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Aula 01
Contabilidade Pública p/ SEFAZ/PE
Professor: Giovanni Pacelli
Contabilidade Pública 
Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE 
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 01 
 
 
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AULA 01: Receita: conceito, classificação e estágios, 
aspectos legais. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1.Apresentação. 1 
2.Ingressos e dispêndios: conceitos e diferenças. 2 
3.Classificação econômica receita orçamentária 8 
4.Classificação das receitas quanto aos efeitos sobre o 
patrimônio público: efetivas e não efetivas (por 
mutação) 
22 
5.Classificação quanto à coercitividade 26 
6.Classificação da receita para apuração do resultado 
primário 
30 
7.Classificação por fonte de recursos 32 
8.Tabela-síntese da classificação das receitas 43 
9.Etapas da receita e da despesa orçamentária 45 
10.Etapas/ estágios da receita orçamentária 47 
11.Questões comentadas 56 
12.Lista das questões apresentadas 68 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
 
 Pessoal aula de hoje veremos a classificação econômica da receita. 
Durante a aula trataremos ainda das demais classificações: quanto aos 
efeitos sobre o patrimônio, quanto à coercitividade (classificação alemã) e 
quanto à fonte de recursos. Por fim, trataremos das etapas e dos estágios 
da receita. 
 
 
 
 
 
 
 
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Contabilidade Pública 
Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ʹ SEFAZ/PE 
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli ʹ Aula 01 
 
 
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2. INGRESSOS E DISPÊNDIOS: CONCEITOS E DIFERENÇAS 
Antes de ingressarmos nas classificações das receitas propriamente 
ditas vou apresentar o conceito de ingressos e dispêndios. Na aula 
seguinte sobre despesas, retomarei mais uma vez a este tópico. 
Os ingressos são todas as entradas de bens ou direitos, em 
determinado período de tempo, que o Estado utiliza para financiar 
seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio. Pode ser 
de natureza orçamentária, extra-orçamentária ou intra-orçamentária. 
Em sentido amplo, aos ingressos de recursos financeiros nos cofres 
do Estado denominam-se receitas públicas, catalogadas como 
orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos 
financeiros para o erário público, ou extra-orçamentárias, quando 
não representam disponibilidades de recursos para o erário. 
O Quadro 1 que contém os conceitos relacionados aos ingressos que 
ocorrem nos cofres públicos. 
 
 
 
 
Quadro 1: Conceitos dos ingressos no setor público 
Ingressos Orçamentários 
Entradas financeiras que aumentam o saldo do 
patrimônio financeiro. 
São disponibilidades de recursos financeiros que 
ingressam durante o exercício orçamentário e constituem 
elemento novo para o patrimônio público. 
Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução 
das políticas públicas, a Receita Orçamentária é fonte de 
recursos utilizada pelo Estado em programas e ações cuja 
finalidade precípua é atender às necessidades públicas e 
demandas da sociedade. 
Pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do 
Poder Público, aumentam-lhe o saldo financeiro, e, via de 
regra, por força do Princípio Orçamentário da 
Universalidade, estão previstas na Lei Orçamentária 
Anual ± LOA1. 
Exemplos: impostos, taxas, aluguéis. 
 
1
 Nem todas as receitas orçamentárias passam pelo estágio da previsão. 
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Extra-
orçamentários 
Entradas que provocam alterações do patrimônio 
financeiro, porém não modificam o seu saldo. 
Ela não integra o orçamento público, não constituindo 
renda da Administração, uma vez que a sua execução não 
se vincula à execução do orçamento. 
Não constitui renda do Estado, sendo o mesmo mero 
depositário dos valores assim recebidos. Possui caráter 
temporário. 
O Estado apenas é considerado seu depositário 
quando do seu ingresso e nesse momento é gerado um 
aumento de igual valor no ativo e no passivo, ambos 
financeiros, mantendo inalterado o saldo patrimonial 
financeiro. 
Exemplos: Depósitos em caução, Fianças, Operações 
de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária 
± ARO, Emissão de moeda e outras entradas 
compensatórias no ativo e passivo financeiros. 
 A Figura 1 ilustra os ingressos orçamentários e extra-
orçamentários. 
Figura 1: Segregação dos ingressos no setor público 
 
Fonte: Manual Técnico do Orçamento 
 
 
 
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A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes 
públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos 
prestados à sociedade. Os dispêndios, assim como os ingressos, são 
tipificados em orçamentários e extra-orçamentários. 
Quadro 2: Conceitos de dispêndios no setor público 
Dispêndios 
Orçamentários 
Saídas ou despesas financeiras que diminuem o 
saldo do patrimônio financeiro. 
 É o fluxo que deriva da utilização de crédito 
consignado no orçamento da entidade, podendo ou não 
diminuir a situação líquida patrimonial. 
Extra-
orçamentários 
Saídas financeiras ou despesas que provocam 
alterações no patrimônio financeiro, sem que, porém 
ocorram modificações no saldo patrimonial 
financeiro. 
Saída financeira que gera diminuição de igual valor 
no ativo financeiro e no passivo financeiro. 
É a aquele que não consta na lei orçamentária anual, 
compreendendo as diversas saídas de numerários, 
decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a 
pagar, resgate de operações de crédito por 
antecipação de receita e saídas de recursos 
transitórios (pagamento de pensão alimentícia). 
A Figura 2 ilustra os dispêndios orçamentários e extra-orçamentários. 
Figura 2: Segregação dos dispêndios no setor público 
 
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1.(FCC/TRT 23ª Região/2011/Analista Judiciário) É uma despesa extra-
orçamentária o gasto da entidade do setor público com: 
a) a aquisição de bens imóveis. 
b) o pagamento de servidores aposentados e de pensionistas. 
c) o pagamento de juros das dívidas públicas interna e externa. 
d) a subscrição de capital de empresas industriais. 
e) a devolução de cauções recebidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS À QUESTÃO 
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1.(FCC/TRT 23ª Região/2011/Analista Judiciário) É uma despesa extra-
orçamentária o gasto da entidade do setor público com: 
a) a aquisição de bens imóveis. 
ERRADO, é uma despesa orçamentária de capital. 
b) o pagamento de servidores aposentados e de pensionistas. 
ERRADO, é uma despesa orçamentária corrente. 
c) o pagamento de juros das dívidas públicas interna e externa. 
ERRADO, é uma despesa orçamentária corrente. 
d) a subscriçãode capital de empresas industriais. 
ERRADO, é uma despesa orçamentária de capital. 
e) a devolução de cauções recebidas. 
CERTO. 
 
 Vimos até aqui o que existe no nível conceitual. Porém, queria 
apresentar a vocês uma dica prática para acertar qualquer questão que 
envolva a diferenciação entre receitas orçamentárias e extra-
orçamentárias, e entre despesas orçamentárias e extra-orçamentárias. As 
receitas extra-orçamentárias são entradas compensatórias no 
ativo financeiro e no passivo financeiro, enquanto as despesas 
extra-orçamentárias são saídas compensatórias do Ativo 
Financeiro e do Passivo Financeiro. 
 Observemos o Quadro 3 contendo o Balanço Patrimonial. 
 
