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SEFAZ PE XEST contabgeral gabrieleluciano Aula 00

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Aula 00
Contabilidade Geral p/ SEFAZ/PE
Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 00 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 43 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 1 
O CURSO, EDITAL E PROVA ............................................................................................................. 2 
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. ..................................................................................................... 7 
AINDA NOS CONCEITOS INICIAIS DA DISCIPLINA.............................................................................. 7 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC ............................................................... 8 
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) ............................. 9 
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA .................................................................... 9 
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO .............................................. 10 
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE ............................................................................................ 10 
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ................................................................................... 12 
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE ................................................................................. 12 
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ........................................................ 13 
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA .................................................................................... 17 
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ....................................................................................... 18 
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........ 19 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS .......................................................................... 20 
RELEVÂNCIA ................................................................................................................................ 20 
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA ........................................................................................................ 21 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA ............................................................................ 22 
COMPARABILIDADE ...................................................................................................................... 22 
VERIFICABILIDADE ....................................................................................................................... 23 
TEMPESTIVIDADE ......................................................................................................................... 23 
COMPREENSIBILIDADE ................................................................................................................. 23 
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................................. 25 
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................................... 38 
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS DESTA AULA .................................................................... 43 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, meus amigos. Como estão?! 
 
É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, o mais 
novo e revolucionário site de preparação para concursos públicos, para 
ministrar para vocês a disciplina de Contabilidade Geral para o concurso de 
Auditor Fiscal do Tesouro Estadual, integrante do quadro de pessoal da 
Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco. 
 
O Estratégia conta com os melhores professores do Brasil, não tenha dúvidas. 
Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as 
disciplinas, você não precisará de mais nada para ter uma preparação sólida e 
focada para este certame. 
 
Antes de mais nada, permita que nos apresentemos: 
 
Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda 
do Estado do Rio de Janeiro, tendo, também, dentre outros, exercido o cargo 
de Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo. 
 
AULA 00: APRESENTAÇÃO 
00000000000
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 00 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 43 
Sou professor colaborador de direito empresarial e contabilidade no sítio do 
Estratégia. 
 
Ministro, também, contabilidade e direito empresarial em cursos presenciais 
preparatórios para concursos e, em videoaula, no Eu Vou Passar. 
 
Sou autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial ± 
FCC e 1.001 Questões Comentadas de Direito Administrativo ± ESAF, 
este último em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados 
pela Editora Método. 
 
Meu nome é Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da 
Fazenda do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 2009. 
Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembléia Legislativa de São 
Paulo, aprovado em 1º lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de 
Agente Técnico Legislativo Especializado ± área de finanças, e, em comissão, 
durante 7 anos, o cargo de Diretor Técnico Legislativo do Serviço Técnico de 
Programação Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor 
de diversos cursos na área de contabilidade. 
 
Sou formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e 
Administração ± FEA ± USP. Possuo 17 anos de experiência em empresas 
privadas, na área de Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de 
Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller. 
 
 
Além disso, lançamos juntos, pela Editora Método, o 
livro Contabilidade Avançada Facilitada para 
Concursos ± Teoria e questões e mais de 200 questões 
comentadas. Este livro é baseado nos Pronunciamentos 
Contábeis emanados do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis e está disponível para venda no site da editora e 
nas diversas livrarias. 
 
 
O CURSO, EDITAL E PROVA 
 
O edital foi publicado em 02 de julho de 2014, sendo que o concurso será 
realizado pela nossa conhecida Fundação Carlos Chagas (FCC). 
 
As provas serão realizadas em 27 e 28 de setembro de 2014. 
 
Segundo o edital, compõem os vencimentos dos titulares dos cargos do AFTE I 
as seguintes parcelas, conforme a Lei Complementar n° 107, de 14 de abril de 
2008: 
 
00000000000
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 00 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 43 
I ± vencimento-base: R$ 11.821,43 (onze mil, oitocentos e vinte e um reais e 
quarenta e três centavos); 
II ± gratificação por resultados; 
III - participação no ingresso de receita proveniente de multas relativas a 
impostos estaduais 
 
O que se diz hoje, nos fóruns de concursos, é que a remuneração inicial fica 
algo em torno de R$ 16.000,00. Trata-se de excelente salário se comparado 
à média de trabalhadores da iniciativa privada. 
 
É requisito para ingresso no cargo diploma devidamente registrado de 
conclusão de curso de graduação de ensino Superior, fornecido por Instituição 
reconhecida pelo Ministério da Educação. 
 
O total de vagas oferecidas está distribuído do seguinte modo:O concurso conta com as seguintes provas, disciplinas, número de questões por 
disciplinas, total de questões e duração: 
 
 
 
Ofereceremos aqui, no Estratégia, cursos completos nas seguintes disciplinas: 
 
- Contabilidade geral (e avançada, mesmo não prevista no edital); 
00000000000
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 00 
 
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- Contabilidade de custos; 
- Direito empresarial (Gabriel somente). 
 
Contabilidade é uma matéria em que temos professores de grande gabarito e 
conhecimento no mercado. Inobstante, estudar pelos em PDF oferece algumas 
vantagens aos alunos. Por exemplo, matriculando-se neste curso, você terá: 
 
- Curso completo com todo o edital do ICMS PE. Com efeito, o candidato não 
precisará selecionar os assuntos a serem estudados e as questões a serem 
resolvidas. Trataremos de todos os temas aqui, com a profundidade e clareza 
necessárias. 
- Questões atualizadas, especialmente da Fundação Carlos Chagas. 
- Questões de outros fiscos e certames de 2012, 2013 e 2014 que julgarmos 
interessantes. 
- Acesso direto para perguntas através do fórum de dúvidas. 
- Curso atualizado com as últimas modificações contábeis existentes. Esta é 
também uma grande vantagem dos PDFs. 
- Conteúdo objetivo, direto e explicado de maneira clara e compreensível. 
 
