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Aula 07 Legislação Tributária p/ SEFAZ/PE Professor: Michel Goldman . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 71 AULA 07 - ICMS – Substituição Tributária, Diferimento, Antecipação Tributária e Suspensão Tributária. SUMÁRIO PÁGINA 1. Conteúdo 01 2. Apresentação 02 3. Substituição Tributária do ICMS 02 4. Suspensão do ICMS 38 5. Questões Comentadas 43 6. Lista de Questões Apresentadas 63 7. Gabarito 71 CONTEÚDO: Substituição Tributária: • Artigos 17 a 19 da Lei 11.408/96. • Artigos 12, 13, 19 e 58 do Regulamento do ICMS pernambucano. • Artigos 10, 16 e 42 da Lei 10.259/89 (Lei do ICMS pernambucano). Suspensão Tributária: • Artigos 10 e 11 do Regulamento do ICMS pernambucano. • Artigos 9º da Lei 10.259/89 (Lei do ICMS pernambucano). Finalmente chegamos a um ponto bastante requisitado nos concursos de Auditor Fiscal: a substituição tributária do ICMS. A substituição tributária retira a responsabilidade do recolhimento do imposto do contribuinte que realiza o fato gerador e delega a outro contribuinte também envolvido na operação. É um tema bastante polêmico entre juristas. Muitos apontavam a inconstitucionalidade de uma lei que obriga um contribuinte recolher o ICMS de uma operação que ainda nem aconteceu. Pois como veremos, segundo comando do regulamento do ICMS pernambucano, indústrias devem recolher o ICMS das operações de venda dos atacadistas, antes mesmo destes atacadistas 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 71 sequer receberem as mercadorias em seus estoques. Mas esta polêmica já foi pacificada, com a Constituição Federal e a Lei Complementar 87/96. Estas normas possibilitam a cobrança do imposto do responsável antes de ocorrer o fato gerador do imposto. Depois discutiremos outro assunto importante para concursos: a suspensão tributária. E as operações específicas determinadas na legislação pernambucana que permitem este tipo de benefício. Atenção! Para o assunto substituição tributária utilizaremos, conjunatmente, a lei 11.408/96 (que institui as normas trazidas pela Lei Complementar 87/96 e traz outras determinações) e o Regulamento do ICMS pernambucano. A lei 11.408/96 traz de forma bastante clara os princípios gerais da substituição tributária e da antecipação tributária do ICMS pernambucano. Para o assunto suspensão utilizaremos basicamente as informações trazidas no Regulamento do ICMS pernambucano. A lei do ICMS pernambucano (lei 10.259/89) é a fonte complementar nestes dois estudos. 1) SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS 1) Sistemática da Substituição Tributária do ICMS Bom, não dá para iniciar a conversa sobre substituição tributária sem retornarmos ao esquema desenvolvido na aula passada, de crédito do imposto. Gosto deste exemplo, pois traduz claramente 2 princípios primordiais da cadeia distributiva de qualquer produto: o crédito do ICMS e a não cumulatividade. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 71 Nosso tradicional exemplo de uma cadeia distributiva de um lote de refrigerantes (com seus respectivos lançamentos de débitos e créditos no Livro de Apuração do ICMS): Operações no mês de julho de 2013 Vende um produto Compra o produto por Compra o produto por 170 e acabado por 100 100 e vende por 170. vende por 250. 17% de 100 = 17 17% de 170 = 28,9 17% de 250 = 42,5 Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito 17 17 28,9 28,9 42,5 17 11,9 13,6 Este é o procedimento de cálculo do ICMS a ser recolhido em cada operação da cadeia distributiva: pelo industrial, pelo atacadista e pelo varejista. Repare como cada membro da cadeia calcula as diferenças mensais de crédito e débito do imposto e recolhe o resultado de débito para o Estado (ou transfere o resultado crédito para o mês seguinte). Neste mês, o Estado teria recolhido o total de 17 + 11,9 + 13,6 = 42,5 de débito do ICMS. ATACADISTA VAREJISTA CONSUM. INDÚSTRIA 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 71 Cabe ao fisco pernambucano auditar as informações fiscais de cada um dos três estabelecimentos para verificar se recolheram no final do mês o valor correto e se todas as operações de crédito e débito foram corretamente lançadas. Fácil, não? Agora, imagina o fiscal que fiscaliza este setor de refrigerantes. Há quantas indústrias deste setor no Pernambuco? 5 ou 6, talvez 8? Ótimo. A indústria é fácil de fiscalizar. Quantos atacadistas? Uns 200? Bem, já dificulta um pouco. E quantos varejistas? Uns 200.000? Bem, neste caso precisaremos de um concurso para 200.000 fiscais. Seriam bom, não? Não seria mais fácil então o fisco cuidar de fiscalizar apenas os poucos industriais? E através da fiscalização dos industriais já conseguir verificar se o imposto de toda a cadeia já foi recolhido? E quando eu digo toda a cadeia, eu quero dizer todas as saídas: da indústria para os atacadistas, todas as saídas dos atacadistas para os varejistas e todas as saídas dos varejistas aos consumidores finais. Pois é, o fisco conseguiu desenvolver esta proeza. É a chamada Substituição Tributária. (Aliás, para o aluno saber, refrigerantes estão na substituição tributária no Estado do Pernambuco). Exemplo de uma cadeia distributiva de refrigerantes (com substituição tributária): 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 71 Operações no mês de julho de 2013 Vende o produto Compra o produto por Compra o produto por 170 e acabado por 100. 100 e vende por 170. vende por 250. C:17% de 100 = 17 C:17% de 100 = 17 D:17% de 100 = 17 D: 17% de 170 = 28,9 D:17% de 250 = 42,5 Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito 17 17 28,9 28,9 42,5 17 11,9 13,6 Industria recolhe 17 + 11,9 + 13,6 Ao todo recolhe 42,5. (ICMS total) Com a instituição da substituição tributária em seus Estados, prevista na Constituição Federal de 1988 e na Lei Complementar 87/96, os fiscos estaduaisregulamentaram que todo o ICMS de uma cadeia distributiva de um produto seria recolhido pelo industrial (o substituto tributário). Neste exemplo o industrial recolheria 42,5, referente a toda a cadeia. E mais, de forma antecipada. Já na saída do produto do industrial ao atacadista – bem no começo da cadeia seria debitado no livro de registro de operações específico de substituição tributária o valor de 25,5 reais (as operações antecipadas) ATACADISTA NDUSTRIA L VAREJISTA CONSUM . INDÚSTRIA 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 71 A introdução da substituição tributária não só facilitou a ação do Estado, pois basta fiscalizar dois ou três estabelecimentos para verificar se o imposto da cadeia foi pago, mas também possibilitou que o Estado recebesse o ICMS total da cadeia de uma vez só e de forma antecipada. Muitos refrigerantes, que você amigo candidato comprou hoje no supermercado, já tiveram seus impostos recolhidos há talvez um ano, quando saíram da fábrica para o atacadista. Ué? E o que recolhe de imposto o atacadista e varejista da cadeia durante as vendas sucessivas de mercadoria? NÃO RECOLHEM MAIS NADA. O IMPOSTO JÁ ESTÁ PAGO. Lembre-se: • Substituto tributário – normalmente é o INDUSTRIAL (pois é quem recolhe o imposto da cadeia inteira na saída (venda) de seu estabelecimento) • Substituído tributário – normalmente são os ATACADISTAS E VAREJISTAS (nada recolhem de imposto nas suas vendas) A regra geral acima pode sofrer exceções trazidas pelo regulamento do ICMS pernambucano, que estudaremos nos demais tópicos. Mas realmente é uma regra geral que nos orienta em nosso estudo e serve para 90% das operações. Olha o que diz o artigo 150 §7º da Constituição Federal de 1988: § 