Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Betim 2016 FACULDAE PITAGORAS BETIM DIREITO MARCOS ANTÔNIO GONÇALVES PEREIRA FUNÇÃO SOCIAL: Função Social da propriedade urbana Betim 2016 FUNÇAO SOCIAL: Função social da propriedade urbana Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras campus Betim, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Direito. Orientador: MARCOS ANTÔNIO GONÇALVES PEREIRA Dedico este trabalho aos meus familiares que foram meus apoiadores. AGRADECIMENTOS Aos Professores Douglas Figueredo, Lidia Mansur, Luciana Leão, Daniel Baliza, Ana Luiza, outros professores e amigos de todas as horas, que acompanharam toda minha trajetória estudantil, meus sinceros agradecimentos. Ao Prof. Douglas figueredo, que com paciência conduziu seu ensinamento a este graduando que a todo momento se via embebedado pelo saber que transcendia de seu professor. Às Professoras Lídia Mansur e Luciana Leão, que ensinando com dom de mestras que têm, ampliavam um mundo de novos focos que o ensino nos traz e que às vezes eu tropeçava com tantas direções apresentavam-me. Epígrafe... ”A vida tem que ser uma vida de constante crescimento. Nunca devemos parar de crescer. Nunca devemos fechar- nos naquilo que sabemos e supor que não há outros horizontes para avançar. O nível de conhecimento e de crescimento que você atingiu hoje, não é o nível de conhecimento e crescimento para onde Deus quer levar você. Então, não se deixe cair no terreno da mediocridade. Nunca se conforme com o que já sabe. Nunca pense que não há novas terras, novas montanhas e novos horizontes para conquistar.” (Pr.Alejandro Bullón) Pereira, Marcos Antônio Gonçalves. Função Social: função social e a propriedade urbana. 2016. Numero total de folhas 31. Trabalho de Conclusão de Curso de Direito – Faculdade Pitágoras, Betim, 2016. RESUMO O instituto da propriedade, identificado como um direito de caráter absoluto, exercido somente por seu titular, erga omnes, adquiriu status diferenciado na Constituição Federal de 1988, quando teve juntado pelo princípio constitucional da função social. Com o advento da Lei Federal n.10.257/2001 e do Código Civil de 2002 a função social da propriedade urbana teve ampliada a perspectiva de sua concretização, as normas legais preveem a destinação social como medida necessária à garantia da prevalência do interesse público. Porém, no que tange o novo papel da propriedade na ordem civil constitucional brasileira, a real efetivação da função social ainda esta presa as questões sociais e tramites nos Entes Públicos. Nesta seara a propriedade urbana ainda é considerada como direito essencial, a pesquisa objetivou investigar os limites e as perspectivas da aplicação da concretização da função social da propriedade urbana, a partir de tantas outras atitudes, proclamas em que para a propriedade urbana teria em seu fulcro a função social e que poderiam utilizar-se para incluir mais um direito fundamental a propriedade. Palavras-chave: Função Social; Propriedade Urbana. Pereira, Marcos Antônio Gonçalves. Social function: social function and urban property. 2016. Total sheets 31. Total sheets 36. Work Completion of course (Right) - (Faculty Pythagoras), Betim, 2016. ABSTRACT The Institute of property, identified as an absolute character of law, exercised only by its holder, erga omnes, acquired different status in the Federal Constitution of 1988, when he was joined by the constitutional principle of social function. With the advent of the Federal Law n.10.257 / 2001 and the Civil Code of 2002 the social function of urban property had increased the prospect of its implementation, the legal rules provide for the social destination as a measure necessary to ensure the prevalence of the public interest. However, regarding the new role of property in the Brazilian civil constitutional order, the actual realization of the social function is still prey social issues and formalities in public entities. In this area the urban property is still considered essential right, the research aimed to investigate the limits and prospects of implementation of realization of the social function of urban property, from so many other attitudes, proclamations that for urban property would have on its fulcrum social function and could be used to include another fundamental right to property. Key-words: Social Function, Urban Property. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CF/88 Constituição Federal de 1988 CC Código Civil Art. Artigo 10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 2. PROPRIEDADE ................................................................................................. 13 2.1 ORIGEM DA PROPRIEDADE PRIVADA ....................................................... 13 2.2 ORIGEM DA FUNÇÃO SOCIAL .................................................................... 13 2.3 A FUNÇÃO SOCIAL COMO GARANTIA FUNDAMENTAL .......................... 14 2.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA FUNÇÃO SOCIAL ................................ 14 2.5 DA FUNÇÃO SOCIAL NA POSSE . .............................................................. 16 2.6 DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. ................................................. 16 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 18 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19 11 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste pequeno ensaio foi demonstrar que a consagração constitucional da função social da propriedade, como princípio que estrutura a ordem econômica brasileira e como um direito fundamental, tornou imperiosa a reestruturação do regramento infraconstitucional da tutela processual da posse. É preciso, a partir de então, exigir como pressuposto para a tutela da posse a demonstração de cumprimento da sua função social. Trata-se de pressuposto implícito, decorrente da eficácia direta e imediata do princípio constitucional da função social da propriedade No item 2.1. Origem da propriedade privada, destaco sobre a origem histórica relatando qual modo cada época tratava a propriedade. Já no item 2.2. Origem da Função Social demostro como estava a função social me nossas anteriores constituições. Diante do tema qual é a Função Social da propriedade urbana, analisar a função social da propriedade urbana e suas implicações na posse. avaliar as implicações da Função Social frente a posse e Identificar possíveis confrontos com a titularidade. Pesquisar os reflexos na propriedade. Identificar os reflexos para a posse. Apontar requisitos que qualificam o que exatamente representa a Função Social. O resultado da futura pesquisa pretende apontar em que base a função social da propriedade urbana tenderá a ficar com as novas prerrogativas da Constituição Federal de 1988. Apontar para o proprietário urbano quais ferramentas este defenderá com a função social, quais mecanismos podem propiciar esta função social. Qual a aplicabilidade deve ser dada a propriedade urbana. Esta futura pesquisatem relevância de estudo, pois trará mais entendimento da aplicação da função social da propriedade urbana. Propriedade que esta diretamente afetada em sua titularidade, que desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, esta ameaçada, pois caso não seja aplicada, a titularidade se perde no tempo. 