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PLANTAS 
MEDICINAIS/ 
BIOATIVAS: 
 
A ESSÊNCIA DA 
VIDA AO SEU 
ALCANCE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZADORES E EXECUTORES DO CURSO 
 
 
 
Afaf Muhamad Wermann – Extensionista da área de Bem Estar Social – 
EMATER/RS-ASCAR – Bom Retiro do Sul. E-mail: afaf@emater.tche.br 
 
Martin Wanderer – Engenheiro Agrônomo – EMATER/RS-ASCAR – Teutônia 
E-mail: mwanderer@emater.tche.br 
 
Maria Cristina Maia Gräbin – Extensionista da área de Bem Estar Social – 
EMATER/RS-ASCAR Regional – Estrela. E-mail: mgrabin@emater.tche.br 
 
Marta Izabel Pin Rossini – Extensionista da área de Bem Estar Social – 
EMATER/RS-ASCAR – Anta Gorda – E-mail: martaizabelpin@yahoo.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO: 
Objetivos 
Introdução 
Histórico 
Nutracêuticos 
Etnobotânica 
Morfologia Vegetal 
Princípios Ativos 
Identificação Científica (Nomenclatura) 
Monografias: 
Alcachofra 
Anis, erva-doce 
Alho 
Arnica 
Babosa 
Boldo 
Calêndula 
Castanha da índia 
Cáscara-sagrada 
Centela 
Confrei 
Camomila, maçanilha 
Eucalipto 
Espinheira-santa 
Equinácea 
Gengibre 
Hortelã 
Hipérico 
Ginkgo 
Guaco 
Guaraná 
Maracujá 
Melissa 
Sene 
Identificação Botânica (Herbário) 
Plantas Tóxicas 
Paisagismo com Plantas Medicinais 
Horto e Cultivo 
Fatores de cultivo 
Práticas agrícolas 
Controle ecológico de pragas e doenças 
Propagação 
Colheita, secagem e armazenagem 
Formas de Manipular Ervas Medicinais 
Manipulações 
Anexos 
I – Referências Bibliográficas 
II – Glossário 
III – Ficha de informações agronômicas 
IV – Exemplos de produtores e empresas compradoras de sementes e mudas 
 
 
 
CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E 
CONDIMENTARES 
 
 
 
OBJETIVO GERAL: 
 
Que os participantes possam através do Curso de Plantas Medicinais, 
Aromáticas e Condimentares do Centro de Treinamento: 
 
Valorizar as Plantas Bioativas identificando-as corretamente e utilizando de 
forma segura, preservando o meio ambiente. 
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 
- Promover de forma participativa o resgate do saber popular, 
complementando com informações científicas do uso das Plantas Medicinais, 
Aromáticas e Condimentares pesquisadas; 
 
- Trabalhar na produção e identificação correta das Plantas Medicinais, 
Aromáticas e Condimentares; 
 
- Identificar corretamente os grupos de plantas: nutracêuticas, tóxicas, 
alelopáticas e medicinais. 
 
- Estimular os participantes a criar novas e diferentes formas associativas 
para produção e comercialização da matéria prima produzida, viabilizando a 
produção com produtos diferenciados; 
 
- Incentivar a implantação de Programas Municipais de Fitoterapia no 
Serviço Público; 
 
- Divulgar através da implantação de horto de Plantas Medicinais, 
Aromáticas e Condimentares, a importância ambiental na preservação das 
espécies; 
 
- Estimular a elaboração de projetos para a implantação de hortos 
comunitários e familiares. 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
O curso de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares – PMAC – é uma 
realidade. 
- Sejam bem vindos a ELE! 
Este curso traz o anseio dos colegas, agricultores, de profissionais da saúde, das 
pastorais, de professores, pesquisadores e de todos que nos estimularam na organização e 
incentivaram a promover ações na área de PMAC. 
A região Vale do Taquari tem a sua disposição e de todo o público interessado este tema 
em forma de um curso. Gostaríamos de salientar que o curso é um desafio proposto pela 
Fundação Agrícola Teutônia e EMATER, que através do Centro Regional de Formação de 
Agricultores de Teutônia (CERTA), disponibiliza este curso e lhe dá um caráter todo especial. 
Esperamos que o significado deste curso seja para os participantes tão forte quanto o 
significado das plantas medicinais para a humanidade. 
Hoje podemos dizer que este curso para nós tem vários significados: a responsabilidade 
na área ambiental, a complexidade, o conhecimento, a vivência, a maturidade e a caminhada 
da humanidade pelo valor do resgate cultural. Por tudo isso tornamos a sua realização um 
grande desafio. 
 O nosso objetivo em particular é atender a expectativa dos cursistas, que com certeza 
estarão envolvidos de forma interativa nas atividades oportunizadas na execução do curso, 
onde o segredo maior será: integrar-se ao processo de aprendizagem, vivenciando, 
interpretando, identificando, conhecendo e apaixonando-se pelo tema que é entusiasmante e 
vastíssimo, pois as plantas simbolizam vida. 
A participação nas atividades práticas durante o curso será importantíssima, e 
destacamos as práticas no Horto Achillea, onde a identificação e interação com as plantas 
serão fundamentais para o participante. As demais práticas de produção, secagem, 
armazenamento e manipulação da matéria-prima serão fundamentais, onde os passos 
posteriores destacam também ações na área de comercialização. 
Ao envolverem-se diretamente com todos estes temas os participantes poderão, com 
certeza, promoverem formas de prevenção de doenças e investirem em ações que venham 
elevar a qualidade de vida. 
O material didático foi cuidadosamente selecionado, elaborado de forma a oferecer 
esclarecimentos científicos com a legislação atualizada, com o enfoque claro e objetivo. As 
plantas destacadas são as cientificamente comprovadas e pesquisadas, e o alerta especial as 
ditas “plantas tóxicas”. 
Nós, os apaixonados pelas plantas medicinais, aguardamos de todos a participação no 
resgate do conhecimento popular. Com certeza esta sabedoria popular que alimentou os 
homens no decorrer dos séculos será o realimentador permanente do curso. 
 
Saudações, 
 
Da equipe organizadora. 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
 
 
 
 
HISTÓRICO 
 
A história das ervas nos conduz a uma incursão pelo rumo da evolução humana, pois 
elas influíram diretamente nas práticas religiosas, na medicina, no folclore e nas lendas. Muito 
antes de aparecer qualquer forma de escrita, o homem já usava as plantas como alimento e 
como remédio. Ao longo do século teve as alegrias do sucesso e as dores do fracasso nas suas 
experiências que curavam e outras vezes matavam ou produziam efeitos colaterais 
desastrosos. 
Os documentos médicos mais antigos que temos notícias são os dos chineses, que já em 
3700 a.C. diziam em seus tratados de medicina que para cada doença havia uma planta que 
seria seu remédio natural. 
Nas últimas décadas, o homem e a revolução industrial nos afastaram do seio da mãe 
natureza. Embora não haja uma data definida, pode-se tomar o fim do século XIX como a 
época em que se começou a usar remédios sintéticos, tendo como marco divisório o início da 
fabricação do ácido salicílico (Aspirina, AAS), em 1897. 
A Conferência Internacional sobre Atenção Primária em Saúde promovida pela 
OMS/UNICEF em Alma Alta, ex-URSS em 1978, recomendou aos países membros, com 
urgência, que: 
- Se iniciem programas de estudo para a identificação, avaliação, preparação, cultivo e 
conservação de plantas medicinais usadas na medicina tradicional; 
- Se desenvolva o controle de qualidade de drogas derivadas de plantas medicinais 
tradicionais, através da adoção de técnicas modernas, da padronização dos produtos e da 
adoção de novas práticas de sua manufatura (AKERELE, op. Cit). 
 “Save plants that save life”, “salvem plantas que salvam vidas” constitui a sumula da 
declaração de Chiang-Mai, Tailândia, 41ª Assembléia Mundial da Saúde, em 1988. Estaafirmação traduz o conceito e a postura da própria OMS em relação à questão ambiental. As 
plantas medicinais constituem uma pequena, porém significativa parte da herança biológica 
na biosfera, à qual as sociedades tradicionais atribuem valor considerável. (AKERELE, op. 
Cit). 
 A volta à mãe terra através das raízes da humanidade e o nosso propósito é justamente 
conhecer as nossas “amigas” que ajudaram na vida do homem desde o início dos tempos. 
 E Deus disse: “Eis que vos dou todas as ervas que dá semente sobre a face da terra...” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUTRACÊUTICOS 
 
 
“NÓS SOMOS O QUE COMEMOS” 
 
 
“QUE TEU ALIMENTO SEJA O TEU REMÉDIO E QUE TEU REMÉDIO SEJA O 
TEU ALIMENTO” 
(Hipócrates) 
 
Função dos alimentos: 
 
Frutas, legumes e verduras são essenciais à saúde. A cada dia descobre-se que eles 
contêm muito mais que vitaminas e sais minerais, indispensáveis para manter o organismo 
funcionando. Tem certos alimentos que possuem fitoquímicos que trazem muitos benefícios 
para nossa saúde. Estes alimentos são chamados de alimentos funcionais ou nutracêuticos e 
apresentam determinadas propriedades como proporcionar equilíbrio ao funcionamento 
celular ou alguma ação além de nutrir o corpo. 
Dois exemplos clássicos de alimentos funcionais são o alho e a cebola, os quais são 
usados há pelo menos 4 mil anos. No antigo Egito faziam parte dos alimentos usados pelos 
construtores das pirâmides, pois estes tinham problemas de infecção principalmente dos 
olhos. Naquela época não sabiam que o segredo desta dobradinha é uma substância chamada 
alicina, que é bactericida. 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE UM BOM E BONITO PRATO FAZ POR VOCÊ 
 
 
Hoje se sabe que certos alimentos podem: 
 
 Proteger suas células contra os radicais livres; 
 Diminuir a quantidade de LDL, o colesterol ruim; 
 Aumentar a dosagem de HDL, o bom colesterol; 
 Ajudar na fabricação de algumas enzimas anticancerígenas naturais; 
 Neutralizar substâncias tóxicas para o corpo; 
 Inibir inflamações e a formação de coágulos; 
 Tornar o sangue mais fluido. 
 
