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SEFAZ PE XEST constitucional ricardoenadia Aula 15

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Aula 15
Direito Constitucional p/ SEFAZ/PE - com videoaula
Professores: Ricardo Vale, Nádia Carolina
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AULA 15: Controle de Constitucionalidade 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Teoria e Questões Comentadas 1-76 
2-Lista de Questões 77-91 
3- Gabarito 92-94 
Olá, querido (a) aluno (a)! 
 Hoje trataremos de um tema muitíssimo cobrado em provas de 
concurso: o controle de constitucionalidade! 
 Mãos à obra! 
Conceito de controle de constitucionalidade 
 Entende-se por controle de constitucionalidade a aferição, por órgão 
determinado pelo constituinte originário, da validade de uma norma primária à 
luz da Constituição Federal. A partir desse controle, as normas são 
consideradas inválidas – quando em desacordo com a Carta Magna – ou 
válidas, quando em acordo. As normas inválidas são expurgadas (eliminadas) 
do ordenamento jurídico. 
Pressupostos do Controle de Constitucionalidade 
 Segundo a doutrina, são pressupostos do controle de 
constitucionalidade: i) existência de uma Constituição escrita e rígida; ii) 
existência de um mecanismo de fiscalização das leis, com previsão de, pelo 
menos, um órgão com competência para o exercício da atividade de controle. 
Nos países de Constituição escrita e rígida, por vigorar o princípio da 
supremacia formal da Constituição, todas as demais espécies normativas 
devem ser compatíveis com as normas elaboradas pelo constituinte originário, 
tanto do ponto de vista formal (procedimental), quanto material (conteúdo). 
Isso porque como consequência da rigidez constitucional as leis constitucionais 
são hierarquicamente superior às demais. 
Outro pressuposto é a previsão constitucional de um mecanismo de 
fiscalização das leis. O poder constituinte originário deve definir quem será o 
órgão competente para decidir acerca da ocorrência ou não de ofensa à 
Constituição e o processo pelo qual tal decisão será formalizada. 
O órgão competente para exercer o controle de constitucionalidade pode 
exercer tanto função jurisdicional quanto política, integrando (no primeiro 
caso) ou não (no segundo) a estrutura do Poder Judiciário. No caso do Brasil, 
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compete ao Judiciário exercer o controle de constitucionalidade das leis, 
embora haja a possibilidade de os demais Poderes, em situações excepcionais, 
realizarem o controle de constitucionalidade. 
 É importante ressaltar que a regra é que se presumam as leis como 
válidas. Elas somente podem ser consideradas inconstitucionais após 
declaração formal do órgão competente para tanto. Trata-se do princípio da 
presunção de constitucionalidade das leis. 
 Evolução do Controle de Constitucionalidade 
 O primeiro marco histórico do controle de constitucionalidade foi o caso 
Marbury vs Madison, julgado em 1803 nos Estados Unidos pelo Chief of Justice 
John Marshall. No caso Marbury vs Madison, realizou-se o controle difuso de 
constitucionalidade, em que se decidiu a constitucionalidade de uma lei em um 
caso concreto. A decisão de Marshall consolidou a supremacia da Constituição 
em relação às demais normas jurídicas, bem como o poder-dever dos juízes de 
negar a aplicação às leis contrárias à Constituição. 
 O segundo marco histórico desse controle foi o surgimento do controle 
concentrado de constitucionalidade, por obra de Hans Kelsen, que apresentou 
um projeto à elaboração da Constituição da Áustria (chamada 
Oktoberverfassung), promulgada em 1920. Para ele, o controle de 
constitucionalidade deveria ser exercido exclusivamente por um órgão 
jurisdicional especial, e não por qualquer juiz, como no sistema americano. 
Esse órgão, o Tribunal Constitucional, não julgaria nenhuma pretensão 
concreta, mas apenas o problema abstrato de compatibilidade lógica entre a lei 
e a Constituição. 
Espécies de Inconstitucionalidade 
A inconstitucionalidade pode se dar por ação ou omissão. 
 Na inconstitucionalidade por ação, o desrespeito à Constituição resulta 
de uma conduta positiva de um órgão estatal. Exemplo: edição de medida 
provisória pelo Presidente da República em desacordo com a Constituição. 
Pode ser total ou parcial. No primeiro caso, todos os dispositivos da norma 
são contrários à Constituição. No segundo, apenas alguns deles. 
 Já na inconstitucionalidade por omissão, verifica-se a inércia do 
legislador frente a um dispositivo constitucional carente de regulamentação por 
lei. Ocorre quando o legislador permanece omissivo diante de uma norma 
constitucional de eficácia limitada, obstando o exercício de direito. 
 A inconstitucionalidade por omissão também pode ser total ou parcial. 
Na primeira, o legislador se abstém de regular a norma constitucional, gerando 
uma lacuna no ordenamento jurídico. Na segunda, o legislador produz a norma 
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de maneira insatisfatória, deixando de atender aos pressupostos 
constitucionais da norma de regência. 
 A omissão parcial pode, ainda, ser parcial propriamente dita ou relativa. 
No primeiro caso, a lei, embora tenha sido editada, regula o texto de 
maneira deficiente. É o caso da lei que regulamenta o art. 7º, IV, da 
Constituição, que estabelece o direito ao salário mínimo. Embora ela preveja o 
seu valor, este é muito inferior ao necessário para cumprir todas as garantias 
do dispositivo constitucional. 
 No segundo caso, de omissão parcial relativa, a lei confere o benefício 
previsto pela Constituição a uma categoria, deixando de concedê-lo a outra 
que deveria ser contemplada. Nesse caso, por não ter função legislativa, não 
pode o Judiciário estender o benefício a essa categoria, sob pena de violar a 
separação dos Poderes1. 
 A inconstitucionalidade também pode ser material ou formal. 
 A inconstitucionalidade material ou nomoestática se dá quando o 
conteúdo da lei contraria a Constituição. É o caso de lei que suprima as 
imunidades parlamentares, por exemplo. Tal lei será considerada inválida 
mesmo que tenha obedecido fielmente ao processo legislativo preconizado pela 
Carta Magna. A denominação nomoestática se dá em função de o vício 
material se referir à substância, tendo caráter estático. 
Já na inconstitucionalidade formal ou nomodinâmica, o desrespeito se 
dá quanto ao processo de elaboração da norma, preconizado pela 
Constituição. É o caso do vício quanto à iniciativa existente quando o 
Presidente da República propõe lei cuja iniciativa é de competência privativa do 
STF, por exemplo. A denominação nomodinâmica se dá em função de o vício 
formal decorrer da violação ao processo legislativo, o que traz, consigo, uma 
ideia de dinamismo, movimento. 
A inconstitucionalidade formal poderá ser de três tipos: orgânica, 
formal propriamente dita ou formal por violação a pressupostos 
objetivos do ato. Vejamos o que cada um significa: 
• Inconstitucionalidade formal orgânica: decorre da inobservância da 
competência legislativa para a elaboraçãodo ato. Exemplo: lei municipal que 
discipline sobre direito penal será inconstitucional, por ser essa matéria de 
competência da União. 
• Inconstitucionalidade formal propriamente dita: decorre da 
inobservância do processo legislativo, seja na fase de iniciativa ou nas demais. 
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 Se o vício ocorrer na fase de iniciativa, ter-se-á o chamado vício formal 
subjetivo. É o caso, por exemplo, de iniciativa parlamentar de projeto que 
modifique os efetivos das Forças Armadas. Essa competência é exclusiva 
(reservada) do Presidente da República, sendo este o único que pode iniciar 
processo legislativo da matéria. Caso contrário, o projeto sofrerá de vício 
formal subjetivo, insanável pela sanção do Presidente da República. 
Por outro lado, caso esse vício se dê nas demais fases do processo 
legislativo, ter-se-á o vício formal objetivo. É o caso, por exemplo, de não 
obediência ao quórum de votação de emenda constitucional (três quintos). 
Nesse caso, a emenda votada padecerá de vício de inconstitucionalidade 
formal objetiva. 
• Inconstitucionalidade formal por violação a pressupostos 
objetivos do ato normativo: decorre da inobservância de elementos não 