12 13 2. PROPRIEDADE 2.1 ORIGEM DA PROPRIEDADE PRIVADA O homem desde seus primórdios utilizava a terra para colher e alimentar a si e sua prole. Era nômade e por muito tempo permaneceu assim. O homem parou de ser nômade quando descobriu que plantar as sementes e raízes conseguia colher sem ter o árduo e perigoso trabalho de viajar e enfrentar os desafios da viagem para sobreviver, onde dominou a natureza. A partir do domínio da natureza surge o Clã, o homem criou o seu núcleo familiar, seus descendentes continuavam no mesmo local e cresciam suas posses ao qual era repassado aos novos descendentes. Nesta seara de desenvolvimento a terra então se encontrava delimitada pela força da presença do homem e este viu a necessidade de nomear esta terra, legitimar esse poder. Com este desenvolvimento e crescentes sobras de alimentos, estes eram vendidos a comunidade, onde inicia a divisão do trabalho manual e trabalho intelectual, e consequente os intelectos iniciaram a propriedade privada. Com os Gregos e também os Romanos as terras produtivas estavam separadas das terras povoadas e dessa época inicia a propriedade privada. No Estado Liberal a burguesia expressava o liberalismo através dos direitos individuais como o direito da propriedade, com a função de medir poder com o Estado. Surge o Estado Social de direito, garantindo os direitos sociais e logo em seguida é atacado pela sociedade para garantir os direitos de propriedade, e então um Estado Social Garantidor. Este impõe ordem jurídica a atividade estatal, o Estado Democrático de Direito. Na constituição de 1934 temos fundamentado a propriedade e agora na constituição de 1988, relativizada a propriedade absoluta pela garantia fundamental da função social. 2.2 ORIGEM DA FUNÇÃO SOCIAL Na antiguidade a propriedade estava vinculada de forma social, pois os “Proprietários” exerciam o seu trabalho na terra e socialmente lhes pertencia. Com o avanço da sociedade o debate sobre a propriedade e sua função social cresce, senão vejamos. Caso a propriedade não se apresenta como única, absoluta ao seu proprietário com garantia de liberdade ao gozar, dispor, vender e como instrumento de poder sobre outrem, é reconhecer a propriedade dever, o lado 14 passivo de direitos humanos alheios. Assim temos não a propriedade absoluta para com o proprietário e sim o proprietário para com a propriedade. Este tem de dar função social a propriedade para que mantenha suas garantias fundamentais. E aqui surge a concepção da função social da propriedade outro princípio constitucional que rege a atividade econômica e que aparece como complemento do estatuto constitucional da propriedade privada, impondo a ela um conjunto de deveres, ao lado dos clássicos constitucionais, usar, gozar, dispor, reaver. Este princípio serve como forma de balizamento constitucional do direito fundamental da propriedade, delimitando o seu conteúdo. Estabelece que a propriedade obriga ao proprietário. O direito de propriedade é relativizado neste interim que a propriedade traz consigo o dever de exercer este direito de modo a atingir determinadas finalidades. Deixa de ser um direito absoluto, cuja utilização deveria atender unicamente aos interesses do proprietário, na forma da concepção liberal que então prevalecia e agora atender o direito alheio. 2.3 A FUNÇÃO SOCIAL COMO GARANTIA FUNDAMENTAL A propriedade, o direito de usar, vender, gozar, fruir, dispor, e agora também de função social. Dentro dos parâmetros que a Constituição Federal de 1988 estabelece, surgiu a função social, que se não atendido levará a perda da propriedade. de estudo, pois trará mais entendimento da aplicação da função social da propriedade urbana. Propriedade que esta diretamente afetada em sua titularidade, que desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, esta ameaçada, pois caso não seja aplicada, a titularidade se perde no tempo. A propriedade, o direito de usar, vender, gozar, fruir, dispor, e agora também de função social. Dentro dos parâmetros que a Constituição Federal de 1988 estabelece, surgiu a função social, que se não atendido levará a perda da propriedade. 2.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA FUNÇÃO SOCIAL A função social está implícita na Constituição Federal de 1988. ART. 5°, XXIII. A PROPRIEDADE ATENDERÁ A SUA FUNÇÃO SOCIAL. ART. 170, III. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. 