Portanto, dos 240 pontos disponíveis, 10 são de contabilidade geral e 
custos, o que representa um total de pouco menos de 5% para essas 
matérias. 
 
Além disso, há que se ressaltar que o candidato deve fazer, sob pena de 
eliminação do concurso, o mínimo de 50% por prova (P1 e P2). Há, ainda, o 
mínimo de 60% do total de pontos ponderados nas provas P1 e P2. 
 
Assim, não restam dúvidas da importância da disciplina. Portanto, ofereceremos 
aqui uma preparação completa nesta disciplina, com foco total na Fundação 
Carlos Chagas. A banca não é famosa por explorar as questões mais 
complexas ou os maiores planos de contas, mas, sim, por apresentar questões 
inteligentes, cuja proposta pode enganar os candidatos que não estiverem 
atentos às novidades no mundo contábil, como os Pronunciamentos Contábeis 
emanados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 
 
E como combateremos o examinador?! Simples, faremos uma carga adequada 
de teoria e questões comentadas! 
 
Venha estudar conosco e saia à frente da concorrência! 
 
A nossa disciplina, no edital, tem a seguinte ementa: 
 
Contabilidade Geral: 1. Contabilidade: Conceituação, objetivos, campo de 
atuação e usuários da informação contábil. 2. Princípios contábeis e normas 
contábeis brasileiras emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. 3. 
Componentes do patrimônio: conceitos, critérios de avaliação e evidenciação. 4. 
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Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 00 
 
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Variação do patrimônio líquido. Apuração dos resultados. Conceitos, critérios de 
avaliação e evidenciação. 5. Escrituração contábil: Método das partidas 
dobradas; Contas patrimoniais e de resultado. 6. Contabilização de operações 
típicas de empresas mercantis. 7. Tratamento contábil dos estoques de 
mercadorias - conceitos e forma de avaliação. 8. Tipos de Inventários. Apuração 
do custo das mercadorias vendidas e do resultado com mercadorias. 9. 
Tratamento contábil dos impostos incidentes em operações de compras e 
vendas e demais tributos e contribuições incidentes. 10. Balanço Patrimonial: 
Estrutura e Elaboração 11. Demonstração do resultado do exercício: conteúdo e 
forma de apresentação. 12. Apuração e procedimentos contábeis para a 
identificação do resultado do exercício. 13. Custo dos produtos vendidos e dos 
serviços prestados. 14. Tratamento contábil e apuração dos resultados dos itens 
operacionais e das outras receitas e das outras despesas. 15. Demonstração 
dos Lucros ou Prejuízos Acumulados: conteúdo, itens evidenciáveis e forma de 
apresentação. 16. Procedimentos contábeis para elaboração de: a) 
Demonstração dos fluxos de caixa: Conceitos, principais componentes, formas 
de apresentação, critérios e métodos de elaboração e interligação com o 
conjunto das demonstrações contábeis obrigatórias; b) Demonstração do valor 
adicionado: Conceitos, principais componentes, formas de apresentação e 
critérios de elaboração. 
 
Nossas aulas, por seu turno, serão assim divididas: 
 
AULA CONTEÚDO 
VÍDEOS 
ASSOCIADOS 
DATA 
Aula 0 
1. Contabilidade: Conceituação, objetivos, campo 
de atuação e usuários da informação contábil. 2. 
Princípios e normas contábeis brasileiras emanadas 
pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
0, 1 e 1.1 02/07 
Aula 1 5. Escrituração contábil: Método das partidas 
dobradas; Contas patrimoniais e de resultado. 
1.2 a 1.7 11/07 
Aula 2 3. Componentes do patrimônio: conceitos, critérios 
de avaliação e evidenciação. 10. Balanço 
Patrimonial: Estrutura e Elaboração. 
 19/07 
Aula 3 3. Componentes do patrimônio: conceitos, critérios 
de avaliação e evidenciação. 10. Balanço 
Patrimonial: Estrutura e Elaboração. 
 26/07 
Aula 4 
4. Variação do patrimônio líquido. Apuração dos 
resultados. Conceitos, critérios de avaliação e 
evidenciação. 9. Tratamento contábil dos impostos 
incidentes em operações de compras e vendas e 
demais tributos e contribuições incidentes. 11. 
Demonstração do resultado do exercício: conteúdo 
e forma de apresentação. 12. Apuração e 
procedimentos contábeis para a identificação do 
resultado do exercício. 13. Custo dos produtos 
vendidos e dos serviços prestados. 14. Tratamento 
contábil e apuração dos resultados dos itens 
operacionais e das outras receitas e das outras 
despesas. 
 03/08 
00000000000
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 00 
 
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Aula 5 
16. Procedimentos contábeis para elaboração de: a) 
Demonstração dos fluxos de caixa: Conceitos, 
principais componentes, formas de apresentação, 
critérios e métodos de elaboração e interligação 
com o conjunto das demonstrações contábeis 
obrigatórias; b) Demonstração do valor adicionado: 
Conceitos, principais componentes, formas de 
apresentação e critérios de elaboração. 
 11/08 
Aula 6 
6. Contabilização de operações típicas de empresas 
mercantis. 7. Tratamento contábil dos estoques de 
mercadorias - conceitos e forma de avaliação. 8. 
Tipos de Inventários. Apuração do custo das 
mercadorias vendidas e do resultado com 
mercadorias. 
 18/08 
Aula 7 15. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados: conteúdo, itens evidenciáveis e forma 
de apresentação. 
 25/08 
Aula 8 
Pronunciamentos contábeis para SEFAZ PE 02/09 
Aula 9 
Pronunciamentos contábeis para SEFAZ PE 11/09 
Aula 10 
Pronunciamentos contábeis para SEFAZ PE 19/09 
 
Observação: Vejam que reservamos três encontros para tratar exclusivamente 
sobre os Pronunciamentos. Contudo, o faremos também ao longo do curso, no 
decurso das aulas. 
 
