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Processos de Operações Contábeis I.doc

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CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – MÓDULO I
 CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
	MÓDULO I	
PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS I
Professora Mestranda: Dinamar Vidallas Rodrigues�
1 – NoçÕES de Contabilidade: Conceito, Aplicabilidade e Formação do Patrimônio
1.1 CONCEITO
	
“Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades objetivando representá-lo graficamente”. 
 Através de suas funções, controle e registro, ela alcança sua finalidade que é de orientar o administrador sobre as alterações ocorridas no Patrimônio, geradas pela sua atuação e controlar o movimento de todas as alterações através de registros próprios e sistematizados que chamamos de escrituração.
1.2 OBJETO
O objeto de estudo da contabilidade é o Patrimônio das entidades.
 
1.3 OBJETIVO
Poucos sabem que um dos objetivos da contabilidade é simplesmente o de preparar relatórios para os administradores ou a terceiros (Fornecedores, Bancos ou Autoridades Fiscais) sobre os a fim de ajudar na análise da empresa, seja ela com ou sem fins lucrativos. Objetivo este totalmente distorcido (atualmente profissionais da área contábil passam mais de 70% do seu tempo cumprindo obrigações impostas pelos governos, tais como preenchimento de declarações).
1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO
O campo de atuação da contabilidade são as aziendas. Aziendas representam:
A) “Entidades econômico-administrativas, assim chamadas aquelas, que para atingirem seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo, que pratica atos de natureza econômica necessários a seus fins”; ou
B) “Complexo de obrigações, bens materiais e direitos, representados em valores ou suscetíveis de apreciação econômica, constitutivos de um patrimônio, considerado juntamente com a pessoa natural ou jurídica que sobre ele tem poderes de administração e disponibilidade.”
Note que o conceito de azienda é mais amplo que o conceito de empresa. Esta última tem como objetivo vender bens e serviços com a finalidade de lucro. Será eficiente se obtiver lucro nas suas atividades. No conceito de azienda se incluem, além das empresas, as entidades cujo objetivo não é obter lucros, mas simplesmente prestar serviços à comunidade, tais como as entidades de assistência social, os clubes desportivos, as fundações de caráter cultural, etc. Estas entidades também usam a contabilidade parque precisam controlar a evolução do seu patrimônio.
O Governo (seja ele Federal, Estadual ou Municipal) também é uma azienda cujo objetivo é fornecer bens e serviços à coletividade, sendo que o respectivo custeio é financiado através da tributação ao invés de ser cobrado um preço, como seria o caso de uma empresa. O Governo não objetiva ter lucros. Devido às suas peculiaridades, o ramo da Contabilidade que controla e registra o patrimônio do Governo denomina-se Contabilidade Pública.
Observações
1) Pessoa Física (ou Pessoa Natural) – É qualquer ser humano considerado individualmente, sujeito a direitos e obrigações. Nascimento da Pessoa Física: De fato: por meio do parto com a vida; De direito: por meio do registro no Cartório Civil de Pessoas Físicas.
2) Pessoa Jurídica – É toda entidade resultante de uma organização humana, com vida e patrimônio próprios, a qual, de forma semelhantes às pessoas físicas, está sujeita a direitos e obrigações. Nascimento da Pessoa Jurídica: De fato: através dos atos praticados; De direito: no caso das sociedades empresárias, através do registro na Junta Comercial do Estado. No caso da sociedade simples, através do registro no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas.
1.5 FUNÇÕES DA CONTABILIDADE
Função Administrativa: Controlar o patrimônio da entidade, tanto sobe o aspecto estático quanto o dinâmico.
Função Econômica: Apurar o resultado (redito), isto é, apurar o lucro ou o prejuízo da entidade.
Obs.: Em termos práticos, controlar o patrimônio sob o aspecto estático significa controlar sua posição em dado momento (fazer o balanço). Controlar sob o aspecto dinâmico significa controlar suas mutações qualitativas e quantitativas. 
1.6 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Os usuários da contabilidade são as pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na avaliação da situação patrimonial da entidade. São, por exemplo, os acionistas de uma empresa que querem saber se ela está dando lucro ou prejuízo. São as instituições financeiras que desejam avaliar o patrimônio da entidade para saber se lhe concedem ou não um empréstimo. São os administradores da entidade, que desejam saber como se comporta o desenvolvimento das atividades da empresa e qual o resultado que está advindo das mesmas. É o Fisco, que também se interessa pelo resultado da pessoa jurídica, para lançar os tributos sobre ele incidentes.
Usuários Internos: Administradores da Empresa (tomar decisões vitais para o sucesso do negócio), Proprietários (ter conhecimento sobre a rentabilidade do seu negocio) e Funcionários (saber se a empresa tem condições de pagar seus salários).
Usuários Externos: Fornecedores (saber da situação financeira da empresa e conseqüentemente do risco de vender a prazo), Bancos (análise econômico-financeira para aprovar empréstimos), Governo (tanto para a arrecadação de impostos como obter dados estatísticos no sentido de melhor redimensionar a economia).
1.7 DEFINIÇÃO DO PATRIMÔNIO
O Patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica ou a uma entidade.
1.7.1 BENS 
No sentido geral, bens são todas as coisas que satisfazem as necessidades humanas. No sentido econômico, bem é tudo aquilo que possui utilidade e pode ser quantificado monetariamente. Podemos classificar os bens em:
Bens Tangíveis, Corpóreos, Concretos ou Materiais
Características: têm existência física, existem como coisa ou objeto. Exemplos:
Numerários: dinheiro;
De venda: mercadorias em estoque;
Fixos ou imobilizados: (representam os bens duráveis, com vida útil superior a 1 ano): imóveis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, móveis e utensílios, etc.;
De renda: não destinados aos objetivos da empresa (imóveis destinados à renda ou aluguel);
De consumo: (não duráveis, ou seja, são gastos ou consumidos no processo produtivo); depois de consumidos, representam despesas: combustíveis e lubrificantes, material de escritório, material de limpeza, etc.
Atenção: Para classificar corretamente um bem, devemos conhecer:
1º) a atividade da pessoa jurídica (comercial, industrial ou prestadora de serviços);
2º) a especificação técnica do bem;
3º) a utilidade dada ao bem (para venda, consumo ou uso); caso seja para uso, verificar se representa bem durável ou não.
Bens Intangíveis, Incorpóreos, Abstratos ou Imateriais
Características: não possuem existência física, porém, representam uma aplicação de capital indispensável aos objetivos da empresa, e cujo valor reside em direitos de propriedade que são legalmente conferidos aos seus possuidores, como os direitos sobre marcas, patentes, direitos autorais, ponto comercial, fundo de comércio, etc.
1.7.2 DIREITOS
São valores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores de propriedade da entidade que se encontram em posse de terceiros. Exemplos: duplicatas a receber, clientes, contas a receber, adiantamentos a fornecedores, adiantamentos a empregados, aplicações financeiras, etc.
1.7.3 OBRIGAÇÕES
São dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontrem em posse (uso) da entidade. Exemplos: contas a pagar, fornecedores, adiantamento de clientes, contribuições a recolher, empréstimos bancários, salários a pagar, impostos a pagar, financiamentos, provisão para 13º salário, etc. 
1.8 COMPOSIÇÃO PATRIMONIAL
O Patrimônio é dividido em três partes, a saber:
Primeira Parte – Ativo (A) – parte positiva, composta de bens e direitos, também denominada de Patrimônio Bruto. NaturezaDevedora.
Segunda Parte – Passivo (P) – parte negativa, composta das obrigações com terceiros, também conhecida como Passivo Exigível. Natureza Credora.
Terceira Parte – Patrimônio Líquido (PL) ou Situação Líquida – parte diferencial (diferença) entre o Ativo e o Passivo Exigível. O Patrimônio Líquido representa as obrigações da entidade para com os sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença entre o valor dos bens e direitos (Ativo) e o valor das obrigações com terceiros (Passivo Exigível). Esta parte diferencial (Patrimônio Líquido) é que vai medir ou avaliar a situação ou condição da Entidade, sendo, portanto considerado como Passivo Não-Exigível. Dessa maneira se obtêm a Equação Patrimonial 
Patrimônio Líquido (Situação Líquida) = Ativo – Passivo Exigível
1.9 PRIMEIRAS NOÇÕES DE BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração que evidencia todo o patrimônio de uma entidade em um determinado momento, ou seja, ela vai mostrar todos os BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES numa certa data. Primeiro ela registra esses dados, depois processa os relatórios e demonstrações. Mais para ficar mais apresentável, ao invés de misturar tudo, ela preocupou-se em deixar isso de uma maneira mais fácil de se entender. O Patrimônio está divido em duas partes: um positivo chamado ATIVO outro negativo chamado PASSIVO.
No ATIVO estão o conjunto de BENS e DIREITOS e no PASSIVO suas OBRIGAÇÕES ou DEVERES. A diferença entre o Ativo (+) e o Passivo (-), denomina-se PATRIMÔNIO LÍQUIDO que aparece vinculado ao Passivo, para que haja uma igualdade entre este e o Ativo, que chamamos de Equação ou Equilíbrio Patrimonial.
Resumo
	ATIVO (+)
BENS
DIREITOS
	PASSIVO (-)
OBRIGAÇÕES
	
	PATRIMÔNIO LIQUÍDO
Assim sendo, dizemos que o Patrimônio Líquido representa a diferença entre o Ativo e o Passivo.
Exemplo: 
	ATIVO (+)
 2.500,00
	PASSIVO (-)
 500,00
	
