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CAKE DESIGN CAKE DESIGN São Paulo setembro/2015 Nome do aluno CAKE DESIGN © Senac São Paulo, 2015 ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO SENAC NO ESTADO DE SÃO PAULO Gerência de Desenvolvimento Sandra Regina Mattos Abreu de Freitas Coordenação Técnica Gisela Redoschi Felipe Soave Vianna Apoio Técnico Juliana Benis Bruna Fichmann Quaglio Elaboração do Recurso Didático (2008) Cassiane Pinho Fanin Adequações do Recurso Didático (2013) Karina Jacob Revisão Técnica Samara Trevisan Coelho Adaptação do Recurso Didático (2015) Gabriela Laura de Oliveira Sotelo Editoração Eletrônica Antonio Carlos De Angelis Revisão de Texto Luiza Elena Luchini (coord.) SENAC SÃO PAULO | 5 sumário 1. INGREDIENTES E SUAS FUNÇÕES / 7 AÇÚCAR IMPALPÁVEL / 7 ÁCIDO CÍTRICO / 7 CMC / 7 CORANTES ALIMENTÍCIOS / 8 GORDURA VEGETAL HIDROGENADA / 8 GLICERINA / 8 XAROPE DE GLUCOSE / 8 2. GLACÊ REAL / 9 APLICAÇÕES E CUIDADOS / 9 CONSERVAÇÃO E DURABILIDADE / 9 GLACÊ REAL (RECEITA) / 10 COMO COLORIR O GLACÊ REAL / 11 FLORES MATIZADAS / 11 3. GLACÊ FLUIDO / 13 GLACÊ FLUIDO (RECEITA) / 14 UTILIZAÇÃO DO GLACÊ FLUIDO – TRANSFERÊNCIA DE IMAGENS PARA APLICAÇÕES EM BOLO / 14 4. PASTA AMERICANA / 15 HISTÓRICO, APLICAÇÕES E CUIDADOS / 15 PASTA AMERICANA (RECEITA) / 17 5. NIVELAMENTO DE BOLOS / 19 ARGAMASSA / 20 6. SUSTENTAÇÃO DE ANDARES / 21 BOLOS EMPILHADOS SEM COLUNAS / 21 BOLOS COM COLUNAS E PRATOS DIVISÓRIOS / 22 7. PASTILHAGEM OU PASTA FILIPINA / 23 DICAS IMPORTANTES PARA O MANUSEIO DA PASTILHAGEM / 23 PASTILHAGEM (RECEITA) / 25 8. MASSA ELÁSTICA / 27 APLICAÇÕES E CUIDADOS / 27 MASSA ELÁSTICA (RECEITA) / 28 MASSA CREMOSA (RECEITA) / 29 RECHEIO DE DOCE DE LEITE (RECEITA) / 30 CALDA (RECEITA) / 30 9. ANEXOS / 31 TRANSFERÊNCIA DE IMAGEM – MOLDE DA FLOR / 32 A MISTURA DAS CORES / 33 MONTAGEM DO CARTUCHO DE PAPEL-MANTEIGA / 34 CONFEITAGEM BÁSICA / 35 CONFEITAGEM INTERMEDIÁRIA / 36 CONFEITAGEM AVANÇADA / 37 SEQUÊNCIA DE CORDÕES / 38 FLORES DE GLACÊ REAL / 39 TRANSFERÊNCIA DE IMAGEM – TÉCNICA DE APLICAÇÃO GLACÊ FLUIDO / 41 APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA DE IMAGEM / 41 MONTAGEM, NIVELAMENTO E PRENSAGEM / 42 APLICAÇÃO DE PASTA AMERICANA / 43 FORMAS BÁSICAS DE MODELAGEM / 45 MODELAGEM URSO / 46 MODELAGEM PORQUINHO / 48 BOLO DECORADO COM MODELAGEM / 49 MODELAGEM COELHO / 50 FLORES DE MASSA ELÁSTICA / 52 BOLO EMPILHADO E ESTRUTURAS INTERNAS DE SUSTENTAÇÃO / 56 APLICAÇÃO DE COLUNAS DECORATIVAS EM BOLOS DE ANDARES / 58 MONTAGEM DO VASINHO DE FLOR / 59 BOLO DE LAÇOS E DRAPEADOS / 61 10. AEROGRAFIA EM CONFEITARIA ARTÍSTICA – CURSO BÁSICO / 63 PEQUENA DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E SUAS APLICAÇÕES / 64 PEQUENO HISTÓRICO DA AEROGRAFIA / 64 O QUE É NECESSÁRIO PARA AEROGRAFAR? / 64 USO DO AERÓGRAFO NA PASTA AMERICANA E NO GLACÊ / 64 QUE TIPOS DE EQUIPAMENTOS EXISTEM E QUAIS OS MAIS ADEQUADOS NA CONFEITARIA? / 65 QUE EXERCÍCIOS DEVEMOS FAZER PARA PINTAR MELHOR E MAIS RAPIDAMENTE COM O AERÓGRAFO? / 66 LIMPEZA DO AERÓGRAFO / 78 QUAIS AS TÉCNICAS BÁSICAS PARA OBTERMOS BONS RESULTADOS / 81 11. TABELAS DE CONVERSÃO / 83 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS / 87 SENAC SÃO PAULO | 7 1. INGREDIENTES E SUAS FUNÇÕES AÇÚCAR IMPALPÁVEL É a união do açúcar com o amido de milho para que no processo de moagem resulte em um pro- duto com características de cor bem clara e de aspecto muito fino, semelhante a um talco. A presença do amido de milho faz com que o açúcar impalpável apresente um sabor menos doce que os demais açúcares, como o refinado ou o de confeiteiro, e apresente uma cor bem branca para as pastas e glacê. A qualidade dos trabalhos com a técnica da pas- ta