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. E a lei 11.408/96 replicou o comando Constitucional no seu artigo 19: Art. 19. É assegurado ao contribuinte-substituído o direito à restituição: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 71 I - do valor total do imposto pago por força da substituição tributária, sempre que : a) o fato gerador presumido não se realizar; b) a operação ou prestação promovida pelo contribuinte-substituído esteja contemplada com qualquer espécie de desoneração total do imposto; II - do valor parcial do imposto pago por força da substituição tributária, proporcionalmente à parcela que tenha sido retida a maior, quando a base de cálculo da operação ou prestação promovida pelo contribuinte-substituído for inferior àquela prevista na antecipação. § 1º Na apreciação dos pedidos de restituição, pelo setor competente da Secretaria da Fazenda, será dada prioridade àqueles formulados em decorrência da substituição tributária. § 2º Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de 90 (noventa) dias, o contribuinte-substituído poderá creditar-se , em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo. § 3º Na hipótese do parágrafo anterior, sobrevindo decisão administrativa contrária irrecorrível, o contribuinte-substituído, no prazo de 15 (quinze) dias da respectiva ciência, procederá ao estorno dos créditos lançados, também devidamente atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis. A lei 11408/96 garantiu que na cadeia de distribuição do produto com substituição tributária (o total de ICMS já foi recolhido logo na saída do industrial), caso NÃO seja realizada qualquer uma das operações previstas, existe o imediato direito à restituição pelo substituído tributário (normalmente o atacadista ou varejista). 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 71 Exemplos de casos que geram o direito a restituição da substituição tributária. (Todas as mercadorias citadas nos exemplos sofreram retenção antecipada do ICMS pelo industrial remetente): 1- O atacadista consome a mercadoria ao invés de revendê-la ao varejista (restituição para o atacadista, porque não realizou o fato gerador do ICMS antecipado). 2- Antes da saída do varejista a mercadoria queima no estoque (restituição para o varejista, porque não realizou o fato gerador do ICMS antecipado). 3- O varejista revende a mercadoria com isenção, ou seja, a saída não teve obrigação de recolhimento do ICMS (restituição para o varejista, porque não houve a saída tributada). 4- Empresa industrial e atacadista compra mercadoria para revenda mas termina utilizando-a para industrialização de um novo produto (restituição para a empresa). 2) Substitutos Tributários O regulamento traz uma relação de contribuintes que são substitutos tributários e, portanto, tem a RESPONSABILIDADE recolher antecipadamente as operações dos demais membros da cadeia de distribuição (os substituídos). Veja o artigo 17 da lei 11.408/96: Art. 17. É responsável pelo pagamento do imposto: I - o contribuinte do imposto ou depositário, a qualquer título, relativamente a serviços ou mercadorias, conforme estabelecido em lei específica, hipótese em que assumirá a condição de contribuinte - substituto; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 71 II - o contribuinte que realizar operação interestadual com petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, em relação às operações subsequentes, observado o disposto no § 2º; III - as empresas geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, nas operações internas e interestaduais, na condição de contribuinte ou de contribuinte-substituto, pelo pagamento do imposto desde a produção ou importação até a última operação, assegurado seu recolhimento ao Estado onde deva ocorrer essa operação, observado o disposto nos §§ 2º e 5º; O aluno tem de entender que contribuintes industriais, importadores e arrematantes em leilão judicial de mercadorias importadas (e abandonadas ou confiscadas) são os principais substitutos tributários do ICMS. Isto quer dizer que ao venderem as mercadorias, deverão recolher o ICMS das operações subsequentes, além do ICMS da sua própria operação. 3) Produtos na substituição tributária. O regulamento do ICMS PE traz no Apêndice II, Seções II e III, os produtos que estão na substituição tributária no Estado do Pernambuco. São exemplos: cigarros, veículos automotores, tintas, vernizes, discos fonográficos, cimento, autopeças, energia elétrica, sorvete, lâmpadas, pilhas e baterias, brinquedos, bicicletas, produtosalimentícios, bebidas, combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo, etc. Isto significa que indústria de autopeças de Recife (PE) quando der saída de produtos para varejista de Pombos (PE) deverá recolher o ICMS relativo à sua operação de venda e também recolher antecipadamente o ICMS relativo à operação de venda do varejista. Operação esta que poderá ocorrer no dia seguinte ou em 2 anos, não importa. Importa que o imposto desta operação já foi antecipado. E tem mais, se um novo produto for inserido na lista de produtos na substituição tributária, por exemplo, sofás. Produto este que não está ainda na substituição 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 71 tributária no Pernambuco. Neste caso todos os varejistas e atacadistas que tem sofás em seus estoques tem de recolher o ICMS antecipado da cadeia de distribuição do produto. No caso do varejista tem de recolher o ICMS da sua venda. No caso da atacadista tem de recolher o ICMS antecipado de sua venda e da venda do varejista. 4) A responsabilidade do contribuinte substituído. A lei 11.408/96 prevê a responsabilidade do substituído (atacadista ou varejista) pelo recolhimento da substituição tributária caso o substituto (industrial) der saída sem o devido recolhimento. É o que diz a lei em seu artigo 17, IV: Art. 17. É responsável pelo pagamento do imposto: IV- terceiros cujos atos ou omissões concorrerem para o não-recolhimento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável. Veja também o artigo 58 §§2º e 3º do RICMS PE: Art. 58. Considera-se responsável pelo imposto, na qualidade de contribuinte- substituto: § 2º O contribuinte-substituto sub-roga-se em todas as obrigações do contribuinte-substituído, relativamente às operações e prestações internas. § 3º A substituição tributária não exclui a responsabilidade do contribuinte- substituído, na hipótese de o documento fiscal próprio não indicar o valor do imposto, objeto da substituição, quando o respectivo destaque for exigido pela legislação tributária O que a lei quer dizer é que contribuinte substituído que receba mercadoria sem recolhimento da substituição tributária será responsável pelo recolhimento do imposto já que beneficia-se deste não recolhimento. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 71 Tomem bastante cuidado com essas palavras Substituto e Substituído. As bancas costumam trocar uma palavra pela outra e se você não ler com bastante atenção pode incorrer em erro. Na hora da prova, marcarem ou circularem as três últimas letras dessas duas palavras. 