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A Teoria Geral de Keynes

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KEYNES: A TEORIA GERAL DO EMPREGO, DO JURO E DA MOEDA (1936)
ESQUEMAS DE AULA
Prefácio da 1ª edição
1. A quem se destina a obra: “a meus colegas economistas. Espero que ela seja compreendida por outros.”
2. Objetivo: “tratar das difíceis questões da teoria, e somente em segundo lugar das aplicações práticas desta teoria.”
3. Onde está o erro da economia vigente à época: “na falta de clareza e geralmente nas premissas.”
4. Meio utilizado para persuadir os economistas: “argumento altamente abstrato e muita controvérsia.”
5. Uso da controvérsia: “gostaria de abreviá-la. Mas, considerei-a importante não só para expor meu próprio ponto de vista, como também mostrar em que pontos ele se distancia da teoria predominante.”
6. Qual será a reação dos economistas: achar que Keynes está enganado ou que não diz nada de novo.
7. Posição de Keynes diante da economia predominante: “eu mesmo defendi com convicção, por muitos anos, as teorias que agora ataco e, penso, não ignoro seus pontos fortes.”
8. Neste livro, Keynes mostra que uma economia monetária é aquela em que “mudanças nas visões do futuro são capazes de influenciar a quantidade de emprego e não apenas a direção dele.”
9. Keynes confessa que o livro foi escrito de um modo que não é o habitual.
Cap. 1: A Teoria Geral
1. Diz Keynes: o título da obra enfatiza o qualificativo de geral da teoria.
2. Razão desta ênfase: “contrastar o caráter dos meus argumentos e conclusões relativamente àqueles da teoria clássica”, até agora predominante.
3. O que Keynes entende por teoria clássica, ou economia clássica, ou economistas clássicos.
4. Objetivo desta ênfase: “sustentarei que os postulados da teoria clássica são aplicados apenas a um caso especial e não ao caso geral, pois a situação que ela supõe acha-se no limite das possíveis posições de equilíbrio.”
5. Aplicação da teoria clássica à realidade: seria enganosa e desastrosa “porque as características do caso especial supostos pela teoria clássica não são as da sociedade econômica na qual vivemos atualmente.”
Cap. 2: Os Postulados da Economia Clássica
1. Observação inicial: embora muitos tratados tenham abordado a distribuição de dado volume de recursos empregados em diferentes usos, “a teoria pura do que determina o emprego efetivo dos recursos disponíveis raramente foi objeto de exame detalhado.”
2. Os dois postulados da teoria clássica do emprego (aceitos “praticamente sem discussão”) e a posição de Keynes diante deles.
3. Tipos de desemprego aceitos pela teoria clássica: friccional e voluntário.
4. A teoria clássica não admite o desemprego involuntário concebido por Keynes.
5. Questão: segundo os postulados clássicos, e “considerando que, de modo geral, a população raramente encontra tanto emprego quanto desejaria ao salário corrente”, o desemprego poderia ser explicado apenas como friccional e voluntário?
Resposta de Keynes: se for assim, excluído o desemprego friccional, restaria o desemprego voluntário, e isto significaria que a falta de emprego decorreria do fato de os trabalhadores não aceitarem redução de seus salários nominais. É fraco, diante da realidade, “o argumento de que o desemprego que caracteriza um período de depressão se deva à recusa da mão de obra em aceitar uma diminuição dos salários nominais.” 
6. Objeções contra o II postulado:
1ª O comportamento real do trabalhador: “uma redução dos salários reais, devida a uma alta de preços, inalterados os salários nominais, não causa, via de regra, uma diminuição da oferta de mão de obra disponível ao salário corrente, abaixo do volume de emprego anterior à alta de dos preços.”
2ª Contrariamente à escola clássica, o nível geral dos salários reais não é determinado pelo caráter das negociações salariais. “Os trabalhadores em conjunto não dispõem de método algum de fazer coincidir o equivalente do nível geral de salários nominais, expresso em bens de consumo, com a desutilidade marginal do volume de emprego existente.”
7. Razão de os trabalhadores resistirem a uma redução dos salários nominais.
8. Definição de desemprego involuntário, segundo a concepção de Keynes.
9. Keynes e a lei de Say
a) Enunciado da lei de Say.
b) Enunciado keynesiano da lei de Say.
c) “Toda a teoria clássica se assenta sobre isso.”
d) A lei de Say não percebe que o dinheiro pode causar problema, e os economistas clássicos não acham que a moeda faça grande diferença: “O pensamento contemporâneo está ainda profundamente encharcado da noção segundo a qual se as pessoas não gastarem seu dinheiro de um modo, gasta-lo-ão de outro.”
10. Poupança e investimento: “não há uma relação simples entre os motivos que determinam as decisões de abster-se de um consumo imediato e os motivos que determinam as decisões de prover um consumo futuro.”
11. Conclusão: as três afirmações básicas e interdependentes de que a teoria clássica depende são:
(1) o salário real é igual à desutilidade marginal do emprego exiostente;
(2) não há desemprego voluntário em sentido estrito;
(3) a oferta cria sua própria demanda, no sentido de que o preço de demanda agregada é igual ao preço de oferta agregada para todos os níveis de produto e emprego.

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