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Aula 15 Direito Constitucional p/ SEFAZ/PE - com videoaula Professores: Ricardo Vale, Nádia Carolina . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀!#∃!%&! !! ! AULA 15: Controle de Constitucionalidade SUMÁRIO PÁGINA 1-Teoria e Questões Comentadas 1-76 2-Lista de Questões 77-91 3- Gabarito 92-94 Olá, querido (a) aluno (a)! Hoje trataremos de um tema muitíssimo cobrado em provas de concurso: o controle de constitucionalidade! Mãos à obra! Conceito de controle de constitucionalidade Entende-se por controle de constitucionalidade a aferição, por órgão determinado pelo constituinte originário, da validade de uma norma primária à luz da Constituição Federal. A partir desse controle, as normas são consideradas inválidas – quando em desacordo com a Carta Magna – ou válidas, quando em acordo. As normas inválidas são expurgadas (eliminadas) do ordenamento jurídico. Pressupostos do Controle de Constitucionalidade Segundo a doutrina, são pressupostos do controle de constitucionalidade: i) existência de uma Constituição escrita e rígida; ii) existência de um mecanismo de fiscalização das leis, com previsão de, pelo menos, um órgão com competência para o exercício da atividade de controle. Nos países de Constituição escrita e rígida, por vigorar o princípio da supremacia formal da Constituição, todas as demais espécies normativas devem ser compatíveis com as normas elaboradas pelo constituinte originário, tanto do ponto de vista formal (procedimental), quanto material (conteúdo). Isso porque como consequência da rigidez constitucional as leis constitucionais são hierarquicamente superior às demais. Outro pressuposto é a previsão constitucional de um mecanismo de fiscalização das leis. O poder constituinte originário deve definir quem será o órgão competente para decidir acerca da ocorrência ou não de ofensa à Constituição e o processo pelo qual tal decisão será formalizada. O órgão competente para exercer o controle de constitucionalidade pode exercer tanto função jurisdicional quanto política, integrando (no primeiro caso) ou não (no segundo) a estrutura do Poder Judiciário. No caso do Brasil, 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋!#∃!%&! !! ! compete ao Judiciário exercer o controle de constitucionalidade das leis, embora haja a possibilidade de os demais Poderes, em situações excepcionais, realizarem o controle de constitucionalidade. É importante ressaltar que a regra é que se presumam as leis como válidas. Elas somente podem ser consideradas inconstitucionais após declaração formal do órgão competente para tanto. Trata-se do princípio da presunção de constitucionalidade das leis. Evolução do Controle de Constitucionalidade O primeiro marco histórico do controle de constitucionalidade foi o caso Marbury vs Madison, julgado em 1803 nos Estados Unidos pelo Chief of Justice John Marshall. No caso Marbury vs Madison, realizou-se o controle difuso de constitucionalidade, em que se decidiu a constitucionalidade de uma lei em um caso concreto. A decisão de Marshall consolidou a supremacia da Constituição em relação às demais normas jurídicas, bem como o poder-dever dos juízes de negar a aplicação às leis contrárias à Constituição. O segundo marco histórico desse controle foi o surgimento do controle concentrado de constitucionalidade, por obra de Hans Kelsen, que apresentou um projeto à elaboração da Constituição da Áustria (chamada Oktoberverfassung), promulgada em 1920. Para ele, o controle de constitucionalidade deveria ser exercido exclusivamente por um órgão jurisdicional especial, e não por qualquer juiz, como no sistema americano. Esse órgão, o Tribunal Constitucional, não julgaria nenhuma pretensão concreta, mas apenas o problema abstrato de compatibilidade lógica entre a lei e a Constituição. Espécies de Inconstitucionalidade A inconstitucionalidade pode se dar por ação ou omissão. Na inconstitucionalidade por ação, o desrespeito à Constituição resulta de uma conduta positiva de um órgão estatal. Exemplo: edição de medida provisória pelo Presidente da República em desacordo com a Constituição. Pode ser total ou parcial. No primeiro caso, todos os dispositivos da norma são contrários à Constituição. No segundo, apenas alguns deles. Já na inconstitucionalidade por omissão, verifica-se a inércia do legislador frente a um dispositivo constitucional carente de regulamentação por lei. Ocorre quando o legislador permanece omissivo diante de uma norma constitucional de eficácia limitada, obstando o exercício de direito. A inconstitucionalidade por omissão também pode ser total ou parcial. Na primeira, o legislador se abstém de regular a norma constitucional, gerando uma lacuna no ordenamento jurídico. Na segunda, o legislador produz a norma 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(!#∃!%&! !! ! de maneira insatisfatória, deixando de atender aos pressupostos constitucionais da norma de regência. A omissão parcial pode, ainda, ser parcial propriamente dita ou relativa. No primeiro caso, a lei, embora tenha sido editada, regula o texto de maneira deficiente. É o caso da lei que regulamenta o art. 7º, IV, da Constituição, que estabelece o direito ao salário mínimo. Embora ela preveja o seu valor, este é muito inferior ao necessário para cumprir todas as garantias do dispositivo constitucional. No segundo caso, de omissão parcial relativa, a lei confere o benefício previsto pela Constituição a uma categoria, deixando de concedê-lo a outra que deveria ser contemplada. Nesse caso, por não ter função legislativa, não pode o Judiciário estender o benefício a essa categoria, sob pena de violar a separação dos Poderes1. A inconstitucionalidade também pode ser material ou formal. A inconstitucionalidade material ou nomoestática se dá quando o conteúdo da lei contraria a Constituição. É o caso de lei que suprima as imunidades parlamentares, por exemplo. Tal lei será considerada inválida mesmo que tenha obedecido fielmente ao processo legislativo preconizado pela Carta Magna. A denominação nomoestática se dá em função de o vício material se referir à substância, tendo caráter estático. Já na inconstitucionalidade formal ou nomodinâmica, o desrespeito se dá quanto ao processo de elaboração da norma, preconizado pela Constituição. É o caso do vício quanto à iniciativa existente quando o Presidente da República propõe lei cuja iniciativa é de competência privativa do STF, por exemplo. A denominação nomodinâmica se dá em função de o vício formal decorrer da violação ao processo legislativo, o que traz, consigo, uma ideia de dinamismo, movimento. A inconstitucionalidade formal poderá ser de três tipos: orgânica, formal propriamente dita ou formal por violação a pressupostos objetivos do ato. Vejamos o que cada um significa: • Inconstitucionalidade formal orgânica: decorre da inobservância da competência legislativa para a elaboraçãodo ato. Exemplo: lei municipal que discipline sobre direito penal será inconstitucional, por ser essa matéria de competência da União. • Inconstitucionalidade formal propriamente dita: decorre da inobservância do processo legislativo, seja na fase de iniciativa ou nas demais. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∀ !)∗+,−.!((%/)01! 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!&!#∃!