	P.L. 2.000,00
 
 2.500,00	 2.500,00
Podemos apresentar o Patrimônio de três formas diferentes, ou seja:
1ª) Situação Favorável (PL + ou SL +): ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigações com terceiros (Passivo Exigível). Exemplo:
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens 4.000,00
Direitos 3.000,00
	EXIGÍVEL
Obrigações 2.000,00
	
	PL 5.000,00
	TOTAL 7.000,00
	TOTAL 7.000,00
Equações: a) PL/SL = A – PE	c) PE = A - PL
	PL/SL = 7.000,00 – 2.000,00	 PE = 7.000,00 – 5.000,00
	PL/SL = 5.000,00	 PE = 2.000,00
 b) A = PE	 + PL
 A = 2.000,00 + 5.000,00
 A = 7.000,00
2ª) Situação Desfavorável PL (-) ou SL (-): ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigações com terceiros (Passivo Exigível). Exemplo:
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens 4.000,00
Direitos 3.000,00
	EXIGÍVEL
Obrigações 8.000,00
	
	PL (1.000,00)
	TOTAL 7.000,00
	TOTAL 7.000,00
Equações: a) PL/SL = A – PE	c) PE = A - PL
	PL/SL = 7.000,00 – 8.000,00	 PE = 7.000,00 – (1.000,00)
	PL/SL = (1.000,00)	 PE = 8.000,00
 b) A = PE	 + PL
 A = 8.000,00 + (1.000,00)
 A = 7.000,00
Observações: Quando a expressão está entre parênteses, significa que seu valor é negativo.
3ª) Situação Nula ou Equilíbrio Aparente (A = PE, logo PL = 0): ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais as obrigações com terceiros (Passivo Exigível); nessa hipótese o Patrimônio Líquido será nulo. Exemplo:
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens 4.000,00
Direitos 3.000,00
	EXIGÍVEL
Obrigações 7.000,00
	
	PL 0,00)
	TOTAL 7.000,00
	TOTAL 7.000,00
Equações: a) PL/SL = A – PE	
	PL/SL = 7.000,00 – 7.000,00	 
	PL/SL = 0,00	 
 b) A = PE	 + PL
 A = 7.000,00 + 0,00
 A = 7.000,00
	 
Exercício de Revisão
Seja o Patrimônio da Cia Comercial Silvestre:
	Contas
	R$
	Imóveis
	87.000,00
	Duplicatas a Pagar
	23.000,00
	Caixa
	12.000,00
	Salários a Pagar
	18.000,00
	Mercadorias
	23.000,00
	Bancos Conta Movimento
	17.000,00
	Fornecedores
	9.000,00
	Adiantamentos a Fornecedores
	11.000,00
	Adiantamento de Clientes
	10.000,00
	Móveis e Utensílios
	14.000,00
	Empréstimos a Pagar
	4.000,00
	Financiamentos
	7.000,00
	Duplicatas a Receber
	39.000,00
Assim, com base nos valores anteriores, responda:
1) Qual o valor dos BENS?
2) Qual o valor dos DIREITOS?
3) Qual o valor das OBRIGAÇÕES?
4) Qual o valor do ATIVO?
5) Qual o valor do PASSIVO?
6) Qual o valor do PATRIMÔNIO LÍQUIDO?
2 – Registro contábil: conta, razonte, método das partidas dobradas e metodos de lançamentos.
2.1 conceito de conta
Conta é o nome representativo de um elemento patrimonial (bem, direito, obrigação ou P.L) ou de uma variação patrimonial (despesa ou receita). Para cada elemento (Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido) existe uma conta para representá-lo. Para o dinheiro existente, temos uma conta própria para representá-lo que se chama “Caixa”. Outras contas “Móveis e Utensílios”, “Duplicatas a Receber”, “Duplicatas a Pagar” e assim por diante.
2.1.1 TIPOS DE CONTAS
2.1.1.1 Contas Patrimoniais
São utilizadas para controle e apuração do patrimônio. São elas: Contas do Ativo, Contas do Passivo e Contas do Patrimônio Líquido. Também são consideradas patrimoniais as contas RETIFICADORAS (ou REDUTORAS), isto é, contas negativas dos grupos aos quais pertençam. Tais contas não “trabalham sozinhas”, pois são subtraídas de outras contas, as quais chamamos de contas retificadoras. Existem contas retificadoras no Ativo, Passivo e no Patrimônio Líquido. 
	As contas retificadoras do Ativo mais conhecidas são:
Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado;
Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa;
Duplicatas Descontadas;
Depreciação Acumulada;
Amortização Acumulada; e
Exaustão Acumulada.
Exemplo:
 
Máquinas e Equipamentos...................................... 50.000,00
Depreciação Acumulada......................................... (15.000,00)
 Conta Retificadora
	No caso do Patrimônio Líquido, temos as seguintes contas retificadoras:
Capital a Realizar;
Prejuízos Acumulados; e
Ações em Tesouraria.
2.1.1.2 Contas de Resultado
	São utilizadas para a apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo). São elas:
Contas de Receitas
Contas de Despesas
	Receitas
	Despesas
	de Vendas de Mercadoria
de Venda de Produtos Fabricados
de prestação de Serviços
de Comissões
de Contribuições de Associados
de Doações
de Juros
de Aluguéis
de Mensalidades
de Ganhos diversos, etc.
	de Aluguéis
de Salários e Encargos
de Juros
de Tributos (impostos, taxas e contribuições).
de Comissões
de Propaganda
de Consumo de materiais de escritório
de Manutenção e Limpeza
de Água, Luz, Telefone, Correio.
de Perdas diversas, etc.
2.1.2 Débito, Crédito e Saldo
Débito de uma Conta: situação de dívida de responsabilidade da conta. As contas que representam bens, diretos (Ativo), despesas e custos têm saldo devedor.
Crédito de uma Conta: situação de direito de haver da conta. As contas que representam obrigações (Passivo), Patrimônio Líquido e Receitas têm saldo credor.
Resumindo, as Contas Devedoras são: Contas doAtivo, Contas de Despesas e Custos e as Contas Retificadoras do Passivo e Patrimônio Líquido. As Contas Credoras são: Contas do Passivo, Contas do Patrimônio Líquido, Contas de Receitas e Contas Retificadoras do Ativo.
2.1.3 Saldo de uma Conta
É a diferença entre o total de débitos e o total de créditos efetuados na conta. Desta forma, existem dois tipos de saldo:
SALDO DEVEDOR: Se o total de débitos for maior que o total de créditos.
Exemplo: CAIXA 	Débitos = R$ 12.000,00
	Créditos = R$ 5.400,00
		Saldo = R$ 6.600,00 (Devedor)
 
SALDO CREDOR: Se o total de créditos for maior que o total de débitos.
Exemplo: FORNECEDORES 	Débitos = R$ 4.700,00
	Créditos = R$ 6.000,00
		Saldo = R$ 1.300,00 (Credor)
Observações:
1) Os saldos das contas CREDORAS (Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas e Retificadoras do Ativo) aumentam com crédito e diminuem com débito. Os saldos das contas DEVEDORAS (Ativo, Despesas, Custos, Retificadoras do Passivo e Retificadoras do Patrimônio Líquido) aumentam com débito e diminuem com crédito.
2) A conta CAIXA, numa escrituração regular e correta, NUNCA poderá ter saldo credor, pois não se pode tirar dinheiro de onde não há. No exemplo anterior, débitos de R$ 12.000,00 na conta Caixa significam entradas de dinheiro. Créditos no valor de R$ 5.400,00 significam saídas. Para que a conta Caixa tivesse saldo credor, seria necessário sair mais de R$ 12.000,00, o que não seria possível. O máximo que poderia sair seria todo o dinheiro existente, ficando a mesma com saldo ZERO. 	Generalizando-se, pode-se dizer que as contas do Ativo não podem ter saldo credor, visto que não é possível sair mais do que há. Analogamente, as contas do Passivo não podem ter saldo devedor, visto que não se pode pagar mais do que se deve.
	NATUREZA
	PARA O SALDO
	DAS CONTAS
	DO SALDO
	AUMENTAR
	DIMINUIR
	ATIVO = BENS E DIREITOS
	D
	D
	C
	PASSIVO = OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS
	C
	C
	D
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	C
	C
	D
	RECEITAS
	C
	C
	D
	DESPESAS E CUSTOS
	D
	D
	C
	CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO
	C
	C
	D
	CONTAS REFITICADORAS DO PASSIVO/P.L
	D
	D
	C
2.1.4 JUSTIFICATIVA DOS SALDOS DAS CONTAS
Embora pareça difícil, é simples e fácil justificar-se as definições dos saldos, quando as comparamos com os conceitos explanados na Teoria Personalista e com o estudo do patrimônio. Para tanto, voltaremos nossos estudos para aqueles conceitos.
BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens 800,00 (D)
Direitos 1.200,00 (D)
	EXIGÍVEL
Fornecedores 400,00 (C)
	