Mas, professores, os Pronunciamentos Contábeis do CPC não estão previstos no 
edital. Por que estão no curso? Algumas bancas (e aqui falamos também da 
FCC) entendem que as normas técnicas já fazem parte do edital de 
Contabilidade Geral. Portanto, não hesitaremos em trazê-las ao curso. 
 
Todavia, não trataremos de todos os Pronunciamentos em seus pormenores. 
Faremos uma seleção daqueles que consideramos de maior relevância, com 
base em nossa experiência e, também, nas provas anteriores.Nossos e-mails, para dúvidas, são: 
 
gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br 
lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br 
 
Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos 
possamos ter ciência do que está se passando no curso. 
 
Tá ok?! É isso! Vamos começar a nossa batalha?! 
 
Forte abraço! 
 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA. 
00000000000
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. 
 
Inicialmente, temos de nos perguntar o que é a contabilidade. O que vem a 
ser? Existe uma definição formal para tanto, retirada do 1º Congresso Brasileiro 
de Contabilidade, em 1924, qual seja: 
 
Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, 
de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração 
econômica. 
 
Atente-se: a contabilidade é uma ciência! 
 
Ao longo do curso, ministraremos eminentemente questões da FCC. Contudo, 
eis aqui uma questão da ESAF que vale a pena abordar. 
 
(ESAF/Técnico do Tesouro Nacional/Adaptada/1992) O Primeiro Congresso 
Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 27 de 
agosto de 1924, formulou um conceito oficial de CONTABILIDADE. Assim, 
podemos afirmar que contabilidade é a metodologia especial concebida para 
captar, registrar, reunir e interpretar os fenômenos que afetam as situações 
patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente. 
 
Certo ou errado?! Errado. A contabilidade é uma ciência e não metodologia. 
Cuidado com questões que a definem como técnica, metodologia, e até 
mesmo arte! 
 
Portanto, a Contabilidade pode ser conceituada como sendo a ciência que 
estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das 
entidades com fins lucrativos ou não. 
 
Pois bem, enquanto ciência a contabilidade possui um objeto. Este objeto é o 
patrimônio das entidades. 
 
As ciências contábeis ajudam a controlar e conhecer os elementos que o 
integram. Exemplifiquemos: Através da contabilidade, podemos saber quantas 
mercadorias a empresa X possui em seu estoque, quantos carros possui à 
disposição para realizar o frete destas mercadorias, qual o gasto mensal que 
esta empresa tem com salários, etc. 
 
AINDA NOS CONCEITOS INICIAIS DA DISCIPLINA 
 
Até agora, já sabemos o que é contabilidade, qual o seu objeto. 
 
Neste início do curso, faz-se, ainda, imprescindível saber que ela se aplica às 
aziendas. Como aziendas, devemos entender um patrimônio sendo gerido de 
maneira organizada. 
00000000000
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 00 
 
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A contabilidade se aplica a entidades diversas, quer tenham fins lucrativos 
(empresários e sociedades empresárias), quer não (União, Estados, 
associações, por exemplo). 
 
A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em 
três tipos, a saber: 
 
1) Azienda econômica: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de lucro. 
2) Aziendas econômico-sociais: São exemplo as associações, cuja sobra 
líquida é destinado a outros fins que não a remuneração do capital empregado. 
Por exemplo, a associação de moradores da Barra da Tijuca reverte o dinheiro 
que obteve ao término do exercício com a limpeza e o cultivo de árvores na 
região. 
3) Aziendas sociais: Não possui escopo lucrativo, tal como a União, Estados, 
Municípios. 
 
Ainda, há que se ressaltar a finalidade precípua da ciência contábil, que é 
prover os seus diversos usuários de informações sobre a situação patrimonial e 
financeira da entidade. Faz-se essencial a investidores, credores, fornecedores, 
governo e até mesmo aos próprios administradores da entidade que tenham a 
SOHQD�FRQYLFomR�GH�FRPR�DQGD�D�³VD~GH´�GD�HPSUHVD�JHUHQFLDGD�� 
 
A partir de agora, passaremos a tecer considerações sobre o patrimônio. 
 
Como ciência, também, a contabilidade pauta-se em princípios. Princípio pode 
ser definido como a causa primária, o momento, o local ou trecho em que algo, 
uma ação ou um conhecimento, tem origem. E na Contabilidade não é 
diferente. 
 
Os princípios fundamentais que norteiam a contabilidade (conhecidos como 
princípios de contabilidade) estão previstos na Resolução do Conselho Federal 
de Contabilidade n. 750/93. Essa Resolução já passou por algumas mudanças, 
contudo, as mais importantes foram sem dúvidas as promovidas pela Resolução 
do CFC n. 1.282/10, cujo teor será o objeto de estudo desta aula. 
 
De antemão, as principais alterações promovidas pela Resolução de 2010 
foram: 
 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC 
 
1 ± Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados 
princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios de 
contabilidade. 
2 ± Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade, 
continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e 
prudência. 
00000000000
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa ʹ Aula 00 
 
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3 ± O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro pelo 
valor original. 
 
Agora, vamos fazer um pequeno passeio na legislação antes de iniciarmos as 
questões. 
 
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE 
(ATUALIZADA) 
 
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por 
esta Resolução. 
 
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício 
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). 
 
Eis aqui um primeiro aspecto importante da norma. Houve mudança de 
nomenclatura. Antes os princípios eram chamados de Princípios 
Fundamentais da Contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados 
como Princípios de Contabilidade. Esse já é um primeiro aspecto que pode 
ser cobrado em prova, por que não? 
 
Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observar sempre 
a aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercício da profissão. 
 
De igual sorte, quando da elaboração de alguma norma de contabilidade, os 
órgãos que a emitir deverá sempre o fazer em consonância com os princípios de 
contabilidade. 
 
§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a 
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens 
registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da empresa. 
Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o 
imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser muito provável 
que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é feito no 
arrendatário, considerando a essência sobre a forma. 
 