americana e seus derivados é influenciada di- retamente pela qualidade deste ingrediente. O açúcar impalpável é o ingrediente mais impor- tante e o mais usado na confecção de decora- ções de bolos com a técnica da pasta americana. ÁCIDO CÍTRICO É produzido a partir da fermentação do açúcar e utilizado no glacê real para branqueá-lo e facilitar o processo de secagem rápida. Também confere sabor cítrico ao produto. CMC O carboximeticelulose (CMC) é um polímero so- lúvel em água, derivado da celulose, para uso alimentar. Apresentado na forma em pó e com coloração ligeiramente amarela, funciona como espessante neutro. É também emulsificante, es- tabilizante, agente de suspensão homogeneizan- te e aglutinante. O CMC é usado em massas de confeitar do tipo elástica. CAKE DESIGN 8 | SENAC SÃO PAULO CORANTES ALIMENTÍCIOS Existem três tipos: • Gel – adequado para pastas e glacês. Por ser bastante concentrado, obtêm-se tons fortes na coloração das pastas e dos glacês. • Líquido – adequado para uso em aerografia. Por ser um produto líquido, não é muito adequado para o uso em pastas ou glacês quando se quer obter cores fortes e acentuadas, pois podemos perder o ponto das pastas e dos glacês com a adição em excesso desse tipo de corante. Quando utilizado em aerógrafo, pode ser diluído em álcool de cereais ou usado puro. A finalidade da utilização do álcool de cereais é acelerar o processo de secagem e também obter tons mais claros. Também pode ser usado em pastas e glacês. Porém, será necessário utilizar uma quantidade maior em relação ao corante gel, aumentando assim o custo do produto em relação à quantidade e tempo. • Pó fosco e perolado – é adequado para pintura de peças prontas, como flores de massa elástica. Pode ser usado a seco com ou sem diluição em açúcar impalpável ou diluído em álcool de cereais. Quando diluído em álcool de cereais, atinge tons bem fortes e vibrantes. Quando diluído em açúcar, atinge tons pastel e suaves. Se for usado a seco ou puro, atinge uma característica aveludada na peça seca. GORDURA VEGETAL HIDROGENADA É a gordura extraída dos vegetais ou cereais como o milho, a soja, o coco, a azeitona, etc. Conhecida como óleo vegetal, encontra-se no estado líquido e só é comercializada no estado sólido graças ao processo de hidrogenação. Como componente da formulação da pasta americana e massa elástica, sua principal função é dar maciez e brilho à pasta. Funções: • aumenta o valor nutritivo do produto; • aumenta e ajuda na absorção de líquidos; • é responsável pelo tempo de conservação dos produtos; • suaviza a textura do produto; • evita o ressecamento das massas (umidade). GLICERINA Age como antiumectante na retenção de carga de umidade e retarda o processo de ressecamento natural. É utilizada em balas, caramelos, bombons e chocolates. Na confeitaria, é usada em pastas de cobertura e em marshmallow. XAROPE DE GLUCOSE É obtido a partir de matérias-primas ricas em amido, como a batata, o milho, a mandioca, o arroz, entre outras. Popularmente conhecido como açúcar, é extraído do milho e tem gosto menos doce do que o açúcar de cana. É utilizado no preparo de balas, fondant e frutas cristalizadas. Sua princi- pal função é controlar a cristalização do açúcar e também realçar o brilho dos produtos em que for empregado. SENAC SÃO PAULO | 9 2. GLACÊ REAL APLICAÇÕES E CUIDADOS Quase não há decoração de bolos sem a utili- zação do glacê real. Podemos realizar uma va- riedade de trabalhos, como bordados em tule, babados na lateral de bolos, uma infinidade de variações de pontos de confeitar para acaba- mentos e finalizações, personagens modelados, filigranas, flores, etc. Com uma manga de confeitar ou um cartucho de