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A CURA ESPIRITUAL

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1 
 
A CURA ESPIRITUAL 
 
 
 
Irmandade dos Anônimos 
João Cândido 
(médium) 
 
 
 2 
“Lázaro, vem para fora.” 
(Jesus Cristo) 
 
“A tua fé te curou.” 
(Jesus Cristo) 
 
“Confessai vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros 
para que sareis.” 
(Tiago apóstolo) 
 
“Pedi e dar-se-vos-á; batei e a porta se abrirá.” 
(Jesus Cristo) 
 
“Aqui e agora.” 
(mestres orientais) 
 
“Seja feita a Vossa Vontade, Pai, e não a Minha.” 
(Jesus Cristo) 
 
“Não cultivemos a auto piedade, pois é uma forma de 
chantagem emocional, sobrecarregando os outros com a 
solução dos problemas que nós mesmos podemos e devemos 
resolver.” 
(anônimos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
ÍNDICE 
Esclarecimento sobre o desenho da capa 
Introdução 
Primeira Parte: Auto obsessão 
Capítulo I – Os erros 
1 – O livre arbítrio 
2 – As intenções 
3 – As lesões espirituais 
Segunda Parte: Alo-obsessão 
Capítulo I – Implantes espirituais 
1 – Caso narrado por Manoel Philomeno de Miranda 
2 – Outros casos 
Capítulo II – Plugamento de ovoides e magnetização 
1 – Caso de Margarida 
Capítulo III – Presença de Espíritos desequilibrados ou 
malevolentes 
1 – Obsessores encarnados 
2 – Obsessores desencarnados 
Terceira Parte: Auto conhecimento e cura 
Capítulo I – Auto análise 
Capítulo II – Viagens astrais 
1 – Desobsessão 
2 – Retirada de implantes negativos 
3 – Elevação do nível vibracional 
4 – Ciladas de iluminação 
Capítulo III – Auto reforma moral profunda 
1 – Mudança do estilo de vida 
1.1 – Vida moralmente correta 
1.2 – Viver o “aqui e agora” 
1.3 – “Seja feita a Vossa Vontade e não a minha” 
Oração à Mãe Santíssima 
 
 
 
 
 4 
 
 
ESCLARECIMENTO SOBRE O DESENHO DA CAPA 
 Idealizamos o paciente como uma pessoa movida de boas 
intenções, mas pode ser o contrário. 
 Pintamos o perseguidor como uma pessoa negativa, pois 
não há perseguidores bons. 
 No alto representamos a Justiça Divina e Seus 
executores, cuja finalidade é acelerar a evolução espiritual dos 
seus irmãos em humanidade. 
 A cor predominante que empregamos é o violeta, pois 
simboliza a cura. 
 O ideal pretendido pelos trabalhadores da área da cura 
espiritual é ajudar espiritualmente tanto o paciente quanto 
seus perseguidores, pois todos são filhos de Deus, mas tudo 
depende de uma série de fatores, mas, principalmente, do que 
a Justiça Divina determinar a respeito de cada um. 
 A consulta à ficha cármica de cada um é o direcionador 
principal para os Espíritos que trabalham na área da cura 
espiritual e, com sua experiência, sabem o que devem fazer 
em cada caso, tal qual o médico capacitado e idealista tem 
condições de escolher o melhor meio de beneficiar seus 
pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Para realizar-se a cura espiritual temos de considerar os 
seguintes fatores: 1 – os equívocos morais praticados pelo 
paciente provocam-lhe, gradativamente, lesões nos corpos 
espirituais (pois não há um só corpo espiritual, mas vários, 
que alguns resumem na expressão perispírito) e, se não houve 
ainda a auto reforma moral profunda, continuam como 
feridas expostas ou encobertas, gerando a auto obsessão, ou 
seja, o complexo de culpa chama a punição, que vem sempre 
através de disfunções psíquicas ou físicas ou as duas juntas, 
sem contar que abrem brechas para as perseguições de outros 
Espíritos e 2 – as irradiações mentais dos prejudicados ou de 
outros Espíritos encarnados ou desencarnados que procuram 
desequilibrar o paciente, tratando-se da alo obsessão. 
 Para ilustrar o item 1 utilizaremos uma expressão 
utilizada por Bezerra de Menezes, que é a seguinte: “As 
pedras perseguem o apedrejado.” no sentido de que, enquanto 
não há a quitação dos débitos espirituais, a cobrança interna 
e/ou externa continuam infelicitando a vida do devedor: essa é 
uma realidade, que devemos compreender, a fim de não 
querermos nem mais nem menos do que merecemos, ao 
mesmo tempo em que devemos ser otimistas pelo fato de 
estarmos gradativamente nos libertando dos erros do passado. 
 O que não devemos querer é que a Justiça Divina nos dê 
carta de alforria com um mero pedido de perdão, ou, como 
acreditavam os nossos antepassados, que bastasse o 
arrependimento labial na hora da extrema unção. 
 Não minimizemos a Justiça Divina, mas também não a 
encaremos como a de um Ditador, à moda de Júpiter, da 
antiga crença dos romanos, ou seja, um deus arbitrário, ou 
mesmo de Jeová, que punia seus filhos e filhos muito mais do 
que os amava com desvelos de Pai. 
 6 
 Foi Jesus quem mostrou a ideia do Deus verdadeiro, 
chamando-O de Pai, pois que, acima de tudo, isso é o que Ele 
é. 
 Quanto aos perseguidores, devemos, realmente, tomar 
cuidado com eles, mas, em um mundo de provas e expiações 
como é a Terra, já fazemos muito nesse sentido no dia a dia, 
pois temos de nos precatar contra assaltantes nas vias 
públicas; contra a agressividade gratuita de transeuntes, 
parentes e conhecidos; contra os golpes de desonestidade dos 
que procuram lucrar com a ingenuidade ou o descuido alheios 
e assim por diante. 
 Dessa forma, como há encarnados malevolentes e 
exploradores, há desencarnados com a mesma índole 
negativa. 
 Não nos assustemos com o fato de termos inimigos 
espirituais, que são obsessores, pois, apenas como ilustração, 
mencionemos um fato acontecido com Divaldo Pereira 
Franco, quando uma conhecida lhe disse, assustada, que tinha 
ficado sabendo que tinha um obsessor, ao que Divaldo 
respondeu-lhe que ficasse tranquila, pois ele tinha dezoito. 
 Todavia, temos de pensar que nosso objetivo na vida não 
é curtirmos férias, mas Deus nos criou para a perfeição, o que 
se alcança apenas vivendo, experienciando, aprendendo, 
realizando no Bem e, na verdade, em qualquer uma das 
situações possíveis, mesmo quando está agindo no Mal, a 
criatura sempre estará adquirindo uma competência especial 
para transformar-se em futuro instrutor daqueles que 
cometeram os mesmo erros que ele. 
 Deus não castiga Suas criaturas, mas sim possibilita-lhes 
o aprendizado em determinada área específica, de tal forma 
que, para a maioria dos Espíritos, os erros são um 
aprendizado doloroso. 
 Há quem, pela rebeldia ou preguiça que escolhe como 
referencial de sua conduta, acabe trilhando o caminho do 
filho pródigo da parábola, mas sempre chega a hora do 
despertamento. 
 7 
 Emmanuel, no seu livro “A Caminho da Luz”, fala de 
Espíritos que vieram degredados de Capela, os quais até 
aquela data, não tinham conseguido autorização para 
retornarem ao seu mundo de origem, devido ao elevado 
passivo de débitos que os caracterizava. Muitos deles serão 
degredados para Quírom, mas chegará uma hora em que 
despertarão para a responsabilidade com a Justiça Divina, 
mesmo que sofram outros degredos, porque Jesus foi claro no 
sentido de que “nenhuma ovelha se perderá”. 
 Mas, se por um lado, há a certeza da evolução de todos, 
essa evolução deve ser o resultado do esforço de cada um, 
porque Jesus também foi claro ao afirmar: “Pega a tua cruz e 
segue-Me.” 
 Ele não carregará a cruz de ninguém, pois já tem a d’Ele 
próprio, pois trata-se de um Espírito em evolução. 
 A Missão d’Ele é ensinar o caminho, mas cada um deve 
seguir em direção ao progresso rumo à perfeição, que a todos 
está garantida, pois Ele disse: “Vós sois deuses; vós podeis 
fazer tudo que Eu faço e muito mais ainda.” 
 Dos Espíritos que passaram pela Terra somente Jesus 
nunca errou, porque sempre optou por cumprir os ditames da 
Lei Divina,escrita na essência divina que habita, desde o 
início, na intimidade psíquica de cada ser. 
 Devemos entender que não são necessários livros para 
registro da Lei Divina, porque Deus a escreveu no íntimo de 
cada ser, no momento de criá-la, na fase sub atômica e, com a 
evolução, essa consciência vai despertando, até chegarmos ao 
ponto de detectarmos a Lei de Deus dentro de nós, que nos 
cobra determinadas atitudes e posturas, sendo que quando 
descumprimos nossos deveres, passamos a sofrer as 
consequências respectivas, como uma verdadeira prisão 
interna e, “de lá não sairemos até termos pago o último 
quadrante.” 
 Ninguém deve comprazer-se no erro, pois isso custar-
lhe-á sofrimentos desnecessários, como acontece com o aluno 
 8 
relapso ou rebelde, que perde as oportunidades de aprender e, 
depois, o conhecimento lhe fará falta no futuro. 
 Estudaremos, neste livro, o processo da cura espiritual. 
 Quanto à cura do corpo físico não a abordaremos 
diretamente, apesar de que, em muitos casos, depende da cura 
espiritual. 
Lembremo-nos de que Jesus curou apenas um ou outro 
doente dentre as centenas que Lhe estenderam a mão em 
pedidos de súplica. 
 O que deve importar-nos, como Espíritos necessitados de 
progresso espiritual, deve ser a nossa cura espiritual, pois 
dela depende a nossa real felicidade e paz interior e devemos 
ajudar os outros, se esses o quiserem, a também curar-se. 
 A cura espiritual, na verdade, representa uma Decisão 
da Justiça Divina, a qual analisará se o paciente merece a 
liberação das consequências dolorosas dos erros que praticou. 
 Devemos entender esta assertiva, a fim de não 
desanimarmos quando não a conseguirmos imediatamente, 
pois muitos fatores são levados em conta e não apenas as 
ações da vida presente, pois o passado é composto de muitos 
milhares de anos, normalmente referto de más ações, más 
intenções e muitas inimizades. 
 Os trabalhadores categorizados da área da cura 
consultam seus superiores hierárquicos sobre quais 
providências devem ser tomadas em cada caso e não vão 
atendendo precipitadamente aos pedidos dos doentes, os 
quais, na maioria dos casos, querem sarar do corpo para 
continuarem levando uma vida cheia de defeitos morais, 
quando não de vícios ou desonestidades e, nesses casos, a cura 
significaria incentivo indireto para mais débitos contraírem. 
 Por isso, inclusive, nem todos que pedem a cura a 
recebem, principalmente se são pessoas ainda voltadas para o 
Mal, apesar de elas próprias acharem que são muito boas. 
 Os Espíritos evoluídos são obedientes e não se 
aventuram a criar situações temerárias, sendo que, antes de 
iniciarem qualquer tratamento em favor de um paciente, 
 9 
consultam sua ficha cármica e fazem o que é possível e nada 
além disso. 
 Portanto, quando não somos curados imediatamente, 
devemos ter paciência, pois a Justiça Divina nos dará a carta 
de alforria talvez mais cedo do que imaginamos, mas na 
medida do nosso merecimento, a fim de que evoluamos 
espiritualmente e não apenas fiquemos livres do aguilhão que, 
na maioria das vezes, é o instrutor necessário para nos 
transformarmos de sombras em luzes. 
 No episódio da ressuscitação de Lázaro vê-se claramente 
que Jesus consultou ao Pai sobre o que deveria fazer e, ao 
final, cumpriu a Decisão Paterna e determinou: “- Lázaro, 
vem para fora.” 
 Alguém estranhará a associação da Saúde à Justiça, mas 
é assim que acontece, pois somente ocorre a cura espiritual se 
o paciente a merece. 
 A expressão “tua fé te curou” significa que o paciente se 
colocou em sintonia com a Justiça Divina no sentido de 
merecer a cura e esta efetivou-se pelo julgamento favorável da 
Justiça Divina. 
 Devemos entender cada coisa no seu significado 
espiritual, pois tudo que Jesus ensinou é espiritual, daí a 
expressão: “Meu Reino não é deste mundo.” 
 Quanto aos perseguidores espirituais, de acordo com o 
que a Justiça Divina deliberar a seu respeito, poderão 
continuar exercitando seu livre arbítrio, dessa forma tentando 
prejudicar aquele paciente, mas, conforme o caso", poderá ser 
estabelecida uma limitação maior ou menor à atuação deles 
Devemos entender que tem razão a frase: “Deus escreve 
certo por linhas tortas”, ou seja, Ele permite que alguns 
pratiquem o Mal, a fim de serem instrumentos do progresso 
alheio, tanto que Jesus disse: “O escândalo é necessário, mas ai 
daqueles que são seu instrumento.” 
 Cada criatura serve ao progresso geral, apenas que 
umas obedecendo voluntariamente a Deus, com o coração 
cheio de Amor, enquanto que outras servem como 
 10 
castigadoras dos que erram e essas pagarão pela maldade com 
que agem. 
Entendamos que “não cai uma folha de uma árvore sem 
que Deus o consinta.” Também compreendamos a expressão: 
“Todos os fios de cabelo de vossa cabeça estão contados.” 
 Em um mundo de provas e expiações, como é o caso da 
Terra, sempre haverá perseguidores enquanto não forem 
expurgados daqui os maus, sendo que há inclusive os 
perseguidores gratuitos, que são como os assaltantes, que não 
têm inimizade contra suas vítimas, escolhendo o primeiro que 
passa, sendo que são Espíritos que se comprazem na prática 
do Mal, inclusive por inveja à relativa paz e felicidade dos 
bem intencionados. 
 O orgulho lhes domina o coração e a mente e rebelam-se 
com a ideia de terem de submeter-se a quem quer que seja, 
inclusive a Deus. 
 Querem viver segundo suas próprias inclinações, na 
irreverência, na desordem, na insubmissão, como se fossem os 
verdadeiros “donos do mundo”. 
 Enquanto não aprenderem com os sofrimentos, como o 
filho pródigo, continuarão fazendo vítimas, as quais, todavia, 
só serão atingidas se a Justiça Divina assim entender 
conveniente. 
 Quem pensa que a Justiça Divina não atua com medidas 
severas está redondamente enganado, pois, na Balança de 
Deus, são colocados, em um dos pratos, o paciente e, no outro, 
seus perseguidores. 
 A pesagem não está sujeita a erros e, por isso, devemos 
confiar em que sempre será feita justiça a nós e aos outros, 
pelo que devemos sempre dar graças a Deus e não odiar a 
ninguém, mesmo a quem nos tenta prejudicar. 
 Ao nos curarmos teremos aprendido dias lições: 1 – viver 
o “aqui e agora” e 2 – dizer sempre “seja feita a Vossa Vontade 
e não a minha”. 
 11 
 Que Deus abençoe a todos, tanto os que procuramos a 
cura espiritual quanto os que ainda se comprazem no erro, 
pois um dia despertarão. 
 