 
 
 
 
 
 
SALADA DE SUBSTÂNCIAS 
 
 
Conheça os principais componentes com propriedades terapêuticas encontrados nos 
vegetais: 
 
Fitoquímico Alimento O que faz 
Betacaroteno Frutas, legumes e verduras Neutraliza a ação dos radicais livres 
Luteína Folhas verdes Ajuda a manter uma boa visão 
Licopeno Tomate e goiaba vermelha É antioxidante, reduz o risco de 
câncer cervical e de próstata 
Antocianidina Frutas em geral e verduras 
folhosas 
Reduz o risco de câncer 
Sulforafane Brócolis, repolho e todos 
tipos de couve 
Barra substâncias que podem detonar 
o câncer e há indicações de que 
também possa frear tumores já 
existentes, especialmente o de mama. 
Genisteína Feijões, soja, ervilha e 
lentilha 
Diminui as taxas de colesterol e o 
risco de tumores ligados a 
hormônios, como os de mama e os 
de próstata. 
Cumarina Frutas cítricas e tomate Estimula a produção de enzimas 
anticâncer pelo próprio organismo. 
Flavonóides Frutas, tomate e cenoura Inibe enzimas responsáveis pela 
disseminação de células cancerosas. 
Quercitina Frutas e cebola Reduz a formação de placas 
gordurosas nas artérias e combate 
alergias. 
Resveratrol Casca da uva, vinho tinto e 
suco de uva 
Impede a formação de placas 
gordurosas. 
Daidzeína Soja e produto à base de 
soja 
Ameniza os sintomas de menopausa, 
protege contra o câncer de mama e 
previne osteoporose. 
Alicina Alho e cebola Ação antimicrobiana e antiviral. 
Também dilata os vasos, diminuindo 
a pressão arterial. 
Dialil dissulfeto Alho e cebola Reduz a formação de placas 
gordurosas. 
Polissulfeto de metilalila Alho e cebola Aumenta a elasticidade dos vasos 
sangüíneos e relaxa as fibras 
musculares. 
Trissulfeto de metilalila Alho Inibe o aparecimento de coágulos na 
circulação. 
Fibras solúveis Aveia Reduz o risco de doenças no 
coração. 
 
 
 
ETNOBOTÂNICA 
 
 
É uma ciência que estuda o conhecimento que as sociedades, etnias e culturas de todo o 
mundo tem sobre as propriedades das plantas e sua utilização em todos âmbitos da vida. 
A partir da década de 70, a etnobotânica, desenvolvida principalmente em países de 
terceiro mundo, começa a questionar qual é o seu papel para promover a melhoria das 
condições de vida das comunidades estudadas e como o resultado da pesquisa etnobotânica 
poderia ajudar o Desenvolvimento Sustentável. 
O universo etnobotânico se constitui num campo vasto onde confluem ramos das 
ciências naturais e sociais (botânica, ecologia, geografia, antropologia, sociologia, 
farmacologia, lingüística, etc.). 
 
 
 
PLANTA MEDICINAL: 
 
É aquela que contém princípio ativo que confere atividade terapêutica ao organismo. 
 
 
PLANTA CONDIMENTAR: 
 
Toda planta que confere sabor acentuado, utilizada na culinária. 
 
 
PLANTA AROMÁTICA: 
 
Toda planta que tem aroma, de modo geral agradável, e que produz óleo essencial. 
 
 
PLANTA TÓXICA: 
 
Planta que possui princípios tóxicos, agindo de maneira maléfica no organismo humano 
e animal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MORFOLOGIA VEGETAL 
 
 
A classificação dos vegetais quanto ao porte pode ser: 
- Árvore: caule lenhoso e único. 
- Arbusto: caule lenhoso, ramificado desde a base, com até 3m de altura. 
- Erva: caule não lenhoso (verde) e flexível. 
 
 
Partes que compõem a planta: 
 
Raiz: é a base da planta responsável pela fixação, absorção de água, sais minerais e pôr 
vezes acúmulo de substâncias de reserva (ex: batata-doce, aipim). 
Tuberosa – (batata-doce, cenoura), Pivotante - (guanxuma), Fasciculada = Cabeleira - 
(capim limão). Perpendicular ou axial (gimnospermas). 
 
Caule: órgão portador de folhas que liga essas à raiz e também dos vasos condutores 
por onde circulam seiva, água e nutrientes. 
Tipos: Ereto 
 Colmo (bambu, cana, milho) 
 Haste (ervas) 
 Trepadores (guaco, maracujá) 
 Rastejantes ou estolho (moranguinho) 
 Subterrâneos 
 - Rizoma (gengibre) 
 - Tubérculos (batata inglesa) 
 - Bulbos (alho, cebola) 
 
Folha: extensões do caule que possuem clorofila, cor verde, responsável pela 
fotossíntese (produção de alimentos), respiração e transpiração. As formas podem variar 
bastante de espécie para espécie, pelas quais pode-se distinguir espécies muito semelhantes. 
 
Flor: órgão responsável pela reprodução e que também em certas espécies concentra 
boa parte dos princípios ativos. Onde ocorre a polinização, fecundação, formação do fruto. 
Inflorescência – reunião de duas ou mais flores, ex: margarida, camomila, girassol, 
calêndula. 
 
Fruto: flor no momento da maturação das sementes. 
 
Sementes: estão contidas no fruto, em certas espécies há grande concentração de 
princípios ativos, óleos (gengibre, funcho). 
 
Quanto ao ciclo as plantas podem ser: 
 
Anual: fecha seu ciclo em um ano (desde a germinação até a próxima produção de 
sementes). Ex: marcela, camomila ... 
Bianual: completa o ciclo em dois anos. Ex: Salvia, Pulmonária ... 
Perene: possuem um ciclo mais longo, ex: cancorosa, alecrim, erva-luísa ... 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS VEGETAIS 
 
Os princípios ativos vegetais são substâncias que a planta sintetiza e armazena durante 
seu crescimento. No entanto, nem todos os produtos metabólicos sintetizados possuem valor 
medicinal. Em todas espécies existe ao mesmo tempo princípios ativos e substânciasinertes. 
Estas últimas determinam a eficácia da erva medicinal, acelerando ou retardando a absorção 
dos princípios ativos pelo organismo. Geralmente numa planta encontra-se vários 
componentes ativos, dos quais um ou um grupo determinam a ação principal. 
Os princípios ativos não se distribuem de maneira uniforme no vegetal. Concentram-se 
preferencialmente nas folhas, flores e raízes, e, às vezes nas sementes, frutos e casca. Outra 
característica dos vegetais é que não apresentam uma concentração uniforme de princípios 
ativos durante o seu ciclo de vida, variando com o habitat, a colheita e a preparação. 
 
Principais grupos de princípios ativos: 
 
TANINO 
Encontrados em maior quantidade em frutos verdes, cascas do caule e raiz de árvores 
como: barbatimão, goiabeira, espinheira-santa, nogueira. 
Ação medicinal: adstringente, vasoconstrutor e hemostática, antibiótica, antiviral, 
antifúngica e antidiarréica. 
Efeitos tóxicos: inibe a absorção de minerais, inibe a digestão de alimentos através da 
inativação de enzimas digestivas. 
 
 
ÓLEO ESSENCIAL 
São extremamente voláteis, dificilmente solúveis em água e possuem odor intenso, 
algumas vezes desagradável. 
Ex.: hortelã = mentol, carqueja = carquejol, capim-limão = citral, losna = tujona 
Ação medicinal: antisséptica, diurética, antiespamódica, antiinflamatória, expectorante. 
Efeitos tóxicos: toxidez aguda: intoxicação do sistema nervoso e de diversos órgãos 
internos. Toxidez crônica: degeneração dos tecidos, irritação das mucosas, manifestações 
alérgicas. 
 
GOMA E MUCILAGEM 
Tem aspecto viscoso. Agem protegendo as mucosas contra os irritantes locais, 
atenuando as inflamações. 
Ex.: babosa, linhaça, malva, tansagem. 
Ação medicinal: sedativa da tosse, antiinflamatória, emoliente, protetora das mucosas, 
laxativa suave. 
Efeitos tóxicos: no caso da babosa são referidos alguns efeitos tóxicos como diarréia 
com sangue, hemorragia gástrica e nefrite. 
 
ALCALÓIDE 
Encontrado em espécies vegetais com atividade medicinal intensa, possuindo uma 
toxicidade elevada. 
Ex.: fumo = nicotina, beladona = atropina, trombeteira = hioscianina, coca = cocaína, 
papoula = morfina. 
 
 
 
 
Ação medicinal: extremamente variada, dependendo da estrutura química do alcalóide, 
podendo estimular ou deprimir muitas funções do organismo. Anestésico, antiespamódico, 
broncodilatador, calmante, sedativo, estimulante. 
Efeitos tóxicos: intoxicação geral, parada cárdio-respiratória e morte. 
 
 
FLAVONÓIDE 
Encontrados em maior quantidade na marcela, camomila, arruda, calêndula e em menor 
quantidade nas flores, frutos e tecidos jovens. 
Ação medicinal: aumenta a resistência dos vasos capilares, diurética, antiespasmódica, 
hipotensora, antiinflamatória. 
Efeitos tóxicos: desconhecidos. 
 
 
ÁCIDO ORGÂNICO 
 Os vegetais que contém ácidos orgânicos possuem sabor ácido e propriedades 
farmacêuticas características, como ação refrescante e laxativa. Dentre os ácidos presentes 
pode-se destacar o tartárico, málico, cítrico e silícico. As plantas das famílias das 
borragináceas, equisetáceas e gramíneas absorvem grande quantidade de sais orgânicos do 
solo, principalmente o silícico, armazenado. Este ácido é um elemento fundamental para o 
tecido conjuntivo, pele, cabelos e unhas. 
Ex.: urtiga = ácido fórmico, citros = ácido cítrico, uva e abacaxi = ácido tartárico, maça 
= ácido málico. 
Ação medicinal: brandamente diurética e laxativa, anti-fermentativa, estimulante da 
respiração celular. 
Efeitos tóxicos: formação de cálculos, inibição da absorção de cálcio. 
 
PRINCÍPIO AMARGO 
Possui sabor amargo, estimula a secreção dos sucos gástricos e desenvolvem uma ação 
tônica geral. 
Ex.: alcachofra, losna, boldo, chicória, dente-de-leão. 
Ação medicinal: estimula secreção cloropéptica, aumenta a produção de suco gástrico, 
ativa a eliminação biliar. 
Efeitos tóxicos: congestão hepática. 
 