Quadro 3: Estrutura do Balanço Patrimonial conforme Lei 4320/1964 
ATIVO PASSIVO 
ATIVO FINANCEIRO PASSIVO FINANCEIRO 
ATIVO PERMANENTE PASSIVO PERMANENTE 
Soma do Ativo Real Soma do Passivo Real 
 SALDO PATRIMONIAL 
TOTAL GERAL TOTAL GERAL 
Fonte: Anexo 14 ± Lei 4320/1964 
 
Assim, se ocorrer algum evento que aumente simultaneamente o 
ativo financeiro e o passivo financeiro é receita extra-orçamentária; e se 
ocorrer algum evento que diminua simultaneamente o ativo financeiro e o 
passivo financeiro é despesa extra-orçamentária. 
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 Na sequência vou pedir para vocês gravarem os componentes da 
dívida flutuante que está inserida no Passivo Financeiro: 
-Restos a pagar; 
-Serviço da dívida a pagar; 
-Cauções, depósitos (inclusive judiciais), consignações, retenções; 
-Débitos de Tesouraria (Antecipação de Receita Orçamentária); 
-Papel moeda. 
 Observe que estes itens são itens estáticos, ou seja, são 
obrigações. Assim, a dica é (não vale para fins conceituais de 
concurso): quando um desses itens aumenta ocorre receita extra-
orçamentária, quando um desses itens diminui ocorre despesa 
extra-orçamentária��2�4XDGUR���PRVWUD�D�³Dica Prática´� 
 
Quadro 4: Dica Prática de receitas e despesa extra-orçamentárias 
Item Estático da Dívida 
Flutuante ÆObrigação 
do Passivo Financeiro. 
Fluxo de aumento do 
item Æ Receita extra-
orçamentária. 
Fluxo de diminuição do 
item Æ Despesa extra-
orçamentária. 
Restos a pagar Inscrição de Restos a 
Pagar 
Pagamento de Restos a 
Pagar 
Serviço da Dívida a Pagar Inscrição de Serviço da 
Dívida a Pagar 
Pagamento de Serviço da 
Dívida a Pagar 
Cauções, depósitos, 
consignações, retenções 
Recebimento de cauções 
e depósitos. 
Devolução de cauções e 
depósitos. 
Registro da consignação, 
retenção. 
Pagamento da 
consignação, retenção. 
Antecipação de Receita 
Orçamentária 
Contratação de ARO. Pagamento de ARO. 
Papel moeda Emissão de Papel 
Moeda. 
Resgate/Baixa do Papel 
Moeda. 
 
 
 
 
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3. CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
 Na lei orçamentária anual a receita apresenta a classificação quanto 
à natureza (classificação econômica). A classificação econômica foi 
instituída pela lei 4320/1964 e é adotada até hoje. Apesar disso, no caso 
das receitas existem pequenos cuidados que devemos ter quanto aos 
conteúdos da lei 4320/1964 e a portaria 163/2001, pois nem todos os 
conteúdos são idênticos. Inicialmente apresento a vocês o Quadro 5 que 
contém a classificação econômica instituída pela lei 4320/1964. 
 
Quadro 5: Classificação da Receita conforme a Lei 4320/1964 
Receita 
Corrente 
Tributária Impostos, Taxas, Contribuições de Melhoria. 
Contribuições 
Profissionais, Sociais 
(COFINS, CSLL), 
Interventivas (CIDE-
combustível). 
Patrimonial 
Receitas imobiliárias, receitas 
de valores mobiliários, 
participações e dividendos, 
outras receitas patrimoniais. 
Agropecuária - 
Industrial 
Receita de Serviços 
Industriais, outras Receitas 
Industriais 
Serviços 
Juros sobre empréstimos 
concedidos. 
Outras 
Multas, Cobrança da Dívida 
Ativa, Outras Receitas 
Diversas. 
Provenientes de recursos financeiros 
recebidos de outras pessoas de direito 
público ou privado, quando destinadas 
a atender despesas classificáveis em 
Despesas Correntes 
Recebimento de recursos de 
transferências de pessoas 
(doações) e de entes 
(convênios) 
Receita 
de Capital 
As provenientes da realização de 
recursos financeiros oriundos de 
constituição de dívidas 
Operações de Crédito. 
Da conversão, em espécie, de bens e 
direitos. 
Alienação de Bens Móveis e 
Imóveis, Amortização de 
Empréstimos Concedidos. 
Recursos recebidos de outras pessoas 
de direito público ou privado. Transferências de Capital. 
Destinados a atender despesas 
classificáveis em Despesas de Capital. Outras Receitas de Capital. 
O superávit do Orçamento Corrente. - 
Legenda: o superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais 
das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 
1, não constituirá item de receita orçamentária. 
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As bancas gostam de incluir receitas de 
contribuições como sendo parte integrante 
das receitas tributárias, quando na 
verdade as contribuições de melhoria 
é que são receitas tributárias. As 
contribuições de melhoria não se 
confundem com as contribuições 
profissionais, interventivas e sociais. 
 
 
2. (FCC/TRE-RN/2011/Analista Judiciário) De acordo com a Lei no 
4.320/64, as receitas correntes são constituídas, entre outras, pelas 
Receitas de Contribuições. Um item classificado como Receita de 
Contribuição é aquele oriundo de: 
a) contribuição de melhoria. 
b) multas e juros de mora da contribuição do salário-educação. 
c) contribuição social para o financiamento da seguridades social - 
COFINS. 
d) fundo de participação dos municípios - FPM. 
e) restituições de convênios. 
 
 
 
 
 
 
 
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Conforme vimos no Quadro 5, a opção correta é letra C. 
 
Pessoal, vimos os conceitos e a classificação da receita disposta na 
lei 4320/1964, porém devemos saber também a classificação da receita 
conforme a portaria 163/2001 que possibilita a identificação detalhada 
dos recursos que ingressam nos cofres públicos. Esta classificação é 
formada por um código numérico de 8 dígitos que se subdivide em 
seis níveis: categoria econômica (1º dígito), origem (2º dígito), 
espécie (3º dígito), rubrica (4º dígito), alínea (5º e 6º dígitos) e 
subalínea (7º e 8º dígitos). 
A Figura 3 ilustra a classificação quanto à natureza da receita 
estabelecida pela portaria 163/2001 e que deve ser seguida por todos 
os entes (União, Estados, DF e Municípios)2. 
Figura 3: Classificação quanto à natureza estabelecida pela portaria 163/2011 
 
 
 
 
 
2
 Art. 2º A classificação da receita, a ser utilizada por todos os entes da Federação, consta doAnexo I desta 
Portaria, ficando facultado o seu desdobramento para atendimento das respectivas peculiaridades. 
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O Quadro 6 mostra os conceitos relacionados a cada nível da receita 
orçamentária. 
Quadro 6: Conceitos atrelados a cada nível da classificação quanto à natureza da receita 
Nível Conceito 
1º 
Categoria 
Econômica 
Impacto das decisões do Governo na Economia Nacional 
(para estatísticos e consolidação do sistema de contas 
Nacional). 
2º Origem Identifica a precedência ao fato gerador. 
3º Espécie 
Permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador (a 
origem) de tais receitas. 
4º Rubrica 
A rubrica é o nível que detalha a espécie com maior 
precisão, especificando a origem dos recursos 
financeiros. 
5º Alínea Apresenta o nome da receita propriamente dita. 
6º Subalínea Constitui o nível mais analítico da receita. 
Fonte: Manual Técnico do Orçamento 
 
3.(FCC/TRE-AP/2011/Analista Judiciário) A classificação da receita 
prevista na Lei Orçamentária é formada por dígitos que identificam 
a) sua origem, espécie, rubrica, aplicação, fonte e subfonte. 
b) sua categoria econômica, natureza, origem, espécie, fonte e subfonte. 
c) as receitas originárias e derivadas. 
d) as receitas correntes, de capital e de operações intraorçamentárias. 
e) sua categoria econômica, origem, espécie, rubrica, alínea e subalínea. 
 
 
 
 
 
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Conforme vimos no Quadro 6, a opção correta é letra E. 
 