 
 
 
 
 
 
PRIMEIRA PARTE: 
AUTO-OBSESSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
CAPÍTULO I – OS ERROS 
 As pessoas em geral estão tão acostumadas a pensar 
apenas em termos materiais que há o risco de estranharem o 
que temos a dizer agora, que é como se faz o registro das 
mínimas movimentações interiores de cada Espírito, ou seja, 
dos seus pensamentos. 
 Cada pensamento é registrado no próprio Espírito, o 
qual, na verdade, não tem forma nem corpo e, mas, uma vez 
que, no mundo terráqueo, tem de revestir-se de corpos 
espirituais, esse registro se reflete nos chakras 
correspondentes ao tipo de pensamento. 
 Por exemplo, um erro ou acerto com relação ao 
sentimento ficará registrado no chakra cardíaco, um referente 
à sexualidade no chakra genésico e assim por diante. 
 Dessa forma, quando encarna, a tendência é o corpo 
físico assimilar as feridas espirituais, no caso dos erros, que 
tendem a contaminar o corpo físico, provocando doenças 
específicas. 
 Como a maioria das pessoas da Terra ainda não realizou 
a auto reforma moral profunda, seus chakras estão 
contaminados por registros negativos em grande quantidade.A forma de livrar-se dessa carga negativa é modificar as 
próprias intenções, para, aos poucos, ir drenando o lodo 
moral. 
 Tenham certeza, prezados irmãos e irmãs, de que somos 
medidos espiritualmente não pelo que fazemos, pois muito do 
que exteriorizamos é hipócrita, mas sim pelas nossas intenções 
mais secretas, pois elas retratam nossos pensamentos. 
 Por isso é que André Luiz afirma que mais da metade da 
humanidade da Terra, ao desencarnar, vai penar nas zonas 
purgatoriais: é justamente por causa das intenções 
malevolentes, a frieza, a dureza de coração, as segundas 
intenções, a hipocrisia, a maldade disfarçada etc. etc. 
 Depois de despertar para o Bem, cada Espírito tem de 
limpar-se espiritualmente e assim vai fazendo, retirando do 
 13 
próprio mundo interior as faltas morais mais recentes e, aos 
poucos, livrando-se das mais antigas. 
 Assim é que Espíritos da envergadura espiritual de um 
Chico Xavier estão ressarcindo débitos de milhares de anos 
atrás. 
 Aprendamos a pensar com clareza nessas informações, 
porque o tempo é relativo, mas as dívidas só desaparecem 
quando são saldadas. 
 A Justiça Divina é que dá a carta de quitação a cada um 
quanto às dívidas que contraiu. 
 Pensemos com seriedade no que temos feito da própria 
vida, pois o futuro nos cobrará o presente, tanto quanto o 
presente nos cobra o passado. 
 Não contraiamos mais dívidas do que já temos e 
comecemos a pagá-las com seriedade, até chegar a hora, 
daqui a muitos milênios, de podermos passar à categoria de 
servidores fieis, a quem se delegam tarefas de 
responsabilidade na evolução espiritual das outras criaturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
1 – O LIVRE ARBÍTRIO 
 O livre arbítrio é fruto da evolução do Espírito que 
ingressa na fase humana. 
 Os animais desempenham tarefas úteis no contexto 
planetário, mas sua visão sobre o que fazem é mais restrita 
que a humana, não sendo, portanto, cobrados pelo que 
realizam em prejuízo das outras criaturas. 
 Mas, à medida que avançam em conhecimento na fase 
humana, aplica-se a seguinte regra: “A quem muito é dado 
muito será pedido.” 
 Quanto mais evoluído é um Espírito, mais obedece e 
menos faz a própria vontade, porque sempre entende o 
referencial moral: “Faça-se, Pai, em mim segundo a Vossa 
Vontade.” 
 As criaturas humanas da Terra pensam diferente dos 
Espíritos evoluídos, pois não consultam a própria consciência, 
para acharem qual a Vontade de Deus, consubstanciada nas 
informações que brotam do fundo da alma, e, assim, querem 
realizar suas fantasias, o que lhes acarreta sérios sofrimentos, 
até que, como o filho pródigo da parábola, voltem para a Casa 
Paterna, ou seja, aprendam a obedecer à Lei interna, que 
Deus inscreveu no íntimo de todas as criaturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
2 – AS INTENÇÕES 
 As intenções representam o nosso próprio retrato 
espiritual. 
 Ninguém é o que faz no mundo exterior, mas o que pensa 
quando está sozinho consigo próprio, segundo diz Emmanuel. 
 Mas as intenções têm raízes no passado longínquo e sua 
origem deve ser pesquisada principalmente através da viagem 
astral, que Hermínio Correa de Miranda e outros chamam de 
regressão de memória. 
 Sem essa verificação no passado longínquo e no passado 
recente, as possibilidades concretas de cura definitiva são 
menores, pois a ferida estará, na melhor das hipóteses, 
encoberta, mas não curada. Todavia, há casos em que basta 
um choque profundo no doente espiritual para que ele caia 
em si. 
 Apenas para comparação, informamos que, na Índia 
antiga, colocavam-se pacientes psiquiátricos em um poço 
cheio de serpentes para que, frente ao perigo iminente, 
caíssem em si, despertando o instinto de sobrevivência. 
 Há casos de pessoas que são fortemente inclinadas à 
corrupção, outras à mentira, outras à prática de crimes de 
várias ordens, outras ao abuso da sexualidade, mais outras à 
drogadição ou outros vícios, outras à descrença, ao 
pessimismo, à desconfiança em relação aos outros, à baixa 
auto estima e assim por diante. 
 As iniciativas de superfície, como, por exemplo, a 
frequência a grupos de auxílio mútuo podem resolver, mas 
também podem simplesmente mascarar o problema, cujas 
raízes se perdem na noite dos milênios passados, em que a 
criatura humana se comprometeu espiritualmente através de 
condutas condenáveis e que, normalmente, ficaram impunes, 
sendo que a impunidade piorou mais ainda a situação pessoal 
perante a própria consciência, o que, na atualidade, tende a 
gerar o complexo de culpa, pois se cobra uma punição que 
não foi aplicada. 
 16 
 Se tivesse havido a punição, a consciência não estaria 
cobrando tanto. 
 Os atentados contra a própria consciência que passam 
despercebidos são bombas que vão explodir algum dia. 
 Hermínio Corrêa de Miranda relata o caso de um 
filantropo que vivia secretamente uma vida dissoluta e, depois 
de desencarnado, pediu para reencarnar como tetraplégico, 
para curar as feridas espirituais através do sofrimento que a 
imobilidade corporal lhe proporcionaria. 
 Por isso, alertamos, é importante curar o Espírito e não 
haver excessiva preocupação em sarar o corpo, porque há 
muitos casos em que as doenças corporais são verdadeiros 
remédios para o Espírito devedor. 
 O complexo de culpa é uma decorrência da cobrança da 
própria consciência, sendo que a consciência é um juiz 
incorruptível e exigente, cuja utilidade é indicar o caminho do 
Bem, para a evolução dos Espíritos: em suma, é a Voz de Deus 
dentro de cada criatura. 
 É recomendável, portanto, que se realize a viagem astral 
com ou sem o auxílio de um terapeuta especializado nesse tipo 
de trabalho, conforme o caso do paciente saber viajar sozinho 
ou não, mas, ao detectar-se a série de erros praticados no 
passado, vem a fase seguinte, que é a eliminação das 
impregnações negativas, ou seja, das energias deletérias que 
encharcaram a organização psíquica. A fase seguinte a essa 
segunda é a da inserção da energia violeta no corpo espiritual, 
porque essa é a luz da cura. 
 Esse exercício pode ser realizado uma única vez ou mais 
de uma, conforme o caso, mas o importante realmente é a 
intenção sincera e firme do paciente em realizar a auto 
reforma moral profunda. 
 Caso contrário, a doença espiritual perdurará, pois, 
mesmo curadas as feridas espirituais, o Espírito continuará 
emitindo pensamentos negativos, que as reavivarão, sem 
contar as induções negativas dos obsessores externos. 
 17 
 Jesus, por exemplo, realizou a cura espiritual do 
paralítico, em fração de segundos, devido ao Seu Poder 
Mental, mas este voltou aos ambientes de viciação e contraiu 
de novo a doença espiritual da qual poderia ter-se livrado 
para sempre. 
 Essa lição é memorável, ensinando que o elemento 
primordial da cura espiritual é a vontade firme e inabalável 
do doente em auto reformar-se moralmente em profundidade. 
 Aqui vemos como as intenções representam uma 
sedimentação multimilenária e assim deve ser tratada, para 
haver a cura espiritual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
3 – AS LESÕES ESPIRITUAIS 
 As lesões espirituais localizam-se nos chakras, conforme 
o tipo de erro sedimentado no curso da biografia de cada 
Espírito. 
 Imaginemos, por exemplo, o caso de uma pessoa que 
pratique o sexo sem Amor com a maiúsculo: ela estará 
injetando energias negativas no psiquismo alheio e sendo 
inoculada desse tipo de energiadeletéria. 
 Para livrar-se das energias que assimilou poderá gastar 
muito tempo, sendo que, de acordo com a malícia que o 
caracterizou, esse processo de retirada dos implantes pode 
ocorrer daí a séculos ou milênios. 
 Vejamos como se deve proceder com seriedade. 
 Por isso Jesus alertou: “Todo aquele que olhar para uma 
mulher cobiçando-a já cometeu adultério com ela no seu 
coração.” Essa lição vale para todos os tipos de pensamento. 
 Quando emitimos um pensamento de inveja, malícia, 
ódio, agressividade, pessimismo, descrença, corrupção, 
desonestidade etc. etc. já cometemos uma infração à Lei 
Divina e isso fica registrado no nosso psiquismo. 
 Somente ficaremos livres dessas manchas quando a 
Justiça Divina, na Sua Perfeição, nos conceder o alvará de 
soltura. 
 “Reconcilia-te depressa com teu adversário, enquanto 
estás a caminho com ele, para que não suceda que ele te 
entregue ao juiz, o juiz te entregue ao seu ministro e te 
encerrem na prisão, sendo que de lá não sairás enquanto não 
tiveres pago o último quadrante.” 
 Esse adversário nem sempre é outra pessoa, mas pode 
ser nós mesmos, enquanto que o juiz é a nossa própria 
consciência e a prisão são as feridas espirituais. 
 
 
 
 
 