reentrantes no processo legislativo, pressupostos constitucionalmente 
considerados como determinantes de competência dos órgãos legislativos em 
relação a certas matérias. É o caso de medida provisória editada sem a 
observância dos requisitos de relevância e urgência, por exemplo (art. 62, 
“caput”, CF). 
 Outra importante classificação para a inconstitucionalidade é aquela que 
a divide em total e parcial. No primeiro tipo, todo o ato normativo é 
considerado inválido; no segundo, apenas parte dele. 
 No Brasil, o Judiciário pode declarar a inconstitucionalidade parcial 
de fração de artigo, parágrafo, inciso, alínea ou até mesmo sobre uma única 
palavra ou expressão do ato normativo. Trata-se do chamado princípio da 
parcelaridade. Entretanto, tal declaração não poderá modificar o sentido e o 
alcance da lei, sob pena de ofensa à separação dos Poderes, que impede ao 
Poder Judiciário atuar como legislador positivo. 
 Além disso, de acordo com o STF, a declaração parcial da 
inconstitucionalidade da norma só é possível no controle abstrato quando for 
possível presumir que o restante do dispositivo seria editado 
independentemente daquela parte considerada inconstitucional. 
 Destaca-se, também, que é possível que o STF verifique a existência de 
vício em determinado ato normativo, mas não declare sua 
inconstitucionalidade. O STF, nesses casos, evita o chamado agravamento do 
estado de inconstitucionalidade, situação em que a retirada do ato do 
ordenamento jurídico resulta em maior lesão à Constituição que a manutenção 
do mesmo. 
Declaração parcial de nulidade sem redução de texto e interpretação 
conforme a Constituição 
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 A declaração parcial de nulidade sem redução de texto é uma técnica 
usada pelo STF para declarar a inconstitucionalidade de determinadas 
aplicações da lei sem excluir parte de seu texto. É usada quando a supressão 
de parte do texto legal é impossível, por subverter completamente a vontade 
do legislador ou por levar consigo dispositivos constitucionais. Nesses casos, o 
STF considera que aquela lei não poderá ser aplicada a determinadas pessoas 
ou situações, enquanto para as demais permanecerá válida. 
 Imagine que uma lei disponha da seguinte forma: 
Art. 1º. Aos titulares do cargo XXX, aplicam-se as seguintes 
vedações: 
I – vedação x; 
II – vedação y. 
Art. 2º. Aos titulares do cargo YYY aplicam-se as vedações dos 
incisos I e II do art. 1º. 
 Caso o STF entendesse que a extensão da vedação y ao cargo YYY foi 
inconstitucional, não teria como retirar essa regra do texto legal por meio de 
supressão de alguma palavra ou expressão, sob pena de subverter a vontade 
do legislador quanto à aplicação da vedação y aos titulares do cargo XXX ou da 
vedação x aos titulares do cargo YYY. Nesse caso, o STF poderia resolver a 
questão declarando a inconstitucionalidade, sem redução de texto, do art. 2º 
da lei no que se refere à vedação y aos titulares do cargo YYY. 
 Já a interpretação conforme a Constituição é técnica usada pelo STF para 
eliminar algumas possibilidades de interpretação da lei que são ofensivas à 
Constituição. Assim, a norma será considerada constitucional desde que 
interpretada de determinada maneira ou desde que não se lhe dê determinada 
interpretação. 
 É importante ressaltar que para o STF só existe a inconstitucionalidade 
direta, ou seja, a desconformidade de norma primária com a Constituição. A 
chamada inconstitucionalidade indireta, em que um ato normativo secundário 
(um decreto expedido pelo Presidente da República, por exemplo) ofende a 
Carta Magna, é considerada pelo Pretório Excelso mera ilegalidade. Isso 
porque a norma secundária tem sua validade aferida a partir da norma 
primária, e não da Constituição, sendo a ofensa a esta apenas indireta. 
 Outro aspecto importante a destacar é que o STF não admite a 
inconstitucionalidade superveniente, de uma norma primária em relação a 
uma Constituição posterior. Isso porque entende que a nova Constituição 
revoga a norma primária incompatível. Não se trata de inconstitucionalidade, 
mas de revogação. 
A inconstitucionalidade “por arrastamento” ou por atração 
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 Essa teoria considera que se, em determinado processo de controle de 
constitucionalidade, a norma principal for julgada inconstitucional, outra norma 
daquela dependente deverá ser igualmente considerada inconstitucional. 
Trata-se do chamado vício de inconstitucionalidade por arrastamento, por 
atração ou consequente, que decorre da relação de instrumentalidade entre as 
normas. 
 A técnica se justifica pelo fato de algumas normas guardarem íntima 
relação entre si, formando uma verdadeira unidade jurídica. Com isso, torna-
se impossível a declaração de constitucionalidade de algumas e a manutenção 
das demais no ordenamento jurídico. 
 A inconstitucionalidade por atração pode ser usada tanto na análise de 
processos distintos quanto no âmbito de um mesmo processo. Isso significa 
que na decisão o STF enumera as normas atingidas pela inconstitucionalidade 
da norma principal, reconhecendo sua invalidade por “arrastamento”. A técnica 
também se aplica a decreto fundado na lei declarada inconstitucional (ADI 
2.995/PE, 13.12.2006). 
Sistemas de controle 
 O sistema de controle diz respeito aos órgãos aos quais o legislador O 
sistema de controle diz respeito aos órgãos aos quais o legislador constituinte 
atribuiu competência para controlar a constitucionalidade das leis. Os sistemas 
de controle podem ser: judiciais ou jurisdicionais, políticos ou mistos. 
Tem-se o controleJudicial ou jurisdicional quando apenas o Judiciário 
tem competência para declarar a inconstitucionalidade das leis. É adotado 
pelos Estados Unidos. 
Já o Político ou francês se dá quando órgão não pertencente ao 
Judiciário detém essa competência. Nesse caso, o controle de 
constitucionalidade é realizado por órgão político, não por órgão jurisdicional. 
Por fim, ocorre controle de constitucionalidade misto quando a 
fiscalização da constitucionalidade de algumas normas cabe ao Judiciário e a 
de outras, não. 
Modelos de controle 
 Importante classificação do controle de constitucionalidade é aquela que 
considera o modo ou a forma do controle. Com base nessa classificação, o 
controle pode ser incidental ou principal. 
 No incidental, a inconstitucionalidade é discutida no âmbito de um 
processo ou ação judicial, como um incidente. Nesse caso, a 
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constitucionalidade não é o objeto da ação. Em geral, está associado ao 
modelo difuso, embora haja exceções. 
 Já no principal, a questão constitucional é discutida autonomamente em 
um processo ou ação principal, constituindo o objeto desse processo. 
No que se refere ao número de órgãos do Poder Judiciário com 
competência para fiscalizar a constitucionalidade das leis, há três modelos de 
controle distintos: o difuso, o concentrado e o misto. 
 No controle difuso, ou aberto, também chamado americano, a 
competência para exercer o controle de constitucionalidade das leis é atribuída 
a todos os órgãos do Poder Judiciário. Esse modelo surgiu nos Estados 
Unidos, a partir do caso “Marbury versus Madison”, em que se firmou o 
entendimento de que o Judiciário poderia deixar de aplicar uma lei aos casos 
concretos quando a considerasse inconstitucional. 
Já no controle concentrado, reservado, também chamado austríaco ou 
europeu, o controle de constitucionalidade é de competência de um único 
órgão jurisdicional, ou de um número bastante limitado de órgãos. Esse 
modelo teve origem na Áustria, por influência de Hans Kelsen, para quem a 
fiscalização da constitucionalidade das leis deveria caber a uma Corte 
Constitucional. 
No Brasil, adota-se o controle jurisdicional misto, porque realizado 
pelo Judiciário tanto de forma concentrada quanto de forma difusa (por 
qualquer juiz ou tribunal). 
Questão de prova: 
1. (FCC/2013/AL-PB) Em relação ao controle abstrato de 
constitucionalidade, é correto afirmar que o Supremo Tribunal Federal 
deve condicionar sua admissibilidade à inviabilidade do controle 
difuso. 
Comentários: 
Não existe essa relação. Mesmo sendo possível o controle difuso, o STF 
poderá admitir o controle abstrato, cumpridas as exigências constitucionais e 
legais. Questão incorreta. 
 