5) A substituição tributária em operações interestaduais. A substituição tributária é apenas possível entre contribuintes dentro do Estado de Pernambuco. Mas há uma exceção: Havendo acordo (convênio) entre os Estados é possível que um industrial pernambucano retenha o ICMS antecipadamente de uma venda para um substituído (atacadista ou varejista) de outro Estado da Federação. (É o que prevê o artigo da 17 da lei 11408/96). Veja o comando trazido pelo artigo 17 §1º da lei 11408/96: Art. 17. É responsável pelo pagamento do imposto: § 1º A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados interessados. E o comando do artigo 34 do RICMS PE: Art. 34 - Nas operações interestaduais que destinem a este Estado mercadorias relacionadas no Apêndice II, Seção III, fica atribuída ao remetente, na condição de substituto tributário, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto devido a este Estado, mesmo que o imposto já tenha sido retido anteriormente. NOTA 01 - Ver operações com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente, arts. 137 a 139. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 71 § 1º - A responsabilidade será atribuída nos termos previstos nas Seções específicas para as diversas mercadorias, constantes no Capítulo seguinte, e ocorrerá, inclusive, nas operações promovidas por estabelecimentos não referidos naquelas Seções. § 2º - A responsabilidade por substituição tributária prevista neste artigo poderá ser transferida do contribuinte substituto para outro contribuinte, mediante Termo de Acordo celebrado entre a Receita Estadual e os contribuintes envolvidos. Exemplos: 1 - Na venda de indústria de brinquedos pernambucana “Brinquedos MATOSO” para varejista de Mato Grosso do Sul, deve o industrial recolher o ICMS substituição tributária? Não. Pois não há convênio entre os Estados do Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Neste caso, a indústria “Brinquedos MATOSO” recolhe o ICMS de sua operação de venda interestadual para o PE. PE 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 71 2- Na venda de indústria de brinquedos pernambucana “Brinquedos MATOSO” para varejista de Goiás, deve o industrial recolher o ICMS substituição tributária?? Sim. Pois há convênio entre os Estados do Pernambuco e Goiás. Neste caso a indústria Brinquedos “MATOSO” recolhe o ICMS devido na saída interestadual (para PE) e a título de substituição tributária, o ICMS da saída do varejista “BRINQUEDARIA”, de forma antecipada, para GO. 6) A base de cálculo da substituição tributária Nesse tópico podemos discutir a base de cálculo da substituição tributária. Em outras palavras, como o industrial, ou melhor, o substituto tributário, calcula o ICMS substituição tributária. Já falamos na aula 4 que a base de cálculo é o valor imponível legal do imposto, e confrontado à alíquota, que é a quantificação porcentual, encontra-se o valor devido. Nada melhor neste momento do que retornarmos ao nosso velho exemplo: PE 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 71 Operações no mês de julho de 2013 Vende o produto Compra o produto por Compra o produto por 170 e acabado por 100. 100 e vende por 170. vende por 250. C:17% de 100 = 17 C:17% de 100 = 17 D:17% de 100 = 17 D: 17% de 170 = 28,9 D:17% de 250 = 42,5 Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito 17 17 28,9 28,9 42,5 17 11,9 13,6 Industria recolhe 17 + 11,9+ 13,6 Ao todo recolhe 42,5. (ICMS total) Neste exemplo, como discutimos, o contribuinte recolhe o ICMS da cadeia inteira: 42,5 reais. Sendo que estes 42,5 reais são relativos a três operações: 17 (saída indústria) + 11,9 (saída atacadista) + 13,6 (saída varejista). É sempre assim na substituição tributária para frente. Mas o Estado através da lei ordinária e do regulamento exige que este recolhimento total de 42,5 seja feito através de 2 recolhimentos separados: 1º - Operação Própria do Industrial (a operação normal de saída do industrial, que ele recolheria em qualquer situação, com ou sem substituição tributária) = 17 reais ATACADISTA NDUSTRIA L VAREJISTA CONSUM . INDÚSTRIA 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 71 2º - Operação de Substituição Tributária (ICMS que o industrial recolhe antecipadamente e referente aos demais membros da cadeia. É o ICMS recolhido pelo substituto, como responsável pelo imposto) = 11,9 + 13,6= 25,5 reais Já sabemos que na operação de substituição tributária o contribuinte substituto tem de fazer 2 recolhimentos. Agora a pergunta que vale 1 milhão de dólares: Qual a base de cálculo de cada um desses recolhimentos? (Pois sem base de cálculo não se tem o valor imponível para o confronto com a alíquota!) 1º - Base de Cálculo da Operação Própria do Industrial – o valor de venda da mercadoria na saída do industrial (art. 18 do RICMS PE) – sempre incluindo as demais despesas de praxe cobradas do adquirente e sem incluir o IPI (pois a venda é para comercialização). 2º - Base de Cálculo da Operação de Substituição Tributária – a base de cálculo é o preço do último membro da cadeia, ou seja, o preço final do varejista. Veja no nosso exemplo: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 71 Operações no mês de julho de 2013 Vende o produto Compra o produto por Compra o produto por 170 e acabado por 100. 100 e vende por 170. vende por 250. O preço varejo é a base de cálculo da substituição tributária. Atenção! Atenção! O preço varejo contém todo o ICMS da circulação da mercadoria na cadeia. Pois este imposto é todo finalmente cobrado do consumidor final (o contribuinte de fato). Tire a prova! 250 reais x 17% = 42,5 reais. Não é exatamente o que falamos no começo do exercício que era o ICMS total recolhido na cadeia??? Na cadeia normal ou na cadeia de substituição tributária, tanto faz. Qual é afinal o ICMS da substituição tributária? Cálculo do ICMS substituição tributária – recolhido pelo substituto 1º - Calcular o imposto devido na operação própria do industrial 2º - Calcular o imposto total da cadeia através do produto da alíquota sobre o preço varejo (conhecido também com a base de cálculo da substituição tributária – guarde isso!) 3º - Calcular por fim o recolhimento feito a título de substituição tributária pelo substituto tributário: industrial através desta fórmula: ICMS substituição tributária = ICMS da base de cálculo da ST (1º) – ICMS próprio do contribuinte (2º) No nosso exemplo: INDUSTRIAL CONSUM . VAREJISTA ATACADISTA 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 71 ICMS substituição tributária = ICMS Base de cálculo da Subst. Tribut. – ICMS próprio do contribuinte = 42,5-17 = 25,5. Não é verdade? Agora, a última e derradeira pergunta, valendo 2 milhões de dólares!!! Como o industrial sabe de antemão, na saída da indústria, quanto é o valor da base de cálculo da substituição tributária – preço de varejo, lá na frente, quando for vendida a mercadoria? O industrial tem de saber esta resposta, pois se debita na saída da indústria do valor da substituição tributária. A lei do ICMS pernambucano (lei 11408/96), em seu artigo 18, traz as 4 possíveis formas de determinação da base de cálculo da substituição tributária (do preço varejo): 1- Preço tabelado pela Secretaria da Fazenda (artigo 18 II “a” da lei 11408/96) – não é feito regularmente o tabelamento no Brasil, portanto esta ordem de base de cálculo não é mais realizada no Estado com regularidade. 2- Preço final ao consumidor sugerido pelo industrial ou importador (artigo 18 II “b” da lei 11408/96) – base de cálculo muito utilizada pelas empresas de cigarro, motos nacionais, veículos. 