%&! !! ! Se o vício ocorrer na fase de iniciativa, ter-se-á o chamado vício formal subjetivo. É o caso, por exemplo, de iniciativa parlamentar de projeto que modifique os efetivos das Forças Armadas. Essa competência é exclusiva (reservada) do Presidente da República, sendo este o único que pode iniciar processo legislativo da matéria. Caso contrário, o projeto sofrerá de vício formal subjetivo, insanável pela sanção do Presidente da República. Por outro lado, caso esse vício se dê nas demais fases do processo legislativo, ter-se-á o vício formal objetivo. É o caso, por exemplo, de não obediência ao quórum de votação de emenda constitucional (três quintos). Nesse caso, a emenda votada padecerá de vício de inconstitucionalidade formal objetiva. • Inconstitucionalidade formal por violação a pressupostos objetivos do ato normativo: decorre da inobservância de elementos não reentrantes no processo legislativo, pressupostos constitucionalmente considerados como determinantes de competência dos órgãos legislativos em relação a certas matérias. É o caso de medida provisória editada sem a observância dos requisitos de relevância e urgência, por exemplo (art. 62, “caput”, CF). Outra importante classificação para a inconstitucionalidade é aquela que a divide em total e parcial. No primeiro tipo, todo o ato normativo é considerado inválido; no segundo, apenas parte dele. No Brasil, o Judiciário pode declarar a inconstitucionalidade parcial de fração de artigo, parágrafo, inciso, alínea ou até mesmo sobre uma única palavra ou expressão do ato normativo. Trata-se do chamado princípio da parcelaridade. Entretanto, tal declaração não poderá modificar o sentido e o alcance da lei, sob pena de ofensa à separação dos Poderes, que impede ao Poder Judiciário atuar como legislador positivo. Além disso, de acordo com o STF, a declaração parcial da inconstitucionalidade da norma só é possível no controle abstrato quando for possível presumir que o restante do dispositivo seria editado independentemente daquela parte considerada inconstitucional. Destaca-se, também, que é possível que o STF verifique a existência de vício em determinado ato normativo, mas não declare sua inconstitucionalidade. O STF, nesses casos, evita o chamado agravamento do estado de inconstitucionalidade, situação em que a retirada do ato do ordenamento jurídico resulta em maior lesão à Constituição que a manutenção do mesmo. Declaração parcial de nulidade sem redução de texto e interpretação conforme a Constituição 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!2!#∃!%&! !! ! A declaração parcial de nulidade sem redução de texto é uma técnica usada pelo STF para declarar a inconstitucionalidade de determinadas aplicações da lei sem excluir parte de seu texto. É usada quando a supressão de parte do texto legal é impossível, por subverter completamente a vontade do legislador ou por levar consigo dispositivos constitucionais. Nesses casos, o STF considera que aquela lei não poderá ser aplicada a determinadas pessoas ou situações, enquanto para as demais permanecerá válida. Imagine que uma lei disponha da seguinte forma: Art. 1º. Aos titulares do cargo XXX, aplicam-se as seguintes vedações: I – vedação x; II – vedação y. Art. 2º. Aos titulares do cargo YYY aplicam-se as vedações dos incisos I e II do art. 1º. Caso o STF entendesse que a extensão da vedação y ao cargo YYY foi inconstitucional, não teria como retirar essa regra do texto legal por meio de supressão de alguma palavra ou expressão, sob pena de subverter a vontade do legislador quanto à aplicação da vedação y aos titulares do cargo XXX ou da vedação x aos titulares do cargo YYY. Nesse caso, o STF poderia resolver a questão declarando a inconstitucionalidade, sem redução de texto, do art. 2º da lei no que se refere à vedação y aos titulares do cargo YYY. Já a interpretação conforme a Constituição é técnica usada pelo STF para eliminar algumas possibilidades de interpretação da lei que são ofensivas à Constituição. Assim, a norma será considerada constitucional desde que interpretada de determinada maneira ou desde que não se lhe dê determinada interpretação. É importante ressaltar que para o STF só existe a inconstitucionalidade direta, ou seja, a desconformidade de norma primária com a Constituição. A chamada inconstitucionalidade indireta, em que um ato normativo secundário (um decreto expedido pelo Presidente da República, por exemplo) ofende a Carta Magna, é considerada pelo Pretório Excelso mera ilegalidade. Isso porque a norma secundária tem sua validade aferida a partir da norma primária, e não da Constituição, sendo a ofensa a esta apenas indireta. Outro aspecto importante a destacar é que o STF não admite a inconstitucionalidade superveniente, de uma norma primária em relação a uma Constituição posterior. Isso porque entende que a nova Constituição revoga a norma primária incompatível. Não se trata de inconstitucionalidade, mas de revogação. A inconstitucionalidade “por arrastamento” ou por atração 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!3!#∃!%&! !! ! Essa teoria considera que se, em determinado processo de controle de constitucionalidade, a norma principal for julgada inconstitucional, outra norma daquela dependente deverá ser igualmente considerada inconstitucional. Trata-se do chamado vício de inconstitucionalidade por arrastamento, por atração ou consequente, que decorre da relação de instrumentalidade entre as normas. A técnica se justifica pelo fato de algumas normas guardarem íntima relação entre si, formando uma verdadeira unidade jurídica. Com isso, torna- se impossível a declaração de constitucionalidade de algumas e a manutenção das demais no ordenamento jurídico. A inconstitucionalidade por atração pode ser usada tanto na análise de processos distintos quanto no âmbito de um mesmo processo. Isso significa que na decisão o STF enumera as normas atingidas pela inconstitucionalidade da norma principal, reconhecendo sua invalidade por “arrastamento”. A técnica também se aplica a decreto fundado na lei declarada inconstitucional (ADI 2.995/PE, 13.12.2006). Sistemas de controle O sistema de controle diz respeito aos órgãos aos quais o legislador O sistema de controle diz respeito aos órgãos aos quais o legislador constituinte atribuiu competência para controlar a constitucionalidade das leis. Os sistemas de controle podem ser: judiciais ou jurisdicionais, políticos ou mistos. Tem-se o controleJudicial ou jurisdicional quando apenas o Judiciário tem competência para declarar a inconstitucionalidade das leis. É adotado pelos Estados Unidos. Já o Político ou francês se dá quando órgão não pertencente ao Judiciário detém essa competência. Nesse caso, o controle de constitucionalidade é realizado por órgão político, não por órgão jurisdicional. Por fim, ocorre controle de constitucionalidade misto quando a fiscalização da constitucionalidade de algumas normas cabe ao Judiciário e a de outras, não. Modelos de controle Importante classificação do controle de constitucionalidade é aquela que considera o modo ou a forma do controle. Com base nessa classificação, o controle pode ser incidental ou principal. No incidental, a inconstitucionalidade é discutida no âmbito de um processo ou ação judicial, como um incidente. Nesse caso, a 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!4!#∃!%&! !! ! constitucionalidade não é o objeto da ação. Em geral, está associado ao modelo difuso, embora haja exceções. Já no principal, a questão constitucional é discutida autonomamente em um processo ou ação principal, constituindo o objeto desse processo. No que se refere ao número de órgãos do Poder Judiciário com competência para fiscalizar a constitucionalidade das leis, há três modelos de controle distintos: o difuso, o concentrado e o misto. No controle difuso, ou aberto, também chamado americano, a competência para exercer o controle de constitucionalidade das leis é atribuída a todos os órgãos do Poder Judiciário. Esse modelo surgiu nos Estados Unidos, a partir do caso “Marbury versus Madison”, em que se firmou o entendimento de que o Judiciário poderia deixar de aplicar uma lei aos casos concretos quando a considerasse inconstitucional. Já no controle concentrado, reservado, também chamado austríaco ou europeu, o controle de constitucionalidade é de competência de um único órgão jurisdicional, ou de um número bastante limitado de órgãos. Esse modelo teve origem na Áustria, por influência de Hans Kelsen, para quem a fiscalização da constitucionalidade das leis deveria caber a uma Corte Constitucional. No Brasil, adota-se o controle jurisdicional misto, porque realizado pelo Judiciário tanto de forma concentrada quanto de forma difusa (por qualquer juiz ou tribunal). Questão de prova: 1. (FCC/2013/AL-PB) Em relação ao controle abstrato de constitucionalidade, é correto afirmar que o Supremo Tribunal Federal deve condicionar sua admissibilidade à inviabilidade do controle difuso. Comentários: Não existe essa relação. Mesmo sendo possível o controle difuso, o STF poderá admitir o controle abstrato, cumpridas as exigências constitucionais e legais. Questão incorreta. Momentos do controle O controle de constitucionalidade pode ser preventivo ou repressivo. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!5!#∃!%&! !! ! É preventivo ou “a priori” quando a fiscalização se dá sobre projeto de lei. É o caso da análise feita pelo Poder Judiciário nos casos de mandado de segurança impetrados por parlamentar com o objetivo de sustar a tramitação de proposta de emenda constitucional ofensiva à Constituição, por exemplo. O controle preventivo tem como característica ocorrer enquanto o processo legislativo está em andamento, iniciando-se com apreciação do projeto pelas Comissões de Constituição e Justiça, prosseguindo no Plenário das Casas Legislativas e terminando com o veto do Poder Executivo. Além disso, tem natureza política, uma vez que é exercido pelo Executivo ou pelo Legislativo. No Brasil, a única possibilidade de controle preventivo a ser realizado pelo Judiciário é aquela em que esse Poder atua sobre projeto de lei em trâmite na Casa Legislativa. Nesse caso, o Judiciário garante ao parlamentar o direito ao devido processo legislativo, impedindo que este seja obrigado a participar de procedimento que viole as regras da Constituição Federal. Seu exercício se dá de modo incidental, pela via de exceção ou de defesa. Já no Poder Executivo, esse tipo de controle poderá ocorrer, por exemplo, quando o Presidente da República vetar projeto de lei por considera- lo inconstitucional (veto jurídico). Por sua vez, no Legislativo, poderá ocorrer, dentre outras hipóteses, quando da análise da constitucionalidade dos projetos de lei pelas Comissões de Constituição e Justiça, nas Casas Legislativas. Em oposição, é repressivo, sucessivo ou “a posteriori” quando o controle incide sobre norma pronta, integrante do ordenamento jurídico. Em regra, é realizado pelo Judiciário, mas pode, também, ser exercido pelo Legislativo e pelo Executivo. Vias de ação As vias de ação são os modos pelos quais uma lei pode ser impugnada perante o Judiciário. São elas a via incidental (de defesa ou de exceção) e a via principal (abstrata ou de ação direta). Na via incidental, a aferição de constitucionalidade se dá diante de uma lide, um caso concreto, em que uma das partes requer a declaração de inconstitucionalidade de uma lei. A aferição da constitucionalidade não é o objeto principal do pedido, apenas um incidente do processo, um meio para se resolver a lide. Por isso, é chamada incidental ou “incidenter tantum”. É o modelo adotado nos Estados Unidos da América. Pode ser exercido perante qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário, em qualquer processo, sempre que uma das partes alegar que determinada lei aplicável ao caso concreto é inconstitucional. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!%!#∃!%&! !! ! Por outro lado, na via principal, a aferição da constitucionalidade é o principal pedido do autor, é a razão do processo. O autor requer que determinada lei tenha sua constitucionalidade aferida a fim de resguardar o ordenamento jurídico. Controle repressivo realizado pelo Legislativo A Constituição Federal prevê duas possibilidades de controle de constitucionalidade “a posteriori” pelo Poder Legislativo. A primeira delas se dá no art. 49, V, da CF/88, que estabelece que é competência exclusiva do Congresso Nacional “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa”. Esse controle se dá por meio de decreto legislativo expedido pelo Congresso Nacional. A segunda possibilidade está prevista no art. 62 da Carta Magna. Nesse dispositivo, a CF/88 prevê que, em caso de medida provisória entendida como inconstitucional pelo Congresso Nacional, estas não serão convertidas em lei. Destaca-se ainda que o TCU, ao exercer suas atividades, poderá, de modo incidental, deixar de aplicar lei que considere inconstitucional. Nesse sentido, dispõe a Súmula 347/STF que “o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. Note que a Corte de Contas não tem competência para declarar a inconstitucionalidade das leisou atos normativos em abstrato. Controle repressivo realizado pelo Executivo Segundo a doutrina, pode o Chefe do Poder Executivo descumprir lei considerada, por ele, inconstitucional. Isso porque o controle concentrado vincula esse Poder (art. 28, parágrafo único, Lei 9.868/99; art. 102, § 2º, CF/88) e o mesmo ocorre com a súmula vinculante (art. 64-B, Lei 9.784/99). Nesse sentido, entende o STF que “o controle de constitucionalidade da lei ou dos atos normativos é da competência exclusiva do Poder Judiciário. Os Poderes Executivo e Legislativo, por sua chefia – e isso mesmo tem sido questionado com o alargamento da legitimação ativa na ação direta de inconstitucionalidade – podem tão só determinar aos seus órgão subordinados que deixem de aplicar administrativamente as leis ou atos com força de lei que considerem inconstitucionais” (ADI 221- MC/DF, DJ de 22.10.1993). Controle difuso O controle difuso é também chamado controle pela via de exceção ou defesa, ou controle aberto. Verifica-se em um caso concreto, em que a 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀6!#∃!%&! ! ! declaração de inconstitucionalidade se dá de forma incidental (“incidenter tantum”), vinculando apenas as partes do processo com vistas à solução da lide. A. Legitimação ativa Como vimos, o controle de constitucionalidade incidental se dá no curso de qualquer ação submetida à análise do Poder Judiciário em que haja um interesse concreto em discussão. Assim, são legitimados ativos (competentes para provocar o Judiciário) todas as partes do processo e eventuais terceiros intervenientes no processo, bem como o Ministério Público, que atua como fiscal da lei (“custos legis”). Além disso, o Poder Judiciário pode, sem provocação, declarar de ofício a inconstitucionalidade da lei, afastando sua aplicação ao caso concreto. Diz-se, então, que o juiz ou tribunal também são legitimados ativos no controle difuso, quando declaram a inconstitucionalidade do ato normativo de ofício. B. Competência Qualquer juiz ou tribunal é competente para declarar a inconstitucionalidade de ato normativo ou lei conflitante com a Constituição, afastando sua aplicação ao caso concreto. Entretanto, no que se refere aos tribunais, é necessário a obediência à “reserva de plenário”, nos termos do art. 97 da CF/88: Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Assim, para que a declaração de inconstitucionalidade por tribunal seja válida, é necessário voto favorável da maioria absoluta dos juízes que compõem aquele tribunal, independentemente do número de magistrados presentes à seção de julgamento. Questão de prova: 2. (FCC/2012/TRE-SP) A cláusula de reserva de plenário não se aplica aos processos de competência da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral. Comentários: A cláusula de reserva de plenário se aplica a todos os tribunais, inclusive aos da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral. Questão incorreta. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀!#∃!%&! ! ! A CF/88 prevê a instituição de órgão especial pelos tribunais no seu art. 93, XI: XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno (...) Os órgãos fracionários (turmas, câmaras e seções) e monocráticos dos tribunais não podem decretar a inconstitucionalidade das leis. Na falta de órgão especial, a inconstitucionalidade só poderá ser declarada pelo plenário do tribunal. Mesmo no caso de não declararem expressamente a inconstitucionalidade da lei, os órgãos fracionários não poderão afastar sua aplicação no todo ou em parte, conforme reza a Súmula Vinculante 10 do STF: Súmula Vinculante no 10 - Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. Destaca-se, entretanto, que a exigência de reserva de plenário só se aplica à apreciação da primeira controvérsia referente à inconstitucionalidade de uma lei. Caso já tenha havido decisão do plenário ou do órgão especial do respectivo tribunal, ou do plenário do STF declarando a inconstitucionalidade da lei analisada no caso concreto, poderão os órgãos fracionários ou monocráticos proclamarem a inconstitucionalidade daquele ato normativo. Questão de prova: 3. (FCC/2012/TRE-SP) Viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. Comentários: Tem-se, aqui, a literalidade da sumula vinculante no 10. Questão correta. C. Requisitos Subjetivos 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∋!#∃!%&! ! ! O controle de constitucionalidade incidental é exercido por qualquer órgão do Poder Judiciário. A decisão é feita sobre questão prévia, indispensável ao julgamento do mérito, não recaindo sobre o objeto principal da lide, tendo como efeito afastar a incidência da norma viciada. A questão de constitucionalidade pode ser suscitada pelas partes ou pelo Ministério Público, ou ser reconhecida de ofício pelo juiz ou tribunal. No último caso, somente poderá ser pronunciada pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do órgão especial (art. 97, CF). D. Requisitos objetivos No que se refere ao controle de constitucionalidade exercido pelos tribunais, mesmo não cabendo ao órgão fracionário declarar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, caberá a ele acolher ou rejeitar a arguição de inconstitucionalidade. O pronunciamento desse órgão, pela rejeição ou acolhimento da arguição de inconstitucionalidade, é irrecorrível. Caso a rejeite, o julgamento prosseguirá, sendo aplicada a lei ou o ato normativo. Caso a acolha, o que poderá se dar por maioria simples, a questão será submetida ao tribunal pleno ou ao órgão especial. Percebe-se que o Plenário só poderá se posicionar sobre questão acolhida pelo órgão fracionário, não podendo emitir juízo sobre questão rejeitada por Turma ou Câmara. A inconstitucionalidade, então, só poderá ser declarada havendo, no mínimo, os votos da maioria absoluta nesse sentido. A decisão do Plenário é irrecorrível e vincula o órgão fracionário, no caso concreto. Publicado o acórdão dessa decisão, reinicia-se o julgamento da questão concreta perante o órgão fracionário.Então, procede-se a juntada do acórdão do Pleno ou do órgão especial sobre a inconstitucionalidade da lei, sob pena de, no caso de interposição de recurso extraordinário, entender o Supremo Tribunal Federal que não pode conhecer do apelo por ausência de peça fundamental para o julgamento definitivo.2 Por outro lado, o órgão fracionário pode decidir pela constitucionalidade da lei.3 Isso se dá, como dissemos anteriormente, quando a Turma ou a Câmara rejeita a arguição de inconstitucionalidade. Questão relevante diz respeito à necessidade de se observar a regra do art. 97 da Constituição (reserva de Plenário) no caso da declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto. Segundo a doutrina, nesse caso, !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ∋ !)017!89:;<8<!∀25=2&67!8∃−=!>?≅=!Α∃−ΒΧ!#∃!>∃−−Χ7!∆Ε!#∃!∋(=62=∀%%4=! ( !)017!89!Φ;<8<!∀3∀=&427!8∃−=!>?≅=!Α.Γ−ΧΒ!Η∃−−ΧΒΧ7!∆Ε!#∃!∀∀=6∋=∀%%&=! 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀(!#∃!%&! ! ! por haver inequívoca declaração de inconstitucionalidade, o referido dispositivo é, sim, de observância obrigatória4. Outro ponto importante diz respeito à necessidade ou não de se provocar o Plenário ou o órgão especial do Tribunal toda vez que se discutir a constitucionalidade de lei ou ato normativo que já teve sua legitimidade discutida naquele Tribunal. Segundo o STF, fixada a orientação do Pleno ou do órgão especial, em consonância com o art. 97 da Constituição, poderá o órgão fracionário decidir como de direito, observando a decisão sobre a questão constitucional5. E no caso de já existir pronunciamento do STF sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do ato normativo? Há necessidade de observância do art. 97 da Constituição pelos Tribunais? Nesse caso, entende o Pretório Excelso que é dispensável encaminhar-se o tema constitucional ao Plenário do Tribunal6. Segundo o STF, a reserva de plenário da declaração de inconstitucionalidade funda-se na presunção de constitucionalidade das leis e atos normativos, somada a razões de segurança jurídica. Desse modo, “a decisão plenária do Supremo Tribunal declaratória de inconstitucionalidade de norma, posto que incidente, sendo pressuposto necessário e suficiente a que o Senado lhe confira efeitos “erga omnes”, elide a presunção de sua constitucionalidade; a partir daí, podem os órgãos parciais dos outros tribunais acolhê-la para fundar a decisão de casos concretos ulteriores, prescindido de submeter a questão de constitucionalidade ai seu próprio plenário. A Lei 9.756 de 17.12.1998 introduziu parágrafo único ao art. 481 da Lei 5.869 de 11.01.1973 (Código de Processo Civil) nesse sentido, positivando a orientação do STF. E. Efeitos da decisão A decisão no controle de constitucionalidade incidental só alcança as partes do processo, ou seja, tem eficácia “inter partes”. Além disso, não vincula os demais órgãos do Judiciário e a Administração, por isso diz-se não vinculante. Os efeitos da decisão, em regra, são retroativos (“ex tunc”), atingindo a relação jurídica motivadora da decisão desde sua origem. Entretanto, poderá !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! & !>∃≅#∃Β7!Ι?−+.Γϑ!ΚΓ.≅ΛΧ7!Μ.,−Χ!Ι,ΒΝ.ΟΧ!ΙΧ≅∃Ν=!Α,ΓΒΧ!#∃!∆?Γ∃?ΝΧ!ΑΧ≅ΒΝ?Ν,Λ?Χ≅.−=!3Π!∃#?ΘΡΧ7!(Π!Ν?Γ.<∃+7!∋6∀∀=!9#=! ).Γ.?Ο.=! 2 !89!∀%6=4∋57!8∃−=!>?≅=!Σ−+.Γ!Ι.−ΟΡΧ7!∆Ε!#∃!(6=62=∀%%4ϑ!89!∀%∀=5%37!8∃−=!>?≅=!)∃Τ∗−Ο∃#.!Μ∃ΓΝ∃≅Λ∃7!∆Ε!#∃!∋%=65=∀%%47! 89:;<8<!&((=5637!8∃−=!>?≅=!)∃Τ∗−Ο∃#.!Μ∃ΓΝ∃≅Λ∃7!∆Ε!#∃!6∀=6&=∋662=! 3 !∀Π!0,Γ+.!#Χ!)017!89!∀%6=4∋57!89!∀%∀=5%57!8∃−=!>?≅=!)∃Τ∗−Ο∃#.!Μ∃ΓΝ∃≅Λ∃7!∆Ε!#∃!∋∋=65=∀%%4=! 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀&!#∃!%&! ! ! o Supremo, por decisão de dois terços dos seus membros, em situações especiais, tendo em vista razões de segurança jurídica ou relevante interesse nacional, dar efeitos prospectivos (“ex nunc”) à decisão, ou fixar outro momento para que sua eficácia tenha início. Trata-se da chamada modulação de efeitos pelo Poder Judiciário. Questões de prova: 4. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Um juiz de primeiro grau, ao declarar a inconstitucionalidade de lei em sentença, pode, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, determinar que a declaração de inconstitucionalidade tenha eficácia erga omnes ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado. Comentários: As decisões dos juízes de primeiro grau se dão no controle difuso de constitucionalidade, tendo efeito “inter partes” e “ex nunc”. Questão incorreta. 5. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Um juiz de primeiro grau, ao declarar a inconstitucionalidade de lei em sentença, realiza controle de constitucionalidade difuso, no qual o exame da compatibilidade de uma lei com a Constituição é incidental e relacionado a um determinado caso concreto. Comentários: De fato, os juízes singulares apenas realizam controle de constitucionalidade difuso. Questão correta. 