SAPONINA 
O seu nome provém da propriedade de formar espuma abundante, quando agitadas com 
água, à semelhança do sabão, que emulsionam o óleo na água e tem efeito hemolítico. 
Ex.: salsaparrilha, pfáffia, erva-mate. 
Ação medicinal: expectorante, diurética, purgativa, antiinflamatória. 
Efeitos tóxicos: irritação das mucosas, manifestações alérgicas. 
 
HETEROSÍDEO 
Substância que por hidrólise se desintegra em um açúcar e uma porção aglicona. Os 
primeiros heterosídeos isolados eram produtos condensados da glicose, motivo pelo qual 
foram chamados de glicosídeos. 
 
 
 
 
 
Ex.: salgueiro = salicina, dedaleira = digitalis, babosa = aloína, arruda = rutina. 
Ação medicinal: cardiotônico, purgativo, antireumático, antiinflamatório. 
Efeitos tóxicos: cardiotóxicos, parada cárdio-respiratória e morte. 
 
 
VITAMINAS E SAIS MINERAIS 
Todos os vegetais contêm em maior ou menor quantidade. 
Ação medicinal: essencial para diversas funções do organismo, coadjuvantes no 
tratamento de várias patologias, reequilibrando as funções orgânicas. 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
 
As plantas medicinais, condimentares e aromáticas são identificadas por um nome 
popular, o qual varia conforme a região, cultura e tradição e também por um nome científico 
reconhecido mundialmente. 
Este sistema foi convencionado por Lineu, no ano de 1753 e trata de classificar cada 
espécie vegetal com nomenclatura binominal indicando gênero e espécie, originando o nome 
científico que será sempre latinizado. Geralmente este nome pode prestar homenagem ao 
pesquisador que classificou a espécie e referenciar algum uso tradicional. As plantas também 
são classificadas por famílias pelas características que apresentam em comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOME POPULAR: Babosa 
 
NOME CIENTÍFICO: Aloe vera 
 
FAMÍLIA: Liliaceae 
 
MONOGRAFIAS: 
 
NOME POPULAR: ALCACHOFRA 
 
NOME CIENTÍFICO: Cynara scolymus L. 
 
FAMÍLIA: Compositae 
 
PARTE USADA: folhas, caule e raiz. 
 
ORIGEM: Planta européia com origem no Mediterrâneo. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: possui vitaminas A, B1, B2, C, D, ferro, minerais, potássio, cálcio, 
magnésio e manganês. As folhas, o caule e as raízes contêm substâncias amargas e 
aromáticas, taninos, enzimas e sais. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: colagoga, diurética, depurativa, laxativa, hipoglicemiante. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: mulher gestante e em fase de amamentação, pessoas que possuem 
fermentação intestinal. 
 
MODO DE USO: infusão, decocção, tintura, vinho medicinal. 
 
TOXICIDADE: pode provocar diurese e diarréia. 
 
NOME POPULAR: ANIS, ERVA-DOCE 
 
NOME CIENTÍFICO: Pimpinella anisum L. 
 
FAMÍLIA: Umbeliferae 
 
PARTE USADA: semente, caule e raiz. 
 
ORIGEM: Egito, difundida em vários países. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo essencial, proteína, açúcar. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: carminativa, antiespasmódica, estomáquica, galactagoga, 
diurética, estimulante geral. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: não há referências. 
 
MODO DE USO: infusão, tintura, óleo essencial. 
 
TOXICIDADE: o emprego exagerado da essência pode causar efeito tóxico. Em doses 
elevadas pode provocar embriaguez acompanhada de tremores, o abuso crônico provoca 
confusão mental e convulsões. 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
 NOME POPULAR: ALHO 
 
NOME CIENTÍFICO: Allium sativum L. 
 
FAMÍLIA: Liliaceae 
 
PARTE USADA: bulbo. 
 
ORIGEM: Ásia Central, ocorrendo em quase todo o mundo. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: vitaminas A, B1, B2, C, Ca, Na, Fe, Si, e S. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: hipotensor, antigripal, anti-helmíntico, aromatizante, 
expectorante, antissépticopulmonar, analgésico, antiinflamatório, antibacteriano, 
hipoglicemiante, febrífugo, antioxidante, hipocolesteremiante. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: hipersensibilidade ao óleo. 
 
INDICAÇÃO: perturbações do aparelho digestivo, verminoses e parasitoses intestinais, 
edema, gripe, trombose, arteriosclerose, colesterol e triglicerídeos. 
 
MODO DE USO: infusão, óleo, extrato seco, alho fresco, tintura, xarope, chá. 
 
TOXICIDADE: altas doses podem provocar náuseas e irritabilidade gástrica. 
 
 
NOME POPULAR: ARNICA 
 
NOME CIENTÍFICO: Arnica montana 
 
FAMÍLIA: Asteraceae 
 
PARTE USADA: folhas e inflorescências 
 
ORIGEM: Nativo na parte meridional da América do Sul, incluindo o sul e sudeste do Brasil. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: quercitrina, taninos, saponinas, resinas e óleo essencial. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: adstringente, cicatrizante, anti-séptica. 
 
INDICAÇÕES: Externamente no tratamento de feridas escoriações, traumatismos, 
hematomas, contusões, varizes, dores reumáticas, hemorróidas . 
 
CONTRA INDICAÇÕES: O uso externo em excesso poderá produzir eritema e queimações. 
E o uso interno em excesso pode causar náuseas, vômitos, taquicardia, depressão. 
 
MODO DE USO: tintura, pomada, alcoolatura. 
 
TOXICIDADE: seu uso interno é considerado tóxico só deve ser feito com restrito 
acompanhamento médico. 
 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
 
NOME POPULAR: BABOSA 
 
NOME CIENTÍFICO: Aloe arborescens M., Aloe vera L. 
 
FAMÍLIA: Liliacaea 
 
PARTE USADA: folhas (mucilagem). 
 
ORIGEM: Índia, ocorrendo mundialmente. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: enzimas, aminoácidos, vitaminas B, C e E, sais minerais (Ca, K, Na, 
Cl, Mn, Al), resinas e óleos voláteis. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: purgativo, vermífugo, emenagogo, colagogo, colerético, 
emoliente, estomáquico, vulnerário, abortivo e tônico. Externamente é umectante, emoliente, 
antiinflamatório, refrescante, regenerador de tecidos, anticaspa, antiqueda de cabelos, 
cicatrizante. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: uso interno durante a gravidez, aleitamento, menstruação e em 
casos de varizes, hemorróidas, afecções renais, apendicites, cistites e desinterias. 
 
INDICAÇÕES: cicatrizante de feridas, queimaduras, fortificante para cabelos. 
 
MODO DE USO: tintura, cataplasma, gel, folhas maceradas, pó, shampoos. 
 
TOXICIDADE: pode provocar desmaios, hipotensão, hipotermia e nefrite, sendo que 8g do 
pó pode levar à morte. 
 
NOME POPULAR: BOLDO 
 
NOME CIENTÍFICO: Coleus barbatus 
 
FAMÍLIA: Labiatae 
 
PARTE USADA: folhas. 
 
ORIGEM: desconhecida, provavelmente exótica. Ocorre em países de clima subtropical e 
tropical. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo essencial, princípios amargos. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: tônico, digestivo, carminativo, hipossecretor gástrico (para 
azia e dispepsia), antiespasmódico, expectorante. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: não há referências.. 
 
MODO DE USO: infusão, maceração, tintura, sumo, extratos. 
 
TOXICIDADE: pode provocar irritações gástricas. 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
NOME POPULAR: CALÊNDULA 
 
NOME CIENTÍFICO: Calendula officinalis 
 
FAMÍLIA: Compositae 
 
PARTE USADA: flores e folhas. 
 
ORIGEM: Ilhas Canárias e de Portugal. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo essencial, saponinas, flavonóides, taninos, minerais (Ca e Si), 
pró-vitamina B, mucilagem, princípios amargos. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: antialérgica, suavizante, antiinflamatória, cicatrizante, 
antisséptica, antiflogística, colagoga, emenagoga, diaforética, lenitiva, antiespasmódica, 
bactericida, antifúngica. 
 
INDICAÇÕES: feridas, úlceras, acnes, inflamações purulentas, pruridos e micose de pele. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: não há referências. 
 
MODO DE USO: infusão, pomada, tintura, extratos. 
 
TOXICIDADE: superdosagem pode causar depressão, náuseas e vômitos. 
 
NOME POPULAR: CASTANHA DA ÍNDIA 
 
NOME CIENTÍFICO: Aesculus hippocastanum L 
 
FAMÍLIA: Hipocastanáceas 
 
PARTE USADA: sementes, cascas, folhas 
 
ORIGEM: Sudoeste da Europa 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: flavonóides, saponosídeos, oligossacarideos, taninos, escina. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: antiinflamatório, adstringente, antiradicular 
 
INDICAÇÕES: Fragilidade capilar, insuficiência venosa, hemorróidas, varizes. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: Durante a gestação, lactação, e crianças com menos de 10 anos. 
Também contra indicado para quem está fazendo tratamento anticoagulante. 
 
MODO DE USO: infusão, tintura, extrato seco, pomadas, supositórios 
 
TOXICIDADE: Os saponosídeos podem causar irritação nas mucosas digestivas. 
Superdosagem: fraqueza, vômito, depressão do sistema nervoso. 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
 
 
 
NOME POPULAR: CÁSCARA SAGRADA 
 
NOME CIENTÍFICO: Rhamnus purshiana 
 
FAMÍLIA: Ramnácea 
 
PARTE USADA: cascas secas do tronco e dos ramos. 
 
ORIGEM: 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: derivados antraquinonicos: predominam os cascarósideos A e B: 
taninos, sais minerais, constituintes amargos. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: Purgativa, diurética, emenagoga, estimulante, febrífuga, 
laxante. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: Obstipação crônica, contra indicado para gestantes e lactantes e 
crianças. E em estados inflamatórios intestinais agudos. 
 
MODO DE USO: Decocção, extratos, tinturas. 
 
TOXICIDADE: Doses excessivas ou o uso em pessoas com uma maior sensibilidade ao 
fármaco pode produzir espasmos intestinais, náuseas e vômitos. 
 
 
NOME POPULAR: CENTELA 
 
NOME CIENTÍFICO: Centella asiática 
 
FAMÍLIA: Umbelliferae 
 
PARTE USADA: folhas e caule 
 
ORIGEM: Nativa da Ásia 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: ácidos triterpênicos, alcalóides, saponinas, óleos essenciais, 
flavonóides, quercitina, sais minerais. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: antiinflamatória, cicatrizante, depurativo. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: não há referências 
 
MODO DE USO: chá, extrato, pomadas. 
 