3.1. Classificação da receita quanto à categoria econômica 
Quanto à categoria econômica as receitas se classificam em 
Receitas Correntes e Receitas de Capital. O Quadro 7 contém os conceitos 
das relacionados às receitas correntes e de capital. 
 
Quadro 7: Receitas correntes e de capital 
Receita 
Corrente 
São arrecadadas dentro do exercício, aumentam as 
disponibilidades financeiras do Estado, em geral com 
efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido, e constituem 
instrumento para financiar os objetivos definidos nos 
programas e ações correspondentes às políticas públicas. 
Classificam-se como correntes as receitas provenientes de 
tributos; de contribuições; da exploração do patrimônio 
estatal (Patrimonial); da exploração de atividades 
econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de 
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito 
público ou privado, quando destinadas a atender despesas 
classificáveis em Despesas Correntes (Transferências 
Correntes); e demais receitas que não se enquadram nos 
itens anteriores (Outras Receitas Correntes). 
Receita 
de Capital 
Aumentam as disponibilidades financeiras do Estado. 
Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as Receitas 
de Capital em regra não provocam efeito sobre o 
Patrimônio Líquido. 
Receitas de Capital são as provenientes tanto da realização 
de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas e 
da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto os 
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado e destinados a atender despesas classificáveis em 
Despesas de Capital. 
 
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Na sequência vamos retornar a Figura 1 na seção 2. Lá observamos 
que há as receitas intraorçamentárias. As receitas intraorçamentárias 
decorrem do controle que existe sobre as operações intraorçamentárias. 
As operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre 
órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes dos 
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do mesmo ente 
federativo. Não representam novas entradas de recursos nos 
cofres públicos do ente, mas apenas remanejamento de receitas entre 
seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são contrapartida de 
despesas intraorçamentárias, que, devidamente identificadas, evitam a 
dupla contagem na consolidação das contas governamentais. 
Assim, a Portaria Interministerial STN/SOF 338/2006 incluiu as 
Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital 
Intraorçamentárias representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 
8 em suas categorias econômicas. Essas classificações não 
constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas 
especificações das categorias econômicas Receitas Correntes e 
Receitas de Capital. A Figura 4 ilustra essa codificação. 
 
Figura 4: Codificação das receitas intraorçamentárias 
 
 
 
 
 
 
 
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4. (FCC/2012/TRE-CE/Analista/contabilidade) Segundo a Lei nº 
4.320/64, artigo 11, em consonância com o inciso I do artigo 50 da Lei 
Complementar nº 101/00, bem como o Manual da Receita Nacional 
editado pela portaria STN/SOF no 3/2008, as receitas de órgãos, fundos, 
autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e de outras 
entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social 
decorrentes do fornecimento de materiais, bens e serviços, recebimentos 
de impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o 
fato que originar a receita decorrer de despesa de órgão, fundo, 
autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou de outra entidade 
constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo, 
classificam-se como receita 
a) corrente intraorçamentária. 
b) de capital. 
c) de serviços. 
d) patrimonial. 
e) extraorçamentária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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As receitas intraorçamentárias decorrem de operações entre entes 
integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social. Assim, a 
alternativa correta é a opção A. 
 
 
3.2. Classificação quanto à categoria origem 
A Figura 5 contém a relação entre as categorias econômicas e as 
origens. 
Figura 5: Classificação quanto à origem 
 
Fica claro que a classificação quanto à origem estabelecida pela 
portaria 163/2001 segue de lógica semelhante da classificação da lei 
4320/1964 exposta no Quadro 5. Porém, o concurseiro deve gravar as 
receitas que estão abrangidas por cada origem. O Quadro 8 contém as 
receitas correntes e o Quadro 9 as receitas de capital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 8: Receitas abrangidas pelas receitas correntes 
Receitas 
Correntes 
Receitas que estão abrangidas 
Receitas 
Tributárias 
Englobam os impostos, as taxas e as contribuiçõesde 
melhoria, previstos no art. 145 da CF. 
Receitas de 
Contribuições 
Reúnem-se nessa origem as contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, conforme 
preceitua o art. 149 da CF. 
Receitas 
Patrimoniais 
São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente 
público, como, por exemplo, bens mobiliários e imobiliários 
(foros, laudêmios, arrendamentos) ou, ainda, bens intangíveis 
e participações societárias. Exemplos: compensações 
financeiras/ royalties3, concessões e permissões, entre 
outras. 
Receitas 
Agropecuárias 
Trata-se de receita originária, auferida pelo Estado quando 
atua como empresário, em posição de igualdade com o 
particular. Decorrem da exploração econômica, por parte 
do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a 
venda de produtos agrícolas (grãos, tecnologias, insumos 
etc), pecuários (semens, técnicas em inseminação, matrizes 
etc), para reflorestamentos etc. 
Receitas 
Industriais 
São provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente 
público, como: indústria de extração mineral, de 
transformação, de construção, entre outras. 
Receitas de 
Serviços 
Decorrem da prestação de serviços por parte do ente público, 
tais como: financeiros (juros), comércio, transporte, 
comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços 
recreativos, culturais etc. Tais serviços são remunerados 
mediante preço público, também chamado de tarifa. 
 
3
 As compensações financeiras e os royalties têm origem na exploração do patrimônio do Estado, constituído 
por recursos minerais, hídricos, florestais e outros, definidos no ordenamento jurídico. As compensações 
financeiras são forma de se recompor financeiramente prejuízos, danos ou o exaurimento do bem porventura 
causados pela atividade econômica que explora esse patrimônio estatal. Os royalties são forma de participação 
no resultado econômico que advém da exploração do patrimônio público. O § 1º do art. 20 da CF versa sobre o 
assunto e assegura que os entes federados e a administração direta da União terão participação nos recursos 
auferidos a esses títulos. 
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Transferências 
Correntes 
Recursos financeiros recebidos de outras pessoas de 
direito público ou privado destinados a atender despesas 
de manutenção ou funcionamento, a fim de atender finalidade 
pública específica que não seja contraprestação direta em 
bens e serviços a quem efetuou essa transferência. Os 
recursos assim recebidos se vinculam à consecução da 
finalidade pública objeto da transferência. As transferências 
ocorrem entre entidades públicas (seja dentro de um 
mesmo ente federado, seja entre diferentes entes) ou entre 
entidade pública e instituição privada. 
Transferências de Convênios: são recursos transferidos 
por meio de convênios firmados entre entes públicos ou 
entre eles e organizações particulares destinados a custear 
despesas correntes e com finalidade específica: realizar ações 
de interesse comum dos partícipes. 
Transferências de Pessoas: compreendem as contribuições 
e as doações que pessoas físicas realizem para a 
Administração Pública. 
Outras Receitas 
Correntes 
Registram-se nesta origem outras receitas cujas 
características não permitam o enquadramento nas 
demais classificações da receita corrente, como: multas, juros 
de mora, indenizações, restituições, receitas da dívida ativa, 
entre outras. 
Multa: receita de caráter não tributário, é penalidade 
pecuniária aplicado pela Administração Pública aos 
administrados e depende, sempre, de prévia cominação 
em lei ou contrato. Podem decorrer do regular exercício do 
poder de polícia por parte da Administração (multa por auto 
de infração), do descumprimento de preceitos específicos 
previstos na legislação, ou de mora pelo não pagamento das 
obrigações principais ou acessórias nos prazos previstos. 
Dívida Ativa: crédito da Fazenda Pública, de natureza 
tributária ou não tributária, exigíveis em virtude do 
transcurso do prazo para pagamento. O crédito é cobrado 
por meio da emissão de certidão de dívida ativa da 
Fazenda Pública da União, inscrita na forma da lei, com 
validade de título executivo. Isso confere à certidão da dívida 
ativa caráter líquido e certo, embora se admita prova em 
contrário. 
 
