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Aula 01LIT HISP AMER

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LITERATURA HISPANO-AMERICANA
Aula 1: Literatura da Conquista
Tema da Apresentação
Aula 1: Literatura da Conquista
LITERATURA HISPANO-AMERICANA
Conteúdo Programático desta aula
A origem do estudo da Literatura Hispano-Americana no Brasil: Manuel Bandeira e Bella Jozef;
As civilizações pré-colombinas.
As Crônicas da Conquista e os seus vários narradores;
O resultado do encontro entre civilizações tão distintas.
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A incursão marítima rumo à América
A expedição marítima: No século XV, em agosto de 1492, Cristóvão Colombo (1451/1506), navegador italiano, membro da Escola de Sagres, depois de muito insistir com a coroa espanhola, consegue que seu projeto de expansão marítima seja aceito pelos reis católicos .
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1492: A conquista do paraíso
Para ter uma leve noção do que significou este evento da viagem rumo ao Novo Mundo, a América, vamos assistir um trecho do filme “1492: a conquista do paraíso”. 
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EXPLORANDO O TEMA
Vamos assistir o filme:
http://www.youtube.com/watch?v=O6fNI7MLnfY
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As Culturas Espanhola e Pré-colombinas: o encontro
Ao chegar no “Novo Mundo”, o espanhol encontra civilizações estratificadas (Maias, Aztecas e Incas) altamente desenvolvidas na sua intelectualidade. Encontramos a grande expressão da literatura pré-colombina nas zonas de civilização das línguas “náhuatl”, “maya” e “quechua”. Estes grupos alcançaram um elevado nível de civilização, deixando assombrados os primeiros conquistadores espanhóis.
Apesar da tragédia da conquista hispânica, de sua dolorosa consequência e a frequente incompreensão ante o diferente, houve a conservação do essencial e a valorização de um grande patrimônio cultural indígena. Mérito exclusivamente dos missionários religiosos.
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A cultura e a arte Náhuatl:
Na zona “náhuatl”, ou mexicana, a civilização foi construída com base no aporte de vários povos, entre eles os toltecas. A expressão artística destes povos está estreitamente vinculada à religião. Assim são construídas grandes cidades santuários, sendo Teotihuacán a mais antiga.
O Imperador Moctezuma II presenciou a entrada dos espanhóis em seu território e para dar unidade a diversidade de povos mostrou tolerância religiosa admitindo oficialmente o culto de deuses aztecas e cristãos.
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A arte azteca: Existem numerosos estudos sobre a grandeza da arte azteca, a grande expressão de sua arquitetura, de sua escultura. 
Todas as expressões vitais do mundo náhuatl se manifestam no marco de uma visão religiosa, como resultado de intervenções divinas, de lutas carnais entre os deuses. 
A tradição oral e a representação por hieroglifos permitiu transmitir esta visão religiosa do mundo, da ciência do calendário, da sua história, da literatura.
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LITERATURA HISPANO-AMERICANA
A poesia náhuatl se destaca pela beleza poética ao retratar um mundo maravilhoso de pássaros, ríos e plantas. Um mundo fantástico que narra a origem de seus próprios deuses, seus heróis, eleva hinos ao Sol, celebra a riqueza do milho...
“Cuando llegó a la orilla del mar divino, 
Al borde del luminoso océano, se detuvo y lloró.
Tomó sus aderezos y se los fue metiendo:
Su atavío de plumas de quetzal, su máscara de turquesa. 
Y cuando estuvo aderezado, él, por sí mismo, se prendió fuego”. 
(Os versos mostram a figura do deus Quetzalcóatl).
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Toda a poesia está dominada por um sentimento de limitação e transitoriedade:
“He de dejar las bellas flores, /he de bajar al reino de las sombras,/ luego, por breve tiempo,/ se nos prestan los cantos de hermosura”.
Nos versos que seguem, a sucessão de interrogações revela a angustia do “homem solar” pela problemática busca da divindade:
“¿Conqué he de irme, cual flores que fenecen?/ ¿Nada será mi corazón alguna vez?/¿Nada dejaré em pos de mí en la tierra?/ Al menos flores, al menos cantos! ¿Cómo ficará mi corazón?¿Acaso él en vano vino a vivir?”
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REPRESENTAÇÕES TEATRAIS...
Entre os povos pré-colombinos existiu um teatro primitivo, de dança e canto, sempre condicionado pelos rituais religiosos.
Não foram resgatados escritos deste tipo de representação literária, mas ainda hoje entre as populações indígenas, estas representações primitivas acontecem mesmo que um pouco influenciadas pela cultura espanhola.
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A CONQUISTA...
O Ano de 1492 inaugura uma nova era para a civilização ocidental. O descobrimento da América coroa os intentos anteriores de navegação em direção ao Ocidente e oferece um imenso campo de ação para a expansão econômica e espiritual da Europa, sobretudo para a Espanha.
A SOBREVIVÊNCIA DO INDÍGENA: A mestiçagem...
Resulta evidente que a chegada dos espanhóis aos territórios americanos, acabou com o desenvolvimento das civilizações indígenas. A conquista espanhola, se não provocou o extermínio total destas civilizações, realizou destruição incalculável no campo artístico e literário, em face da religião espanhola, da cobiça e da ambição.
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O TRABALHO CULTURAL DAS ORDENS RELIGIOSAS: 
No momento da conquista, começam a surgir nos territórios onde antes havia florescido as civilizações mais importantes da América, uma nova cultura. Nesta, tem lugar de destaque o indígena, graças aos religiosos espanhóis, seus difusores e conservadores. 