6. (FCC/2012/TRE-SP) As decisões proferidas pela maioria absoluta dos membros dos Tribunais, no exercício do controle incidental de constitucionalidade, produzem efeitos contra todos e vinculantes relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário. Comentários: No controle incidental de constitucionalidade, as decisões têm eficácia apenas entre as partes. Questão incorreta. F. Intervenção de “Amicus Curiae”, do Ministério Público e de outros interessados O art. 29 da Lei 9.869/99 deu ao art. 482 do Código de Processo Civil nova redação. Por meio desse dispositivo, permitiu-se que o Ministério Público 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀2!#∃!%&! ! ! e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, manifestem-se no incidente de inconstitucionalidade. Também os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos. Por fim, o relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades. Além disso, o Regimento Interno do STF prevê que poderá o relator ou o Presidente convocar audiência pública para ouvir o depoimento de pessoas com experiência e autoridade em determinada matéria, sempre que entender necessário o esclarecimento de questões ou circunstâncias de fato, com repercussão geral e de interesse público relevante, debatidas no âmbito do Tribunal. Com isso, amplia-se a possibilidade de participação de terceiros interessados na resolução de questões constitucionais. G. Atuação do Senado Federal O Senado Federal tem, por disposição constitucional, a faculdade de suspender, por meio de resolução, ato declaradoinconstitucional pelo STF em controle difuso de constitucionalidade, conferindo eficácia geral (“erga omnes”) à decisão da Corte. Trata-se, portanto, de ato político, que visa a conferir eficácia “erga omnes” a uma decisão proferida pelo STF no caso concreto. Como ato político que é, a suspensão da norma não é uma obrigação do Senado Federal. Caso o órgão permaneça inerte, não há qualquer infração ao ordenamento jurídico. Caso declare tal suspensão, entretanto, esta recairá sobre tudo aquilo que foi declarado inconstitucional pelo STF. Exemplo: se o Pretório Excelso considerou todo o texto legal inconstitucional, não pode o Senado suspendê-lo apenas em parte. Não pode a Casa Alta do Congresso Nacional restringir ou ampliar a extensão do julgado do STF. Outro ponto de destaque é que, caso o STF em momento futuro, reveja sua opinião, considerando constitucional a norma outrora tida como inválida, a suspensão realizada pelo Senado Federal perde seus efeitos jurídicos. A FCC (Fundação Carlos Chagas) considera que essa resolução, em regra tem efeitos ex nunc. No que se refere à Administração Pública Federal, entretanto, seus efeitos são retroativos (ex tunc), por previsão do Decreto no 2346/97. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀3!#∃!%&! ! ! Por fim, para finalizar este tópico, deve-se observar que a atuação do Senado atinge não só as normas federais, mas também as estaduais e as municipais. Questão de prova: 7. (FCC/2013/TRT 9ª Região) De acordo com a Constituição Federal brasileira, em matéria de controle difuso de constitucionalidade, o Senado Federal poderá editar uma resolução suspendendo a execução, no todo ou em parte, de lei ou ato normativo declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Esta resolução senatorial: a) Terá efeitos erga omnes, porém ex nunc, ou seja, a partir da sua publicação. b) Não terá efeitos erga omnes, sendo que os efeitos inter partes serão ex nunc, ou seja, a partir da sua publicação. c) Terá efeitos erga omnes e ex tunc, ou seja, anteriores a sua publicação. d) Somente terá efeitos ex tunc depois de aprovada por maioria absoluta do Senado Federal e um terço do Congresso Nacional. e) Não terá efeitos erga omnes, porém os efeitos inter partes serão ex tunc, ou seja, anteriores a sua publicação. Comentários: A resolução do Senado terá efeitos “erga omnes” e “ex nunc”. A letra A é o gabarito da questão. H. Súmula vinculante Com o objetivo de evitar que milhares de ações com mesmo objeto chegassem ao Supremo no âmbito concreto, foi criada a súmula vinculante pela Emenda Constitucional no 46/2004: Art. 103-A, CF/88. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀4!#∃!%&! ! ! controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. A súmula vinculante não tem eficácia sobre a função típica do Poder Legislativo. Isso para evitar a chamada “fossilização constitucional”, termo de autoria do Ministro do STF Cezar Peluso. Explica o Ministro que “as constituições, enquanto planos normativos voltados para o futuro, não podem de maneira nenhuma perder sua flexibilidade e abertura. (...) Decerto, é preciso preservar o equilíbrio entre o Supremo e o Legislativo, cuja tarefa de criar leis não pode ficar reduzida, a ponto de prejudicar o espaço democrático- representativo de sua legitimidade política, fossilizando, assim, a própria Constituição de 1988, que consagra a harmonia entre os Poderes (CF, art. 2º)”. A iniciativa para aprovação, revisão ou cancelamento da súmula vinculante pode se dar por iniciativa do próprio Tribunal (de ofício) ou pela iniciativa dos legitimados arrolados na Lei 11.417/2006: Art. 3o São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III – a Mesa da Câmara dos Deputados; IV – o Procurador-Geral da República; V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI - o Defensor Público-Geral da União; VII – partido político com representação no Congresso Nacional; VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀5!#∃!%&! ! ! XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares. O município também é legitimado a propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo. A aprovação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante exige decisão de 2/3 dos membros do STF (oito Ministros), em sessão plenária. Somente a partir da publicação na imprensa oficial o enunciado da súmula passará a ter efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Em geral, a eficácia da súmula vinculante é imediata. Entretanto, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público, o STF poderá, por decisão de 2/3 dos seus membros, restringir seus efeitos ou decidir que a súmula só tenha eficácia a partir de outro momento. Caso seja praticado ato ou proferida decisão que contrarie os termos da súmula, a parte prejudicada poderá intentar reclamação diretamenteperante o STF. Salienta-se, contudo, que o uso da reclamação só será admitido após o esgotamento das vias administrativas. I. Os meios de acesso ao controle difuso do STF O STF, como guardião da Constituição e instância máxima da jurisdição brasileira, soluciona demandas que já foram decididas em última ou única instância por outros órgãos do Poder Judiciário ou a ele submetidas por sua competência originária. Nesse sentido, várias são as ações apreciadas pela Corte Excelsa em sede de controle difuso de constitucionalidade. É o caso dos mandados de segurança ou “habeas corpus” que tenham como paciente detentor de foro especial no STF, por exemplo. Atualmente, o recurso extraordinário é o principal meio de acesso à jurisdição do STF. J. Modulação Temporal O STF pode, ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀%!#∃!%&! ! ! trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.. Trata-se da chamada modulação temporal dos efeitos da decisão. Essa técnica foi utilizada pelo STF em vários de seus julgados, como, por exemplo, a ADI 3.022/2004, o HC 82.959 e os Recursos Extraordinários 560.626, 556.664 e 559.882. Nesses julgados, o Pretório Excelso declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos, mas, considerando a repercussão e a insegurança jurídica desses casos, modulou os efeitos da decisão. ! 