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Quadro 9: Receitas abrangidas pelas receitas de capital 
Receitas de 
Capital 
Receitas que estão abrangidas 
Operações de 
Crédito 
Recursos financeiros oriundos da colocação de títulos 
públicos ou da contratação de empréstimos junto a 
entidades públicas ou privadas, internas ou externas. 
Alienação de 
Bens 
Ingressos financeiros provenientes da alienação de 
bens móveis ou imóveis de propriedade do ente 
público. O art. 44 da LRF veda a aplicação da receita de 
capital decorrente da alienação de bens e direitos que 
integrem o patrimônio público para financiar despesas 
correntes, salvo as destinadas por lei ao RGPS ou ao regime 
próprio do servidor público. 
Amortização de 
Empréstimos 
Ingressos financeiros provenientes da amortização de 
financiamentos ou de empréstimos que o ente público 
haja previamente concedido. Embora a amortização do 
empréstimo seja origem da categoria econômica Receitas de 
Capital, os juros recebidos associados ao empréstimo 
são classificados em Receitas Correntes/ de Serviços/ 
Serviços Financeiros, pois os juros representam a 
remuneração do capital. 
Transferências 
de Capital: 
São os recursos financeiros recebidos de outras 
pessoas de direito público ou privado e destinados a 
atender despesas com investimentos ou inversões 
financeiras, a fim de satisfazer finalidade pública específica 
que não seja contraprestação direta a quem efetuou essa 
transferência. Os recursos assim recebidos vinculam-se à 
consecução da finalidade pública objeto da transferência. As 
transferências ocorrem entre entidades públicas (seja dentro 
de um mesmo ente federado, seja entre diferentes entes) ou 
entre entidade pública e instituição privada. 
Outras Receitas 
de Capital 
Registram-se nesta origem receitas cuja característica 
não permita o enquadramento nas demais 
classificações da receita de capital, como: Resultado do 
Banco Central, Remuneração das Disponibilidades do Tesouro 
Nacional, Integralização do Capital Social, entre outras 
 
 
 
 
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A diferença entre receitas de 
transferências correntes e receitas de 
transferências de capital é que as 
primeiras se destinam a atender despesas 
de manutenção ou funcionamento 
(despesas correntes) e as segundas se 
destinam a atender despesas com 
investimentos ou inversões financeiras 
(despesas de capital). Não confundir este 
conceito como o conceito de receitas 
correntes e receitas de capital. Isso porque 
podemos aplicar receitas correntes em 
despesas de capital.Por fim, pessoal apresento mais algumas pegadinhas que já vi cair 
em concurso e que devemos saber. 
Quadro 10: Pegadinhas de concurso 
Nomenclatura Categoria Econômica 
Alienação de Bens Apreendidos Receita Corrente: outras 
Dividendos Receita Corrente: 
patrimonial Taxa de Ocupação de Imóveis 
Juros de empréstimos concedidos Receita Corrente: Serviços 
Títulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional Receita de Capital: 
Operações de Crédito 
Empréstimos Compulsórios 
Alienação de Estoques 
Receita de Capital: Alienação 
de Bens 
Integralização do Capital Social 
Receita de Capital: Outras 
Receitas de Capital 
Resultado do Banco Central do Brasil 
Remuneração das Disponibilidades do Tesouro 
Nacional 
Receita da Dívida Ativa Proveniente de 
Amortização de Empréstimos e financiamentos 
Receita da Dívida Ativa da Alienação de 
Estoques de Café ± FUNCAFÉ 
 
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Se a questão for OMISSA, considere 
que receita da dívida ativa 
(cobrança/recebimento da dívida) é 
receita corrente. 
 
 
 
5. (FCC/TRT 23ª Região/2011/Analista Judiciário) São receitas 
patrimoniais: 
a) extração mineral, dividendos e contribuição de melhoria. 
b) aluguel, amortização de empréstimo e foros. 
c) laudêmios, alienação de bens e taxas. 
d) dividendos, operações de crédito e impostos. 
e) laudêmios, dividendos e participações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. (FCC/TRT 23ª Região/2011/Analista Judiciário) São receitas 
patrimoniais: 
a) extração mineral, dividendos e contribuição de melhoria. 
ERRADO, extração mineral é receita industrial; as receitas de 
contribuições de melhoria é receita tributária. 
b) aluguel, amortização de empréstimo e foros. 
ERRADO, amortização de empréstimo é receita de capital. 
c) laudêmios, alienação de bens e taxas. 
ERRADO, alienação de bens é receita de capital; taxa é receita 
tributária. 
d) dividendos, operações de crédito e impostos. 
ERRADO, operação é receita de capital; impostos é receita 
tributária 
e) laudêmios, dividendos e participações. 
CERTO, todas são receitas patrimoniais. Note, que eu não precisava 
saber que laudêmios e foros são receitas patrimoniais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITAS QUANTO AOS EFEITOS SOBRE O 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, a 
receita pode VHU� ³efetiva´�RX�³não-efetiva´��2�4XDGUR����PRVWUD�D�GLIHUHQoD�
entre as receitas efetivas e não efetivas. 
Quadro 11: Receitas efetivas e não efetivas 
Classificação Conceito 
Exemplo de 
receita corrente 
Exemplo de 
receita de 
capital 
Receita 
Orçamentária 
Efetiva 
Aquela que, no momento 
do reconhecimento do 
crédito, aumenta a 
situação líquida 
patrimonial da 
entidade. Constitui fato 
contábil modificativo 
aumentativo. 
Receitas tributárias, 
de contribuições, 
patrimoniais, 
agropecuárias, 
industriais, de 
serviços, de 
transferências 
correntes. 
Transferências de 
capital. 
Receita 
Orçamentária 
não Efetiva (por 
mutação 
patrimonial) 
Aquela que não altera a 
situação líquida 
patrimonial no 
momento do 
reconhecimento do 
crédito e, por isso, 
constitui fato contábil 
permutativo. 
Receita da dívida 
ativa. 
Operações de 
crédito, alienação 
de bens, 
amortização de 
empréstimos. 
 
 
Em regra as receitas correntes são 
receitas efetivas e as receitas de 
capital são não efetivas. Porém, 
existem receitas correntes não 
efetivas (cobrança da dívida ativa) e 
receitas de capital efetivas 
(transferências de capital). 
 
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 Na aula de lançamentos, entraremos nos detalhes dos lançamentos 
envolvendo as receitas efetivas e não efetivas (desta aula) e as 
despesas efetivas e não efetivas (da aula seguinte). 
 Por enquanto, posso adiantar o seguinte. Na receita não efetiva o 
estado recebe dinheiro a partir da perda de um bem ou de um direito ou 
do surgimento de uma obrigação. Na receita efetiva o estado recebe o 
dinheiro sem perder um bem ou direito, ou sem ganhar uma obrigação. O 
Quadro 12 mostra alguns exemplos. 
 
Quadro 12: Exemplos de receitas não efetivas (por mutação patrimonial) 
Exemplo de 
receita 
É baixado um 
bem/direito ou é 
ganha uma 
obrigação? 
Como se dá o processo? 
Operação de 
crédito 
É ganha uma 
obrigação 
(empréstimos a 
pagar). 
No momento da arrecadação quando 
ocorre do aumento do caixa (no ativo), 
ocorre simultaneamente um aumento 
de uma obrigação (no passivo). 
Alienação de 
bens 
É baixado um bem 
móvel ou imóvel. 
No momento da arrecadação quando 
ocorre do aumento do caixa (no ativo), 
ocorre simultaneamente uma baixa de 
um bem (no ativo). 
Amortização de 
empréstimo 
É baixado um 
direito (empréstimo 
a receber). 
No momento da arrecadação quando 
ocorre do aumento do caixa (no ativo), 
ocorre simultaneamente uma baixa de 
um direito (no ativo). 
Recebimento 
da dívida ativa 
É baixado um 
direito (dívida ativa 
a receber). 
No momento da arrecadação quando 
ocorre do aumento do caixa (no ativo), 
ocorre simultaneamente uma baixa de 
um direito (no ativo). 
Legenda: lembre-se que o patrimônio é composto por bens, direitos e 
obrigações. 
 