 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGUNDA PARTE: 
ALO-OBSESSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
CAPÍTULO I – IMPLANTES ESPIRITUAIS 
 Os implantes espirituais podem ser realizados através do 
conhecimento de técnicas avançadas ou sem esse 
conhecimento. 
 Camilo, através da psicografia de José Raul Teixeira, 
por exemplo, afirma que as pessoas que odeiam umas às 
outras implantam plugs negativos umas nas outras pela 
simples emissão de pensamentos negativos assimilados. 
 Há, todavia, cientistas do Mal, que realizam trabalhos 
minuciosos de obsessão programada para produzir efeitos 
devastadores. 
 Não devemos subestimar o poder do Mal, como alertava 
Chico Xavier, porque os Espíritos devotados ao Mal no 
mundo espiritual são os mesmos que, no mundo material, 
espalham desgraças, corrupção, drogadição, sexolatria e todas 
as outras formas de infelicidades. 
 Cuidemos para não sermos vítimas desses obsessores 
perigosos, encarnados e desencarnados, pois eles estão por 
toda parte, inclusive, possivelmente, dentro do nosso próprio 
círculo familiar, na pessoa de parentes próximos, cônjuges, 
filhos etc. 
 A convivência entre os bons e os maus é parte da 
determinação divina, a fim de que uns aprendam com os 
outros, ou seja, os primeiros exercitem a caridade e os 
segundos assimilem os exemplos de espiritualização. 
 Não tenhamos horror aos maus, mas procuremos ajuda-
los, porém, sabendo não misturarmos nossas energias às deles 
no sentido de sermos dominados pelas suas negatividades, 
mas sim induzi-los ao Bem, na medida do possível. 
 Jesus é o mais importante referencial nesse sentido, pois 
deixou-se acompanhar de muitos sofredores e desajustados, 
procurando orientá-los, mas nunca se desviou do caminho do 
Bem a pretexto de amá-los. 
 Os implantes negativos existem em quase todas as 
criaturas ligadas à Terra e, gradativamente, à medida que vão 
se sublimando, vão ficando livres deles, porque cada implante 
 21 
negativo representa um tipo de débito espiritual com 
determinados seres ou situações. 
 Por isso, é importante a visão do passado cada vez mais 
remoto, para que os débitos sejam todos quitados. 
 Chegará um ponto, daqui a muitos milênios, em que não 
teremos mais nenhum débito a quitar e estaremos limpos das 
mazelas do passado. 
 O conhecimento desta realidade é importante, a fim de 
sabermos que o pior do Mal é quando ele está dentro de nós e, 
com isso, as induções dos malevolentes, encontram eco no 
nosso próprio íntimo. 
 Jesus foi tentado no período que antecedeu Sua Missão 
Pública, mas o Espírito das Trevas que procurou convencê-
l’O a desistir da Tarefa nada conseguiu, porque Jesus é imune 
ao Mal, porque não tem brecha nenhuma na Sua estrutura 
espiritual de pura obediência à Lei de Deus. 
 As demais criaturas da Terra têm de limpar-se das 
mazelas morais do passado e, por isso, estão sujeitas às 
obsessões. 
 André Luiz, em excelente texto, fala sobre o assunto, na 
linguagem espírita. 
 Transcrevemos, abaixo, o texto de André Luiz com 
comentários de um dos nossos companheiros de trabalho 
espiritual: 
“PESSOA MENOS SUJEITA À OBSESSÃO” 
“A pessoa menos obsedável...” 
Inicia afirmando a possibilidade de qualquer pessoa estar 
sujeita à obsessão. A prevenção depende de cada um, 
adotando uma forma de pensar, sentir e agir conforme as 
Leis Divinas. A cura, no caso de já instalada, também se 
submete ao mesmo tratamento. Todavia, “é melhorar 
prevenir do que remediar”... 
Como se sabe, obsessão é a sintonia mental com Espíritos 
encarnados ou desencarnados em estado de desarmonia 
moral. 
 22 
“Não espera milagres de felicidade, inacessíveis aos 
outros, mas se regozija pelo fato de viver com a 
possibilidade de trabalhar.” 
A Felicidade verdadeira decorre do grau de adequação do 
pensamento, sentimento e ação às Leis Divinas: fora 
desse referencial o que costumam haver são momentos de 
euforia, que passam muitas vezes mais rápido do que se 
imaginava. 
Não há nenhum “milagre” de felicidade, mas sim 
consequência do merecimento de cada um. A conquista 
de bens materiais e outros benefícios que não têm a ver 
diretamente com o aperfeiçoamento moral representaria 
uma forma “milagrosa” de felicidade, que muitas vezes 
esperamos, quando ainda não estamos despertados para a 
real procura da nossa evolução espiritual. Nesse estado 
de desacerto interior, vivemos correndo atrás dos 
objetivos materiais e costumamos nos revoltar quando 
não os alcançamos e nos decepcionar quando os 
conseguimos, verificando que são meras “bolhas de 
sabão”... 
A Felicidade real é possível a todos. Se pretendemos uma 
felicidade que somente nós poderíamos ter, já se pode ver 
que o egoísmo está por trás dela. O egoísmo tem muitas 
formas de manifestar-se, fazendo-nos querer com 
exclusivismo, como se fôssemos “mais filhos de Deus que 
os outros”... 
Trabalhar é desempenhar qualquer atividade realmente 
útil ao meio ou à coletividade onde vivemos. Somente se 
pode considerar realmente trabalho as atividades “úteis”, 
pois as inúteis ou prejudiciais “servem” apenas a quem as 
exerce, visando dinheiro ou benefícios egoísticos. O 
trabalho também produz regozijo em quem o exerce, 
proporcionando igualmente o nosso desenvolvimento 
intelecto-moral. 
“Ama sem exigências, aceitando as criaturas queridas 
como são, sem pedir-lhes certificados de grandeza.” 
 23 
Amar é dar de si em pensamentos, sentimentos e ações. 
Se há exigências em contrapartida, já não se trata de 
amor, mas de egoísmo, que procura escravizar as outras 
pessoas. Muito ainda temos desse egoísmo, mas 
precisamos livrar-nos dele, sob pena de continuarmos a 
repetir os fracassos do passado. Amar é querer beneficiar 
as pessoas sem esperar nada em troca. 
Cada ser humano é um verdadeiro universo, pois que 
descreveu sua trajetória evolutiva de forma diferente das 
demais: não há duas pessoas sequer parecidas, quanto 
mais iguais!... Cada um tem suas peculiaridades, sua 
forma particular de pensar, sentir e agir: devemos 
respeitar a individualidade de cada um. Orientar aqueles 
a quem nos compete é uma coisa, porém, cobrar delas 
“certificados de grandeza” é outra coisa. “Cada um dá o 
que tem”... O autor espiritual não nos aconselha a 
omissão, mas sim o respeito aos outros. Muitos de nós 
ainda não entendemoso que significa esse “respeito” e, a 
todo momento, querem exercer domínio sobre os outros, 
principalmente sobre os chamados “entes queridos”. 
“Suporta dificuldades e provações, percebendo-lhes o 
valor.” 
Quando Jesus aconselhou: “Toma a tua cruz e segue-
me”, estava orientando-nos ao cumprimento dos nossos 
deveres, dentro dos quais se incluem vivenciar com 
sabedoria as “dificuldades” e “provações”. Nossa vida é 
um misto de facilidades e dificuldades, na medida exata, 
que as Leis Divinas estabelecem para cada criatura. 
“Deus dá o frio de acordo com o cobertor”... 
O valor das situações difíceis é justamente de nos 
proporcionar novas lições, necessárias à nossa evolução 
intelecto-moral. Se não houvesse dificuldades e 
provações, estaríamos condenados à estagnação. Na 
verdade, nem todas essas lições são novas, mas muitas 
são aquelas antigas que ainda não aprendemos... 
 24 
“Não adota cinismo e nem preconceito em seus padrões 
de vivência, conservando o equilíbrio nas atitudes e 
decisões, dentro do qual sabe ser útil, com tranquilidade 
de consciência.” 
Cinismo é falta de respeito a pessoas, situações ou coisas: 
trata-se de uma forma incorreta de pensar, sentir e agir, 
que não condiz com a caridade, que devemos adotar em 
todos os momentos. 
Os preconceitos representam os atavismos do passado, as 
formas equivocadas de analisar sem conhecimento 
aprofundado dos assuntos. A pessoa preconceituosa 
enxerga tudo com os olhos dos “tempos idos”, sem abrir a 
inteligência e o coração para os novos conhecimentos e o 
respeito ao valor de cada pessoa ou coisa. 
Não só as atitudes e decisões devem ser direcionadas com 
equilíbrio, mas também os pensamentos e sentimentos: 
sem equilíbrio acabamos perdendo o rumo da própria 
vida. A ponderação, a moderação, a avaliação do que é 
certo ou errado, tudo isso faz parte da ideia de equilíbrio. 
Somente com equilíbrio somos realmente úteis. Em caso 
contrário, os prejuízos podem ser maiores que os 
benefícios. 
Jesus sempre pautou suas atitudes e palavras pelo 
equilíbrio: até na “correção aos vendilhões do templo”, 
que muitos interpretam de forma literal, agiu com 
equilíbrio. Na verdade, no referido incidente, o alerta do 
Divino Mestre para o respeito a Deus foi firme, mas não 
violento, pois, em caso contrário, significaria uma forma 
de desequilíbrio. 
A tranquilidade de consciência é resultado do 
cumprimento das Leis Divinas, pois é através da 
consciência que se dá o contato direto entre nós e o Pai. 
Se ela nos aprova é porque estamos pensando, sentindo e 
agindo em sintonia com Deus. 
“Estuda para discernir e não age impulsivamente, 
subordinando emoções ao critério do raciocínio.” 
 25 
“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”, disse 