8. (FCC/2012/TRE-SP) O controle de constitucionalidade não pode ser exercido por juízes em estágio probatório. Comentários: A Constituição não faz essa ressalva. Também os juízes substitutos podem exercer controle de constitucionalidade. Questão incorreta. 9. (FCC/2010/MPE-SE) A inconstitucionalidade formal é decorrente da desconformidade do seu processo de elaboração com alguma regra ou princípio da Constituição. Comentários: Na inconstitucionalidade formal ou normodinâmica, o desrespeito se dá quanto ao processo de elaboração da norma, preconizado pela Constituição. Questão correta. 10. (FCC/2009/TCE-PI) No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.127-8, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a expressão "ou desacato", contida no § 2º do artigo 7º da Lei nº 8.906, de 1994, a seguir transcrito na íntegra: "O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer." Nesse caso, o Supremo Tribunal Federal procedeu à declaração parcial de inconstitucionalidade do texto normativo submetido à sua apreciação. Comentários: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋6!#∃!%&! ! ! No Brasil, o Judiciário pode declarar a inconstitucionalidade parcial de fração de artigo, parágrafo, inciso, alínea ou até mesmo sobre uma única palavra ou expressão do ato normativo. Trata-se do chamado princípio da parcelaridade. Questão correta. 11. (FCC/2008/TCE-SP) Por força da Emenda Constitucional no 52, de 8 de março de 2006, foi dada nova redação ao § 1o do artigo 17 da Constituição da República, estabelecendo-se inexistir obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas dos partidos políticos em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Referido dispositivo foi objeto de impugnação por meio de ação direta de inconstitucionalidade, ao final julgada procedente, pelo Supremo Tribunal Federal, para o fim de declarar que a alteração promovida pela referida emenda constitucional somente fosse aplicada após decorrido um ano da data de sua vigência (ADI 3685-DF, Rel. Min. Ellen Gracie, publ. DJU de 10 ago. 2006). Na hipótese relatada, o Supremo Tribunal Federal procedeu à: a) interpretação, conforme a Constituição, sem redução de texto normativo. b) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto normativo. c) declaração total de inconstitucionalidade, com redução de texto normativo. d) interpretação, conforme a Constituição, com redução de texto normativo. e) declaração de situação de norma ainda constitucional. Comentários: A declaração parcial de nulidade sem redução de texto é uma técnica usada pelo STF para declarar a inconstitucionalidade de determinadas aplicações da lei sem excluir parte de seu texto. É usada quando a supressão de parte do texto legal é impossível, por subverter completamente a vontade do legislador ou por levar consigo dispositivos constitucionais. Nesses casos, o STF considera que aquela lei não poderá ser aplicada a determinadas pessoas ou situações, enquanto para as demais permanecerá válida. A letra A é o gabarito da questão. 12. (FCC/2007/TCE-MG) Por força de lei promulgada em 2001, inseriu-se no Código de Processo Civil a possibilidade de o magistrado impor multa àqueles que, participantes do processo, praticassem atos especificados de obstrução da Justiça, ressalva feita aos advogados que se sujeitassem exclusivamente aos estatutos da Ordem dos Advogados do Brasil. Referido dispositivo foi objeto de impugnação por meio de ação direta de inconstitucionalidade, ao final julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal, para o fim de "declarar que a ressalva contida na parte inicial desse artigo alcança todos os 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋∀!#∃!%&! ! ! advogados, com esse título atuando em juízo, independentemente de estarem sujeitos também a outros regimes jurídicos" (ADI 2652-DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, publ. DJU de 14 nov. 2003). Na hipótese relatada, procedeu o Supremo Tribunal Federal à: a) interpretação conforme a Constituição, sem redução de texto normativo. b) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto normativo. c) declaração total de inconstitucionalidade, com redução de texto normativo. d) interpretação conforme a Constituição, com redução de texto normativo. e) declaração de situação de norma ainda constitucional. Comentários: Novamente, aplica-se a interpretação conforme a Constituição, sem redução de texto. A letra A é o gabarito. 13. (FCC/1999/TJ-RJ) Conforme a Constituição brasileira e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, dentre os atos sujeitos ao controle concentrado de constitucionalidade no Brasil incluem-se as leis anteriores à Constituição, fulminadas pelo vício da inconstitucionalidade superveniente e os decretos normativos regulamentares. Comentários: O STF não admite a inconstitucionalidade superveniente, de uma normaprimária em relação a uma Constituição posterior. Isso porque, como já dissemos, nesse caso a Constituição revoga a norma primária incompatível. Não se trata de inconstitucionalidade, mas de revogação. Questão incorreta. 14. (FCC/2007/TCE-MG) O “judicial review”, como sendo a faculdade que as Constituições outorgam ao Poder Judiciário de declarar a inconstitucionalidade de lei e de outros atos do Poder Público que contrariem, formal ou materialmente, preceitos ou princípios constitucionais, como ocorre nos Estados Unidos da América do Norte, caracteriza o controle como jurisdicional. Comentários: De fato, o sistema de controle judicial é adotado pelos EUA, cabendo ao Poder Judiciário a declaração da constitucionalidade das leis. Questão correta. 15. (FCC/2009/TRT 16ª Região) No Brasil, o controle de constitucionalidade repressivo jurídico ou judiciário é misto, pois exercido tanto da forma concentrada, quanto da forma difusa. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋∋!#∃!%&! ! ! Comentários: De fato, essa é a modalidade de controle de constitucionalidade exercida pelo Brasil. Questão correta. 16. (FCC/2007/TCE-MG) Quando a Constituição submete certas categorias de leis ao controle político e outras ao controle jurisdicional, em que as leis federais ficam sob o controle do Congresso Nacional, e as leis locais sob o controle dos Tribunais Superiores, como ocorre na Suíça, caracteriza-se o controle como político, por ser este o predominante. Comentários: Nesse caso, tem-se o controle de constitucionalidade misto. Questão incorreta. 17. (FCC/2007/TCE-MG - adaptada) Considera-se mecanismo de controle político de constitucionalidade o veto do Presidente da República a projeto de lei, ordinária ou complementar, por contrariedade ao interesse público. Comentários: Nesse caso, não há controle de constitucionalidade, mas mero juízo político sobre o projeto de lei. Haveria controle de constitucionalidade político se o veto se desse por inconstitucionalidade do projeto. Questão incorreta. 18. (FCC/2007/TCE-MG) Considera-se mecanismo de controle político repressivo de constitucionalidade a decisão do Supremo Tribunal Federal em sede de controle concentrado em que se modulem os efeitos de seu alcance temporal. Comentários: Tem-se, nesse caso, o controle judicial ou jurisdicional de constitucionalidade. Questão incorreta. 19. (FCC/2007/TCE-MG) Considera-se mecanismo de controle político repressivo de constitucionalidade a suspensão, pelo Senado Federal, da execução total ou parcial de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Comentários: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋(!#∃!%&! ! ! Agora sim, tem-se um caso de controle político (exercido pelo Poder Legislativo) de constitucionalidade. Questão correta. 