Assim, quando ALFA promove o arrendamento de um veículo de BETA e este 
arrendamento caracteriza-se, nos termos do CPC 06, como um arrendamento 
mercantil financeiro, devemos considera-lo como um ativo de ALFA, mesmo que 
juridicamente seja uma propriedade de BETA. Esta é, pois, uma exceção à regra 
00000000000
Contabilidade Geral para a SEFAZ PE 
Teoria e exercícios comentados 
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de que na contabilidade devemos registrar somente os bens, direitos e 
obrigações da entidade que elabora as demonstrações contábeis. 
 
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, 
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto 
é o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
A importância deste artigo está em enaltecer a importância dos princípios de 
contabilidade, sendo a essências das doutrinas e teorias das ciências 
contábeis. 
 
Reconhece, ainda, o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade. 
 
Continuemos... 
 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
1) da ENTIDADE; 
2) o da CONTINUIDADE; 
3) o da OPORTUNIDADE 
4) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
5) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
6) o da COMPETÊNCIA 
7) o da PRUDÊNCIA. 
 
Antes das alterações possuíamos 7 princípios de Contabilidade. Agora, 
restaram-nos somente 6. 
 
O princípio da atualização monetária foi incorporado ao princípio do 
registro pelo valor original. 
 
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com 
ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
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confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade 
ou instituição. 
 
Parágrafo único ± O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não 
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil. 
 
Quando A e B celebram contrato para constituir uma sociedade LTDA e 
entregam para esta entidade cada um o montante de R$ 100.000,00, não 
poderão, a seu bel prazer e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de 
necessidade. Uma vez constituída, passa a existir distinção entre a sociedade e 
a figura de seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida como 
princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na 
contabilidade, será chamada de princípio da entidade. 
 
O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do 
patrimônio da pessoa jurídica. 
 
É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e não os seus sócios. Assim, é a 
sociedade que realiza a compra de mercadorias, pertencendo a ela (e não aos 
sócios) o produto que fora comprado. As receitas são reconhecidas pela 
entidade também e não como patrimônio pessoal dos sócios e assim por diante. 
 
Acerca do parágrafo único, façamos as considerações pertinentes. O parágrafo 
único do artigo 4º propõe que R� ´SDWULP{QLR� SHUWHQFH� j� HQWLGDGH�� PDV� D�
recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-FRQWiELO´� 
 
Imagine-se que uma pessoa jurídica possui um estabelecimento empresarial. 
Suponhamos que essa empresa possua um carro. Ora, este carro pertence à 
empresa, mas a empresa não pertence a este carro, de modo que pode o 
veículo sofrer operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se altere 
a natureza da entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à 
entidade, mas a recíproca não é verdadeira. 
 
A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de 
patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de 
natureza econômico-contábil. Assim, no caso de consolidação de balanços entre 
empresas controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos 
uma nova entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-
contábil, que será evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações 
consolidadas. 
 
 
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SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O princípio da continuidade teve sua redação alterada. Contudo, sua essência é 
a mesma: a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de 
que a entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo. As 
mudanças apenas facilitaram o entendimento anterior. 
 
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e 
passivos da empresa. 
 
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por 
exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a 
empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para 
perdas. Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada 
da empresa. 
 
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa 
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas 
serão vendidas. 
 
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade 
basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de 
saída. 
 
No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver 
descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai 
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão 
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias 
para receber a dívida). 
 
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações 
íntegras e tempestivas. 
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, 
por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade 
da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Este princípio também ganhou nova roupagem, mais enxuta. A informação 
contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duas palavras 
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chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de 
informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva 
(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida 
produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que 
provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa. 
 
Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à 
realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito 
verbalmente na imprensa, sem explicar pormenorizadamentea situação. Essa 
informação foi tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se 
pautou em documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam 
a fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação 
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 
 
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional. 
 
Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original! Exemplo: Se 
compramos um carro por R$ 30.000, esse é o valor que deverá constar na 
contabilidade, o chamado custo histórico. 
 
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos 
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
 
I ± Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são 
registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da 
obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no 
curso normal das operações; e 
 
Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo 
histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo. Se, ao 
revés, adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo 
histórico, pois é o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso 
normal das operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem 
sofrer variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750 
alude no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, 
valor realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária. 
 
Atenção: Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies de 
variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior 
tenacidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por 
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exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade 
(previsto no artigo 183, §3º da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se 
o veículo tiver um valor recuperável de somente R$ 25.000,00, faremos um 
ajuste em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor recuperável. Não 
trabalhamos, neste caso, com o conceito de valor presente, valor justo, 
atualização monetária e custo corrente. A este caso aplicou-se tão-somente o 
ajuste a valor recuperável. É essencial que isso fique claro. 
 
II ± Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores: 
 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na 
data ou no período das demonstrações contábeis; 
 
O que vem a ser o custo corrente? Vejamos... 
 
Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois, 
devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor. 
$WXDOPHQWH�� R� ³YDORU� GH� PHUFDGR´� p� FKDPDGR� GH� ³YDORU� MXVWR´�� (QWmR� DJRUD�
temos custo ou valor justo, dos dois o menor. 
 
Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos, 
comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos. 
 
Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico em 
estoque. 
 
O que seria o valor justo para o ácido sulfônico? 
 
Se a empresa não costuma vender esse material, não podemos usar o valor que 
a empresa conseguiria numa eventual venda de ácido sulfônico. Se ela não tem 
tradição, não fabrica ácido sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento 
comercial com possíveis compradores desse produto, então o preço que ela 
poderia estimar numa eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria 
menor que o valor justo). 
 
Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria 
gastar para comprar o produto dos fabricante/vendedores de ácido sulfônico. 
 
