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Imunologia: Hematopoiese

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2ª aula: Hematopoiese – Imunologia 1ª AVD
Imunologia é a ciência que estuda o sistema imunológico, como o corpo humano responde contra um agente agressor. É fundamental nesse processo de responder o indivíduo saber que o seu sistema imune tem que ser capaz de reconhecer os próprios componentes, que são de sua estrutura, e diferenciar os componentes que não nos pertence, que seria o componente não próprio ou estranho, também chamado de antígeno. Esse antígeno poderá ser uma substancia ou um microrganismo que o sistema imunológico reconheça com um corpo estranho.
Divide se essa resposta em inata (defesa natural) e adaptativa (defesa especifica adquirida a partir do contato com a estrutura antigênica). A imunidade adaptativa por ser especifica, ela tem um efeito, uma eficácia maior, podendo ser memorizada no seu organismo – e ela é dividida em ativa (o seu sistema imunológico quem produziu) e passiva (você recebeu de outro indivíduo, de outro ser vivo).
Essa reposta imunológica vai ser dada a partir do momento que você reconhece a invasão antigênica; essas células na grande maioria estarão circulantes no sangue e na linfa, mas eu também está presente em todos os tecidos corporais. Então a célula tem que ser capaz de reconhecer a invasão antigênica, ativar e tentar combater esse processo. Sempre a imunidade inata vai ser ativada primeiro porque é a defesa natural, caso ela não consiga resolver o problema, ela vai ativar a imunidade adaptativa da qual serei capaz de armazenar essa informação.
(Estudo das células da imunidade inata e da adaptativa e o que cada uma produz)
Hematopoiese: formação do tecido sanguíneo
Por que hematopoiese? Porque a grande maioria das células de defesa estarão concentradas no sangue. Independentemente de estar no sangue ou não, todas as células do sistema imune precisam passar pela corrente sanguínea, então ela fica ali fixada – ela faz o processo imigratório para o tecido, mas antes precisa passar pelo sangue. Então o que liga a sua formação pela medula óssea a sua estruturação ou no sangue, ou no próprio tecido é a corrente sanguínea.
Características que formam respostas imunológicas determinando a qual imunidade cada uma pertence: percepção através de situação, capacidade que o sistema imune tem de reconhecer a porta de entrada de um antígeno na invasão antigênica, diversidade, capacidade de reproduzir várias respostas a estímulos distintos ao mesmo tempo ou a um de cada vez, autorregulação, capacidade de regular a sua ação.
Resumindo, o sistema imunológico funciona independente de qualquer outro sistema; ele não é comandado pelo sistema nervoso. Todos os sistemas do corpo humano são comandados pelo sistema nervoso com exceção do sistema imunológico.
Diferenciação entre o próprio e o não-próprio, e a capacidade de reconhecer um corpo estranho - essa característica se apresentar um comprometimento no nosso organismo, o indivíduo irá produzir uma doença chamada autoimune, ou seja, vai desenvolver o que chamamos de tolerância imunológica: que é a capacidade de não diferenciar o próprio do não-próprio. Então produz-se uma doença autodestrutiva, e essa doença não terá cura. O seu sistema imune olha para alguma parte do seu corpo e diz que é um corpo estranho. Pode acontecer a qualquer um, a qualquer momento e não é hereditário; você pode até ter um pré-disposição hereditária, mas é uma doença de distúrbio de reconhecimento pelo sistema imunológico. 
Especificidade quando você produz uma resposta especifica pertencente somente a adaptativa, e se eu produzo a resposta especifica, eu sou capaz de armazenar, memorizar essa informação, que também é uma característica exclusiva da adaptativa.
Onde acontece o sistema hematopoiético? Na medula óssea.
A medula óssea recebe esse nome porque – medula: centro e óssea: de todos os ossos, principalmente os ossos longos, planos e chatos.
Lá na medula óssea eu tenho uma célula chamada Stem cell (célula tronco hematopoiética pluripotente). Por que recebe esse nome? Célula que vai formar caminhos distintos com funções diferentes no sangue; potencias no sangue. Então todas as células que são encontradas no sangue vêm de uma única célula progenitora que é a célula tronco.
Estudamos ela hoje principalmente na reconstrução de estrutura neuronal – Parkinson, Alzheimer e até lesão de pacientes com paraplegia e tetraplegia. A célula tronco consegue construir, desenvolver qualquer célula do corpo humano. Todas as células são originadas da célula tronco.