3- Média ponderada dos preços finais ao consumidor final aprovado pela Fazenda (artigo 18 II “d” da lei 11408/96) – a Secretaria da Fazenda ou as entidades de cada setor encomendam pesquisas de mercado para descobrir o preço final médio de seus produtos. Utilizam este tipo de base de cálculo empresas de refrigerante, cerveja, água, etc. 4- Preço de venda do produto acrescido de encargos transferíveis ao adquirente, incluindo IPI, mais o índice de valor agregado (IVA) estabelecido 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 71 através de pesquisa de mercado encomendada pelos setores de distribuição do produto e aprovada pela Fazenda. (Artigo 18 II “c” da lei 11408/96). O item 4, que se utiliza do índice de valor agregado na cadeia, é o mais utilizado, pois pouquíssimos produtos estão enquadrados nos itens 2 ou 4. E o item 1, tabelamento, não é prática comum atualmente nos Estados. Portanto o nosso próximo item da aula será dedicado à base de cálculo do Item 4: Preço de venda do produto acrescido de encargos transferíveis ao adquirente, incluindo IPI, mais a margem de valor agregado (MVA) também conhecida como índice de valor agregado (IVA). É a base de cálculo da substituição tributária ais requisitada nos concurso de auditor fiscal. A FCC inclusive aprecia questões referentes à base de cálculo da substituição tributária com MVA. Mas antes, vamos às normas da lei 11.408/96: Art. 18. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será : .... II - em relação às operações ou prestações subsequentes, esgotada sucessivamente cada hipótese : a) tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão ou entidade competente da Administração Pública, o mencionado preço; b) existindo preço final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou importador, o mencionado preço; c) nos demais casos, observado o disposto na alínea "d", obtida pelo somatório das parcelas seguintes: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 71 1. o valor da operação ou prestação própria realizada pelo contribuinte- substituto ou pelo contribuinte-substituído intermediário; 2. o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; 3. a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subseqüentes, que será estabelecida tomando-se por base os preços usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados. d) em substituição ao disposto na alínea "c", quando a legislação dispuser, o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência, adotando-se para sua apuração as regras estabelecidas no inciso II, "c", 3, do "caput". ..... § 2º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações subsequentes, corresponderá à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação ou prestação própria do contribuinte - substituto 7) A margem de valor agregado A base de cálculo da substituição tributária mais comum, na prática, é a que utiliza a margem de valor agregado. E pode ser questionada na sua prova de auditoria fiscal! 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 71 A margem de valor agregado ou o índice de valor agregado, na verdade, é uma margem de lucro que presumidamente condensa todo os custos e margens de lucro agregados na cadeia inteira até se chegar no preço final ao consumidor. A fórmula da Base de Cálculo da Substituição Tributária é: BC ST = (valor do produto na venda do industrial + frete se não incluso no valor da venda do industrial + outras despesas, como seguro, se não inclusos na venda do industrial + IPI) x Margem de Valor Agregado. Vamos ver exemplos: Exemplo 1 Uma bicicleta na saída da indústria custou 100 reais, mais o IPI de 10 reais, mais o frete de 10 reais. Para o seu José, nas Lojas Americanas o produto custou 220. Qual a margem de valor agregado? Valor do produto + IPI + Frete FOB = 120 reais Então para se chegar no preço varejo (220 reais) o valor de 120 foi multiplicado por qual índice de valor agregado? 220/120 = 1,8333, portanto o índice de valor agregado é 83,33% Exemplo 2 Um ar condicionado na saída da indústria custou 100 reais, mais o IPI de 10 reais, o frete pago pelo industrial, de 10 reais, já está incluso no preço do produto. Para o seu João, nas Lojas do Povo o produto custou 180. Qual a margem de valor agregado? Valor do produto + IPI = 110 reais Frete não foi adicionado pois já está acrescido ao preço do produto. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 71 Então para se chegar no preço varejo (180 reais) o valor de 110 foi multiplicado por qual índice de valor agregado? 180/110 = 1,6363, portanto o índice de valor agregado é 63,63%. Exemplo 3 1- Um certo fabricante, substituto tributário pela legislação do ICMS do Estado de Pernambuco, remeteu para um atacadista estabelecido dentro do Estado, um lote de mercadorias de sua fabricação, com o ICMS retido antecipadamente. Os dados dessa operação foram os seguintes: − valor da mercadoria FOB: R$ 10.000,00 − valor do IPI: R$ 2.000,00 − valor do frete efetuado por terceiro e pago pelo atacadista: R$ 1.000,00 − margem de valor agregado fixado para a mercadoria na legislação: 45% − alíquota do produto nas operações internas: 17% Qual a base de cálculo da substituição tributária e o valor do imposto retido por antecipação? Para cálculo do valor recolhido a título de substituição tributária, devemos utilizar esta fórmula na prática: ICMS Subst. Tribut. = ICMS preço de venda varejo – ICMS Operação Indústria 1) Cálculo do ICMS preço de venda varejo (ou da base de cálculo da substituição tributária): Para o cálculo do ICMS preço varejo, é necessário calcular o preço de varejo do produto, conhecido pelo nome de base de cálculo da substituição tributária e multiplicar pela alíquota interna. A lei do ICMS pernambucano, no caput do artigo 34 traz a forma mais comum de cálculo da base de cálculo da operação: Art. 18. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será : 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 71 § 2º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações subsequentes, corresponderá à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação ou prestação própria do contribuinte - substituto É importante o aluno entender uma coisa: o preço varejo inclui todos os custos da cadeia de distribuição (IPI, frete FOB ou CIF, seguro) e mais a margem de lucro adicionado ao custo. Não é assim que funciona o capitalismo moderno afinal? Se você, amigo, é dono de uma loja que vende pastéis, pode ter certeza que no preço de cada pastelzinho vendido tem TODOS os seus custos adicionados e mais sua margem de lucro. 2) Cálculo do ICMS Operação Própria do industrial: Para o cálculo do ICMS da operação própria do industrial, é necessário multiplicar a base de cálculo da operação de saída do industrial pela alíquota de venda da mercadoria (pode ser interna ou interestadual). Estudamos esta base de cálculo na aula 4 (artigos 14 a 24 do RICMS PE). Vamos aos cálculos: Primeiro: Quais são os dados? − valor da mercadoria − FOB: R$ 10.000,00 − valor do IPI: R$ 2.000,00 − valor do frete efetuado por terceiro e pago pelo atacadista: R$ 1.000,00 − margem de valor agregado fixado para a mercadoria na legislação: 45% − alíquota do produto nas operações internas: 17% 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 71 Segundo: Calcular a base de cálculo da substituição tributária (ou preço varejo) e o ICMS preço varejo. Base de Cálculo da Substituição Tributária (ou preço varejo) = (Valor da mercadoria + valor do IPI + valor do frete pago pelo atacadista) * margem de lucro da cadeia de distribuição = (10.000 + 2.000 + 1.000) * 1,45 = 18.850,00.ICMS do preço varejo = Base de Cálculo da Substituição Tributária * Alíquota interna = 18.850 * 17% = 3.204,50 Terceiro: Calcular a base de cálculo da operação própria e o ICMS da operação própria. Base de Cálculo da Operação Própria do industrial = 10.000 (Não esqueça que o IPI e o frete do destinatário não entram na base de cálculo da operação própria) ICMS da operação própria = Base de Cálculo da Operação Própria * Alíquota interna = 10.000 * 17% = 1.700 Por fim, temos o ICMS Substituição