Jesus. Estudar é imprescindível para saber discernir o 
certo do errado, o Bem do Mal e aprofundar o 
autoconhecimento. Sem estudar não há como evoluir. 
Não se trata do mero estudo teórico, mas da prática do 
que se aprendeu. 
As ações devem ser ponderadas, pensadas 
antecipadamente, e nunca precipitadas, atabalhoadas e 
muito menos sob o domínio dos sentimentos negativos. 
As emoções representam os sentimentos, que devem 
passar pelo crivo da razão. Alguém que se deixe conduzir 
pelas emoções descontroladas corre sérios riscos, pois 
estará sempre “à beira do abismo”... 
“É firme sem fanatismo e flexível sem covardia.” 
Firmeza é determinação, persistência, vontade segura no 
que se pensa, sente e realiza. Fanatismo é desequilíbrio 
de quem não conhece o suficiente e cujo orgulho o faz 
assumir atitudes arrogantes. Flexibilidade significa 
aceitar pelo menos ouvir as opiniões contrárias e, se 
estiverem corretas, mudar suas próprias afirmações 
anteriores. Covardia é medo de assumir as atitudes que 
lhe compete. 
Jesus foi firme e flexível quando ensinou a Verdade sem 
ter obrigado ninguém a segui-l’O: cada qual tem a 
liberdade de aceitá-la ou não num determinado momento 
e passar a viver segundo ela quando se sentir preparado 
para tanto. 
“Acolhe as críticas, buscando aproveitá-las.” 
Toda crítica que alguém nos faça tem alguma utilidade: 
no mínimo nos induz à humildade. Se o crítico tem razão, 
devemos mudar nossa forma anterior de pensar, sentir ou 
agir. 
“Não interfere nos negócios alheios, centralizando o 
próprio interesse no exercício das obrigações que a vida 
lhe assinalou.” 
 26 
Quando Jesus aconselhou a “não enxergarmos o cisco 
que está no olho do nosso irmão enquanto temos uma 
trave no nosso próprio olho” estava nos ensinando a 
investirmos na nossa própria reforma moral ao invés de 
querermos desempenhar o papel de censores da vida 
alheia. 
“Aprende a entesourar valiosas experiências, à custa dos 
próprios erros.” 
Todo erro, se bem analisado, pode servir de experiência 
para nossos futuros acertos. Arrepender-se dos erros 
cometidos é saudável, mas o passo seguinte deve ser a 
retificação, se possível, e seguirmos adiante. Jesus disse: 
“Vai e não peques mais.” Não incentivou o remorso 
improdutivo, mas sugeriu a correção de rumo, a iniciativa 
de mudar de vida. 
“Não cultiva hipersensibilidade neurótica e, em 
consequência, se desliga com a maior facilidade de 
quaisquer influências perturbadoras, entrando, de 
maneira espontânea, no grande entendimento dos seres e 
das coisas, dentro do qual se faz tolerante e compassiva, 
afetuosa e desinteressada de recompensas para melhor 
compreender a vida e desfrutar-lhe os infinitos bens.” 
Ser sensível ao Bem é uma virtude, porque estaremos 
captando tudo que conduz a Deus. Ser sensível ao Mal é 
sintonizar com ele, com graves prejuízos para nós 
próprios. Quando o autor espiritual fala em 
“hipersensibilidade neurótica” estará querendo nos 
advertir contra o hábito do melindre, de guardar mágoas 
e outros sentimentos negativos. 
Não assimilar qualquer influência perturbadora é um 
exercício que se deve praticar a todo momento: há muitas 
instigações ao desequilíbrio, mas devemos assumir uma 
postura interior adequada para que nenhum pensamento 
ou sentimento negativo se instale em nosso psiquismo e, 
assim, nossas atitudes serão sempre de “entendimento dos 
 27 
seres e das coisas”, sem julgamentos maliciosos ou 
rigoristas e sem análises negativas ou injustas. 
A tolerância é uma das características dos Espíritos 
evoluídos: não julgam os outros. Jesus falou: “Eu a 
ninguém julgo.” 
Ser compassivo é pacientar-se com os defeitos morais 
alheios, pois não nos compete ser seus juízes, uma vez 
que a própria Justiça Divina os analisa tanto quanto 
analisa a nós também. 
Ser afetuoso traz felicidade para quem assim procede 
tanto quanto suaviza a vida dos que nos cercam. 
Não pretender recompensas já é, em si própria, uma 
recompensa espiritual, em termos de tranquilidade. 
Somente se compreende, verdadeiramente, a vida quando 
se procura conhecer a Verdade, que é representada na 
Terra, pela vida e pela exemplificação de Jesus. 
Os “infinitos bens” da vida são perceptíveis pelos que já 
evoluíram muito. Quanto mais evoluirmos mais 
descobriremos esses bens, que estão dentro e fora de nós, 
à espera da nossa maior qualificação intelecto-moral.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
1 – CASO NARRADO POR MANOEL PHILOMENO DE 
MIRANDA 
 Narra o caso de um rapaz em quem tinha sido 
implantado um chip que repetia induções mentais para a 
prática do suicídio. 
 Há toda uma tecnologia voltada para o Mal, 
desenvolvida por cientistas desencarnados, tanto quanto, no 
mundo terreno, há cientistas que fabricam drogas cada vez 
mais devastadoras etc.etc. 
 Felizmente, o rapaz foi libertado daquela situação e seu 
obsessor desencarnado foi esclarecido, evitando-se uma 
tragédia, que infelicitaria ambos, mas tudo depende do 
merecimento, porque, no meio de milhões de casos 
semelhantes, apenas alguns são bem sucedidos, uma vez que 
falta merecimento na maioria desses casos. 
 De qualquer forma, Deus nunca desampara Suas 
criaturas, mas as zonas purgatoriais do mundo espiritual 
estão superlotadas de criaturas que se comprazem no Mal, na 
rebeldia, na desordem moral, nos vícios e defeitos morais de 
vários tipos, aprendendo ali como quem tem de passar pelas 
penitenciárias terrestres para adquirir um mínimo de respeito 
a si próprios e ao próximo. 
 Infelizmente, a maior parte da humanidade da Terra 
ainda transita pelas faixas mais baixas da Ética e, por isso, 
vive excruciada pelos sofrimentos físicos e morais, que, aliás, 
faz por merecer pelas intenções escusas que alberga no 
próprio íntimo. 
 Querer promover a anjos criaturas que são movidas por 
segundas intenções, que vivem em função do “comer, dormir e 
reproduzir” é ignorar a Lei de Causa e Efeito, que 
determinada que se dê “a cada um segundo suas obras”. 
 Superemos nossos próprios condicionamentos negativos, 
acumulados e sedimentados do passado e do presente, a fim 
de melhorarmos nosso mundo interior, pois, em caso 
contrário, estaremos sempre repetindo os mesmos erros e 
estando sujeitos à auto e à alo obsessão. 
 29 
2 – OUTROS CASOS 
 Temos orientado o próprio médium no trabalho de sua 
própria cura espiritual, através de viagens astrais, ocasiões 
em que toma contato, por indução nossa, com suas mazelas 
acumuladas do passado multimilenário, a fim de, 
determinando-se à auto reforma moral profunda, iluminar o 
próprio íntimo, dali extraindo implantes negativos, que se 
constituem em indutores da continuidade nos vícios e defeitos 
morais. 
 O tratamento demanda verdadeiro empenho em auto 
reformar-se moralmente e humildade para reconhecer os 
próprios erros e más inclinações. 
 Há pessoas que esbarram no orgulho e não admitem que 
sejam tão viciosas e mal intencionadas e, por isso, rebelam-se 
contra a ideia da própria inferioridade e não realizam o 
trabalho de auto análise: o número dessas pessoas é muito 
maior do que possa parecer. 
 Os que se ajoelham diante da própria consciência e 
aceitam seu veredito é muito pequeno e somente esses se 
curam espiritualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
CAPÍTULO II – PLUGAMENTO DE OVOIDES E 
MAGNETIZAÇÃO 
 Quem tiver a curiosidade sadia de ler o livro 
“Libertação”, de André Luiz, poderá ver como os Espíritos 
das Trevas providenciam o trabalho nefasto de plugamento de 
ovoides aos corpos espirituais de pessoas obsidiadas e como 
aproximam delas magnetizadores do Mal. 
 Não devem assustar-se com essas informações, pois 
trata-se de uma realidade, mas que tende a solucionar-se com 
o auxílio de emissários do Bem, que procurarão curar tanto as 
aparentes vítimas quanto os aparentes agressores da paz 
alheia, pois todos são devedores e todos merecerão a caridade 
do Pai Celestial, que os ama igualmente. 
 No fundo, são todos Espíritos desviados do Bem, mas 
que serão assistidos cedo ou tarde e se redimirão, pelos quais 
devemos orar e os quais devemos tentar auxiliar de variadas 
formas, inclusive através dos trabalhos de cura espiritual, 
cuja técnica devemos aprender a praticar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
1 – CASO DE MARGARIDA 
 Margarida é uma afilhada espiritual da grande 
missionária Matilde, que André Luiz menciona em 
“Libertação”. 
 Atentemos para as advertências da mãe espiritual à filha 
rebelde, que serve de alerta para nós todos. Transcrevemos 
trechos do livro com comentários de um dos nossos 
companheiros: 
ORIENTAÇÕES A UMA RECÉM LIBERTA DE 
OBSESSÃO 
“...viver no corpo terrestre, entendendo os deveres divinos 
que nos cabem, não é tão fácil, ante a glória infinita que 
em companhia dele podemos recolher.” 
- “deveres divinos que nos cabem”: cada um sabe, em sã 
consciência, os deveres que lhe competem. 
Apenas para ilustração, podemos dizer que, interpretando 
a parábola que ficou conhecida como a dos 
“trabalhadores da última hora”, podemos entender que o 
