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ESTENOSE MITRAL

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ESTENOSE MITRAL
EPIDEMIOLOGIA
Maioria de origem na doença cardíaca reumática. É três vezes mais comum em mulheres e geralmente desenvolve-se por volta doa 40 aos 50 anos.
FISIOPATOLOGIA
Na estenose mitral, a obstrução ao enchimento do VE aumenta a pressão atrial esquerda e produz um gradiente persistente entre o AE e o VE. A combinação da pressão atrial esquerda elevada (e a pressão venosa pulmonar) e a restrição de influxo dentro do VE limitam o débito cardíaco. Em aproximadamente um terço dos pacientes com estenose mitral, o desempenho da ejeção do VE é reduzido mesmo com a função muscular normal, devido a uma pré-carga reduzida (da obstrução ao influxo) e pós-carga aumentada como resultado de uma vasoconstrição reflexa causada pela redução do débito cardíaco. Conforme há agravamento da estenose mitral, desenvolve-se a falência ventricular direita (VD).
DIAGNÓSTICO
HISTÓRIA
Os pacientes com estenose mitral manifestam-se com sintomas típicos de falência cardíaca esquerda – dispneia aos esforços, ortopnéia e dispneia paroxística noturna. Conforme a doença progride e ocorre a insuficiência do VD, são comuns ascite e edema. Em alguns casos, o átrio esquerdo grande pode pressionar o nervo laríngeo recorrente, causando rouquidão (síndrome de Ortner), ou pode pressionar o esôfago, causando disfagia.
EXAME CLÍNICO
A B1 tipicamente é hiperfonética e pode ser o achado mais proeminente no exame clínico dessa doença. Uma B1 hiperfonética está presente porque o gradiente transmitral mantém a valva aberta durante a diástole até que a sístole ventricular feche a valva que se encontra completamente aberta com um som de fechamento intenso.
É o sopro que mais causa frêmito e é o mais fácil de auscultar. É meso-telo-diastólico, porque há maior pressão na contração atrial. Há sempre um intervalo entre B2 e o sopro.
Gera um ruflar diastólico de baixa frequência (tom grave)
AVALIAÇÃO NÃO INVASIVA
ECG – fibrilação atrial é comum. Se presente uma hipertensão pulmonar, frequentemente existem evidências de hipertrofia do VD.
Radiografia – O aumento do átrio esquerdo produz uma retificação da borda cardíaca esquerda e uma dupla densidade na borda cardíaca direita (Duplo Contorno) devido à combinação das silhuetas do átrio direito e do átrio esquerdo. Há o aparecimento do “Sinal da Bailarina” (abaulamento do brônquio esquerdo). As linhas B de Kerley, que representam um espessamento nos septos pulmonares devido ao engurgitamento venoso crônico, também podem ser observadas.
ECO – Padrão-ouro para confirmar o diagnóstico. Pode estabelecer o grau da estenose.
EVOLUÇÃO INVASIVA
CATETERISMO CARDÍACO
O cateterismo cardíaco geralmente é desnecessário para avaliar a gravidade da estenose mitral. Pelo fato de muitos pacientes com estenose mitral encontrarem-se em idade comum à presença de uma doença coronariana, geralmente realiza-se uma arteriografia coronariana no caso de antecipação da cirurgia cardíaca ou se o paciente tiver angina coexistente. Nestes casos, comumente realizam-se cateterismos do coração esquerdo e do coração direito para confirmação do gradiente transmitral e para o calcula da área valvar pela fórmula de Gorlin.

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