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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ÂNGELO FELIPE GURAK AMORELLI JEVERSON ZAVATTI HAISI PRICYLA CHWIST WILSON MENDES SEMINÁRIO DE METROLOGIA: MEDIÇÃO TRIDIMENSIONAL CURITIBA 2016 2 ÂNGELO FELIPE GURAK AMORELLI JEVERSON ZAVATTI HAISI PRICYLA STEPHANI CHWIST WILSON MENDES SEMINÁRIO DE METROLOGIA: MEDIÇÃO TRIDIMENSIONAL Relatório apresentado à disciplina Metrologia, do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Tuiuti, como parte dos requisitos necessários para a composição da nota do 1º bimestre. Professor Orientador: Paulo Lagos CURITIBA 2016 3 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - MMC ...................................................................................................... 07 FIGURA 2 – DIMENSÃO E DISTÂNCIA ................................................................... 08 FIGURA 3 - PROCESSAMENTOS GEOMÉTRICOS ................................................ 09 FIGURA 4 - MMC TIPO PÓRTICO ............................................................................ 11 FIGURA 5 – STRATO 766 ......................................................................................... 12 FIGURA 6 - ROMER Sigma. ..................................................................................... 13 FIGURA 7 - Zeiss Pro. ............................................................................................... 14 FIGURA 8 - ERROS GEOMÉTRICOS ...................................................................... 15 FIGURA 9 - APALPADOR ......................................................................................... 17 FIGURA 10 - PLANOS PRIMÁRIOS ......................................................................... 18 FIGURA 11 - PLANOS SECUNDÁRIOS ................................................................... 19 FIGURA 12 - PLANOS TERCIÁRIOS..................... ................................................... 20 FIGURA 13 - FONTES DE ERROS DAS MMCS ...................................................... 21 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5 2 MEDIÇÕES TRIDIMENSIONAIS E SUA IMPORTÂNCIA ................................. 6 3 MEDIÇÕES TRIDIMENSIONAIS: MÁQUINA DE MEDIR COORDENADAS ..... 7 4 MEDIÇÕES TRIDIMENSIONAIS: MECÂNISMOS DE MEDIÇÃO ................... 10 4.1 MMC TIPO PÓRTICO ....................................................................................... 10 4.2 MMC TIPO BRAÇO .......................................................................................... 12 4.3 MMC TIPO HASTE OU COLUNA ..................................................................... 13 5 MEDIÇÕES TRIDIMENSIONAIS:ESTRUTURAS DE MEDIÇÃO .................... 15 5.1 DEFINIÇÕES DA POSIÇÃO DA PEÇA POR SUAS RESTRIÇÕES ................. 17 5.2 ERROS NA MEDIÇÃO POR COORDENADAS TRIDIMENSIONAIS ............... 20 5.3 CONDIÇÕES PARA MEDIÇÃO POR COORDENADAS TRIDIMENSIONAIS .. 22 5.4 CONDIÇÕES PARA MEDIÇÃO POR COORDENADAS TRIDIMENSIONAIS - OPERADORES ........................................................................................................ 23 6 ESTRUTURAS DE MEDIÇÃO .......................................................................... 25 7 CONCLUSÃO ................................................................................................... 27 REFERENCIAS ......................................................................................................... 28 5 1 INTRODUÇÃO Este trabalho irá desenvolver conhecimentos sobre medições tridimensionais, os quais ao longo de alguns anos começaram a possuir um desenvolvimento tecnológico muito grande no processo de medição e exigências quanto à conformidade geométrica de componentes e sistemas mecânicos, resultando em especificações mais severas nos projetos atuais. Serão baseados em pesquisas e aplicações práticas, demonstrando a importância do conhecimento e elevado desemprenho funcional das mesmas, quais suas transformações depois de aplicado certas tipos de medição fazendo sua utilização correta. A aplicação da tridimensionalidade tornou-se viável com o desenvolvimento dos computadores e sistemas operacionais, trazendo em si as coordenadas, dispositivos e instrumentos específicos para esta medição. O desenvolvimento das maquinas tridimensionais, foi historicamente favorecido pela evolução destes sistemas, abordados como estudo principal sobre este seminário, apontando suas características e a grande flexibilidade dos resultados para as medições propostas. Palavras chaves: tridimensionais, medições, tecnológico. 