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Resumão para 2° fase PENAL da OAB

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AULA 1
A resposta sempre está no código. 
Perguntas importantes para responder a peça:
 - Qual é peça?
- Quem é meu cliente? No direito material (pessoa) e no direito processual (autor ou réu)?
- Qual o momento processual? Fazer uma linha do tempo.
- O que ele quer? O problema diz o que o cliente quer. PEDIDO
- Porque o cliente quer? Dizer o fato (o que acontece na vida real) e o direito (lei tese).
- Qual o assunto? Qual crime?
- É urgente? 
- Qual juízo? Para quem mandar a peça?
PEÇAS MESTRAS
INICAL 
DEFESA
RECURSO
PEÇA SIMPLES – não tem modelo na lei – exceção de pre-executividade. 
COMO FORMAR O RACIOCINIO JURIDICO?
1 – Fato, que estará no enunciado. Tem de copiar na peça. Fazer um esquema dos fatos.
2 – Teses (como fazer? Raciocínio jurídico, é a parte do direito). Qual é a relação jurídica (tema, será o nome do capitulo). O que diz a legislação, a doutrina e a jurisprudência sobre o assunto? Aplicar ao caso concreto, relacionar aos fatos da vida real. Concluir. 
 *existem teses complementares (tudo na mesma argumentação) e teses autônomas (em argumentações separadas).
AULA 2
REGRAS DE COMO ESCREVER (IMPORTANTE)
1 dos fatos (aconteceu isso)
2 do direto (a lei diz isso)
3 do pedido (quero isso)
Ligar um tópico ao outro. 
Utilizar apenas uma ideia por parágrafo.
Nunca em primeira pessoa, pois se fala em nome de alguém. Sempre em terceira pessoa ou com sujeito oculto.
Ao falar sobre o cliente utilizar expressões de certeza (restou demonstrado, evidente, inequívoco), sobre a outra parte expressões de incerteza (afirma o réu, de forma lacônica, colocar em descrédito).
AULA 3
É obrigado citar artigo e sumula na peça. 
Verbos do preambulo: propor (inicial), impetrar (ação mandamental), interpor (recursos com recurso com duplo grau de jurisdição), opor (recurso sem duplo grau), apresentar ou oferecer (demais peças).
Estrutura da peça
1 – Endereçamento.
2 – Epigrafe (peça incidental)
3 – Preambulo
IDENTIFICAÇÃO DOS REQUESITOS PARA MONTAR A PEÇA
São 10 requisitos essenciais.
1 – Definir quem é o cliente. Se cliente for réu (acusado) será defesa, se for a vítima será assistente do MP.
2 – Qual o crime, qual a pena.
3 – Ação penal que rege o crime. No silencio será publica incondicionada, caso apareça queixa (privada), representação ou requisição (condicionada a representação).
4 – Descobrir o procedimento ou o rito. Ordinário, sumário ou sumaríssimo (contravenção penal sempre usa JECRIM).
 *se não for JECRIM observar se não é especial, pois o rito especial prevalece sobre o sumário ou ordinário. O JECRIM vale mais o que o especial, exemplo alguns crimes contra a honra.
 ** Os crimes contra a honra, quando a pena máxima cominada for até 2 anos, compete ao JECRIM, dentro do qual deve ser seguido o procedimento sumaríssimo. Se o crime contra a honra sair do JECRIM (a pena máxima em abstrato superar 2 anos), então voltará a usar o procedimento especial estabelecido nos artigos 519 a 523 CPP.
 *** Quando se tratar de concurso de crimes, este deve ser considerado de forma global (como um todo e não levando em conta cada infração de forma isolada).
5 – “Sursis” processual – suspenção condicional da pena. (Art. 89 JECRIM 9099/05). É previsto no JECRIM, mas não é apenas do JECRIM. Os sursis ficam nas disposições finais, que em nada tem a ver com o JECRIM.
 **** Para pode ocorrer o sursi é necessário que a pena mínima seja até um ano, não importando qual a pena máxima, abrangidas ou não pela lei do JECRIM.
 ***** Quando couber sursi processual, iremos requerer a remessa dos autos ao MP para que seja formulada a proposta de suspensão condicional do processo.
 ****** Se a houver a opção de multa na pena sempre caberá sursi processual.
6 – Momento. Sumaríssimo (oferecimento, recebimento ou rejeição (cabe apelação para turma recursal)
7 – Peça (é consequência do momento)
8 – Competência 
9 – Tese
10 – Pedido
RITOS ESPECIAIS NO CPP
Júri (dolosos contra a vida 121 a 128 CP), funcionário público (312 a 327), honra (138 a 145, mas estão fora do rito especial quando forem de competência do JECRIM) e propriedade imaterial (184 CP).
Embora não haja previsão expressa da conversão dos debates orais em memoriais escritos é possível a sua ocorrência por aplicação subsidiária do rito ordinário prevista no artigo 395 §5° CPP.
A falta de notificação para o acusado apresentar a defesa preliminar configura nulidade (prestar atenção no rito do funcionário público).
QUANTO A NECESSIDADE DA DEFESA PRELIMINAR nos processos precedidos por inquérito policial há duas posições: 1) é dispensável por força da sumula 330 STJ; 2) é indispensável posto que o artigo 514 não faz nenhuma restrição.
Se não for marcada a audiência de conciliação no rito da honra haverá nulidade. (564 IV CPP). Se for marcada e o querelante não comparecer haverá extinção da punibilidade pela perempção. 
O rito da propriedade imaterial segue como base o rito ordinário com duas diferenças: 1) a ação não será recebida sem laudo pericial (tese de nulidade 564, III, B’ CPP); 2) a ação tem que ser proposta em 30 dias a partir da homologação do laudo (prazo decadencial, tese de extinção de punibilidade pela decadência).
NULIDADE E EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
I - Extinção da Punibilidade
Pedidos (em regra): como regra se pede que seja declarada extinta a punibilidade nos termos do artigo 107, incisos, do CP.
Pedidos (exceção): na resposta a acusação, pede absolvição sumária nos termos do artigo 397, IV, do CPP.
II - Artigo 107 CP:
Morte do agente. – Prova com a certidão de óbito (art. 62 CPP). A certidão de óbito falsa não faz coisa julgada material, conforme entendimento do STF.
Anistia (feita por lei, pelo congresso nacional), graça (individual) e indulto (coletivo) (feitos pelo presidente da república por decreto). 
Retroatividade da lei que não considera mais o fato como criminoso. – Sumula 611 STF.
Decadência (6 meses do conhecimento da autoria, quando se tratar de ação penal privada a defesa precisa verificar se não houve decadência; exceção, não ocorre prescrição contra menor de idade, assim quando atingir a maioridade poderá promover a queixa crime a contar da data de seu aniversário; exceção no artigo 236 CP o prazo é contado a partir da sentença que anular o casamento; exceção 529 CPP o prazo conta da decisão do juiz que homologa o laudo, (esse prazo é de direito material) (Art. 29 CPP esse prazo de 6 meses é a contar do dia seguinte ao termino do prazo para o MP) e perempção (se for ação penal privada então ficar atento a perempção) estão elencadas no artigo 60 do CPP. 
Renúncia (ato pré-processual, não depende da concordância pode ser expressa ou tácita); Perdão (ato processual, depende da concordância, pode ser expressa ou tácita). – Ficar atento a prova se houver algo que chame atenção pela estranheza da situação. É possível que haja renuncia tácita.
Retratação do agente – cabe em calúnia, difamação, falso testemunho e falsa perícia.
Perdão judicial. – Apenas quando existe previsão em lei. Cuidado, pois, no código de transito o perdão judicial é aplicado do código penal por analogia.
PEDIDO “Que seja declarada a extinção da punibilidade nos termos do artigo 107 CP.” Em caso de R.A. pede a absolvição sumária com base no 397 do CPP. 
NULIDADE
São 2 os pedidos possíveis: 1) que seja anulado “ab initio” o processo nos termos do artigo 564, incisos, CPP. (Essa nulidade se dá quando a denúncia for inepta, foro incompetente, ilegitimidade de parte. Em caso de resposta a acusação, caso haja falta de prova.) 2) que seja anulado a partir da fase que gera nulidade. (Que seja desclassificada a imputação para aquela prevista no artigo... e então que seja anulado ab initio o processo nos termos do artigo 564... e remetendo-se os autos ao Juizo competente).
 ORDEM DOS PEDIDOS QUANDO HOUVER NULIDADE
Como regra pede a nulidade e depois o mérito, pois a nulidadeé preliminar que precede o mérito. Exceção quando houver desclassificação e alterar a competência primeiro se verifica o mérito (desclassificação) e depois a nulidade.
FUNDAMENTO LEGAL DA NULIDADE – 564 CPP
Incompetência (pouco importa se é absoluta ou relativa).
Ilegitimidade de parte.
Falta das formulas ou termos seguintes, A, B, C e E. – Quando não existiu o ato.
Omissão de formalidade que constitua o elemento essencial do ato. – Sempre que ato existir e foi feito de maneira errada.
TESES DE DEFESA
Nulidade pede Anulação;
Extinção da punibilidade pede declaração sobre a extinção da punibilidade (exceto na R.A., onde se pede absolvição sumária.);
TESES DE MÉRITO (São usadas no item “Direito” das peças) (Em regra pede absolvição)
O que alegar?
-Falta de requisitos do crime. (Tipicidade, antijuridicidade, culpabilidade)
-Escusas absolutórias.
-Falta de provas. 
*Essas são as principais teses.
Faltas de requisitos do crime
Tipicidade: Se divide em formal e material. São necessárias as duas para configurar a tipicidade. 1) Tipicidade Formal abrange a adequação da conduta concreta em todos os elementos do tipo penal. Que se divide em duas, a OBJTIVA e SUBJETIVA, nesta se enquadra o dolo ou culpa (a culpa necessita ser expressa na lei), e, naquela se enquadra a conduta. Em caráter de exceção ainda tem crimes que necessitam de fim especial (vai estar expresso no tipo penal), ou seja, para se “sentir” bem ou dar vantagem a alguém ou a si. A expressão para si ou para outrem significa o fim especial da conduta com ânimo definitivo; 2) Tipicidade Material, para que esse requisito se configure é necessário que haja lesividade/ofensividade (princípio da insignificância), que seja relevante e verificar sua adequação social.