15 ART. 182, § 2°. A PROPRIEDADE URBANA CUMPRE SUA FUNÇÃO SOCIAL QUANDO ATENDE ÀS EXIGÊNCIAS FUNDAMENTAIS DE ORDENAÇÃO DA CIDADE EXPRESSA NO PLANO DIRETOR. ART. 182, § 4°. É FACULTADO AO PODER PÚBLICO MUNICIPAL MEDIANTE LEI ESPECIFICA PARA ÁREA INCLUÍDA NO PLANO DIRETOR, EXIGIR, NOS TERMOS DA LEI FEDERAL, DO PROPRIETÁRIO DO SOLO URBANO NÃO EDIFICADO, SUBUTILIZADO OU NÃO UTILIZADO, QUE PROMOVA SEU ADQUADO APROVEITAMENTO, SOB PENA, SUCESSIVAMENTE, DE(...). ART. 186. A FUNÇÃO SOCIAL É CUMPRIDA QUANDO A PROPRIEDADE RURAL ATENDE, SIMULTANEAMENTE, SEGUNDO CRITÉRIOS E GRAUS DE EXIGÊNCIA ESTABELECIDOS EM LEI, AOS SEGUINTES REQUISITOS: I. APROVEITAMENTO RACIONAL E ADEQUADO; II. UTILIZAÇÃO ADEQUADA DOS RECURSOS NATURAIS DISPONÍVEIS E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE; III. OBSERVÂNCIA DAS DISPOSIÇÕES QUE REGULAM AS RELAÇÕES DE TRABALHO; IV. EXPLORAÇÃO QUE FAVOREÇA O BEM-ESTAR DOS PROPRIETÁRIOS E DOS TRABALHADORES. SUMULA 668. É INCONSTITUCIONAL A LEI MUNICIPAL QUE TENHA ESTABELECIDO, ANTES DA EMENDA CONSTITUCIONAL N° 29/2000, ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS PARA O IPTU, SALVO SE DESTINADA A ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE URBANA. ART. 156, § 1° SEM PREJUÍZO DA PROGRESSIVIDADE NO TEMPO A QUE SE REFERE O ARTIGO 182, § 4°, INCISO II, O IMPOSTO PREVISTO NO INCISO I PODERÁ: I. SER PROGRESSIVO EM RAZÃO DO VALOR DO IMÓVEL ; E II. TER ALÍQUOTAS DIFERENTES DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO E O USO DO IMÓVEL. A função social esta posta para direcionar o bem estar social, o bem estar comum, evidenciando um ambiente progressivo, livrando-se dos enraizamentos históricos em que tudo se podia com a titularidade. Cai por terra toda uma temática fundamentalista e procura agora igualar os meios sociais, produtividade, industrialização, preservação e principalmente as necessidades básicas do ser humano. 16 2.5 DA FUNÇÃO SOCIAL NA POSSE . Dos modelos conceituais exordiais. SAVIGNY JUSTIFICAVA A TUTELA POSSESSÓRIA, EM RESPEITO À PAZ SOCIAL E À NEGAÇÃO À VIOLÊNCIA, PELA INTERDIÇÃO AO EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZOES E TUTELA DA PESSOA DO POSSUIDOR. PARA O NOTÁVEL MESTRE, PROTEGER- SE-IA O POSSUIDOR POR NÃO SE PERMITIR A ABRUPTA ALTERAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DE FATO SOCIAL E ECONOMICAMENTE CONSOLIDADA, PELA PRÁTICA DE ATO ILÍCITO EM AFRONTA A GARANTIAS FUNDAMENTAIS ( ART. 5°, XXXV, E LIV DA CF). NELSON ROSENVALD, 2008,PG 38. JÁ NA VISÃO DE IHERING, A TUTELA POSSESSÓRIA JUSTIFICAR-SE- IA PELO FATO DE O POSSUIDOR SER UM APARENTE PROPRIETÁRIO. A POSSE É DELINEADA DE FORMA INDIVIDUALISTA E PATRIMONIALISTA. PARA O CELEBRE ROMANISTA, EM HOMENAGEM AO DIREITO SUPERIOR DE PROPRIEDADE, AS AÇÕES POSSESSÓRIAS SERVIRIAM COMO UMA ESPÉCIE DE SENTINELA AVANÇADA, CAPAZ DE PROPICIAR UMA RÁPIDA PROTEÇÃO AO POSSUIDOR, NA CRENÇA DO ORDENAMENTO DE SER ELE O PRESUMÍVEL TITULAR FORMAL DO BEM EM LITIGIO. “DONDE SE CONCLUI QUE TIRAR A POSSE É PARALISAR A PROPRIEDADE, E QUE O DIREITO A UMA PROTEÇÃO JURÍDICA CONTRA UM ATO TAL É UM POSTULADO ABSOLUTO DA IDEIA DE PROPRIEDADE.ESTA NÃO PODE EXISTIR SEM TAL PROTEÇÃO, DONDE SE INFERE QUE NÃO É NECESSÁRIO PROCURAR OUTRO FUNDAMENTO PARA A PROTEÇÃO POSSESSÓRIA; ELA É IMPLÍCITA À PROPRIEDADE EM SI MESMA”. R. VON IHERING. TEORIA DA POSSE, PG 11, NELSON ROSENVALD, 2008, PG 38. As concepções até então positivadas, enrijecida ao qual expressava uma noção de direito antissocial, agora não mais se mantem na mesma integra que já havia sido. Tornam-se então capazes de de absorver os apelos sociais. 