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ATPS - Sociologia

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
ACADÊMICOS:
EUZANA GOMES FARIA – RA 414377
MARJORIE CONCEÇAO ANJOS DA SILVA FEIJÓ – RA 406429
SANDRA PEREIRA DE PAIVA GÊ – RA 422422
VÂNIA PENA MUNIZ - RA 422424
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
PROFESSORA: 
Macaé– RJ
24 DE NOVEMBRO DE 2013
Características e diferenças entre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Revolução Francesa e Declaração dos Direitos da Virgínia
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Revolução Francesa
1793 – Solidariedade mecânica;
Declaração dos Direitos da Virgínia 1776 – Solidariedade Orgânica.
	Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Revolução Francesa
	Declaração dos Direitos da Virgínia
	O fim da sociedade é a felicidade comum;
O governo é instituído para garantir a igualdade, a liberdade, a segurança e a propriedade;
	Todos os homens nascem igualmente livres e independentes, têm direitos certos, essenciais e naturais dos quais não podem, pôr nenhum contrato, privar nem despojar sua posteridade;
	Todos os homens são iguais por natureza e diante da lei. A lei é a expressão livre e solene da vontade geral; ela é a mesma para todos;
	Toda a autoridade pertence ao povo e por conseqüência dela se emana, responsáveis perante ele em qualquer tempo;
	A liberdade é o poder que pertence ao Homem de fazer tudo quanto não prejudica os direitos do próximo;
O direito de manifestar seu pensamento e suas opiniões não podem ser interditos;
	O governo é, ou deve ser instituído para o bem comum, para a proteção e segurança do povo, da nação ou da comunidade;
	A segurança consiste na proteção concedida pela sociedade a cada um dos seus membros para a conservação da sua pessoa, de seus direitos e de suas propriedades.
	Todas as vezes que um governo seja incapaz de preencher essa finalidade, a maioria da comunidade tem o direito indubitável, inalienável e imprescritível de reformar, mudar ou abolir da maneira que julgar mais própria a proporcionar o benefício público;
	Ninguém deve ser acusado, preso nem detido senão em casos determinados pela lei;
	Nenhum homem e nenhum colégio ou associação de homens pode ter outros títulos para obter vantagens ou prestígios, particulares, exclusivos e distintos dos da comunidade;
	Todo ato exercido contra um homem fora dos casos e sem as formas que a lei determina é arbitrário e tirânico
	O poder legislativo e o poder executivo do estado devem ser distintos e separados da autoridade judiciária;
	Sendo todo Homem presumidamente inocente até que tenha sido declarado culpado, Ninguém deve ser julgado e castigado senão quando ouvido ou legalmente chamado e em virtude de uma lei promulgada anteriormente ao delito;
	As eleições dos membros que devem representar o povo nas assembléias serão livres;
	O direito de propriedade é aquele que pertence a todo cidadão de gozar e dispor à vontade de seus bens, rendas, fruto de seu trabalho e de sua indústria.
	Todo o poder de deferir as leis ou de embaraçar a sua execução, qualquer que seja a autoridade, sem o seu consentimento dos representantes do povo, é um atentado aos seus direitos e não tem cabimento;
	Todo homem pode empenhar seus serviços, seu tempo; mas não pode vender-se nem ser vendido.
	Em todos os processos pôr crimes capitais ou outros, todo indivíduo tem o direito de indagar da causa e da natureza da acusação que lhe é intentada;
	Nenhuma contribuição pode ser estabelecida a não ser para a utilidade geral.
	Não devem ser exigidas cauções excessivas, nem impostas multas demasiadamente fortes, nem aplicadas penas cruéis e desusadas;
	A instrução é a necessidade de todos. A sociedade deve colocar a instrução ao alcance de todos os cidadãos.
	Nenhuma parte da propriedade de um vassalo pode ser tomada;
	A garantia social consiste na ação de todos. Esta garantia se baseia sobre a soberania nacional. A Soberania reside no Povo;
	A religião ou o culto devido ao Criador, e a maneira de se desobrigar dele, devem ser dirigidos unicamente pela razão e pela convicção, e jamais pela força e pela violência;
	Que todo indivíduo que usurpe a Soberania, seja imediatamente condenado à morte pelos homens livres;
	É dever recíproco de todos os cidadãos praticar a tolerância cristã, o amor à caridade uns com os outros;
	Os crimes dos mandatários do Povo e de seus agentes não podem nunca deixar de ser castigados;
	Um povo não pode conservar um governo livre e a felicidade da liberdade, a não ser pela adesão firme e constante às regras da justiça, da moderação, da temperança, de economia e da virtude e pelo apelo freqüente aos seus princípios fundamentais.