6 2 MEDIÇÕES TRIDIMENSIONAIS E SUA IMPORTANCIA A aplicação racional da tecnologia de medição por coordenadas tridimensionais nos dias de hoje, passaram a aperfeiçoar o desempenho sob os computadores e softwares que passaram a ter também: enormes potencialidades matemáticas como as: Flexibilidades de comunicação e conexão com um processo de medição; Resistência a ambientes industriais, ambientes com controle climáticos; e Médio porte e alto custo. Na indústria, podem ser aplicados a um departamento especifico de metrologia, onde através de equipamentos comuns de medição, aplicam suas características de tridimensionalidade em maquinas de medição por coordenadas, está definido como a forma universal, com os dispositivos e instrumentos específicos, estes fazem as coordenadas de certos pontos sobre a peça ou o objeto a se controlar. Tais pontos são processados por computadores associados a estas maquinas, para a resolução dos parâmetros geométricos obtidos. O desenvolvimento das máquinas de medição tem extrema importância no deslocamento por meio eletrônico, oque viabilizam a qualidade e a integração com os sistemas automatizados de fabricação. Chamados de (MMC), as maquinas possuem características e flexibilidades exatas para as medições dos dias atuais em projetos pré-definidos. 7 3 MEDIÇÕES TRIDIMENSIONAIS: MAQUÍNA DE MEDIR COORDENADAS A medição tridimensional por coordenadas, feita através de maquinas de medir por coordenadas (MMC), se deslocam através da peça ou objeto sendo possível conhecer a posição que um elemento localizador ocupa dentro do espaço de trabalho da maquina atuante. Esse espaço de trabalho opera através de um localizador, dados por princípios eletromecânicos e articulados, chamados de apalpador. Este é um dos primeiros pontos de critério a medição tridimensional, o apalpador relaciona o ponto de contato do seu sensor de captação com a peça, isso de para a um ponto de referencia que é conhecido dentro de um sistema de coordenadas pré-definidas. A figura 01 a seguir demonstra os componentes da maquina de coordenadas (MMC), de uma forma geral, apontadas de forma macro a sua interface. FIGURA 01 - MMC Fonte: Próprio Autor, 2016. Apresentado sua interface, o funcionamento e suas condições se devem a determinação das coordenadas de pontos sobre a peça e servem de base para a determinação dos parâmetros de elementos geométricos como a dimensão, forma e 8 posição como, por exemplo, a distância entre superfícies, o diâmetro e a posição de um círculo, e outros. FIGURA 02 – DIMENSÃO E DISTÂNCIA Fonte: Próprio Autor, 2016. A determinação e o comprimento de um bloco prismático, se da a partir daavaliação das coordenadas e dos pontos sobre as faces extremas. O cálculo do comprimento é bastante simples se o bloco estiver posicionado paralelamente a um dos eixos coordenados, tornando-se mais trabalhosa a obtenção do resultado caso a posição do bloco seja aleatória no espaço. Para determinar o diâmetro de um círculo, é necessária a obtenção das coordenadas de três pontos deste círculo. A operação de cálculo relativa a uma posição espacial qualquer é bem mais complexa do que aquela para o círculo contido em plano paralelo a um dos planos definidos por dois eixos coordenados. Nos dois casos, a matemática pré-estabelecida, precisa ser confiável com o emprego de um computador ou calculadora para efetuar o processamento destas coordenadas a serem aplicadas. A figura 03 a seguir, mostra recursos básicos de processamento geométricos usualmente encontrados em sistemas computadorizados. Os cálculos, em geral, não se baseiam exatamente nos pontos de contato do sensor com a peça, mas sim nas posições dos centros do sensor após o contato, e na compensação do seu raio conforme condições específicas de cada tipo de elemento medido. 9 FIGURA 03 - PROCESSAMENTOS GEOMÉTRICOS Fonte: Próprio Autor, 2016. 