2.6 DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. No estagio inicial da evolução do capitalismo, o que era importante a mera apropriação do bem por parte do cidadão. Então após anos acreditou-se que a exclusão dos controles do ordenamento propiciaria a geração de riqueza individual e beneficiaria toda uma sociedade, e nesse meio turbulento já iniciava o reflexão do 17 direito a propriedade. A dignidade da pessoa humana, o principio da solidariedade, então valorizou os direitos da personalidade. Na Constituição Federal de 1988, trouxe o individuo convivendo em sociedade, e esta proposta embarcou em mudanças sutis, entretanto substanciais na relação propriedade, surgindo a função social. Em tempo de mudanças e novos rumos e princípios. A FUNÇÃO SOCIAL É UM PRINCIPIO INERENTE A TODO DIREITO SUBJETIVO. NO RECEITUÁRIO LIBERAL DEFINIA-SE O DIREITO SUBJETIVO COMO O PODER CONCEDIDO PELO ORDENAMENTO AO INDIVIDUO PARA A SATISFAÇÃO DE SEU INTERESSE PRÓPRIO. OU SEJA, A REALIZAÇÃO DE QUALQUER ATIVIDADE ECONÔMICA APENAS ENCONTRAVA LIMITES EM UMA CONDUTA CULPOSA QUE EVENTUALMENTE CAUSASSE DANOS A TERCEIROS. AFORA TAIS SITUAÇÕES EXTREMAS, EXALTAVA-SE A CONDUTA EGOÍSTA DE CONTRATANTES E PROPRIETÁRIOS, POIS A SOCIEDADE ERA MERA FICÇÃO, JÁ QUE A FELICIDADE COLETIVA DEPENDERIA DA CONCESSÃO DE AMPLA LIBERDADE A QUALQUER CIDADÃO PARA A CONSECUÇÃO DE SEUS PROJETOS PESSOAIS. ROSENVALD, NELSON, 2008, P 198. NORBERTO BOBBIO ENFRENTA A FUNÇÃO SOCIAL PELO VIÉS DA PASSAGEM DO DIREITO REPRESSIVO PARA O DIREITO PROMOCIONAL. ENQUANTO O DIREITO REPRESSIVO PROCURAVA SANCIONAR NEGATIVAMENTE TODO AQUELE QUE PRATICASSE UMA CONDUTA CONTRÁRIA AOS INTERESSES COLETIVOS, O ESTADO PROMOCIONAL PRETENDE INCENTIVAR TODAS AS CONDUTAS QUE SEJAM COLETIVAMENTE UTEIS, MEDIANTE A IMPOSIÇÃO DE SANÇÕES POSITIVAS, CAPAZES DE ESTIMULAR UMA ATIVIDADE, UMA OBRIGAÇÃO DE FAZER. BOBBIO, NORBERTO, CF DALLA STRUTURA ALLA FUNZIONE,P,80. ROSENVALD, NELSON, 2008,P 199. Em continuidade ao tema a função social segue alinhavando do o sistema jurídico, o direito civil, o direito de família, o direito penal, isto para justificar esta ou aquela formalidade, vislumbrando o interesse social proposto e arguido. Então a função social incumbe o proprietário a alinhar seu posicionamento junto a sociedade, à cooperar, participar, evoluir e estar sempre ativista social. O papel de proprietário puro objetivo, positivado somente pela tutela do direito positiva, se esvai agora com a função social, que nada mais é que participar junto a sociedade de uma posse social da propriedade. Como citado acima, toda cidade tem um plano para monitorar e orientar o seu crescimento, e a propriedade urbana só estará atendendo sua função social caso esteja em total conformidade com esse plano. 18 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A função social é uma clausula pétrea ao qual estará sempre junto a propriedade e a posse. A sua abrangência é relevante para proprietários e posseiros e mesmo o Estado. O tema é de grande relevância para a área empresaria, proprietários, posseiros, advogados e a outros ramos. A lei estabelece, entretanto os interessados por assim dizer nem sabem o conteúdo e a aplicação do dispositivo jurídico. A função social estará sendo aplicada para com a empresa na defesa de sua propriedade, os proprietários indivíduos na sociedade terão que aprender a aplicar e o Estado terá mais uma base legal em seus atos administrativos 19 REFERÊNCIAS ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. 5. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris 2008. GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da. Direitos Reais. 1. Ed. São Paulo: Atlas 2011. A referência deve conter exatamente essa ordem e sequência: SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Edição. Cidade: Editora, Ano de Publicação. EXEMPLOS: AAKER, David Austin. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura, 1996. ALVES, Maria Leila. O papel equalizador do regime de colaboração estado- município na política de alfabetização. 1990. 283 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Campinas, Campinas, 1990. Disponível em: <http://www.inep.gov.br/cibec/bbe-online/>. Acesso em: 28 set. 2001. da Lei Federal n.10.257/2001 estatuto das cidades e do novo Código Civil de 2002
Compartilhar