Momentos do controle 
 O controle de constitucionalidade pode ser preventivo ou repressivo. 
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 É preventivo ou “a priori” quando a fiscalização se dá sobre projeto de 
lei. É o caso da análise feita pelo Poder Judiciário nos casos de mandado de 
segurança impetrados por parlamentar com o objetivo de sustar a tramitação 
de proposta de emenda constitucional ofensiva à Constituição, por exemplo. 
 O controle preventivo tem como característica ocorrer enquanto o 
processo legislativo está em andamento, iniciando-se com apreciação do 
projeto pelas Comissões de Constituição e Justiça, prosseguindo no Plenário 
das Casas Legislativas e terminando com o veto do Poder Executivo. Além 
disso, tem natureza política, uma vez que é exercido pelo Executivo ou pelo 
Legislativo. 
 No Brasil, a única possibilidade de controle preventivo a ser realizado 
pelo Judiciário é aquela em que esse Poder atua sobre projeto de lei em 
trâmite na Casa Legislativa. Nesse caso, o Judiciário garante ao parlamentar o 
direito ao devido processo legislativo, impedindo que este seja obrigado a 
participar de procedimento que viole as regras da Constituição Federal. Seu 
exercício se dá de modo incidental, pela via de exceção ou de defesa. 
Já no Poder Executivo, esse tipo de controle poderá ocorrer, por 
exemplo, quando o Presidente da República vetar projeto de lei por considera-
lo inconstitucional (veto jurídico). Por sua vez, no Legislativo, poderá ocorrer, 
dentre outras hipóteses, quando da análise da constitucionalidade dos projetos 
de lei pelas Comissões de Constituição e Justiça, nas Casas Legislativas. 
 Em oposição, é repressivo, sucessivo ou “a posteriori” quando o 
controle incide sobre norma pronta, integrante do ordenamento jurídico. Em 
regra, é realizado pelo Judiciário, mas pode, também, ser exercido pelo 
Legislativo e pelo Executivo. 
Vias de ação 
 As vias de ação são os modos pelos quais uma lei pode ser impugnada 
perante o Judiciário. São elas a via incidental (de defesa ou de exceção) e a via 
principal (abstrata ou de ação direta). 
 Na via incidental, a aferição de constitucionalidade se dá diante de uma 
lide, um caso concreto, em que uma das partes requer a declaração de 
inconstitucionalidade de uma lei. A aferição da constitucionalidade não é o 
objeto principal do pedido, apenas um incidente do processo, um meio para se 
resolver a lide. Por isso, é chamada incidental ou “incidenter tantum”. É o 
modelo adotado nos Estados Unidos da América. Pode ser exercido perante 
qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário, em qualquer processo, sempre 
que uma das partes alegar que determinada lei aplicável ao caso concreto é 
inconstitucional. 
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 Por outro lado, na via principal, a aferição da constitucionalidade é o 
principal pedido do autor, é a razão do processo. O autor requer que 
determinada lei tenha sua constitucionalidade aferida a fim de resguardar o 
ordenamento jurídico. 
Controle repressivo realizado pelo Legislativo 
A Constituição Federal prevê duas possibilidades de controle de 
constitucionalidade “a posteriori” pelo Poder Legislativo. A primeira delas se dá 
no art. 49, V, da CF/88, que estabelece que é competência exclusiva do 
Congresso Nacional “sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação 
legislativa”. Esse controle se dá por meio de decreto legislativo expedido pelo 
Congresso Nacional. 
A segunda possibilidade está prevista no art. 62 da Carta Magna. Nesse 
dispositivo, a CF/88 prevê que, em caso de medida provisória entendida 
como inconstitucional pelo Congresso Nacional, estas não serão convertidas 
em lei. 
Destaca-se ainda que o TCU, ao exercer suas atividades, poderá, de modo 
incidental, deixar de aplicar lei que considere inconstitucional. Nesse sentido, 
dispõe a Súmula 347/STF que “o Tribunal de Contas, no exercício de suas 
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder 
Público”. Note que a Corte de Contas não tem competência para declarar a 
inconstitucionalidade das leisou atos normativos em abstrato. 
Controle repressivo realizado pelo Executivo 
Segundo a doutrina, pode o Chefe do Poder Executivo descumprir lei 
considerada, por ele, inconstitucional. Isso porque o controle concentrado 
vincula esse Poder (art. 28, parágrafo único, Lei 9.868/99; art. 102, § 2º, 
CF/88) e o mesmo ocorre com a súmula vinculante (art. 64-B, Lei 9.784/99). 
 Nesse sentido, entende o STF que “o controle de constitucionalidade da 
lei ou dos atos normativos é da competência exclusiva do Poder Judiciário. Os 
Poderes Executivo e Legislativo, por sua chefia – e isso mesmo tem sido 
questionado com o alargamento da legitimação ativa na ação direta de 
inconstitucionalidade – podem tão só determinar aos seus órgão 
subordinados que deixem de aplicar administrativamente as leis ou 
atos com força de lei que considerem inconstitucionais” (ADI 221-
MC/DF, DJ de 22.10.1993). 
Controle difuso 
O controle difuso é também chamado controle pela via de exceção ou 
defesa, ou controle aberto. Verifica-se em um caso concreto, em que a 
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declaração de inconstitucionalidade se dá de forma incidental (“incidenter 
tantum”), vinculando apenas as partes do processo com vistas à solução da 
lide. 
A. Legitimação ativa 
Como vimos, o controle de constitucionalidade incidental se dá no curso 
de qualquer ação submetida à análise do Poder Judiciário em que haja um 
interesse concreto em discussão. Assim, são legitimados ativos (competentes 
para provocar o Judiciário) todas as partes do processo e eventuais terceiros 
intervenientes no processo, bem como o Ministério Público, que atua como 
fiscal da lei (“custos legis”). 
 Além disso, o Poder Judiciário pode, sem provocação, declarar de ofício a 
inconstitucionalidade da lei, afastando sua aplicação ao caso concreto. Diz-se, 
então, que o juiz ou tribunal também são legitimados ativos no controle difuso, 
quando declaram a inconstitucionalidade do ato normativo de ofício. 
B. Competência 
 
Qualquer juiz ou tribunal é competente para declarar a 
inconstitucionalidade de ato normativo ou lei conflitante com a Constituição, 
afastando sua aplicação ao caso concreto. Entretanto, no que se refere aos 
tribunais, é necessário a obediência à “reserva de plenário”, nos termos 
do art. 97 da CF/88: 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão 
os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do Poder Público. 
 Assim, para que a declaração de inconstitucionalidade por tribunal 
seja válida, é necessário voto favorável da maioria absoluta dos juízes que 
compõem aquele tribunal, independentemente do número de magistrados 
presentes à seção de julgamento. 
 Questão de prova: 
2. (FCC/2012/TRE-SP) A cláusula de reserva de plenário não se 
aplica aos processos de competência da Justiça do Trabalho e da 
Justiça Eleitoral. 
 