	P.L 1.600,00 (C)
+ Receitas (C)
(-) Despesas (D)
	TOTAL 2.000,00 (D) 
	TOTAL 2.000,00 (C)
Onde: (D) Saldo Devedor; e
 (C) Saldo Credor.
Observando, atentamente, o patrimônio acima, poderíamos chegar às seguintes conclusões:
1ª) Os fornecedores (credores da empresa) têm R$ 400,00 a receber, portanto seu saldo é credor;
2ª) Os sócios ou acionistas (credores da empresa) têm R$ 1.600,00 a receber, (valor do P.L), portanto, seu saldo é credor;
3ª) Os recursos necessários aos pagamentos dos valores acima estão no Ativo, que nessa hipótese, deve R$ 2.000,00, ou seja, R$ 400,00 para as obrigações com terceiros e R$ 1.600,00 para os sócios ou acionistas (Patrimônio Líquido).
Portanto:
a) as contas do Ativo têm saldo devedor;
b) as contas do Passivo têm saldo credor;
c) as contas do Patrimônio Líquido têm saldo credor.
Relativamente às receitas e despesas, poderíamos comentar que:
4ª) as Receitas provocam aumento no valor do Patrimônio Líquido (P.L) que, normalmente, possui saldo credor, logo as receitas somente podem ter saldo credor;
5ª) as Despesas, por sua vez, diminuem o valor do Patrimônio Líquido (P.L), que, normalmente, possui saldo credor, logo as despesas somente podem ter saldo devedor.
2.2 RAZONETE
Razonete é a representação gráfica de uma conta, com a utilização de um “T”, onde o lado esquerdo é o lado dos débitos e o lado direito é o lado dos créditos. È uma forma prática e simplificada de se trabalhar com contas.
Tal termo é oriundo de LIVRO RAZÃO, pois nesta cada conta possui uma “ficha” (ficha razão ou folha de razão) e, ao se escriturar os fatos em contas, cada conta terá o seu razonete. 
Na prática de escrituração de uma empresa, o razonete funciona como uma espécie de rascunho do livro razão, a fim de que se possa controlar o que está sendo lançado no referido livro e, ao mesmo tempo, evitar lançamentos incorretos.
Exemplos: 
 Razonete
	 
	 
	DÉBITO
	CRÉDITO
	 
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	
	
	 
	
	
	CAIXA
	 
	 
	3.200,00
	1.200,00
	 
	 
	
	
	1.400,00
	900,00
	
	
	
	
	60,00
	100,00
	
	
	
	
	2.460,00
	 
	
	
	
	
	
	 
	
	
	
	
 Saldo Devedor
	
	FORNECEDORES
	 
	 
	800,00
	2.220,00
	 
	 
	
	
	400,00
	 
	
	
	
	
	
	
1.020,00
	
	
	
	
	
	 
	
	
 
 
 Saldo Credor
2.3 MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
A essência deste método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que a um débito em uma ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados, ou simplificando: não há débito sem crédito correspondente; débito = crédito, ou origens = aplicações.
2.4 LANÇAMETO CONTÁBIL – MECANISMO DE DÉBITO E DO CRÉDITO
O lançamento contábil refere-se ao registro dos fatos contábeis (aqueles que provocam mudanças na composição do patrimônio ou do resultado da empresa) nos livros de escrituração comercial da empresa – livro Diário e Razão. O lançamento é feito nas contas que registram o patrimônio da sociedade, que podem ser pertencentes ao grupo do Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido.
2.4.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS
	O lançamento, de acordo com o método das partidas dobradas, é feito em ordem cronológica (data) e os elementos que o compõem obedecem a uma determinada disposição. Veja o seguinte fato ocorrido na empresa:
	Compra à vista (em dinheiro), de uma Impressora, marca HP 3550, conforme Nota Fiscal nº 91932, da Casa de Informática Ltda., no valor de R$ 750,00.
Observe: todo lançamento terá os seguintes elementos essenciais:
1º elemento: local e data da ocorrência do fato;
2º elemento: conta a ser debitada;
3º elemento: conta a ser creditada; e 
4º elemento: histórico e valor.
Para elaborar um lançamento você devera seguir os seguintes passos:
1º Passo: Verificar o local e a data da ocorrência do fato. Considerar a sua cidade e a data de emissão da Nota Fiscal.
2º Passo: Verificar que documento foi emitido da operação. Se não houver documentos idôneos que comprove a ocorrência do fato, não poderá ser contabilizado. No nosso exemplo, o documento emitido foi a Nota Fiscal nº 91932.
3º Passo: Todo objeto de escrituração, envolve, no mínimo, dois elementos patrimoniais, ou de resultado. Então, esse 3º passo consiste em identificar quais são os elementos envolvidos na operação. Revendo o exemplo, notaremos: Compra à vista significa que movimentamos dinheiro. 1º elemento é o dinheiro e o 2º elemento é uma Impressora Marca HP 3550.
4º Passo: Verificar em que conta deverá se utilizar para registrar cada um dos elementos identificados no 3º passo. O dinheiro será registrado na conta Caixa e o computador será registrado na conta Computadores e Periféricos.
5º Passo: Preparar o histórico do lançamento. Ohistórico consiste em relatar o fato. Este relato deve conter apenas os dados necessários para o bom esclarecimento do evento. Nunca se esquecer de identificar a espécie e o número do documento comprobatório, bem como o nome da empresa com quem se transaciona. Exemplo: Compra de uma Impressora, Marca HP 3550, conforme Nota Fiscal nº 9132 da Casa de Informática Ltda.
6º Passo: Identificar que conta será debitada e que conta será creditada. O que é conta a ser debitada e conta a ser creditada? Observe que todo fato que ocorre na empresa ocorre em forma de troca. Vamos tomar, por exemplo, a compra à vista da Impressora em questão. A empresa recebe a impressora e dá em troca o dinheiro. Daí poderemos concluir, nesta fase da aprendizagem, que em todo evento ocorrido na empresa envolvendo elementos materiais, existe pelo menos um elemento que entra para a empresa, podendo acarretar aumento nos elementos patrimoniais. E existe, também, pelo menos um elemento que sai em troca do que entrou, podendo acarretar diminuição entre os elementos patrimoniais. Sendo assim, todo objeto de contabilização poderá aumentar e ou diminuir os elementos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido. Continuando o raciocínio do nosso primeiro exemplo de lançamento, vamos, agora, identificar a conta a ser debitada. A conta a ser debitada e a de Impressoras, porque a Impressora está entrando para o patrimônio da empresa. A conta a ser creditada é a conta Caixa, porque está saindo dinheiro da empresa. 
Veja como o lançamento é efetuado.
Patos de Minas, 11 de Setembro de 2007.
 D – Impressoras R$ 750,00
 C – Caixa R$ 750,00
Histórico: Compra de uma Impressora, Marca HP 3550, conforme Nota Fiscal nº 9132 da Casa de Informática Ltda.
Utilizando-se dos mesmos dados, o lançamento nos razonetes ficaria da seguinte forma:
	CAIXA
	
	IMPRESSORA
	S.I
	 
	2.000,00
	750,00
	 
	1
	 
	1
	 
	750,00
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	
	 
	
	 
	
	 
	 
	
	 
	 
	
	1.250,00
	 
	
	 
	
	 
	
	750,00
	 
	
	 
	
	
	 
	
	
	
	
	
	
	 
	
	
	
Outros exemplos de operações com lançamentos contábeis:
1º) Compra de mercadorias a prazo: a conta Mercadorias deve ser debitada, pois é conta do Ativo e foi aumentada; a conta Fornecedores deve ser creditada, pois é conta de Passivo e foi aumentada.
2º) Pagamento a fornecedores em dinheiro: a conta Caixa deve ser creditada, pois é conta do Ativo e foi diminuída; a conta Fornecedores deve ser debitada, pois é conta do Passivo e foi diminuída. 
3 – PLANO DE CONTAS
3.1 CONCEITO
O plano de contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas, que disciplina as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. Ferramenta indispensável no desenvolvimento do processo contábil, cada empresa deve elaborar seu plano de contas de acordo com suas particularidades e observando os princípios fundamentais de Contabilidade, as disciplinas contidas na Lei nº 6.404/76 e suas respectivas alterações, a legislação especifica do ramo de atividade exercido pela empresa, bem como as Normas Brasileiras de Contabilidade aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC.
Assim, tendo em vista o porte, o ramo de atividade da empresa e a quantidade de informações exigidas pelos usuários, o plano de contas pode conter um número maior ou menor de informações. De acordo com o estabelecido na Lei nº 6.404/1976, as contas podem ser divididas em dois grupos:
a) contas patrimoniais;
b) contas de resultado. 
As contas patrimoniais são utilizadas para o registro de elementos representativos de bens, direitos e obrigações, como também para aqueles que compõem o Patrimônio Líquido.
As contas de resultado, também conhecidas por contas de exercício, destinam-se ao registro das despesas e das receitas. Abertas na escrituração contábil, no início do exercício social, e encerradas no final dele, não fazem parte do Balanço Patrimonial. Possibilitam, contudo, o conhecimento do resultado econômico da gestão do patrimônio, o qual poderá corresponder ao lucro ou prejuízo.
Embora não contemplado pela Lei das Sociedades por Ações, há um terceiro grupo de contas consideradas extrapatrimoniais que possibilitam o registro dos atos relevantes cujos efeitos possam se traduzir em modificações no patrimônio da entidade. (Norma Brasileira de Contabilidade, NBC T 2.5 – das Contas de Compensação, aprovada pela Resolução CFC nº 612 de 17 de dezembro de 1985.)
O registro dos atos administrativos considerados relevantes por meio das contas de compensação será o suporte para a preparação de informações que envolvem os ônus reais constituídos sobre elementos do Ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes a serem apresentadas em notas explicativas (letra d do inciso IV do § 5º. do artigo 176 da Lei nº 6.404/1976).
3.1.1 COMPOSIÇÃO DO PLANO DE CONTAS
O plano de contas, em cada organização, pode conter um número, maior ou menor de informações, em decorrência dos interesses da própria empresa, da legislação específica ou mesmo da criatividade do contador. Entretanto, é essencial que o plano de contas contenha pelo menos as seguintes partes: manual de contas, modelos de demonstrações contábeis padronizadas e elenco de contas.
3.1.2 MANUAL DE CONTAS
O manual de contas tem por finalidade apresentar informações detalhadas de cada conta, servindo de guia para que o contador possa registrar uniformemente todos os eventos responsáveis pela gestão do patrimônio da empresa.
As informações apresentadas no manual de contas devem envolver códigos numéricos, intitulação, função, funcionamento, natureza e critério de avaliação de cada conta, exemplos de lançamentos apropriados para o registro de operações raras, roteiros para conciliação de dados, bem como informações acerca dos documentos que servem de suporte aos registros contábeis.
3.1.4 MODELOS PADRONIZADOS DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A principal finalidade da contabilidade é controlar a movimentação do patrimônio das entidades para fornecer informações de ordem patrimonial, econômica e financeira que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício. Essas informações, utilizadas tanto por contabilistas quanto por outros usuários, são elaboradas com base nos registros contábeis da entidade e apresentadas em forma de mapas, relatórios, gráficos ou de outros quadros sintéticos ou analíticos.
A Lei nº 6.404/1976, em seu artigo 176, estabelece a obrigatoriedade de as empresas elaborarem, no fim de cada exercício social, o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (ou a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido), a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado, que serão complementados por notas explicativas. Dessa forma, no plano de contas estruturado conforme a citada lei das sociedades por ações, além dos modelos exigidos das demonstrações contábeis, devem constar modelos padronizados de todos os demais quadros cuja elaboração seja de responsabilidade do setor de contabilidade da entidade.
3.1.5 ELENCO DE CONTAS
O elenco de contas consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos fatos administrativos responsáveis pela gestão do patrimônio da empresa, bem como dos atos administrativos considerados relevantes (aqueles cujos efeitos possam se traduzir em modificações futuras no patrimônio da empresa).
O elenco de contas envolve a intitulação (rubrica, nome) e o código de cada conta. Seja qual for o tipo de empresa, as contas devem nele ser agrupadas de acordo com a estrutura estabelecida pela Lei 6.404/1976, visando facilitar a elaboração das demonstrações contábeis.
Dessa forma, as contas que representam os bens eos direitos são reunidas no Ativo em dois grupos principais: Ativo Circulante e Ativo Não-Circulante, sendo este último composto por Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. (§ 1º do artigo 178 da Lei nº 6.404/1976). Da mesma forma, as contas que representam as obrigações e o Patrimônio Líquido são reunidas no Passivo em três grupos principais: Passivo Circulante, Passivo Não-Circulante e Patrimônio Líquido, sendo este dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. (§ 2º do artigo 178 da Lei nº 6.404/1976). 
A codificação começa no grupo e termina na conta. Exemplo:
1 ATIVO Grupo
 