*Verificar se a conduta imputada corresponde aos elementos descritos no tipo, lembrando que não se admite analogia in malam partem.
*furto de uso é atípico, pois o ânimo é provisório, no aspecto formal SUBJETIVO. Aliás, a pessoa não pode perceber a perda do bem antes que este seja devolvido.
Ilicitude (antijuridicidade): Expressas no artigo 23 CP. I) Estado de necessidade, para remover perigo atual (art. 24 CP); II) Legitima Defesa (art. 25 CP); III); Estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito (comum em práticas desportivas).
Culpabilidade: São enquadrados aqui os inimputáveis. 1) Menores de 18 anos (art. 27 CP), aqui é caso de nulidade em ação penal (art. 564, II CPP), só pode ser por rito do ECA, a inimputabilidade neste caso não gera tese de mérito, mas de nulidade por ilegitimidade passiva da parte (falta condição da ação); Doente Mental (art. 26, caput); Embriagues completa involuntária, ou seja, caso fortuito ou força maior (art. 28, §1 CP); Erro de proibição (art. 21 CP); Coação moral irresistível ou obediência hierárquica (art. 22 CP), na obediência o sujeito cumpre um ordem ilegal, mas que aparentava legalidade.
*Verificar se o agente agiu com negligencia, imprudência ou imperícia, examinado se houve falha no dever de cuidado e se o resultado era previsível.
 
Escusa absolutória: (art. 181 CP e 348 CP). Existe o crime, fato típico, ilícito e culpável, mas não será condenado, exclui a punibilidade. (NÃO É EXTINÇÃO)
SUBSDIÁRIA DE MÉRITO, pede desclassificação, redução da pena, mudança de regime ou benefícios (substituição ou suspensão da pena privativa de liberdade).
RESPOSTA A ACUSAÇÃO
I - Cabimento, logo após a citação, quando ainda não houve audiência.
II - Competência, qual é o endereçamento. Será na Resposta a acusação sempre o Juiz da causa. (A incompetência se diz para o juiz da causa) Em caso de competência Estadual “Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Da ... Vara Criminal da Comarca de ... do Estado de ...”, em competência Federal “Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... da Justiça Federal da Seção Judiciária de ...
Comarca é estadual, Seção é federal.
III - Preambulo, fundamentos 396 e 396-A.
Nome, já qualificado nos autos da ação penal n° ... que lhe move a justiça pública por seu advogado que este subscreve (procuração anexa), vem perante Vossa Excelência dentro do prazo legal apresentar RESPOSTA A ACUSAÇÃO nos termos dos artigos 396 e 396-A do CPP, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. 
IV - Teses: 
1) Nulidade (vicio de processamento), 564 CPP, art. 5° LIV (devido processo legal), LV (ampla defesa), CF, art. 8°, CADH (comissão americana de direitos humanos).
Principais nulidades: 1) nulidade por incompetência fundamentada no 564, I, CPP; 2) ilegitimidade de parte, 564, II, CPP; 3) inépcia da denúncia, 564 IV, CPP, a qual não preenche os requisitos do artigo 41 CPP (muito importante observar se o fato criminoso foi descrito em todas as suas circunstancias, data, documentos, tudo o que for relevante – não pode ser genérica, necessita da descrição dos fatos); 4) falta de justa causa, 564, IV, CPP (a falta de justa causa é a ausência de suporte probatório mínimo para a denúncia – o enunciado vai deixar claro se tem ou não, pois quando este não mencionar nada é porque não interessa para a resolução da peça); falta de representação na ação condicionada, 563, III, a’, CPP.
2) Extinção da punibilidade, artigo 107 CP.
Prescrição ou decadência
3) Mérito (tipicidade, ilicitude, culpabilidade, escusa absolutória, desclassificação)
A aplicação de medida de segurança depende do devido processo legal.
A desclassificação só pode ser arguida na RA se ocorrida uma consequência, as quais, podem ser nulidade, extinção da punibilidade ou benefício antes incabível.
Não cabe dosimetria da pena na RA.
V - Pedidos:
Pedido inicial: Rejeição da denúncia 395, CPP.
Nulidade: Pedido de anulação. 564, CPP.
Se a nulidade for por incompetência deve se requerer também a remessa dos autos ao juízo competente
Extinção da punibilidade: Pede absolvição sumária com base no 397, IV CPP.
Teses de mérito em geral: Pede absolvição sumária com base no artigo 397 CPP. Atipicidade inciso III; excludente de ilicitude I; excludente de culpabilidade II; escusa absolutória por analogia será o II; Desclassificação se pede com a consequência, ou seja, se pede o que irá acontecer (consiste na alteração do tipo penal, com uma consequência, qual seja, nulidade, extinção da punibilidade ou benefício que será cabível).
VI - Se não acolhido os pedidos anteriores, elencar o rol de testemunhas.
Nome, qualificação, endereço.
Arrolar até o número máximo permitido pelo rito. (Podem ser arrolados o número máximo por cada fato ocorrido).
VII - Prazo para apresentar a RA é de 10 dias. (396, CPP)
10 dias a partir da efetiva citação.
Só datar a peça se o enunciado pedir.
 VIII - Contagem do prazo 
Inicia-se no dia útil seguinte ao da citação. Se o ultimo dia cair em fim de semana ou feriado prorroga-se para o dia útil seguinte. 798, CPP.
DEFESA PRELIMIAR – rito do funcionário público
***O rito é aplicado aos crimes dos artigos 312 e seguintes do CP praticados por funcionário público no exercício da função.
Cabimento
Após oferecimento da denúncia, mas antes do juízo de recebimento.
Competência
Juiz da causa (igual na RA)
Preambulo
514 CPP
Teses/Pedidos
São os mesmo pedidos e teses da RA.
Prazo
15 dias a partir da notificação.
****O STF discorda do posicionamento da súmula 330 DO STJ, em vista do cerceamento de defesa. Sendo, então, possível alegar na qualidade de defesa nulidade pela ausência dessa peça.
DEFESA PRELIMINAR – Rito da lei de drogas.
I – Cabimento
Após a denúncia, mas antes do recebimento, com a notificação do acusado.
II – Competência
Juiz da causa.
III – Preambulo
Artigo 55 da lei 11.343/2.006
IV – Teses/Pedidos
Mesmo que a R.A.
V – Prazo
10 dias.
RESPOSTA A ACUSAÇÃO
Excelentíssimo Senhor doutor Juiz de Direito da 12° Vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro-RJ
Pedro, já qualificado nos autos da ação penal n° ... que lhe movea justiça pública que este subscreve (procuração anexa), vem, perante Vossa Excelência apresentar: RESPOSTA A ACUSAÇÃO com fundamento conforme os artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
 I – Dos Fatos
Pedro foi denunciado pela suposta prática do crime previsto no artigo 163 § Ú III do CP. Recebida a denúncia, o réu foi citado.
 II – Do Direito
A denúncia oferecida pelo MP é manifestamente inepta.
Nos termos do artigo 41 CPP a inicial acusatória deve conter dentre outros requisitos a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias. Caso tal requisito não seja cumprido impede-se o exercício da ampla defesa garantida no art. 5°, LV, da CF.
Sendo inepta, deveria ser rejeitada conforme o artigo 395, I, do CPP.
No caso em tela a denúncia é lacônica e baseada em fatos indefinidos, imputando a prática do crime de dano a diversos agentes sem individualizar as condutas. Apenas mencionou que eles fizeram que “eles fizeram” e “eles agiram dolosamente”. Quanto a Pedro, somente disse que tem a personalidade desajustada por ser reincidente.
Portanto está demonstrada a inépcia da denúncia.
 
 III – Do Pedido
Ante o exposto, requer-se a rejeição da denúncia, conforme o artigo 395, I, do CPP, ou a anulação “ab initio” com base no artigo 564, IV, do CPP, por inépcia da denúncia.
Caso o entendimento de Vossa Excelência seja pelo prosseguimento do processo, requer-se a oitiva das testemunhas abaixo arroladas.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local, data
Advogado, OAB
Rol de testemunhas
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço. 
LABORATÓRIO DE PEÇAS
Pedro, Bruno e Danilo, foram denunciados pela pratica em concurso material pela pratica de furto, pois segundo o MP, teriam em conjunto praticado furto contra Andréia, mãe de Bruno, de 40 anos de idade. A inicial acusatória limitou-se a imputar genericamente os tipos penais, trazendo a seguinte descrição dos fatos:
“No dia 23/05/2013, os denunciados furtaram Andreia, subtraindo seu aparelho celular, sua carteira e seu relógio. Assim agindo, incidiram nos tipos penais dos artigos, 155, §4°, IV e 288 ambos do CP”
Recebida a denúncia pelo Juiz competente, os réus foram citados em 08/10/2014 (quarta feira).
Na qualidade de advogado de Bruno, apresente a peça processual cabível, formulando teses e pedidos pertinentes ao caso, e ainda a apresentando no último dia do prazo legal.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal do Foro da Comarca de ... 
Bruno, já qualificado nos autos da ação penal n° que lhe move a Justiça Pública, que este subscreve (procuração anexa), vem perante Vossa Excelência apresentar: RESPOSTA A ACUSAÇÃO com fundamento nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
 
 I – Dos Fatos
Bruno foi denunciado pela suposta prática de furto com concurso material, previsto no artigo 69 do Código Penal, com associação criminosa, previstos no Código Penal nos artigos 155, §4°, IV e 288, respectivamente. Por ter subtraído junto com Pedro e Danilo, a carteira e o celular de Andreia, sua mãe.
 Recebida a denúncia por esse MM Juízo, o réu foi citado para apresentar resposta à acusação.
		
		II – Do Direito
Os autos em tela possuem nulidade “ab initio”, pois a denúncia é inepta e, portanto, não deveria ter sido recebida.
Conforme expresso no artigo 41 do CPP a inicial acusatória dentre outros requisitos deve conter a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstancias. Sendo tal requisito não cumprido, deve a peça ser declarada inepta pois cerceia o exercício de ampla defesa que é garantido pela Constituição Federal em seu artigo 5°, LV.