 
 
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6. (FCC/TRE-PB/2007/Analista Judiciário) Receita efetiva é 
a) a colocação de títulos públicos no mercado financeiro. 
b) a operação de crédito. 
c) a alienação de bens imóveis. 
d) o recebimento de valores emprestados. 
e) a cota-parte do Fundo de Participação dos Estados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. (FCC/TRE-PB/2007/Analista Judiciário) Receita efetiva é 
a) a colocação de títulos públicos no mercado financeiro. 
ERRADO, lembre-se que a colocação de títulos equipara-se a 
operação de crédito, logo é uma receita não efetiva. 
b) a operação de crédito. 
ERRADO, a operação de crédito é uma receita não efetiva. 
c) a alienação de bens imóveis. 
ERRADO, a alienação de bens é uma receita não efetiva. 
d) o recebimentode valores emprestados. 
ERRADO, o recebimento de valores emprestados equipara-se à 
amortização de empréstimos, logo é uma receita não efetiva. 
e) a cota-parte do Fundo de Participação dos Estados. 
CERTO, a cota-parte é um exemplo de transferência 
constitucional, logo é uma receita efetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À COERTICIVIDADE 
 A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência, em 
originárias e derivadas. Essa classificação possui uso acadêmico e não é 
normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da 
receita pelo poder público. O Quadro 13 mostra os conceitos e 
exemplos de cada uma. 
Quadro 13: receitas derivadas e originárias 
Classificação Conceito 
Exemplo de 
receita 
corrente 
Exemplo de 
receita de 
capital 
Receitas 
públicas 
originárias 
Segundo a doutrina, são as 
arrecadadas por meio da 
exploração de atividades 
econômicas pela 
Administração Pública. 
Resultam, principalmente, de 
rendas do patrimônio 
mobiliário e imobiliário do 
Estado (receita de aluguel), 
de preços públicos ou 
tarifas, de prestação de 
serviços comerciais e de 
venda de produtos industriais 
ou agropecuários. 
Receitas 
patrimoniais, 
agropecuárias, 
industriais, de 
serviços. 
Operações de 
créditos, 
alienação de 
bens, 
amortização de 
empréstimos. 
São receitas voluntárias. 
Receitas 
públicas 
derivadas 
Segundo a doutrina, são as 
obtidas pelo poder público 
por meio da soberania 
estatal. Decorrem de norma 
constitucional ou legal e, por 
isso, são auferidas de 
forma impositiva. 
Receitas 
tributárias e de 
contribuições. 
Receitas de 
empréstimos 
compulsórios. 
São receitas compulsórias. 
 
 
 
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Existem receitas correntes que 
são derivadas e que são 
originárias. Assim, como existem 
receitas de capital que são 
derivadas (empréstimos 
compulsórios) e que são 
originárias. 
 
 
 
Taxas são compulsórias (decorrem de lei). O que legitima o Estado a 
cobrar a taxa é a prestação de serviços públicos específicos e divisíveis 
ou o regular exercício do Poder de Polícia. A relação decorre de lei, 
sendo regida por normas de DIREITO PÚBLICO. 
Preço Público, sinônimo de tarifa, decorre da utilização de 
serviços facultativos que a Administração Pública, de forma direta ou 
por delegação (concessão ou permissão), coloca à disposição da 
população, que poderá escolher se os contrata ou não. São serviços 
prestados em decorrência de uma relação contratual regida pelo 
DIREITO PRIVADO. 
 
 
 
 
 
 
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7. (FCC/TCE-SP/2011/Procurador) A respeito da receita pública, analise as 
afirmações: 
I. A taxa é receita originária e compulsória, enquanto o preço público é receita 
derivada e voluntária. 
II. A contribuição de melhoria é uma relação jurídica de direito privado, 
enquanto o preço público é uma relação jurídica de direito público. 
III. O imposto é receita derivada e compulsória, enquanto o preço público é 
receita originária e não compulsória. 
IV. A taxa e o preço público se confundem, porque ambos têm natureza jurídica 
tributária. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) IV. 
e) III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. (FCC/TCE-SP/2011/Procurador) A respeito da receita pública, analise as 
afirmações: 
I. A taxa é receita originária e compulsória, enquanto o preço público é receita 
derivada e voluntária. 
ERRADO, a taxa é receita derivada e compulsória e o preço público é 
receita originária e voluntária. 
II. A contribuição de melhoria é uma relação jurídica de direito privado, 
enquanto o preço público é uma relação jurídica de direito público. 
ERRADO, a contribuição de melhoria é uma relação jurídica de direito 
público, enquanto o preço público é uma relação jurídica de direito 
privado. 
III. O imposto é receita derivada e compulsória, enquanto o preço público é 
receita originária e não compulsória. 
CERTO. 
IV. A taxa e o preço público se confundem, porque ambos têm natureza 
jurídica tributária. 
ERRADO, taxa e preço público são receitas distintas. A taxa tem natureza 
jurídica de direito público, enquanto o preço público tem natureza 
jurídica de direito privado. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) IV. 
e) III e IV. 
Assim, temos como gabarito a letra C. 
 
 
 
 
 
 
 
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6. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PARA APURAÇÃO DO RESULTADO 
PRIMÁRIO 
Esta classificação orçamentária da receita não tem caráter 
obrigatório e foi instituída para a União com o objetivo de identificar 
quais são as receitas e as despesas que compõem o resultado primário 
do Governo Federal, que é representado pela diferença entre as Receitas 
Primárias e as Despesas Primárias. 
As receitas do Governo Federal podem ser divididas entre 
primárias e não primárias (financeiras). 
O primeiro grupo refere-se predominantemente a receitas 
correntes e é composto daquelas que advêm dos tributos, das 
contribuições sociais, das concessões, dos dividendos recebidos 
pela União, da cota-parte das compensações financeiras, das 
decorrentes do próprio esforço de arrecadação das unidades 
orçamentárias, das provenientes de doações e convênios e outras 
também consideradas primárias. 
Já as receitas não primárias (financeiras) são aquelas que não 
contribuem para o resultado primário ou não alteram o endividamento 
líquido do Governo (setor público não financeiro) no exercício financeiro 
correspondente, uma vez que criam uma obrigação ou extinguem um 
direito, ambos de natureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou 
externo, alterando concomitantemente o ativo e o passivo financeiros. 
São adquiridas junto ao mercado financeiro, decorrentes da 
emissão de títulos, da contratação de operações de crédito por 
organismos oficiais, das receitas de aplicações financeiras da 
União (juros recebidos, por exemplo), das privatizações e outras. 
 
 
 
 
 
 
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8.(FCC/TCE-SP/2011/Procurador) Na análise orçamentária, o conceito 
de receita primária exclui as receitas oriundas de: 
a) contribuições. 
b) operações de crédito. 
c) tributação indireta. 
d) tarifas. 
e) venda de ativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Das opções, operações de crédito é receita financeira. Outro fato 
importante, é que a FCC se posicionou no sentido de considerar alienação 
bens como primária. 
 
7. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FONTE DE RECURSOS 
A classificação orçamentária por Fontes/Destinações de 
recursos tem como objetivo de identificar as fontes de 
financiamento dos gastos públicos. As Fontes/Destinações de 
recursos reúnem certas Naturezas de Receita conforme regras 
previamente estabelecidas. Por meio do orçamento público, essas 
Fontes/Destinações são associadas a determinadas despesas de 
forma a evidenciar os meios para atingir os objetivos públicos. 
Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código 
de Fonte/Destinação de recursos exerce um duplo papel no 
processo orçamentário. 
 
Para a receita orçamentária, esse código 
tem a finalidade de indicar a destinação 
de recursos para a realização de 
determinadas despesas orçamentárias. Para 
a despesa orçamentária, identifica a 
origem dos recursos que estão sendo 
utilizados. 
 
 A figura 6 ilustra essa associação entre a receita e a despesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 6: Fonte de recurso: relação entre receita e despesa 
 
 
 Observa-se que a classificação por fonte de recursos é ao 
mesmo tempo uma classificação da receita e da despesa. Assim, 
mesmo código utilizado para controle das destinações da receita 
orçamentária também é utilizado na despesa, para controle das 
fontes financiadoras da despesa orçamentária. Desta forma, este 
mecanismo contribui para o atendimento do parágrafo único do art. 8º da 
LRF e o art. 50, inciso I da mesma Lei: 
 
Art. 8º [...] 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade 
específica serão utilizados exclusivamente para atender ao 
objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em 
que ocorrer o ingresso. 
 
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a 
escrituração das contas públicas observará as seguintes: 
I ± a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo 
que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória 
fiquem identificados e escriturados de forma individualizada; 
 
 
 
 
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A natureza da receita orçamentária busca identificar a 
origem do recurso segundo seu fato gerador. Existe, ainda, a 
necessidade de identificar a destinação dos recursos arrecadados. 
Para tanto, a classificação por Fonte/Destinação de Recursos 
identifica se os recursos são vinculados ou não e, no caso dos 
vinculados, pode indicar a sua finalidade. A destinação pode ser 
classificada em vinculada e ordinária. O Quadro 14 mostra os conceitos de 
cada destinação. 
 
Quadro 14: classificação das destinações de recursos 
Tipo de 
destinação 
Conceito 
Destinação 
Vinculada 
É o processo de vinculação entre a origem e a aplicação 
de recursos, em atendimento às finalidades específicas 
estabelecidas pela norma. 
Destinação 
Ordinária 
É o processo de alocação livre entre a origem e a 
aplicação de recursos, para atender a quaisquer 
finalidades. 
 
A criação de vinculações para as receitas deve ser pautada 
em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de 
recursos, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, 
entidades e fundos. Outro tipo de vinculação é aquela derivada de 
convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos 
recursos são obtidos com finalidade específica. 
 
7.1. Códigos Utilizados 
Chegou a hora de apresentarmos os códigos que permitem a 
operacionalização das fontes de recursos. A classificação de fonte de 
recursos consiste em um código de três dígitos. O 1º dígito representa 
o grupo de fonte, enquanto o 2º e o 3º representam a 
especificação da fonte. O Quadro 15 mostra a classificação por fonte de 
recursos. 
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Quadro 15: Classificação por fonte de recursos 
Classificação 
por fonte de 
recursos 
Grupo fonte de 
recursos 
Especificação das fontes de 
recursos 
Finalidade 
Identifica se os 
recursos são ou 
não do tesouro 
nacional; e se 
pertencem ao 
exercício atual ou 
anteriores. 
É o código que individualiza cada 
destinação. Possui a parte 
mais significativa da 
classificação. Sua 
apresentação segrega as 
destinações em dois grupos: 
Destinações Primárias e Não-
primárias. 
As Destinações Primárias são 
aquelas não-financeiras. 
As Destinações Não-
Primárias, também chamadas 
financeiras, são representadas 
de forma geral por operações de 
crédito, e amortizações de 
empréstimos. 
Exemplo de 
código 
1 00 
Descrição do 
código 
Tesouro nacional 
exercício corrente 
Recursos ordinários 
 
 Observa-se no exemplo acima que os recursos são originários do 
Tesouro Nacional e podem ser aplicados em quaisquer finalidades. 
 Na sequência, a Figura 7 contém os demais códigos do grupo 
fonte de recursos. 
 
 
 
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Figura 7: Código de grupo fonte de recursos 
 
 
 
-Os Recursos do Tesouro são aqueles geridos de forma centralizada pelo 
Poder Executivo, que detém a responsabilidade e controle sobre as 
disponibilidades financeiras. 
-Os Recursos de Outras Fontes são aqueles arrecadados e controlados de 
forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob responsabilidade 
desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de 
autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor 
desses valores. De forma geral esses recursos têm origem no esforço 
próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de serviços 
ou exploração econômica do patrimônio próprio. 
-Os Recursos Condicionados, que são aqueles incluídos na previsão da 
receita orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na 
legislação para integralização dos recursos. Quando confirmadas tais 
proposições, os recursos são remanejados para as destinações adequadas e 
definitivas. 
 
Prosseguindo na classificação por fonte de recursos, a Figura 8 
contém alguns exemplos de códigos da especificação da fonte de 
recursos, enquantoa Figura 9 contém combinações dos grupos fontes e 
especificações das fontes. 
 
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Figura 8: Exemplos de especificações de fonte de recursos 
 
 
Figura 9: Exemplos de combinações entre grupo e especificações de 
fonte de recursos 
 
 
 
 
 
 
 
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7.2. Aplicação da fonte de recursos 
Pessoal gostaria de apresentar um último conceito descrito a seguir. 
 
Uma mesma receita arrecadada pode 
no momento da arrecadação ter mais 
de uma fonte. 
Por exemplo, a receita de imposto de 
renda terá 3 especificações de fontes 
distintas: 00, 01 e 12. 
 
 A seguir, vamos detalhar cada uma das especificações. 
A fonte 00 corresponde aos Recursos Ordinários. Receitas do 
Tesouro Nacional, de natureza tributária, de contribuições, patrimonial, de 
transferências correntes e outras, sem destinação específica, isto é, que 
não estão vinculadas a nenhum órgão ou programação e nem são 
passíveis de transferências para os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios. Constituem recursos disponíveis para livre 
programação. 
Temos como exemplos: a Receita do Principal do Imposto de 
Importação, do imposto de renda, do imposto de produtos 
industrializados. Impostos Extraordinários, Aluguéis, arrendamentos. 
A fonte 01 corresponde às transferências do imposto sobre a 
renda e sobre produtos industrializados. É a fonte composta pelas 
transferências dos recursos provenientes da arrecadação desses tributos, 
segundo o art. 159 da Constituição Federal (alterado pela Emenda 
Constitucional nº 55, de 20 de setembro de 2007). A figura 10 mostra a 
repartição desses impostos. 
Figura 10: Repartição do imposto de renda e do imposto dos produtos 
industrializados 
 
 
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 Isso significa que quando a União arrecada 100 reais de 
imposto de renda, R$ 23,50 são destinados ao Fundo de 
Participação dos Municípios; R$ 21,50, ao Fundo de Participação 
dos Estados; e R$ 3,00, aos fundos constitucionais do Norte, 
Nordeste e Centro-Oeste. 
A fonte 12 corresponde aos recursos destinados à 
manutenção e desenvolvimento do ensino. É a fonte composta pela 
parcela mínima de 18% do produto da arrecadação dos impostos, 
líquidos de transferências constitucionais, que a União deve aplicar na 
manutenção e desenvolvimento do ensino, de acordo com o art. 212 
da Constituição Federal. No caso dos Estados, Distrito Federal e 
Municípios o valor a ser aplicado é de 25% sobre os impostos líquidos 
de transferências constitucionais. 
Por fim, apresento a Figura 11 que contém a distribuição de uma 
receita de arrecadada de R$ 100,00 de imposto de renda. 
 