TOXICIDADE: Superdosagem pode causar fotossensibilidade, sonolência, fraqueza e dor-
de-cabeça. 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
NOME POPULAR: CONFREI 
 
NOME CIENTÍFICO: Symphytum officinale L. 
 
FAMÍLIA: Boraginaceae 
 
PARTE USADA: folhas. 
 
ORIGEM: Rússia, desenvolvendo-se em diversas regiões. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: tanino, saponina, mucilagem, alcalóide. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: antiinflamatório, cicatrizante, antiirritante, hidratante, 
emoliente, antipsoríase. 
 
INDICAÇÕES: hemorróidas, curativo de ferimentos, reumatismo, picadas de insetos e 
queimaduras. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: evitar uso interno. 
 
MODO DE USO: infusão para lavagem, cataplasma, emplastro. 
 
TOXICIDADE: é hepatotóxico. 
 
 
NOME POPULAR: CAMOMILA, MAÇANILHA 
 
NOME CIENTÍFICO: Matricaria chamomilla L. 
 
FAMÍLIA: Compositae 
 
PARTE USADA: flores. 
 
ORIGEM: Europa e algumas regiões da Ásia. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo essencial, flavonóides, sais minerais, mucilagens. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: antiespasmódica, carminativa, calmante, cicatrizante, 
tônica, emoliente, antisséptica, antiinflamatória. 
 
INDICAÇÕES: digestiva, sedativa, facilita a eliminação de gases, combate cólicas, 
cicatrização da pele, inflamação nas gengivas, antivirótico (tratamento da herpes). 
 
CONTRA INDICAÇÕES: na gestação, pois há indicações de que possua ação emenagoga. 
 
MODO DE USO: infusão, shampoos, creme, vapores faciais. 
 
TOXICIDADE: pode provocar náuseas, insônia e excitação nervosa. 
 
 
Plantas Medicinais:A essência da vida ao seu alcance! 
 
 
NOME POPULAR: EUCALIPTO 
 
NOME CIENTÍFICO: Eucalyptus globulus 
 
FAMÍLIA: Myrtacea 
 
PARTE USADA: folhas 
 
ORIGEM: é originária da Tasmânia e introduzido no Brasil no início do século XX. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo essencial cineol ou eucaliptol. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: anti-catarral, antioxidante, expectorante, antiinflamatória, 
antigripal. 
 
INDICAÇÃO: gripe, congestão nasal, sinusite. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: É contra indicado para crianças. 
 
MODO DE USO: Tintura, óleo essencial, extrato. 
 
TOXICIDADE: A aplicação de suas preparações em crianças deve ser feita com o máximo 
cuidado por causa do risco de provocar espasmo da glote ou dos brônquios depois de uma 
forte aspiração. 
 
NOME POPULAR: ESPINHEIRA - SANTA 
 
NOME CIENTÍFICO: Maytenus ilicifolia 
 
FAMÍLIA: Celastraceae 
 
PARTE USADA: folhas, cascas, raízes. 
 
ORIGEM: Nativa de regiões de altitude do sul do Brasil. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: ácidos, taninos, óleo essencial, mucilagens, sais minerais. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: anti-séptica, tônica, analgésica, cicatrizante, diurética, 
antiinflamatória. 
 
INDICAÇÕES: problemas estomacais (gastrite e úlceras), indigestão, gastrites crônicas, azia. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: É contra-indicada para crianças, gestantes, lactantes (pois pode 
reduzir a produção de leite ). 
 
MODO DE USO: estratos, tintura, infusão, decocção. 
 
TOXICIDADE: pode provocar contrações uterinas e reduzir a produção de leite nas mulheres. 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
NOME POPULAR: EQUINÁCEA 
 
NOME CIENTÍFICO: . Echinacea purpurea 
 
FAMÍLIA: Asteraceas 
 
PARTE USADA: caule, folhas, raízes, flores. 
 
ORIGEM: É originária da região meio-oeste dos Estados Unidos. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo essencial, ácidos graxos, taninos, vitaminas e flavonóides. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: cicatrizante, antiviral, antibacteriano, antialérgico, anti-
séptica, antimicrobiana, carminativa e antiinflamatória. 
 
INDICAÇÕES: artrites, hemorróidas, resfriados, bronquite, infecções do trato urinário, 
faringite, ferimentos e queimaduras. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: Em caso de tuberculose, leucose e esclerose múltipla. 
 
MODO DE USO: cápsulas, extratos, tinturas, chás, cataplasmas. 
 
TOXICIDADE: não há referências. 
 
 
NOME POPULAR: GENGIBRE 
 
NOME CIENTÍFICO: Zingiber officinale 
 
FAMÍLIA: Zingiberaceae 
 
PARTE USADA: rizoma. 
 
ORIGEM: Índia, aclimatada no Brasil. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo volátil, amido, princípios amargos, sais minerais, proteína e 
gordura. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: carminativo, espasmolítico, digestivo, antiinflamatório, 
antiemético, béquico, dor de garganta. 
 
INDICAÇÕES: Bronquite, tosse, dor de garganta, enjôo de viagem 
 
CONTRA INDICAÇÕES: no caso de cálculos biliares só utilizar com orientação médica. 
 
MODO DE USO: decocção, xarope, cristais. 
 
TOXICIDADE: não há referências. 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
NOME POPULAR: HORTELÃ 
 
NOME CIENTÍFICO: Mentha sp 
 
FAMÍLIA: Labiatae 
 
PARTE USADA: folhas e sumidades floridas. 
 
ORIGEM: Oriente Médio. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo essencial (mentol), princípio amargo, taninos, minerais e 
vitaminas. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: carminativa, eupéptica, estimulante, vermífuga, colagoga, 
estomáquica, antisséptica, antiemética, antiespasmódica, analgésica. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: em lactantes e pessoas que possuem cálculos biliares só utilizar 
mediante acompanhamento médico. 
 
MODO DE USO: infusão. 
 
TOXICIDADE: o mentol em altas doses pode levar a asfixia e dispnéia, principalmente em 
crianças e lactantes. 
 
NOME POPULAR: HIPÉRICO 
 
NOME CIENTÍFICO: Hipericum perforatum 
 
FAMÍLIA: Guttiferae 
 
PARTE USADA: folhas, flores. 
 
ORIGEM: América do Norte 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS : óleo essencial, flavonóides, hipericinas. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: adstringente, anti-séptica, analgésica, calmante do sistema 
nervoso, redutora de inflamação, promotora da cicatrização, antidepressivo. 
 
INDICAÇÕES: antidepressiva, tosse, cefaléias, dores de origem reumática, ansiedade, tensão 
nervosa, Síndrome pré-menstrual. Externamente é também empregada em casos de 
queimaduras, ferimentos. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: Não é recomendada para pacientes com depressão crônica 
 
MODO DE USO: decocção, infusão, tintura, extrato. 
 
TOXICIDADE: não há referências. 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
 
NOME POPULAR: GINKGO 
 
NOME CIENTÍFICO: Ginkgo biloba L 
 
FAMÍLIA: Gimnospermae 
 
PARTE USADA: Folhas, partes aéreas (caules e flores) 
 
ORIGEM: È nativa da China e Japão. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: ácidos graxos, quercitina. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: antifúngico, antibacteriana, adstringente, antioxidante, 
digestiva, fungicida, tônica. 
 
INDICAÇÃO: asma, problemas circulatórios, tosse, sintomas de disfunção cerebral, melhora 
a memória e a concentração, cansaço nas pernas, isquemia cerebral e varicosas. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: Em caso de deficiência hepática, problemas de coagulação. 
 
MODO DE USO: infusão, tintura, extrato. 
 
TOXICIDADE: Excesso pode causar dermatite, enxaquecas, diarréias e vômitos. 
 
NOME POPULAR: GUACO 
 
NOME CIENTÍFICO: Mikamia glomerata 
 
FAMÍLIA: Compositae 
 
PARTE USADA: folhas 
 
ORIGEM: È nativa do sul do Brasil. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: Alcalóide, cumarina. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: ação tônica, depurativa, febrífuga, peitoral, estimulante do 
apetite, antigripal, expectorante, sudorífico, broncodilatador. 
 
INDICAÇÕES: Prevenção e tratamento da asma (atua como dilatador dos brônquios, 
desobstruindo as vias respiratórias). 
 
CONTRA INDICAÇÕES: na gravidez (pode ser abortivo) 
 
MODO DE USO: extrato, tintura, xarope, infusão. 
 
TOXICIDADE: Em doses altas pode provocar vômitos e diarréia. 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
 
 
NOME POPULAR: GUARANÁ 
 
NOME CIENTÍFICO: Paulliana cupana 
 
FAMÍLIA: Sapindaceae 
 
PARTE USADA: Semente 
 
ORIGEM: è nativo da região Amazônica 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: Cafeína, óleo, resina, ácidos, amido, tanino, saponina. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: Tônico estomacal, energético, afrodisíaco. 
 
INDICAÇÕES: gases, prisão de ventre, estimula as funções cerebrais, desintoxica o sangue, 
previne a arteriosclerose, obesidade, dispepsia. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: não há referências. 
 
MODO DE USO: pó, decocção, extratos, tinturas. 
 
TOXICIDADE: não há referências 
 
 
NOME POPULAR: MARACUJÁ 
 
NOME CIENTÍFICO: Passiflora alata 
 
FAMÍLIA: Passifloraceae 
 
PARTE USADA: folhas e frutos. 
 
ORIGEM: América Tropical. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: flavonóides, alcalóides, taninos, glicosídeos. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: sedativo, tranqüilizante, antiespasmódico, diurético. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: pessoas com hipotensão. 
 
MODO DE USO: infusão, tintura, pó, suco. 
 
TOXICIDADE: intoxicação cianídrica, alucinações. 
 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
 
 
 
NOME POPULAR: MELISSA 
 
NOME CIENTÍFICO: Melissa officinalis 
 
FAMÍLIA: Labiatae 
 
PARTE USADA: folhas e ramos. 
 
ORIGEM: Europa e Ásia. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: óleo essencial, tanino, flavonóide, mucilagem, substâncias amargas. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: diurética, sedativa, calmante,estomáquica, 
antiespasmódica, carminativa, hipotensora, tônico da pele, colerética, eupéptica. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: baixa pressão arterial, causa dependência. 
 