Quando o feto já está todo pronto por ex., a partir do quinto mês do processo gestacional, ele começa então a produzir só célula tronco para repor a estrutura sanguínea – estrutura de plaqueta, célula eritrocítica, hemácia e células de defesa. Mas até a formação fetal todas as células vêm da célula tronco; por isso que no projeto genoma a construção de uma clonagem humana vem de estudos de uma célula embrionária – a célula embrionária é a célula tronco embrionária de um embrião que será capaz de formar qualquer tecido do indivíduo. Essa capacidade regeneradora de formar qualquer tecido vai sendo perdida pela idade da célula tronco. Então uma célula embrionária forma qualquer tecido, já uma célula fetal de quando o bebe nasce já não forma todos os tecidos. Uma célula tronco de um adulto já forma tecidos menores do que esse feto – então de acordo com a idade, a estrutura celular muda o seu processo de transformação, ela perde essa capacidade.
Essa célula tronco está na medula óssea, e ela poderá seguir dois caminhos diferentes (NÃO É DIVISÃO CELULAR – OU ELA VAI SEGUIR UM CAMINHO, OU ELA VAI SER SEGUIR OUTRO CAMINHO) – quem determina o caminho que irá seguir é o próprio sistema imunológico, porque ele é auto regulável: ele entende o que está faltando na periferia, o que está faltando na corrente sanguínea. Então essa célula tronco poderá se diferenciar e formar:
Progenitor linfoide 
Progenitor Mieloide.
O progenitor Linfoide poderá apresentar 3 caminhos, diferenciações distintas:
Permanecer na própria medula óssea e formar uma célula chamada Linfócito B.
Isso porque ele terá a opção de migrar para o Timo que é um órgão localizado na caixa torácica, acima do coração, entre o pulmão direito e o esquerdo, próximo do esterno. Este timo fica localizado no indivíduo até a adolescência. A partir dos 13 a 15 anos de idade ele vai regredindo até virar uma película que sofreu uma absorção pelo pericárdio do coração (adultos não tem mais Timo – já tivemos). Ele evolui de tamanho porque para de funcionar. O Timo tem uma única função: receber progenitor Linfoide e formar Linfócito T. Esse linfócito T no Timo terá a capacidade de apresentar duas moléculas acessórias na sua superfície: ou apresenta a molécula CD4 ou a molécula chamada CD8 (CD significa marcador celular – grupamento de diferenciação). Então tenho duas superpopulações de Linfócitos T: ou eu tenho o Linfócito T CD4 (sinal de + sobre ele para dizer que está presente) ou eu tenho a molécula CD8. O tipo de linfócito T formado é decidido no próprio timo.
Existe um terceiro caminho que não é provado pela ciência, mas acredita-se que progenitor linfoide tem capacidade de migrar para a corrente sanguínea e para os tecidos do corpo humano e lá aparecer na forma de uma célula chamada Natural Killer ou célula NK, grande linfoide ou linfócito matador natural. Por que recebe esse nome? Porque é uma célula grande que veio do progenitor linfoide, só forma linfócitos matador natural que pertence a imunidade inata, diferentemente de B e T que serão pertencentes a imunidade adaptativa. É uma das células mais importantes do sistema imunológico.
Formei progenitor linfoide: produto final → Linfócito B ou um TCD4 ou um TCD8. Caso não tenha formação desses componentes a célula tronco vai se diferenciar no progenitor Mieloide.
O progenitor mieloide na medula óssea poderá formar uma célula chamada Eritoblasto - toda vez que tiver o sufixo blasto: imaturo, jovem, é uma célula não funcional. O eritoblasto está na medula óssea, quando essa célula amadurecerela irá para a corrente sanguínea, e no sangue ela recebe o nome de Eritrócito ou Hemácia – Não pertence ao sistema imunológico, mas é um componente importante do sangue.
Não formou eritroblasto terá o progenitor mieloide na medula óssea diferenciando numa célula chamada Megacariocito. Por que recebe esse nome? Mega: grande, cario: carioteca e cito: célula. É uma célula que contém um grande núcleo, que contém uma grande membrana nuclear que é a carioteca. O megacariocito está na medula óssea. Assim que essa célula é formada ela é toda clivada, quebrada, e os seus fragmentos, os pedacinhos dessa célula vão para o sangue, e no sangue eu chamo esses fragmentos de Plaquetas. Plaqueta não é célula, ela é um fragmento celular, é um pedaço de uma célula. Por isso que você não terá plaqueta se dividindo no sangue porque não pode se dividir, porque é um pedaço de uma coisa que se faz. Eu tenho produção sempre de plaquetas na medula óssea, e ela também não pertence ao sistema imunológico.