Veja o texto da lei 6404/76: 
 
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§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual 
possam ser repostos, mediante compra no mercado; 
 
O que isso tem a ver com o custo corrente? 
 
Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou 
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das 
demonstrações contábeis. 
 
Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a 
empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la. 
 
Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem 
gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a venda. 
 
No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas na 
fabricação de produtos acabados. 
 
Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$ 
10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar para 
comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveríamos 
UHFRQKHFHU�XPD�SHUGD��GHELWD�³GHVSHVD�FRP�SHUGD�HP�HVWRTXH�± UHVXOWDGR´��H�
FUHGLWD�³DMXVWH�SDUD�SHUGDV�SURYiYHLV�HP�HVWRTXH�± retificadora do ativo). 
 
Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço, então 
não há perda. 
 
É semelhante ao teste de recuperabilidade, temos o valor realizável líquido (no 
caso é o custo corrente) e o valor em uso (referente ao uso da matéria prima 
para fabricar os produtos acabados). 
 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma 
ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de 
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
 
Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O 
CPC 16, que trata sobre estoques prescreve: 
 
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor 
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. 
 
O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável: 
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Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos 
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
 
Se, por exemplo, este estoque só puderser vendido por R$ 90,00, com 
despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, 
de R$ 85,00. 
 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera 
seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da 
Entidade; 
 
Em lição comezinha, valor presente é quanto vale hoje um ativo ou passivo 
pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está previsto na Lei 6.404/76 
para ativos e passivos de longo prazo e para os de curto prazo (estes apenas 
quando houver efeito relevante) ± artigo 183, VIII e artigo 184, III. Se tenho 
um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo, no valor de R$ 
200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu valor 
presente? É no valor de R$ 150.000,00. 
 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos; e 
 
Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre 
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com 
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que 
FDUDFWHUL]HP� XPD� WUDQVDomR� FRPSXOVyULD�� $� QRUPD� GL]� D� SDODYUD� ³WURFDGR´��
Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ATIVO x 
DINHEIRO, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai 
corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura 
alguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham um 
negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo. 
 
Segundo a Lei 6.404/76: 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os 
seguintes critérios: 
 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos 
e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: 
a) pelo seu VALOR JUSTO, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda; 
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e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da 
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
 
I ± a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não 
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
 
II ± para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e 
 
III ± a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente 
o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a 
aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do 
poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que 
prescrevia a Resolução antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a mudança de 
posicionamento, tornando-VH� ³HVSpFLH´� GR� Jenérico princípio do Registro pelo 
Valor Original. 
 
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Exemplificando, se a remuneração de pessoal de uma empresa referente ao 
mês de dezembro de 2010 atrasar. O pagamento só vai ocorrer em janeiro de 
2011. Quando será feito o registro na Contabilidade? Ora, o pagamento se 
referirá a que mês? Em que mês houve o fato gerador dessa despesa? Bem, em 
dezembro. Logo, dar-se-á o registro contábil ainda no mês de dezembro, 
independentemente do pagamento. O mesmo vale para as receitas. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade 
da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10). 
 
Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega, 
devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas que 
correspondam a essa venda. 
 
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Atenção: O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que 
contabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenas 
empresas podem se utilizar do regime de caixa. 
 
Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que: 
 
Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os 
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei 
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º ) 
 
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação 
financeira e bancária; 
 
(...) 
 
§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do 
Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa. 
 
O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou 
recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da 
competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma 
pequena exceção. 
 
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor 
valor para o ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a 
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$ 
100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não 
serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao 
princípio da prudência. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau 
de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo 
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Neste parágrafo único o princípio da Prudência adverte sobre o cuidado a ser 
tomado quando da utilização de valorações de ativos e passivos que envolvam 
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condições de incerteza, isto é, de subjetividade. Assim, ao mesmo tempo em 
que o contabilista reconhece asvariações patrimoniais decorrentes, por 
exemplo, da ação do tempo, intempéries (como a depreciação), em virtude do 
princípio do registro pelo valor original deve ter o zelo necessário para retratar 
sempre a realidade existente na empresa. 
 
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas 
DOtQHDV� ³F´�� ³G´� H� ³H´� GR�DUW�� ���GR�'HFUHWR-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 
1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor 
a partir de 1º de janeiro de 1994. 
 
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Prezados alunos, ao estudarmos hoje os princípios contábeis, temos de tomar 
cuidado para não confundi-los com as características qualitativas das 
demonstrações contábeis. 
 
E que são essas características qualitativas, professor? Vejamos. 
 
As características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações 
contábeis úteis para os usuários. Estão previstas no CPC 00, que versa sobre a 
Estrutura conceitual básica da contabilidade. 
 
Texto do Pronunciamento Conceitual básico 
 
QC4. Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser 
relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A 
utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for 
comparável, verificável, tempestiva e compreensível. 
 
3 Ao longo de toda esta Estrutura Conceitual, os termos características 
qualitativas e restrição irão se referir a características qualitativas da 
informação contábil-financeira útil e à restrição da informação contábil-
financeira útil. 
 
Comentário: 
 
As características qualitativas foram divididas em duas categorias: 
 
- Características qualitativas fundamentais (relevância e representação 
fidedigna); e 
- Características qualitativas de melhoria (comparabilidade, 
verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade) 
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Quanto à Restrição mencionada no Pronunciamento, refere-se ao custo de gerar 
as informações. 
 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS 
 
QC5. As características qualitativas fundamentais são relevância e 
representação fidedigna. 
 
RELEVÂNCIA 
 
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer 
diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. 
 
A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se 
tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. 
 
A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada 
pelos usuários para predizer futuros resultados. A informação contábil-
financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor 
preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada 
pelos usuários ao fazerem suas próprias predições. 
 
A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
alimentar ± servir de feedback ± avaliações prévias (confirmá-las ou 
alterá-las). 
 
