COMPORTAMENTO EMOCIONAL

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21/03/2016
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COMPORTAMENTO 
EMOCIONAL
“Apocalipse neuronal”, 
S. Carcassone.
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
COMPORTAMENTO EMOCIONAL
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
Como definir EMOÇÃO ?
As emoções são muitas e difíceis de classificar.
Envolvem três aspectos:
(1) sentimento, que pode ser positivo ou negativo;
(2) comportamento, ou seja, atos motores característicos;
(3) ajustes fisiológicos correspondentes.
Operação mental acompanhada de experiências internas
características, capaz de orientar o comportamento e
realizar os ajustes fisiológicos necessários em resposta a um
determinado estímulo ambiental.
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
Expressões faciais humanas são perfeitos descritores das emoções
Louis‐Léopold Boilly (1761‐1845)
COMPORTAMENTO EMOCIONAL
ASPECTOS EVOLUTIVOS
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
A expressão das emoções no homem e nos animais
Charles Darwin (1872)  ‐ “The expression of the emotions in man and animals”
 Estudo dos aspectos biológicos das emoções
Os animais expressam o significado de suas emoções por meio 
de comportamentos funcionalmente importantes no processo 
de adaptação do indivíduo ao ambiente. 
 Caráter evolutivo do comportamento emocional
Estratégias comportamentais padronizadas são adotadas por 
diferentes espécies, o que sugere a conservação de 
mecanismos e circuitos neurais ao longo do processo evolutivo.Charles Darwin (1809‐1882)
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INDICADORES PSICOFISIOLÓGICOS DAS EMOÇÕES
‐Resposta galvânica da pele
‐Registro de respostas cardiovasculares e respiratórias 
‐Condicionamento Pavloviano
‐Labirinto em cruz elevado
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TEORIAS DAS EMOÇÕES
As emoções têm sido objeto de várias teorias:
Compreensivelmente, nenhuma delas aborda todos os aspectos das emoções. 
1. Teoria de James‐Lange
2. Teoria de Cannon‐Bard
3. Teoria cognitivo‐fisiológica
4. Teoria da ativação de Lindsey
5. Teoria de Papez
6. Teoria da adaptação geral de Selye
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Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
TEORIAS DAS EMOÇÕES – JAMES‐LANGE
As emoções consistem da percepção das
alterações fisiológicas desencadeadas
pelo estímulo emocional. A resposta
emocional (comportamental e
autonômica) precede a experiência
emocional.
SENTIMENTO
CÓRTEX CEREBRAL
SENSORIAL MOTOR
RESPOSTA 
CORPORAL
ESTÍMULO 
EMOCIONAL
1 2
3
4
*Retroalimentação 
positiva ‐ Propranolol
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TEORIAS DAS EMOÇÕES – CANNON‐BARD
A experiência emocional 
resulta  da ativação de 
circuitos no SNC.
SENTIMENTO
CÓRTEX CEREBRAL
RESPOSTA 
CORPORAL
ESTÍMULO 
EMOCIONAL
1 3b
2a
3a, 5
TÁLAMO HIPOTÁLAMO
2b
4
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Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
TEORIAS DAS EMOÇÕES ‐ PAPEZ
Estruturas do lobo límbico 
constituem o  substrato neural 
das emoções.
SENTIMENTO
CÓRTEX 
SENSORIAL
RESPOSTA 
CORPORAL
ESTÍMULO 
EMOCIONAL
TÁLAMO
HIPOTÁLAMO
CÓRTEX 
CINGULADO
TÁLAMO 
ANTERIORHIPOCAMPO2a
1
3
4b
4a
2b
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AJUSTES FISIOLÓGICOS DAS EMOÇÕES
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
Sistema Nervoso Voluntário Músculos (respostas aos estímulos sensoriais)
Sistema Nervoso Autônomo  Simpático (emergência) e Parassimpático (tranquilidade)
Sistema Neuroendócrino  Adrenalina e Cortisol
Brain Facts – SfN, 2005
Brain Facts – SfN, 2005
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Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
SUBSTRATO NEURAL
Brandão, 2004
• As áreas relacionadas com a emoção
ocupam territórios grandes do encéfalo,
com destaque para o hipotálamo, a área
pré‐frontal e o sistema límbico.
• A maioria dessas áreas está
relacionada também com a
motivação (fome, sede e sexo) e
com o controle do SNA.
Diagrama com os tipos de
emoções segundo os gregos
e chineses da antiguidade
(acima). Atualmente, dentro
do amplo espectro das
emoções reconhecidas no
homem os estudos da
representação neural no SNC
avançaram bastante para
aquelas indicadas abaixo.