Comentários: 
A cláusula de reserva de plenário se aplica a todos os tribunais, inclusive aos 
da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral. Questão incorreta. 
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 A CF/88 prevê a instituição de órgão especial pelos tribunais no seu 
art. 93, XI: 
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco 
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo 
de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício 
das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da 
competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas 
por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno 
(...) 
 Os órgãos fracionários (turmas, câmaras e seções) e monocráticos 
dos tribunais não podem decretar a inconstitucionalidade das leis. Na falta de 
órgão especial, a inconstitucionalidade só poderá ser declarada pelo plenário 
do tribunal. 
 Mesmo no caso de não declararem expressamente a 
inconstitucionalidade da lei, os órgãos fracionários não poderão afastar sua 
aplicação no todo ou em parte, conforme reza a Súmula Vinculante 10 do STF: 
Súmula Vinculante no 10 - Viola a cláusula de reserva de plenário 
(CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, 
embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no 
todo ou em parte. 
 Destaca-se, entretanto, que a exigência de reserva de plenário só se 
aplica à apreciação da primeira controvérsia referente à inconstitucionalidade 
de uma lei. Caso já tenha havido decisão do plenário ou do órgão especial do 
respectivo tribunal, ou do plenário do STF declarando a inconstitucionalidade 
da lei analisada no caso concreto, poderão os órgãos fracionários ou 
monocráticos proclamarem a inconstitucionalidade daquele ato normativo. 
 Questão de prova: 
3. (FCC/2012/TRE-SP) Viola a cláusula de reserva de plenário a 
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare 
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. 
Comentários: 
Tem-se, aqui, a literalidade da sumula vinculante no 10. Questão correta. 
C. Requisitos Subjetivos 
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O controle de constitucionalidade incidental é exercido por qualquer 
órgão do Poder Judiciário. A decisão é feita sobre questão prévia, 
indispensável ao julgamento do mérito, não recaindo sobre o objeto principal 
da lide, tendo como efeito afastar a incidência da norma viciada. 
A questão de constitucionalidade pode ser suscitada pelas partes ou pelo 
Ministério Público, ou ser reconhecida de ofício pelo juiz ou tribunal. No último 
caso, somente poderá ser pronunciada pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do órgão especial (art. 97, CF). 
D. Requisitos objetivos 
No que se refere ao controle de constitucionalidade exercido pelos 
tribunais, mesmo não cabendo ao órgão fracionário declarar a 
constitucionalidade ou inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, caberá a 
ele acolher ou rejeitar a arguição de inconstitucionalidade. O pronunciamento 
desse órgão, pela rejeição ou acolhimento da arguição de 
inconstitucionalidade, é irrecorrível. Caso a rejeite, o julgamento prosseguirá, 
sendo aplicada a lei ou o ato normativo. Caso a acolha, o que poderá se dar 
por maioria simples, a questão será submetida ao tribunal pleno ou ao órgão 
especial. 
Percebe-se que o Plenário só poderá se posicionar sobre questão acolhida 
pelo órgão fracionário, não podendo emitir juízo sobre questão rejeitada por 
Turma ou Câmara. A inconstitucionalidade, então, só poderá ser declarada 
havendo, no mínimo, os votos da maioria absoluta nesse sentido. 
A decisão do Plenário é irrecorrível e vincula o órgão fracionário, no caso 
concreto. Publicado o acórdão dessa decisão, reinicia-se o julgamento da 
questão concreta perante o órgão fracionário.Então, procede-se a juntada do 
acórdão do Pleno ou do órgão especial sobre a inconstitucionalidade da lei, sob 
pena de, no caso de interposição de recurso extraordinário, entender o 
Supremo Tribunal Federal que não pode conhecer do apelo por ausência de 
peça fundamental para o julgamento definitivo.2 
Por outro lado, o órgão fracionário pode decidir pela constitucionalidade da 
lei.3 Isso se dá, como dissemos anteriormente, quando a Turma ou a Câmara 
rejeita a arguição de inconstitucionalidade. 
Questão relevante diz respeito à necessidade de se observar a regra do 
art. 97 da Constituição (reserva de Plenário) no caso da declaração de 
inconstitucionalidade sem redução de texto. Segundo a doutrina, nesse caso, 
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por haver inequívoca declaração de inconstitucionalidade, o referido dispositivo 
é, sim, de observância obrigatória4. 
Outro ponto importante diz respeito à necessidade ou não de se provocar 
o Plenário ou o órgão especial do Tribunal toda vez que se discutir a 
constitucionalidade de lei ou ato normativo que já teve sua legitimidade 
discutida naquele Tribunal. Segundo o STF, fixada a orientação do Pleno ou do 
órgão especial, em consonância com o art. 97 da Constituição, poderá o órgão 
fracionário decidir como de direito, observando a decisão sobre a questão 
constitucional5. 
E no caso de já existir pronunciamento do STF sobre a 
constitucionalidade ou inconstitucionalidade do ato normativo? Há necessidade 
de observância do art. 97 da Constituição pelos Tribunais? Nesse caso, 
entende o Pretório Excelso que é dispensável encaminhar-se o tema 
constitucional ao Plenário do Tribunal6. Segundo o STF, a reserva de plenário 
da declaração de inconstitucionalidade funda-se na presunção de 
constitucionalidade das leis e atos normativos, somada a razões de segurança 
jurídica. Desse modo, “a decisão plenária do Supremo Tribunal declaratória de 
inconstitucionalidade de norma, posto que incidente, sendo pressuposto 
necessário e suficiente a que o Senado lhe confira efeitos “erga omnes”, elide a 
presunção de sua constitucionalidade; a partir daí, podem os órgãos parciais 
dos outros tribunais acolhê-la para fundar a decisão de casos concretos 
ulteriores, prescindido de submeter a questão de constitucionalidade ai seu 
próprio plenário. 
A Lei 9.756 de 17.12.1998 introduziu parágrafo único ao art. 481 da Lei 
5.869 de 11.01.1973 (Código de Processo Civil) nesse sentido, positivando a 
orientação do STF. 
E. Efeitos da decisão 
 A decisão no controle de constitucionalidade incidental só alcança as 
partes do processo, ou seja, tem eficácia “inter partes”. Além disso, não 
vincula os demais órgãos do Judiciário e a Administração, por isso diz-se não 
vinculante. 
 Os efeitos da decisão, em regra, são retroativos (“ex tunc”), atingindo 
a relação jurídica motivadora da decisão desde sua origem. Entretanto, poderá 
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o Supremo, por decisão de dois terços dos seus membros, em situações 
especiais, tendo em vista razões de segurança jurídica ou relevante interesse 
nacional, dar efeitos prospectivos (“ex nunc”) à decisão, ou fixar outro 
momento para que sua eficácia tenha início. Trata-se da chamada 
modulação de efeitos pelo Poder Judiciário. 
 Questões de prova: 
4. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Um juiz de primeiro grau, ao declarar 
a inconstitucionalidade de lei em sentença, pode, tendo em vista 
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, 
determinar que a declaração de inconstitucionalidade tenha eficácia 
erga omnes ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu 
trânsito em julgado. 
Comentários: 
As decisões dos juízes de primeiro grau se dão no controle difuso de 
constitucionalidade, tendo efeito “inter partes” e “ex nunc”. Questão incorreta. 
5. (FCC/2012/TRT 6ª Região) Um juiz de primeiro grau, ao declarar 
a inconstitucionalidade de lei em sentença, realiza controle de 
constitucionalidade difuso, no qual o exame da compatibilidade de 
uma lei com a Constituição é incidental e relacionado a um 
determinado caso concreto. 
Comentários: 
De fato, os juízes singulares apenas realizam controle de constitucionalidade 
difuso. Questão correta. 
6. (FCC/2012/TRE-SP) As decisões proferidas pela maioria 
absoluta dos membros dos Tribunais, no exercício do controle 
incidental de constitucionalidade, produzem efeitos contra todos e 
vinculantes relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário. 
Comentários: 
No controle incidental de constitucionalidade, as decisões têm eficácia apenas 
entre as partes. Questão incorreta. 
F. Intervenção de “Amicus Curiae”, do Ministério Público e de 
outros interessados 
 