Progenitor mieloide que não formou eritoblasto e não formou megacariocito, vai passar por um outro processo de diferenciação que poderá ser dividido em três caminhos distintos que nós não vamos estudar, vamos estudar como um único caminho para reduzir a complexidade da formação.
Então o progenitor mieloide vai passar por várias transformações na medula óssea que nós não vamos discutir, e vai para o sangue, e lá no sangue essa célula progenitora poderá aparecer de 5 formas diferentes, então ela poderá formar 5 células distintas. O nome do conjunto dessas células é Leucócitos polimorfonucleares. Então leucócito não é uma célula, é um conjunto de células (LPN) – células de defesa com formatos de núcleos diferentes. Essas células possuem dentro do seu citoplasma grânulos, pequenos grãos que participarão da resposta imune. Essas células também podem ser chamadas de granulocitos – células que contem grânulos. Essas células se aglomeram numa lesão e formam no que nós chamamos de granuloma, que é a primeira etapa da cicatrização. Então quem faz cicatrização do corpo humano em qualquer parte, é o sistema imune. A base do processo cicatricial é o sistema imune, que é uma barreira protetora que vai dificultar e impedir a invasão de antígenos exógenos para o meio endógeno (de fora para dentro). Quem são essas células leucocitais? 
Neutrófilo 
Basófilo
Eosinófilo
Monócito
E uma que ainda não sabemos qual é.
Destas 5 células, todas elas são capazes de migrar para os tecidos – uma migra para o tecido e muda seu formato e o seu nome, que é o Monócito. O monócito está no sangue, mas quando ele vai para qualquer tecido do corpo humano ele recebe o nome de macrófago.
Porque tem algo que não sabemos no sangue (5)? Porque quem liga o tecido a medula óssea é a corrente sanguínea, e lá no tecido aparece uma célula que é o mastócito, que vai participar da reação alérgica, e essa célula não tem origem ainda definida; provavelmente ela tem origem de basófilo, mas quando o basófilo passa para o tecido ele continua sendo basófilo. Por isso a gente coloca um precursor desconhecido. Alguma coisa no sangue veio para medula, que migra obrigatoriamente para o tecido, e lá vira a célula chamada mastócito.
Então eu tenho 5 células sanguíneas e 2 células teciduais que formam os leucócitos polimorfonucleares, sendo que dessas 5, 4 são identificadas e a quinta não. Da mesma forma que natural killer tem possível formação, o progenitor mieloide também tem possível formação. Acredita-se que esse progenitor tenha migrado para tecidos e corrente sanguínea e tenha se diferenciado numa célula chamada: célula dendrítica.
Porque célula dendrítica tem origem possivelmente desse progenitor? Porque essa célula funciona da mesma forma que monócitos e macrófagos. Se monócitos e macrófagos tem a mesma função que dendrítica, possivelmente tem a mesma origem de progenitor. Função significa fisiologia, então as características fisiológicas justificam possivelmente essa origem.
Em natural killer tem outro fator que justifica possivelmente essa origem: o formato externo dela, que lembra linfócito B, e o formato interno dela lembra linfócito T CD8. Se ela lembra a morfologia de dois linfócitos possivelmente justifica a sua origem. Então as características morfológicas da célula justificam a possibilidade dessa origem.
Precisa-se saber a formação, a qual imunidade a célula pertence, a função de cada uma delas e o que cada uma produz – QUESTÃO DE PROVA CERTA DISCURSIVA!
Resumindo: Glóbulos vermelhos – hemácias e plaquetas
Glóbulos brancos – leucócitos e todos os linfócitos 
Funções:
Eritrócito/Hemácia: Função de realizar trocas gasosas indiretas. Ela participa da troca dos gases. Resumindo sua função é transportar hemoglobina participando indiretamente da troca gasosa.
Uma característica histológica desta célula: hemoglobina (direta)
É a única célula do corpo humano que não contem núcleo, é uma célula anucleada, e por ela não ter núcleo não é capaz de sofrer divisão celular. Quando você a tem em falta no sangue, na periferia, a medula óssea tem que produzir uma nova para repor já que ela não um núcleo.