Tributária: ICMS Substituição Tributária = 3.204,50 – 1.700,00 = 1.504,50 Exemplo 4: Um certo fabricante, substituto tributário pela legislação do ICMS do Estado de Pernambuco, remeteu para um atacadista estabelecido em Manaus, um lote de mercadorias de sua fabricação, com o ICMS retido antecipadamente. Os dados dessa operação foram os seguintes: − valor da mercadoria CIF (custo com frete incluso): R$ 10.000,00 − valor do IPI: R$ 2.000,00 − valor do frete efetuado pelo fabricante: R$ 1.000,00 − margem de valor agregado fixado para a mercadoria: 50% − alíquota do produto nas operações internas: 18% 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 71 - Há convênio entre Pernambuco e Amazonas Qual o valor do imposto retido por substituição? Primeiro: Quais são os dados? − valor da mercadoria CIF (custo com frete incluso): R$ 10.000,00 − valor do IPI: R$ 2.000,00 − valor do frete efetuado pelo fabricante: R$ 1.000,00 − margem de valor agregado fixado para a mercadoria: 50% − alíquota do produto nas operações internas: 18% - Há convênio entre Pernambuco e Amazonas Segundo: Base de cálculo da substituição tributária (ou preço varejo) e do ICMS preço varejo Base de Cálculo da Substituição Tributária (ou preço varejo) = (Valor da mercadoria + valor do IPI) * margem de lucro da cadeia de distribuição = (10.000 + 2.000) * 1,50 = 18.000 Atenção! O frete não é adicionado à base de cálculo da substituição tributária porque o frete é CIF e já está incluso no preço de venda da mercadoria. ICMS do preço varejo = Base de Cálculo da Substituição Tributária * Alíquota interna = 18.000 * 18% = 3.240 Terceiro: Base de cálculo da operação própria e o ICMS da operação própria. Base de Cálculo da Operação Própria do industrial = 10.000 (Não esqueça que o IPI não entra na base de cálculo e o frete pago pelo remetente já está dentro do preço) 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 71 ICMS da operação própria = Base de Cálculo da Operação Própria * Alíquota interestadual = 10.000 * 12% = 1.200 Por fim, temos o ICMS Substituição Tributária: ICMS Substituição Tributária = 3.240 – 1.200 = 2.040 Importante: • ICMS da operação própria do industrial recolhido para o PE. • ICMS da substituição tributária recolhido para o Amazonas (pois presume-se que a operação final varejista/consumidor final ocorrerá lá) 8) Os tipos de substituição tributária Até aqui estudamos apenas uma das hipóteses de substituição tributária prevista na Lei Complementar 87/96 e na lei 11408/96: a substituição tributária das operações subsequentes. Mas a lei complementar prevê outros 3 tipos. Provavelmente na sua prova será mais questionada a substituição tributária das operações subsequentes, que é tão mais relevante que dá o nome ao assunto. Pois quando falamos de substituição tributária, estamos falando de substituição tributária de operações subsequentes. Mas os outros tipos também podem ser questionados na sua prova. Veja os quatro tipos citados na lei 11.408/96 e seu artigo 17 §3º: Art. 17. É responsável pelo pagamento do imposto: § 3º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes ¹, concomitantes ² ou subsequentes ³, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto 4. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 71 Vamos analisar o fundamento de cada um dos outros 3 tipos de substituição tributária, para você levar para a prova: 1) Substituição Tributária das operações Antecedentes – Diferimento (“para trás”) Esta operação envolve principalmente produtores rurais, criadores de semoventes e cooperativas. Ao invés do Estado cobrar cada um dos produtores rurais ou cooperados de uma cooperativa, o fisco espera que os produtos sejam vendidos para as indústrias ou repassados para as cooperativas centrais para cobrar diretamente destas pessoas, o ICMS referente às operações antecedentes. Em outras palavras, ao invés de controlar os produtores rurais, o momento de cobrança do imposto fica diferido, postergado, adiado à entrada ou à saída da indústria (a definição do momento do recolhimento do ICMS diferido varia de acordo com o produto). Veja bem, no diferimento, existe o imposto (o fato gerador), não se trata de uma não incidência, mas a cobrança não se dá na saída do produtor rural ou do cooperado (substituído), mas se dá na entrada ou saída da indústria ou da cooperativa central (substituto). O diferimento é apenas possível entre contribuintes dentro do Estado de Pernambuco. A saída de um produto natural para outro Estado ou para o exterior interrompe o diferimento e o contribuinte que fizer esta operação recolhe o imposto da cadeia inteira. Desenho de Operações com Diferimento: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 71 A indústria recolhe o ICMS relativo às saídas do criador de semoventes, do produtor rural e do lenhador. Veja o artigo 12 e partes do artigo 13 (exemplo de produtos diferidos) do RICMS PE: Art. 12. O diferimento do recolhimento do imposto nas operações e prestações será definido em convênio homologado conforme o disposto em legislação específica. § 1º Diferimento é a situação tributária através da qual, cumulativamente: I - transfere-se para o adquirente ou tomador, conforme dispuser a legislação tributária específica, a responsabilidade pelo imposto devido em determinada operação ou prestação; II - adia-se, para outro momento, indicado na legislação tributária específica, o termo inicial do prazo de recolhimento do imposto devido. PE PE 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 71§ 2º O valor do imposto diferido, a cargo do contribuinte-substituto, será igual àquele que o contribuinte originário pagaria, não fosse o diferimento. § 3º O imposto diferido, salvo disposição em contrário, será recolhido integralmente, independentemente das situações supervenientes verificadas após a saída da mercadoria ou prestação do serviço efetuado pelo estabelecimento originário. § 4º Interrompe o diferimento a ocorrência de qualquer fato que altere o curso da operação ou da prestação, subordinada a este regime, antes da verificação da época fixada para recolhimento do imposto diferido. § 5º Na hipótese do parágrafo anterior, a responsabilidade pelo recolhimento do imposto diferido fica atribuída ao contribuinte em cujo estabelecimento ocorra a interrupção. Art. 13. A partir de 01 de março de 1989 ou das datas expressamente indicadas, fica diferido o recolhimento do imposto: .......... II - na saída de mercadoria do estabelecimento produtor para estabelecimento de cooperativa de que faça parte, situada neste Estado; III - nas saídas internas de mercadoria: a) de estabelecimento de cooperativa de produtores para estabelecimento da própria cooperativa, de cooperativa central ou de federação de cooperativas de que a cooperativa remetente faça parte; .............. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 71 IV - na saída de cana-de-açúcar do estabelecimento produtor, nos termos dos arts. 411 a 442; V - na saída de gado bovino, suíno, caprino ou ovino, nos termos dos arts. 584 a 597; VI - na saída de triticale de produção nacional, nos termos dos arts. 631 a 637; VII - na saída do trigo de produção nacional, nos termos dos arts. 631 a 637; VIII - na saída interna de: a) algodão em rama, bagas de mamona e sisal, nos termos dos arts. 443 a 454, observado o disposto na alínea "b"; ................ Veja adicionalmente o §3º do artigo 18 da lei 11.408/96: § 3º Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável quando: I - da entrada ou recebimento da mercadoria ou do serviço; II - da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não- tributada; III - verificar-se qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 71 2) Substituição Tributária das operações Concomitantes – operações de transporte. Pode cair na sua prova este ano uma pergunta sobre a substituição tributária da operação de prestação de serviços de transporte. Mas afinal o que isso significa na prática? Fácil de entender... isso significa que uma indústria que contrata um transportador para levar uma mercadoria para um cliente pode ela mesma (e não o transportador) recolher para o Estado o valor do ICMS referente ao serviço de transporte (veja bem, estamos falando do ICMS do serviço de transporte e não da mercadoria). Se a indústria remente não recolher, pode o destinatário recolher o imposto como substituto tributário. Esta regra vale para um remetente/destinatário industrial, atacadista ou varejista. Se o remetente/destinatário for produtor ou microempreendedor individual não existe esta responsabilidade. Exemplo: A indústria de móveis pernambucana contrata um transportador para levar um sofá para um comprador em Minas Gerais. O valor do transporte foi R$ 1.000,00. Neste caso, havendo a substituição tributária da operação concomitante (que acontece junto à venda da mercadoria, portanto estamos falando das operações de transporte), é a INDÚSTRIA que no papel de substituta tributária da empresa transportadora (substituída) que recolhe o valor do ICMS para Pernambuco: 1.000 * 12% = 120 reais. Atenção! O regulamento pernambucano possibilita a substituição tributária das operações de transporte na hipótese de empresa de transporte ou transportador autônomo de outra Unidade da Federação e não inscritos no CACEPE (Cadastro de Contribuintes de Pernambuco). A base de cálculo do imposto recolhido pelo substituto tributário (o estabelecimento remetente ou destinatário, conforme o caso) é o preço da operação. Desenhos da substituição tributária em operações concomitantes: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 71 A Indústria pernambucana, como substituta, recolhe o ICMS do serviço de transporte, no lugar do transportador não inscrito no Estado do Pernambuco. O varejista pernambucano, como substituto, recolhe o ICMS do serviço de transporte, no lugar do transportador não inscrito no Estado do Pernambuco. É exatamente o que diz os artigos 58 do RICMS PE: PE PE 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 71 Art. 58. Considera-se responsável pelo imposto, na qualidade de contribuinte- substituto: XXI – na hipótese de empresa de transporte ou transportador autônomo de outra Unidade da Federação, não inscritos no CACEPE, iniciar prestação de serviço de transporte neste Estado, os seguintes: a) o alienante ou o remetente da mercadoria, exceto se: 1. produtor rural; 3. a partir de 1º de novembro de 2010, micro empreendedor individual; b) o depositário da mercadoria a qualquer título, na saída da mercadoria ou bem depositado por pessoa física ou jurídica; c) o destinatário da mercadoria, na prestação interna, exceto se: 1. produtor rural; 3. a partir de 1º de novembro de 2010, micro empreendedor individual; Veja o artigo 18, I da lei 11408/96: Art. 18. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será : I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte-substituído; 3) Substituição Tributária do Diferencial de Alíquotas Parece confuso, mas também é fácil de entender. E pode ser perguntado na sua prova. Você tem pelo menos que entender do que se trata. Lembra do diferencial de alíquotas? 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 71 Uma indústria contribuinte de Pernambuco vende para uma empresa contribuinte de Minas Gerais, um bem para o ativo permanente, por R$ 100.000,00. Sabemos pelos nossos estudos até aqui que os recolhimentos são: • R$ 12.000,00recolhidos pelo contribuinte de Pernambuco para o fisco pernambucano. • R$6.000,00 recolhidos pelo contribuinte de Minas Gerais para o fisco mineiro, como diferencial de alíquotas. (Alíquota interna em Minas Gerais é 18%, neste caso) Com o advento da substituição tributária de diferencial de alíquotas, a sistemática muda: • R$ 12.000,00 recolhidos pelo contribuinte de Pernambuco para o fisco pernambucano. • R$6.000,00 recolhidos pelo contribuinte de Pernambuco (como SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO) para o fisco mineiro, como diferencial de alíquotas. Mas só existe esta antecipação do valor recolhido do diferencial de alíquotas se houver acordo (convênio) entre os Estados, pois trata-se de operação interestadual. Desenho de substituição tributária do diferencial de alíquotas: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 71 A indústria remetente do Pernambuco recolhe, como substituta tributária, além do ICMS de sua operação (para seu Estado), ainda o ICMS diferencial de alíquotas para o Estado de Minas Gerais. Veja a determinação do artigo 17, §4º do RICMS PE: Art. 17. É responsável pelo pagamento do imposto: § 4º Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se como fato gerador a entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado. 9) Antecipação Tributária Pode cair na sua prova o artigo 17-A da lei 11408/96. Trata-se de uma situação específica e importante. Já discutimos que o ICMS interestadual só é devido pelo remetente de outro Estado se houver Convênio (acordo) entre os Estados. Tanto que estudamos exemplos parecidos com este: PE 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 71 1) Na venda de indústria de chocolates de São Paulo “Nestlé” para varejista de Pernambuco “Lojas Americanas”, deve o industrial recolher o ICMS substituição tributária? Não. Pois não há convênio entre os Estados do Pernambuco e São Paulo. A Nestlé só recolhe o ICMS de sua operação de venda, e para o Estado de São Paulo. Mas a legislação do ICMS pernambucana exige que o contribuinte destinatário, neste caso a Lojas Americanas, recolha antecipadamente o imposto de substituição tributária de sua operação de venda ao consumidor final, logo na entrada do Estado. Assim fica a operação: PE 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 71 Isso significa que a Lojas Americanas não recolhe o ICMS da operação de venda ao consumidor final quando vender o chocolate, mas sim, antecipadamente, logo quando o chocolate entrar no território do Estado. Podemos dizer que na prática, temos esta diferença: Nas operações interestaduais entre Estados com Convênio: 1- Operação Própria do Industrial – recolhida pelo remetente para o Estado do remetente. 2- Operação de Substituição Tributária – recolhida pelo remetente para o Estado de destino. Nas operações interestaduais entre Estados sem Convênio: 1- Operação Própria do Industrial – recolhida pelo remetente para o Estado do remetente. 2- Operação de Antecipação Tributária – recolhida pelo destinatário (se o produto estiver na ST no Estado de destino). Os cálculos são iguais. PE 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 71 Veja o artigo 17-A da lei 11408/96: Art. 17-A. Na entrada de mercadoria procedente de outra Unidade da Federação, poderá ser exigido do destinatário o recolhimento antecipado do imposto, nos seguintes termos: I - relativamente à base de cálculo do imposto antecipado: a) deve corresponder ao valor da operação constante da respectiva Nota Fiscal, excluídos aqueles referentes às operações de que trata o parágrafo único; b) em substituição ao disposto na alínea “a”, podem ser utilizados como base de cálculo: 1. o valor obtido nos termos do art. 18, II, “d”; 2. o valor da operação constante da respectiva Nota Fiscal, acrescido de percentual obtido nos termos do art. 18, II, “c”, 3, considerando-se a mercadoria, a atividade econômica do contribuinte ou a respectiva situação no CACEPE; II - o imposto antecipado deve ser calculado mediante a aplicação: a) do percentual correspondente à diferença entre a alíquota do ICMS vigente para as operações internas e aquela prevista para as operações interestaduais sobre a base de cálculo definida no inciso I, “a”; b) em substituição ao disposto na alínea “a”, do percentual correspondente à alíquota do ICMS vigente para as operações internas, sobre a respectiva base de cálculo, deduzindo-se do resultado obtido o valor do crédito fiscal destacado na correspondente Nota Fiscal de aquisição. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 71 Parágrafo único. A antecipação prevista no caput não se aplica: I - a mercadorias cujas operações internas sejam beneficiadas com isenção ou não-incidência; II - a outras hipóteses previstas em portaria da Secretaria da Fazenda. 2- Suspensão do ICMS O último assunto da aula, abordado nestes próximos testes é a suspensão do ICMS. A suspensão do imposto ocorre em operações em que o fato determinante é a existência da condição de retorno da mercadoria. A condição de suspensão é o fato de a mercadoria sair de um estabelecimento, por vários motivos, mas retornar a este, dentro de um prazo determinado pelo regulamento. A) Suspensão na saída interestadual de mercadorias para industrialização, conserto ou reparo de terceiros Trata-se do caso de suspensão mais questionado em concursos pois trata da industrialização por encomenda. O artigo 11, IV do regulamento pernambucano explicita a condição de suspensão do ICMS (a suspensão da obrigação de recolher o imposto) no momento da saída interestadual de uma mercadoria para industrialização ou para conserto ou reparo, por um terceiro, e o retorno do material industrializado ou consertado para o estabelecimento do encomendante. Prazo desta suspensão: 180 dias, podendo ser prorrogado por igual período por até 2 vezes. Caso não cumprido o prazo de suspensão, o imposto suspenso deverá ser recolhido. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof.Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 71 O detalhe importante é que no retorno da mercadoria industrializada ou do ativo consertado, não há cobrança do ICMS da circulação da mercadoria em si, mas há a cobrança do ICMS em cima do valor adicionado: matéria prima e custo da mão de obra, no caso da industrialização e peças e acessórios no caso do serviço de conserto e reparo. Leia o artigo 11, IV do RICMS PE: Art. 11. A partir de 01 de março de 1989 ou das datas expressamente indicadas, fica suspensa a exigência do imposto: ..... IV - na saída interestadual de produto destinado a conserto, reparo ou industrialização: a) até 31 de dezembro de 1994 e a partir de 01 de janeiro de 1995, desde que o mencionado produto retorne ao estabelecimento de origem, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da respectiva saída, prorrogável por mais 180 (cento e oitenta) dias, admitindo-se excepcionalmente uma segunda prorrogação de igual prazo, a critério da autoridade fiscal competente, sendo atribuído o valor que conste da contabilidade do remetente, na hipótese de bem de ativo fixo. § 1º Não ocorrendo o retorno nos prazos estabelecidos neste artigo, o contribuinte deverá recolher o imposto correspondente à operação, no prazo de recolhimento que suceder ao período fiscal em que deveria ter havido o retorno. .... § 3º O disposto no inciso IV do "caput" não se aplica à saída de sucata e de produtos primários de origem animal e vegetal, salvo se a remessa e o retorno se fizerem nos termos de protocolo celebrado entre os Estados interessados. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 71 E para concluir o assunto, veja os artigos 14, III a V do Regulamento do ICMS PE: Art. 14. A base de cálculo do imposto é: III - na hipótese de fornecimento de mercadoria, juntamente com a prestação de serviço não incluído na competência tributária do Município, o valor total da operação, compreendendo este o preço da mercadoria empregada, o do serviço prestado e demais despesas acessórias cobradas ao destinatário; IV - na hipótese de saída de mercadoria, juntamente com a prestação de serviço de competência tributária municipal, quando se estabelecer expressamente a incidência sobre o fornecimento da mercadoria, o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada; V - na industrialização efetuada por outro estabelecimento: a) o valor agregado durante o processo de industrialização, quando a mercadoria for recebida sem imposto destacado no respectivo documento fiscal, nas hipóteses legalmente admitidas; b) o valor total, incluído o da mercadoria recebida e o agregado durante o processo de industrialização, quando a mercadoria for recebida com imposto destacado no respectivo documento fiscal; B) Suspensão na saída interna de mercadorias para conserto ou reparo de terceiros Internamente, a saída com suspensão é prevista apenas para conserto ou reparo de terceiros, normalmente de ativo permanente. O prazo para retorno é de 90 dias. Novamente o valor adicional das peças é cobrado, mas existe a suspensão do ICMS do valor da mercadoria remetida. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 71 Leia o artigo 11, V do RICMS PE: Art. 11. A partir de 01 de março de 1989 ou das datas expressamente indicadas, fica suspensa a exigência do imposto: V - na saída de produto destinado a conserto ou reparo, dentro do Estado, desde que retorne ao estabelecimento de origem, no prazo de 90 (noventa) dias, sendo atribuído ao mesmo o valor que conste da contabilidade do remetente, na hipótese de bem do ativo fixo; C) Suspensão na saída de mercadoria ou bem destinado a exposição, feira, demonstração, leilão ou qualquer outro evento A saída de mercadoria ou bem destinado a exposição, feira, demonstração, leilão ou qualquer outro evento tem prazo de 60 dias. Veja o comado do artigo 11, IX do RICMS PE: Art. 11. A partir de 01 de março de 1989 ou das datas expressamente indicadas, fica suspensa a exigência do imposto: IX - pelos prazos especificamente indicados, contados da data da saída, prorrogável, a critério da autoridade fazendária competente, nos seguintes casos: b) 60 (sessenta) dias, a partir de 01 de janeiro de 1998: 1. quando a mercadoria destinar-se a exposição, feira, demonstração, leilão ou qualquer outro evento similar que se realize em local diverso do estabelecimento remetente, observado, a partir de 01 de agosto de 2008, o disposto no § 10, I, deste artigo e no § 23 do art. 119; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 71 2. quando, na hipótese do item anterior, a saída for de bens do ativo fixo e uso ou consumo do remetente que se destinarem à montagem e funcionamento de ambiente destinado à realização do evento; D) Suspensão da entrada de peças para manutenção de aeronaves autorizada a operar no transporte comercial internacional. Veja o comado do artigo 11, XV do RICMS PE: Art. 11. A partir de 01 de março de 1989 ou das datas expressamente indicadas, fica suspensa a exigência do imposto: XV – a partir de 01 de agosto de 2005, nas operações de importação de materiais, sem cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de aeronave pertencente a empresa autorizada a operar no transporte comercial internacional e utilizada para estocagem no regime aduaneiro especial de depósito afiançado - DAF, administrado pela Secretaria da Receita Federal, observando-se: a) a aplicação do disposto neste inciso depende de prévia habilitação da empresa interessada no DAF, junto à Secretaria da Receita Federal; b) a exigência do ICMS incidente na operação, com recolhimento no desembaraço aduaneiro, ficará suspensa por período idêntico ao previsto no regime aduaneiro especial administrado pela Secretaria da Receita Federal, no qual o contribuinte esteja habilitado;. ...... 