10 4 MEDIÇÕES TRIDIMENSIONAIS: MECÂNISMOS DE MEDIÇÃO Os mecanismos de medição da MMC auxiliam para os cálculos de comprimentos, distâncias entre eixos, diâmetros, ângulos, desvios de planicidade e todos os outros parâmetros geométricos. Estes são feitos a partir de uma matemática já pré-definida pelo fornecedor do componente ou objeto, onde em sua fase de projeto, são definidos os limites e tolerâncias, assim esta matemática de coordenadas de pontos medidos em relação a um sistema coordenado é definida pela máquina de medir juntamente com os pontos definidos para medição. A construção de uma máquina universal de medição tridimensional é dada a partir da capacitação de operá-la três coordenadas lineares ortogonais. No entanto, a eficiência é aumentada significativamente, se houver à disposição o recurso do movimento angular em um dos planos coordenados, especialmente tratando-se de peças simétricas de rotação, como engrenagens, discos de cames, entre outros. Estas para o caso de maquinas com uma maior tecnologia de rotações sobre o plano, e definidas para cada tipo de necessidades necessárias. . Podemos dizer que a forma construtiva esta diretamente relacionada com o volume de medição, a área de acesso para a peça, a incerteza de medição e algumas vezes com a própria tecnologia acumulada por certo fabricante. As maquinas de medição podem ser divididas em três tipos em uma analise macro, como: MMC tipo pórtico; MMC tipo braço; MMC tipo haste ou coluna; Cada um dos fabricantes em geral, equipam e utilizam cada tipo para uma melhor aplicabilidade, característica, custo e beneficio, entre outros fatores. 4.1 MMC TIPO PÓRTICO As maquinas do tipo pórtico apresentam medições com uma melhor resposta contra os agentes externos que acabam prejudicando e elevam os erros e incertezas de medição. Possuindo características de estrutura, possuem vantagens devido a sua estabilidade mecânica, mesmo possuindo uma estrutura mais comum em comparação a outros tipos. Também são chamados de “pontes moveis” ou “braços 11 horizontais”, a aplicação deste tipo de maquina é geralmente no ramo automotivo, devido sua resposta, volume de medição, custo beneficio e simplicidade nos pontos de medição. Os projetos de construção de maquinas de medição do tipo pórtico apresentam varias interfaces diferentes, porem com alguns conceitos que podem variar sob a sua estruturação. Na figura 04 seguem alguns modelos de MMC do tipo pórtico como a ponte em forma de “L”, de ponte fixa e do tipo pórtico comum: FIGURA 04 - MMC TIPO PÓRTICO Fonte: Interemprezi, 2007. Os fabricantes em geral equipam suas máquinas com mancais pneumáticos, embora sejam encontradas algumas máquinas guarnecidas com guias de roletes ou esferas recirculantes nos modelos mais antigos. Os mancais pneumáticos permitem um movimento com mínimo de atrito, favorecendo alcançar elevado nível de precisão para a maquina. A MMC do tipo pórtico em geral possuem três partes de movimento, dentre os eixos x, y e z, e são descritos nas partes abaixo: Ponte: é a parte onde ocorrem os movimentos de translação no eixo x, por um movimento do pórtico ou pelo movimento entre a mesa de medição. Carro: é onde ocorrem os movimentos transversais no eixo y, e onde ficam também localizado o braço da maquina. Braço e Apalpador: é onde ocorrem os movimentos verticais no eixo z, dado aonde o braço se situa o apalpador, composto pela cabeça de medição, haste e esfera de apalpação ou também chamado de apalpador. Dentre os tipos de MMC´s, o tipo pórtico é o mais utilizado dentre as indústrias de segmentos automotivos, pelo fato de seu custo-benefício em relação ao atender os requisitos de medição na grande maioria das peças, com grandes 12 velocidades, precisões de repetitividade e exatidão sobre as medições. Outro fator relevante e que leva inúmeras vantagens para este tipo de MMC é a possibilidade de automatizar este tipo de maquina a uma linha de produção, operando juntamente como qualidade interna e externa dependendo também de seus erros de medição. As incertezas de medição ou também chamados de erros, podem ser exemplificados por um modelo de maquina da Mitutoyo (STRATO 766), esta conforme pesquisas bibliográficas e descrições do fornecedor apresentam a melhor incerteza de medição do tipo pórtico operando seus fatores entre, 3,5 e 3,2 µm (micrômetro %). A figura 05 a seguir demostra o modelo descrito: FIGURA 05 - STRATO 766. Fonte: Mitutoyo, 2005. 4.2 MMC TIPO BRAÇO As maquinas do tipo braço apresentam medições chamadas de portáteis, com seus brações de medição 3D. Estes braços são articulados em até oito eixos em seu grau de liberdade para medição, oque permite trabalhos com uma grande liberdade de movimentos e acessibilidade em diversos pontos de medição. Sua aplicação nos dias atuais está em grande parte em medições no chão de fabrica e 13 algumas peças com grandes dimensões, operando também como o tipo pórtico com incertezas de medições. Podem ser exemplificado por um modelo de braço da HEXAGON, chamado de “ROMER Sigma”, este tem aplicações para medição de tubos, chapas, carroçarias, peças de médio porte, entre outros. O conceito deste equipamento é levar a máquina de medição por coordenadas (MMC) até a peça e não o contrário. O modelo é destinado a clientes que se preocupam com a qualidade da medição, pois apresentam uma exatidão de medição superior e que não só é utilizado para Inspeção como também para Engenharia Reversa através de contato ou sem contato com o uso de um escaner. Este conforme pesquisas bibliográficas e descrições do fornecedor apresentam incertezas de medição medias, operando seus fatores entre, 0,010 e 0,018 µm (micrômetro %). A figura 06 a seguir demostra o modelo descrito: FIGURA 06 - ROMER Sigma. Fonte: Hexagon Metrology, 2009. 