Essa célula por não conter núcleo, não tem DNA? Justifique. Não, porque é o material genético que dá a formação da célula, por isso temos hemácias diferentes no sangue - pessoas diferentes com hemácias distintas (tipo A+ etc.). Todas as hemácias não são iguais por isso é necessário verificar a compatibilidade entre as pessoas senão pode-se rejeitar. Resumindo, a hemácia tem material genético, mas não tem núcleo, então apesar dela não ter um núcleo ela tem informações que foram produzidas por material genético. Então ela não tem um núcleo, não tem uma cadeia de bases nitrogenadas, mas ela tem nucleoproteínas, proteínas que foram decodificadas para formar a sequência genotípica.
Consigo fazer um teste de DNA com uma hemácia? Consigo, porque tenho o produto que a sequência do DNA produz. É como escrever ao contrário, pois ao invés de ir da duplicação → transcrição → tradução eu venho da tradução ← transcrição ← duplicação.
Acoplada à Hemácia existe uma estrutura proteica chamada HEMOGLOBINA. A Hemácia é uma célula que transporta Hemoglobina. Quem liga a Hemácia à Hemoglobina é uma molécula de Fe2+ (ferro). 
A função da Hemácia é transportar hemoglobina, e como quem transporta gás é a hemoglobina, ela tem na sua parte superior um terminal chamado oxiemoglobina que consegue transportar até 8 moléculas de oxigênio, e ela tem na sua parte inferior um terminal chamado carbo ou carboxihemoglobina que transporta até 4 moléculas de CO2. É o conceito básico para se entender respiração.
Como funciona: Hemoglobina foi produzida na medula óssea separada da hemácia, as duas sofrem fusão na medula óssea e viram uma hemácia propriamente dita. Então eu posso ter um problema na minha medula óssea de produzir uma hemácia sem hemoglobina, e se a minha hemoglobina não estiver ligada a hemácia, ela não funciona porque ela não consegue passear/carrear oxigênio pela corrente sanguínea. Hemácia sem hemoglobina não transporta nada, porque a função da hemácia é transportar essa estrutura.
No exame de sangue vem escrito agb/hb que é a sigla de hemoglobina. Como funciona esse processo? A hemácia passa pelo pulmão, lá no pulmão ela sofre a hematose – entra oxigênio e sai CO2 – essa hemácia então recebe 8 moléculas de oxigênio na hemoglobina e fica sem nenhuma molécula de CO2. Essa hemácia é considerada um componente do sangue arterial. Essa célula passa pela primeira célula do corpo que ela vê necessidade de O2 e deixa uma molécula. Quando O2 entra pela membrana plasmática por difusão facilitada (o que tem mais gás passa para onde tem menos gás sem gasto de energia) essa molécula comprime e tem a saída de CO2. Quando entrou um O2 eu perdi uma molécula dos 8 que tenho capacidade, e eu adquiro um CO2 de 4 que tenho capacidade, e isso acontece lá no capilar que é o mais próximo de cada célula. Passa uma célula seguinte e deixo outro O2 e recebo um CO2, passo na posterior e deixo o terceiroO2 e recebo o terceiro CO2, na quarta célula deixo o quarto O2 e recebo o quarto CO2 → não tenho mais capacidade para transportar CO2, essa hemácia com 4 moléculas ainda de O2 deixa de ser um capilar para uma arteríola e vai de um capilar para uma vênula. Deixa de ser hemácia arterial para uma hemácia de sangue venoso. Então o sangue venoso contém 50% de oxigenação do sangue arterial. A concentração desses gases é feita e analisada pela gasometria (arterial e venosa), mas não se pode usar o mesmo parâmetro para interpretar, porque a gasometria arterial eu vou levar em consideração pelo menos 70 a 80% de 02, e a venosa tenho que considerar pelo menos 40 a 50% de O2, porque a concentração dos gases será distinta.
Lembrando que uma respiração é dívida em 3 etapas: entrada no ar no pulmão é a ventilação, a passagem desse gás para a corrente sanguínea é a difusão e a passagem desse gás do sangue para a célula é a perfusão.