MODO DE USO: infusão, tintura, óleo essencial, cremes, banhos relaxantes. 
 
TOXICIDADE: sua essência é ligeiramente tóxica, podendo mesmo em pequenas doses 
causar entorpecimento, perda da respiração e perda da pulsação. 
 
 
NOME POPULAR: SENE 
 
NOME CIENTÍFICO: Cássia angustifolia 
 
FAMÍLIA: Leguminosae 
 
PARTE USADA: folhas. 
 
ORIGEM: Índia e Somália. 
 
PRINCÍPIOS ATIVOS: flavonóides, mucilagens, glicosídeos e resinas. 
 
PROPRIEDADES MEDICINAIS: purgativa, laxativa, catárquica. 
 
CONTRA INDICAÇÕES: gravidez, aleitamento, hemorróidas, enterite, apendicite, cistite, 
obstrução intestinal. 
 
MODO DE USO: infusão, tintura, extratos. 
 
TOXICIDADE: pode causar vômitos, náuseas, diarréias. 
 
 
 
Plantas Medicinais: A essência da vida ao seu alcance! 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA 
 
 
HERBÁRIO: Um herbário consiste na coleção de material botânico provenientes de diversas 
regiões geográficas. Constituem exemplares de um herbário as exsicatas, isto é, plantas 
dessecadas e coladas em folha de papel, frutos, sementes, amostras de madeira, também 
dessecados e flores e frutos conservados em meio líquido, como álcool. Este material se bem 
elaborado e estudos da flora da região de maior interesse. 
 
 
Elaboração de exsicatas: 
 
1- Coleta de amostras: as amostras devem ser representativas quanto ao aspecto 
vegetativo e reprodutivo da planta. O tamanho da amostra pode ser em torno de 40 
cm. Nesta coleta é importante obter a parte da planta que é utilizada como 
fitoterápico (raízes, cascas, sementes, ...). 
 
2- Prensagem da amostra: esta deve ser feita o mais rápido possível, pois o 
murchamento da amostra pode inviabilizá-la. Utiliza-se prensas de madeira (grades 
presas com parafusos) e jornal entre as amostras. 
 
 
3- Secagem: é feita em local arejado e sombreado. A cada 24/48 horas deve-se trocar 
os jornais, pois estes absorvem a umidade da amostra, e do contrário a mesma 
poderá ficar inutilizável. 
 
4- Montagem das exsicatas: a amostra deve ser colocada sobre a folha de papel, 
reservando o canto inferior direito para a etiqueta. Fixa-se a mesma com tiras de 
papel e cola. Após esta montagem preenche-se esta etiqueta com nome científico, 
popular, família, data de coleta, coletor, propriedades medicinais, modo de preparo 
e observações, e cola-se a mesma. Cada exsicata é protegida por uma folha onde 
coloca-se o nome popular e científico da planta. 
 
 
5- Armazenamento: as exsicatas devem ser armazenadas, preferencialmente, em 
caixas de madeira com tampa e algumas naftalinas. Pode-se também armazenar em 
armários fechados, mas que tenham ventilação, utilizando também naftalina para 
proteger dos insetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANTAS TÓXICAS 
 
Plantas tóxicas são todas as plantas que por contato ou ingestão, provocam danos à 
saúde do homem ou dos animais, podendo inclusive levá-los à morte. 
 As intoxicações com plantas tóxicas ocorrem com maior freqüência no perímetro 
domiciliar tendo as crianças como principais vítimas. 
 
GRUPOS TÓXICOS 
 
ALCALÓIDES 
 Os princípios ativos tóxicos destas plantas são alcalóides com propriedades 
carcinogênicas, anticolinérgicas, antimuscarínicas e antiespasmódicas, hioscina, hiosciamina e 
escopolamina. Os sintomas de intoxicação são anorexia, náuseas, vômitos, cólicas 
abdominais, diarréias sanguinolentas, cefaléia, febre, pele e mucosas secas. As altas doses 
causam confusão mental, perda de memória, alucinações, constipação, retenção urinária, 
taquicardia, hipertensão e distúrbios respiratórios. 
EXEMPLOS: 
FLOR DAS ALMAS 
Nome científico: Senecio spp. 
Nome popular: maria-mole, tasneirinha, flor das almas, cravo-de- campo. 
 CONFREI 
Nome científico: Symphytum officinale L 
Nome popular: Confrei, consólida 
SAIA-BRANCA 
Nome científico: Datura suaveolens L. 
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba. 
 
OXALATO DE CÁLCIO 
 Estas plantas possuem princípios ativos, oxalato de cálcio, saponinas e substâncias 
hipersensibilizantes. 
 Tem ação mecânica irritativa. Na ingestão os principais sintomas causados são: edema 
de lábios, dor e queimação, disfagia, náuseas e vômitos. Outros sintomas podem ser depressão 
e fraqueza muscular. Nos olhos produz conjuntivite, fotofobia e lacrimejamento e pode 
ocorrer moderada hemorragia conjuntiva. 
EXEMPLOS: 
 COMIGO-NINGUÉM-PODE 
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott. 
Nome popular: Comigo-ninguém-pode. 
 TINHORÃO 
Nome científico: Caladium bicolor Vent. 
Nome popular: tajá, taiá, caládio. 
 TAIOBA-BRAVA 
Nome científico: Colocasia antiquorum S. 
Nome popular: cocó, taió, tajá. 
 
 
 
 
 
 
 
LÁTEX IRRITANTE 
 A planta coroa- de- cristo produz lesões cutâneas através de dois mecanismos: ação 
irritante do látex e traumatismo causado pelos espinhos duros e afilados. Outras plantas desta 
família não apresentam espinhos, limitando a sua toxicidade ao contato com o látex. As 
lesões irritativas iniciam por eritema podendo evoluir a vesículas e posterior formação de 
feridas, prurido intenso e sensação de queimação. No caso de ingestão, ocorre lesão irritativa 
da mucosa oral com edema de lábios e língua, dor e queimação, náuseas e vômitos. O contato 
do látex com os olhos produz irritação e conjuntivite e podem ocorrer lesões na córnea. 
EXEMPLOS: 
COROA-DE-CRISTO 
Nome científico: Euphorbia milii L. 
Nome popular: Coroa-de-cristo. 
BICO-DE-PAPAGAIO 
Nome científico: Euphorbia pulcherrima W. 
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio. 
 AVELÓS 
Nome científico: Euphorbia tirucalli L. 
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo. 
 
TOXALBUMINA 
 A mamona tem princípio ativo a ricina que tem propriedade hemoaglutinante. Os 
sintomas da intoxicação incluem: náuseas, vômitos intensos, diarréia profundas e cólicas 
abdominais. Podem evoluir para gastroenterite hemorrágica e desidratação. Podem ocorrer 
fraqueza, pele fria e úmida, taquicardia. As intoxicações por pinhão de purga podem 
ocorrer por dois mecanismos: ação irritante do látex sobre a pele e mucosa a ação de 
toxalbuminas após a ingestão vegetal. Os sintomas da intoxicação são caracterizados por 
intensa dor abdominal, náuseas, vômitos acentuados e diarréia. Nos casos graves podem 
ocorrer distúrbios respiratórios, lesão renal. 
EXEMPLOS: 
 PINHÃO-ROXO 
Nome científico: Jatropha curacas L. 
Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-bravo, mamoninho, purgante-de-cavalo. 
 MAMONA 
Nome científico: Ricinus communis L. 
Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo. 
 
GLICOSÍDEOS 
 Os Glicosídeos de ação cardíaca são rapidamente absorvidos e lentamente excretados. 
Os sinais de intoxicação caracterizam-se por manifestações gastrointestinais com náuseas, 
vômitos, cólicas abdominais e diarréia. Distúrbios visuais e neurológicos com cefaléia, 
tontura, sonolência. Distúrbios cardíacos com alteração do ritmo, taquicardia, queda da 
pressão arterial. Intoxicações graves podem evoluir a óbito por parada cardíaca. 
 ESPIRRADEIRA 
Nome científico: Nerium oleander L. 
Nome popular: oleandro, louro rosa. 
 CHAPÉU-DE-NAPOLEÃO 
Nome científico: Thevetia peruviana Schum. 
Nome popular: jorro-jorro, bolsa-de-pastor. 
 OFICIAL DE SALA 
Nome Cientifico: Asclepias curassavica L. 
Nome Popular: Paina-de-sapo, cega-olhos, erva-de-paina, erva derato falsa 
 
Os Glicosídeos saponínicos tem ação sobre o sistema nervoso e gastrointestinal. Os 
principais sintomas da intoxicação são náuseas, vômitos e cólicas abdominais. Dificuldade 
respiratória, confusão mental e convulsões também podem ocorrer. 
 Os Glicosídeos cianogênicos são encontrados na mandioca brava. A toxina é 
termolábil e volátil. Ocorre irritação da mucosa oral, faringe e vias aéreas superiores 
acompanhada de salivação intensa, náuseas, vômitos, cólicas abdominais. Intoxicações graves 
podem levar ao óbito. 
 CINAMOMO 
Nome Cientifico: Melia azedarach 
Nome Popular: Cinamomo 
Parte tóxica: os frutos e a casca 
 MANDIOCA-BRAVA 
Nome científico: Manihot utilissima Pohl. 
Nome popular: mandioca, maniva. 
Parte tóxica: raiz e folhas. 
 
UROSHIOIS 
 A aroeira possui princípios ativos hipersensibilizantes presentes em folhas, lenho e 
casca. Esta substância se acumula nas membranas celulares, reagem com as proteínas da pele 
e pode causar dermatite caracterizada por eritema, pápulas, vesículas, bolhas e prurido 
intenso. A ingestão dos frutos pode causar vômito, diarréia, inflamação das mucosas do 
estômago. 
 AROEIRA 
Nome Científico: Lithraea brasiliens M. 
Nome popular: pau-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato. 
 