4.3 MMC TIPO HASTE OU COLUNA As maquinas do tipo haste ou coluna apresentam medições quase diretamente ligadas à produtividade em um pré-determinado processos, a MMC do 14 tipo haste apresenta velocidades rápidas de medição, podem com uma faixa muito elevada de incertezas e erros, tendo em comparação os outros tipos de maquinas. Este conforme pesquisas bibliográficas e descrições do fornecedor apresentam incertezas de medição medias, operandoseus fatores entre, 80 µm (micrômetro %). A figura 07 a seguir demostra um modelo de maquina de medição tipo haste descrito: FIGURA 07 - Zeiss Pro. Fonte: Mecalux Metrology, 2005. O modelo exemplificado é apropriado para medições de série experimental em análise, bem como primeiras amostras dos projetos, podem com limitações e como ideais para a medição de modelos em "cubos", entre outros. 15 5 MEDIÇÕES TRIDIMENSIONAIS: ESTRUTURAS DE MEDIÇÃO Dentro das estruturas de medição, se faz uma analise para pos sistemas de deslizamento ou de movimentação que apresentam a necessidade de ter retilineidade, ortogonalidade e planicidade para as guias que fazem o deslizamento, a rigidez estática e dinâmica e minimização das folgas e desgastes. Para atender às necessidades acima, várias soluções atualmente são possíveis, como, movimentação por guias lineares, movimentação por colchão de ar, usinagem de alta precisão, entre outras. Assim todas estas soluções devem primeiramente apresentar um projeto satisfatório e eficaz e ser acompanhadas de um rigoroso procedimento de montagem. Além do sistema de movimentação, a estrutura é outro fator que deve ser levado em consideração, devido a sua deflexão ou deformação em função da própria massa do sistema e, no caso da barra superior MMC tipo pórtico visto nos exemplos acima, está é acrescida da massa do carro, essa estrutura que se movimenta sobre o eixo Y, que causa tensões, momentos e reações. Para analisar o efeito destas incertezas na estrutura, são utilizados softwares que através de métodos de elementos finitos como citados nas pesquisas bibliograficas, são os que “realizam simulações dos impactos dos esforços no conjunto”. Orrego, R.M. et al. (2000). Em uma MMC, os erros geométricos pertencentes ou que causam influência na estrutura, são os que mais impactam na exatidão das máquinas, assim como mostra a figura 08. FIGURA 08 - ERROS GEOMETRICOS. Fonte: ORREGO R.M., 2000. 16 Os erros citados na figura acima se devem a falta de parâmetros geométricos do carro de movimento sobre a mesa de medição na direção y. Quando combinados, os três eixos de uma máquina de medir, geram muitos erros, totalizando por uma media entre dezessete e dezoito erros paramétricos que somados com os outros três não paramétricos que são os, erros de ortogonalidade entre os eixos da máquina, totalizando vinte e um erros geométricos. A natureza sistemática dos erros geométricos citados nas pesquisas bibliograficas, são os que “permite sua correção ou compensação através de programas computacionais, o que melhora a exatidão das máquinas”, Orrego, R.M. et al. (2000). Fazendo esta analise, nas máquinas de medição por coordenadas é utilizado um sistema apalpador, encarregado de tomar os pontos coordenados sobre a superfície da peça que está sendo medida. Este é o componente mais crítico do sistema de medição. Inicialmente, dispunha-se somente de apalpadores rígidos, porem com o passar do tempo desenvolveu-se sistemas eletromecânicos, touch-trigger, e atualmente, sistemas mais modernos que têm princípios de funcionamento baseados em cristais, que agilizam e ampliam o uso das máquinas reduzindo as incertezas a níveis imperceptíveis das MMC´s. Os exemplos citados acima dizem respeito a apalpadores por contato, mas outro tipo de apalpador é aquele que utiliza princípios ópticos ou optoeletrônicos que fazem uma triangulação, reflexão, ou processamento de imagens para determinar os pontos coordenados. As incertezas devido ao sistema de apalpação, por contato ou óptico, podem ser compensados e corrigidos através de programas computacionais como citado acima na sua estrutura de erros geométricos. Um apalpador é composto de três principais partes: • Corpo: é onde estão localizados as partes móveis e sensores; • Haste: pequeno eixo rígido e leve produzido em aço, fibra de carbono ou cerâmica; • Ponta: geralmente na forma de uma esfera sendo a parte que faz contado com a peça a ser medida. Assim como mostra a figura 09. 