Como resta evidente que os fatos foram expostos genericamente por falta de individualização das condutas detalhadamente e de como se deu o feito, a denúncia se configura lacônica. 
Restando assim demonstrada a inépcia da denúncia. 
Ainda, configura-se atípica o crime de associação criminosa.
Nos termos do artigo 288 do CP, tem por tipificado o delito de associação criminosa quando 03 ou mais agente se associam para cometer crimes. Ficando claro que para que exista a configuração do tipo é necessário que a associação pratique mais de um crime.
No caso em tela, tem-se que foi praticado apenas um crime pelos Réus, o que por si só não configura o crime de associação criminosa, já que o tipo descreve expressamente a necessidade de crimes.
Portanto deve ser reconhecida a atipicidade da conduta do Réu.
E, tem-se ainda, no caso em exame, que a imputação do crime do furto também não deve ser acolhida em relação ao crime de furto qualificado.
Com efeito, como prevê o artigo 181, II, do CP, terá excluída a pena, aquele que comete crime de furto contra ascendente. 
No caso dos autos a vítima do crime de furto é mãe do Réu, de modo a configurar a escusa absolutória.
Portanto, resta por caracterizada a escusa absolutória.
		III – Pedidos
Ante o exposto, requer a rejeição da denúncia, com fundamento no artigo 395, I ou II do CPP. Caso assim não entenda, requer a anulação “ab initio” do processo nos termos do artigo 564, IV, CPP ou a absolvição sumária do Réu com fundamento no artigo 397, II, CPP, em relação ao delito de associação criminosa, e com base no artigo 397, II, CPP, pelo crime de furto qualificado.
Caso o entendimento de Vossa Excelência seja pelo prosseguimento do processo, requer-se a oitiva das testemunhas abaixo arroladas.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local, dia 20 de outubro de 2014.
Advogado, OAB
Rol de testemunhas
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
Nome, qualificação, endereço.
APLICAÇÃO DA PENA
Diferença entre elementares e circunstancias: ELEMENTAR é o dado típico que se retirado altera o crime, já CIRCUNSTANCIA é o dado típico que se retirado não altera o crime em si.
Qualificadoras, agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição.
Qualificadoras estabelecem novos patamares abstratos.
Agravantes (61 e 62 CP), atenuantes (65 e 66 CP), alteram a pena em quantidade não estabelecida em lei.
Causas de aumento e diminuição, estão previstas tanto na parte geral quanto na parte especial
O magistrado não pode aumentar a pena base utilizando-se de fato que já é elementar do próprio crime ou que é circunstância incidente em outra fase da dosimetria
I - Pena. A pena é aplicada pelo sistema trifásico.
Pena base: Leva em consideração as circunstancias do artigo 59 CP. (se o problema não trouxer nada em contrário, por exemplo maus antecedentes, em memoriais se pode requerer sempre a fixação da pena base no patamar mínimo.)
Observar a sumula 444 STJ, que veda a utilização de inquéritos ou ações penais em curso/tramitação para aumentar a pena base. – Em respeito ao princípio da presunção de inocência.
Não é possível utilizar uma condenação para aumentar a pena com base em maus antecedentes e reincidência, súmula 241 STJ.
Em havendo concurso de qualificadoras, a primeira é usada como tal e as demais incidem na segunda fase como agravantes ou se assim não estiverem previstas incidem na primeira fase como circunstância do artigo 59 do CP.
Se tratando da lei de drogas deve-se atentar para o artigo 42 da lei 11.343/2.006.
ROL DE CIRCUNSTANCIAS JUDICIAIS DO ARTIGO 59 DO CP: 1) analisa-se a censurabilidade da conduta do agente; antecedentes; motivos e conseguências. 
Pena intermediária: Leva em consideração atenuantes e agravantes (61,62, 63, 64, 65, 66 do CP).
Súmula 231 do STJ, não pode ser fixada a pena abaixo do mínimo e maior que amáxima. Contudo pode se pleitear a fixação da pena abaixo do mínimo, segundo posição minoritária.
Verificar se há situação narrada no problema traz alguma das circunstancias previstas no artigo 65 e se for o caso pedir o seu reconhecimento. Dar especial atenção a atenuante da idade e da confissão (quanto a confissão lembrar que caso tenha sido relevante para a formação da convicção do Juiz deverá ser reconhecida a atenuante, ainda que tenha havido a retratação).
Verificar se há alguma agravante imputada pela acusação. Caso haja verificar se é possível pedir a sua exclusão. Cuidado com agravantes que já constam do próprio tipo.
* Reincidência: Necessário que exista sentença condenatória transitada em julgado, caso não exista não haverá. A mesma condenação não pode gerar simultaneamente reincidência e maus antecedentes, pois haveria “bis in iden”, se há uma dupla imputação é preciso excluir uma das duas figuras. Só haverá reincidência se o crime que se julga tiver sido praticado depois do transito em julgado de outro. / Maus antecedentes: Necessário que exista sentença condenatória transitada em julgado, caso não exista não haverá. Se configura os maus antecedentes quando houver transito em julgado de outro crime, porém o que se julga ao momento foi cometido antes do transito em julgado daquele.
Quanto a aplicação do período depurador do artigo 64 do CP aos maus antecedentes a jurisprudência acolhe duas posições: 1) não é aplicável pois não há previsão legal; 2) aplica-se o período depurador em face da proibição constitucional da pena de caráter perpétuo.
Havendo uma agravante e uma atenuante, posso compensa-las? Depende, apenas posso compensar se estiverem no mesmo nível. Caso concorra duas circunstancias opostas do mesmo nível (duas comuns ou duas preponderantes) umas compensa a outra e a pena continua como está. (Preponderantes estão previstas no artigo 67 do CP, contudo a menoridade relativa é considerada preponderante). Segundo entendimento do STJ a confissão entrega a personalidade e, portanto, pode ser compensada com a reincidência (súmula 545 STJ), será atenuante ainda que incompleta ou qualificada.
Não há reincidência caso seja praticado contravenção penal (transitada em julgado) e depois crime. Erro do legislador.
Pena definitiva: Leva em consideração causas de aumento e de diminuição de pena. (Sempre ligadas a uma fração matemática). Verificar se o problema traz causa de diminuição de pena e requerer a sua aplicação. – Verificar se há causa de aumento de pena imputada pela acusação e requerer se possível a sua exclusão. Ex. artigo 157 §2°, I, CP (arma de brinquedo ou não encontraram a arma).
O Juiz não pode aumentar a pena apenas por causa que existe um outro inquérito penal em andamento.
Não pode o magistrado aumentar a pena além do mínimo tão somente com base no número de causas de aumento
II – Regime – Artigo 33 CP
Verificar de acordo com a pena estimada se é possível requerer regime semiaberto ou aberto nos termos do artigo 33 §2° do CP.
A previsão de regime inicial fechado para crimes hediondos ou equiparados foi considera inconstitucional pelo STF, portanto, estes crimes também se se submetem a regra 33 §2° do CP.
Segundo a sumula 269 STJ o condenado reincidente a pena menor ou igual a 4 anos poderá começar a cumpri-la em regime semiaberto se o magistrado justificar a necessidade.
Conforme sumulas 718/719 do STF a mera opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não é motivação idônea para imposição de regime mais gravoso. Conforme sumula 440 do STJ fixada a pena base no mínimo é vedada a imposição de regime mais severo com fundamento na gravidade abstrata do delito.
SEMPRE PEDIR O REGIME MAIS BENÉFICO POSSÍVEL.
Mesmo para os crimes hediondos e equiparados pode se pedir regime diverso o fechado.
Detenção e prisão simples não podem ter regime fechado imposto na decisão, deverá pedir para deferir regime mais brando.
387, §2° do CPP (detração na sentença): Para fixação do regime deverá ser observado o que foi cumprido em sede de prisão cautelar, sendo descontado o tempo apenas para fixar o regime e não para cumprimento de pena. (Ex: Agente condenado a 8 anos e 2 meses, tendo ficado 3 meses preso cautelarmente, descontando-se o prazo que cumpriu na forma cautelar, a pena restante será de 7 anos e 11 meses, fazendo então, o agente, jus ao regime semiaberto).
III - Beneficio 
Substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. Artigo 44 do CP. – Não pode haver violência ou grave ameaça.
Se por alguma razão não for concedida a substituição, pede se o Sursis (art. 77 do CP). – Pode haver violência ou grave ameaça, o que interessa aqui é que a pena não seja maior de 2 anos.
Suspensão condicional do processo: Prevista no artigo 89 da Lei 9099/95, suspende o processo, não há condenação. Se baseia na pena mínima em abstrato. Não pode ter sido condenado e nem estar sendo processado; será oferecido pelo MP no momento da denúncia, e se aceito pelo acusado, será concedido pelo Juiz; pode pedir na R.A, nos Memoriais, em Apelação em duas hipóteses: 1) se o crime e o criminoso fizerem jus ao benefício e o problema disse expressamente que o MP não fez a proposta, neste caso deve se pedir antes de qualquer outra tese que os autos sejam remetidos ao MP para que faça a proposta de Sursis processual; 2) quando houver um pedido de desclassificação para crime que admita o benefício neste caso o pedido deve ser feito logo após a tese de desclassificação.
Suspensão condicional da pena: Prevista no artigo 77 do CP, suspende a pena, houve a condenação, o réu deixa de ser primário; se baseia na pena em concreto aplicada pelo Juiz após a condenação, que seja menor ou igual a 2 anos; o condenado não seja reincidente em crime doloso, mas pode em caso de pena de multa ser reincidente em crime doloso; concedido pelo juiz na sentença condenatória, pode pedir em Memoriais ou Apelação, se de acordo com a pena estimada ou aplicada não for maior do que 2 anos. Este pedido sempre será feito após a tese de Pena, Regime e/ou Benefício.
Art. 44, §3°, do CP: ainda que o sujeito seja reincidente a restritiva pode ser aplicada desde que: 1) a medida seja socialmente recomendável e 2) a reincidência não seja específica, ou seja, que não seja reincidente pelo mesmo tipo.