“contrato de trabalho” prevê, implicitamente, todas as 
tarefas que surgirem no decurso da jornada. 
Como aprendizes das regras de conduta evangelizada, 
costumamos recusar determinadas tarefas sob vários 
pretextos, mas, quando assim procedemos, estamos 
descumprindo os “deveres divinos que nos cabem”. 
Em suma, como Jesus apontou o caminho da evolução, 
aduzindo: “Sede perfeitos, como vosso Pai, que está nos 
Céus, é Perfeito”, não devemos nos escusar de cumprir 
todas as tarefas que surgirem e que nossa consciência 
aponte como sendo nossas. 
“Todos possuímos culposo pretérito a redimir.” 
- “culposo pretérito a redimir”: pode parecer a alguns 
que estejamos supervalorizando o lado negativo da nossa 
personalidade, mas a verdade é que ninguém consegue 
evoluir se não se redimir do seu “culposo pretérito”. 
Sabemos que, de todos os Espíritos que passaram pela 
Terra, somente Jesus descreveu uma trajetória evolutiva 
 32 
retilínea, não porque tenha sido predestinado para isso, 
mas por opção Sua, a partir do momento em que, como 
Espírito, adquiriu o livre arbítrio. 
Os demais vão tomando ciência das suas vivências 
passadas à medida que sua evolução comporta esse 
conhecimento, e, com a consciência desperta, passam a 
investir no trabalho de “alimpamento” do próprio mundo 
interior, não através da procura propositada de 
sofrimentos, cilícios físicos ou morais, mas através de 
realizações nobilitantes no Bem. 
Como disse Jesus: “Deus não quer a morte do pecador, 
mas que se converta e viva”, ou seja, que evolua, que se 
aperfeiçoe. 
O grau de “limpeza” espiritual se traduz na maior ou 
menor luminosidade de cada um, sendo, por exemplo, que 
um Espírito do nível de Jesus é pura luz. 
Ninguém precisa tomar conhecimento das próprias faltas 
cometidas em reencarnações passadas para começar o 
trabalho de auto redenção, pois, se analisar sua índole 
atual e sua forma de pensar, sentir e agir, descobrirá 
muitos pontos a serem retificados e poderá iniciar a auto 
redenção “aqui e agora”. 
Algumas pessoas recebem informes sobre seus feitos 
passados, bons ou maus, enquanto que outras não, mas 
isso não impede que procedam à auto reforma moral, o 
que faz com que consigam não mais repetir os erros do 
passado. 
A “redenção” integral, todavia, acontece apenas numa 
fase muito evoluída da trajetória de cada Espírito. 
A todos, porém, é possível fazerem o máximo, pois a paz 
da consciência abençoa a vida de quem se esforça no 
Bem. 
“É imperioso reconhecer, todavia, que, se a experiência 
humana pode ser doloroso curso de renunciação pessoal, 
é também abençoada escola em que o Espírito de boa 
vontade pode alcançar culminâncias.” 
 33 
- “renunciação pessoal”: uma das mais funestas opções 
que alguém pode adotar é a de ficar disputando com os 
outros qualquer coisa, sendo que Jesus, ao dizer: “Se 
alguém quiser te tomar a túnica, dá-lhe também a capa; 
se alguém quiser te obrigar a dar mil passos, vai com ele 
mais dois mil; dá a quem te pede e não voltes as costas ao 
que deseja que lhe emprestes” estava, numa linguagem 
simbólica, e não ao pé da letra, aconselhando a renúncia 
construtiva. 
O bom senso saberá diferenciar a renúncia construtiva da 
omissão. Mas Jesus, na Sua superioridade espiritual, 
afirmou também:“Eu não tenho uma pedra onde 
recostar a cabeça.” 
- “escola”: trata-se a Terra, como mundo de provas e 
expiações, ou seja, uma escola onde devemos aprender as 
noções básicas da Ética de Deus, que se constitui, para o 
nosso nível, nas virtudes da humildade, desapego e 
simplicidade. 
Se não nos esforçarmos para aprender essas virtudes 
básicas, deveremos aqui reencarnar até que as 
assimilemos em definitivo. 
Não devemos culpar os outros pelas nossas dificuldades 
de assimilação das lições que devemos aprender e 
vivenciar, mas sim entender que, na escola onde nos 
matriculamos, encontraremos testes de vários tipos, todos 
os dias, sob pena de, em nos rebelando, sermos 
considerados como maus alunos. 
“Para isto, no entanto, é indispensável se abra o coração 
ao clima interior da bondade e do entendimento.” 
- “bondade”: Jesus recusou o qualificativo de Bom, 
afirmando que apenas Deus O é. 
Realmente, a Bondade do Pai é Infinita, mas nós 
podemos, dentro da nossa pequenez, ser bondosos com 
nossos irmãos e irmãs, filhos e filhas de Deus, tanto 
quanto nós o somos. 
 34 
Em cada pensamento, sentimento ou atitude devemos 
enxergar em cada um deles uma manifestação de Deus, 
pois que assim realmente é. 
Jesus disse: “Se teus olhos forem bons, todo o teu corpo 
terá luz”, o que pode ser traduzido por “Vejam em todos 
seus legítimos irmãos e irmãs, filhos de Deus.” 
- “entendimento”: trata-se da boa vontade, do desejo de 
se entender bem com todos, respeitando a individualidade 
de cada um, sua forma de ser e pensar, porque a nossa 
maneira de ser é apenas mais uma no meio de uma 
infinidade de outras. 
Devemos aprender que ninguém é obrigado a concordar 
conosco e que cada um é livre para pensar, sentir e agir 
conforme mais lhe agrade, salvo situações especiais, que 
são exceções e não regra. Atentemos para essa norma de 
respeito aos outros. 
Jesus mesmo exemplificou nesse sentido, pois, mesmo 
sendo o Divino Governador da Terra, as Suas Lições não 
foram ainda aceitas nem pela metade da humanidade 
terrestre. 
“Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho 
de nossas milenárias imperfeições, localizados pela 
magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra.” 
- “diamantes brutos”: Jesus disse: “Vós sois deuses; vós 
podeis fazer tudo que Eu faço e muito mais ainda”, mas o 
progresso espiritual depende da nossa vontade de 
superarmos velhos hábitos perniciosos, deixar para trás 
nossas antigas preferências negativas e rumarmos para o 
futuro glorioso da Luz. 
Somos, basicamente, “diamantes brutos”, e nos compete 
a auto lapidação, ou seja, o auto aprimoramento, 
sobretudo, espiritual. 
“A dor, o obstáculo e o conflito são bem-aventuradas 
ferramentas de melhoria, funcionando em nosso favor.” 
- “dor”: o que é a dor senão um sinal de alerta, a fim de 
que se evitem males maiores? 
 35 
Procurar uma vida sem dores é almejar a estagnação, o 
marasmo, é o avesso do progresso. 
- “obstáculo”: cada obstáculo existe para ser vencido, 
cada dificuldade é um desafio para o desenvolvimento 
intelectual e espiritual. 
- “conflito”: os conflitos só existem para quem lhes dá 
oportunidade de surgimento e sustentação, porque os 
mansos e pacíficos sempre estão em paz. 
É isso que devemos fazer: ser mansos e pacíficos. 
Ninguém presenciará um Espírito Superior em conflito 
com quem quer que seja: miremo-nos nesses grandes e 
nobres exemplos. 
“Que dizer da pedra preciosa que fugisse às mãos do 
lapidário, do barro que repelisse a influência do oleiro?” 
- “mãos do lapidário”: Deus é nosso Lapidário: quem 
melhor do que Ele para planejar nosso aperfeiçoamento, 
invisível, fazendo-nos crer que tudo devemos a nós 
mesmos. Iremos duvidar do acerto dos Seus planos? 
- “influência do oleiro”: é Ele o Oleiro que nos molda, 
nos embeleza até a perfeição possível a uma criatura 
finita. Agradeçamos a estrada que Ele nos coloca à frente 
e sigamos por ela, rumo a Ele, que nos aguarda no final, 
mas que, na verdade, está conosco desde o começo. 
Enxerguemos a Deus em tudo: no ar, na água, na terra, 
no fogo, no céu, nas nuvens, nas montanhas, nos rios, 
nas pessoas, nos animais, nas plantas, nos inúmeros 
universos, nas dimensões que se interpenetram e n’Ele 
próprio. 
“Modifica as mais íntimas disposições, com referência 
aos adversários.” 
- “adversários”: quem é nosso adversário senão aquilo 
que ainda está dentro de nós como a ferrugem enfeando a 
peça de metal? Nossas imperfeições nos fazem impregnar 
a imagem dos nossos irmãos e irmãs com as nossas 
misérias morais. Quando estivermos redimidos, ou seja, 
com o interior totalmente limpo, a ninguém veremos com 
 36 
fealdades morais, pois as nossas não mais nos toldarão a 
visão da realidade, que representa a progressividade da 
evolução individual. 
“O inimigo nem sempre é uma consciência agindo 
deliberadamente no mal.” 
- “agindo deliberadamente no mal”: só age 
deliberadamente no Mal quem está infeliz no seu interior, 
querendo transmitir aos outros suas decepções consigo 
próprio, enlameando os outros com sua lama interna. 
O progresso espiritual não se compatibiliza com qualquer 
iniciativa que não seja o Bem. 
Aprendamos a pensar, sentir e agir dessa maneira. 
“Na maioria das vezes, atende à incompreensão quanto 
qualquer de nós; procede em determinada linha de 
pensamento, porque se acredita em roteiro infalível aos 
próprios olhos, nos lances do trabalho a que se empenhou 
nos círculos da vida; enfrenta, qual ocorre a nós mesmos, 
problemas de visão que só o tempo, aliado ao esforço 
pessoal na execução do bem, conseguirá decidir.” 
- “incompreensão”: respeitemos o nível evolutivo de cada 
um, pois cada um tem Seu encontro pessoal com Jesus 
numa época que ignoramos. 
- “linha de pensamento”: a forma dos outros pensarem 