 O art. 29 da Lei 9.869/99 deu ao art. 482 do Código de Processo Civil 
nova redação. Por meio desse dispositivo, permitiu-se que o Ministério Público 
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e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato 
questionado, se assim o requererem, manifestem-se no incidente de 
inconstitucionalidade. Também os titulares do direito de propositura referidos 
no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a 
questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno 
do Tribunal, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de 
pedir a juntada de documentos. Por fim, o relator, considerando a relevância 
da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá admitir, por 
despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades. 
 Além disso, o Regimento Interno do STF prevê que poderá o relator 
ou o Presidente convocar audiência pública para ouvir o depoimento de 
pessoas com experiência e autoridade em determinada matéria, sempre que 
entender necessário o esclarecimento de questões ou circunstâncias de fato, 
com repercussão geral e de interesse público relevante, debatidas no âmbito 
do Tribunal. Com isso, amplia-se a possibilidade de participação de terceiros 
interessados na resolução de questões constitucionais. 
G. Atuação do Senado Federal 
 O Senado Federal tem, por disposição constitucional, a faculdade de 
suspender, por meio de resolução, ato declaradoinconstitucional pelo STF 
em controle difuso de constitucionalidade, conferindo eficácia geral (“erga 
omnes”) à decisão da Corte. Trata-se, portanto, de ato político, que visa a 
conferir eficácia “erga omnes” a uma decisão proferida pelo STF no caso 
concreto. 
 Como ato político que é, a suspensão da norma não é uma obrigação 
do Senado Federal. Caso o órgão permaneça inerte, não há qualquer infração 
ao ordenamento jurídico. 
 Caso declare tal suspensão, entretanto, esta recairá sobre tudo aquilo 
que foi declarado inconstitucional pelo STF. Exemplo: se o Pretório Excelso 
considerou todo o texto legal inconstitucional, não pode o Senado suspendê-lo 
apenas em parte. Não pode a Casa Alta do Congresso Nacional restringir ou 
ampliar a extensão do julgado do STF. 
 Outro ponto de destaque é que, caso o STF em momento futuro, 
reveja sua opinião, considerando constitucional a norma outrora tida como 
inválida, a suspensão realizada pelo Senado Federal perde seus efeitos 
jurídicos. 
 A FCC (Fundação Carlos Chagas) considera que essa resolução, em 
regra tem efeitos ex nunc. No que se refere à Administração Pública Federal, 
entretanto, seus efeitos são retroativos (ex tunc), por previsão do Decreto no 
2346/97. 
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 Por fim, para finalizar este tópico, deve-se observar que a atuação do 
Senado atinge não só as normas federais, mas também as estaduais e as 
municipais. 
 Questão de prova: 
7. (FCC/2013/TRT 9ª Região) De acordo com a Constituição 
Federal brasileira, em matéria de controle difuso de 
constitucionalidade, o Senado Federal poderá editar uma resolução 
suspendendo a execução, no todo ou em parte, de lei ou ato 
normativo declarado inconstitucional por decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal. Esta resolução senatorial: 
a) Terá efeitos erga omnes, porém ex nunc, ou seja, a partir da sua 
publicação. 
b) Não terá efeitos erga omnes, sendo que os efeitos inter 
partes serão ex nunc, ou seja, a partir da sua publicação. 
c) Terá efeitos erga omnes e ex tunc, ou seja, anteriores a sua 
publicação. 
d) Somente terá efeitos ex tunc depois de aprovada por maioria 
absoluta do Senado Federal e um terço do Congresso Nacional. 
e) Não terá efeitos erga omnes, porém os efeitos inter partes serão ex 
tunc, ou seja, anteriores a sua publicação. 
Comentários: 
A resolução do Senado terá efeitos “erga omnes” e “ex nunc”. A letra A é o 
gabarito da questão. 
H. Súmula vinculante 
 
 Com o objetivo de evitar que milhares de ações com mesmo objeto 
chegassem ao Supremo no âmbito concreto, foi criada a súmula vinculante 
pela Emenda Constitucional no 46/2004: 
Art. 103-A, CF/88. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício 
ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus 
membros, após reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na 
imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais 
órgãos do Poder Judiciário e à administração pública 
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, 
bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma 
estabelecida em lei. 
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a 
eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja 
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controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a 
administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e 
relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. 
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a 
aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser 
provocada por aqueles que podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade. 
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a 
súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá 
reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a 
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão 
judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com 
ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. 
 A súmula vinculante não tem eficácia sobre a função típica do Poder 
Legislativo. Isso para evitar a chamada “fossilização constitucional”, termo de 
autoria do Ministro do STF Cezar Peluso. Explica o Ministro que “as 
constituições, enquanto planos normativos voltados para o futuro, não podem 
de maneira nenhuma perder sua flexibilidade e abertura. (...) Decerto, é 
preciso preservar o equilíbrio entre o Supremo e o Legislativo, cuja tarefa de 
criar leis não pode ficar reduzida, a ponto de prejudicar o espaço democrático-
representativo de sua legitimidade política, fossilizando, assim, a própria 
Constituição de 1988, que consagra a harmonia entre os Poderes (CF, art. 
2º)”. 
A iniciativa para aprovação, revisão ou cancelamento da súmula 
vinculante pode se dar por iniciativa do próprio Tribunal (de ofício) ou 
pela iniciativa dos legitimados arrolados na Lei 11.417/2006: 
Art. 3o São legitimados a propor a edição, a revisão ou o 
cancelamento de enunciado de súmula vinculante: 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV – o Procurador-Geral da República; 
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VI - o Defensor Público-Geral da União; 
VII – partido político com representação no Congresso Nacional; 
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional; 
IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa 
do Distrito Federal; 
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
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XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados 
ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais 
Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais 
Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares. 
 O município também é legitimado a propor, incidentalmente ao curso de 
processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de 
enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo. 
 A aprovação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante exige 
decisão de 2/3 dos membros do STF (oito Ministros), em sessão plenária. 
 Somente a partir da publicação na imprensa oficial o enunciado da 
súmula passará a ter efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, 
estadual e municipal. 
 Em geral, a eficácia da súmula vinculante é imediata. Entretanto, tendo 
em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público, o 
STF poderá, por decisão de 2/3 dos seus membros, restringir seus efeitos ou 
decidir que a súmula só tenha eficácia a partir de outro momento. 
 Caso seja praticado ato ou proferida decisão que contrarie os termos da 
súmula, a parte prejudicada poderá intentar reclamação diretamenteperante o 
STF. Salienta-se, contudo, que o uso da reclamação só será admitido após o 
esgotamento das vias administrativas. 
I. Os meios de acesso ao controle difuso do STF 
 
O STF, como guardião da Constituição e instância máxima da jurisdição 
brasileira, soluciona demandas que já foram decididas em última ou única 
instância por outros órgãos do Poder Judiciário ou a ele submetidas por sua 
competência originária. Nesse sentido, várias são as ações apreciadas pela 
Corte Excelsa em sede de controle difuso de constitucionalidade. É o caso dos 
mandados de segurança ou “habeas corpus” que tenham como paciente 
detentor de foro especial no STF, por exemplo. 
Atualmente, o recurso extraordinário é o principal meio de acesso à 
jurisdição do STF. 
J. Modulação Temporal 
 O STF pode, ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os 
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu 
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trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.. Trata-se da 
chamada modulação temporal dos efeitos da decisão. 
 Essa técnica foi utilizada pelo STF em vários de seus julgados, como, 
por exemplo, a ADI 3.022/2004, o HC 82.959 e os Recursos Extraordinários 
560.626, 556.664 e 559.882. Nesses julgados, o Pretório Excelso declarou a 
inconstitucionalidade dos dispositivos, mas, considerando a repercussão e a 
insegurança jurídica desses casos, modulou os efeitos da decisão. 
!
8. (FCC/2012/TRE-SP) O controle de constitucionalidade não pode 
ser exercido por juízes em estágio probatório. 
 