20. (FCC/2010/TRE-AM) No que diz respeito ao controle repressivo em relação ao órgão controlador, a ocorrência em Estados onde o órgão que garante a supremacia da Constituição sobre o ordenamento jurídico é distinto dos demais Poderes do Estado caracteriza espécie de controle: a) indeterminado. b) jurídico. c) judiciário. d) misto. e) político. Comentários: No caso proposto no enunciado, há um órgão político, que não faz parte de qualquer dos Poderes do Estado, encarregado de realizar o controle de constitucionalidade. A letra E é a alternativa da questão. 21. (FCC/2009/TRT 16ª Região) É cabível a realização de controle de constitucionalidade difuso ou concentrado em relação a normas elaboradas em desrespeito ao devido processo legislativo, por flagrante inconstitucionalidade formal. Comentários: De fato, pode-se declarar a inconstitucionalidade formal de norma elaborada em desrespeito ao devido processo legislativo tanto em sede de controle difuso quanto de concentrado. Questão correta. 22. (FCC/2010/PGE-AM) Aos juízes de primeiro grau não cabe declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que incidentalmente no processo, tendo em vista a cláusula de "reserva de plenário" prevista na Constituição Federal. Comentários: Podem sim, os juízes de primeiro grau, determinarem a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, em controle incidental. Questão incorreta. 23. (FCC/2006/TCE-PB) O sistema brasileiro, a despeito de sua complexidade, jamais atribuiu aos órgãos do Poder Legislativo instrumentos de controle político repressivo de constitucionalidade. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋&!#∃!%&! ! ! Comentários: Como vimos, pode o Legislativo realizar controle repressivo de constitucionalidade. É o caso, por exemplo, de decreto legislativo que suspenda a execução de decreto que exorbite do poder regulamentar (art. 49, V, CF). Questão incorreta. 24. (FCC/2006/MPE-PE) É correto afirmar que o controle da constitucionalidade das leis pode ser preventivo e repressivo, sendo, de regra, o primeiro exercido tanto pelo Poder Legislativo como pelo Poder Executivo e, o segundo, pelo Poder Judiciário. Comentários: De fato, no Brasil o controle de constitucionalidade pode ser tanto repressivo quanto preventivo. O controle repressivo é de competência do Judiciário e do Legislativo (arts. 49, V e 62, da CF). Já o preventivo é exercido pelo Legislativo (arts. 22, 47-49, 58, 60-62, 64 e 65, da CF) e pelo Executivo, por meio do veto jurídico (art. 66, § 1º, CF). Questão correta. 25. (FCC/2010/PGE-AM) Aos juízes de primeiro grau não cabe declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que incidentalmente no processo, tendo em vista a cláusula de "reserva de plenário" prevista na Constituição Federal. Comentários: Os juízes de primeiro grau podem, sim, declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, por meio do controle difuso de constitucionalidade. A cláusula de “reserva de plenário”, como vimos, aplica-se a Tribunais. Questão incorreta. 26. (FCC/2010/TJ-MS) No exercício do controle de constitucionalidade no Direito brasileiro, juiz de primeiro grau, nos autos de processos de sua competência, pode declarar a Inconstitucionalidade de leis, inclusive de ofício, o que não é permitido a desembargador fora da composição plenária ou do órgão especial que exerça competências jurisdicionais por delegação do tribunal pleno (salvo se houver precedente da própria Corte ou do Supremo Tribunal Federal ). Comentários: De fato, pode o juiz de primeiro grau declarar, no controle difuso e na via incidental, a inconstitucionalidade das leis, inclusive de ofício. Também os 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. NádiaCarolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋2!#∃!%&! ! ! tribunais podem fazê-lo sendo, entretanto, necessário obediência à cláusula da “reserva de plenário”, nos termos do art. 97 da CF/88. Nesse caso, a inconstitucionalidade somente poderá ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do tribuna ou por seu órgão especial. Contudo, a exigência de reserva de plenário só se aplica à apreciação da primeira controvérsia referente à inconstitucionalidade de uma lei. Caso já tenha havido decisão do plenário ou do órgão especial do respectivo tribunal, ou do plenário do STF declarando a inconstitucionalidade da lei analisada no caso concreto, poderão os órgãos fracionários ou monocráticos proclamarem a inconstitucionalidade daquele ato normativo. Questão correta. 27. (FCC/2010/TJ-PI) Os Tribunais de Justiça Estaduais, no controle de constitucionalidade, participam do controle de constitucionalidade difuso, podendo declarar a inconstitucionalidade de leis desde que respeitem a cláusula de reserva de plenário. Comentários: De fato, os Tribunais de Justiça são competentes para realizar o controle difuso de constitucionalidade, obedecida a cláusula de “reserva do plenário” (art. 97, CF). Questão correta. 28. (FCC/2011/PGE-RO) É uma das características da ação direta de inconstitucionalidade no controle abstrato das normas na Constituição Federal brasileira resultar em uma decisão judicial final com efeito “ex tunc” sempre, não se admitindo a modulação de efeitos pelo Poder Judiciário. Comentários: A decisão no controle de constitucionalidade incidental só alcança as partes do processo, ou seja, tem eficácia “inter partes”. Além disso, não vincula os demais órgãos do Judiciário e a Administração, por isso diz-se não vinculante. Os efeitos da decisão, em regra, são retroativos (“ex tunc”), atingindo a relação jurídica motivadora da decisão desde sua origem. Entretanto, poderá o Supremo, por decisão de dois terços dos seus membros, em situações especiais, tendo em vista razões de segurança jurídica ou relevante interesse nacional, dar efeitos prospectivos (“ex nunc”) à decisão, ou fixar outro momento para que sua eficácia tenha início. Trata-se da chamada modulação de efeitos pelo Poder Judiciário. Questão incorreta. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋3!#∃!%&! ! ! 29. (FCC/2006/TCE-AM) Compete ao Supremo Tribunal Federal editar súmula com efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, à administração pública direta e indireta e ao Poder Legislativo. Comentários: Com o objetivo de evitar que milhares de ações com mesmo objeto chegassem ao Supremo no âmbito concreto, foi criada a súmula vinculante pela Emenda Constitucional no 46/2004: Art. 103-A, CF/88. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. A súmula vinculante não tem eficácia sobre a função típica do Poder Legislativo. Isso para evitar a chamada “fossilização constitucional”, termo de autoria do Ministro do STF Cezar Peluso. Explica o Ministro que “as constituições, enquanto planos normativos voltados para o futuro, não podem de maneira nenhuma perder sua flexibilidade e abertura. (...) Decerto, é preciso preservar o equilíbrio entre o Supremo e o Legislativo, cuja tarefa de criar leis não pode ficar reduzida, a ponto de prejudicar o espaço democrático- representativo de sua legitimidade política, fossilizando, assim, a própria Constituição de 1988, que consagra a harmonia entre os Poderes (CF, art. 2º)”. Questão incorreta. 30. (FCC/2006/TCE-AM) Compete ao Supremo Tribunal Federal editar súmula com efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta federal, mas não em relação à estadual. Comentários: A súmula vinculantes tem efeitos sobre a administração pública de todos os entes federativos (art. 103-A, “caput”, CF). Questão incorreta. 31. (FCC/2006/TCE-AM) Compete ao Supremo Tribunal Federal editar súmula com efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋4!#∃!%&! ! ! do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta federal, mas não em relação à estadual. Comentários: A súmula vinculante tem efeitos sobre a administração pública de todos os entes federativos (art. 103-A, “caput”, CF). Questão incorreta. 