	Quando o governo viola os direitos do Povo, a revolta é para o Povo e para cada agrupamento do Povo o mais sagrado dos direitos e o mais indispensáveis dos deveres
	O povo tem direito a um governo uniforme e não pode conservar um governo livre e a felicidade da liberdade;
A primeira declaração foi a da Virginia, nos Estados Unidos e posteriormente foi a Declaração dos Direitos Humanos. Tanto a Declaração dos Direitos da Virginia, como a Declaração dos Direitos Humanos estão fundamentadas nos direitos naturais do homem, onde constam as principais declarações de direitos defendendo a liberdade, mas com características próprias, especialmente quanto à natureza dos direitos reconhecidos.
Em 1776 a Declaração dos Direitos da Virginia proclamou o direito a vida, liberdade e a propriedade e outros direitos como o principio da legalidade a liberdade de imprensa e a liberdade religiosa.
Sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos sabemos que compreende um conjunto de direitos individuais e coletivos, civis, políticos, econômicos, sociais e culturais que leva ao reconhecimento de igualdade essencial de todo ser humano em sua dignidade. Caracteriza-se pela sua amplitude e pela sua universalidade como fonte de valores, independente das diferenças de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião, origem nacional ou social ou qualquer outra condição.
Émile Durkhein: os tipos de Solidariedade Social
Émile Durkheim (1858-1917) é considerado um cientistas sociais fundadores da sociologia.
Durkheim elaborou estudos que abordavam a interação social entre os indivíduos que formam a sociedade. Para Durkheim, a existência de uma sociedade só é possível a partir de um determinado grau de consenso entre os indivíduos. Este consenso se assenta em diferentes tipos de solidariedade social.
Faz-se necessário entendera solidariedade social: é preciso levar em consideração as idéias de consciência coletiva (ou comum) e consciência individual. Cada um de nós teria uma consciência própria (individual) a qual teria características peculiares e, por meio dela, tomaríamos nossas decisões e faríamos escolhas no dia a dia. A consciência individual estaria ligada, de certo modo, à nossa personalidade. A sociedade seria composta pela presença de consciência coletiva ou comum. A consciência individual sofreria a influência de uma consciência coletiva a qual seria fruto da combinação das consciências individuais de todos os homens ao mesmo tempo.
A consciência coletiva seria responsável pela formação de nossos valores morais, de nossos sentimentos comuns, daquilo que temos como certo ou errado, honroso ou desonroso e, dessa forma, ela exerceria uma pressão externa aos homens no momento de suas escolhas, em maior ou menor grau.
A soma da consciência individual com a consciência coletiva formaria o ser social, o qual teria uma vida social entre os membros do grupo.
Durkheim afirmava que a solidariedade social se daria pela consciência coletiva, pois essa seria responsável pela ligação entre as pessoas.
Seu estudo contempla dois tipos de solidariedade social: Solidariedade Mecânica e Solidariedade orgânica.
Solidariedade Mecânica
 Há uma forte consciência coletiva;
A coletividadetem papel central;
Indivíduos com valores semelhantes;
A solidariedade mecânica é típica das sociedades tradicionais. Segundo Durkheim, a solidariedade mecânica é característica das sociedades ditas "primitivas" ou "arcaicas", ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal formado por clãs. Os indivíduos diferem pouco uns dos outros e compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo. É justamente essa correspondência de valores que assegurara a coesão social.
Solidariedade Orgânica
O indivíduo tem papel central;
Típica das sociedades modernas;
Indivíduos com valores diferentes;
A solidariedade orgânica predomina nas sociedades ditas como “modernas ou "complexas" do ponto de vista da maior diferenciação individual e social. Ocorre no universo do capitalismo.
Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada.
A divisão econômica do trabalho social é mais desenvolvida e complexa e se expressa nas diferentes profissões e variedade das atividades industriais.
Na solidariedade orgânica, a coesão social não está assentada em crenças e valores sociais, religiosos, na tradição ou nos costumes compartilhados, mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres e se expressam em normas jurídicas: isto é, o Direito.