***No caso de tráfico de drogas é possível a aplicação de pena restritiva de direitos.
IV – Pena de Multa
A multa vai de 1/30 até 5 vezes o salário mínimo, por dia. Será imposta de acordo com a capacidade econômica do agente.
Cabe a fazenda pública cobrar a pena de multa, súmula 521 do STJ.
***Em não havendo pedido de indenização deve-se sustentar seu não arbitramento, pois é vedado ao Juiz reconhece-la de ofício; se nos autos não for fixado ou apurado o prejuízo sofrido não há como fixar indenização; caso exista prova do prejuízo pode-se pleitear a redução ou fixação mínima do valor da indenização.
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA – IMPORTANTE 386 CP
Inciso I: É a inexistência do fato. A absolvição alcança a esfera civil e administrativa;
Inciso II: dúvida sobre a existência do fato;
Inciso III: O fato existe, mas não é crime, fato atípico;
Inciso IV: estar provado que o réu não cometeu o crime;
Inciso V: Há dúvida quanto a autoria;
Inciso VI: Excludente de ilicitude, erro de tipo e excludente de culpabilidade.
Inciso VII: Não há provas para confirmar o crime. É aplicado subsidiariamente na absolvição.
***Se o réu estiver preso, utilizar o 386, §Ú, do CPP, para que seja solto, e expedido o alvará de soltura ou contramandado de prisão, se for o caso; em caso de bens sequestrados, pedir o levantamento do sequestro.
MEMORIAIS
*Erros a serem evitados nos memoriais: 1) não pode pedir rejeição da denúncia do artigo 395 do CPP. Porque passou o momento. Pede nulidade “ab initio” do processo 564, IV, CPP. Mesmo em causa de falta de pressuposto processual para condição da ação também utilizar o 564 do CPP. A Falta de justa causa enseja a absolviçãodo 386; 2) não pode pedir absolvição sumária do artigo 397 do CPP.
I – Endereçamento: Para a vara criminal que estiver no caso.
II – Fundamento legal: 403, §3°, CPP: 1) complexidade da causa; 2) número de acusados. 404, § Ú, CPP: em caso de determinação de diligência.
No silêncio do problema e desde que não seja possível a dedução, fundamentar no artigo 403, §3°.
III – Teses e pedidos:
Nulidade: Se pede a anulação do processo. Artigo 564 do CPP.
Extinção da punibilidade (mérito): Pede a declaração de extinção da punibilidade (artigo 107 do CP).
Mérito: Pede absolvição com base no 386.
Subsidiária de mérito, pena, regime e pena restritiva de direito (beneficio).
Pedido de desclassificação: Com base no 383 do CPP. Deve indicar qual o novo tipo (crime) para o qual se quer desclassificar.
Ver as novas teses que podem surgir por conta da desclassificação. Pode acontecer por incompetência, nulidade por ilegitimidade de parte. Fazendo com que o pedido de nulidade venha após o pedido de desclassificação.
Aspectos finais dos memoriais (PEDIDOS): 1) que seja fixado o valor mínimo da indenização nos termos do artigo 387, IV do CPP; 2) que seja permitido aguardar o julgamento de eventual recurso em liberdade nos termos do artigo 387, §1° do CPP; 3) contagem do prazo é processual (o prazo é de 5 dias).
Sequência de teses (pedidos): 1) Nulidade; 2) extinção da punibilidade; 3) absolvição; 4) Subsidiária de mérito; 5) desclassificação.
MEMORIAIS PELA ACUSAÇÃO
Os memoriais pela acusação, terão como base o artigo 387 do CPP, pois nele está contido toda a matéria que deve ser pedida para uma condenação. Tipificação, regime de pena, fixação do valor da indenização, decretação da prisão preventiva, manutenção da prisão preventiva.
Pedido: Que seja julgado procedente o pedido da acusação nos termos do artigo 387 do CPP, condenando-se o acusado como incurso nas penas do artigo ... do CP, fixando-se o regime inicial ... e decretando-se a prisão preventiva do acusado (artigo 387, §1°, c/c 312 do CPP), fixando-se a indenização em favor da vítima.
Endereçamento, fundamento lega e estrutura são iguais ao memorial de defesa.
Do Direito, demonstrar a ocorrência do crime e de todas as circunstâncias.
***Ante o exposto requer a habilitação como assistente da acusação nos termos do artigo 268 do CPP.
PRÁTICA DE MEMORIAIS
Felipe com 18 anos de idade em um bar com outros amigos, conheceu Ana, linda jovem por quem se encontrou, após um papo informal e trocas de beijos. Ana e Felipe foram para um local mais reservado onde Ana voluntariamente praticou sexo oral e vaginal em Felipe, depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo trocado telefones e rede sociais. Felipe ao visitar a página de Ana na rede social descobre que apesar da aparência adula ela possui apenas 13 anos de idade, tendo ficado em choque após a constatação. O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia da denúncia movida pelo MP estadual, já que o pai de Ana procurou a autoridade policial narrando o fato. Por Ana ser inimputável e contar a época dos fatos com 13 anos de idade o MP estadual indiciou Felipe pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável previsto no 217-A na forma do 69, ambos do CP. O parque requereu o início do cumprimento de pena em regime fechado, com base no artigo 2°, §1° da lei 8072/90 e o reconhecimento da embriagues preordenada. O processo teve início e prosseguimento na vigésima Vara Criminal da cidade de Vitória-ES local de residência do réu. Felipe por ser primário de bons antecedentes e com residência fixa, ficou em liberdade até a audiência de instrução e julgamento. A vítima disse que essa teria sido sua primeira noite, mas que teria o hábito de fugir de casa para sair com as amigas para frequentar bares de adultos. As testemunhas de Ana afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam de tais fugas. As testemunhas do Felipe, seus amigos, disseram que o comportamento e as vestimentas de Ana eram incompatíveis com a idade que possuía e que passava a convicção de que era maior de 14 anos, e que Felipe não estava embriagado quando conheceu Ana. O réu disse que se interessou porque ela estava bem vestida e muito bonita. Felipe disse, ainda, que não perguntou a idade pois acreditava que no lugar só poderiam frequentar pessoas maiores de idade, afirmou a prática de sexo oral e vaginal de forma espontânea e voluntária. Foi constatado pela perícia que a Ana não era virgem, mas que não poderiam afirmar se aquela teria ou não sido sua primeira vez. O MP pugnou pela condenação de Felipe nos termos da denúncia, a defesa foi intimada no dia 10 de abril quinta feira. Datar do último dia do prazo e fazer a defesa.
Cliente: Felipe, réu. (defesa)
Crime: 217-A
Ação penal: pública incondicionada.
Rito: Ordinário
Suspensão condicional:
Momento: Após a audiência e antes da sentença (memoriais)
Peça: Memoriais – 403 §3° CPP
Competência: Juiz da causa – 20° Vara Criminal de Vitória/ES
Tese: Erro de tipo (art. 20 do CP, atipicidade da conduta)
Pedido: 386 III ou VI. 
Subsidiária de mérito: Pena mínima legal, afastamento da agravante, menor de 21 (atenuante da maioridade relativa), crime único, regime inicial semiaberto (arguir sobre a inconstitucionalidade do regime inicial obrigatoriamente fechado), indenização no mínimo legal e direito de recorrer em liberdade.
Data: 15 de abril data da entrega
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 20° VARA CRIMINAL DA COMARCA DE VITÓRIA/ES
Felipe, já qualificado nos autos da ação penal que lhe move a justiça pública, por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente, dentro do prazo legal, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS com fundamento no artigo 403 §3° do Código de Processo Penal , pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
			I – Dos Fatos
O Acusado foi denunciado pela suposta prática do tipo previsto no artigo 217-A do Código Penal em concurso material na forma do artigo 69 do mesmo código.
Segundo a acusação, cometeu a prática de sexo oral e vaginal com vítima menor de 14 anos, tendo, ainda, se embriagado para o cometimento do suposto crime.
Foi colhida a prova oral e interrogado o acusado, requerendo o Ministério Público sua condenação.
			
			II – Do Direito
 
MM Juiz, o caso em tela é algo totalmente surreal. E infelizmente traz mais transtorno tanto para a vítima quanto para o acusado do que deveria.
O fato é que, restou claro após a oitiva das testemunhas, que em momento algum era possível ter ciência da real idade da vítima, tanto pelas suas atitudes, quanto por suas roupas, o que por óbvio não condiz com sua real idade. Não obstante, ainda, que, afirma o acusado, que seu estado em momento algum era para o cometimento do suposto delito.
Ora, nada mais comum do que ir em uma balada e por vezes acabar embriagado. Isso é parte da conduta social de praticamente todos que frequentam estes lugares, e, ainda, até o objetivo de muitos.
Examinando o caso, tem-se por cristalina a configuração de erro de tipo, configurando assim a atipicidade da conduta, conforme descrita no artigo 20 do Código de Processo Penal. Razão pela qual o acusado acreditava que o clube era um lugar apenas para maiores de idade, corroborando ainda as atitudes e roupas da vítima, a qual aparentava ser maior de 18 anos.
Contudo, ainda, na hipótese de não ser acolhida a tese acima, há outros pedidos a serem considerados.
O crime suposto crime praticado pelo acusado, é crime único como se pode verificar o que consta do artigo 217-A, caput, que seja, “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso”, ficando assim demonstrado que o tipo é misto alternativo. Não podendo configurar então o concurso material do artigo 69 do Código Penal.
Além disso, é totalmente pertinente o afastamento do agravante da embriaguez preordenada, visto que não agiu o acusado com o fim de se embriagar para cometer o suposto fato.
Tem-se, ainda, que o acusado é menor de 21 anos, que como consta do autos este possui apenas18 anos, o que enseja a aplicação da atenuante da maioridade relativa, nos termos do artigo 65, I, do Código Penal.
O regime inicial a ser fixado para o cumprimento de pena deve observar o entendimento sumulado pelo STJ, que consta da súmula 440, que expressamente aduz que “é vedado o estabelecimento de regime penal mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta”. Não mesmo importante é claro, a inconstitucionalidade do artigo 2, § 1° da lei 8072/90.