17 FIGURA 09 - APALPADOR. Fonte: M.CAVACO, 2002. Os métodos para obtenção das coordenadas de um ponto no instante de medição, apontados pelo apalpadot, são os dois tipos citados a seguir: Método diferencial, onde consiste na associação dos valores indicados por um apalpador medidor com os valores coordenados das escalas da máquina após o contato com a peça; Método absoluto, onde as coordenadas da máquina são adquiridas no instante da emissão do sinal de comutação de um apalpador comutador ou em uma condição pré-definida de deflexão de um apalpador medidor. Assim, observa-se que as medições feitas pelo método diferencial são estáticas, ao passo que com o método absoluto elas são dinâmicas. 5.1 DEFINIÇÕES DA POSIÇÃO DA PEÇA POR SUAS RESTRIÇÕES Dentre os metodos e incertezas, o entendimento das definições da posição da peça e restrições, se da apartir de processamentos matemáticos realizados pelo software de medição para gerar o sistema de coordenadas da peça. O alinhamento da peça na máquina de medir por coordenadas tem o mesmo objetivo do trabalho realizado acima, mas utilizando uma estratégia matemática em vez de construir um dispositivo físico. Estes alinhamentos chamados de primários, secundários e terciários, se iniciam através da apalpação. 18 O primário tem como procedimento a apalpação de um mínimo de 3 pontos sobre uma das faces planas da peça, como o objetivo de gerar um plano que irá restringir 3 graus de liberdade do sistema de coordenadas da peça. Com isso, o software da máquina conhece em que nível a peça se encontra, mas isso é insuficiente para determinar a sua posição de forma completa, pois ainda existem os outros 3 graus de liberdade a restringir no sistema de coordenadas da peça. Esse procedimento é comumente conhecido como o nivelamento da peça, e o plano gerado com os 3 pontos é chamado de plano primário da figura 10 a seguir. FIGURA 10 - PLANOS PRIMARIOS Fonte: FORMA3D, 2014. Alguns softwares de medição definem o eixo primário sempre no mesmo sentido do eixo da máquina. Outros softwares de medição definem o sentido do eixo primário em função do sentido de tomada dos pontos, adotando a regra da mão direita. Ou seja, se os pontos são tomados em sentido anti-horário, o eixo primário sai do plano primário. Se os pontos são tomados em sentido horário, o eixo entra no plano primário. Já no secundário, ele restringe mais 2 graus de liberdade desse sistema de coordenadas local, gerando uma linha utilizando a geometria da peça e, nesse bloco, as instruções contidas no desenho indicam que essa linha deve ser gerada na lateral frontal da peça. Para isso, são tomados no mínimo 2 pontos nessa lateral e, com isso, o software de medição calcula uma linha de referência e, com ela, define este plano secundário, como mostra a figura 11. 19 FIGURA 11 - PLANOS SECUNDARIOS Fonte: FORMA3D, 2014. Esta linha de referência restringe mais 2 graus de liberdade e já define a orientação espacial do sistema de coordenadas da peça. Um dos eixos é alinhado com essa linha de referência e o software da máquina sabendo em que nível e orientação a peça se encontra. O ultimo e levado como orientação de espaço é o terciário, que para definir a origem do sistema de coordenadas é suficiente esse ponto que, nesse caso, é tocado na face lateral dos objetos. Uma vez tomado o ponto, o software de medição cria o plano terciário e restringe todos os graus de liberdade do sistema de coordenadasda peça. Esse sistema de coordenadas terá a sua origem na intersecção dos três planos apalpados. Assim para exatidão das medições e acompanhamento sobre os erros citados a seguir, os pontos de orientação, devem ser exatos e com centralidade sobre os seus eixos respectivos. A figura 12 abaixo demostra o terceiro plano no espaço, e a origem para as coordenadas do sistema. 20 FIGURA 12 - PLANOS TERCIARIOS Fonte: FORMA3D, 2014. 