Comentários: 
 
A Constituição não faz essa ressalva. Também os juízes substitutos podem 
exercer controle de constitucionalidade. Questão incorreta. 
 
9. (FCC/2010/MPE-SE) A inconstitucionalidade formal é decorrente 
da desconformidade do seu processo de elaboração com alguma regra 
ou princípio da Constituição. 
 
Comentários: 
 
Na inconstitucionalidade formal ou normodinâmica, o desrespeito se dá 
quanto ao processo de elaboração da norma, preconizado pela Constituição. 
Questão correta. 
 
10. (FCC/2009/TCE-PI) No julgamento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade nº 1.127-8, o Supremo Tribunal Federal declarou 
inconstitucional a expressão "ou desacato", contida no § 2º do artigo 
7º da Lei nº 8.906, de 1994, a seguir transcrito na íntegra: "O 
advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, 
difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, 
no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das 
sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer." 
Nesse caso, o Supremo Tribunal Federal procedeu à declaração parcial 
de inconstitucionalidade do texto normativo submetido à sua 
apreciação. 
 
Comentários: 
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No Brasil, o Judiciário pode declarar a inconstitucionalidade parcial 
de fração de artigo, parágrafo, inciso, alínea ou até mesmo sobre uma única 
palavra ou expressão do ato normativo. Trata-se do chamado princípio da 
parcelaridade. Questão correta. 
11. (FCC/2008/TCE-SP) Por força da Emenda Constitucional no 52, 
de 8 de março de 2006, foi dada nova redação ao § 1o do artigo 17 da 
Constituição da República, estabelecendo-se inexistir obrigatoriedade 
de vinculação entre as candidaturas dos partidos políticos em âmbito 
nacional, estadual, distrital ou municipal. Referido dispositivo foi 
objeto de impugnação por meio de ação direta de 
inconstitucionalidade, ao final julgada procedente, pelo Supremo 
Tribunal Federal, para o fim de declarar que a alteração promovida 
pela referida emenda constitucional somente fosse aplicada após 
decorrido um ano da data de sua vigência (ADI 3685-DF, Rel. Min. 
Ellen Gracie, publ. DJU de 10 ago. 2006). Na hipótese relatada, o 
Supremo Tribunal Federal procedeu à: 
 
a) interpretação, conforme a Constituição, sem redução de texto normativo. 
b) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto 
normativo. 
c) declaração total de inconstitucionalidade, com redução de texto 
normativo. 
d) interpretação, conforme a Constituição, com redução de texto normativo. 
e) declaração de situação de norma ainda constitucional. 
 
Comentários: 
 
 A declaração parcial de nulidade sem redução de texto é uma técnica 
usada pelo STF para declarar a inconstitucionalidade de determinadas 
aplicações da lei sem excluir parte de seu texto. É usada quando a supressão 
de parte do texto legal é impossível, por subverter completamente a vontade 
do legislador ou por levar consigo dispositivos constitucionais. Nesses casos, o 
STF considera que aquela lei não poderá ser aplicada a determinadas pessoas 
ou situações, enquanto para as demais permanecerá válida. A letra A é o 
gabarito da questão. 
12. (FCC/2007/TCE-MG) Por força de lei promulgada em 2001, 
inseriu-se no Código de Processo Civil a possibilidade de o magistrado 
impor multa àqueles que, participantes do processo, praticassem atos 
especificados de obstrução da Justiça, ressalva feita aos advogados 
que se sujeitassem exclusivamente aos estatutos da Ordem dos 
Advogados do Brasil. Referido dispositivo foi objeto de impugnação por 
meio de ação direta de inconstitucionalidade, ao final julgada 
procedente pelo Supremo Tribunal Federal, para o fim de "declarar que 
a ressalva contida na parte inicial desse artigo alcança todos os 
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advogados, com esse título atuando em juízo, independentemente de 
estarem sujeitos também a outros regimes jurídicos" (ADI 2652-DF, 
Rel. Min. Maurício Corrêa, publ. DJU de 14 nov. 2003). Na hipótese 
relatada, procedeu o Supremo Tribunal Federal à: 
 
a) interpretação conforme a Constituição, sem redução de texto normativo. 
b) declaração parcial de inconstitucionalidade, com redução de texto 
normativo. 
c) declaração total de inconstitucionalidade, com redução de texto 
normativo. 
d) interpretação conforme a Constituição, com redução de texto normativo. 
e) declaração de situação de norma ainda constitucional. 
Comentários: 
 Novamente, aplica-se a interpretação conforme a Constituição, sem 
redução de texto. A letra A é o gabarito. 
13. (FCC/1999/TJ-RJ) Conforme a Constituição brasileira e a 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, dentre os atos sujeitos ao 
controle concentrado de constitucionalidade no Brasil incluem-se as 
leis anteriores à Constituição, fulminadas pelo vício da 
inconstitucionalidade superveniente e os decretos normativos 
regulamentares. 
 
Comentários: 
O STF não admite a inconstitucionalidade superveniente, de uma 
normaprimária em relação a uma Constituição posterior. Isso porque, como já 
dissemos, nesse caso a Constituição revoga a norma primária incompatível. 
Não se trata de inconstitucionalidade, mas de revogação. Questão incorreta. 
14. (FCC/2007/TCE-MG) O “judicial review”, como sendo a faculdade 
que as Constituições outorgam ao Poder Judiciário de declarar a 
inconstitucionalidade de lei e de outros atos do Poder Público que 
contrariem, formal ou materialmente, preceitos ou princípios 
constitucionais, como ocorre nos Estados Unidos da América do Norte, 
caracteriza o controle como jurisdicional. 
 
Comentários: 
De fato, o sistema de controle judicial é adotado pelos EUA, cabendo ao 
Poder Judiciário a declaração da constitucionalidade das leis. Questão correta. 
15. (FCC/2009/TRT 16ª Região) No Brasil, o controle de 
constitucionalidade repressivo jurídico ou judiciário é misto, pois 
exercido tanto da forma concentrada, quanto da forma difusa. 
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Comentários: 
 
 De fato, essa é a modalidade de controle de constitucionalidade exercida 
pelo Brasil. Questão correta. 
 
16. (FCC/2007/TCE-MG) Quando a Constituição submete certas 
categorias de leis ao controle político e outras ao controle 
jurisdicional, em que as leis federais ficam sob o controle do 
Congresso Nacional, e as leis locais sob o controle dos Tribunais 
Superiores, como ocorre na Suíça, caracteriza-se o controle como 
político, por ser este o predominante. 
 
Comentários: 
 
 Nesse caso, tem-se o controle de constitucionalidade misto. Questão 
incorreta. 
 
17. (FCC/2007/TCE-MG - adaptada) Considera-se mecanismo de 
controle político de constitucionalidade o veto do Presidente da 
República a projeto de lei, ordinária ou complementar, por 
contrariedade ao interesse público. 
 
Comentários: 
 
 Nesse caso, não há controle de constitucionalidade, mas mero juízo 
político sobre o projeto de lei. Haveria controle de constitucionalidade político 
se o veto se desse por inconstitucionalidade do projeto. Questão incorreta. 
 
18. (FCC/2007/TCE-MG) Considera-se mecanismo de controle 
político repressivo de constitucionalidade a decisão do Supremo 
Tribunal Federal em sede de controle concentrado em que se modulem 
os efeitos de seu alcance temporal. 
 
Comentários: 
 
 Tem-se, nesse caso, o controle judicial ou jurisdicional de 
constitucionalidade. Questão incorreta. 
 
19. (FCC/2007/TCE-MG) Considera-se mecanismo de controle 
político repressivo de constitucionalidade a suspensão, pelo Senado 
Federal, da execução total ou parcial de lei declarada inconstitucional 
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. 
 