Figura 11: Repartição de 100 reais de imposto de renda 
R$ 100,00 de 
imposto de renda
FPM Æ 23,50
FPE Æ 21,50
FNE, FNO e FCO 
Æ 3,00
Manutenção e 
desenvolvimento do 
Ensino Æ 9,90
Recursos Ordinários 
Æ 42,10
Fonte Æ 01
Fonte Æ 12
Fonte Æ 00
 
 Pessoal não caiu em prova até hoje, porém vou apresentar como 
cheguei aos valores dos recursos destinados à manutenção e 
desenvolvimento do ensino e dos recursos ordinários. O Quadro 16 e 17 
contém os detalhes. 
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Quadro 16: Memória de cálculo dos recursos destinados à manutenção e 
desenvolvimento do ensino 
A - Imposto de renda bruto R$ 100,00 
B- Desvinculação das Receitas da 
União (B = A x 20%)4 R$ 20,00 
C- FPE (C = A x 21,5%) R$ 21,50 
D- FPM (D = A x 23,5%) R$ 23,50 
E - Imposto de renda líquido 
(E = A ± C ± D) R$ 55,00 
Valor a ser aplicado à manutenção e 
desenvolvimento do ensino 
(E x 18%) 
R$ 9,90 
 
Quadro 17: Memória de cálculo dos recursos ordinários 
A - Imposto de renda bruto R$ 100,00 
B- FPE (B = A x 20%) R$ 21,50 
C- FPM (D = A x 23,5%) R$ 23,50 
D ± FNE, FNO e FCO (D = A x 3%) R$ 3,00 
E ± Manutenção e desenvolvimento do 
ensino 
R$ 9,90 
F ± Recursos ordinários 
(F = A ± B ± C ± D ± E) R$ 42,10 
 
 
 
 
4
 Art. 76 do ADCT da CF/1988. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2015, 
20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos 
acréscimos legais. 
§ 1° O disposto no caput deste artigo não reduzirá a base de cálculo das transferências a Estados, Distrito 
Federal e Municípios na forma dos arts. 153, § 5º [ ouro como ativo financeiro: 30% vai para Estados, Distrito 
Federal, Territórios e 70% vai para os Municípios];157, I [Imposto de Renda da Administração Direta + 
Autarquias + Fundações Públicas dos Estados e Distrito Federal];158, I [Imposto de Renda da Administração 
Direta + Autarquias + Fundações Públicas dos Municípios]; e II [50% Imposto Territorial Rural que é 
destinado aos Municípios]; e 159, I, a [Fundo de Participação dos Estados e DF: composto por 21,5% IPI e 
Imposto de Renda] e b [Fundo de Participação dos Municípios: 23,5% IPI e Imposto de Renda]; e II [10% da 
cota parte do IPI Exportação destinado aos Estados e Distrito Federal], da Constituição, bem como a base de 
cálculo das destinações a que se refere o art. 159, I, c [3% IPI e IR para Fundo constitucional do Nordeste, 
Norte e Centro-Oeste], da Constituição 
§ 2° Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da contribuição social do salário-
educação a que se refere o § 5º do art. 212 da Constituição Federal. 
§ 3° Para efeito do cálculo dos recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 
212 da Constituição Federal, o percentual referido no caput será nulo. 
 
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9. (FCC/TJ-PE/2012/Analista/ Contador) O mecanismo denominado 
Destinação de Recursos ou Fonte de Recursos classifica, 
respectivamente, as receitas orçamentárias em: 
a) correntes e de capital. 
b) aplicação direta e transferências a terceiros. 
c) vinculadas e ordinárias. 
d) tributárias e de capital. 
e) operacionais e não operacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conforme vimos nesta seção, a classificação por fonte segrega as 
receitas em vinculadas e ordinárias.83395105172
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8.TABELA-SÍNTESE DA CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA 
Receita 
quanto à 
categoria 
econômica 
Classificação quanto à 
coercitividade 
Classificação quanto aos 
efeitos sobre o Patrimônio 
Líquido 
Classificação quanto ao 
resultado primário 
Derivada Originária Efetiva Não efetiva Primária Financeira 
Corrente 
Tributária, 
Contribuições. 
Patrimoniais, 
Agropecuárias, 
Industriais, 
Serviços, 
transferências 
correntes. 
Em regra as 
receitas 
correntes. 
Receita do 
recebimento 
da dívida 
ativa; Receita 
de alienação 
de bens 
apreendidos. 
Em regra as 
receitas 
correntes. 
Receita de 
aplicação 
financeira 
(integram as 
receitas 
patrimoniais); 
receitas de 
juros (integram 
as receitas de 
serviços) 
Capital 
Empréstimos 
Compulsórios. 
Operações de 
crédito; 
alienação de 
bens; 
amortização de 
empréstimos; 
transferências 
de capital. 
Receita de 
transferências 
de capital. 
Em regra as 
receitas de 
capital. 
Empréstimos 
compulsórios; 
Alienação de 
bens móveis e 
imóveis; 
transferências 
de capital. 
Em regra as 
receitas de 
capital. 
 
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1ª Dica: Não há generalizações, ou seja, não se pode afirmar que todas 
as receitas correntes são receitas originárias, que todas as receitas de 
capital são receitas financeiras. 
2ª Dica: Existe uma divergência normativa entre o MTO (Manual de 
Técnico do Orçamento) e o Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF). 
Pelo MTO uma parte das receitas de capital de alienação de bens são 
receitas financeiras (alienação de Estoques da Política de Garantia de 
Preços Mínimos - PGPM), enquanto outra parte são receitas primárias 
(Alienação de Títulos Mobiliários, alienação de bens móveis, alienação de 
bens imóveis, alienação de embarcações, alienação de equipamentos). 
Ou seja, pelo MTO apenas uma alínea (5º e 6º níveis) da rubrica 
(4º nível) alienação de estoques é receita financeira. Todas as 
demais receitas de alienação de bens são receitas primárias. 
Pelo MDF as receitas de alienação de bens são receitas 
financeiras. 
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9. ETAPAS DA RECEITA E DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 
 Inicialmente gostaria de apresentar as etapas das receitas e das 
despesas as quais constam no Quadro 18. 
 
Quadro 18: Etapas da receita e da despesa 
 
Fonte: Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP (2011) 
 
 Assim, observamos que na administração pública conforme 
estabelecido pela STN (órgão central de contabilidade) as etapas da 
receita e da despesa são as mesmas. A diferença está nos estágios que 
estão dentro de cada etapa. 
 Algumas questões, porém, podem ainda trabalhar com os 
estágios da receita e da despesa antes da publicação do MCASP. O 
Quadro 19 mostra os estágios. 
 
Quadro 19: Estágios da receita e da despesa 
 
 
Observa-se que o Quadro 18 é mais completo que o Quadro 19, 
dessa forma, deve-se ter total atenção quanto à nomenclatura utiliza na 
prova. 
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10. (Cespe/TRF 1ª Região/2001/Analista Judiciário) As etapas a que se 
submetem as despesas, desde a fixação até seu pagamento, devem 
necessariamente observar a seguinte seqüência: 
a) empenho, licitação, ordem de pagamento, liquidação. 
b) licitação, liquidação, empenho, ordem de pagamento. 
c) empenho, licitação, liquidação, ordem de pagamento. 
d) licitação, empenho, ordem de pagamento, liquidação. 
e) licitação, empenho, liquidação, ordem de pagamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apesar da questão ser antiga e do Cespe ela traz a noção importante de 
que a licitação precede ao empenho conforme vimos no Quadro 18. 
Assim, a resposta correta é a letra E. 
 