			III – Do Pedido
Ante o exposto, requer seja julgado improcedente o pedido da acusação, julgando procedente a absolvição do acusado nos termos do artigo 386, III, do Código de Processo Penal. Caso não seja acolhido o pedido, requer, ainda, o que seja aceita a tese de crime único; o afastamento do agravante por embriaguez; o reconhecimento da atenuante da maioridade relativa que consta do artigo 65, I, do Código Penal; que a pena seja cumprida em regime inicial semiaberto, conforme artigo 33, § 2°, b’; que seja a condenação observando a pena base; indenização no mínimo legal, e; direito de recorrer em liberdade, nos termos do artigo 387, §1° do Código de Processo Penal.
Vitória, 15 de abril de 2014.
Advogado/OAB
APELAÇÃO
TODOS OS RECURSOS SÃO EM DUAS PETIÇÕES, SALVO OS EMBARGOS DE DECLAÇÃO
I – Cabimento – 593 do CPP
Inciso I, pode-se apelar mesmo que seja apenas em relação a uma parte da sentença.
Inciso II, decisões definitivas ou com força definitiva das quais não caiba RESE. (Ex.: decisão que decreta ou indefere o sequestro de bens do acusado)
HIPÓTESES DE CABIMENTO DA APELAÇÃO DO ARTIGO 593, II, do CPP:
Decisão do juiz que julga restituição de coisa apreendida;
Decisão do juiz que remete as partes para o juízo civil na restituição de coisa apreendida (120, §4, do CPP);
Decisão que decreta sequestro (125 do CPP);
Decisão que indefere o levantamento do sequestro (131, I, do CPP);
Decisão de julga o pedido de explicações (144 do CP);
****Da decisão do delegado sobre a restituição de coisa apreendida cabe MS.
Inciso III – vão fazer parte da aula do júri.
Lei 9099/95; art. 82; cabe apelação nas hipóteses de sentença condenatória ou absolutória, tanto quanto da rejeição da denúncia ou queixa.
* A peça será apelação se o problema informar que foi proferida decisão que desafia o recurso e a parte foi intimada para apresentar a peça cabível.
II – Legitimidade
MP ou querelante, assistente da acusação (o direito de apelação é supletivo se o MP não tiver apelado, ou da parte da sentença que ele não tiver apelado, * o assistente pode apelar ainda que não esteja previamente habilitado, se o problema disse que o assistente não estiver habilitado, usar a seguinte formula) ou pelo réu.
Formula para habilitação de assistente do MP, nome, nacionalidade, estado civil, profissão, residência e domicilio na rua, por seu adv. Que esta subscreve (conforme procuração anexa, vem, a presença de Vossa Excelência requerer a sua habilitação como assistente da acusação com fulcro nos artigos 268 e §§ do CPP, bem como interpor apelação com fundamento....
III – Prazo e Competência
Informações que vão constar do problema: foi proferida a decisão e a parte foi intimada; NÃO PODE HAVER TRANSITO EM JULGADO, SE HOUVER É REVISÃO CRIMINAL.
Primeiro se faz a interposição e no verso se faz as razões.
Interposição: Prazo de 5 dias.
Razões: Prazo de 5 dias quanto forem acompanhadas da interposição, e prazo de 8 dias para petição de juntada e razões, caso no qual a interposição já foi feita.
Competência para interposição: 1) interposição vai para o juiz, as razões vão para o tribunal; 2) a petição de juntada vai para o juiz, e as razões para o tribunal.
IV – Tese e Pedidos (Serão as mesma teses e pedidos dos memoriais)
Nulidade (anulação)
Extinção da punibilidade (declaração)
Mérito (absolvição 386)
Desclassificação (desclassificação, após argumentar sobre a desclassificação, observar se não pode acarretar em qualquer dos outros pedidos, quais sejam, sursi, nulidade, extinção da punibilidade, mérito)
Aplicação da pena (pena no mínimo, regime e benefício)
Valor da indenização (só falar em caso de o Juiz condenar)
Pedir para o réu aguardar em liberdade até o transito em julgado
*Requerimento da interposição: requer seja recebido, processa e encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...
*Requerimento das razões: requer seja conhecido e provido para...
Em caso de já ter sido feita a interposição deverá apenas fazer as razões. O problema será expresso neste sentido, dizendo para “prosseguir no recurso interposto”. O prazo será de 8 dias, artigo 600, caput, CPP.
O Réu pode pessoalmente fazer a interposição, através do termo de recurso, ou oralmente para o oficial de justiça. 577 e 578 do CPP.
Petição de juntada (em caso de já haver interposição)
Endereçamento: Juiz da causa
Preâmbulo: Cliente, qualificação, advogado, vem, requerer a juntada das razões do recurso de apelação, com fundamento no artigo 600, caput, do CPP. – Prazo de 8 dias.
Pedido: Requer seja processado e encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça de ... (Pois a interposição já foi recebida).
***Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator da Apelação n°... da ... Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de... – Será essa o endereçamento se houver o pedido de fazer apelação direto para o TJ, nos termos do artigo 600, §4°, do CPP.
Contrarrazões 
Faz petição de juntada + contrarrazões.
Preâmbulo: Cliente, qualificação, advogado, vem, requerer a juntada das contrarrazões do recurso de apelação, com fundamento no artigo 600, caput, do CPP. – Prazo de 8 dias.
Pedido: Requer não seja conhecido os pedidos da acusação e, se o for requer seja improvido ou negado o provimento, mantendo-se a r. sentença proferida.
Possibilidades de Apelação quando estiver pela acusação
Legitimação: MP e sucessores da vítima.
Em Ação penal privada pode apelar livremente. 577 do CPP.
Na Ação Pública o MP pode apelar livremente, a vítima só poderá interpor recurso em caso de inércia do MP. 598 do CPP.
***O STF diferencia, sem base legal, em duas hipóteses a apelação subsidiária ou supletiva: 1) se o ofendido ainda não era habilitado como assistente, aplica-se o prazo legal de 15 dias; 2) se o ofendido já era habilitado como assistente, deve ser observado o mesmo prazo das partes, ou seja, 5 dias.
Endereçamento: Juiz da causa.
Preambulo: cliente, qualificação completa, advogado com procuração, interpor recurso de Apelação Subsidiária, com fundamento no artigo 593, I, c/c 598 do CPP.
Habilitação: Requer seja deferida a habilitação do ofendido ou sucessores como assistente da acusação, com fundamento nos artigos 268 e seguintes do CPP.
Pedido: Requer seja recebido, processado e encaminhado.
Caso o MP faça razões o assistente ainda pode reforçar as razões, artigo 600, §1°, do CPP. Faz petição de juntada + razões.
Peça de Apelação
João, casado com Semprônia, foi denunciado como incurso nas penas dos artigos 213, caput, c/c artigo 69 do CP, por duas vezes em concurso material, pois em 01/01/2010 teria constrangido Lúcia a prática de atos libidinosos diversos da conjunção carnal e, após, teria a obrigado também à conjunção carnal. Foi condenado com pena de 12 anos, sob o fundamento de que, não se tratando de ato libidinoso de mera praeludia coiti, deve ser reconhecido o concurso material dos crimes. A pena foi fixada, portanto, em 12 anos, em regime inicial fechado.
Após ser intimado da sentença, como advogado de João, redija a peça processual mais adequada a sua defesa.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...
João, já qualificado nos autos do processo crime n° ..., que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que este subscreve, vem, à presença de Vossa Excelência, não se conformando com a r. sentença condenatória, interpor APELAÇÃO com fundamento no artigo 593, I do Código de ProcessoPenal – CPP.
Requer seja recebido e processado o presente recurso e remetido, com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local..., data...
Advogado.../OAB...
				RAZÕES DE APELAÇÃO
				Apelante: João
				Apelada: Justiça Pública
				Processo n°: ...
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria de Justiça, 
Em que pese o notável saber jurídico do Douto Magistrado “a quo” merece reforma a respeitável decisão condenatória pelas razões de fato e direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
O Réu foi denunciado como incurso no crime do artigo 213, caput, juntamente com o artigo 69 ambos do Código Penal – CP, por duas vezes em concurso material. Pois teria constrangido a vítima a prática de atos libidinosos carnais e não carnais. Sendo condenado a 12 anos de prisão.
II – DO DIREITO
Tem-se na decisão que o Apelante incorreu em dois crimes.
Conforme o tipo descrito no artigo 213 do CP é alternativo misto, em que a pratica de mais de uma conduta configura crime único, não podendo então configurar o concurso material descrito no artigo 69 do CP.
No caso em tela, conforme consta dos autos, a conduta do Apelante foi apenas a descrita no tipo.
Portanto, resta configurada a existência de um único crime de estupro, motivo pelo qual a pena deve ser recalculada.
Ainda, tem-se no caso que o pedido para o início de cumprimento de pena em regime fechado, não pode prosperar.
Simples fato é que, com a descaracterização do concurso material a pena mínima estaria adequada para ser iniciada em regime semiaberto, conforme expresso no artigo 33, §2°, b’ do CP. Cabe ainda ressalvar que o artigo 2 da lei de crimes hediondos foi considerado inconstitucional.
Nos autos em examinado a pena ficou em 12 anos, razão pela qual o pedido de regime fechado estaria correto. Porém ocorre que como não houve concurso material de crimes essa pena ficaria no patamar de 6 anos.
Desta forma, portanto, seria perfeitamente cabível o início do cumprimento de pena em regime semiaberto.
 
III – PEDIDOS
Ante o exposto requer seja conhecido e provido o presente recurso, reconhecendo a existência de crime único, aplicando-se a pena de 6 anos de reclusão com regime inicial semiaberto.
Local..., data...
Advogado.../OAB...
LABORATÓRIO DE PEÇAS 3 e 4
I – Nulidade (consiste na violação de um ato processual, mencionar o dispositivo que não foi observado e combinar com o artigo 564 do CPP e também com artigo 5 da CF).
II – Extinção da punibilidade (previstas no artigo 107 do CP, mas também em alguns outros)
III – Mérito (teses centrais ou principais, que atrelam a um pedido de absolvição)
Conduta
Nexo causal (artigo 13 do CP)
Resultado (artigo 15 do CP, arrependimento eficaz e desistência voluntária, fazendo com que o indivíduo responde apenas até os atos praticados).