Comentários: 
 
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 Agora sim, tem-se um caso de controle político (exercido pelo Poder 
Legislativo) de constitucionalidade. Questão correta. 
 
20. (FCC/2010/TRE-AM) No que diz respeito ao controle repressivo 
em relação ao órgão controlador, a ocorrência em Estados onde o 
órgão que garante a supremacia da Constituição sobre o ordenamento 
jurídico é distinto dos demais Poderes do Estado caracteriza espécie 
de controle: 
 
a) indeterminado. 
b) jurídico. 
c) judiciário. 
d) misto. 
e) político. 
 
Comentários: 
 
 No caso proposto no enunciado, há um órgão político, que não faz parte 
de qualquer dos Poderes do Estado, encarregado de realizar o controle de 
constitucionalidade. A letra E é a alternativa da questão. 
 
21. (FCC/2009/TRT 16ª Região) É cabível a realização de controle de 
constitucionalidade difuso ou concentrado em relação a normas 
elaboradas em desrespeito ao devido processo legislativo, por 
flagrante inconstitucionalidade formal. 
 
Comentários: 
 De fato, pode-se declarar a inconstitucionalidade formal de norma 
elaborada em desrespeito ao devido processo legislativo tanto em sede de 
controle difuso quanto de concentrado. Questão correta. 
22. (FCC/2010/PGE-AM) Aos juízes de primeiro grau não cabe 
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que 
incidentalmente no processo, tendo em vista a cláusula de "reserva de 
plenário" prevista na Constituição Federal. 
 
Comentários: 
 
 Podem sim, os juízes de primeiro grau, determinarem a 
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, em controle incidental. Questão 
incorreta. 
 
23. (FCC/2006/TCE-PB) O sistema brasileiro, a despeito de sua 
complexidade, jamais atribuiu aos órgãos do Poder Legislativo 
instrumentos de controle político repressivo de constitucionalidade. 
 
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Comentários: 
 
 Como vimos, pode o Legislativo realizar controle repressivo de 
constitucionalidade. É o caso, por exemplo, de decreto legislativo que 
suspenda a execução de decreto que exorbite do poder regulamentar (art. 49, 
V, CF). Questão incorreta. 
 
24. (FCC/2006/MPE-PE) É correto afirmar que o controle da 
constitucionalidade das leis pode ser preventivo e repressivo, sendo, 
de regra, o primeiro exercido tanto pelo Poder Legislativo como pelo 
Poder Executivo e, o segundo, pelo Poder Judiciário. 
 
Comentários: 
 
 De fato, no Brasil o controle de constitucionalidade pode ser tanto 
repressivo quanto preventivo. O controle repressivo é de competência do 
Judiciário e do Legislativo (arts. 49, V e 62, da CF). Já o preventivo é exercido 
pelo Legislativo (arts. 22, 47-49, 58, 60-62, 64 e 65, da CF) e pelo Executivo, 
por meio do veto jurídico (art. 66, § 1º, CF). 
Questão correta. 
25. (FCC/2010/PGE-AM) Aos juízes de primeiro grau não cabe 
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que 
incidentalmente no processo, tendo em vista a cláusula de "reserva de 
plenário" prevista na Constituição Federal. 
 
Comentários: 
 Os juízes de primeiro grau podem, sim, declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, por meio do controle difuso de 
constitucionalidade. A cláusula de “reserva de plenário”, como vimos, aplica-se 
a Tribunais. Questão incorreta. 
26. (FCC/2010/TJ-MS) No exercício do controle de 
constitucionalidade no Direito brasileiro, juiz de primeiro grau, nos 
autos de processos de sua competência, pode declarar a 
Inconstitucionalidade de leis, inclusive de ofício, o que não é permitido 
a desembargador fora da composição plenária ou do órgão especial 
que exerça competências jurisdicionais por delegação do tribunal 
pleno (salvo se houver precedente da própria Corte ou do Supremo 
Tribunal Federal ). 
 
Comentários: 
 
De fato, pode o juiz de primeiro grau declarar, no controle difuso e na via 
incidental, a inconstitucionalidade das leis, inclusive de ofício. Também os 
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tribunais podem fazê-lo sendo, entretanto, necessário obediência à cláusula da 
“reserva de plenário”, nos termos do art. 97 da CF/88. Nesse caso, a 
inconstitucionalidade somente poderá ser declarada pelo voto da maioria 
absoluta dos membros do tribuna ou por seu órgão especial. 
Contudo, a exigência de reserva de plenário só se aplica à apreciação da 
primeira controvérsia referente à inconstitucionalidade de uma lei. Caso já 
tenha havido decisão do plenário ou do órgão especial do respectivo tribunal, 
ou do plenário do STF declarando a inconstitucionalidade da lei analisada no 
caso concreto, poderão os órgãos fracionários ou monocráticos proclamarem a 
inconstitucionalidade daquele ato normativo. 
Questão correta. 
27. (FCC/2010/TJ-PI) Os Tribunais de Justiça Estaduais, no controle 
de constitucionalidade, participam do controle de constitucionalidade 
difuso, podendo declarar a inconstitucionalidade de leis desde que 
respeitem a cláusula de reserva de plenário. 
 
Comentários: 
 
De fato, os Tribunais de Justiça são competentes para realizar o controle 
difuso de constitucionalidade, obedecida a cláusula de “reserva do plenário” 
(art. 97, CF). Questão correta. 
 
28. (FCC/2011/PGE-RO) É uma das características da ação direta de 
inconstitucionalidade no controle abstrato das normas na Constituição 
Federal brasileira resultar em uma decisão judicial final com efeito “ex 
tunc” sempre, não se admitindo a modulação de efeitos pelo Poder 
Judiciário. 
 
Comentários: 
 A decisão no controle de constitucionalidade incidental só alcança as 
partes do processo, ou seja, tem eficácia “inter partes”. Além disso, não 
vincula os demais órgãos do Judiciário e a Administração, por isso diz-se não 
vinculante. 
 Os efeitos da decisão, em regra, são retroativos (“ex tunc”), atingindo 
a relação jurídica motivadora da decisão desde sua origem. Entretanto, poderá 
o Supremo, por decisão de dois terços dos seus membros, em situações 
especiais, tendo em vista razões de segurança jurídica ou relevante interesse 
nacional, dar efeitos prospectivos (“ex nunc”) à decisão, ou fixar outro 
momento para que sua eficácia tenha início. Trata-se da chamada 
modulação de efeitos pelo Poder Judiciário. 
 Questão incorreta. 
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29. (FCC/2006/TCE-AM) Compete ao Supremo Tribunal Federal 
editar súmula com efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos 
do Poder Judiciário, à administração pública direta e indireta e ao 
Poder Legislativo. 
 
Comentários: 
 
 Com o objetivo de evitar que milhares de ações com mesmo objeto 
chegassem ao Supremo no âmbito concreto, foi criada a súmula vinculante 
pela Emenda Constitucional no 46/2004: 
Art. 103-A, CF/88. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou 
por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus 
membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, 
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, 
terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas 
esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua 
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 
A súmula vinculante não tem eficácia sobre a função típica do Poder 
Legislativo. Isso para evitar a chamada “fossilização constitucional”, termo de 
autoria do Ministro do STF Cezar Peluso. Explica o Ministro que “as 
constituições, enquanto planos normativos voltados para o futuro, não podem 
de maneira nenhuma perder sua flexibilidade e abertura. (...) Decerto, é 
preciso preservar o equilíbrio entre o Supremo e o Legislativo, cuja tarefa de 
criar leis não pode ficar reduzida, a ponto de prejudicar o espaço democrático-
representativo de sua legitimidade política, fossilizando, assim, a própria 
Constituição de 1988, que consagra a harmonia entre os Poderes (CF, art. 
2º)”. 
 Questão incorreta. 
 
30. (FCC/2006/TCE-AM) Compete ao Supremo Tribunal Federal 
editar súmula com efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos 
do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta federal, 
mas não em relação à estadual. 
 