TRATAMENTO GERAL 
 O tratamento das intoxicações por plantas tóxicas é basicamente sintomático e de 
manutenção das funções vitais. 
 Intoxicações por plantas pertencentes a grupos tóxicos com oxalato de cálcio e látex 
irritante tem contra indicado a lavagem gástrica. 
 Nos acidentes que envolvam contato com os olhos lavar abundantemente com água 
corrente seguindo de tratamento sintomático e avaliação oftalmológica. 
 As condutas indicadas nas ocorrências de intoxicações por plantas tóxicas devem ser 
sustentadas por anamnese criteriosa que reuna informações detalhadas sobre a planta suspeita, 
via de intoxicação, área de contato, tempo de exposição, volume de ingestão e avaliação das 
funções vitais do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAISAGISMO COM PLANTAS MEDICINAIS 
 
As plantas medicinais, condimentares e aromáticas também são ornamentais se forem 
agrupadas adequadamente num jardim, podendo-se unir o útil ao agradável. Elas formam 
belíssimas paisagens, além se exalarem aromas agradáveis e atrair a fauna. Pode-se fazer um 
jardim só com temperos ou só de aromas ou ainda a mistura de todas. 
 
Jardim – Princípios do Paisagismo: 
Para se fazer um jardim, seja com mais plantas for, o importante é ter o conhecimento das 
espécies, de suas exigências, e também a criatividade com senso estético e bom gosto. 
Deve-se observar as formas, cores, texturas e porte das plantas para agrupá-las. Sempre 
começa-se com plantas de porte maior, as quais entrarão em menor quantidade, depois as de 
porte médio e por fim as de pequeno porte ( herbáceas). Deve-se sempre imaginar o jardim 
dali alguns anos, bem formado, no momento de agrupar as espécies. 
Observa-se também a combinação das formas e cores e relação de companheirismo ou 
antagonismo entre as mesmas. O conhecimento das espécies (luminosidade, adubação, solo, 
irrigação) é essencial, pois o sucesso do jardim dependerá do suprimento destas exigências. 
Observando todos esses itens é só soltar a imaginação e criar espaços alegres, cheirosos e 
aconchegantes, de encher os olhos, o nariz, a boca e a alma. 
 
Recipientes: 
Pode-se também cultivar as ervas em recipientes como em vasos e floreiras e em outros 
objetos antigos (carrinho de mão, tacho, barril, bacia, chaleira velha...). 
Nos vasos deve-se observar o seu tamanho que deve ter ¹/³ a metade da altura da planta. 
Ervas altas, como alfazema e aneto, devem ser podadas. Na montagem do vaso e também das 
floreiras, geralmente coloca-se algumas pedras no fundo para drenagem e uma mistura de 
partes iguais de terra de jardim, húmus e areia. As regas devem ser cuidadosas sendo 2 vezes 
por semana no inverno e 3 a 4 vezes no verão, cuidando para não encharcar a planta. Deve-se 
cuidar o local onde se encontra estes recipientes, por causa da luminosidade e vento. Durante 
o verão as ervas que gostam de sol se dão bem em sacadas e varandas. 
Pode-se fazer composições com 2 ou mais ervas num vaso ou floreira. Também pode-se 
cultivar em vasos suspensos plantas que se alastram e pendem, como a manjerona, tomilho, 
hortelã, orégano e poejo. 
As jardineiras podem ser colocadas nos peitoris das janelas ou mesmo nas sacadas e 
varandas. 
Dentro de casa pode-se cultivar ervas, atrás de uma vidraça ensolarada, de preferência a 
leste, com temperatura de 10 a 25ºC e luz solar de no mínimo 5 horas. As regas devem ser 
feitas sempre que a terra estiver seca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HORTO E CULTIVO 
 
 Horto Didático: 
 È aquele destinado à identificação e estudo das espécies medicinais. Nele se cultiva 
uma grande variedade de espécies e em pequena quantidade, geralmente um ou dois 
exemplares de cada. 
 
 Horto Produtivo/Comercial: 
 Este tipo de horto tem por objetivo produzir plantas medicinais em grande escala, 
seja para venda de mudas ou produção de fitoterápicos. Ele também pode ser usado para 
pesquisar práticas agrícolas utilizadas, bem como servir de unidade demonstrativa para 
realização de cursos na área, assim como o didático. Geralmente se produz poucas espécies, 
mas em maior quantidade. 
 
 Horto Caseiro/ Comunitário: 
 Pode ser pequeno ou grande e tem por objetivo produzir plantas medicinais para 
suprir as necessidades da família e/ou da comunidade. 
 
Fatores de Cultivo: 
 Na implantação de uma lavoura de plantas medicinais, aromáticas ou condimentares 
devem ser considerados alguns fatores importantes para obtenção de sucesso nesta atividade. 
 
1) CLIMA: Os fatores climáticos influenciam de forma acentuada o desenvolvimento das 
plantas medicinais, aromáticas e condimentares, bem como a produção dos princípios ativos. 
Estes fatores podem influenciar isoladamente ou em conjunto. 
 
 Temperatura: 
 A temperatura interfere diretamente no desenvolvimento das plantas, normalmente 
quanto maior a temperatura, maior será o crescimento. As espécies vegetais, assim como 
outros organismos vivos, possuem temperatura mínima e máxima para sobreviver e 
temperatura ótima, onde o desenvolvimento será máximo. 
 A temperatura interfere na formação da clorofila, determinado uma produção menor ou 
maior e também uma coloração mais forte ou mais fraca. A diferença entre a temperatura do 
dia e da noite é chamada de termoperíodo e também influencia no desenvolvimento das 
plantas. 
 Alguns vegetais exigem temperaturas especiais para completarem o seu ciclo e por isso 
não se adaptam (não florescem) quando são transferidas do seu habitat natural para outros 
lugares. Exemplo: algumas flores trazidas da Europa não florescem em nosso meio. 
 
 Luz: 
 A luminosidade tem papel fundamental na vida das plantas, interferindo na fotossíntese 
e portanto no desenvolvimento de cada espécie. 
 Os vegetais possuem a capacidade de compensar a falta de luminosidade, sendo que 
normalmente plantas sombreadas possuem folhas maiores comparadas àquelas que estão bem 
expostas ao sol. Plantas bem ensolaradas tem maior produção de clorofila e produção de 
princípios ativos. 
 Quanto à necessidade de luz os vegetais classificam-se em: 
 - Plantas de dias curtos: florescem quando recebem pouca iluminação; 
 - Plantas de dias longos: florescem quando recebem maior iluminação; 
 - Plantas indiferentes: a iluminação não interfere no florescimento. 
 No caso de algumas plantas,existe a necessidade de luz para ocorrer a germinação das 
sementes, as quais são chamadas de fotoblásticas positivas, portanto elas não devem ser 
enterradas. E existem também aquelas que são indiferentes com relação a luminosidade, 
chamadas de fotoblásticas negativas. 
 
 Umidade: 
 A umidade interfere diretamente no desenvolvimento das plantas. No caso das plantas 
medicinais, aromáticas e condimentares, o que ocorre com mais freqüência é que quando tem 
água em abundância aumenta a massa verde e diminui o teor de princípio ativo. Ex.: fumo, 
melissa. 
 Deve-se ter muito cuidado com a qualidade da água que é utilizada para irrigação, 
principalmente com relação a contaminação e água tratada com cloro. 
 Com relação à umidade as plantas são classificadas em: 
 - hidrófilas: preferem solos com muita umidade. Ex.: chapéu-de-couro. 
 - mesófilas: preferem solos normais. Ex.: alecrim. 
 - xerófilas: preferem solos com pouca umidade. Ex.: cactos. 
 Em regiões muito áridas as plantas desenvolvem mecanismos de defesa, como ter mais 
espinhos, mais resinas e serem mais tóxicas. 
 
 Altitude: 
 É a diferença de altura em relação ao nível do mar. A medida que aumenta a altitude, 
diminui a temperatura (cada 180, diminui 1°C) e aumenta a quantidade de luz, determinando 
assim o desenvolvimento da planta e a produção de princípio ativo. 
 As plantas produtoras de alcalóides produzem mais princípios ativos em baixas 
altitudes. Outras plantas que produzem carboidratos e glicosídeos tem a sua produção 
aumentada em altas altitudes devido a grande luminosidade. 
 
 Latitude: 
 A latitude é a distância que determina a região que se encontra da linha do Equador, 
podendo ser Norte ou Sul. 
 Normalmente as plantas cultivadas na mesma latitude, apenas mudando Norte ou Sul, a 
produção de princípios ativos é igual. Deve-se observar a época de plantio quando as plantas 
são levadas de um hemisfério para outro. 
 Pode ocorrer maior ou menor produção de princípios ativos em um hemisfério devido a 
inclinação da Terra e a influência das correntes marítimas sobre a temperatura. 
 
2) SOLO: 
 Na natureza, a formação dos solos se dá a partir da transformação das rochas. 
Mediante a atuação do clima, dos organismos vivos e dos produtos e resíduos resultantes de 
sua atividade biológica, durante um certo tempo, e conforme o relevo da região, todos eles 
trabalhando sobre o material depositado, vão fragmentando-se cada vez mais, até o tamanho 
de grão e pó, permitindo então que a água, o ar, os gases, os ácidos e os óxidos reajam físico e 
quimicamente sobre o material. Para caracterizar mais a complexidade desse processo, basta 
lembrar que uma espessura de 20 cm de solo forma-se em um tempo que pode variar de 100 a 
10.000 anos. 
 O solo formado compõe-se de uma parte mineral (45%), uma água (25%), uma de ar 
(25%) e uma parte de matéria orgânica (5%). 
 Deve-se ter em mente que para ter plantas equilibradas o solo também deve ser 
equilibrado. 
 