5.2 ERROS NA MEDIÇÃO POR COORDENADAS TRIDIMENSIONAIS Para exatidão das medições tridimensionais os componentes e as maquinas são demandadas por confiabilidade, velocidade e ainda sejam econômicas, para assim fornecer o máximo de flexibilidade em relação ao ambiente operacional das mesmas e relativamente insuscetíveis ao ambiente de trabalho, por isso conhecer os erros sistemáticos destes equipamentos para assim minimizá-los dentro do seu processo de estruturação. Essa estruturação na MMC´s são sistemas de medição que apresentam erros como qualquer outro sistema, assim os erros geométricos têm sua origem em imperfeições na fabricação e montagem dos componentes mecânicos, tais como, mesas, escalas, guias, mancais e rolamentos. Essas causas conduzem aos chamados erros paramétricos, estes estão relacionados ao movimento das guias da MMC em um modelo de corpo rígido. As fontes de erros se dividem em específicas e não específicas. As principais fontes de erros estão agrupadas, sob os aspectos e impactos da maquina de medir por coordenadas, o seu ambiente de trabalho e processamento, fatores que influenciam sob as peças de medição e ambientação e erros perante a operação de fator humano e outros fatores externos não relevantes a esta analise, como demonstra na figura 13 a seguir: 21 FIGURA 13 - FONTES DE ERROS DAS MMCS. Fonte: André R. Sousa, do CEFET/SC, 2007. No ambiente de trabalho de uma MMC, fatores como: a variação temporal da temperatura de operação, a umidade do ar, as vibrações externas transmitidas à MMC, a presença de impurezas na peça ou na MMC, são críticos para a confiabilidade do resultado de medição, pois estes têm grande influência nos resultados, por consequência, contribuem para o aumento da incerteza das medições. Uma possível solução para minimização destes erros sistemáticos é o encapsulamento da MMC em salas com controle de temperatura, como já apresentados em varias empresas, sob um ambiente controlado como um departamento especifico da metrologia onde ficam alocadas estas maquinas. Segundo as pesquisas bibliográficas alguns fatores que influenciam a exatidão na medição por coordenadas devido à temperatura são: • Diferença da temperatura entre peça e as escalas quando não compensadas; • Problemas com a medição da temperatura da peça: entre outras influências de mudanças da temperatura; 22 • Forma de compensar a temperatura da máquina durante a calibração da máquina e ao operá-la; • Rápidas mudanças da distribuição da temperatura; • Peças com coeficiente de dilatação térmica desconhecida. Os requisitos como a temperatura de referência de 23°C+/-5ºC, a estabilidade da temperatura é um fator essencial na medição enquanto for realizada o que garante a confiabilidade das medições. 5.3 CONDIÇÕES PARA MEDIÇÃO POR COORDENADAS TRIDIMENSIONAIS Na necessidade de um controle mais rápido para aumentar a competitividade, Muitas empresas optam por procedimentos mais simples que estabelecem poucos pontos de medição nas condições para determinar a geometria da peça, isto quando a medição é ponto a ponto. Então, o metrologista deve ter o conhecimento adequado para saber como a geometria da peça se desvia da forma teoricamente perfeita, para assim determinar o procedimento mais adequado. A operação do é feita a partir de um software, onde esta mede no local desejado fazendo quantas medições forem necessárias, aconselhasse fazer no mínimo três medições para que o programa calcule as médias automaticamente. Terminadas as medições do primeiro ponto, utiliza-se o botão de troca de ponto (ponto A, ponto B) para indicar para o sistema que o próximo ponto a ser medido é diferente. O software também calcula automaticamente a distância entre os dois pontos medidos nas respectivas direções (X, Y ou Z), e tem à disposição uma placa de aquisição de dados onde são gerados os pontos de medição. Como mencionado no item anterior, existe uma grande dificuldade de se calcular as incertezas das medições, isto é devido à característica de uma MMC que é utilizada como um equipamento para múltiplas tarefas com um grande número de contribuições para a incerteza e a sua complexa propagação. Segundo a pesquisa bibliográfica o autor VIM, 1976, descreve pontos utilizados e criteriosos, para estas características de medição: A incerteza de medição compreende componentes provenientes de efeitos sistemáticos, tais como componentes associadas a correções e valores designados a padrões, assim como a incerteza definicional, que é a componente da incerteza de medição que resulta da quantidade finita de 23 detalhes na definição de um mensurando. Algumas vezes não são corrigidos os efeitos sistemáticos estimados; em vez disso são incorporadas componentes de incerteza associadas. O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio-padrão denominado incerteza de medição padrão (ou um de seus múltiplos) ou a metade de um intervalo tendo uma probabilidade