Há uma tendência ao aumento da divisão do trabalho e, por conseguinte, da preponderância da solidariedade orgânica sobre a mecânica, segundo Durkheim.
Durkheim concebe as sociedades complexas como grandes organismos vivos, onde os órgãos são diferentes entre si (que neste caso corresponde à divisão do trabalho), mas todos dependem um do outro para o bom funcionamento do ser vivo. A crescente divisão social do trabalho faz aumentar também o grau de interdependência entre os indivíduos.
Embora diferentes, podemos afirmar que tanto a solidariedade orgânica como a mecânica têm em comum a função de proporcionar uma coesão social, isto é uma ligação entre os indivíduos.
	SOLIDARIEDADE
	MECÂNICA
	ORGÂNICA
	Sociedades simples
	Sociedades industriais
	Indivíduos semelhantes
	Indivíduos diferentes
	Funções iguais
	Função especializada e interdependente
	Sem divisão social do trabalho
	Com divisão de trabalho
	Consciência social menor
	Consciência social maior
	Pouco desenvolvidas
	Bem desenvolvidas
	Mecanismos de coerção exercidos de forma imediata, violenta e punitiva
	Mecanismos de coerção mais formalizados e exercidos de forma mediata
	Direito repressivo (punições)
	Predomínio do Direito restitutivo (reparação)
Revolução Americana
Características:
Restauração das antigas franquias e dos tradicionais direitos de cidadania;
Tinha interesse em afirmar a sua independência;
A Revolução Americana de 1776 foi a primeira grande rebelião do mundo colonial contra uma metrópole, no caso o reino da Grã-Bretanha.
A Guerra da Independência dos EUA, um movimento emancipador das colônias inglesas na América, teve início com manifestações de descontentamento contra a situação injusta a que os colonizadores foram submetidos pela Grã-Bretanha. Pouco a pouco, essas manifestações se transformaram em rebelião aberta, culminando na proclamação de uma república independente, com base em princípios democráticos. Devido aos fortes laços que os uniam, muitos americanos tinham dificuldade em aceitar uma guerra entre povos considerados irmãos, apenas separados pelo local onde viviam. Contudo, os confrontos foram sangrentos e três vezes mais letais para os americanos do que a 2ª Guerra Mundial.
Uma colônia tornava-se independente por meio de um ato revolucionário. E fazia-o não só proclamando ao mundo, no documento histórico aprovado em 4 de Julho, o direito à independência e à livre escolha de cada povo e de cada pessoa ("o direito à vida, à liberdade e à procura da felicidade" é definido como inalienável e de origem divina), mas ainda construindo uma federação de estados dotados de uma grande autonomia e aprovando uma constituição política.
Embora na opinião de muitos historiadores, a Revolução Americana tenha sido causada por conflitos econômicos e sociais, outros defendem que os motivos principais foram de ordem política, devido a diferenças irreconciliáveis sobre o modo como as colônias americanas deviam ser governadas.
Revolução Francesa
Características:
O movimento político representava uma tentativa de mudança radical nas condições de vida em sociedade;
Investiu-se em uma missão universal de libertação dos povos;
Cenário da França antes da revolução
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. A sociedade era estratificada e hierarquizada.
A sociedade francesa era dividida em classes sociais, ou Estados Nacionais: 
1º estado-clero; cerca de 2%da população. 
2º estado-nobreza; também 2% da população. 
3° estado-burguesia: alta burguesia, média burguesia, baixa burguesia (artesãos, aprendizes, proletários, servos e camponeses semi ou livres).
 Fonte: https://20015e16-a-62cb3a1a-s-sites.googlegroups.com/site/historia1958/revolucao-francesa---1789-1799
A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
 Pior ainda, era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de  agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. 
A era das revoluções
Para entender do que setrata a chamada Era das Revoluções, três perguntas precisam ser respondidas, são elas:
Por que o conflito entre o velho regime e as novas forças ascendentes era mais agudo na França do que nos outros países da Europa?
Qual foi a classe social que deu ao movimento revolucionário uma unidade efetiva?
Em quais sentidos as reivindicações da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão são reivindicações dessa classe social?