 1.1 ATIVO CIRCULANTE Subgrupo (primeiro grau) Sintética
1.1.01 DISPONIBILIDADES Subgrupo (PRIMEIRO grau) Sintética
	
1.1.01.01 Caixa Conta (primeiro grau) Sintética
1.1.01.01.001 Caixa Matriz 
1.1.01.01.002 Caixa Filial A Contas (segundo grau) Subcontas Analítica
1.1.01.01.003 Caixa Filial B
1.1.01.02 Bancos Conta Movimento Conta (primeiro grau) Sintética
1.1.01.02.001 Banco do Brasil S/A
1.1.01.02.002 Banco Itaú Unibanco S/A Contas segundo grau Analítica
1.1.01.02.003 Banco Bradesco S/A
		
O plano de contas contém contas analíticas e sintéticas. As contas analíticas são as contas reais, que permitem receber lançamentos. As contas sintéticas são simplesmente a soma de um conjunto de contas analíticas. Os valores sintéticos são úteis para análise gerencial dos relatórios contábeis.
A seguir, você poderá observar um modelo de elenco de contas, aplicável a empresas comerciais, industriais e prestadoras de serviços, elaborado de acordo com a Lei nº 6.404/1976 com suas respectivas alterações, podendo, ainda, ser adaptado mediante os ajustes necessários para qualquer tipo de empresa, de pequeno, médio ou grande porte, seja qual for o ramo de atividade por ela desenvolvido.
	1.
	ATIVO
	1.1
	Circulante
	1.1.01
	Disponível
	1.1.01.01
	Caixa
	1.1.01.01.01
	Caixa pequenas despesas
	1.1.01.02
	Banco conta movimento
	1.1.01.02.01
	Banco do Brasil S/A.
	1.1.01.02.02
	Banco Itaú S/A.
	1.1.01.02.03
	Bradesco
	1.1.01.03
	Aplicações financeiras
	1.1.01.03.01
	Banco do Brasil S/A.
	1.1.01.03.02
	Banco Itaú S/A.
	1.1.01.03.03
	Bradesco S/A.
	1.1.02
	Clientes
	1.1.02.01
	 Cliente X
	1.1.02.02
	 Cliente Y
	1.1.03
	Duplicatas a receber
	1.1.04
	(-) Duplicatas descontadas
	1.1.05
	(-) Provisão p/ devedores duvidosos
	1.1.06
	Adiantamento a fornecedores
	1.1.07
	Adiantamento a empregados
	1.1.08
	Títulos a receber
	1.1.08.01
	Nota promissória a receber
	1.1.09
	Impostos diversos a compensar
	1.1.09.01
	ICMS a recuperar
	1.1.09.02
	IPI a recuperar
	1.1.09.03
	IRRF a recuperar
	1.1.09.04
	CSLL a recuperar
	1.1.09.05
	PIS a recuperar
	1.1.09.06
	INSS a recuperar
	1.1.09.07
	COFINS a recuperar
	1.1.09.08
	Outros tributos a recuperar
	1.1.10
	Estoques
	1.1.10.01
	Mercadorias para Revenda
	1.1.10.02
	Produtos em elaboração
	1.1.10.03
	Matéria prima
	1.1.10.04
	Material de embalagem
	1.1.10.05
	Materiais de Uso/Consumo
	1.1.11
	Títulos e valores mobiliários
	1.1.11.01
	Depósito p/ incentivo fiscal
	1.1.12
	Despesas antecipadas
	1.1.12.01
	Juros s/ empréstimo de capital de giro
	1.1.12.02
	Juros s/ financiamento Imobilizados
	1.1.12.03
	Despesas financeiras
	1.1.12.04
	Seguros
	1.1.12.05
	Vale transporte
	1.1.12.06
	Outras
	1.2
	Não Circulante
	1.2.01
	 Realizável a longo prazo
	1.2.01.01
	 Aplicações em Incentivos Fiscais
	1.2.02
	 Investimentos
	1.2.02.01
	 Participação empresas ações diversas
	1.2.02.02
	 Outros investimentos
	1.2.03
	 Imobilizado
	1.2.03.01
	Terrenos
	1.2.03.02
	Móveis e utensílios
	1.2.03.03
	(-) Depreciação móveis e utensílios
	1.2.03.04
	Instalações
	1.2.03.05
	(-) Depreciação instalações
	1.2.03.06
	Máquinas, equipamentos e ferramentas
	1.2.03.07
	(-) Depreciação máquinas, equipamentos e ferramentas
	1.2.03.08
	Computadores e periféricos
	1.2.03.09
	(-) Depreciação Computadores
	1.2.03.10
	Veículos
	1.2.03.11
	(-) Depreciação veículos
	1.2.03.12
	Imóveis
	1.2.03.13
	(-) Depreciações Imóveis
	1.2.04
	Intangíveis
	1.2.04.01
	Marcas e Patentes
	1.2.04.02
	(-) Amortização Marcas e patentes
	1.2.04.03
	Pesquisa e desenvolvimento
	1.2.04.04
	(-) Amortização Pesquisas e desenvolvimento
	1.2.04.05
	Direitos autorais
	1.2.04.06
	(-) Amortização sobre direitos autorais
	
	
	2.
	PASSIVO
	2.1
	Circulante
	2.1.01
	Salários a pagar
	2.1.02
	Fornecedores
	2.1.03
	Duplicatas a pagar
	2.1.04
	Empréstimo e financiamentos
	2.1.05
	Imposto a pagar / recolher
	2.1.06
	Títulos a pagar
	2.1.07
	Encargos Sociais a Recolher
	2.1.08
	Outros Títulos a Pagar
	2.1.09
	Aluguéis a pagar
	2.1.10
	Água e Luz a pagar
	2.1.11
	Dividendos Propostos a Pagar
	2.2
	Não Circulante
	2.2.01
	Exigível a Longo Prazo
	2.2.01.01
	Promissórias a Pagar de Longo Prazo
	2.3
	Patrimônio líquido
	2.3.01
	Capital Social
	2.3.01.01
	Capital Subscrito
	2.3.01.02
	(-) Capital a Integralizar
	2.3.02
	Reserva de capital
	2.3.02.02
	Ágio na emissão de ações
	2.3.02.03
	Alienação de partes beneficiárias
	2.3.03
	Reservas de Reavaliação (saldos de 2007)
	2.3.04
	Ajustes de Avaliação Patrimonial
	2.3.05
	Reservas de Lucros
	2.3.05.01
	Reserva Legal
	2.3.05.02
	Reserva Estatutária
	2.3.05.03
	Reserva para Contingências
	2.3.05.04
	Reserva de Incentivos Fiscais
	2.3.05.05
	Reserva de Retenção de Lucros
	2.3.05.06
	Reserva de Lucros a Realizar
	2.3.05.07
	Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos
	2.3.06
	(-) Ações em Tesouraria
	2.3.07
	(-) Prejuízos Acumulados
	2.3.07.01
	Lucros do exercício
	2.3.07.02
	 (-) Prejuízos do exercício
	