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 71 Questões Comentadas 1- (NOVA) Numa operação interna de matéria de construção (alíquota interna de 18%) no valor de R$ 20.000,00, calcule o valor que o substituído deverá recolher a título de substituição tributária, sabendo-se que a margem de valor agregado é de 40%. Considere que o frete (R$ 1.000,00) e seguro (R$ 1.000,00) foram pagos pelo destinatário (substituído), mas não foram inclusos na base de cálculo da substituição tributária calculado pelo substituto. A) 252 B) o substituído não pode ser cobrado do ICMS-ST devido pelo substituto, pois não é solidário. C) 504 D) 262 E) 428 Comentário: Pode cair na sua prova, principalmentede auditoria fiscal, uma questão como essa. Quando o contribuinte remetente não inclui, por omissão ou desconhecimento, o frete ou o valor do seguro, pagos pelo destinatário, seja por que desconhece esse valor ou porque agiu com má fé, deve o contribuinte substituído/destinatário recolher a parcela restante do imposto devido por substituição tributária. Pois o destinatário é solidário. Vamos demonstrar o cálculo utilizando o próprio exercício: Valor do frete e seguro não inclusos na base de cálculo do ICMS-ST = 1.000+1.000= 2.000. 2.000 x margem de valor agregado (MVA ou IVA) = 2.000 x 1,4 = 2.800 Valor do ICMS-ST restante = 2.800 x alíquota interna = 2.800 x 18% = 504 reais. Essa é a nossa resposta. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 71 Veja o comando trazido pelo artigo 17 §1º da lei 11408/96: Art. 17. É responsável pelo pagamento do imposto: § 1º A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados interessados. E o comando do artigo 34 do RICMS PE: Art. 34 - Nas operações interestaduais que destinem a este Estado mercadorias relacionadas no Apêndice II, Seção III, fica atribuída ao remetente, na condição de substituto tributário, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto devido a este Estado, mesmo que o imposto já tenha sido retido anteriormente. NOTA 01 - Ver operações com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente, arts. 137 a 139. § 1º - A responsabilidade será atribuída nos termos previstos nas Seções específicas para as diversas mercadorias, constantes no Capítulo seguinte, e ocorrerá, inclusive, nas operações promovidas por estabelecimentos não referidos naquelas Seções. § 2º - A responsabilidade por substituição tributária prevista neste artigo poderá ser transferida do contribuinte substituto para outro contribuinte, mediante Termo de Acordo celebrado entre a Receita Estadual e os contribuintes envolvidos. Resposta: C 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 71 2- (SEFAZ 2009 – FCC 2009) A loja HELP Comércio de Materiais para Construção Ltda., situada na cidade de Petrolina - PE, adquiriu um lote de tintas e vernizes por R$ 20.000,00, mais IPI de R$ 3.000,00, diretamente de fabricante, situado na cidade de Goiânia - GO. O frete, no valor de R$ 1.000,00, está incluso no preço da aquisição. Considere que tais mercadorias estão sujeitas à substituição tributária, com retenção antecipada do ICMS, que o índice de valor adicionado (IVA-ST) é de 35%, que a alíquota interna do PE é de 17% e que não há isenção nem redução de base de cálculo nas operações. Nessa venda feita à loja HELP, o valor do ICMS retido antecipadamente pelo fabricante goiano é de: (A) R$ 2.529,00 (B) R$ 2.232,00 (C) R$ 2.878,50 (D) R$ 1.692,00 (E) R$ 1.314,00 Comentário: Uma questão prática sobre a base de cálculo do ICMS substituição tributária pode ser perguntada na sua prova de legislação ou na prova de auditoria fiscal. É bom ter conhecimento para não ser surpreendido. Vamos organizar os cálculos de uma forma mais direta: Valor do produto 20.000,00 (+) IPI 3.000,00 Total 23.000,00 (*) Marg. Valor Agregado (MVA) 1,35 Base de Cálculo Substituição Tributária 31.050,00 (*) Alíquota interna do Pernambuco 17% Valor Total ICMS preço varejo 5.278,50 (-) Valor ICMS Oper. Próp. (12% de 20.000) 2.400,00 Valor ICMS Subst. Tribut. 2.878,50 Repare em duas coisas: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 71 1º - O frete não é adicionado à base de cálculo da substituição tributária porque já está incluso no preço do remetente. É um frete CIF (costwithfright). Não precisa ser adicionado porque já está dentro da base de cálculo da venda!!!! 2º - As três últimas linhas da planilha de cálculos é exatamente a nossa fórmula: ICMS Subst. Tribut = ICMS preço de venda varejo – ICMS Operação Indústria Resposta: C 3- (SEFAZ SP – FCC 2006) Cada texto abaixo identifica um instituto tributário utilizado pela legislação pernambucana relativa ao ICMS, a saber: responsabilidade tributária; substituição tributária com retenção antecipada do imposto; diferimento e suspensão. I. Na saída promovida por produtor rural situado em território pernambucano com destino a industrial, cooperativa, o imposto será arrecadado e pago pelo destinatário deste Estado. II. Na saída de fumo ou seus sucedâneos manufaturados com destino a estabelecimento localizado em território pernambucano, fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto incidente nas operações subsequentes a estabelecimento fabricante localizado neste Estado. III. O lançamento do imposto incidente na saída interestadual, de mercadoria remetida para industrialização e posterior retorno ao remetente pernambucano. IV. O contribuinte substituído que receber mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária para frente, em desacordo com a legislação tributária. I, II, III e IV referem-se, respectivamente, a (A) diferimento, suspensão, retenção antecipada do imposto e responsabilidade tributária. (B) suspensão, retenção antecipada do imposto, diferimento e responsabilidade tributária. (C) suspensão, diferimento, retenção antecipada do imposto e responsabilidade tributária. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping user Realce ST operações subsequentes. user Realce Diferimento user Realce Suspensão user Realce responsável tributário Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 07 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 71 (D) diferimento, retenção antecipada do imposto, suspensão e responsabilidade tributária. (E) diferimento, retenção antecipada do imposto, responsabilidade tributária e suspensão. Uma questão final que mistura várias operações que estudamos até aqui: I. Na saída promovida por produtor rural situado em território pernambucano com destino a industrial, cooperativa, o imposto será arrecadado e pago pelo destinatário deste Estado. – DIFERIMENTO (operação de lançamento e recolhimento postecipado do ICMS). II. Na saída de fumo ou seus sucedâneos manufaturados com destino a estabelecimento localizado em território pernambucano, fica atribuída a responsabilidade pelo pagamento do imposto incidente nas operações subsequentes a estabelecimento fabricante localizado neste Estado. - RETENÇÃO ANTECIPADA DO IMPOSTO (operação de lançamento e recolhimento antecipado do ICMS) III. O lançamento do imposto incidente na saída interestadual, de mercadoria remetida para industrialização e posterior retorno ao remetente pernambucano. - SUSPENSÃO (operações
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