10. ETAPAS/ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
 Vimos na seção anterior as etapas e os estágios da receita. A Figura 
10 ilustra a sequência desde a previsão até o recolhimento. 
Figura 10: Estágios da receita 
 
Fonte: MCASP (2013) 
 Um questionamento inicial e recorrente em provas é se o 
lançamento seria ou não um estágio da receita. Hoje não resta 
dúvida de que o lançamento é sim estágio da receita. Porém, ele não 
se aplica a todas as receitas. A figura 11 ilustra o entendimento do 
Manual Técnico do Orçamento (MTO). 
 
Figura 11: Estágios da receita 
 
Fonte: MTO (2014) 
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Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de 
receitas orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação não só das 
receitas que não foram previstas (não tendo, naturalmente, passado 
pela etapa da previsão), PDV�WDPEpP�GDV�TXH�QmR�IRUDP�³ODQoDGDV´��
como é o caso de uma doação em espécie recebida pelos entes públicos 
 
 
Previsão e lançamento são estágios da 
receita, porém nem todas as receitas 
passam por eles. 
 
10.1. Etapa de Planejamento 
Esta etapa compreende a previsão de arrecadação da receita 
orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual ± LOA, resultante de 
metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições 
constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal ± LRF. 
A previsão implica planejar e estimar a arrecadação das 
receitas orçamentárias que constarão na proposta orçamentária. 
Isso deverá ser realizado em conformidade com as normas técnicas e 
legais correlatas e, em especial, com as disposições constantes na Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF). 
Conforme a LRF as previsões de receita observarão as normas 
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na 
legislação, da variação do índice de preços, do crescimento 
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três 
anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se 
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. 
 
 
 
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No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas 
orçamentárias busca assimilar o comportamento da arrecadação de 
determinada receita em exercícios anteriores, a fim de projetá-la para o 
período seguinte,com o auxílio de modelos estatísticos e matemáticos. A 
busca deste modelo dependerá do comportamento da série histórica 
de arrecadação e de informações fornecidas pelos órgãos 
orçamentários ou unidades arrecadadoras envolvidos no processo. 
A previsão de receitas é a etapa que antecede à fixação do 
montante de despesas que irão constar nas leis de orçamento, além 
de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do 
governo. 
 
11. (FCC/TCM-AM/2008/ Analista de controle externo) No planejamento do 
orçamento-programa, a estimativa da receita baseia-se na 
a) arrecadação havida no exercício imediatamente anterior. 
b) receita executada nos dois últimos exercícios e na inflação projetada para 
o ano seguinte. 
c) arrecadação dos três últimos exercícios e no crescimento esperado para a 
economia. 
d) receita coletada nos três anos anteriores e no desempenho médio das 
receitas próprias. 
e) receita corrente, exclusivamente, pois a de capital é imprevisível. 
 
 
 
 
 
 
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11. (FCC/TCM-AM/2008/ Analista de controle externo) No planejamento do 
orçamento-programa, a estimativa da receita baseia-se na 
a) arrecadação havida no exercício imediatamente anterior. 
ERRADO, considera a arrecadação dos três exercícios anteriores. 
b) receita executada nos dois últimos exercícios e na inflação projetada 
para o ano seguinte. 
ERRADO, considera a arrecadação do três exercícios anteriores. 
c) arrecadação dos três últimos exercícios e no crescimento esperado para a 
economia. 
CERTO. 
d) receita coletada nos três anos anteriores e no desempenho médio das 
receitas próprias. 
ERRADO, considerarão a arrecadação do últimos três anos, da projeção 
para os dois seguintes àquele a que se referirem, da metodologia de 
cálculo , premissas utilizadas, e os efeitos das alterações na legislação, 
da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de 
qualquer outro fator relevante. 
e) receita corrente, exclusivamente, pois a de capital é imprevisível. 
ERRADO, ambas são passíveis de previsão. Exemplo: operações de 
crédito. 
 
10.2. Etapa de execução 
A realização da receita se dá em três estágios: o lançamento, a 
arrecadação e o recolhimento. 
10.2.1. Lançamento 
 O lançamento é o ato da repartição competente, que verifica a 
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e 
inscreve o débito desta5. O lançamento é uma atividade vinculada. 
 
 
 
5
 Art. 53º lei 4320/1964. 
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Por sua vez, para do Código Tributário Nacional, lançamento é o 
procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato 
gerador da obrigação correspondente, determina a matéria 
tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade 
cabível6. Uma vez ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro 
contábil do crédito tributário em favor da fazenda pública em 
contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa. 
Observa-se que, segundo o Código Tributário Nacional, a etapa de 
lançamento situa-se no contexto de constituição do crédito tributário, ou 
seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
Além disso, são objeto de lançamento os impostos diretos e as 
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou 
contrato7. 
Assim, autores como Giacomoni consideram que passam por esta 
fase (lançamento) as receitas provenientes de tributos ou 
derivadas. Segundo o autor as receitas originárias, não estão sujeitas a 
lançamento e ingressam diretamente no estágio da arrecadação. 
O Quadro 20 que contém as diferenças entre as receitas derivadas e 
receitas originárias. 
Quadro 20: Diferenças entre as receitas derivadas e receitas originárias 
Receitas 
públicas 
originárias 
Segundo a doutrina, são as arrecadadas por meio da 
exploração de atividades econômicas pela Administração 
Pública. Resultam, principalmente, de rendas do patrimônio 
mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços 
públicos, de prestação de serviços comerciais e de venda de 
produtos industriais ou agropecuários. 
Receitas 
públicas 
derivadas 
Segundo a doutrina, são as obtidas pelo poder público por 
meio da soberania estatal. Decorrem de norma constitucional 
ou legal e, por isso, são auferidas de forma impositiva, 
como, por exemplo, as receitas tributárias, as de contribuições 
especiais (profissionais, interventivas e sociais), empréstimos 
compulsórios. 
 
6
 Art. 142º lei 5.172/1966. 
7
 Art. 52º lei 4320/1964. 
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Por fim, relembro que lançamento é estágio da receita. Este 
estágio, porém, não se aplica a todas as receitas. 
 
12. (FCC/TJ-PA/2009/Analista Judiciário) Um funcionário da Secretaria 
de Fazenda de uma prefeitura determina a base de cálculo do Imposto 
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e a alíquota a ser 
aplicada no ano corrente, bem como identifica a pessoa devedora e 
inscreve o débito desta. Neste momento, a receita encontra-se em seu 
estágio de 
a) lançamento. 
b) arrecadação. 
c) previsão. 
d) adiantamento. 
e) liquidação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conforme vimos nesta seção, a resposta é correta é a alternativa A. 
 
10.2.2. Arrecadação 
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos 
contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores 
ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. 
Dessa forma, é neste estágio que o contribuinte quita suas 
obrigações junto ao estado por intermédio dos agentes arrecadadores 
ou bancos autorizados pelo ente. 
Segundo o art. 35 da Lei no 4.320/1964 pertencem ao exercício 
financeiro as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção 
do regime de caixa para o ingresso das receitas públicas. Ressalto, 
porém, que na visão do regime orçamentário o regime é misto: caixa para 
as receitas e de competência para as despesas (despesas legalmente 
empenhadas). 
 
10.2.3. Recolhimento 
É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do 
Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e 
programação financeira, observando-se o Princípio da Unidade de 
Tesouraria ou de Caixa, representado pelo controle centralizado dos 
recursos arrecadados em cada ente. 
 
 
 
 
 
 
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