novos, a data de ocorrência do fato gerador é a data da emissão 
do documento de propriedade. 
 
Entre os casos apresentados, o único que extrapola 30 dias da emissão da nota 
fiscal é o apresentado na letra D, no qual a data do FG é a data do 
desembaraço. 
 
Atenção, pois na Letra E, embora se fale em incorporação ao ativo, não 
estamos na hipótese em que o FG seja definido com base nessa data, dado 
que a adquirente não era fabricante, nem importadora, nem concessionária. 
 
Gaba: D 
 
7 – FCC 2009 Sefaz SP - O valor da base de cálculo do IPVA é o valor venal 
do veículo. Tratando-se de veículo novo, esse valor, em regra, é obtido do 
documento fiscal de aquisição, e, se usado, por meio de tabela divulgada pela 
Sefaz, que considera, em sua elaboração, a marca, o modelo, a espécie e o 
ano de fabricação. Considere as situações a seguir: 
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I. Uma motocicleta de 1200 cilindradas, com motor movido a gasolina, 
importada do exterior, sendo sua base de cálculo, para fins de IPVA, 
equivalente a R$ 200.000,00, desembaraçada em 10 de abril de 2009. 
II. Um automóvel novo, com motor movido exclusivamente a álcool, adquirido 
em 09 de junho de 2009 pelo valor de R$ 20.000,00. 
III. Uma camioneta nova, de cabine simples, com motor movido a 
álcool/gasolina, adquirida em 10 de fevereiro de 2009 pelo valor de R$ 
60.000,00. 
IV. Um automóvel usado, com motor movido a gasolina/GNV, fabricado e já 
adaptado para GNV em 2006, com valor venal de R$ 10.000,00, para o 
exercício de 2009, conforme tabela de IPVA divulgada pela SEFAZ. 
V. Um caminhão novo, com motor movido a gasolina, adquirido em 10 de maio 
de 2009 pelo valor de R$ 120.000,00. 
O valor do IPVA incidente sobre os veículos indicados nos itens I, II, III, IV e 
V, no exercício de 2009, será, respectivamente, em R$, 
a) 4.500,00; 350,00; 1.100,00; 400,00 e 800,00 
b) 4.000,00; 600,00; 1.200,00; 300,00 e 1.500,00 
c) 3.000,00; 350,00; 1.650,00; 300,00 e 800,00 
d) 6.000,00; 600,00; 1.200,00; 400,00 e 1.500,00 
e) 3.000,00; 600,00; 1.650,00; 150,00 e 3.000,00 
 
Vamos calcular o imposto em cada uma das situações: 
 
I – 200 000 x 2% x 9/12 = 3000 
II – 20 000 x 3% x 7/12 = 350 
III – 60 000 x 3% x 11/12 = 1650 
IV – 10 000 x 3% x 12/12 = 300 
V – 120 000 x 1% x 8/12 = 800 
 
Atentem para o fato de que, no regulamento brasiliense, não há distinção de 
alíquota em função do combustível. Além disso, se nada for falado em relação 
à fração, vamos considerar o mês da aquisição como mês cheio para fins de 
cálculo do imposto devido. Isso também vale para restituição do imposto nos 
casos em que é cabível. Considera-se mês a fração igual ou superior a quinze 
dias. O imposto terá base de cálculo proporcional aos meses e fração de mês 
que faltem para o fim do exercício a que se refira o tributo.

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