PRÁTICAS AGRÍCOLAS IMPORTANTES NA INSTALAÇÃO DE UM HORTO DE 
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES 
 
 A implantação de um horto deve começar pela escolha da área, onde são observados o 
tipo de solo, declividade, presença de pedras, árvores, exposição solar, presença de água, entre 
outros. 
 
a) Principais Nutrientes do Solo: 
 
Macronutrientes Função na Planta 
Nitrogênio (N) Crescimento da parte aérea. 
Fósforo (P) Floração e frutificação. 
Potássio (K) Crescimento das raízes e resistência a doenças. 
Cálcio (Ca) Crescimento das raízes e fecundação. 
Magnésio (Mg) Composição da clorofila e ativador de enzimas. 
Enxofre (S) Síntese da clorofila, absorção de gás carbônico. 
Micronutrientes 
Boro (B) Desenvolvimento de raízes, frutos e sementes. 
Cloro (Cl) Decomposição da água na fotossíntese. 
Cobre (Cu) Respiração, síntese da clorofila. 
Cobalto (Co) Absorção do nitrogênio na fixação simbiótica. 
Ferro (Fe) Respiração, síntese da clorofila, fixação do N. 
Manganês (Mn) Absorção do gás carbônico, fotossíntese. 
Molibdênio (Mo) Fixação do nitrogênio. 
Zinco (Zn) Produção e maturação de sementes 
 
b) Preparo do Solo: 
No cultivo de plantas medicinais, condimentares e aromáticas não se pode pensar 
numa prática agrícola que não seja a orgânica. O preparo adequado do solo é o primeiro e 
fundamental passo para obtenção de êxito no plantio de plantas medicinais. A planta se 
alimenta principalmente pelas raízes, que são responsáveis também por sua fixação. Quanto 
maior o volume de raízes, maior é a capacidade de absorver nutrientes e em conseqüência se 
desenvolver e produzir, tantos frutos como princípios ativos. 
 
c) Análise do Solo: 
È uma das primeiras medidas a ser tomada para o cultivo de qualquer espécie. Coleta-
se amostras de solo em vários pontos da área a ser cultivada, numa profundidade de 20cm 
(faz-se isso com pá de corte, retirando apenas a fatia central). Mistura-se toda essa terra e 
enviam-se apenas 01 kg em saco plástico com ficha de identificação para um laboratório de 
análise de solo. O resultado da análise deve ser interpretado por um agrônomo ou técnico, os 
quais indicarão as quantidades de calcário e adubo necessário para corrigir o solo, conforme a 
cultura a ser implantada. 
 
d) Calagem ( Correção da acidez do solo) 
A maioria das plantas medicinais preferem solos com pH entre 5,5 e 6,5, portanto a 
calagem é uma prática importante para se obter êxito na produção. A partir da análise de solo 
é calculando a quantidade de calcário a ser aplicado. Em cultivos caseiros, onde geralmente se 
faz análise de solo, utiliza-se quantias médias de 200g/m². Esta aplicação deve ser feita 
uniformemente, em toda área e após incorporar ao solo. Além de corrigir o pH o calcário 
também fornece nutrientes como Ca e Mg. 
 
 
 
e) Adubação: 
Química: o uso de adubos químicos deve ser restrito a suprir deficiências de 
nutrientes no solo. Podem ser formulados com um ou mais elementos. Ex: superfosfato 
simples que contém somente fósforo, os adubos compostos contém NPK em diversas 
proporções para atender as particularidades de cada solo e cultura. 
 
Orgânica: Adubo orgânico é todo produto proveniente da decomposição de resíduos 
de origem vegetal, animal, urbano ou industrial, que apresente elevados teores de 
componentes orgânicos – compostos de carbono degradáveis - e que vai constituir a parte 
orgânica do solo – o húmus. 
O adubo orgânico proporciona ao solo, além da fertilidade, uma melhor estruturação, 
aeração e retenção de água ainda, libera os nutrientes gradativamente conforme a necessidade 
da planta. 
Alguns tipos mais utilizados: 
I)Esterco de Animais: são dejetos sólidos e líquidos de animais domésticos e que, após 
serem curtidos, são utilizados como adubo. Os mais comuns são esterco de bovinos, ovinos e 
aves, podendo também ser usados os de eqüinos, caprinos e coelhos. A composição química 
destes estercos varia conforme o animal, o tipo de tratamento recebido (alimentação com 
ração ou pasto, cama de serragem ou feno, etc) e o tempo durante o qual o adubo foi curtido. 
Em geral o esterco de aves é mais rico em nutrientes. 
 
Composição de alguns tipos mais usados: 
 
ESPÉCIE N P2O5 K2O 
Bovinos 0,55 0,23 0,60 
Aves 1,50 1,00 0,40 
Suínos 0,50 0,35 0,40 
 
A quantidade deesterco produzido também varia conforme o animal, alimentação e 
manejo. O esterco, assim como outros adubos orgânicos, podem perder qualidade quando 
manuseado de forma inadequada. Se estocado ao ar livre por muito tempo, pode perder 
grande parte de seus nutrientes por volatilização ou lixiviação. A quantidade média de esterco 
a ser aplicada em plantas medicinais é: 
- Aves: 1,5 a 3,0 Kg/m² 
- Bovinos, eqüinos e outros: 3 a 5 Kg/m² 
II)Restos de Cultura: 
 Os restos de cultura do plantio anterior e que permanecem na área cultivada 
podem ser incorporados ou mantida como cobertura morta. Fornecem matéria orgânica ao 
solo, contribuindo para melhorar sua fertilidade. Restos de culturas de plantas medicinais 
podem ser usadas para esta finalidade, como por exemplo a camomila, porém com a ressalva 
de que esta prática deve ser melhor estudada tendo em vista o efeito alelopático entre as 
espécies. 
 
III)Húmus de Minhoca: 
 O húmus de minhoca ou vermi-composto é um adubo muito rico em nutrientes, 
hoje sem dúvida o melhor e mais completo. Sua produção é fácil visto que usa esterco de 
animais, restos de comida, de verduras, frutas e ervas medicinais, para alimentar as minhocas 
e assim elas produzem adubo, que nada mais é do que o esterco delas. Sua composição é de 
1,5 a 3,0% de P2O5 e 0,6 a 1,5% de K2O, podendo ser aplicado de 1,5 a 3,0 Kg/m². 
 
 
IV)Composto: 
 O composto é um adubo orgânico obtido a partir do lixo, restos de culturas e 
dejetos de animais. O princípio básico da compostagem está na transformação de restos 
orgânicos pelos microorganismos, dando como produto final a matéria orgânica humificada. 
Isto nada mais é do que a aceleração de um processo que ocorre naturalmente – a 
decomposição. O método de compostagem é aeróbico, isto é, realiza-se na presença do ar. 
A quantidade de composto a ser aplicado é de 3 a 5 Kg/m², 15 a 20 dias antes do plantio, 
incorporado ao solo. 
 
f) Cobertura Morta: 
Consiste em cobrir os canteiros com restos vegetais como: palha de trigo, arroz, grama, 
acácia moída, serragem ( a grama, a serragem e a casca de acácia devem estar em estado de 
decomposição e nunca usar verdes). 
 Estes restos de vegetais devem cobrir todo o canteiro e as plantas se desenvolvem entre 
os mesmos. Esta cobertura evita a erosão causada principalmente pelas fortes chuvas, evita 
também o crescimento exagerado de ervas invasoras, mantém a umidade do solo e ao 
decompor-se pode ser incorporada ao mesmo. 
 
g) Adubação Verde: 
Na adubação verde plantam-se vegetais com o objetivo de melhorar o solo. As plantas 
são incorporadas ao solo usando-se normalmente espécies de leguminosas por apresentarem 
um maior teor de nitrogênio, principalmente devido à simbiose destas plantas com Rhizobium. 
A incorporação do adubo verde deve ser feita, de preferência, quando a planta estiver 
florida e antes da frutificação, ocasião em que a massa vegetal apresenta o melhor potencial 
nutricional. 
 
Benefícios da adubação verde: 
- Ajuda na cobertura do solo, protegendo-o do impacto das chuvas nas entre safras; 
- Diminui a incidência de luz solar direta no solo, reduzindo a variação de 
temperatura do mesmo; 
- Melhora as condições biológicas do solo; 
- Melhora as propriedades físicas e químicas do solo, com o aumento de teor de 
matéria orgânica. 
As plantas que podem servir como adubo verde devem possuir características desejáveis 
e não competir com a cultura principal, sendo plantadas nas entressafras. 
Quanto a época de plantio podem ser divididas em 2 grupos: 
- De Inverno: tremoço, aveia, azevém, ervilhaca e serradela. 
- De Verão: mucunas, lab-lab, feijão de porco e feijão-guandu. 
 
h) Consorciação de Culturas: 
 Consiste no cultivo de duas ou mais espécies diferentes no mesmo espaço de terra. 
 
 Como Consorciar: 
 a) Plantas de ciclo longo com plantas de ciclo curto. 
Ex.: Alecrim (Rosmarinus officinalis) e melissa ( Melissa officinalis) 
 b) Plantas de porte grande com plantas de pequeno porte. 
Ex.: Carqueja ( Baccharis trimera) e tansagem (Plantago sp.). 
Obs.: Observar luminosidade. 
 
 c) Plantas com grande quantidade de raízes com plantas de poucas raízes. 
Ex.: Alcachofra (Cynara scolmus) e violeta de jardim (Viola odorata). 
 
Vantagens: 
- Maior aproveitamento do espaço cultivado; 
- Não há um desgaste do solo quanto a um nutriente específico, pois cada planta tem 
suas exigências quanto aos nutrientes de que necessita; 
- Evitam a disseminação de pragas. 
 
i) Plantas Companheiras e Antagônicas: 
Como na consorciação de culturas cultivam-se duas ou mais culturas diferentes no 
mesmo espaço de terra, e sabendo-se que as plantas trocam substâncias com o solo na região 
das raízes, deve-se conhecer bem as características de cada planta, pois dependendo de quais 
estão juntas, essas substâncias podem ajudar as plantas vizinhas ou destruí-las. 
As plantas têm preferências, presença de alguma, crescem com saúde, e na presença de 
outras definham e ficam susceptíveis ao ataque de pragas e doenças. Este efeito negativo entre 
as plantas denomina-se Alelopatia. 
Plantas companheiras são aquelas que combinam e antagônicas as que não combinam. 
 
Exemplos: 
- Alfavaca: seu cheiro repele moscas e mosquitos. Não deve se plantada perto da arruda. 
- Funcho: acompanha poucas plantas. 
- Cravo de Defunto: protege as lavouras dos nematóides. 
- Hortelã: seu cheiro repele lepidóptero tipo a borboleta-da-couve, podendo ser plantada 
como bordadura em lavouras. 
- Alecrim: mantém afastadas a borboleta-da-couve e a mosca-da-cenoura. È planta 
companheira da sálvia. 
- Catinga de Mulata: seu aroma forte mantém afastados os insetos voadores. 
- Tomilho: seu aroma mantém afastada a borboleta-da-couve. 
- Losna: como bordadura, mantém os animais fora da lavoura, mas sua vizinhança não faz 
bem para nenhuma planta. 
- Mil Folhas: planta-se como bordadura perto das ervas aromáticas, pois aumenta a produção 
de óleos essenciais. 
- Cavalinha: estimula o crescimento das hortaliças. 
- Sabugueiro: plantado ao redor das hortas e pomares protege afastando pragas. 
 
 
j) Plantas Repelentes: 
Podem ser intercaladas com as culturas principais para atuarem como repelentes de 
pragas: salsa, cravo de defunto, cebola, alho, coentro, alho-poró, salsão, louro, hortelã, arruda, 
camomila, manjericão, orégano, catinga de mulata, calêndula, mastruço. 
 