A era das revoluções foi como ficou conhecido o período de 1789 a 1848. Nesse período aconteceu o que Eric Hobsbawn chamou de dupla revolução. Uma revolução no mundo da produção, iniciada na Inglaterra e uma revolução política na França.
Na França, havia um conflito entre a estrutura oficial, os interesses do antigo regime e as novas forças sociais. A tensão social estava próxima do seu limite. O que mantinha ainda o equilíbrio era a incerteza do que viria a seguir.
Essa tensão se transformou em conflito efetivamente após o que Eric Hobsbawn chamou de “reação feudal”, que foi a tentativa da nobreza em reaver sua condição privilegiada como classe dominante. Desde que o sistema feudal perdeu sua força, a burguesia vinha conquistando diversos nichos na direção e administração dos assuntos estatais, já que adquirira crescente importância com o desenvolvimento das relações comerciais.
Os nobres pareciam não pertencer a nova sociedade e nesse período de transição lançaram mão do seu bem principal, os privilégios reconhecidos. Assim invadiram os setores administrativos promovendo a exaltação dos atritos com a classe média.
“O conflito entre a estrutura oficial e os interesses estabelecidos do velho regime e as novas forças sociais ascendentes era mais agudo na França do que em outras partes da Europa”(HOBSBAWN,2008,P.86), pois esta mudança resume a condição francesa à época pré – revolucionaria,existia uma grande tensão social que indicava o começo de um novo tempo, cheio de incertezas do que ainda poderia vir.
A Revolução Francesa é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais na França e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. A diferença da Revolução Francesa das outras revoluções é que as demais têm um caráter econômico, e a francesa é de caráter político.
A Revolução Francesa tinha como objetivo a liberdade da opressão, a diminuição de impostos; tendo como meta a busca cientifica pela produção de produtos que lhe trouxessem o lucro, dando se inicio ao capitalismo.
Os maiores destaques da Revolução Francesa, foi o fim do antigo regime onde o que mais almejavam era derrubar a monarquia, tiveram então o crescimento reconhecido da burguesia e o desenvolvimento do capitalismo.
Assim terminavam os privilégios da nobreza e do clero, um primeiro passo no sentido do igualitarismo.
Mas a polarização ainda não estava completa. A década que antecedeu a Revolução foi também de profunda crise econômica. Dessa forma, o ônus recaía sobre a parcela mais pobre da população; e o contraste exacerbado entre a extremada penúria de um lado, e a crescente ostentação de outro foi apenas um dos motivos que exasperaram os ânimos do Terceiro Estado (do campesinato, particularmente) contra esse feudalismo fora de época.
Os burgueses deram inicio ao movimento revolucionário, uma unidade efetiva, nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram os girondinos, denominados a alta burguesia que tinha participação na Assembléia Constituinte com intenções liberais, e eram contra o terror e a execução do rei, e os jacobinos, burguesia liberal radical a favor do terror, que eram o proletariado, trabalhadores de Paris.
Para os franceses a libertação da França era simplesmente o primeiro passo para o sucesso universal da liberdade.
Seus interesses eram expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram o respeito pela dignidade das pessoas, liberdade dos cidadãos perante a lei, direito à propriedade individual, direito de resistência à opressão política e liberdade de pensamento e opinião, que nada mais era uma forma de se encobrir a verdade, uma fachada superficialmente igualitária para facilitar o exercício do poder.
“Este documento é um manifesto contra a sociedade hierárquica de privilégios nobres, mas não um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária. (...) no geral, o burguês liberal clássico de 1789 (e o liberal de 1789-1848) não era um democrata, mas sim um devoto do constitucionalismo.” (HOBSBAWM, 2008, p. 91).
As exigências feitas pela burguesia fizeram parte da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. O documento foi uma manifestação contra as sociedades hierárquicas de privilégios nobres, mas não é um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igual para todos e ainda permitia a existência de distinções sociais. Por exemplo: a propriedade privada era um direito natural, sagrado, inalienável e inviolável. Os homens eram iguais perante as leis e as profissões estariam igualmente abertas de acordo com o talento, mas que de fato não ocorria.
Hobsbawm,expõe sucintamente que:
A “Revolução “começou como uma tentativa aristocrática de recapturar o Estado. Esta tentativa foi mal calculada por duas razões: ela subestimou as intenções independentes do Terceiro Estado – a entidade fictícia destinada a representar todos os que não eram nobres nem membros do clero, mas de fato dominada pela classe média – e desprezou a profunda crise socioeconômica no meio da qual lançava suas exigências políticas." (HOBSBAWM, 2008, p. 90).