Logo após o descobrimento e colonização das Ilhas Antilhanas, a cultura espanhola inicia a sua penetração na América pela obra dos franciscanos, dos agustinos, dos dominicanos e por último, dos jesuítas.
Surgem então os conventos onde funcionam escolas para adultos abertas aos membros da nobreza indígena.
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AS CRÔNICAS DO DESCOBRIMENTO: Os primeiros cronistas...
O CRONISTA CONQUISTADOR:
Em meio ao fervor cultural na “Nueva Hispania” se manifestam os primeiros cronistas. Assim, a literatura hispano-americana começa com um escritor que não é espanhol: Cristóbal Colón (1451-1506).
Diarios de bordo, de sua embarcação e Cartas del descubrimiento, direcionadas aos reis católicos da época da conquista, correspondem aos primeiros documentos em castellano sobre o Novo Mundo.
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A CRÔNICA DO CONQUISTADOR: Características...
Na primeira carta de sua primeira viagem, em Diario de bordo , percebe-se em Colón o deslumbre ao se deparar com uma atmosfera paradisíaca, em face da observação do mundo natural e do encontro com os primeiros aborígenes. 
Para o navegante tudo parece sem igual. Seu espírito se move então, sob a influência bíblica que o faz acreditar que está diante de um paraíso terreno:
“La mar llana como un río y los aires mejores del mundo – escribe – [...] El cantar de los pajaritos es tal, que parece que el hombre nunca se querría partir de aquí, y las manadas de los papagayos oscurecen el sol...[...].”
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O descobrimento do novo mundo verdejante resulta para o Conquistador o anúncio de um paraíso na terra. Em Carta del descubrimiento,
Colón afirma que se trata de uma terra maravilhosa “para desear y vista para nunca dejar”. 
Colombo acredita que há na terra do Novo Mundo a essência da bondade:
“...en el mundo creo no hay mejor gente ni mejor tierra: ellos aman a sus prójimos como a sí mismos y tienen su habla la más dulce del mundo, y mansa, y siempre com risa.”
Desta visão idílica da América nasce o mito do 
“bom selvagem”.
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A CRÔNICA DO MISSIONÁRIO: 
Os conflitos morais e a recuperação histórica...
Desde os primeiros momentos da colonização surgem graves conflitos morais.
O problema da liberdade do índio e da maneira de tratá-los começou a incomodar a consciência hispânica.
Frei Bartolomé de las Casas (1474-1565), revelou-se um homem singular e combateu durante toda a sua vida, na busca pela igualdade entre os conquistadores e conquistados.
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Foi chamado “Apóstol de los indios” e foi legalmente reconhecido pelo Rei Carlos V como procurador oficial dos indígenas. O frei dedicou 52 anos de seus 91 anos em defesa da dignidade dos índios.
A Brevísima relación de la destrucción de las Indias, um de seus principais escritos, editado em 1552, é o principal responsável pela denúncia das atrocidades espanholas cometidas contra os índios. 
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OS CRONISTAS DA EXPLORAÇÃO E DA COLONIZAÇÃO...
O descobrimento e conquista do México por Hernán Cortés (1485-1547) amplia o panorama geográfico e humano da América para os espanhóis.
Este é o período mais propriamente épico da conquista e refletira de modo importante na literatura através da crônica, que passa a ser escrita por homens destituídos de formação literária o que dá a estas narrativas um tom de ingenuidade (CRONISTAS SOLDADOS).Principal agente da conquista do México, Cortés foi o primeiro dos escritores a relatar este avanço. Após participar da colonização de Cuba sob a ordem de Diego Velázquéz, é nomeado o seu sucessor nas expedições.
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Cortéz é considerado um soldado de coração duro e sanguinário. Não reconhece a humildade e mansidão dos astecas e de seu rei, Moctezuma.
Como um tirano, destrói toda a nação indígena em busca de sua riqueza, ainda que trechos de suas Cartas denunciem sua admiração, pela Novo Mundo; outros, revelam sua falta de humanidade no contato com o povo.
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A CRÔNICA DOS MESTIÇOS: La voz de los nativos...
El Inca, Garcilazo de la Vega (1539-1616) é considerado o primeiro grande prosista hispano-americano. 
Filho de um capitão espanhol e uma princesa inca, Garcilazo experimentou no mais íntimo de seu ser o contraste entre dois mundos distintos. Durante toda a sua vida tentou resolver esta dualidade, sem sucesso. 
A primeira parte de sua principal obra, Los Comentarios reales de los Incas, surge em 1609, em Lisboa. Depois, a obra é desenvolvida pelo autor em vários tomos e se consagra como principal introdução da história da conquista espanhola e das guerras civis no Peru.
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LITERATURA HISPANO-AMERICANA
Considerada sua principal obra, Los Comentarios Reales apresenta o testemunho de sua tragédia pessoal, documentada por uma ardente nostalgia. 
A obra revela o seu amor pela pátria peruana e as escuras trevas em que parece estar constantemente submergido em face de sua linhagem espanhola.
Na obra, Garcilazo é fundamentalmente a favor dos povos de sua mãe. E mesmo quando tenta justificar ou atenuar a dura atuação dos espanhóis em terras peruanas, termina por formular críticas.
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LITERATURA HISPANO-AMERICANA
“No hay odio de razas, porque no hay razas.” […]
“El alma emana, igual y eterna, de los cuerpos diversos en forma y en color. Peca contra la Humanidad el que fomente y propague la oposición y el odio de las razas.” 
(Nuestra América . José Martí)
http://www.jose-marti.org/jose_marti/obras/articulos/nuestramerica/09nuestramerica.htm
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