	
	
	
	3.
	DESPESAS
	3.1
	Custos diretos da produção
	3.1.01
	Custos dos produtos vendidos
	3.1.01.01
	CMV
	3.2
	Despesas Operacionais
	3.2.01
	Despesas Administrativas
	3.2.01.01
	13º Salário
	3.2.01.02
	Adicional noturno
	3.2.01.03
	Água / Esgoto
	3.2.01.04
	Alimentação
	3.2.01.05
	Aluguéis e arrendamento
	3.2.01.06
	Assistência médica/social
	3.2.01.07
	Associação de classe
	3.2.01.08
	Contribuição/donativos
	3.2.01.09
	Correios
	3.2.01.10
	Depreciação/Amortização
	3.2.01.11
	Despesas com manutenção da loja
	3.2.01.12
	Farmácia
	3.2.01.13
	Férias
	3.2.01.14
	FGTS
	3.2.01.15
	Gás
	3.2.01.16
	Horas extras
	3.2.01.17
	Impostos e taxas
	3.2.01.18
	Impressos
	3.2.01.19
	Indenizações/aviso prévio
	3.2.01.20
	INSS
	3.2.01.21
	Legais e judiciais
	3.2.01.22
	Luz
	3.2.01.23
	Materiais de consumo
	3.2.01.24
	Multas de trânsito
	3.2.01.25
	Multas fiscais
	3.2.01.26
	Pró labore administração
	3.2.01.27
	Propaganda e publicidade
	3.2.01.28
	Reproduções
	3.2.01.29
	Revistas e jornais
	3.2.01.30
	Salários e ordenados
	3.2.01.31
	Seguros
	3.2.01.32
	Serviço terceiros pessoa física
	3.2.01.33
	Serviço terceiros pessoa jurídica
	3.2.01.34
	Telefone
	3.2.01.35
	Vale transporte
	3.2.01.36
	Viagens e representações
	3.2.02
	Despesas Comerciais
	3.2.02.01
	Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
	3.2.02.02
	Amostra grátis
	3.2.02.03
	Combustível
	3.2.02.04
	Comissões de venda
	3.2.02.05
	Embalagens
	3.2.02.06
	Fretes na entrega
	3.2.02.07
	Impostoss/ veículos
	3.2.02.08
	Manutenção de veículos
	3.2.02.09
	Propaganda e publicidade
	3.2.03
	Despesas financeiras
	3.2.03.01
	Encargos e Juros de Mora
	3.2.03.02
	Despesas Bancárias
	3.2.03.03
	CPMF
	3.3
	Despesas não operacionais
	
	
	4.
	RECEITA
	4.1
	Receita bruta s/ vendas e serviços
	4.1.01
	Receita bruta de venda
	4.1.01.01
	Revenda de mercadorias
	4.1.02
	Receita bruta de serviços
	4.1.02.01
	Prestação de serviços
	4.2
	Dedução de receita bruta vendas/serviços
	4.2.01
	Dedução de receita bruta de vendas
	4.2.01.01
	Cancelamento de devoluções
	4.2.01.02
	Abatimento incondicional
	4.2.01.03
	ICMS
	4.2.01.04
	COFINS
	4.2.01.05
	PIS s/ vendas e serviços
	4.2.02
	Dedução de receita bruta s/ serviços
	4.2.02.01
	ISS
	4.3
	Receita operacional
	4.3.01
	Receita financeira
	4.3.01.01
	Variação monetária ativa
	4.3.01.02
	Juros s/ aplicações financeiras
	4.3.01.03
	Descontos obtidos
	4.3.01.04
	Receita de aplicações pré-fixadas
	4.3.01.05
	Multas ativas
	4.3.01.06
	Dividendos
	4.3.01.07
	Juros s/ duplicatas
	4.3.02
	Recuperações diversas
	4.3.02.01
	Reembolsos diversos
	4.3.02.04
	Venda de sucatas
	4.3.03
	Receitas patrimoniais
	4.3.03.01
	Resultado da venda de bens
	4.4
	Receita de Participações Societária 
	4.4.01
	Receita em Participações com Empresa Coligadas
	4.4.01.01
	Receita de Participações Societária
	4.5
	Outras Receitas não operacionais
	
	
	5.
	CONTAS DE COMPENSAÇÃO
	5.1
	Resultado do exercício
	5.1.01
	Apuração de resultado
	
	
O Ativo Circulante é composto por contas representativas dos bens e dos direitos que estão em freqüente circulação no patrimônio. Representam valores já realizados (transformados em dinheiro) ou que serão realizados até o término do exercício social subseqüente.
O Ativo Não Circulante é o oposto do Ativo Circulante. Enquanto no Ativo Circulante são classificadas contas que representam bens e direitos que estão em circulação constante na empresa, isto é, que giram em prazo inferior a uma ano, no Ativo Não Circulante, são classificadas contas representativas de bens e direitos com pequena ou nenhuma circulação.
Classificam-se no Ativo Realizável a Longo Prazo as contas que representam bens e direitos que se realizam após o termino do exercício social seguinte ao exercício do Balanço que se elabora. Na companhia cujo ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo (parágrafo único do artigo 179 da Lei nº 6.404/1976). Com exceção das Disponibilidades, poderão figurar neste grupo, todas as demais contas representativas das aplicações de recursos em Bens e Direitos, inclusive das despesas pagas antecipadamente que constarem do Ativo Circulante, desde que tenham o prazo de realização superior a 12 meses.
Classificam-se como Investimentos, as contas representativas das Participações no Capital de outras sociedades como em controladas, coligadas ou outras. Essas participações geram rendimentos para a empresa, quase sempre, em forma de dividendos. Classificam-se ainda como investimentos, as contas representativas dos Direitos de qualquer natureza não classificáveis no Ativo Circulante ou no Realizável a Longo Prazo e que não se destinem a manutenção da atividade principal da empresa como, por exemplo, os investimentos em obras de arte, ou ainda em bens que gerem receitas para a empresa, independentemente das suas atividades operacionais (Imóveis de Renda, aplicações em ouro, etc).
No Imobilizado são classificadas as contas representativas dos recursos aplicados em bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa finalidade.
São classificados no Intangível as contas representativas dos recursos aplicados em bens imateriais. São direitos que têm por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade.
Classificam-se no Passivo Circulante as contas que representam obrigações cujos vencimentos ocorram durante o exercício social subseqüente ao do Balanço que se elabora.
O Passivo Não Circulante é o oposto do Passivo Circulante. Enquanto no Passivo Circulante são classificadas as contas representativas de obrigações vencíveis a curto prazo, no Passivo Não Circulante são classificadas as contas representativas das obrigações de longo prazo (obrigações de pagar), inclusive aquelas representativas das receitas recebidas antecipadamente (obrigações de fazer).
Classificam-se no Passivo Exigível a Longo Prazo as contas que representam obrigações cujos vencimentos ocorram após o término do exercício social subseqüente ao do Balanço que se elabora. Na companhia cujo ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo (parágrafo único do artigo 179 da Lei nº 6.404/1976).
3.2) Balancete de Verificação 
Já vimos que cada conta do Razão pode ser representada individualmente em razonetes. Se considerarmos agora o conjunto de todas essas contas, podemos agrupá-las ordenadamente num demonstrativo utilíssimo do ponto de vista contábil, o Balancete de Verificação ou, simplesmente, Balancete.
O Balancete de verificação consiste na relação das contas (patrimoniais e de resultado) com seus respectivos saldos contábeis. Através do Balancete é possível se chegar a vários resultados importantes para a contabilidade de uma empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos contábeis importantes. 
Este demonstrativo deve ser levantado mensalmente segundo a NBC T.2.7, unicamente para fins operacionais, não tendo obrigatoriedade fiscal, com suas informações extraídas dos registros contábeis mais atualizados. O grau de detalhamento do balancete de verificação deverá estar adequado a finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo seja destinado a usuários externos, o documento deverá ser assinado por contador habilitado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
Segundo a Norma Técnica sobre o Balancete de Verificação (aprovada pela Resolução CFC 685/90 – D.O.U de 27/08/1991), observamos os seguintes critérios técnicos:
NBC T.2.7 – Do Balancete
1. O balancete de verificação do razão é a ralação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data.
2. O grau de detalhamento do balancete deverá ser consentâneo com sua finalidade.
3. Os elementos mínimos que devem constar do balancete são:
a) identificação da Entidade;
b) data a que se refere;
c) abrangência;
d) identificação das contas e respectivos grupos;
e) saldos das contas, indicando se devedores ou credores;
f) soma dos saldos devedores e credores.
4. O balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC.
5. O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.
Dado o exposto, cabem algumas considerações pertinentes acerca do Balancete:
1) No Balancete de Verificação são listadas todas as contas, sejam elas patrimoniais ou de resultado;
2) O saldo de cada conta é representado de acordo com sua natureza, e não apenas de acordo com o grupo a que pertence;
3) O Balancete é uma ferramenta importantíssima para a apuração do resultado econômico, bem como para a elaboração do Balanço Patrimonial;
4) Há várias maneiras de ser apresentar um Balancete de Verificação. É possível representá-lo com os saldos iniciais de cada conta (devedor ou credor) e com os respectivos movimentos no período (débitos e créditos), ou simplesmente com os saldos finais das contas (devedor ou credor). Esse último caso é o mais comum e também o mais prático. Vejamos dois desses modelos.
Modelo 01:
	Contas
	Movimento
	SaldoDébitos
	Créditos
	Devedor
	Credor
	Caixa
	45.000,00
	40.000,00
	5.000,00
	