Os Direitos Humanos e a Política Internacional.
Apenas a partir da segunda metade do século XX que o reconhecimento dos direitos passa a ser afirmado internacionalmente pela elaboração de cartas de direitos, tratados e convenções internacionais, e da incorporação da temática dos direitos humanos na elaboração da política externa de diversos estados.
A afirmação de que a “sociedade internacional” tem responsabilidade pela vida e pela proteção dos direitos humanos do indivíduo, independentemente de seu próprio Estado, ganha força após a II Guerra Mundial, especialmente diante da proliferação dos refugiados e apátridas – o que Celso Lafer chama de “os expulsos da trindade povo-Estado-território”.
A percepção do abandono em que se encontrava o indivíduo quando não estava vinculado a nenhum Estado motivou a criação de um regime internacional que representa um ponto de inflexão no direito internacional, pois pela primeira vez é reconhecida a existência do indivíduo no cenário internacional.
São consideradas os marcos fundadores do direito internacional dos direitos Humanos:
1) Carta de fundação da Organização das Nações Unidas (ONU)(1945);
2) Carta de fundação do Tribunal de Nuremberg (1945-1946);
3) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
Ao longo do século XX surgiram vários outros acordos mais específicos de direitos e mecanismos regionais como, por exemplo, a Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos e Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes (1984), a Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados (1951), a Convenção Relativa aos Apátridas (1954 e 1961), a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965), a Convenção Americana dos Direitos Humanos (1969), a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação da Mulher (1979), a Convenção Européia dos Direitos Humanos, a Convenção Africana dos Direitos Humanos (1981), a Convenção de Direitos da Criança (1989) dentre outros. 
Em se tratando da Carta de Fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), pode se dizer que esta carta reconhece como legitima a preocupação internacional com os direitos humanos.
Ao longo da história, a ONU desempenhou um papel fundamental para se alcançar um consenso internacional sobre ações para o desenvolvimento. A partir de 1960, a Assembléia Geral definiu prioridades e metas através de uma sériede Estratégias Internacionais para o Desenvolvimento, com um prazo de dez anos para que cada uma fosse implementada. Enquanto se focavam em assuntos particulares, essas estratégias destacavam a necessidade de se alcançar progresso em todos os aspectos do desenvolvimento econômico e social. Áreas fundamentais como o desenvolvimento sustentável, os direitos das mulheres, os direitos humanos, a proteção do meio ambiente e a saúde tiveram continuamente objetivos definidos, acompanhando programas para torná-los realidade.
Nas duas últimas décadas, a ONU tem realizado uma série de conferências e encontros mundiais que têm sido os maiores na história da Organização na tentativa de realizar concretamente seus objetivos desenvolvimentistas. Embora as reuniões das Nações Unidas tenham sido ao longo de muito tempo um local de debates políticos, as conferências e os encontros a partir de 1990 foram excepcionais em responder a pedidos de muitos líderes internacionais para que a Organização desempenhasse mais ativamente o papel descrito em sua Carta em definir valores, estabelecer objetivos, articular estratégias e adotar programas de ação em diferentes dimensões do desenvolvimento.
Esforços unidos são realizados para resultar em um melhor posicionamento da ONU para lidar com as necessidades e os desafios do século XXI.
A pobreza, a globalização, a degradação do meio ambiente e os efeitos das mudanças climáticas continuarão sendo uma parte essencial do trabalho das Nações Unidas. A saúde global também é um enorme desafio, incluindo a maternal e infantil e pandemias como o HIV/AIDS e a gripe aviária. Investimentos na área são fundamentais para o crescimento econômico, o desenvolvimento humano e a segurança global.
Outro marco foi a Carta de fundação do Tribunal de Nuremberg (1945-1946) que com o término da segunda Guerra, as potências vencedoras decidiram criar um tribunal destinado a julgar os criminosos da guerra da Alemanha nazista. A sociedade internacional, até então não acreditava que tais atrocidades poderiam ser acometidas em uma guerra, ou que seres humanos fossem capazes de tal brutalidade. Era responsabilidade do Tribunal de Nuremberg julgar estes homens, suas idéias e condutas.