Comentários: 
 
 A súmula vinculantes tem efeitos sobre a administração pública de todos 
os entes federativos (art. 103-A, “caput”, CF). Questão incorreta. 
 
31. (FCC/2006/TCE-AM) Compete ao Supremo Tribunal Federal 
editar súmula com efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos 
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do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta federal, 
mas não em relação à estadual. 
 
Comentários: 
 
 A súmula vinculante tem efeitos sobre a administração pública de todos 
os entes federativos (art. 103-A, “caput”, CF). Questão incorreta. 
 
32. (FCC/2006/TCE-AM) Compete ao Supremo Tribunal Federal 
editar súmula com efeitos vinculantes sendo vedada sua aprovação 
por ato de ofício do Tribunal. 
 
Comentários: 
 
 A iniciativa para aprovação, revisão ou cancelamento da súmula 
vinculante pode se dar por iniciativa do próprio Tribunal (de ofício) ou 
pela iniciativa dos legitimados arrolados na Lei 11.417/2006. Questão 
incorreta. 
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Controle abstrato 
 
 O controle abstrato possui várias denominações, a que você deve se 
habituar: controle concentrado, controle “in abstrato”, controle direto, controle 
por via de ação, controle por via principal e controle em tese. 
 Esse controle, como já dissemos, é exercido em tese, sem relação com 
um caso concreto, por um tribunal com competência específica e originária 
(não recursal). Quando realizado em face da Constituição Federal, é exercido 
exclusivamente perante o STF, por meio das ações a seguir: 
• Ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADI); 
• Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO); 
• Ação declaratória de constitucionalidade (ADC); 
• Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADI interventiva); 
• Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). 
1. Ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADI) 
 
 A ação direta de inconstitucionalidade é, sem dúvida, a mais cobrada em 
concursos. Atenção para os detalhes que estudaremos a seguir! 
 
A primeira Constituição a tratar dessa ação foi a de 1946, após a EC no 
16/1965. Antes dessa previsão, o controle de constitucionalidade realizado no 
Brasil era apenas o difuso, previsto na Constituição de 1981. 
i. Competência 
 
 Compete exclusivamente ao STF processar e julgar, originariamente, a 
ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou 
estadual em face da Constituição Federal. 
 
ii. Parâmetro de Controle 
 
A Constituição em vigor é o único parâmetro do controleabstrato de 
constitucionalidade (art. 102, I, “a”, CF/88). Nesse sentido, o STF considera 
inadmissível a aferição de constitucionalidade de ato em face de norma 
constitucional já revogada7. Nesse caso, o controle de constitucionalidade só é 
possível na via incidental. 
Entretanto, entende a Corte que é possível o exame de 
constitucionalidade caso o parâmetro de controle (norma constitucional) tenha 
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sido modificado após a propositura da ação8. O Tribunal Excelso acolheu 
questão de ordem para afirmar que a revogação ou alteração superveniente de 
parâmetro de controle não impede o conhecimento da ação em relação à 
norma constitucional em vigor quando da propositura da ação. Caso a norma 
ordinária impugnada venha a ser declarada inconstitucional, o processo 
restaria integralmente concluído. Caso, porém, a lei fosse reconhecida como 
constitucional, a questão, conforme doutrina majoritária, seria examinada em 
sede de ADI, mas com características de controle incidental, para averbar a 
recepção ou não do direito ordinário9. 
Destaca-se, ainda, que por força do § 3º do art. 5º da Constituição, 
tratado sobre direitos humanos incorporado ao ordenamento jurídico pelo 
procedimento legislativo de emenda constitucional será, também parâmetro de 
controle de constitucionalidade. Isso porque esse tratado adquirirá força de 
emenda constitucional. 
iii. Legitimação ativa 
 
 São legitimados a propor ADI perante o STF: 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: e a 
ação declaratória de constitucionalidade: 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do 
Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
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 Dentre esses legitimados, apenas dois necessitam de advogado para a 
propositura da ação: partido político com representação no Congresso 
Nacional e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. No curso do processo, entretanto, poderão praticar todos os atos, 
sem necessidade de advogado, segundo entendimento do STF. 
 Outro ponto importante a se destacar é que segundo o STF, a aferição da 
legitimidade do partido político para propor a ação deve ser feita no momento 
da propositura da mesma. Caso haja perda superveniente de representação do 
partido no Congresso Nacional, isso não o desqualifica como legitimado ativo. 
Além disso, entende a Corte que é suficiente, para a instauração do controle 
abstrato, a decisão do presidente do partido, não havendo necessidade de 
manifestação de seu diretório. 
 Destaca-se também que o STF admite a instauração do controle abstrato 
por “associações de associações”, ou seja, associações que congreguem 
apenas pessoas jurídicas. 
Entretanto, para a Corte, os sindicatos e as federações, mesmo tendo 
abrangência nacional, não têm legitimidade ativa para instaurar o controle 
abstrato, uma vez que a legitimidade alcança somente as confederações 
sindicais. Isso porque “as sindicatos e as federações, mercê de ostentarem 
abrangência nacional, não detêm legitimidade ativa ad causam para o 
ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, na forma do artigo 103, 
inciso IX, da Constituição Federal. As confederações sindicais organizadas na 
forma da lei ostentam legitimidade ad causam exclusiva para provocar o 
controle concentrado da constitucionalidade de normas10”. 
 Ressalta-se, ainda, que o Pretório Excelso diferencia os legitimados em 
dois grupos: legitimados universais e legitimados especiais. Os primeiros 
compreendem aqueles que podem propor ADI sobre qualquer matéria; os 
segundos, aqueles que só podem propor ADI quando haja comprovado 
interesse de agir, ou seja, pertinência entre a matéria do ato impugnado e as 
funções exercidas pelo legitimado. Veja como se classificam os legitimados na 
tabela a seguir: 
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10 ADI 4361 PA , Rel. Min. Luiz Fux, j. 16/11/2011, Tribunal Pleno. 
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 Por fim, é importante saber que a Constituição de 1988 rompeu com o 
monopólio do Procurador-Geral da República para a propositura de ações no 
controle abstrato de constitucionalidade. Houve um significativo aumento do 
número de legitimados, conforme se verifica no art. 103 da Carta Magna. 
Questões de prova: 
33. (FCC/2012/TRT 4ª Região/Juiz) Governador do Estado do 
Paraná ajuizou ação direta de inconstitucionalidade, perante o 
Supremo Tribunal Federal, tendo por objeto o artigo 78, § 3º, da 
Constituição do Estado, segundo o qual "as decisões fazendárias de 
última instância, contrárias ao erário, serão apreciadas pelo Tribunal 
de Contas em grau de recurso" (ADI 523, Rel. Min. Eros Grau). A esse 
respeito, à luz da disciplina constitucional da matéria, é correto 
afirmar que o Governador do Estado não possui legitimidade para 
ajuizar ação direta de inconstitucionalidade que tenha por objeto 
dispositivo da Constituição estadual, fruto que esta é do poder 
constituinte decorrente, instituído pelo poder constituinte originário. 
Comentários: 
O Governador de Estado é, sim, legitimado a propor ADI (art. 103, V, CF). 
Questão incorreta. 
34. (FCC/2013/AL-PB) O Conselho Federal da OAB poderá ajuizar 
ações diretas de inconstitucionalidade desde que comprovada a 
pertinência temática. 
Legitimados universais 
Presidente da República 
Procurador-Geral da República 
Mesa do Senado Federal e da 
Câmara dos Deputados 
Conselho Federal da OAB 
Partido político com representação 
no Congresso Nacional 
Legitimados especiais 
Governador de Estado e do DF 
Mesa de Assembleia Legislativa 
e da Câmara Legislativa do DF 
Confederação sindical ou 
entidade de classe de âmbito 
nacional 
83395105172
.
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Direito Constitucional p/SEFAZ-PE 
Profa. Nádia Carolina – Aula 15 
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