de abrangência determinada. A incerteza de medição geralmente engloba muitas componentes. Algumas delas podem ser estimadas por uma avaliação da incerteza de medição, a partir da distribuição estatística dos valores provenientes de séries de medições e podem ser caracterizadas por desvios-padrão. As outras componentes, as quais podem ser estimadas por uma avaliação da incerteza de medição, podem também ser caracterizadas por desvios- padrão estimados a partir de funções de densidade de probabilidade baseadas na experiência ou em outras informações. Geralmente para um dado conjunto de informações, subentende-se que a incerteza de medição está associada a um determinado valor atribuído ao mensurando. Uma modificação deste valor resulta numa modificação da incerteza associada. 5.4 CONDIÇÕES PARA MEDIÇÃO POR COORDENADAS TRIDIMENSIONAIS - OPERADORES Os operadores, enquanto executores das tarefas de medição terão pouca ou nenhuma influência sobre os resultados de medição, por se tratar de uma maquina de medição. Porem quando o operado é mencionado como fator de influência sobre os resultados de medição, atrelado aos erros de medição, geralmente se está referindo ao recurso humano responsável pela definição das estratégias de medição e avaliação do desempenho metrológico do processo de medição. O conhecimento técnico especializado requerido do operador de medição por coordenadas, responsável por planejar a medição e avaliar o processo e seus resultados, vai muito além da proficiência em operar o equipamento. Para alcançar o rendimento máximo do equipamento, sem superar os critérios de aceitação do processo de medição para cada tarefa específica de medição, são necessários conhecimentos técnicos em distintas áreas. 24 Desta forma, os erros sobre o operador envolvem: Que o operador enquanto planejador e avaliador dos processos de medição por coordenadas é uma peça-chave para assegurar o uso eficaz dos equipamentos de medição. Os investimentos feitos de forma isolada em equipamento e ambiente podem não trazer o retorno esperado em termos de desempenho metrológico dos processosde medição por coordenadas. 25 6 ESTRUTURAS DE MEDIÇÃO Dentro de estrutura de medição, as operações de nivelamento e alinhamento da peça em relação aos eixos coordenados da máquina tornam-se consideravelmente simples e rápidas com o uso do computador, pois não é necessário realizá-las fisicamente, trazendo o computador e seu programa que compensam estas posições. Esses contextos de alinhamento sobre a medição é uma tarefa essencial para assegurar a qualidade de um produto durante todo o seu ciclo de vida. As medições realizadas no contexto do desenvolvimento e validação do processo de produção de um produto geralmente requerem o mais alto desempenho metrológico possível. Isto se dá pelo fato do custo por falhas ocorridas nas etapas iniciais da vida de um produto não detectadas e não corrigidas antes de seu lançamento, tornam-se, por via de regra, elevados e impactantes. Portanto, nessa etapa os sistemas de medição devem apresentar alta exatidão enquanto os procedimentos de medição tendem a ser mais elaborados e mais robustos sem ser afetada pelos erros citados acima. Após o lançamento da linha de produção, as medições passam a ser realizada para o controle e avaliação da produção, situação em que, de forma geral, são empregados sistemas de medição e procedimentos adequados à realidade da mesma. Neste contexto, os procedimentos de medição geralmente são definidos de modo a se obter o menor tempo de medição possível, em detrimento da confiabilidade das medições. A confirmação metrológica depende do critério de aceitação adotado para o processo de medição, que por sua vez depende da aplicação a que se destinam as medições. As principais atividades da garantia da qualidade relacionadas ao controle dimensional de peças de linha de produção são a avaliação da conformidade do produto, o controle estatístico e a avaliação da capacidade dos processos de produção. Oque traz a suas vantagens e desvantagens em relação aos outros tipos de medições, uma desvantagem apontada a certa das MMC´s são devido ao seu custo elevado em paises subdesenvolvidos, porem nos países desenvolvidos, onde a mão de obra tem um custo tambem muito elevado, fazem com que a medição de 26 uma peça com certo grau de complexidade sejam significativamente mais econômicas com uma MMC do que com a aplicação da instrumentação clássica. Na avaliação comparativa dos custos, devem ser considerados aspectos como: custo do investimento, depreciação, custo da área