	Bancos
	34.000,00
	9.000,00
	25.000,00
	
	Veículos
	24.000,00
	
	24.000,00
	
	Duplicatas a Pagar
	
	24.000,00
	
	24.000,00
	Capital Social
	
	40.000,00
	
	40.000,00
	Receita de Vendas
	
	5.000,00
	
	5.000,00
	Despesa com Compras
	14.000,00
	
	14.000,00
	
	Despesa com Alugueis
	1.000,00
	
	1.000,00
	
	TOTAIS
	118.000,00
	118.000,00
	69.000,00
	69.000,00
Observe nesse tipo de balancete que são listados os movimentos de cada conta, além dos seus respectivos saldos finais.
Modelo 02:
	Contas
	Saldos
	
	Débitos
	Créditos
	Caixa
	5.000,00
	
	Bancos
	25.000,00
	
	Veículos
	24.000,00
	
	Duplicatas a Pagar
	
	24.000,00
	Capital Social
	
	40.000,00
	Receita de Vendas
	
	5.000,00
	Despesa com Compras
	14.000,00
	
	Despesa com Alugueis
	1.000,00
	
	TOTAIS
	69.000,00
	69.000,00
Note tanto que no modelo 01 como no modelo 02 podemos observar contas patrimoniais e de resultado.
Exercícios
01) São características do Balancete:
I. Apresenta todas as contas de receita e também de despesas;
II. Não relaciona as contas que representam vendas ou custos;
III. Fornece dados suficientes para apuração do resultado do período;
IV. Deve ser levantado mensalmente.
Estão corretas:
A) Todas;
B) III e IV apenas;
C) I, III e IV apenas;
D) II e IV apenas; e 
E) Nenhuma.
02) O Balancete de Verificação do razão tem como principal finalidade:
A) Demonstrar o crédito apurado;
B) Demonstrar a exatidão do método das partidas dobradas;
C) Evidenciar o saldo do Patrimônio Líquido;
D) Apurar o lucro da Entidade;
E) Relacionar as contas, com seus respectivos saldos, verificando assim a igualdade entre os totais de débitos e créditos.
03) Com base nos dados da tabela abaixo, responda às questão seguinte:
		Contas
	Saldos (R$)
	Caixa
	150.000,00
	Lucros Acumulados
	800.000,00
	Fornecedores
	200.000,00
	Bancos
	460.000,00
	Capital Social
	750.000,00
	Estoques
	450.000,00
	Clientes
	200.000,00
	Veículos
	95.000,00
	Adiantamento de Fornecedores
	15.000,00
	Terrenos
	140.000,00
	Imóveis
	300.000,00
	Depreciação Acumulada
	80.000,00
	Máquinas
	100.000,00
	Salários a Pagar
	60.000,00
	Adiantamento de Clientes
	20.000,00
	TOTAIS
	3.820.000,00
Após elaboração do Balancete de Verificação, determine o saldo total devedor e o saldo total credor.
 3.3 Balanço Patrimonial
3.3.1) Conceito 
O Balanço Patrimonial é a demonstração financeira (contábil) destinada a evidenciar, quantitativamente e qualitativamente, em uma determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade.
O Balanço Patrimonial deve compreender todos os bens e direitos, tanto tangíveis (materiais) como intangíveis (imateriais), as obrigações e o Patrimônio Líquido da entidade, levantados a partir dos resultados contábeis no seu livro Razão. (NBC-T-3.2).
Segundo a Lei nº 6.404/1976, o Balanço Patrimonial é composto por duas partes: Ativo e Passivo, sendo que no Ativo encontram-se os bens e direitos, enquanto no Passivo encontram-se as obrigações e o Patrimônio Líquido.
	
3.3.2 Obrigatoriedade
De acordo com o incido I do art. 176 da Lei nº 6.404/1976, ao fim de cada exercício social a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, entre outras demonstrações contábeis, o Balanço Patrimonial e, posteriormente, publicá-lo juntamente com as demais demonstrações contábeis.
De acordo com o § 1º do referido artigo, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. Desta forma, ao publicar o balanço do exercício atual, uma companhia deverá publicar também o balanço do exercício anterior.
3.3.3 Exercício Social (Lei nº 6.404/1976, art. 175) 
O caput do art. 175 da Lei nº 6.404/1976 define o tempo de duração do exercício social. Segundo esse artigo, o exercício social terá a duração de 1 ano e a data do término será fixada no estatuto da companhia.
Observações:
1) Não há a obrigatoriedade de o exercício social seguir o ano calendário. Porém, na maioria dos casos, as empresas preferem seguir o ano-calendário, ou seja, começam o exercício social no dia 1º de janeiro e encerram no dia 31 de dezembro. Conseqüentemente, os seus balanços representarão os seus patrimônios no dia 31 de dezembro de cada ano.
2) Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária, o exercício social poderá ter duração diversa (art. 175, parágrafo único).
3.3.4 Formas de Apresentação 
O balanço patrimonial pode ser apresentado em colunas justapostas ou colunas sobrepostas.
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens
+
Direitos
	Exigível
	
	Não-Exigível
	Colunas Justapostas
	ATIVO
	Bens + Direitos
	PASSIVO
	Exigível
	Não-Exigível
 
	 Colunas Sobrepostas																																																					
Passivo (Total) = Passivo Exigível (Obrigações) + Passivo Não Exigível (Patrimônio Líquido). 
3.3.5 Estrutura do Balanço
O Balanço Patrimonial deve ser estruturado observando-se a disciplina contida nos artigos 178 a 184 da Lei nº 6.404/1976. O caput do artigo 178 da Lei nº 6.404/1976 estabelece que, no Balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupados de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
O Balanço Patrimonial é composto por duas partes: Ativo e Passivo. Tradicionalmente, o Balanço Patrimonial é apresentado em um gráfico em forme de “T”. Como o “T” tem dois lados, ficou convencionado que o lado esquerdo é o lado do Ativo e que o lado direito é o lado do Passivo.
Portanto, ao olhar para um Balanço Patrimonial representado no gráfico em forma de “T”, o lado direito, lado do Passivo, composto por obrigações e Patrimônio Líquido, revela a origem dos recursos (capitais) totais que a empresa tem a sua disposição e que estão aplicados no patrimônio. As obrigações representam os recursos derivados de terceiros (capitais de terceiros), enquanto o Patrimônio Líquido mostra a origem dos recursos derivados dos proprietários (capitais próprios). O Ativo revela a aplicação desses recursos (capitais) totais, isto é, mostra em que a empresa investiu todo o capital (próprio e de terceiros) quem tem a sua disposição. 
3.3.6 Grupos de Contas (Lei nº 6.404/1976, art. 178)
A fim de facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia, no balanço, o Ativo e o Passivo foram subdivididos da seguinte forma:
	
BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
	PASSIVO
	
	PASSIVO CIRCULANTE
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	Realizável a Longo Prazo
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Investimentos
	Capital Social
	Imobilizado
	Reservas de Capital
	Intangível
	Ajustes de Avaliação Patrimonial
	