Quando o indivíduo está com baixa de hemoglobina ele pode ter uma ótima ventilação, mas ele não vai ter uma boa perfusão – lá na ponta a célula não recebe – a baixa de hemoglobina faz o diagnóstico de ANEMIA. 
Anemia: É a diminuição dos níveis de hemoglobina. Não é a diminuição de hemácias! Posso estar no grupo de 16 tipos de anemias que existem, onde eu produzo hemácia e não produzo hemoglobina. Então minha hemácia vai estar na taxa de normalidade, porém, eu sou anêmica. Todo indivíduo anêmico tem baixa de hemoglobina, mas nem todo indivíduo anêmico tem baixa de hemácia.
→ Anemia megaloblástica: é a anemia quando o indivíduo tem baixa de vitamina B12 e ácido fólico, por isso não consegue sintetizar hemoglobina.
OS: toda gestante tem anemia porque ela tem que fazer a vascularização fetal.
Baixa de Ferro desacopla hemácia de hemoglobina, então por mais que você tenha vitamina B12 e ácido fólico se o seu Fe não estiver no nível normal, a hemoglobina não é capaz de se ligar à hemácia e você também terá uma anemia – anemia mais comum no Brasil apesar do alto índice de consumo de Fe na alimentação – Anemia Ferropênica ou Ferropriva.
Plaquetas: Sua função é a participação do processo coagulativo. A plaqueta está para o coagulo da mesma forma que o tijolo está para a parede de uma obra.
Coagulo → resposta do corpo humano quando ele identifica alguma lesão ou trauma que está extravasando sangue. Do que é formado o coagulo? Qual a composição de um coagulo? Para se ligar uma plaqueta a outra é necessária uma “massa” (como numa obra, onde tijolos tem o cimento) que é formada por proteínas plasmáticas numa reação de doze sequencias de quebra proteica – doze fatores chamado de cascata de coagulação. Quando você tem essa reação, essas proteínas vão se ligando e formando um produto final: fibrina (que vai quebrar em fibrinogênio), tromboplastina (que vai quebrar em outros componentes); esses componentes de ambos, que são proteínas plasmáticas que estão no sangue, se ligam na superfície da plaqueta e permite a agregação plaquetaria. A plaqueta sozinha não faz coagulo.
Aprendemos normalmente que o paciente que tem problema de coagulação poderá ser portador de uma doença chamada hemofilia. O indivíduo hemofílico tem problemas de formar essa agregação plaquetaria, mas a grande maioria dos hemofílicos são hemofílicos, mas produzem plaqueta normal. Por isso não se pode associar problemas de coagulação com baixa de plaqueta. Dos 12 fatores a grande maioria apresenta comprometimento no fator 6 e 8 – ingestão de medicamento artificial e não sangram até morrer.
Neutrófilo: Sua função é realizar a fagocitose em infecções bacterianas e liberar mediadores inflamatórios nessas infecções.
No exame de sangue não vem escrito neutrófilo e sim bastão/segmento. Os Leucócitos têm 3 tipos de divisões que não vamos estudar, mas uma das divisões é a formação do Neutrófilo.
O Neutrófilo é primeiro uma célula tronco → progenitor mieloide → pro metamielócito → metamielocito → bastão → segmento.
Quando ele chega no sangue, o primeiro formato que ele tem é de bastão, também chamado de bastonete, e depois essa célula vira um segmento ou segmentada, e é isso que estará no hemograma; essas estruturas são neutrófilos.
O bastão é uma célula que tem o núcleo que lembra a letra “C”, o segmento é uma célula que o núcleo adere a sua membrana (cromatina), então esse núcleo é dividido em pedaços, por isso ele recebe o nome de segmento ou segmentado. Todo neutrófilo primeiro é bastão, depois segmento.
Essa célula faz fagocitose (englobamento de uma partícula solida onde tenha formação de um vacúolo chamado fagossomo, migração de lisossomo para esse fago, interação das enzimas digestivas quebrando essa estrutura solida e micropartículas. O processo fagocitico não é só uma necessidade da alimentação da célula, ele é um mecanismo que algumas células têm, no caso células de defesa, de combater antígenos. Resumido, ela come o antígeno.