 
 
k) Plantas Atrativas: 
 São aquelas que plantadas nas proximidades das hortas tem a capacidade de atrair 
insetos pragas e em conseqüência disto, também tem a capacidade de manter populações de 
insetos predadores das pragas, contribuindo para o equilíbrio ecológico das hortas. Ex.: 
Caruru, beldroega, erva-moura, girassol, milho, taiuiá, beijos, sálvia, azedinha, abobrinha 
 
 l) Plantas Recicladoras: 
São plantas que indicam as condições do solo e trabalham para a recuperação do 
mesmo. 
 
ESPÉCIE INDICAÇÃO 
Leiteiro Desequilíbrio entre N e micronutrientes 
Barba de bode Uso de fogo e pobreza em P, Ca e K 
Caraguatá Pastagem com húmus ácido 
Carqueja Solos compactos e pobres em matéria orgânica 
Guanxuma Solo e subsolo compactos e ou superficial lavado 
Nabo Indisponibilidade de Boro e Manganês 
Maria-Mole Compactação em camadas profundas e falta de Potássio 
Beldroega Solo fértil, não prejudica as culturas 
Dente de Leão Indica presença de B, terra boa 
Língua de Vaca Solos compactos e úmidos, excesso de N na forma amoniacal. 
Ocorre em áreas mecanizadas e com pisoteio 
Picão Preto Solos de média fertilidade e freqüentemente remexidos 
Samambaia Solos ácidos e altos teores de alumínioCaruru Nitrogênio livre 
Cabelo de Porco Compactação e pouco cálcio 
Papuã Decadência, solos constantemente arados e gradeados, com 
deficiência de zinco 
Capim Carrapicho Lavoura empobrecida e muito dura, pobre em cálcio 
Picão Branco Solo com excesso de N e deficiente em micronutriente 
Tansagem Solos com pouco ar, compactado. 
Tiririca Solo ácido, adensado, com carência de Magnésio. 
Urtiga Exess Excesso de nitrogênio (matéria orgânica), carência em cobre 
 
m) Manejo e Conservação: 
 O horto, assim como o jardim e a horta, necessita de cuidados constantes como: 
- Readubação do solo; 
- Regas; 
- Controle de plantas invasoras; 
- Controle de pragas; 
- Coleta de sementes; 
- Proteção no inverno; 
- Colheita das partes aéreas antes do inverno; 
- Podas, algumas precisam ser podadas para aumentas a produção de folhas e flores: 
boldo, manjericão, sálvia da gripe, jurubeba.... 
- Transplante: algumas plantas medicinais precisam anualmente ou bianualmente ser 
transplantadas ou feitas novas mudas com os novos brotos emitidos. 
Ex: Losna, catinga de mulata, sálvia, violeta de jardim, pulmonária, etc 
 
Devem ser observados ainda a rotação de culturas, época de plantio e o espaçamento 
adequado. 
 
 
 
CONTROLE ECOLÓGICO DE PRAGAS E DOENÇAS 
 
Princípios e Práticas: 
No controle ecológico de pragas e doenças não se combate o parasita, se trabalha no 
sentido de diminuir seu número e no fortalecimento da planta. Observa-se as culturas, seus 
problemas minerais e sua adaptação as condições locais. Trabalha-se principalmente, no 
sentido de melhorar as condições do solo, porque as plantas ficam susceptíveis ao ataque das 
pragas e doenças quando não estão nutridas de forma equilibrada. O controle de insetos, 
fungos, ácaros, bactérias e viroses devem ser feitos com medidas preventivas como: 
- Plantio em época correta e com variedades adaptadas ao clima e ao solo da região; 
- Fazer uso da adubação orgânica; 
- Cobertura morta e plantio direto; 
- Consorciação de culturas e manejo seletivo do mato; 
- Evitar erosão do solo; 
- Fazer uso de adubação mineral de baixa solubilidade; 
- Uso de quebra ventos ou faixas protetoras; 
- Reflorestamento da área para regular temperatura, umidade do ar, o que ajuda a 
controlar a quantidade de chuvas; 
- Enriquecimento das sementes com micronutrientes dando origem a plantas mais 
fortes; 
- Nutrição equilibrada das plantas com macro e micronutrientes; 
 
 
PREPAROS ECOLÓGICOS 
 
 Calda Biofertilizante Fortificante: 
Colocar em uma bombona de plástico: 
- 04Kg de cinza; 
- 40 litros de esterco; 
- 140 litros de água; 
Para fermentar acrescentar melaço – 2%; mais leite – 2% e mexer. 
Pode ser acrescentada farinha de ossos. Ao acrescentar cinza, coloca-la em partes, de 03 em 
03 horas. Em 11 dias fermenta, com clima quente. 
 
 Hormônio de enraizamento: 
Macerado de tiririca ( Cyperus rotundus) 
Enraizador de mudas por estaca. 
Bater em pilão ou em liquidificador um bom maço de tiririca ( planta inteira, com 
raízes), com ¹/² litro de água. 
 Colocar as mudas (estacas) nesta solução e deixar por 3 dias. Passar as mudas 
para o viveiro. Depois de enraizadas, período que pode ser de 1 a 2 meses, podemos 
transplantar as mudas para local definitivo. 
 
 Defensivos Naturais: 
Farelo de Pão Caseiro 
O que faz: Combate formigas 
Ingredientes: Pão caseiro e vinagre. 
Como fazer: largar o farelo de pão caseiro embebido em vinagre próximo as tocas ninhos de 
formigas, carreiros e locais onde estão cortando. 
O produto introduzido na alimentação das formigas começa a criar mofo preto e 
fermenta. Isso é tóxico e mata a formiga. 
Observação: A folha de umbu também seve para controlar formigas. 
 
 
Composto de Cavalinha 
A cavalinha repele os fungos na forma de chá. Usa-se 2 colheres de cavalinha picada 
para cada litro de água que deverá ficar de molho pelo menos 2 horas. A seguir faz-se a 
decocção (cozimento) por 15 min. Aplicar na planta inteira por 3 dias consecutivos. 
 
 
Ácaros, pulgões, cochoninhas, Besouros: 
 Calda de Fumo ( 150g fumo em rolo picado, 1 tablete sabão de côco. Ferver em 5L água 
por 30 min., esfriar e dissolver na proporção de 1 de calda de fumo para 10 de água). 
 Cinza de Fogão à lenha (direto na planta). 
 Infuso de urtiga. 
 Macerado de Erva de Santa Maria: Deixar de molho por 24h 
 
 
Formigas 
 Decocto de catinga de mulata (Tanacetum vulgaris); 
 Suco de gengibre ( diretamente no formigueiro); 
 Decocto de pimenta vermelha (molhar o pano e colocar em torno da planta); 
 Extrato de mamona (formiga cortadeira); 
 Mandioca (1 kg casca, que contém ácido cianídrico, mexer por 8h, diluir em 
20litros de água e pulverizar. 
 
 
Nematóides 
 Infuso de capuchinha; 
 Decocto de cravo de defunto; 
 
 
Lagartas 
 Infuso de Artemísia e losna (300g de ervas para 1 litro de água, diluir na proporção de 
1 para 10); 
 Extrato de Poejo; 
 Infusão de trombeteira (Datura stramonium); 
 
Lesmas e Caracóis 
 Couve com cerveja; 
 Cinza com serragem ao redor dos canteiros; 
 Expor os esconderijos; 
 
Ratos 
 Artemísia com losna (150g de cada erva para 1 litro de água, diluir na proporção de 1 para 
10; 
 Hortelã de cozinha espalhada no ambiente; 
 
 
 
PROPAGAÇÃO 
Conceito: 
 Ação de multiplicar ou dar continuidade a uma forma de vida, permitindo o 
cultivo e a preservação das espécies. 
 
 
Importância: 
- Estabelecimento dos cultivos e hortos; 
- Garantia da identidade das espécies e cultivares; 
- Qualidade dos produtos a serem colhidos; 
- Domesticação das espécies selvagens. 
 
 
Obtenção dos materiais de plantio: 
- Compra de sementes e mudas; 
- Coleta nos locais de ocorrência natural; 
- Coleta em hortos demonstrativos regionais; 
- Aproveitamento de materiais de consumo. 
 
Métodos de Propagação 
 
a) Propagação por sementes (Sexuada) 
 
 Vantagens 
- Manutenção da variabilidade genética; 
- Facilidade de obtenção de grande quantidade de propágulos; 
- Possibilidade de armazenamento de material de propagação. 
 Desvantagens 
- Desuniformidade entre plantas de mesma espécie; 
- Prolongamento do ciclo produtivo; 
- Presença de dormência em algumas espécies; 
- Baixa qualidade dos propágulos; 
 
Cuidados com a Semente 
 
1) Identificar a planta semeada e a data; 
2) Irrigar com regador de furos pequenos; 
3) Retirar inços; 
4) Fazer desbaste de plantas se necessário; 
5) Usar coberturas quando necessário; 
 Observação: as coberturas podem ser de palha, capim, bambu, sombrite, ripado e 
elevadas a 45 cm do chão. 
 
Cuidados no Transplante 
1) Transplantar a muda no tamanho certo; 
2) Prática para dias nublados ou à tardinha; 
3) Regar a sementeira no dia anterior; 
4) Cuidar para o sol não ressecar as raízes; 
5) Fazer o solo ficar bem em contato com as raízes; 
6) Irrigar as mudas logo após o transplante; 
7) Usar cobertura morta e sombreamento. 
 
O que é importante nas sementes? 
 
1) A qualidade das sementes: 
- Sementes quebradas, doentes ou velhas possuem baixo poder germinativo; 
2) Armazenamento: 
- Ambiente seco, fresco e escuro; 
- Vidros fechados com sílica gel ou cloreto de cálcio. 
3) Quantidade de sementes: 
- Comprar 1,5 a 4 vezes o número de plantas desejadas. 
 
Tipos de Semeadura 
 
1) Semeadura em canteiros sem transplante; 
2) Semeadura em sementeiras, com transplante. 
 
Modos de Fazer Semeadura 
 
1) A lanço: inconveniente é a desuniformidade e gasto de sementes. 
2) Em linhas: sulcos de 0,5 a 1 cm de profundidade de 10 a 20cm entre linhas; 
3) Em covas: pequenos buracos de profundidade variável conforme o tamanho da semente; 
Observação:

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