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QUÍMICA DO PETRÓLEO I CCE0074 Prof. Luiz Henrique Poley lhpoley@gmail.com Campos/RJ, 2013/1 DESTILAÇÃO INTRODUÇÃO O petróleo em seu estado natural é mera curiosidade geológica e contaminante ambiental Através da destilação obtemos os derivados de interesse econômico e energético INTRODUÇÃO A destilação é a operação de TOPPING (separação de hidrocarbonetos) mais importante da refinaria. CONCEITO A destilação consiste em um processo físico de separação dos componentes pelos seus diferentes pontos de ebulição. CONCEITO As temperaturas de ebulição dos hidrocarbonetos aumentam com suas massas moleculares. CONCEITO A sequência destilação atmosférica – destilação a vácuo constitui a base do refino. A destilação envolve as etapas de aquecimento, vaporização, fracionamento, condensação e resfriamento. Nas unidades de refino, os processos de destilação são precedidos da dessalgação. CONCEITO A destilação pode ser integral (flash), diferencial ou fracionada. DESTILAÇÃO INTEGRAL Envolve uma única etapa ou estágio em que a mistura líquida é separada em dois produtos: um líquido e um vapor. DESTILAÇÃO DIFERENCIAL A destilação se dá de forma intermitente, retirando-se a primeira bolha de vapor formada e condensando-a. O processo é repetido sucessivamente. DESTILAÇÃO FRACIONADA Evolução da destilação integral. São empregadas sucessivas vaporizações e condensações, obtendo-se produtos com alto grau de pureza. DESSALGAÇÃO Processo de remoção de sais dissolvidos, sedimentos e água do óleo cru. Inicialmente envolve mistura do óleo cru com água para dissolução dos sais Posteriormente essa água é removida do petróleo com a ação de desemulsificantes e de um campo elétrico DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Após “dessalgado”, o óleo segue para um trocador de calor onde é aquecido a 300-400°C. Em seguida o óleo segue para a torre de destilação, onde as frações se vaporizam, separam-se e condensam-se. As frações mais leves são retiradas no topo da coluna e seguem para seções de “stripping” para separação mais fina das frações mais leves. DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA As frações mais pesadas seguem para a unidade de destilação a vácuo. PRODUTOS DA DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Nafta, gasolina e componentes leves (GLP); Querosene; Gasóleo leve; Gasóleo pesado; Residuo de fundo; Gás de refinaria (mistura de etano e metano com H2S e NH3) PRODUTOS DA DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Os produtos da destilação atmosférica podem ser tratados como produtos acabados ou sofrerem processamento posterior. Esses produtos são conhecidos como “straight-run” PRODUTOS DA DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA O nafta entra na formulação das gasolinas automotivas em baixas proporções. A gasolina recebe adição de álcool conforme especificação da ANP. O querosene entra formulação do diesel ou é utilizado como querosene de aviação. PRODUTOS DA DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA Os gasóleos leves entram na formulação do diesel. O óleo diesel também recebe adição de biodiesel conforme especificação da ANP. Os gasóleos de vácuo entram na composição dos lubrificantes. DESTILAÇÃO A VÁCUO Recebe as frações pesadas ou topped crude da destilação atmosférica; O vácuo é empregado, pois essas frações sofreriam decomposição térmica se aquecidas a sua temperatura de ebulição. Através do vácuo, reduzimos os pontos de ebulição. PRODUTOS DA DESTILAÇÃO A VÁCUO Gasóleo leve de vácuo; Gasóleo pesado de vácuo; Resíduo de vácuo; * Esses produtos seguem para as unidades de craqueamento ou coqueamento de modo a produzir derivados com maior valor de mercado. ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE DERIVADOS ÓLEO DIESEL A antiga divisão óleo diesel interior e óleo diesel metropolitano foi substituida pelos óleos diesel especificação S10 e S500. A designação S10 indica presença de 10ppm de enxofre. O antigo diesel interior será gradativamente extinto até o final de 2013. ÓLEO DIESEL Existe ainda o diesel marítimo. ÓLEO DIESEL As propriedades físicas de maior interesse para caracterização do óleo diesel são: Massa específica; Índice de cetanas. ÓLEO DIESEL A massa específica se relaciona a quantidade (em massa) ótima de combustível na câmara de combustão a ser regulada volumetricamente pela bomba de injeção. Acima desse valor ocorre formação de fumaça (indesejável). ÍNDICE DE CETANAS DO ÓLEO DIESEL Medida da qualidade de ignição do diesel. Inversamente Proporcional ao “atraso de ignição”: tempo entre a injeção do combustível na câmara e sua ignição por compressão. Definido em função de uma mistura de n-hexano (cetano - otima ignição) e de alfa-metil-naftalina (péssima ignição). GASOLINA Gasolina tipo A: mistura de naftas para enquadramento na especificação prevista (Gasolina pura); Gasolina tipo C: gasolina disponível no varejo. Adição de alcool anidro conforme especificações da ANP. Octanagem mínima de 80 MON Gasolina A-Premium: gasolina obtida a partir de naftas de elevada octanagem e entregue diretamente as distribuidoras. Base para a gasolina C-Premium; GASOLINA Gasolina C-Premium: obtida a partir da gasolina A- Premium com adição de álcool anidro na proporção prevista pela legislação. Elevada resistência a detonação; GASOLINA As propriedades físicas de maior interesse para a gasolina são: massa específica; pressão de vapor; ídice de octanas (ou de octanagem); GASOLINA Requisitos de qualidade da gasolina automotiva: Boa vaporização (partida a frio); Não vaporizar antes da bomba; Curva de destilação equilibrada; Não detonar (octanagem); GASOLINA Requisitos de qualidade da gasolina automotiva: Queima limpa e completa (sem residuos); Estabilidade (não formar goma); Não corrosivo e não poluente (baixo teor de enxofre); ÍNDICE DE OCTANAGEM DA GASOLINA Medida da resitência da gasolina a autodetonação por compressão; O índice de octanos é a referência da proporção idealizada de uma mistura de heptano (octanagem = 0) e isoctano (octanagem = 100) com desempenho equivalente a amostra analisada. COQUE Combustível derivado do petróleo a partir da carga de fundo da destilação a vácuo submetida a craqueamento térmico. Possui diversas aplicações entre elas a produção de anodos e como combustível em diversos segmentos industriais (siderurgia, cimento, fundição, etc), NAFTA Principalmente utilizado como matéria-prima na indústria petroquímica e na produção da gasolina. OUTROS DERIVADOS DE IMPORTÂNCIA Solventes (aguarrás, por exemplo). Lubrificantes; Parafinas; Óleo combustível; Querosene; Polímeros; GN; GLP; Asfalto OUTROS DERIVADOS DE IMPORTÂNCIA É importante por fim que tenhamos em mente que os derivados do petróleo se subdividem em dois grupos quanto à sua utilização: - energéticos; - não energéticos;
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