32. (FCC/2006/TCE-AM) Compete ao Supremo Tribunal Federal editar súmula com efeitos vinculantes sendo vedada sua aprovação por ato de ofício do Tribunal. Comentários: A iniciativa para aprovação, revisão ou cancelamento da súmula vinculante pode se dar por iniciativa do próprio Tribunal (de ofício) ou pela iniciativa dos legitimados arrolados na Lei 11.417/2006. Questão incorreta. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋5!#∃!%&! ! ! Controle abstrato O controle abstrato possui várias denominações, a que você deve se habituar: controle concentrado, controle “in abstrato”, controle direto, controle por via de ação, controle por via principal e controle em tese. Esse controle, como já dissemos, é exercido em tese, sem relação com um caso concreto, por um tribunal com competência específica e originária (não recursal). Quando realizado em face da Constituição Federal, é exercido exclusivamente perante o STF, por meio das ações a seguir: • Ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADI); • Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO); • Ação declaratória de constitucionalidade (ADC); • Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADI interventiva); • Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). 1. Ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADI) A ação direta de inconstitucionalidade é, sem dúvida, a mais cobrada em concursos. Atenção para os detalhes que estudaremos a seguir! A primeira Constituição a tratar dessa ação foi a de 1946, após a EC no 16/1965. Antes dessa previsão, o controle de constitucionalidade realizado no Brasil era apenas o difuso, previsto na Constituição de 1981. i. Competência Compete exclusivamente ao STF processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual em face da Constituição Federal. ii. Parâmetro de Controle A Constituição em vigor é o único parâmetro do controleabstrato de constitucionalidade (art. 102, I, “a”, CF/88). Nesse sentido, o STF considera inadmissível a aferição de constitucionalidade de ato em face de norma constitucional já revogada7. Nesse caso, o controle de constitucionalidade só é possível na via incidental. Entretanto, entende a Corte que é possível o exame de constitucionalidade caso o parâmetro de controle (norma constitucional) tenha !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 4 !8Τ=!∀=6∀37!8∃−=!>?≅=!>ΧΓ∃?Γ.!;−Ο∃Β7!80Ε7!%2!Υ(ς/%%(=! 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∋%!#∃!%&! ! ! sido modificado após a propositura da ação8. O Tribunal Excelso acolheu questão de ordem para afirmar que a revogação ou alteração superveniente de parâmetro de controle não impede o conhecimento da ação em relação à norma constitucional em vigor quando da propositura da ação. Caso a norma ordinária impugnada venha a ser declarada inconstitucional, o processo restaria integralmente concluído. Caso, porém, a lei fosse reconhecida como constitucional, a questão, conforme doutrina majoritária, seria examinada em sede de ADI, mas com características de controle incidental, para averbar a recepção ou não do direito ordinário9. Destaca-se, ainda, que por força do § 3º do art. 5º da Constituição, tratado sobre direitos humanos incorporado ao ordenamento jurídico pelo procedimento legislativo de emenda constitucional será, também parâmetro de controle de constitucionalidade. Isso porque esse tratado adquirirá força de emenda constitucional. iii. Legitimação ativa São legitimados a propor ADI perante o STF: Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 5 !;∆Σ!26%7!8∃−=!>?≅=!>∃≅∃Ω∃Β!∆?Γ∃?ΝΧ7!#∃Λ?ΒΡΧ!#∃!6∀=65=∋6657!∆Ε!#∃!65=6%=∋665=! % !>∃≅#∃Β7!Ι?−+.Γϑ!ΚΓ.≅ΛΧ7!Μ.,−Χ!Ι,ΒΝ.ΟΧ!ΙΧ≅∃Ν=!Α,ΓΒΧ!#∃!∆?Γ∃?ΝΧ!ΑΧ≅ΒΝ?Ν,Λ?Χ≅.−=!3Π!∃#?ΘΡΧ7!(Π!Ν?Γ.<∃+7!∋6∀∀=!9#=! ).Γ.?Ο.=! 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(6!#∃!%&! ! ! Dentre esses legitimados, apenas dois necessitam de advogado para a propositura da ação: partido político com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. No curso do processo, entretanto, poderão praticar todos os atos, sem necessidade de advogado, segundo entendimento do STF. Outro ponto importante a se destacar é que segundo o STF, a aferição da legitimidade do partido político para propor a ação deve ser feita no momento da propositura da mesma. Caso haja perda superveniente de representação do partido no Congresso Nacional, isso não o desqualifica como legitimado ativo. Além disso, entende a Corte que é suficiente, para a instauração do controle abstrato, a decisão do presidente do partido, não havendo necessidade de manifestação de seu diretório. Destaca-se também que o STF admite a instauração do controle abstrato por “associações de associações”, ou seja, associações que congreguem apenas pessoas jurídicas. Entretanto, para a Corte, os sindicatos e as federações, mesmo tendo abrangência nacional, não têm legitimidade ativa para instaurar o controle abstrato, uma vez que a legitimidade alcança somente as confederações sindicais. Isso porque “as sindicatos e as federações, mercê de ostentarem abrangência nacional, não detêm legitimidade ativa ad causam para o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, na forma do artigo 103, inciso IX, da Constituição Federal. As confederações sindicais organizadas na forma da lei ostentam legitimidade ad causam exclusiva para provocar o controle concentrado da constitucionalidade de normas10”. Ressalta-se, ainda, que o Pretório Excelso diferencia os legitimados em dois grupos: legitimados universais e legitimados especiais. Os primeiros compreendem aqueles que podem propor ADI sobre qualquer matéria; os segundos, aqueles que só podem propor ADI quando haja comprovado interesse de agir, ou seja, pertinência entre a matéria do ato impugnado e as funções exercidas pelo legitimado. Veja como se classificam os legitimados na tabela a seguir: !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 10 ADI 4361 PA , Rel. Min. Luiz Fux, j. 16/11/2011, Tribunal Pleno. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(∀!#∃!%&! ! ! Por fim, é importante saber que a Constituição de 1988 rompeu com o monopólio do Procurador-Geral da República para a propositura de ações no controle abstrato de constitucionalidade. Houve um significativo aumento do número de legitimados, conforme se verifica no art. 103 da Carta Magna. Questões de prova: 33. (FCC/2012/TRT 4ª Região/Juiz) Governador do Estado do Paraná ajuizou ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, tendo por objeto o artigo 78, § 3º, da Constituição do Estado, segundo o qual "as decisões fazendárias de última instância, contrárias ao erário, serão apreciadas pelo Tribunal de Contas em grau de recurso" (ADI 523, Rel. Min. Eros Grau). A esse respeito, à luz da disciplina constitucional da matéria, é correto afirmar que o Governador do Estado não possui legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade que tenha por objeto dispositivo da Constituição estadual, fruto que esta é do poder constituinte decorrente, instituído pelo poder constituinte originário. Comentários: O Governador de Estado é, sim, legitimado a propor ADI (art. 103, V, CF). Questão incorreta. 34. (FCC/2013/AL-PB) O Conselho Federal da OAB poderá ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade desde que comprovada a pertinência temática. Legitimados universais Presidente da República Procurador-Geral da República Mesa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados Conselho Federal da OAB Partido político com representação no Congresso Nacional Legitimados especiais Governador de Estado e do DF Mesa de Assembleia Legislativa e da Câmara Legislativa do DF Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Constitucional p/SEFAZ-PE Profa. Nádia Carolina – Aula 15 ! ! !∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(∋!#∃!%&! !
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