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Questões Sobre Litisconsórcio

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Formule conceito de litisconsórcio:
O fenômeno processual do litisconsórcio se refere ao elemento subjetivo da relação jurídica processual, mais precisamente às partes. A doutrina é pacífica em conceituar o litisconsórcio como a pluralidade de sujeitos em um ou nos dois polos da relação jurídica processual que se reúnem para litigar em conjunto.
É obrigatória a aceitação do litisconsórcio pelo demandado?
A aceitação ou não do litisconsórcio pelo demandado vai depender da sua classificação, pois nas hipóteses em que não é obrigatório, pode o demandado impugnar o litisconsórcio. Há também as hipóteses previstas em lei pois, nem toda reunião de pessoas para litigar em conjunto será admitida pela lei, sob pena de permitir-se a criação de situações inusitadas e altamente prejudiciais ao processo. As hipóteses de cabimento do litisconsórcio encontram-se previstas no art. 113 do Novo CPC. 
Havendo revelia de um litisconsórcio como restará à causa para os demais?
Na vigência do CPC/1973, o benefício ao réu revel em razão de contestação apresentada por corréu dependia não só da espécie de litisconsórcio passivo, mas também da matéria alegada pelo réu contestante. No litisconsórcio unitário a exceção legal tinha sempre aplicação, considerando-se que, vinculados ao mesmo destino, à contestação de um litisconsorte sempre beneficiaria os demais, ainda que estes não tivessem apresentado contestação, tornando-se revéis. E o entendimento continua atual diante do previsto no art. 117 do Novo CPC. Já no litisconsórcio simples, o benefício de evitar a geração da presunção de veracidade para o litisconsorte revel só seria verificado havendo no caso concreto uma comunhão de interesses, ou seja, que a contestação apresentada tivesse como objeto algo que aproveitasse ao revel, contendo alguma matéria que tivesse sido alegada pelo próprio litisconsorte omisso caso esse tivesse contestado.
Numa interpretação literal do art. 117 do Novo CPC, a contestação, nesse caso, independentemente de seu conteúdo, não poderia beneficiar o réu revel, já que os atos do litisconsorte simples não beneficiam os demais.
Com relação à interposição de recurso por um dos litisconsortes quando: necessário, facultativo e unitário:
O dispositivo legal que prevê que “o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses” (art. 1.005, caput, do Novo CPC), deve ser interpretado à luz da situação concreta e da espécie de litisconsórcio. Não há nenhuma dúvida na doutrina de que, tratando-se de litisconsórcio unitário, o dispositivo terá plena aplicação, sendo consequência lógica dessa espécie de litisconsórcio o recurso de um litisconsorte aproveitar aos demais. Como a decisão deve ser a mesma para todos, provido o recurso interposto por um dos litisconsortes, mesmo aqueles que não recorreram se beneficiarão do resultado do julgamento. Note-se, entretanto, que sendo alegado em recurso matéria que interesse somente ao recorrente, ou seja, uma exceção pessoal, o acolhimento de seu recurso não beneficiará aos demais réus.
Qual a diferença entre o litisconsórcio facultativo e necessário?
Conforme o próprio nome indica, litisconsórcio necessário se verifica nas hipóteses em que é obrigatória sua formação, enquanto no litisconsórcio facultativo existe uma mera opção de sua formação, em geral a cargo do autor (a exceção é o litisconsórcio formado pelo réu no chamamento ao processo e na denunciação da lide). No primeiro caso há uma obrigatoriedade de formação do litisconsórcio, seja por expressa determinação legal, seja em virtude da natureza indivisível da relação de direito material da qual participam os litisconsortes. No segundo caso a formação dependerá da conveniência que a parte acreditar existir no caso concreto em litigar em conjunto, dentro dos limites legais.
Qual a diferença entre o litisconsórcio unitário e necessário?
O necessário já foi mencionado na resposta anterior, o que difere do unitário é que nesse o juiz sempre estará obrigado a decidir de maneira uniforme para todos os litisconsortes.
Tratando-se de litisconsorte necessário não observado na propositura da ação, qual atitude deve tomar o juiz?
O juiz manda emendar a petição inicial
Qual a posição do litisconsorte com relação à parte adversa no processo?
Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. (art. 117/NCPC)
Com relação as provas produzidas por um dos litisconsortes em relação aos demais, em caso de beneficio e em caso de provável prejuízo?
Qualquer que seja a espécie de litisconsórcio – unitário ou facultativo – a questão da prova produzida por um dos litisconsortes passa à margem da regra – ou princípio – da autonomia de atuação dos litisconsortes. A doutrina é uníssona em afirmar que a prova produzida por um litisconsorte poderá plenamente prejudicar os demais, que em nada colaboraram para a sua produção, mas que sofrerão os seus efeitos da mesma forma que os sofrerá o responsável pela produção. Prejudicial ou benéfica, a prova produzida servirá para formar o convencimento do juiz, e naturalmente esse convencimento será o mesmo para todos os sujeitos processuais, o que incluiu os litisconsortes. E essa circunstância é decorrência da aplicação do princípio da comunhão das provas.

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