	Reservas de Lucro
	
	Ações em Tesouraria
	
	Prejuízos Acumulados
3.3.7 Ativo
	
No Ativo, as contas representativas dos bens e dos direitos, serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, em dois grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não-Circulante. Grau de liquidez é o maior ou menor prazo no qual Bens e Direitos podem ser transformados em dinheiro.
3.3.8 Ativo Circulante
O Ativo Circulante é composto pelos bens e pelos direitos que estão em freqüente circulação no patrimônio. Basicamente, são valores já realizados (transformados em dinheiro) ou que serão realizados até o término do exercício social subseqüente. 
São, portanto, valores numerários (dinheiro em caixa e em bancos), Bens destinados à veda ou a consumo próprio, despesas pagas antecipadamente com vencimentos fixados em até 12 meses, bemcomo Direitos cujos vencimentos também ocorram dentro de 12 meses.
Convém ressaltar que dentre os valores realizáveis do Ativo Circulante, alguns não serão convertidos diretamente em dinheiro, como ocorre com os Tributos que a empresa recolhe antecipadamente e cuja realização se dá pela compensação com obrigações fiscais que a empresa têm para pagar aos governos municipal, estadual e ou federal; com os materiais de consumo cuja realização se dá pelo consumo que caracteriza a ocorrência de despesas, bem como com as Despesas Pagas Antecipadamente, cuja realização também se dá pela caracterização das respectivas despesas, conforme forem transcorrendo os prazos de competência.
A Lei nº 6.404/1976 estabelece que no Ativo Circulante devem constar as disponibilidades, os direitos realizáveis o curso do exercício social seguinte e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. Na vida prática, o grupo dos direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte, normalmente é subdividido em: Clientes, Outros Créditos, Tributos a Recuperar, Investimentos Temporários a Curto Prazo e Estoques.
Os bens e direitos que representam os recursos aplicados nas Disponibilidades são as importâncias em dinheiro que estão no Caixa ou que estão depositadas em nome da empresa, em estabelecimentos bancários. Os valores existentes nos estabelecimentos bancários considerados disponíveis, são aqueles depositados em contas correntes a disposição da empresa ou em contas de aplicações que possam ser convertidas em dinheiro a qualquer momento. As contas classificadas neste subgrupo são as que possuem o maior grau de liquidez dentre todas as demais contas do Ativo.
Clientes compreendem os direitos a receber de terceiros, decorrentes de vendas de mercadorias ou de prestação de serviços realizados a prazo. Incluem-se, também neste subgrupo,os direitos a receber das administradoras de cartões de crédito, que correspondem aos valores também decorrentes das vendas de mercadorias ou da prestação de serviços efetuados à vista ou à prazo, nos casos em que os clientes pagam suas compras por meio de cartões de crédito.
Outros Créditos compreendem os demais direitos que a empresa tem para receber de terceiros e que não correspondam a direitos decorrentes de vendas a prazo de mercadorias ou de serviços.
Tributos a Recuperar compreendem os direitos da empresa junto aos Governos Municipal, Estadual ou Federal. Esses direitos decorrem de impostos, taxas ou contribuições recolhidas antecipadamente ou indevidamente ou ainda que, por força da Legislação, gerem para a empresa Direitos de compensação em até 12 meses.
Investimentos Temporários a Curto Prazo compreendem as aplicações de dinheiro em títulos e valores mobiliários, representativos ou não do capital de outras empresas. Trata-se de investimentos efetuados com caráter especulativo, e que serão convertidos em dinheiro mediante venda ou resgate, em até 12 meses. 
Os Estoques compreendem os bens destinados à produção (Matéria-prima; materiais secundários, etc.), à prestação de serviços (materiais diversos), a venda (mercadorias ou Produtos) ou ao consumo (materiais de limpeza, expediente, embalagem, etc). Os estoques de mercadorias e de Produtos Acabados, serão transformados em dinheiro quando vendidos à vista; os estoques de materiais destinados ao processo produtivo, serão transformados em custos quando incorporados em fabricação; os estoques de materiais destinados a prestação de serviços, serão convertidos em custos por ocasião de duas aplicações na prestação dos serviços; e, os estoques de materiais de consumo, serão transformados em despesas quando consumidos. 
3.3.9 Ativo Não-Circulante
Este grupo é o oposto do Ativo Circulante. Enquanto no Ativo Circulante são classificadas contas que representam bens e direitos que estão em circulação constante na empresa, isto é, que giram em prazo inferior a um ano, no Ativo Não-Circulante, são classificadas contas representativas de bens e direitos com pequena ou nenhuma circulação. A Lei 6.404/1976 divide o Ativo Não-Circulante em 4 partes:
Ativo Realizável a Longo Prazo: Neste grupo do Ativo, com exceção das disponibilidades, poderão figurar todas as demais contas representativas das aplicações de recursos em bens e direitos, inclusive das despesas pagas antecipadamente que constarem no Ativo Circulante, desde que tenham o prazo de realização superior a 12 meses. É importante salientar que a Lei nº 6.404/1976, através do inciso II do artigo 179, estabelece que no Ativo Realizável a Longo Prazo devem ser classificados também, os direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, independentemente do prazo de vencimento, desde que esses direitos decorram de operações que não constituem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
Investimentos: Compreendem as contas representativas das participações no capital de outras sociedades, participações essas que gerem rendimentos para a empresa, normalmente, em forma de dividendos, bem como aquelas contas representativas dos direitos de qualquer natureza não classificáveis no Ativo Circulante ou no Realizável a Longo Prazo e que não se destinem a manutenção da atividade principal da empresa como por exemplo os investimentos em Obras de Arte, ou ainda em bens que gerem receitas para a empresa, independentemente das suas atividades operacionais (Imóveis de Renda, aplicações em ouro, etc).
Imobilizado: Nesse subgrupo são classificadas as contas representativas dos recursos aplicados em bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
Intangível: Neste subgrupo, são classificadas as contas representativas dos recursos aplicados em bens imateriais. São direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados a manutenção das atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive aqueles representativos de fundo de comércio adquirido a título oneroso.
3.3.10 Passivo
	
O Passivo, conforme já dissemos, é a parte do Balanço Patrimonial que evidencia as obrigações (capitais de terceiros) e o Patrimônio Líquido (capitais próprios). Segundo estabelece a Lei nº 6.404/1976, no Passivo as contas serão classificadas nos seguintes grupos: Passivo Circulante, Passivo Não-Circulante e Patrimônio Líquido. As contas representativas de obrigações (Passivo Exigível) devem ser classificadas observando-se a ordem decrescente do grau de exigibilidade dos elementos nelas registrados. Grau de exigibilidade representa o maior ou menor prazo em que a Obrigação deve ser paga.
3.3.11 Passivo Circulante
No Passivo Circulante são classificadas as contas representativas das obrigações cujos vencimentos ocorram no exercício seguinte. Esse grupo poderá conter subdivisões, de acordo com a natureza de cada Obrigação, como, por exemplo:
Obrigações a Fornecedores: compreendem os compromissos decorrentes da compra de mercadorias ou da utilização de serviços a prazo.
Empréstimos e Financiamentos: compreendem os compromissos assumidos pela empresa na captação de recursos financeiros, visando, normalmente, financiar o seu capital de giro.
Obrigações Tributárias: compreendem os compromissos assumidos pela empresa, junto aos Governos Federal, Estadual ou Municipal. São tributos (impostos, taxas ou contribuições) que a empresa tem para recolher aos cofres públicos, em decorrência do desenvolvimento das suas atividades normais.
Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias: compreendem os encargos que a empresa tem para pagar aos seus empregados ou recolher aos órgãos públicos. Esses compromissos decorrem dos serviços a ela prestados por seus empregados.
Outras Obrigações: compreendem as demais obrigações de curto prazo assumidas pela empresa e que não se enquadramnos subgrupos do Passivo Circulante já comentados. Participações e Destinações do Lucro Líquido: compreendem as obrigações que a empresa tem para pagar a pessoas que têm direito de participação nos resultados como debenturistas, empregados e acionistas.
3.3.12 Passivo Não-Circulante
Neste grupo são classificadas as contas representativas das Obrigações, cujos vencimentos ocorram após o término do Exercício Social seguinte ao do Balanço em que as contas estiverem sendo classificadas. Os mesmos subgrupos constantes do Passivo Circulante poderão figurar neste grupo, exceto aquele destinado às participações e destinações do resultado, que raramente abrangem obrigações de longo prazo.
3.3.13 Patrimônio Líquido 
O Patrimônio Líquido é a parte do Balanço Patrimonial que corresponde aos capitais próprios. Os elementos que o compõem representam a origem dos recursos próprios, derivados dos proprietários (titular, sócios ou acionistas) ou derivados da gestão normal do patrimônio (lucros ou prejuízos acumulados). No Patrimônio Líquido, portanto, as contas representativas dos capitais próprios, são classificadas da seguinte maneira:
Capital Social: subgrupo composto pela conta Capital que representa os valores investidos na empresa pelos titulares e pela conta Capital a Realizar que representa a parcela do capital já subscrita pelos sócios, porém ainda não realizada. Poderão figurar, ainda nesse subgrupo, as contas que representam o montante do capital autorizado bem como da parcela desse capital ainda não subscrita.
Reservas de Capital: subgrupo composto por contas representativas de algumas receitas que, por força do § 1º do ar. 182 da Lei nº 6.404/1976, não devem transitar pelo resultado do exercício, como é o caso das receitas decorrentes de ágio na emissão de ações e do produto da alienação de partes beneficiárias ou de bônus de subscrição.
Ajustes de Avaliação Patrimonial: “Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3º art. 177”. (§ 3º do artigo 182 da Lei nº 6.404/1976).
Reservas de Lucros: subgrupo composto pelas Contas representativas das Reservas constituídas com parte dos lucros apurados pela empresa em decorrência de Lei ou da vontade do proprietário, dos sócios ou dos administradores.
Ações em Tesouraria: correspondem a ações da própria empresa adquiridas por ela mesma.
Prejuízos Acumulados: compreendem os prejuízos apurados pela empresa no exercício atual, ou em exercícios anteriores, até que sejam compensados ou assumidos pelos sócios.
3.3.14 Elaboração do Balanço
Para elaborar o Balanço Patrimonial, é preciso que o resultado do exercício tenha sido apurado e que todos os lançamentos necessários a essa apuração estejam devidamente registrados nos livros Diários, Razão bem como em outros livros ou documentos conforme requeira casa caso em particular.
No momento da apuração do resultado do exercício, uma série de procedimentos precisam ser realizados, principalmente para que os saldos de todas as contas existentes na escrituração da empresa estejam devidamente ajustados e corretos, refletindo adequadamente a real situação econômica e financeira da entidade. 
	Dentre esses procedimentos, está a análise cuidadosa dos saldos de todas as contas patrimoniais que irão compor o Balanço Patrimonial da entidade, objetivando a correta avaliação desses saldos conforme disciplina contida nos artigos 183 e 184 da Lei nº 6.404/1976. Essa avaliação integra os procedimentos necessários à apuração do resultado do exercício, uma vez que, em decorrência de ajustes a serem efetuados nas contas patrimoniais, o resultado do exercício será afetado.
4 D.R.E – Demonstração do Resultado do Exercício
4.1 Conceito 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resultado formado em determinado período de operações da entidade. Por meio dessa demonstração, pode-se verificar o resultado que a empresa obteve (lucro ou prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante determinado período, geralmente igual a um ano.
4.2 Objetivo
	
Fornecer o Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) e os elementos que o compuseram.
4.3) Apresentação
	