de trabalho, facilidade para preparação da medição softwares e programas de auxilio ao processamento de dados, tempo de medição, tempo de processamento, manutenção dos sistemas e assistência pós-venda, tamanho dos lotes de medição, capacidade de comunicação com outros sistemas computacionais, a troca de dados, implementação de relatorios, mão de obra expecializada, entre outros aspectos. Nesta avaliação percebeu-se tambem que não devem ser computadas no estudo econômico sobre as vantagens para o sistema produtivo vindo de um tempo de controle bastante reduzido, especialmente, quando se trata de verificação de peças ponta de série, com a finalidade de checar a regulagem das máquinas e peças com uma pré validação definida. Outro aspecto favorável com suas vantagens, e difícil de se apontar financeiramente, é a possibilidade de solucionar problemas metrológicos de difícil solução com os recursos clássicos. A implantação de um sistema de medição por coordenadas exige um estudo econômico aprofundado sob o aspecto produtivo, necessidade de implantação deste sistema e uma adaptação conveniente do sistema de controle de qualidade , como no caso dos departamentos de engenharia especificações em desenhos, por exemplo. No intuito de racionalizar a produção e de garantir a qualidade dos produtos em todos os aspectos apontados neste seminario, existe a necessidade de se identificar os erros geométricos das peças o mais cedo possível, o que exige um alto grau de automatização e flexibilidade dos sistemas de medição e controle dentro das suas estruturas de medição levando suas vantagens e desvantagens. 27 3 CONCLUSÃO A utilização das máquinas de medir por coordenadas é cada vez mais frequente nas empresas com qualidade que se esperam asseguradas em sua produção. A tecnologia de medição por coordenadas é de extrema sofisticação e requer atenção em uma série de aspectos, trazendo formas sob sua detecção e a análise de erros sistemáticos de medição e fazem estratégias para obtenção de medições pertinentes e confiáveis sob estes parâmetros. Através das pesquisas realizadas sobre as MMCs, foi possível identificar que os usuários e fabricantes de maneira geral têm preocupações com a rastreabilidade de seus equipamentos, pois calibram estes periodicamente em laboratórios acreditados para tal serviço de medição. Porém, comprovou a necessidade da realização de verificações intermediárias, realizada através de artefatos convencionais e outros com geometrias mais complexas para simular tarefas de medição de forma rotineira como os desvios padrões que ocorrem durante todo o processo, assim, com o objetivo de detectar erros sistemáticos ou problemas de funcionamento das MMCs antes do término da periodicidade da calibração. Finalmente, uma questão importante e fundamental que se observa após a realização deste trabalho é a necessidade de conscientização dos setores industriais de que a metrologia, em específico a metrologia por coordenadas, não se resume a ter equipamentos de alta exatidão e sim entender toda sistemática envolvida na sua utilização, principalmente nos erros inerentes ao próprio equipamento e ao uso inadequado do mesmo, gerando resultados equivocados que podem comprometer toda uma linha de produção. Ressalta-se a importância da calibração, da verificação intermediária e da qualificação dos profissionais, para garantir assim a confiabilidade metrológica dos produtos. O desenvolvimento das máquinas de medição sobre a produção de objetos em série tem extrema importância no deslocamento por meio eletrônico, oque viabilizam a qualidade e a integração das medições padronizadas. Este como instrumento da futura parte da metrologia como meio exato e mais confiável dentre as técnicas de medições existentes. 28 REFERENCIAS BEREZA, Eduardo Marcelo; MANEIRA, Franklin; PIOVESANA, Tiago Sotti. Máquina de Medição Tridimensional Didática – MMTD – Tipo Pórtico. Curitiba. Disponível em: <http://www.expounimedcuritiba.com.br/painelgpa/uploads/imagens/files/EngMecani ca/TCC/2007/MÁQUINA%20DE%20MEDIÇÃO%20TRIDIMENSIONAL%20DIDÁTIC A%20MMTD%20TIPO%20PÓRTICO.pdf>. Acesso em: 16 de agosto de 2016. CHAGAS, Marcio dos Santos; CASTRO, Rosenval; PEREIRA, Sergio. Sistema de medições por coordenadas. Faculdade Metropolitana de Camaçari – FAMEC. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgn14AI/sistema-medicao- por-coordenadas>. Acesso em: 19 de agosto de 2016. INTEREMPRESAS. Estudio acerca de las maquinas medidoras por coordenadas MMC. Universidade Pública de Navarra. 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