IV – Desclassificação
Desclassificação do crime.
Afastamento das qualificações.
PEÇA
Luan dos santos, de 19 anos de idade, é processado criminalmente pela suposta prática de furto qualificado pelo emprego de fraude.
A denúncia foi recebida pelo Juiz da Vara Criminal de Brasilia/DF.
Citado, Luan, não apresentou R.A., mas o magistrado determinou o prosseguimento do feito sem tal peça, por entende-la desnecessária, já que não considerava mesmo o caso de absolvição sumária.
Durante a instrução, as testemunhas de acusação confirmaram a ocorrência do furto qualificado. Disseram, ainda, que, apesar de não saberem que o praticou, suspeitavam que teria sido o Réu, pois ele é conhecido pela prática reiterada de furtos.
Nenhuma outra prova foi produzida nos autos, mas as suas folhas de antecedentes apontam que responde a diversos inquéritos policiais e processos por furto.
O MP, então pugnou pela sua condenação nos termos em que denunciado.
A defesa foi intimada em 16/09/2014 (terça feira)
QUESTÃO: Considerando a situação hipotética acima apresentada, redija na qualidade de advogado constituído por Luan, a peça processual pertinente, privativa de advogado, adequada a defesa de seu cliente. Em seu texto, não crie fatos novos, inclua a fundamentação que embasou seu pedido e explore as teses jurídicas cabíveis, endereçando o documento à autoridade competente e datando-o no último dia do prazo para o protocolo.
Cliente: Luan (Defesa)
Crime: Furto qualificado artigo 155 §4 do CP
Ação Penal: Pública Incondicionada
Rito: Ordinário
Suspensão condicional: Não cabe
Momento: Após a audiência
Peça: Memoriais (403 §3° do CPP)
Competência: Juiz de direito da Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de Brasília/DF
Teses: Nulidade (564, IV do CPP, 5, LV da CF); Absolvição (386, II e V do CPP, falta de provas); Pena base (artigo 33, §2°, a’); Menor de 21 anos (maioridade relativa, art. 65, I, do CP); trocar a pena privativa liberdade por pena restritiva de direito (artigo 44 do CP); Sursis penal (artigo 77 do CP).
Pedidos: Nulidade (que seja reconhecida a nulidade do processo “ab initio” conforme os termos do artigo 564, IV do CPP); Absolvição (que o réu seja absolvido como consta do artigo 386, II e V do CPP); Pena base (que seja a condenação a pena mínima de acordo com o artigo 59 do CP); Menor de 21 anos (que a pena seja atenuada em conformidade com a inteligência do artigo 65, I, do CP); PRD (que seja concedida a PRD de acordo com o artigo 44, I, do CP); Sursi penal (que seja concedido o sursi penal nos termos do artigo 77 do CP); Fixar a indenização no mínimo legal (conforme artigo 387, IV, CPP); Aguardar o transito em julgado em liberdade (nos termos do artigo do artigo 387, §1° do CPP).
Data: 22 de setembro de 2016
	
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁIRIA DE BRASILIA/DF
Luan dos santos, já qualificado nos autos da ação penal n°... que lhe move a justiça publica por seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo), vem, perante Vossa Excelência, apresentar Memoriais, com fundamento no artigo 403 §3° do Código de Processo Penal – CPP, pelas razões de fato e razões a seguir expostas.
				I – Dos Fatos
O Réu, é acusado pela suposta prática do crime de furto qualificado, tendo sido a denúncia recebida pelo Juiz competente.
Após a citação, o Réu não apresentou a resposta a acusação, contudo, foi dado andamento ao processo. Durante a instrução as testemunhas confirmaram que não tinha certeza quanto a autoria do fato, apesar deste de ocorrido e, ainda, nenhuma outra prova foi produzida nos autos.
O MP pugnou por sua condenação nos termos da denúncia, sendo então o Réu intimado.
				II – Dos Direitos
				
II.I Da Nulidade
Em que pese, o tempo e as forças despendidas para todo o processo, este deve ser declarado nulo.
Conforme entendimento do artigo 564, IV do CPP, é nulo o processo por omissão de formalidade essencial, que estão contidas nos artigos 396 e 396-A ambos do CPP.
O que se tem no case em tela, é exatamente essa situação, pois o Réu não pode exercer o seu direito de defesa, o que configura afronta a ordem constitucional do artigo 5°, LV.
Portanto, deve ser reconhecida a arguida nulidade, a partir da citação, com a devolução do prazo para a apresentação da resposta a acusação.
II.II Da Absolvição
Como consta dos autos, não a prova que confirme quem foi realmente o autor do fato.
De acordo com o artigo 386, V do CPP, a falta de provas faz com que o a absolvição seja medida correta.
Nos autos em examinando, percebe-se que nem mesmo as testemunhas conseguem confirmar quem foi o autor do furto, sendo ainda que mesmo da instrução nenhuma outra prova sobre a autoria foi produzida.
Dessa forma, deve ser considerada a absolvição.
II.III Pena base
Caso o entendimento de Vossa Excelência seja diverso de qualquer um dos outros acima mencionados, que seja aplicada a pena mínima.
Cristalinamente expressa o artigo 59 do CP sobre a fixação da pena, sendo descabido qualquer forma de aumento quanto aos referidos requisitos.
O caso em tela, possuia informação de que o Réu possui outros processos e inquéritos penais, conduto nenhum deles pode servir para majoração da pena, sendo vedada a utilização destes com tal intenção, conforme consta da sumula 444 do STJ.
Não podendo então a pena ser majorada com base em inquéritos e processos.
II.IV Maioridade Relativa
Ainda, conta que o Réu é menor de 21 anos, possuindo tão somente 19 anos na data do fato.
De acordo com o artigo 65, I do CP, a maioridade relativa é motivo atenuante de pena.
Examinando os autos, tem-se claro a partir da documentação do Réu que este tem a idade de 19 anos, encaixando-se perfeitamente na atenuante descrita.
Desta forma, merece o Réu que sua pena seja diminuída.
Regime Inicial aberto.
Partindo-se da pena a ser aplicada ao réu em caso de eventual condenação, imperioso se faz o regime inicial aberto para o início do cumprimento da pena.
O artigo 33, §2°, c’, do CP, aduz que não sendo reincidente e cuja pena for menor ou igual a 4 anos, poderá a pena ser cumprida em regime aberto.
No, caso a pena a ser aplicada dos parâmetros já demonstrados será inferior a 4 anos, já que não há nenhuma circunstância desfavorável ao Réu na dosimetria da pena. Além disso, o Réu é primário.
II.V PRD
Não obstante, se acolhidos os pedidos sobre a pena base e a maioridade relativa, tem-se então o cabimento da pena restritiva de direito.
Conforme expresso no artigo 44, I do CP, as penas não superiores a 4 anos, e que seus crimes não forem cometidos com violência ou grave ameaça, poderão ser substituídas por penas privativas de direito.
Conforme consta dos autos e do tipo, não houve e nem pode haver em momento algum a violência ou grave ameaça cometidas pelo Réu, caso houvesse, estaríamos diante do crime de roubo. E constante das provas é sabido que não existiu qualquer tipo dessas qualificante.
Portanto, o Réu faz jus a substituição da pena por outra restritiva de direito.
II.VI Susris
Não sendo o entendimento acima o acolhido, mas acolhido o pedido das atenuantes, terá cabimento o Sursis Penal.
De acordo com o artigo 77 do CP, se a pena privativa de liberdade não for superior a dois anos, a pena poderá ser suspensa.
Como visto, nos autos em examinando, e observando-se os antecedentes o Réu possui total compatibilidade com a medida, ou seja, não tem nada que o impeça de ter sua pena suspensa, pois não se enquadra em nenhuma das hipóteses dos incisos I, II e III do mesmo artigo.
Desta feita, resta configurada a possibilidade da suspenção da pena.
				III – PEDIDOS
Ante ao exposto, requer seja declarada a nulidade nos termos do artigo 564, IV do CPP, ou, seja absolvido o acusado nos termos do artigo 386, V, do CPP. Caso esse não seja o entendimento de Vossa Excelência, requer seja aplicada a pena mínima base nos conformes do artigo 59 do CP; o reconhecimento da atenuante da maioridade relativa do artigo 65, I do CP; substituição da pena por pena privativa de direito conforme artigo 44, I, do CP, ou, a concessão do Sursis penal de acordo com o artigo 77 do CP; requer ainda, que seja fixado a indenização no valor mínimo legal de acordo com o artigo 387, IV do CPP e, que o Réu possa aguardar, até o transito em julgado da ação, em liberdade nos termos do artigo 387, §1° do CPP.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Local..., 22 de setembro de 2016.
Advogado.../OAB...
OBSERVAÇÃO: MELHORAR NA PARTE DOS ARGUMENTOS! 
REVISÃO CRIMINAL
Após o trânsito em julgando, durante o processo de execução. Pode pedir a revisão mesmo que a tese não tenha sido acolhida durante a R.A, Memoriais e Apelação. Observar o pedido na prova, pois pode ser uma revisão (em caso de fatos novo), ou um pedido (se o pedido do cliente for sobre o tempo e o regime prisional).
Como identificar: 1) já há uma sentença condenatória transitada em julgado; 2) tem por objetivo modificar a condenação (anular, absolver, modificar a pena)
****Se após a condenação transitar em julgado entrar em vigor lei mais benéfica a aplicação de tal lei deve ser pedida ao juiz da execução (pedido ao juiz da execução).
***É cabível a revisão contra decisão de absolvição imprópria transitada em julgado, pois neste caso há imposição de medida de segurança.
****A revisão criminal não é cabível para alterar o fundamento da absolvição e também não é cabível diante de extinção da punibilidade.
****A revisão criminal tem por finalidade atacar o conteúdo da condenação. Assim não se confunde com as peças de execução penal que dizem respeito aos incidentes da execução.
A aplicação de lei penal mais benéfica após o transito em julgado compete ao juiz da execução conforme a súmula 611 do STF e artigo 66 da LEPE.