Neutrófilo é uma célula fagocitica, normalmente você tem uma maior concentração de segmento no sangue, que são os neutrófilos mais velhos, do que bastão que são os neutrófilos mais jovens. Essa célula faz fagocitose somente de bactérias. Quando você tem uma invasão bacteriana no seu corpo, essa célula vai ser a mais utilizada pelo sistema imunológico, por isso ela é a célula de maior concentração no sistema imune – porque temos uma maior disposição a bactérias. A grande maioria das bactérias moram em nosso corpo formando a nossa microbiota, então a nossa possibilidade de produção de doença microbiana é infinitamente maior por bactéria do que qualquer outro organismo. Essa bactéria sendo reconhecida pelo neutrófilo vai ativa-lo a fazer fagocitose; a medula óssea entende que está ocorrendo uma invasão bacteriana, então ela aumenta a produção de neutrófilo – aumento da produção de bastão. Então numa fase inicial de doença bacteriana o bastão vai subir, porque esse bastão vai virar segmento depois – resumindo, o aumento de bastão na corrente sanguínea significa uma infecção bacteriana aguda (recente) – receita de um medicamento que irá combater e destruir essa bactéria, que são os antibacterianos – antibióticos.
Nesse processo a partir do terceiro dia de tratamento, o meu sistema imunológico junto com a inibição do meu medicamento na bactéria vai ter controlado esse microrganismo, então a medula óssea vai começar a reduzir a produção de bastão, porque a doença já está controlada. Tendo esse controle o bastão que está circulante irá se tornar segmento; então a partir do 3 dia começa a ter o aumento de segmento e uma diminuição de bastão (indicativo que o paciente está respondendo ao tratamento).
Neutrofilia/neutrocitose: aumento dos níveis de neutrófilos 
Neutropenia: diminuição dos níveis de neutrófilos
Se no 3 dia os bastões continuarem elevados, significa que o tratamento medicamentoso que esse paciente está fazendo não é suficiente. O antibiótico prescrito está errado. Por este motivo, no 3 dia é ideal pedir um novo hemograma para acompanhar o paciente.
Normal: 40 a 65% das células do sangue na forma de neutrófilos – maior numero de segmentos que bastão.
Acima de 65% eu tenho uma infecção, está com neutrofilia, portanto tem que analisar qual neutrófilo está elevado para caracterizar se é uma infecção aguda ou se há uma infecção crônica. Por ex. se um paciente está a 2/3 meses com uma infecção urinaria, deixa de ser uma doença aguda, o bastão por mais alto que esteja, está com muito mais segmento do que bastão, portanto é uma infecção crônica.
É muito comum o uso do termo “o paciente está com um desvio para a direita - ou desvio para esquerda”. 
Desvio para esquerda: aumento de bastão.
Desvio para direita: aumento de segmento.
Por ex. um paciente com infecção aguda com presença de desvio para esquerda: então desejo que com o tratamento o paciente faça um desvio para a direita.
Eosinófilo: Sua função é liberar mediadores inflamatórios em infecções parasitarias e em processos alérgicos.
Eosinófilo é uma célula que participa de duas funções de defesa, ou ela vai combater parasitas de umaforma geral ou ela irá combater a alergia. Normalmente você tem em torno de 0 a 8% de eosinófilos circulantes. Então se você faz um exame de sangue e não tem eosinófilo nenhum (0%) é normal, o anormal é essa célula estar acima de 8%. 
O eosinófilo não tem como abaixar os níveis, apenas como subir, o que caracteriza a eosinófilia (aumento dos níveis eosinófilos). A célula do sistema imune de forma geral funciona como uma balança.
Toda pessoa alérgica tem uma elevação dos níveis de eosinófilos no sangue, na crise sobe mais ainda. Então se apenas o eosinófilo estiver elevado, significa que está ocorrendo uma reação de sensibilidade, uma reação de alergia.
Basófilo: Sua função é liberar mediadores inflamatórios em infecções parasitarias.
É uma célula que está em baixa concentração: de 0 a 3%. Então se você faz um exame e não tem basófilo nenhum é normal, o anormal é ele estar superior caracterizando um quadro de basófila.
Eosinófilo e Basófilo, apresentam uma função em comum: essa função em comum obriga a elevação da duas. Se no hemograma as duas estiverem elevadas significa que a função que elas têm em comum está induzindo, está causando a elevação. Por que? O eosinófilo tem uma função sozinha que não é observada no basófilo. Ou seja, o eosinófilo pode subir sozinho ou junto com o basófilo, já o basófilo sempre sobre junto com o eosinófilo. A função que ambos têm é de combater parasitas.