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SUBSTRATO NEURAL ‐ MEDO
O medo e a ansiedade têm suas raízes nas reações
de defesa dos animais, verificadas em resposta aos
perigos encontrados no ambiente em que vivem.
Reação de defesa  conjunto de 
respostas comportamentais e 
neurovegetativas:
• Dilatação da pupila;
• Vocalizações;
• Alterações nas freqüências cardíaca 
e respiratória;
• Aumento da vigilância e atenção;
• Fuga/Luta;
• Etc...Modificado de Brandão (2008)
© AFP Mauricio Duenas
Darwin, 1872
Ameaça
Estímulos 
incondicionados, como 
um predador ou um 
agressor da mesma 
espécie.
Estímulos 
condicionados, que 
adquirem propriedades 
aversivas por associação 
com  estímulos dolorosos 
ou desagradáveis.
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COMPORTAMENTO EMOCIONAL
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
SUBSTRATO NEURAL ‐ MEDO
Sistema Cerebral Aversivo (Sistema Encefálico de Defesa)
COMPORTAMENTO EMOCIONAL
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
SUBSTRATO NEURAL ‐ MEDO
Modificado de Graeff e Guimarães, 1999
Sistema Cerebral Aversivo (Sistema Encefálico de Defesa)
Estímulos 
nociceptivos
Estímulos
aversivos
incondicionados
Estímulos
aversivos
condicionados
Substância Cinzenta
Periaquedutal
Hipotálamo
Ajustes fisiológicos
Alterações hormonais
Alerta
Imobilidade
Luta/Fuga
Analgesia
Taquicardia
Hipertensão
Hiperventilação
Amígdala
Colículo Inferior
Colículo Superior
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SUBSTRATO NEURAL ‐ MEDO
Brandão, 2004
O sistema de inibição comportamental proposto por Gray (1987). 
Sistema de Inibição Comportamental
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SUBSTRATO NEURAL ‐ MEDO
Sistema de Inibição Comportamental
Septo‐Hipocampo
Sinais de punição 
ou frustração
Novidade
Estímulos 
aversivos 
condicionados
Estímulos 
aversivos 
incondicionados
Inibição 
Comportamental
Aumento da 
vigilância
Aumento da 
atenção seletiva
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SUBSTRATO NEURAL ‐ MEDO
Brandão, 2004
Organização hierárquica das respostas emocionais. O tipo de resposta varia qualitativamente em função do estímulo aversivo como ocorre com
a percepção do predador pela presa. À medida que o estímulo ameaçador se aproxima o animal responde com alerta, congelamento, fuga ou
luta. Cada fase é controlada por diferentes níveis do sistema nervoso, com mediação química, padrões hormonais e somáticos distintos.
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SUBSTRATO NEURAL ‐ MEDO
Brandão, 2004
Respostas emocionais em função da intensidade dos estímulos ameaçadores ou da distância do predador e estruturas envolvidas na
organização de cada comportamento emocional associado. Estímulos próximos ou mais intensos que colocam em risco a vida do indivíduo
ativam primeiramente estruturas mais primitivas localizadas no tronco cerebral. Estímulos distais ou de perigo potencial ativam estruturas
localizadas em um nível mais alto no cérebro e são responsáveis por reações de defesa mais organizadas como a ansiedade.
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MEDO E ANSIEDADE
Ansiedade  emoção induzida
pela expectativa de perigo, dor
ou necessidade de um esforço
especial.
Medo  emoção relacionada àsituação em que a ameaça é
externa, está relativamente
próxima, e é bem definida.
Ansiedade (Angst), Edvard Munch, 1894 O Grito (Skrik), Edvard Munch, 1893
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ANSIEDADE
Ansiedade patológica  resposta
inadequada a um determinado estímulo, em
virtude de sua intensidade ou duração.
Ansiedade normal  estimula o organismo a
tomar as medidas necessárias para impedir a
ameaça ou, no mínimo, reduzir suas
consequências.
O limite entre ansiedade normal e patológica é difícil de
estabelecer.
Relação entre ansiedade
normal e patológica. A
ansiedade patológica pode ser
primária ou secundária. Ela é
primária quando é a
manifestação única do quadro
clínico e secundária quando
resulta de outras doenças,
psiquiátricas ou não.
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Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
ANSIEDADE
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Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
ANSIEDADE
Transtorno de Ansiedade Generalizada  (TAG)
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ANSIEDADE
Perturbação crônica caracterizada por tensão ou apreensão excessivas,
sem causa aparente, com relação a dois ou mais aspectos da vida
cotidiana, por um período de seis meses ou mais.