É PETIÇÃO INICIAL, DEVE SER FEITA COMO PEÇA SIMPLES, SEM INTERPOSIÇÃO.
É preciso mencionar procuração anexa e certidão de transito em julgado da condenação, por exigência do artigo 625, §1°, do CPP.
I – Cabimento – Artigo 621 do CPP
Inciso I: Sentença contrária a lei ou a provas dos autos. (Todos os outros casos, que não estejam no II e no III)
Inciso II: Provas falsas.
Inciso III: Provas novas.
A nova prova deve já acompanhar a revisão criminal, de modo que caso seja necessário produzi-la isso deverá ser feito por meio da justificação criminal (cautelar de produção antecipada de prova), por meio de petição simples ao juiz de primeiro grau com fundamento no 381, §5°, do CPC. Neste caso, deve-se mencionar na revisão criminal a produção da prova por esse meio.
II – Legitimidade – Artigo 623 do CPP
Réu;
CADI (cônjuge, ascendente, descendente, irmão).
****não há possibilidade de revisão criminal pró-societate. Art., 8°, IV, CADH. 
O condenado pode fazer o requerimento da condenação criminal, mas deve ser assistido por advogado.
III – Prazo – REVISÃO CRIMINAL NÃO TEM PRAZO – 622 do CPP.
Pode ser feito a qualquer momento após o transito em julgado, até mesmo após a extinção da pena.
IV – Competência – Artigo 624 do CPP
Inciso I: A competência será do STF apenas nas decisões por ele proferidas; no STJ nas condenações por ele proferidas.
Inciso II: No TJ quando for da justiça estadual e no TRF quando for na justiça federal.
****Se o processo tiver chegado ao STJ ou ao STF por via recursal (recurso especial ou extraordinário) a revisão será para estes tribunais, APENAS se tiverem decidido a questão que se quer que seja revista. Neste caso será endereçada ao MINISTRO PRESIDENTE.
***Em caso de JECRIM a revisão criminal será endereçada a TURMA RECURSAL.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL ...
V – Teses e pedidos 
Anular: Alegar a nulidade, com base no 564 do CPP.
Extinção da Punibilidade: Art. 107 do CP.
Absolver: Tese de mérito, 386 do CPP.
Desclassificar: Desclassificação
Modificar a pena: Modificar a pena (tese da aplicação da pena sobre a dosimetria)
****Se durante a execução houver uma causa de extinção da punibilidade, deverá ser pedida diretamente ao juiz da execução por força do artigo 66 da LEPE. Mas nada impede que em revisão criminal seja requerida a extinção da punibilidade como decorrência de uma desclassificação.
Nesta peça se verificada o cabimento do benefício da suspenção condicional do processo e que não foi oportunizado deve se requerer a anulação do processo para que seja concedido o benefício.
No pedido sempre mencionar o artigo 626 do CPP.
***Sempre fazer o requerimento do RECONHECIMENTO DO DIREITO A INDENIZAÇÃO, com fundamento no artigo 630, do CPP e art. 5°, LXXV, da CF.
Conforme o artigo 622, §Ú, do CPP, pode haver nova revisão criminal, desde que fundada em nova prova.
Se o tribunal julgar improcedente a revisão criminal, poderão ser interpostos, conforme o caso, RESP e/ou REX.
REVISÃO CRIMINAL
Mário, após violenta discussão com Antônio, o agride com um cano, causando-lhe ferimentos, ato presenciado por duas testemunhas. Durante o inquérito policial, depois do primeiro exame em Antônio realizado em 15 dias após o fato, foi ele intimado para comparecerapós 90 dias, tendo os peritos, com base em informes do ofendido e de registros hospitalares, pois desaparecido os vestígios, afirmando a incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias. Concluído o inquérito, Mário foi denunciado e condenado nas penas do artigo 129, §1°, I, do CP. O acusado Mário e seu advogado deixaram escoar o prazo para a impugnação da sentença.
QUESTÃO: Como advogado de Mário, o que faria em seu favor? Redija a peça pertinente.
Cliente: Mário (defesa)
Crime: Lesão corporal grave, 129, §1°, I, do CP
Ação Penal: Pública incondicionada
Rito: Ordinário
Suspensão condicional: Não é cabível por falta de dados no problema
Momento: Após a condenação transitada em julgado
Peça: Revisão Criminal – 621, I CPP
Competência: TJ
Teses: Falta de exame complementar (art. 168, §2°, CPP) causa nulidade (564, III, b’ do CPP); falta de prova da lesão grave, desclassificação para lesão leve, havendo nulidade por ausência de representação (564, III, a’ do CPP); nulidade por incompetência derivada da desclassificação (564, I, do CPP). 
Pedidos: Declaração da nulidade por falta do exame de corpo de delito (564, III, b’ do CPP); a desclassificação para lesão leve, declarando a nulidade por ausência de representação (564, III, a’ do CPP); reconhecimento da nulidade por incompetência derivada da desclassificação (564, I, do CPP)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOS PRESIDENTE DO EGRÉGRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ...
Mário, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., residente e domiciliado..., por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa), vem à presença de Vossa Excelência, não se conformando com a r. sentença transitada em julgado, propor REVISÂO CRIMINAL com fundamento no artigo 621, I do CPP, pelas razões de fato e direito a seguir expostas:
				I – Dos Fatos
O Apenado, foi condenado pelo crime de lesão corporal grave, prevista no artigo 129, §1°, I do Código Penal – CP, decorrente de uma lesão causada a vítima no emprego de um cano. 
Infelizmente, o Apendo perdeu o prazo legal para a apresentação da Apelação, conduto, existem fatos que ainda precisam ser esclarecidos no processo.
				II – Do Direito
Excelentíssimo Desembargador, os autos em examinado, está eivado de vícios que acarretam a sua nulidade.
Em primeiro lugar, se faz mister observar a falta da prova complementar do exame de corpo de delito.
No texto da lei, conforme expresso no artigo 168, §2° do Código de Processo Penal, tem-se que, é obrigatória a realização do exame de corpo de delito no prazo de 30 dias, a partir da data do crime, sendo que sua falta acarreta a nulidade contida no artigo 564, III, b’ do CPP.
Ocorre, então, que nos autos desse processo, não se verifica que tenha sido realizada tal exigência da lei. Tendo apenas sido realizada um exame nos primeiros 15 dias, sendo realizado outro exame depois de 90 dias, tendo apenas os peritos se baseado em informações da vítima e do hospital, o que não caracteriza em momento algum como perícia. Não tendo nenhuma prova que corrobore com a agravante da vítima ficar indisposta por pelo menos 30 dias.
Por esses motivos, pede que seja reconhecida a nulidade constante no artigo 564, III, b’ do CPP.
Contudo, não acolhendo, Vossa Excelência, tal tese, há de se ter então em segundo momento a verificação da falta de provas sobre a lesão.
Como anteriormente exposto, não há prova que realmente deixe notada a gravidade da lesão, sendo então o crime cometido, apenas o de lesão corporal, com pena de 3 meses a um amo, como consta do artigo 129, fazendo assim com que a ação penal seja pública condicionada a representação contando com 6 meses antes da sua decadência. Com isso nota-se a nulidade por ausência de representação, constante do artigo 564, III, a’ do CPP.
No caso, o que se tem são informações da vítima e do hospital, não havendo prova periciada, e que quando do comparecimento da vítima dentro dos 90 dias após o exame, não havia mais nenhum resquício ou indicio que a gravidade da lesão foi severa a ponto de ter ficado 30 dias sem poder exercer sua ocupação. Por isso, não há o que se falar em lesão grave, apenas em lesão, que está descrita no caput do artigo 129 do CPP, que possui a necessidade de representação da vítima em 6 meses, o que não foi possível, sendo assim gera a nulidade por ausência de representação, conforme artigo 564, III, a’ do CPP, ou ainda a extinção de sua punibilidade de acordo com o artigo 107, IV, do CP.
Sendo assim, requer, seja declarada a nulidade ou a extinção da punibilidade.
Não sendo ainda, este o entendimento de Vossa Excelência, tem-se por último a nulidade por incompetência que deriva da desclassificação.
Conforme inteligência do artigo 564, I, do CPP, é nulo o processo que tramita em juízo incompetente.
Dada a desclassificação do tipo de lesão corporal grave, artigo 129, §1°, I do CP, para lesão, artigo 129, caput, tem se que o processo deveria tramitar no JECRIM, pois como a pena do artigo 129, caput, é de apenas 3 meses a 1 ano, não sendo competente então a Vara Comum.
Portanto, requer, seja declarada a nulidade por incompetência. 
				III - PEDIDOS
Diante do exposto requer:
A declaração nulidade ab initio do processo, de acordo com o artigo 564, III, b’;
Caso assim não entenda, seja acolhido o reconhecimento da nulidade ou extinção da punibilidade derivadas da desclassificação do crime, conforme artigos 564, III, a’, do CPP e 107, IV, do CP respectivamente;
Ou, ainda, seja reconhecida a nulidade por incompetência do Juízo;
Requer, também, seja reconhecido o direito do Apendo a indenização prevista no artigo 629 do CPP.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Local...,data...
Advogado.../OAB...
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – 581 do CPP e seguintes
I – Cabimento – 581 do CPP (o rol é taxativo mas admite interpretação extensiva)
As hipóteses relativas estão revogadas, decisão do juiz da execução penal cabe AGRAVO EM EXECUÇÃO, com base no artigo 197 da LEP.
RESE no CTB está previsto no artigo 294 § ú.
Inciso I: rejeitar a queixa ou denuncia, se o juiz rejeitar aditamento da queixa ou denuncia caberá RESE por interpretação extensiva do 581, I.
No JECRIM o recurso cabível da rejeição é a apelação. Art. 82 lei 9099/95.
****Súmula 707 STF diz que é causa de nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor público.
Dica como tese de peça, se o problema disser que foi rejeitada a denúncia e foi interposto recurso e não disser que o réu foi intimado para oferecer contrarrazões pode alegar nulidade nos termos do artigo 564, IV, do CPP a partir do momento do recebimento do recurso.
Inciso II: Se o juiz ao final da primeira fase do júri o juiz desclassificar, caberá RESE, apenas atuando como vítima.