O Tribunal de Nuremberg contribuiu para a transformação da realidade em que a guerra era uma alternativa aceita pelo Direito Internacional e a proteção da pessoa humana não estava presente nas políticas das nações. Uma nova configuração da sociedade internacional foi apresentada depois da existência deste tribunal.
Já a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), é inegável que, após o surgimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em contraste com a situação que havia anteriormente a 1948, inúmeras realizações foram alcançadas: o Documento ampliou e aprofundou os conceitos – inseparáveis e liberais – de igualdade e liberdade, bem refinou como sua inter-relação; aumentou consideravelmente o conteúdo e a substância dos Direitos Humanos em relação às concepções tradicionais; postulou e institucionalizou o alcance universal desses direitos e proclamou que todas as pessoas, sem qualquer tipo de distinção, deveriam desfrutá-los; fez do cumprimento desses direitos um elemento legítimo e necessário das legislações nacionais e firmou-se como tema incontornável das Relações Internacionais e do Direito Internacional Público.
Os direitos humanos foram exaustivamente codificados e o objetivo desses textos são, em tese, proteger o ser humano contra ameaça de agressão ou agressão a sua dignidade. No entanto, a questão sobre a viabilidade e mesmo a adequação de uma política internacional de direitos humanos dotada de mecanismos coercitivos mais fortes que os atuais, considerando-se a estrutura profundamente assimétrica das relações internacionais, exige a retomada da tradicional e infindável reflexão sobre a relação entre poder e moral nas relações internacionais que parece, mais do que nunca, extremamente atual.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é mais comumente interpretada como uma declaração, que não tem força de lei, pois não tem o formato de um tratado embora tenha servido de parâmetro para vários outros tratados e legislações. 
Direitos Humanos... Existe?
As imagens nos sugerem que “Direitos Humanos’’ é algo que cabe em uma cartilha, muito bem elaborada, mas sem nenhuma prática.
Observa-se uma “distribuição” dos direitos humanos aos necessitados e excluídos como se esses direitos fossem possíveis de serem adquiridos pelo simples fato de existirem em uma cartilha. Cartilha essa pautada em teorias e em moldes de outros países, quase nunca colocada em prática diante das necessidades encontradas em nosso país.
O povo não se identifica com o que lê, onde tudo é perfeito e os problemas todos têm solução. A grande massa da população não vivencia nada daquilo que preconiza a “Cartilha Mágica”.
A imagem que se deseja passar é de um país justo e com igualdade entre as classes sociais. Porém a realidade é cruel com os menos favorecidos, idosos, crianças, doentes, desempregados e tantos outros grupos de pessoas que vivem à margem do que prevê a Declaração dos Direitos Humanos.
De acordo ainda com o que prevê a Declaração dos Direitos Humanos, a vida em sociedade deve ser mais democrática, onde a população tenha acesso gratuito e sem dificuldades a direitos básicos como saúde, educação, emprego, moradia...
Apenas com a mobilização e mudança de pensamento e prática de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, poderemos caminhar para a promoção da cidadania, para a consolidação da democracia, para a promoção da igualdade e ao acesso a justiça e segurança.
Se não avançarmos nesse sentido, jamais iremos consolidar o que já está tão bem elaborado na teoria.
Referências Bibliográficas:
CANCIAN, Renato. Divisão do trabalho social. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/sociologia/durkheim1.jhtm>. Acesso em: 13 out. 2013
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Revolução Francesa. Disponível em:<http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/dec1793.htm>. Acesso em: 13 out.2013
Declaração da Independência dos Estados Unidos da América (Declaração dos direitos da Virgínia). Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/dec1776.htm>. Acesso em: 14 out. 2013.
Disponível em: http://www.cafecomsociologia.com/2011/01/solidariedade-mecanica-e-solidariedade.html Acesso em 17 out. 2013
Disponível em: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2004/01/06/001.htm . Acesso em 14 out. 2013
Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.com/historia-geral/revolucao-francesaresumo.htm.Acesso em 14 out. 2013
Disponível em: http://www.prof2000.pt/users/chito2/revam.htm. Acesso em 14 out. 2013
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/francesa/. Acesso em 14 out. 2013
Disponível em: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/historia-geral/revolucao-americana.htm. Acesso em 14 out. 2013
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*Vide citações de fontes em Bibliografia

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