QC10. O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil-
financeira estão inter-relacionados. A informação que tem valor 
preditivo muitas vezes também tem valor confirmatório. Por exemplo, a 
informação sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como 
base para predizer receitas para anos futuros, também pode ser comparada 
com predições de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos 
anteriores. Os resultados dessas comparações podem auxiliar os usuários a 
corrigirem e a melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais 
predições. 
 
Materialidade 
 
QC11. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação 
distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários 
tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade 
específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é 
um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza 
ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está 
relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em 
particular. 
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Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme 
para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma 
situação particular. 
 
Comentário: 
 
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade, baseado na 
natureza ou na magnitude. Ou seja, o que é material para uma empresa pode 
não ser para outra. Não é possível determinar um valor ou um percentual 
uniforme para todas as empresas. 
 
Um item pode ter valor pequeno, mas ser material devido à sua natureza. Por 
exemplo, se uma grande empresa inicia um novo negócio, este pode ter, 
originariamente, valor pequeno em relação às operações da empresa. Mas pode 
ter muito potencial de rentabilidade e crescimento, ou de inovação, o que 
justifica a sua materialidade. Por exemplo, quando as empresas começaram a 
fabricar aparelhos de DVD, esse era um negócio pequeno, frente à operação de 
vídeo-cassete (que já estava estabelecida). Após alguns anos, os aparelhos de 
video-cassete sumiram, e só restaram os DVD (que estão sumindo também ± 
estão perdendo espaço para os aparelhos de Blu-ray). 
 
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA 
 
QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico 
em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem 
só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar 
com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser 
representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa 
ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É 
claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos 
atributos na extensão que seja possível. 
 
Comentário: 
 
A Representação Fidedigna refere-se a três atributos, precisando ser completa, 
neutra e livre de erro. 
 
Para ser completa, a informação deve conter o necessário para que o usuário 
compreenda o fenômeno sendo retratado. 
 
Para ser neutra, deve estar livre de viés na seleção ou na apresentação, não 
podendo ser distorcida para mais ou para menos. 
 
Finalmente, ser livre de erros não significa total exatidão, mas sim que o 
processo para obtenção da informação tenha sido selecionado e aplicado livre 
de erros. No caso de estimativas, ela é considerada como tendo representação 
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fidedigna se, além disso, o montante for claramente descrito como sendo 
estimativa e se a natureza e as limitações do processo forem devidamente 
revelados. 
 
QC16. Representação fidedigna, por si só, não resulta necessariamente em 
informação útil. Por exemplo, a entidade que reporta a informação pode receber 
um item do imobilizado por meio de subvenção governamental. Obviamente, a 
entidade ao reportar que adquiriu um ativo sem custo retrataria com 
fidedignidade o custo desse ativo, porém essa informação provavelmente não 
seria muito útil. Outro exemplo mais sutil seria a estimativado montante por 
meio do qual o valor contábil do ativo seria ajustado para refletir a perda por 
desvalorização no seu valor (impairment loss). Essa estimativa pode ser uma 
representação fidedigna se a entidade que reporta a informação tiver aplicado 
com propriedade o processo apropriado, tiver descrito com propriedade a 
estimativa e tiver revelado quaisquer incertezas que afetam significativamente 
a estimativa. Entretanto, se o nível de incerteza de referida estimativa for 
suficientemente alto, a estimativa não será particularmente útil. Em outras 
palavras, a relevância do ativo que está sendo representado com fidedignidade 
será questionável. Se não existir outra alternativa para retratar a realidade 
econômica que seja mais fidedigna, a estimativa nesse caso deve ser 
considerada a melhor informação disponível. 
 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA 
 
QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e 
compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a 
utilidade da informação que é relevante e que é representada com 
fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também 
auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas 
equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve 
ser usada para retratar um fenômeno. 
 
COMPARABILIDADE 
 
QC20. As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por 
exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou 
noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta 
informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar 
sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para 
outro período ou para outra data. 
 
QC21. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os 
usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e 
diferenças entre eles. 
 
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Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidade não 
está relacionada com um único item. A comparação requer no mínimo dois 
itens. 
 
QC22. Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não 
significa o mesmo. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos 
para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a 
mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre 
entidades. Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a 
alcançar esse objetivo. 
 
QC23. Comparabilidade não significa uniformidade. Para que a informação 
seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes 
precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informação 
contábilfinanceira não é aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes 
pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes. 
 
VERIFICABILIDADE 
 
QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a 
informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se 
propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, 
cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem 
necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade 
econômica em particular ser uma representação fidedigna. Informação 
quantificável não necessita ser um único ponto estimado para ser verificável. 
Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas pode 
também ser verificável. 
 
TEMPESTIVIDADE 
 
QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para 
tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas 
decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. 
Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado 
após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, 
por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências. 
 
COMPREENSIBILIDADE 
 
QC30. Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e 
concisão torna-a compreensível. 
 
QC31. Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser 
facilmente compreendidos. A exclusão de informações sobre esses fenômenos 
dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante em 
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referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios 
seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos (misleading). 
 
QC32. Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm 
conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e que revisem e 
analisem a informação diligentemente. 
 
Por vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir a 
necessidade de procurar ajuda de consultor para compreensão da informação 
sobre um fenômeno econômico complexo. 
 
Comentário: 
 
As Características qualitativas de melhoria são comparabilidade, 
verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade. 
 
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários 
identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. 
 
A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa 
fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar 
 
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão 
a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. 
 
Compreensibilidade significa que a classificação, a caracterização e a 
apresentação da informação são feitas com clareza e concisão, tornando-a 
compreensível. Mas não é admissível a exclusão de informação complexa e não 
facilmente compreensível se isso tornar o relatório incompleto e distorcido. 
 
As características qualitativas de melhoria devem ser maximizadas na extensão 
possível. Entretanto, as características qualitativas de melhoria, quer sejam 
individualmente ou em grupo, não podem tornar a informação útil se dita 
informação for irrelevante ou não for representação fidedigna. 
 
Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro útil 
 
QC35. O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na 
entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro. O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro impõe custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados 
pelos benefícios gerados pela divulgação da informação. Existem variados tipos 
de custos e benefícios a considerar. 
 
O custo para gerar a informação é uma restrição, que impede a geração de toda 
a informação considerada relevante para o usuário. Assim, é necessária a 
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consideração da relação custo-benefício da informação, por parte dos órgãos 
normatizadores. 
 
Vamos agora às questões sobre o assunto! 
 
Um forte abraço e, precisando, estamos à disposição! 
 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/SP/2012) Segundo a 
Resolução nº 750/1993, do Conselho Federal de Contabilidade, levando-se em 
consideração as modificações promovidas pela Resolução nº 1.282/2010 do 
mesmo Conselho, o Princípio da Contabilidadeque se refere ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir 
informações íntegras e tempestivas, é denominado Princípio: 
 
a) do Registro pelo Valor Original. 
b) da Competência. 
c) da Prudência. 
d) da Oportunidade. 
e) da Entidade. 
 
Comentários 
 
Quando em uma questão se dizer informação íntegra e tempestiva, 
certamente a resposta será princípio da oportunidade. 
 
Gabarito Æ D. 
 
 
2. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ PE/2012) A adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, 
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação 
das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, é determinada 
pelo princípio 
 
a) da entidade. 
b) da continuidade. 
c) do registro pelo valor original. 
d) da prudência. 
e) da competência. 
 
Comentários 
 
A questão faz alusão ao já estudado princípio da prudência. 
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Gabarito Æ D. 
 
 
3. (FCC/Analista Judiciário/TRT 12/2013) A respeito das características 
qualitativas da informação contábil útil, considere: 
 
I. As características qualitativas fundamentais são relevância e representação 
fidedigna. 
II. A informação contábil-financeira para ser relevante precisa ter valor 
preditivo, valor confirmatório ou ambos. 
III. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade são 
características qualitativas que melhoram a utilidade da informação que é útil. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
(A) I, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) II e III, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
Comentários 
 
Analisemos item a item... 
 
I. As características qualitativas fundamentais são relevância e 
representação fidedigna. 
 
Segundo o CPC 00: 
 
QC5. As características qualitativas fundamentais são relevância e 
representação fidedigna. 
 
Item, pois, correto. 
 
II. A informação contábil-financeira para ser relevante precisa ter valor 
preditivo, valor confirmatório ou ambos. 
 
Segundo o CPC 00, informação contábil-financeira relevante é aquela 
capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos 
usuários. 
 
A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se 
tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. 
 
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A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada 
pelos usuários para predizer futuros resultados. A informação contábil-
financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor 
preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada 
pelos usuários ao fazerem suas próprias predições. 
 
A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
alimentar ± servir de feedback ± avaliações prévias (confirmá-las ou 
alterá-las). 
 
Item, portanto, correto. 
 
III. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e 
compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a 
utilidade da informação que é útil. 
 
Segundo o CPC 00: 
 
QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e 
compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a 
utilidade da informação que é relevante e que é representada com 
fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também 
auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas 
equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve 
ser usada para retratar um fenômeno. 
 
9HMDP�TXH�KRXYH�DOWHUDomR�GD�SDODYUD�³UHOHYDQWH´�GR�&3&�SHOD�SDODYUD�³~WLO´�QD�
questão, o que não invalida a assertiva, já que uma informação relevante é útil. 
 
Gabarito Æ E. 
 
 
4. (FCC/Contador/DPE/SP/2013) Em relação aos Princípios de 
Contabilidade, considere: 
 
I. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas em que 
os aspectos formais devem prevalecer sobre a essência das transações. 
II. O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de 
receitas e de despesas correlatas. 
III. Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária, 
Competência e Prudência são princípios de contabilidade. 
IV. O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas. 
 
De acordo com a Resolução CFC no 750/93 e alterações posteriores, está 
correto o que se afirma apenas em: 
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(A) II e IV. 
(B) I e III. 
(C) II, III e IV. 
(D) I e IV. 
(E) I e II. 
 
Comentários 
 
Comentemos item a item... 
 
I. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas 
em que os aspectos formais devem prevalecer sobre a essência das 
transações. 
 
Segundo o CFC 750: 
 
Art. 1. § 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas 
e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Vejam, pois, que a banca inverteu os conceitos, porquanto a essência deve 
prevalecer sobre a forma, e não o contrário. 
 
II. O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação de receitas e de despesas correlatas. 
 
O item está correto. Na contabilidade as receitas e despesas correlatas devem 
ser reconhecidas simultaneamente. 
 
III. Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização 
Monetária, Competência e Prudência são princípios de contabilidade. 
 
O item está incorreto. A atualização monetária deixou de ser princípio e foi 
incorporada ao registro pelo valor original. 
 
IV. O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações 
íntegras e tempestivas. 
 
O item está correto. O princípio da oportunidade refere-se à apresentação de 
informações íntegras e tempestivas. 
 
Gabarito Æ A. 
 
 
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5. (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ RJ/2011) São 
princípios contábeis, de acordo com o Conselho Federal de Contabilidade 
(Resolução 750/93) 
 
(A) essência e forma e prudência. 
(B) reavaliação e competência. 
(C) oportunidade e atualização monetária. 
(D) continuidade e competência. 
(E) registro pelo valor original e reserva de ajuste de avaliação patrimonial. 
 
Comentários 
 
Segundo a Resolução n. 750/93, do CFC, atualizada pelo CFC n. 1.282/2010: 
 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1282/10) 
 
I) o da entidade; 
II) o da continuidade; 
III) o da oportunidade; 
IV) o do registro pelo valor original; 
VI) o da competência; e 
VII) o da prudência. 
 
Gabarito Æ D. 
 