Inciso III: Só cabe o RESE se acolher a exceção, salvo a de suspeição. Em caso de rejeição eventualmente pode caber HC, ou ainda podem ser alegados em outros recursos, pois essas matérias não precluem. A interpretação extensiva cabe apenas em casos semelhantes.
Inciso V: nesse RESE o MP irá entrar também com MS, do qual o réu deverá ser citado, conforme súmula 701 do STF.
Relaxar a prisão em flagrante: acusação
Fiança: acusação ou defesa
Conceder liberdade provisória: acusação
Indeferir a preventiva ou revoga: acusação
O inciso V permite perceber um padrão nas decisões ali especificadas: ressalvadas a fiança (em que o RESE foi previsto para a acusação e para a defesa), as demais decisões tratam de RESE que seria interposto apenas pela acusação. Para as decisões opostas, a defesa pode impetrar ação de HC.
Inciso VII: usa os mesmos argumentos do inciso V
Quebra da fiança, está no artigo 341 do CPP.
Perda da fiança, está no artigo 344 do CPP. 
Incisos VIII e IX: acolhendo ou rejeitando o pedido de extinção da punibilidade cabe RESE.
****Quando forem 2 crimes e um deles for declara a extinção da punibilidade eo outro for condenado, o recurso será APELAÇÃO. Pois a apelação prevalece sobre o RESE quando há condenação. Quando se tratar de sentença condenatória ou absolutória sempre deve ser usado o recurso de APELAÇÃO!
Inciso X: Quando conceder ou negar HC, caberá RESE para o TJ.
Quando for decisão do TJ que nega HC caberá ROC para o STJ, 105, II, CF.
****RESE É APENAS PARA DECISÃO DE JUIZO SINGULAR, OU SEJA, DO JUIZ, NÃO CABE DE DECISÃO DO TRIBUNAL!
Inciso XIII: decisão do juiz que anula o processo cabe RESE.
Inciso XIV: 
Inciso XV: Quando o Juiz negar seguimento a apelação, caberá RESE.
Inciso XVI: Questões prejudiciais estão nos artigos 92 e 93 do CPP.
Inciso VIII: Incidente de falsidade que versa o artigo 145 do CPP.
No RESE existe juízo de retratação, previsto no artigo 589 do CPP, sempre fazer este pedido na interposição. O juízo de retratação tem efeito REGRESSIVO ou ITERATIVO ou DIFERIDO.
****Só existe um caso de RESE subsidiário da pública, em caso de extinção da punibilidade quando o MP não recorrer. 581, VII c/c 584, §1°, ambos do CPP.
RESES ou APELAÇÃO?
Se for sentença condenatória ou absolutória sempre caberá APELAÇÃO! 593, I CPP
EXCEÇÃO quando for sentença condenatória ou absolutória de crime político cabe ROC para o STF 109, IV, da CF c/c 102, II, da CF.
Se não for sentença condenatória ou absolutória olhar no artigo 581. “Tem previsão lá?” 1) Sim, faça o RESE; 2) Não, pode ser hipótese no artigo 593, II, do CPP.
593, II, do CPP, caberá apelação das decisões definitivas ou com força de definitivas, desde que não caiba RESE. São decisões que encerram o processo distintas das sentenças condenatórias ou absolutórias.
1° FASE DO JURI
Pronuncia – 413 do CPP
1 – Requisitos: Indícios suficientes de autoria e prova da existência do crime;
2 – Conteúdo da Pronuncia: Tipo, qualificadoras, causas de aumento de pena, prisão e liberdade, não analisa agravantes e atenuantes.
****Se estiver pela defesa ficar atento para pedir a retirada das qualificadoras. Se estiver pela acusação ficar atento para pedir a inclusão de qualificadoras.
3 – Eloquência acusatória: Quando o Juiz ultrapassa os limites legais ao fazer a pronuncia, haverá nulidade, artigos 413, §1°, c/c 564, IV, ambos do CPP. 
4 – Preclusão da Pronuncia: 1) para a defesa não há preclusão da matéria de fato; 2) em regra haverá preclusão da matéria de fato para a acusação, salvo o disposto no artigo 421, §1° do CPP.
Desclassificação – 419 do CPP
Que seja desclassificado para o crime previsto no artigo 129 do CP e remetidos os autos ao JRECRIM, e que seja declarada extinta a punibilidade nos termos do artigo 107 do CP.
Impronuncia – 414 do CPP
Se faltar indícios suficientes de autoria e/ou prova da existência do crime.
Absolvição sumária – 415 do CPP
Só pode aplicar medida de segurança se a inimputabilidade for a ÚNICA tese alegada.
Se houver outra tese o juiz deverá pronunciar o réu ou absolver sumariamente, mas não poderá absolver impropriamente.
Quanto a decisão do Juiz após a RA há 2 posições:
Aplica-se o artigo 397 do CPP, do rito ordinário, por força do artigo 394, §4° do CPP. Deste modo a decisão do Juiz poderá ser igual a aquelas do rito ordinário. Podendo arguir pela nulidade, absolvição sumária e até desclassificação (mas apenas quando esta gerar nulidade ou absolvição sumária). Não esquecer de pedir a rejeição do 395, II, do CPP sempre.
O juiz não pode aplicar nem o 397 do CPP, já que não há previsão e nem o 415 do CPP pois está localizado depois da pronuncia, não sendo o momento adequado. Portanto ele só pode decidir sobre nulidade, desclassificação (desde que gere uma nulidade), pedindo acumuladamente com a rejeição. Posição majoritária no STJ.
RESPOSTA A ACUSAÇÃO NO JURI
Cabimento: Artigo 406 do CPP
Legitimidade: defesa
Competência: Exmo Senhor Doutor Juiz De Direito da ... Vara do Juri da Comarca de ...
Prazo: 10 dias
Teses e pedidos: Necessário verificar qual posição adotar. Mas o básico são nulidade, extinção (absolvição sumária, 397 c/c 394 §4° do CPP), mérito (absolvição sumária, 397 c/c 394 §4° do CPP), desclassificação (cumular com a nulidade absolvição sumária, 397 c/c 394 §4° do CPP). (Começar pedindo a rejeição do 395, II do CPP), testemunhas (8)
OS DESBATES PODEM SER CONVERTIDOS EM MEMORIAIS?
É pacifico que sim, por força do artigo 394, §5°, do CPP.
MEMORIAIS DE JURI
I – Cabimento: 403, §3° ou 404, § Ú c/c 394, §5° todos do CPP.
II – Legitimidade: MP/querelante, assistente da acusação (aqui ele possui uma legitimidade cumulativa, pode então apresentar memoriais mesmo que o MP já tenha feito), defesa.
III – Prazo: 5 dias.
IV – Competência: Exmo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara do Júri da Comarca de ...
V – Teses e Pedidos: Anulação, extinção, absolvição do 415 do CPP, impronuncia 414 do CPP, desclassificação do crime artigo 419 do CPP (pedindo a remessa ao juiz singular), pronunciar por outro crime artigo 413 do CPP.
****nenhum crime de competência do Júri tem escusa absolutória.
Absolvição do 415 do CPP: Necessita estar provada a inexistência do fato; provada a negativa de autoria; fato atípico; excludente de ilicitude ou culpabilidade. *Se o problema trouxer tese de inimputabilidade por doença menta: verificar se existe mais de tese, caso não existir a única tese será alegar a inimputabilidade, pedindo a absolvição sumária imprópria do artigo 415, IV, e aplicando-se medida de segurança. Caso não for a única tese defensiva, o juiz não poderá absolver sumariamente pela inimputabilidade conforme 415, §Ú, do CPP, então alega-se a outra tese e com base nela se pede a absolvição sumária do artigo 415 do CPP, e não sendo possível, pedir então a pronuncia com fundamento no artigo 413 do CPP.
Impronuncia do 414 do CPP: Não se está provado, mas o juiz não se convenceu acerca dos fatos. (Falta de prova da materialidade, falta de prova da autoria). *Se o problema não deixar claro se o caso é de falta de prova ou prova cabal da inocência, deve-se pedir a absolvição sumária, com fundamento no artigo 415 do CPP ou caso não for o entendimento do juiz que seja então impronunciado, com fundamento no artigo 414 do CPP.
Desclassificação do 419 do CPP: Quando o crime não for da competência do júri.
Pronunciar por outro crime do rito do júri (413 do CPP): Por um crime mais leve, também de competência do júri.
****Quanto as teses e pedidos que chamamos de subsidiárias de mérito (dosimetria, regime, beneficio), os únicos cabíveis são: 1) a desclassificação mais a remessa, na forma do 419 do CPP, ou; 2) a desclassificação mais a pronuncia que está no 413 do CPP.
São 4 as decisões cabíveis ao juiz na primeira fase do júri: 1) pronuncia (RESE), 2) impronuncia (APELAÇÃO), 3) absolvição sumária (APELAÇÃO), 4) desclassificação (RESE).
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO DO JURI
I – Cabimento – Artigo 581 incisos I e II do CPP.
O fundamento do RESE da decisão de desclassificação pautado no inciso 2 se justifica porque ao desclassificar o crime para outro não doloso contra a vida a Vara do Júri reconhece a sua incompetência. Em razão disso remete os autos para a justiça competente. Artigo 581, II, do CPP.
II – Competência 
Para quem será feita a interposição? Para o Juiz da Vara do Júri.
Razões vão para o Egrégio tribunal, colenda câmara. No âmbito federal é turma. E, Douto membro do MP.
****Na interposição deve se mencionar o Juízo de retratação do artigo 589 do CPP.
III – Legitimidade
Tanto a acusação quanto a defesa.
IV – Prazo
Interposição é de 5 dias (586 do CPP) e para as razões o prazo é de 2 dias (588 do CPP). Observar o artigo 798 do CPP e sumula 310 do STF.
V – Teses e pedidos
SÃO OS MESMOS PEDIDOS DOS MEMORIAIS
Nulidade
Extinção da punibilidade
Mérito: 1) Absolvição sumária; 2) impronuncia; 3) desclassificação) 4) pronuncia por um crime menos gravoso de competência do Júri (desclassificação imprópria).
****A acusação pode recorrer da pronuncia? Sim poderá,

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