deve enriquecer nossa bagagem de informações e 
reflexões, sendo que, por isso, nunca devemos deixar de 
ouvir os outros, mesmo quando sabemos que estão 
contrários às Leis de Deus. 
- “os próprios olhos”: cada um representa um universo à 
parte. 
Feliz de quem entende isso e não pretende eclipsar essa 
maravilha que é o outro. 
- “trabalho a que se empenhou”: cada um contribui como 
lhe permite seu nível evolutivo, mas nada é inútil para 
Jesus, que coloca cada um exatamente onde fará o 
melhor que pode, mesmo que seja contribuindo para a 
redenção alheia pelo sofrimento. 
 37 
- “problemas de visão”: cada qual vê do lado de fora 
conforme sua paisagem íntima. 
Melhoremos nosso mundo interior e tudo parecerá belo 
como realmente é. 
- “tempo”: nosso tempo passa e nós também passamos, 
mas as marcas do Bem que deixarmos serão nossa 
riqueza. 
- “esforço pessoal na execução do bem”: tudo devemos 
fazer para que o Bem aconteça, mesmo que seja levando 
um copo de água em direção a uma floresta em 
combustão, se assim nossa capacidade permite. 
“O batráquio e a ave caracterizam-se por impulsos 
diferentes, não obstante filhos do mesmo mundo.” 
- “batráquio”: se não conseguimos ainda ser aves que 
enfeitam o céu e cantam, pelo menos desempenhemos 
nosso papel de batráquios com utilidade. 
- “ave”: o simbolismo da diferenciação entre a ave e o 
batráquio foi utilizado, na certa, como forma de mostrar 
que devemos evoluir, deixando o terreno pantanoso e 
insalubre das nossas mazelas morais para voarmos em 
direção ao Mail Alto. 
É necessário sabermos utilizar o inimigo, nele situando 
nossa lição benfeitora. 
- “utilizar o inimigo”: Chico Xavier dizia: “Quando uma 
pessoa não gosta da gente ela tem sempre razão.” Essa é 
a verdade verdadeira. 
- “lição benfeitora”: muitas vezes quem mais nosimpulsiona ao progresso é quem consideramos com os 
novos de desafetos, adversários, inimigos e outros. Esses 
não fazem como fazemos: disfarçar nossos defeitos 
morais. 
A rigor, em vista da nossa posição de inferioridade, 
seremos adversários naturais da obra dos Anjos, na 
esfera menos elevada que atravessamos presentemente; 
todavia, as Potências Angélicas não nos punem a 
incapacidade temporária de compreensão ante os serviços 
 38 
divinos que lhes cabem na economia do Universo. Ao 
invés de condenar-nos, identificam-nos as deficiências 
compadecidamente e estendem-nos braços fraternos, 
através de mil recursos invisíveis e indiretos, a fim de que 
aprendamos a escalar o monte da sublimação, em marcha 
para os cumes celestes. 
- “adversários naturais da obra dos Anjos”: o que 
conseguimos realizar no Bem ajuda sempre, mas está 
muito aquém do trabalho dos Espíritos Superiores, que 
atuam de forma inimaginável para nós, sendo que o 
melhor que podemos fazer é cumprirmos nosso papel, 
mesmo que pequenino, porque, em querendo avançar 
muito em termos do nível das tarefas, não acabarmos 
atrapalhando ao invés de ajudar. 
Quando atuarmos junto ao Orientadores Elevados, 
façamos apenas da nossa parte e deixemos o mais por 
conta deles: assim cada um faz o que pode, tanto quanto 
Jesus não vai explicar aos principiantes no Bem Seus 
Planos acerca dos rumos evolutivos da humanidade da 
Terra. 
De qualquer forma, sejamos humildes e conscientes das 
nossas próprias limitações e realizemos as tarefas que 
forem surgindo, como “trabalhadores da última hora”, 
ao invés de querermos assumir o papel de missionários do 
Bem, que, na verdade, ainda não somos. 
- “não nos punem a incapacidade temporária”: esses 
missionários nos delegam tarefas secundárias, mas não 
nos menosprezam por isso. 
- “estendem-nos braços fraternos”: eles, sem que o 
percebamos, muitas vezes, realizam “enxertias psíquicas” 
em nós, a fim de termos condições de realizar 
determinadas tarefas que estão acima da nossa 
capacidade psíquica. 
- “escalar o monte da sublimação”: a evolução espiritual 
é obra de cada dia, de cada minuto, resultado de cada 
tarefa cumprida. 
 39 
Em certo momento, depois de muitos anos de dedicação 
diária, paramos para refletir e percebemos que 
praticamente houve uma transmutação, como ocorreu 
com Paulo de Tarso, que concluiu: “Não sou eu mais 
quem vive, mas é Jesus que vive em mim.” Em grau 
menor, chegaremos, talvez mais rápido do que pensamos, 
a essa conclusão. 
“...não percas os tesouros do tempo em considerações 
inúteis.” 
- “considerações inúteis”: são considerações inúteis todas 
aquelas que ocupam o tempo que deveria ser destinado ao 
trabalho no Bem. 
“Enche as tuas horas de trabalho salutar com a possível 
harmonia, fonte de toda a beleza.” 
- “trabalho salutar”: há o trabalho salutar e o trabalho 
sem elevação espiritual. 
Das duas irmãs de Lázaro uma exercitava o trabalho 
salutar, com vistas à própria elevação espiritual, mas 
sabia a hora de interrompê-lo para ouvir as Lições 
Memoráveis do Divino Amigo, enquanto que a outra, de 
mente voltada exclusivamente para a materialidade, 
apenas exercitava o trabalho obsessivo, sem nenhum foco 
na própria elevação espiritual: eis uma diferença 
importante. 
A aparência nem sempre corresponde à essência. 
Precisamos ser um misto de cigarras e formigas, como 
duas polaridades complementares. 
Há pessoas que, num extremo, se orgulham 
arrogantemente de ser trabalhadoras, sem outro foco que 
o da materialidade, enquanto que outras, no outro 
extremo, simplesmente vivem a cantar, mas por pura 
vocação para a ociosidade: sejamos um misto 
“sublimado” das duas tendências, que uma das duas 
irmãs sabia combinar bem e a que Jesus deu valor e 
apontou como exemplo a ser seguido. 
Aprendamos essa lição. 
 40 
“A vida, para toda alma que triunfa no carreiro áspero, é 
serviço, movimento, ascensão.” 
- “serviço”: a expressão “serviço” deve ser interpretada 
no sentido de “servir” e não apenas no de trabalhar, 
como explicado linhas atrás. 
Jesus trabalhou até os trinta anos de idade, mas “serviu” 
durante os trinta e três. 
O significado de cada uma das palavras é diferente: 
sejamos “servidores”, para evoluirmos. 
Observe-se que Jesus falou: “O maior no Reino dos Céus 
é o que mais servir a todos.” e não “O maior no Reino 
dos Céus é o que mais trabalha.” 
“E à rajada de luta que te conduzirá ao píncaro 
luminoso, não te suponhas sozinha na jornada áspera.” 
- “sozinha na jornada áspera”: ninguém está sozinho no 
Bem ou no Mal. 
Quem está lutando consigo mesmo na “jornada áspera” 
da própria ascensão espiritual, de vez em quando, 
costuma achar que está sozinho, mas sempre terá a 
companhia dos seus Orientadores Espirituais e de Deus. 
Mestres indianos, dentre os quais Yogananda, ensinam a 
pensarmos sempre em Deus, diretamente: e que 
companhia melhor do que a d’Ele? 
Devemos aprender a ficar “sozinhos com Deus”, pois 
nosso “espaço sagrado” deve ser preenchido por Ele. 
Vejamos como Jesus nos ensinou isso: “Tu, porém, 
quando fores orar, entra no teu quarto e, fechando a 
porta, ora a Teu Pai em segredo, e Teu Pai, que sabe o 
que se passa em segredo, te recompensará.”: eis a 
aparente solidão, todavia, necessária, em certos 
momentos, para o contato com Deus. 
Veja-se que Jesus, em determinados momentos, se isolava 
com Deus, não convidando ninguém para participar do 
“banquete divino”. 
“Outras, aos milhares, suam e sangram, em silêncio. 
Passam na cena do mundo, sem o afeto de um esposo e 
 41 
sem a bênção de um lar. Não conhecem a dádiva de um 
corpo normal, nem podem guardar os mínimos sonhos 
que arregimentas no coração feminil. São homens 
esquecidos e mulheres desamparadas que passam 
despercebidos e humilhados, do berço ao túmulo. 
Respiram em regime de tortura moral e seguem, estrada 
afora, desprotegidos e dilacerados, aos olhos do mundo, 
abafando os próprios soluços que, se ouvidos, lhes 
acarretariam implacável punição. Entretanto, apesar do 
espesso véu de lágrimas que lhes dificulta a marcha, 
continuam caminhando impávidos, contando com um 
amanhã, cada vez mais impreciso e distante, que parece 
ocultar-se, indefinido, nos horizontes sem fim.” 
- “em silêncio”: aprendamos a praticar, em determinados 
momentos do dia, o “silêncio interior”, preenchendo-o 
com a mentalização, a meditação e a oração. 
O silêncio é tão importante que, dentro da sabedoria 
indígena, as vogais são seis letras e a última é o 
“silêncio”. 
“Desculpa os outros, sem desculpar a ti mesma.” 
- “desculpa”: deter-se na lembrança de ofensas recebidas, 
mágoas sentidas etc., é conservar veneno na alma. 
Tanto quanto devemos desculpar aos outros, cumpre-nos 
desculpemo-nos a nós mesmos, compreendendo que todos 
nos encaminhamos para um nível evolutivo mais elevado, 
mas, que, por enquanto, ainda somos iniciantes e, 
portanto, falhos. 
“Dá, sem o propósito de receber.” 
- “dá”: dar de si mesmo é o mais importante, mas dar do 
que é material e que não nos fará falta é deixar de lado 
uma carga desnecessária. 
A forma de vida dos indígenas nos ensina que cada um 
deve ter, no máximo, seu próprio teto e o indispensável 
para a própria subsistência, pois o mais é um mundo de 
superfluidades que não compensa carregar. 
 