De forma dedutiva (vertical), iniciando-se com a Receita Bruta (total), da qual são deduzidos os custos correspondentes, originando o Resultado Bruto; a seguir, são deduzidas as despesas operacionais para atingir-se o Lucro Operacional, ao qual serão adicionados ou subtraídos os valores correspondentes aos resultados não-operacionais apurando-se o Resultado do Exercício antes da Contribuição Social sobre o Lucro e do Imposto de Renda.
 Subtraindo-se o valor das Provisões para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e para o Imposto de Renda e o valor das Participações nos Lucros, chega-se ao Resultado Final, que será denominado Lucro ou Prejuízo Liquido do Exercício.
4.4) Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício
 Receita Operacional Bruta
(Produtos, Mercadorias ou Serviços)
 (-) Deduções da Receita Bruta	
Devoluções, Abatimentos e/ou Descontos Incondicionais Concedidos e Impostos Incidentes sobre Vendas e Serviços (ICMS sobre vendas, vendas canceladas)
(=) Receita Operacional Líquida
 (-) Custo das Vendas:
CPV = Custo dos Produtos Vendidos
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
CSP = Custo dos Serviços Prestados
(=) Resultado Operacional Bruto (Lucro ou Prejuízo Operacional Bruto)
 (-) Despesas Operacionais
 Despesas com Vendas
 Despesas Administrativas
 Resultado Financeiro Líquido: (+) Despesas Financeiras / (-) Receitas Financeiras
 Outras Despesas Operacionais: Amortização de Ágio de Investimentos, Resultado Negativo em Participações Societárias, etc.
 (+) Outras Receitas Operacionais
 Resultado Positivo em Participações Societárias, Reversão de Provisões, Receitas de Alugueis, Dividendos Recebidos de Investimentos avaliados pelo custo de aquisição, etc. 
(=) Resultado Operacional Líquido
(+/-) Resultado Não Operacional 
 Receita da Venda de Bens do Ativo Permanente
 (-) Custo Contábil dos Bens do Ativo Permanente Vendido
 (=) Resultado do Exercício antes da Contribuição Social
 (-) Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL)
 (=) Resultado do Exercício antes do IRPJ
 (-) Provisão para o IRPJ
 (=) Resultado do Exercício depois do IRPJ
 (-) Participações e Contribuições
 (=) Resultado Líquido do Exercício
4.5 Conceitos
Receita Operacional Bruta: compreende o produto da venda de mercadorias, produtos ou serviços. Não se incluem na receita bruta os impostos não-cumulativos cobrados destacadamente de comprador, além do preço do bem ou serviço e dos quais o vendedor seja mero depositário (IPI).
Impostos Incidentes sobre Vendas: são os tributos que guardam proporcionalidade com o preço da venda efetuada ou dos serviços prestados, tais como o ICMS, ISS, IE, PIS e a COFINS incidentes sobre a Receita Bruta.
Vendas Canceladas: correspondem à anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços no exercício social.
Descontos ou Abatimentos Incondicionais Concedidos: são parcelas redutoras do preço de venda, quando constarem da Nota Fiscal de Venda, que não dependam, para sua concessão, de evento posterior à emissão desses documentos.
Despesas Operacionais: são os gastos (não computados no custo) necessários à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora.
Receitas Não Operacionais: são ingressos provenientes de transações (atípicas ou extraordinárias) não incluídas nas atividades principais ouacessórias da empresa, como, por exemplo, a receita obtida com a venda de bens ou direitos do ativo permanente.
 Despesas Não Operacionais: são as decorrentes das transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias da empresa, tal como o custo (valor contábil) dos bens ou direitos do Ativo Permanente quando estes forem alienados, baixados ou liquidados.
 Valor ou Custo Contábil do Bem: é o valor pelo qual o bem estiver registrado na contabilidade diminuído da depreciação, amortização, exaustão acumulada ou provisão para perdas prováveis na alienação de investimentos.
5 Análise dos Demonstrativos Financeiros
5.1 Importância
Tanto a prática como a literatura têm revelado que a análise financeira e de balanços é uma das tarefas mais difíceis e complexas entre as inúmeras que os contadores possuem na missão de contribuir para o desenvolvimento das empresas.
Ora, talvez se pudesse questionar: a análise financeira e de balanços não se constitui numa mera apuração de índices cujas formas já se encontram montadas ou formalizadas? Onde reside, então, a complexidade e a dificuldade?
A resposta é extremamente simples. Apurar ou calcular índices é uma tarefa bastante simplista, tendo em vista que as fórmulas já se encontram padronizadas. O que se precisa é meramente um conhecimento de matemática básica ou financeira e saber classificar e extrair as contas das demonstrações a fim de se aplicá-las às fórmulas, atividades estas estudadas em qualquer curso técnico ou superior de Contabilidade. O grande desafio do problema em questão é justamente a análise ou interpretação destes cálculos ou dos índices extraídos. Calcular é muito simples, mas não é uma atividade que se encerra em si. Indispensável é reforçar a necessidade de bem interpretar os dados e informações.
Partindo-se da hipótese de que parte do elenco de informações que as empresas utilizam para tomar decisões está nas demonstrações contábeis, especialmente no suplemento de análise destas demonstrações, há que se afirmar que a importância em se proceder a análise financeira e de balanços é de um grau de relevância extremamente alto.
Portanto, ainda sobre a questão de importância da análise e talvez com um desejo de eliminar as idéias de dificuldades e complexidades anteriormente discutidas, o Professor Sérgio de IUDÍCIBUS (1995, p.67) alerta:
"É muito mais útil calcular um certo número selecionado de índices e quocientes, de forma consistente, de período para período, e compará-los com padrões preestabelecidos e tentar, a partir daí, tirar uma idéia de quais problemas merecem uma investigação maior, do que apurar dezenas e dezenas de índices, sem correlação entre si, sem comparações e, ainda, pretender dar um enfoque e uma significação absolutos a tais índices e quocientes".
Enfim, é possível sintetizar ainda uma série de razões para realçar quão importante é esta análise para as empresas:
se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso "painel de controle" da administração;
se não for feita a partir de uma contabilidade "manipuladora" ou "normatizante", pode trazer resultados bastante precisos;
é uma poderosa ferramenta à disposição das pessoas que se relacionam ou pretendem relacionar-se com a empresa, ou seja, os usuários da informação contábil ou financeira, sejam eles internos ou externos;
permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e permitindo apresentar um esboço das prioridades para a solução dos problemas;
permite uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como estima o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.
5.2 No que Consiste a Análise Financeira de Balanços
Segundo PADOVEZE (1996, p.115), "A análise de balanço constitui-se num processo de meditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa, em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros". 
MATARAZZO (1995, p.17), por sua vez, afirma: "A Análise de Balanços objetiva extraírem informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões". Partindo-se da definição de Matarazzo, é oportuno ressaltar que as demonstrações contábeis contêm uma série de dados que, quando analisados, tornam-se informações. Por esta razão é que a análise de balanços objetiva extraírem informações e não dados.
Reforçando a idéia acima, pode-se caracterizar ou diferenciar dados de informações:
Dados:
tecnicamente, são os itens básicos de informação, antes de serem processados por um sistema, ou seja, alimentam, dão entrada no sistema;
representam algo puro cujo conteúdo não permitirá a compreensão e nem mesmo o julgamento sob determinado assunto;
consistem em qualquer elemento identificado em sua forma bruta, que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação;
são os números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor.
Informações:
são os relatórios, os resultados do processamento dos dados;
as informações são produzidas, saem do sistema, seja este manual ou computacional;
são conjuntos de dados sobre algo ou sobre alguém, ou seja, o dado manuseado (trabalhado) que servirá de base para alguma decisão;
enumeram o resultado da análise dos dados que permitirá a tomada de decisões ou a execução de algumas ações;
representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, freqüentemente acompanhada de um efeito-surpresa.
A figura apresentada abaixo demonstra como acontece o processo contábil dentro das organizações. Da análise da mesma, pode-se perceber que a análise de balanços preocupa-se, portanto, em coletar junto às demonstrações contábeis os dados, processá-los e fornecer informações para os mais variados tipos de decisões que envolvem a empresa. Estas informações podem ser de caráter e utilização interna ou externa e podem esclarecer, por exemplo, se a empresa merece ou não crédito, se está em situação de solvência, se suas atividades estão sendo eficientes, se é ou não lucrativa, etc. 
É importante destacar que, como as informações da análise de balanços servem tanto a usuários internos quanto a externos, e muito destes usuários são leigos, vários cuidados devem ser tomados quando da sua execução e apresentação. Porém, entende-se que dois pontos merecem ser referenciados:
 1) o grau de excelência da Análise de Balanços é dado exatamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar;
2) os relatórios devem estar dotados de uma linguagem descomplicada (simples), como se fossem dirigidos a leigos e, sempre que possível, estarem acompanhados de gráficos.
Contudo, talvez o conteúdo até aqui exposto, não tenha evidenciado o como proceder a análise financeira de balanços, ou seja, que metodologia deverá ser utilizada.
A idéia é utilizar-se do raciocínio científico, ou seja, se o fim pretendido pela análise é fornecer informações para tomada de decisão, então é preciso conhecer como se dá o processo de tomada de decisão.
 Na maioria das ciências, ainda que cada uma tenha as suas especificidades, a seqüência do processo decisório tem as seguintes etapas:
1ª) escolha dos indicadores;
2ª) comparação com padrões;
3ª) diagnóstico ou conclusões; e
4ª) decisões.
Para a realização da análise financeira de balanços pode-se adaptar a mesma seqüência, isto é:
1ª) apuram-se os índices junto às demonstrações contábeis;
2ª) comparam-se os índices com os padrões;
3ª) ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões; 
4ª) tomam-se decisões.
Vale dizer, entretanto, em relação ao contexto deste trabalho, que não existem ainda índices-padrão para o ciclo de vida, já que, como foi dito ao final do capítulo anterior, não há mecanismos contábeis para se relacionar o ciclo de vida, o que não permitiria a execução da 2ª etapa elencada acima.
Enfim, quando se procede a análise de balanços, os relatórios provenientes desta análise podem estar

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