 
6. (FCC/Analista Judiciário/TRF 4ª/2010) O princípio contábil que se 
relaciona diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à 
formação do resultado, além de constituir dado importante paraaferir a 
capacidade futura de geração de resultados é o Princípio 
 
(A) da Continuidade. 
(B) do Registro pelo valor original. 
(C) da Oportunidade. 
(D) da Entidade. 
(E) da Prudência. 
 
Comentários 
 
A questão se refere ao princípio da continuidade. Pelo princípio da 
continuidade, devemos trabalhar pressupondo que a empresa se manterá em 
exercício, continuará operando. Quantificaremos componentes patrimoniais e 
registraremos receitas e despesas partindo desses pressupostos. 
 
Gabarito Æ A. 
 
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7. (FCC/TRF 4ª/Analista Judiciário/Contador/2010) O princípio contábil 
da oportunidade estabelece que: 
 
a) o patrimônio da entidade não se confunde com o patrimônio dos sócios ou 
acionistas. 
b) as despesas e as receitas da entidade devem ser registradas no período em 
que forem incorridas e não no período em que ocorrer o desembolso ou o 
recebimento. 
c) os ativos devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor de 
mercado, dos dois o menor. 
d) deve-se adotar, havendo duas alternativas igualmente válidas para 
mensuração do passivo, a de maior valor na escrituração contábil. 
e) o registro da mutação patrimonial deve ser feito de imediato, de forma 
integral, e na extensão correta de seus elementos quantitativos e qualitativos. 
 
Comentários 
 
a) o patrimônio da entidade não se confunde com o patrimônio dos 
sócios ou acionistas. 
 
Tal alternativa refere-se ao princípio da entidade: separar o patrimônio dos 
sócios do da sociedade. 
 
b) as despesas e as receitas da entidade devem ser registradas no 
período em que forem incorridas e não no período em que ocorrer o 
desembolso ou o recebimento. 
 
Esse enunciado diz respeito ao princípio da competência. 
 
c) os ativos devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor 
de mercado, dos dois o menor. 
 
Esse enunciado diz respeito às variações decorrentes do princípio do custo 
histórico e também ao princípio da prudência. 
 
d) deve-se adotar, havendo duas alternativas igualmente válidas para 
mensuração do passivo, a de maior valor na escrituração contábil. 
 
Este é o princípio da prudência. Para o passivo, quando houver duas 
alternativas válidas, devemos registrar a de maior valor. 
 
Por fim, 
 
e) o registro da mutação patrimonial deve ser feito de imediato, de 
forma integral, e na extensão correta de seus elementos quantitativos e 
qualitativos. 
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Este é o gabarito e corresponde ao conceito do princípio da oportunidade. A 
informação contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duas 
palavras chaves). 
 
Gabarito Æ E. 
 
 
8. (FCC/Analista/TCM CE/2010) "O critério de menor valor para os itens do 
Ativo e da Receita, e o de maior valor para os itens do Passivo e da Despesa, 
com os efeitos correspondentes no Patrimônio Líquido, serão adotados para 
registro, diante de opções na escolha de valores." Considerando os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, editados pelo Conselho Federal de 
Contabilidade, o enunciado acima refere-se ao Princípio da 
 
a) Entidade. 
b) Formalização dos Registros Contábeis. 
c) Uniformidade. 
d) Continuidade. 
e) Prudência. 
 
Comentários 
 
Menor valor para ativo e receita e maior valor para ativo e despesa diz respeito 
eminentemente ao princípio da prudência. 
 
Diretamente, podemos não ver relação de avaliar as receitas para menor e as 
despesas para menor, contudo, o entendimento da banca é que, dadas duas 
VLWXDo}HV�SRVVtYHO�� HVWDV�KLSyWHVHV� UHVXOWDUmR�QXP�3/�PHQRU��SRUWDQWR�� ³PDLV�
SUXGHQWH´� 
 
Gabarito Æ E. 
 
 
9. (FCC/Analista Judiciário/TRE/AM/2010) Considere as seguintes 
assertivas: 
 
I. As receitas e despesas devem ser consideradas, pelas empresas, para 
apuração do resultado do período a que se referirem, no momento de sua 
ocorrência. 
II. Sempre que apresentarem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, as 
empresas deverão adotar o menor valor para os componentes do ativo e o 
maior para os do passivo. 
III . As empresas devem registrar os seus componentes patrimoniais pelos 
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor 
presente na moeda do país. 
 
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As assertivas referem-se, respectivamente, aos princípios contábeis 
 
(A) da competência, da continuidade e da oportunidade. 
(B) do registro pelo valor original, da entidade e da continuidade. 
(C) da competência, da atualização monetária e da prudência. 
(D) da oportunidade, da competência e da prudência. 
(E) da competência, da prudência e do registro pelo valor original. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
I. As receitas e despesas devem ser consideradas, pelas empresas, para 
apuração do resultado do período a que se referirem, no momento de 
sua ocorrência. 
 
A primeira assertiva refere-se ao princípio da competência. 
 
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros 
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
II. Sempre que apresentarem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio 
líquido, as empresas deverão adotar o menor valor para os 
componentes do ativo e o maior para os do passivo. 
 
A segunda assertiva, por seu turno, refere-se ao princípio da prudência. 
 
O Princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor 
valor para o ativo, e maior valor para o passivo. Assim, se é possível que a 
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$ 
100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não 
serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao 
princípio da prudência. 
 
III. As empresas devem registrar os seus componentes patrimoniais 
pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos 
a valor presente na moeda do país. 
 
A terceira assertiva, por sua vez, trouxe à baila o princípio do registro pelo valor 
original. 
 
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Vejamos o que diz a Resolução 750 do CFC atualizada sobre este princípio. 
 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional. 
 
Gabarito Æ E. 
 
 
10. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007) Em relação ao princípio contábil da 
Competência, é correto afirmar que 
 
(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o efetivo

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