 42 
“Não persigas o respeito humano que te faça aparecer 
melhor que és, mas busca, em todo tempo e lugar, a 
bênção divina na aprovação da própria consciência.” 
- “respeito humano”: a vaidade nos faz, muitas vezes, 
procurar a consideração das pessoas destacadas na 
sociedade e, por conta disso, nos omitimosem muitas 
situações que nos colocariam em conflito com seus 
padrões de conveniência estagnante. 
Não sejamos os Nicodemos da atualidade, pessoas que 
têm receio de assumir posições corajosas e, por omissão 
no Bem, se equiparam aos grandes criminosos, segundo a 
lição de Matilde, a qual diz que ambas são igualmente 
condenadas pela Justiça Divina. 
“Não procures destacada posição, diante dos outros; 
antes de tudo, aperfeiçoa os teus sentimentos, cada vez 
mais, sem propaganda de tuas virtudes vacilantes e 
problemáticas.” 
- “destacada posição”: destaque sem utilidade no Bem é 
caminho para os desastres morais. Todavia, se existe 
utilidade no Bem, devemos “colocar a candeia sobre o 
candeeiro, a fim de que dê luz a todos os que estão na 
casa.”: “cada caso é um caso.” 
“Em te socorrendo das diretrizes alheias, desconfia das 
palavras que te lisonjeiem a fantasiosa superioridade 
pessoal ou que te inclinem à dureza de coração.” 
- “fantasiosa superioridade pessoal”: quem é superior a 
quem? Jesus é superior à nossa humanidade e, a fim de 
ensinar-nos, lavou os pés dos discípulos, aceitou as 
agressões físicas que Lhe dirigiram e os xingamentos que 
O injuriaram. Na nossa convivência, não devemos nos 
comparar com ninguém, porque somente temos acesso a 
poucos dados da sua biografia, que remonta a pelo menos 
um bilhão e meio de anos. 
 “dureza de coração”: devemos ter coração de pai, mãe, 
irmão ou irmã, filho ou filha. 
Assim teremos “olhos bons”. 
 43 
“Diante da fartura ou da escassez, recorda o serviço que 
o Senhor te convocou a realizar e produze o bem em seu 
nome, onde estiveres.” 
- “fartura”: a fartura significa contentar-se com o 
necessário, dispensando o supérfluo. 
- “escassez”: a pior escassez é a que o egoísmo imagina 
existir, mas que represente simples desejo de açambarcar 
tudo que pode ser útil aos outros e que não nos fará 
nenhuma falta. 
- “produze o bem em seu nome”: fazer o Bem é sempre 
uma homenagem a Deus. 
“Lembra-te de que a experiência na carne é 
demasiadamente breve e que a tua cabeça deve 
permanecer tão cheia de ideais santificantes, quanto as 
mãos repletas de trabalho salutar.” 
- “a experiência na carne é demasiadamente breve”: 
pretender prolongar indefinidamente a vida material é o 
mesmo que querer parar a roda da evolução, pois é a 
alternância nas duas realidades que impulsiona o 
Espírito. 
- “tua cabeça deve permanecer cheia de ideais 
santificantes”: “cabeça vazia de ideais nobilitantes é 
oficina onde a ferrugem emperra o maquinário ou o fogo 
ameaça destruí-la.” 
- “mãos repletas de trabalho salutar”: devemos procurar 
ocupar o tempo com atividades realmente úteis: eis um 
dos grandes segredos da felicidade. 
“Para que atendas, porém, a semelhante programa, é 
imprescindível abras o coração ao sol renovador do Sumo 
Bem.” 
- “abras o coração ao sol renovador do Sumo Bem”: 
abrir o coração ao Bem é fazer o Bem naturalmente, em 
toda parte e em favor de cada um que necessitar. 
“De alma cerrada ao interesse pela felicidade do próximo, 
jamais encontrarás a própria felicidade.” 
 44 
- “alma cerrada ao interesse pela felicidade do próximo”: 
a felicidade alheia sempre será a minha igualmente, se eu 
dela participar. 
- “a própria felicidade”: a minha felicidade só será 
perfeita depois que a de todos também a forem. 
Por isso Matilde nunca conseguiria ser feliz vendo 
Gregório dedicado ao Mal e Margarida vivendo 
egoisticamente. 
“A alegria que improvisares, em torno dos pés alheios, te 
fará mais rica de júbilo.” 
- “alegria que improvisares”: a alegria alheia ilumina 
nosso interior quando ajudamos a edificá-la. 
“Na paz que semeares, encontrarás a colheita da paz que 
desejas.” 
- “paz que semeares”: semear a paz se faz através de 
atitudes, quando esse é o meio acertado; de silêncio 
quando as palavras atrapalhariam e de prece e 
mentalização quando nem o silêncio resolveria. 
“Estes, são princípios da vida radiante.” 
- “princípios da vida radiante”: Matilde procurou 
condensar em poucas palavras tudo que a mente da filha 
espiritual poderia assimilar. 
“No insulamento, ninguém recolherá a suprema alegria.” 
- “insulamento”: o egoísmo é o pior dos defeitos morais. 
- “suprema alegria”: a suprema alegria é decorrente da 
alegria real que se dá aos outros. 
“Para a sabedoria divina, tão infortunado é o pastor que 
perdeu o rebanho, quanto a ovelha que perdeu o pastor.” 
- “pastor que perdeu o rebanho”: Jesus investe o máximo 
que pode em cada um dos Seus pupilos, sem exceção. 
- “ovelha que perdeu o pastor”: cada habitante da Terra 
deve reconhecer na pessoa do nosso Governador Divino a 
referência a ser seguida, sendo que muitos, por uma 
questão de rebeldia, preferem reverenciar figuras de 
muito menor grandeza e perfeição. 
 45 
“A desistência de ajudar é tão escura quanto o 
relaxamento de extraviar-se.” 
- “desistência de ajudar”: sem ajudarmos os outros não 
evoluiremos espiritualmente. 
Matilde fala aqui na omissão, tão grave quanto o Mal 
declarado. 
O número de omissos é maior do que o dos maus, mas 
pecam tanto quanto aqueles outros. 
Allan Kardec falou, com acerto, que há pessoas mornas 
até no gozar: esses passam pelas reencarnações sem 
muito fazerem de bom nem de mau e não evoluem. 
- “relaxamento de extraviar-se”: refere-se à iniciativa de 
filiar-se declaradamente ao Mal. 
“O egoísmo conseguirá criar um oásis, mas nunca 
edificará um continente.” 
- “egoísmo”: manifesta-se sempre que pretendemos 
aquilo que não é indispensável para nós. 
“É indispensável aprenderes a sair de ti mesma, 
auscultando a necessidade e a dor daqueles que te 
cercam.” 
- “aprenderes a sair de ti mesma”: tudo que Matilde 
ensinou se resume nesse ideário: “aprenderes a sair de ti 
mesma”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
CAPÍTULO III – PRESENÇA DE ESPÍRITOS 
DESEQUILIBRADOS OU MALEVOLENTES 
 Como há quem se sinta feliz em fazer o Bem 
indistintamente, há criaturas que se comprazem no Mal e 
conhecemos várias delas. 
 Infelizmente, na Terra há muita gente dessa categoria e, 
passando ao mundo dos desencarnados, continuam 
felicitando-se quando conseguem prejudicar as outras 
pessoas. 
 O número de desequilibrados também é muito grande, 
devido às inclinações negativas que se comprazem em manter. 
 A presença desses dois tipos de criaturas nas 
proximidades de cada encarnado produzem mal estar quando 
não induções para a própria prática do Mal. 
 Devemos tomar cuidado com os pensamentos negativos 
que surgem na nossa mente, pois, muitas vezes, são induções 
dessas criaturas desarmonizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
1 – OBSESSORES ENCARNADOS 
 Todo aquele que induz alguém ao Mal é um obsessor e os 
há muitos no seio das nossas próprias famílias, que 
aconselham ou incutem a desunião, a agressividade, o 
pessimismo etc. etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
2 – OBSESSORES DESENARNADOS 
 Como o número d desencarnados é cerca de dez vezes 
maior que o de encarnados, a quantidade de obsessores 
desencarnados é imensa e, por isso, devemos tomar cuidado 