Monócito/macrófago: 
Monócito vai se diferenciar de macrófago de acordo com a sua localização. Hemograma não contem variação de macrófago pois ele está no tecido. Se eu estiver com um corte histológico na biopsia eu não vou ter monócito no tecido, terei macrófago. É a mesma célula, com a mesma função, em lugares distintos. Essa célula é uma outra célula fagocitica, eles fazem fagocitose, e além disso fazem apresentação de antígenos (APC).
Existem três agrupamentos celulares no sistema imune que fazem apresentação de antígeno (mostrar para o sistema imunológico que aquilo é um corpo estranho – técnica que potencializa rapidamente a resposta imune): 1º agrupamento: Monócito e macrófago
Dessas células progenitoras mileoides, dendritica tem a mesma função que macrófago e monócito – fagocitose e apresentação de antígeno.
Mastócito libera mediadores inflamatórios numa reação alérgica, o mediador inflamatório mais concentrado nessa interação é o granulo de histamínico, só que eu não libero só histamina na reação alérgica, a histamina é o primeiro mediador a ser liberado em maior concentração e ativa os outros mastócitos que estão no corpo humano, por isso que na fase inicial da reação alérgica você toma o anti-histamínico, você toma uma medicação que bloqueia uma substancia que causa alergia, ou seja, você vai estabilizar a crise tomando esse medicamento
Função do mastócito: participar do processo alérgico liberando grânulos de histamina (não é liberado apenas histamina)
Linfócitos
Todas as células anteriores pertencem à imunidade inata, a exceção de hemácia e plaqueta que não vem a ter imunidade nenhuma porque não fazem parte do sistema imunológico. Além dessas células, natural killer também pertence a imunidade inata. As células estudadas e observadas na imunidade adaptativa são somente os linfócitos. Então o linfócito B e o linfócito T são células que vão produzir respostas especificas com capacidade de memorização.
Linfócito B: 
O linfócito B tem todo o seu processo de formação na medula óssea, exceto essa letra B porque a célula foi identificada primeiro numa área chamada bulsa de fabricios, que é perto do papo da galinha. Essa célula na galinha, na ave, como também no humano é capaz de produzir a molécula chamada anticorpo, que é uma PTN especifica do sistema imunológico. Permaneceu com o nome de B porque em inglês medula óssea é chamada de sangue marrom, então ficou B de blood. O linfócito B é uma célula extremamente importante porque ela produz anticorpo (imunoglobulina) – todo anticorpo é contra um antígeno (corpo estranho).
Imunoglobulina é sinônimo da palavra anticorpo – globulina: PTN – proteína do sistema imune. Então imunoglobulina é a mesma coisa que anticorpo. Essa célula tem mais uma função: ser apresentadora de antígenos.
Linfócito T: 
Linfócito T poderá ser CD4 ou CD8
→Linfócito T CD4: também chamado de linfócito T help (LTh), ou também pode-se chamar essa célula de linfócito T auxiliar (LTa). Sua função é a produção de citosinas.
→Linfócito T CD8: Recebe o nome de Linfócito T citotóxico (LTc), ou também pode ser chamada de Linfócito T citolítico (LTc). O nome da célula determina qual função que o linfócito T está executando, ele é chamado de citotóxico se ele estiver fazendo produção de citocinas, toxina citotóxico, e ele recebe o nome de citolítico se ele estiver fazendo lise celular (lítico é de lise) através da liberação dos grânulos de perforina. Então a célula excuta duas funções distintas, mas essas funções não serão ao mesmo tempo, por isso que ele tem um nome para cada função executada.
O que é uma citocina? É uma molécula imunorreguladora, ou seja, regula o sistema imune. Existem mais de 120 citocinas, e essa citocinas estimulam a formação das células da hematopoeise, estimula a ativação de cada resposta imune contra cada antígeno. Cada citocina do corpo atua no sistema imune aumentando ou diminuindo a resposta – essas citocinas serão os imunorreguladores.
Não é só Linfócito T que produz citocina, MAS a citocina de Linfócito T é a mais importante, porque ela regula todo o sistema imunológico, principalmente a citocina de CD4. Quando falamos de citocina, fala-se de maior concentração de CD4 e CD8. Não funcionam de mesma forma: a citocina de CD4 ativa TODO o sistema imunológico, e a citocina de CD8 só ativa outro Linfócito T CD8.