Sintomas:
• tensão motora (tremores e fadiga fácil);
• hiperatividade autonômica (vertigem, suor nas mãos, palpitações);
• aumento da atenção e vigilância (inquietude, dificuldade de
concentração, irritabilidade).
Estes sintomas não ocorrem em resposta
a estímulos específicos, nem em períodos
determinados.
Transtorno de Ansiedade Generalizada  (TAG)
COMPORTAMENTO EMOCIONAL
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
ANSIEDADE
Transtorno do Pânico (TP) 
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COMPORTAMENTO EMOCIONAL
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ANSIEDADE
Transtorno do Pânico (TP) 
Ataques de pânico recorrentes e inesperados, gerando preocupação
persistente.
Ataques de pânico  súbitos episódios de apreensão, temor ou
terror, induzidos por estímulos internos (espontâneos e ocasionais).
Principais sintomas:
• medo extremo e uma sensação de morte e destruição iminentes;
• falta de ar, asfixia ou sufocação;
• palpitações, dor ou desconforto torácico;
• tremores e tonturas bastante acentuados;
• medo de “ficar louco” ou de perder o controle.
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Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
ANSIEDADE
Fobias
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ANSIEDADE
Fobias
• Medo infundado, acentuado e persistente, de objetos, atividades ou
situações claramente discerníveis e circunscritos, consideradas
corriqueiras para a maioria das pessoas.
• Sintomas: palpitações, sudorese, dificuldade para respirar;
frequentemente levando a comportamento de esquiva.
• O paciente tem consciência de que seu medo e
comportamento não se justificam, mas não consegue
evitá‐los.
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ANSIEDADE
Transtorno Obsessivo‐Compulsivo (TOC)
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ANSIEDADE
Não é mais considerado um transtorno de ansiedade no DSM5.
Transtorno Obsessivo‐Compulsivo e Transtornos Relacionados: 
• Transtorno Obsessivo‐Compulsivo
• Transtorno Dismórfico Corporal
• Transtorno do Colecionamento
• Transtorno de Arrancar Cabelos
• Transtorno de Cutucar a Pele
Transtorno Obsessivo‐Compulsivo (TOC)
Ocorrência de uma ideia ou impulso
persistente (obsessão) que impele o
indivíduo a um comportamento não usual e
recorrente (compulsão).
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ANSIEDADE
• O diagnóstico só é feito quando as obsessões e/ou compulsões são
suficientemente severas para causar angústia acentuada que
interfere significativamente no cotidiano dos indivíduos, seja na
atividade profissional ou social.
• A pessoa reconhece que seu comportamento é excessivo e
irracional, manifesta a vontade de resistir a ele, mas não consegue.
Transtorno Obsessivo‐Compulsivo (TOC)
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COMPORTAMENTO EMOCIONAL
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
ANSIEDADE
Transtorno do Estresse Pós‐Traumático (TEPT)
COMPORTAMENTO EMOCIONAL
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
ANSIEDADE
Transtorno do Estresse Pós‐Traumático (TEPT)
Não é mais considerado um transtorno de ansiedade no DSM5.
Transtornos Relacionados a Traumas e Estressores
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ANSIEDADE
Transtorno do Estresse Pós‐Traumático (TEPT)
• Revivescência de acontecimento extremamente traumático
acompanhada de hipervigilância e esquiva de estímulos
associados ao trauma.
• Trauma: experiência de combate, catástrofes naturais, agressões
ou desastres/acidentes.
• Principais características: reviver os traumas através de sonhos
aflitivos e recordações recorrentes.
• Apatia, sentimento de futuro abreviado,
depressão, dificuldade de concentração,
hipervigilância e sobressalto acentuado.
COMPORTAMENTO EMOCIONAL
Profa. Dra. Amanda Ribeiro de Oliveira
BIBLIOGRAFIA
• Brandão ML. Comportamento emocional. Em: Brandão ML. Psicofisiologia ‐ As bases
fisiológicas do comportamento. Editora Atheneu, São Paulo, PP. 125‐149, 2002.
• Brandão ML. Comportamento emocional. Em: Brandão ML. As bases biológicas do
comportamento: Introdução à neurociência. Editora Pedagógica e Universitária LTDA.,
São Paulo, PP. 117‐140, 2004.
• Brandão ML. Comportamento emocional. Em: Brandão ML. Psicofisiologia. Editora
Atheneu, São Paulo, PP. 103‐137, 2012.
• Lent R. Mentes emocionais, mentes racionais. Em: Lent R. Cem bilhões de neurônios:
Conceitos fundamentais de neurociência. Editora Atheneu, São Paulo, PP. 651‐680,
2004.
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