para não “emprestarmos a cabeça” para esses irmãos e irmãs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERCEIRA PARTE: 
AUTO CONHECIMENTO 
E CURA50 
CAPÍTULO I – AUTO ANÁLISE 
 Realizar a auto análise em profundidade é uma tarefa 
que mais de noventa por cento dos habitantes da Terra, 
mundo onde prevalecem os defeitos morais e vícios, detesta 
fazer, porque seu orgulho lhes impede de reconhecer as 
própria mazelas. 
 No trabalho da auto análise esbarramos com o orgulho, 
que, normalmente, nos encaminha para dois desvios: 1 – a 
depressão, que é a válvula de escape da auto piedade, 
tentando mostrar aos outros que devem nos perdoar a 
continuidade nos erros que acalentamos ou 2 – a revolta, que 
nos faz agressivos e empedernidos declarada ou 
disfarçadamente no erro. 
 São poucos os que resolvem assumir o trabalho da auto 
reforma moral profunda, o que exige grande dose de 
humildade e a intenção sincera de superarmos nossos vícios e 
defeitos morais. 
 Como exemplos notáveis de pessoas que enfrentaram as 
próprias mazelas morais e recomeçaram a vida em bases 
novas podemos citar Paulo de Tarso, Zaqueu e Maria de 
Magdala, os quais se esforçaram para domar o próprio 
orgulho e mudaram da acomodação nas mazelas morais para 
o combate permanente no sentido do auto aperfeiçoamento 
espiritual. 
 Muitos procuram enganar aos outros e a si mesmos 
apresentando alguma virtude como tentativa de compensação 
de um defeito, mas Jesus disse: “Sede perfeitos, como vosso 
Pai, que está nos Céus, é Perfeito.” 
 Como Espíritos, temos de, pela eternidade afora, 
adquirir todas as virtudes e eliminar os correspondentes 
defeitos. 
 Não adianta estarmos a justificar defeitos e vícios, 
porque o prejuízo espiritual que decorre de cada um deles é 
muito grande e de nada vale enganarmo-nos. 
 Quando Jesus disse: “A Amor cobre a multidão dos 
pecados”, não estava querendo incentivar-nos à permanência 
 51 
no vício ou nos defeitos morais utilizando o Amor como forma 
de compensação. 
 Cada virtude é uma virtude e cada vício ou defeito moral 
é um vício ou defeito moral. 
 Sejamos honestos conosco próprios, ou seja, com Deus, 
que nos fala através da nossa consciência e todas as intenções, 
boas ou más, ficam registradas no nosso mundo interior, 
causando saúde espiritual ou feridas no corpo espiritual, que 
se transformam, respectivamente, em paz e felicidade ou 
inquietação e doenças de várias ordens. 
 Auto analisar-se deve ser tarefa de todos os dias, como 
quem faxina a própria moradia e não espera aparecerem teias 
de aranha para tomar providências higienizadoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
CAPÍTULO II – VIAGENS ASTRAIS 
 Para quem já aprendeu a realizar viagens astrais elas 
representam uma das melhores oportunidades de auto análise 
e consequente projeto de cura espiritual, pois, durante essa 
introspecção, os nossos Orientadores Espirituais nos mostram 
nossos pontos fracos e, dentro do possível, dependendo do 
mérito de cada um, eliminam focos espirituais infecciosos. 
 Recomendamos, a respeito, a leitura do nosso livro 
coletivo “A Terapia Holística”, divulgado na Internet em 
cienciacosmica.com.br. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 53 
1 – DESOBSESSÃO 
 Recomendamos a leitura do livro “Obsessão e 
Desobsessão Segundo André Luiz”, também de autoria do 
nosso grupo sob o pseudônimo um anônimo, também 
publicado na Internet em luizguilhermemarques.com.br. 
 Esse livro baseia-se no livro “Libertação”, de André 
Luiz, que qualificamos como uma verdadeira enciclopédia 
sobre o tema desobsessão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 54 
2 – RETIRADA DE IMPLANTES NEGATIVOS 
 No referido livro de André Luiz fala-se em retirada de 
implantes negativos e Manoel Philomeno de Miranda trata 
desse tema em vários dos seus livros. 
 Neste estudo atual já abordamos o assunto em páginas 
anteriores e chamamos a atenção dos prezados leitores para a 
importância desses desplugamento, pois, em caso contrário, as 
pessoas vítimas dessa vampirização estarão sempre sujeitas a 
recidivas nos seus defeitos morais e vícios ou nos sofrimentos 
provocados pelos seus obsessores. 
 Ninguém deve se assustar com estas informações, pois o 
mundo mental é a verdadeira realidade de cada criatura e 
Jesus falou: “Onde cada um tiver o seu tesouro aí estará o seu 
coração.” 
 A questão da sintonia espiritual é que define o 
merecimento individual e, se nos acomodamos no Mal, não 
vamos poder ficar isentos das consequências que isso 
acarreta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 55 
3 – ELEVAÇÃO DO NÍVEL VIBRACIONAL 
 A elevação do nível vibracional decorre da intenção 
sincera e firme de auto reformarmo-nos moralmente. 
 Não bastam palavras de ordem, expressões exteriores, 
sem o desejo firme e partido do fundo do coração de nos 
libertarmos dos próprios vícios e defeitos morais. 
 Zaqueu, Madalena e Paulo de Tarso não brincaram de 
mudar de vida, mas mudaram de vida realmente. 
 Não ficaram preocupados com os comentários 
zombeteiros ou a discriminação que passaram a sofrer, 
porque levaram em conta seu compromisso com a própria 
evolução espiritual. 
 Quem pretende auto reformar-se moralmente irá 
encontrar pela frente muitas críticas e perseguições, mas isso 
faz parte do número de testes que terá de enfrentar. 
 Jesus mesmo foi o exemplo mais expressivo de 
perseguido por causa do Seu Compromisso com o Bem: 
sigamos o caminho do Bem e deixemos os críticos falarem o 
que quiserem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 56 
4 – CILADAS DE ILUMINAÇÃO 
 “A quem muito é dado muito será pedido.” Essa frase 
mostra que o nível de responsabilidade é individual. 
 Uma Madre Tereza de Calcutá não se permitiria nunca 
uma indelicadeza com quem quer que fosse, porque é um 
Espírito muito evoluído, enquanto que um Espírito primitivo 
gosta, normalmente, de ofender as pessoas, achando até 
natural sua conduta rude. 
 Quando alguém se propõe à auto reforma moral 
profunda, passa a ser alvo das Trevas, que procuram 
desanimá-lo de sair da mediocridade moral. 
 André Luiz alerta para essa situação. 
 A expressão “ciladas de iluminação” é muito adequada 
para esclarecer sobre as armadilhas que o trevosos armam 
contra os candidatos à elevação espiritual. 
 Mas é preciso sempre vigiar e orar, porque as tentações 
de fora são aquelas que correspondem aos nossos pontos 
fracos internos. 
 Mas quem tem real vontade de auto superar-se 
espiritualmente vence, se tiver a prudência da serpente e 
vigiar e orar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 57 
CAPÍTULO III – AUTO REFORMA MORAL PROFUNDA 
 A auto reforma moral tem de ser profunda, como a que 
se propuseram Zaqueu, Maria de Magdala e Paulo de Tarso. 
 Quem fica no meio do caminho estará contrariando 
aquilo que Jesus afirmou: “Seja o vosso falar sim sim, não 
não; tudo o que disso passa procede do maligno.” 
 Nossa consciência registra cada intenção como boa ou 
má: não há nenhuma que passe aos nossos arquivos internos 
como “mais ou menos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 58 
1 – MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA 
No livro “Vós Sois Deuses – o valor da Ciência Cósmica” 
é mencionado o caso de um traficante de drogas que 
abandona toda a riqueza adquirida com a vida no crime e vai 
recomeçar em localidade distante,

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