Essa célula é a mais importante do sistema imune, é o general, é a que vai dar estratégia de combate à guerra; e essa célula é a única que é destruída pelo vírus HIV, por isso que o indivíduo faz imuno-insuficiência, porque destrói a única célula que comanda todo o sistema imunológico. Essa célula é destruída porque essa molécula CD4 funciona como receptor do vírus, e então o vírus entra na célula pelo receptor, e como ela é a única célula do corpo humano que tem esse receptor, apenas ela é destruída pelo vírus da imunodeficiência humana: HIV
Natural Killer: Função de lise celular, destruição de células através da liberação de grânulos de perforina.
A NK tem a mesma enzima proteolítica, que é a perforina, que o linfócito T CD8. 
Grande Linfócito matador natural, essa célula NK possui um grande núcleo, e dentro dela grânulos de perforina, esses grânulos são proteases, enzimas proteolíticas, que degradam PTN. A NK é uma célula que pertence a imunidade inata então toda a sua ação é destruir um corpo estranho sem saber que corpo estranho é aquele. Ela sabe que é um antígeno, sabe que não é próprio seu, mas não sabe diferenciar se aquilo é uma bactéria, um fungo, ou um vírus por exemplo; a ação dela é inespecífica. Essa célula tem 3 caminhos de ativação distintos com uma única ação:
1º caminho: entrou um antígeno, essa célula é a primeira a encontrar de cara com o antígeno, ela vai saber que ele é um corpo estranho porque o receptor dessa célula consegue reconhecer a carga elétrica do antígeno. Todo antígeno tem membrana plasmática (bicamada fosfolipídica e proteica); se tem lipídeo, todo lipídeo tem uma área com carga elétrica e uma área sem carga elétrica (polar e apolar), uma área hidrofóbica e uma hidrofílica. Essa polaridade vai estar presente, essa célula reconhece essa carga elétrica e compara com a carga elétrica da membrana dela (todas as MP do corpo terão que ser iguais, então todos possuem a mesma carga elétrica, a mesma polaridade) e sabe que ela é diferente, que é um antígeno, ela reconheceu as alterações das cargas elétricas e ela sabe que é um corpo estranho. Ela então fica ativada, e essa perforina que estava todo dispersa no citoplasma acumula na região mais próxima do receptor que estiver mais perto do antígeno, o receptor funcionacomo porta de entrada e saída. Entrou a informação da carga elétrica → saída de enzimas proteolíticas. 
Então ela libera um jato, esse jato de perforina vai se ligar na MP do antígeno. Aonde? Na PTN já que essa enzima é uma proteolítica, então quando ela ligar na PTN ela vai quebrar ela e vai formar poros, onde esses poros vai permitir a entrada e saída de componentes de dentro para fora, e de fora para dentro, causando um desequilíbrio osmótico e uma lise celular. Resumindo a perforina formou porosidades na PM que desencadeou a lise celular.
2º caminho: via imunidade adaptativa, pois há participação do linfócito B.
NK está aqui com suas perforinas, entrou um antígeno, só que antes de chegar no antígeno, uma outra célula chegou primeiro → linfócito B (formato dele externamente é igual ao NK).
O linfócito B produz anticorpo (formato de um y), o anticorpo vem e se liga a MP do antígeno, quando o anticorpo ligou no antígeno ele formou o que nós chamamos de complexo-antígeno-anticorpo (complexo: ligação). Ao ligar, ele sinaliza que aquilo é um corpo estranho, e o NK pelo seu receptor consegue reconhecer essa sinalização, junta sua perforina, libera um jato e acarreta todo o processo de formação de poros que acarreta a lise celular. O mecanismo de ativação foi diferente, mas a ação foi a mesma.
3º caminho: via inflamação.
Quando falamos que a Natural Killer também é uma célula ativada por inflamação significa que macrófago liberou citocina, macrófago libera essa citocina IL12, a IL12 ativa a natural Killer que libera perforina que ajuda na destruição do antígeno. Então macrófago produz inflamação e a citocina de macrófago é capaz de ativa a NK que produz a lise celular (explicação das citocinas aula 3 - inflamação).
Então macrófago libera IL12, ativa a NK que libera Interferon-gama, que vai ativar outros macrófagos a liberar mais IL12. Este é o terceiro caminho de ativação da NK – a NK libera perforina, e faz lise celular graças às citocinas liberadas por macrófago.

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