papel e um bico de confeitar, o glacê real permite decorar com muita praticidade e rapidez. Exis- tem duas formas de utilizá-lo: uma é por meio de decorações feitas diretamente no bolo e a outra é a confecção de peças com antecedência. Essa segunda forma de utilização do glacê real possi- bilita fazer, com antecedência, peças que serão armazenadas secas e aplicadas em bolos ou em trabalhos comaçúcar. CONSERVAÇÃO E DURABILIDADE Peças prontas (secas) de glacê real podem du- rar até 12 meses se bem armazenadas longe da umidade e do calor excessivo. Quando fresco, a durabilidade do glacê real é de 3 dias fora da geladeira e até 7 dias sob refrigera- ção. Em ambas as situações, as sobras de glacê real devem ser armazenadas em recipientes com tampa. Para reutilizar as sobras de glacê real, basta incorporá-las a um novo glacê que acabou de ser montado. É importante mantê-lo sempre protegido em re- cipientes com tampa ou coberto com um pano úmido, para que não forme casca nem seque, pois uma vez seco o glacê real não desmancha mais e isso traz alguns transtornos para o confei- teiro, como o entupimento de bicos de confeitar e cartuchos de papel. CAKE DESIGN 10 | SENAC SÃO PAULO GLACÊ REAL Rendimento: 215 g Ingredientes Quantidade/Medida Açúcar impalpável 180 g Clara líquida pasteurizada 30 g Ácido cítrico 5 g Modo de preparo 1. Bata rapidamente a clara pasteurizada e o ácido cítrico em batedeira com o batedor raquete em primeira velocidade até homogeneizar. 2. Acrescente aos poucos o açúcar impalpável já peneirado até formar um creme branco, pesado e homogêneo (ponto baixo: com brilho). 3. Passe para a velocidade alta por aproximadamente 10 minutos até atingir o ponto de pico (ideal para o uso: branco fosco, sem brilho). Observação: O ponto de pico ocorre quando levantamos a cúpula da batedeira e o produto processado não escorre do batedor. Por que usar clara pasteurizada no glacê real A bactéria da Salmonella enteritidis é nociva à saúde humana e está presente no ovo in natura (gema crua e/ou clara crua) e só pode ser eliminada totalmente quando submetida a temperaturas acima de 72 ºC. No caso de produtos como o glacê real, que não sofre o processo de cocção, recomenda-se a substituição da clara in natura pela clara líquida pasteurizada na mesma quantidade, equivalente ao peso do ovo in natura, necessária para a composição da receita. Somente dessa forma pode-se garantir que o produto que fabricamos não corre o risco de apresentar a bactéria. Além da clara líquida pasteurizada, podemos encontrar no mercado a clara pasteurizada desidrata- da (clara em pó). Esta não precisa ser armazenada sob refrigeração e oferece um tempo de vida útil maior que a clara líquida pasteurizada. Porém, para utilizá-la é necessário hidratar em água o pó da clara nas seguintes proporções: para uma clara de tamanho médio de 30 g a 35 g usam-se 4 g de pó de clara pasteurizada desidratada diluídos em 29 mℓ de água. Para a arte de decorar bolos com as técnicas de pasta americana já existe no mercado o pó para glacê real industrializado, cuja clara de ovo in natura é substituída pela clara de ovo em pó desidra- tada pasteurizada e misturada ao açúcar impalpável. Para usar, basta somente adicionar água nas proporções recomendadas pelo fabricante. Dica: Quando estiver montando o glacê na batedeira, envolva-a com um pano úmido, pois a composição do açúcar impalpável contém amido de milho, o que faz o açúcar ficar extrema- mente fino. Assim, quando adicionado à batedeira ligada ele levanta e esfumaça para fora, su- jando a superfície e os equipamentos ao redor da área de trabalho. A presença do pano úmido impede o processo de esfumaçamento do açúcar impalpável e mantém a área de trabalho limpa e organizada. Observações: O ácido cítrico pode ser substituído pelo suco de limão e sua principal função é branquear o glacê e acelerar o processo de secagem rápida. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 11 COMO COLORIR O GLACÊ REAL A forma mais segura para colorir o glacê real é aplicar em uma pequena porção um corante comestí- vel, líquido ou gel, até conseguir a cor no tom desejado. Assim que o tom da cor desejada for obtido, basta incorporar ao restante da massa na própria batedeira ou manualmente em pequenas quantida- des e em recipientes com tampa. Quando úmido, o glacê terá uma cor mais clara; quando seco, o tom da cor escurece, ou seja, se a cor desejada for a cor preta, basta chegar ao tom de cor cinza, pois quando suas peças secarem, ficarão na cor desejada, ou seja, na cor preta. FLORES MATIZADAS Modo de preparo 1. Prepare o glacê real no ponto ideal para flores. Em uma manga de confeitar descartável e trans- parente, coloque o bico para flores de sua preferência, por exemplo, o bico pétala. 2. Com um pincel fino e um pouco de corante comestível líquido ou gel, faça um risco fino dentro da manga de confeitar em uma das laterais, iniciando do bico para o meio do saco, se a sua flor for apenas com as bordas matizadas. 3. Se desejar suas flores matizadas no meio e nas bordas, faça o mesmo processo do pincel nas duas laterais da manga de confeitar. SENAC SÃO PAULO | 13 3. GLACÊ FLUIDO O glacê fluido é o glacê real que recebeu adição de água. Seu uso é recomendado, principalmente, para o preenchimento de figuras e cópia de imagens planas e também para detalhes de acabamento e na escrita de palavras. O processo de secagem do glacê fluido é mais lento que o do glacê real em virtude da adição da água, principalmente em peças grandes. O tempo ideal de secagem do glacê fluido em pe- ças médias e grandes é de pelo menos 24 horas, porém, quando seco fica tão duro quanto o glacê real. Geralmente, as peças são confeccionadas antes de serem aplicadas em bolos ou em traba- lhos com açúcar. Como o glacê real após seco, o glacê fluido também tem a mesma durabilidade, de um ano aproximadamente, se armazenado em locais fechados longe da umidade e da cla- ridade. Se existirem sobras de glacê fluido, basta guar- dá-las em recipientes bem fechados na geladei- ra por 7 dias ou em temperatura ambiente por 3 dias e reutilizar quando desejar. CAKE DESIGN 14 | SENAC SÃO PAULO GLACÊ FLUIDO Rendimento: 215 g Ingredientes Quantidade/Medida Açúcar impalpável 180 g Clara pasteurizada 30 g Ácido cítrico 5 g Água 15 mℓ Modo de preparo 1. Bata rapidamente a clara pasteurizada e o ácido cítrico em batedeira com o batedor raquete em primeira velocidade até homogeneizar. 2. Acrescente aos poucos o açúcar impalpável já peneirado até formar um creme branco, pesado e homogêneo (ponto baixo: com brilho). 3. Passe para a velocidade alta por aproximadamente 10 minutos até atingir o ponto de pico (ideal para o uso: branco fosco, sem brilho). 4. Montado o glacê real, adicione a água, mexendo manualmente com uma espátula, lentamente em forma de oito para que não forme bolhas de ar. UTILIZAÇÃO DO GLACÊ FLUIDO – TRANSFERÊNCIA DE IMAGENS PARA APLICAÇÕES EM BOLO Modo de preparo 23 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Utilização do glacê fluido - transferência de imagens para aplicações em bolo Para ser feito 24 horas antes da aplicação em bolos Modo de preparo 1. Selecione a imagem que deseja copiar. 2. Selecione as cores que usará para preencher a imagem. 3. Prepare o glacê real e o glacê fluido. 4. Tinja o glacê fluido com o corante comestível nas cores selecionadas para preencher a imagem. 5. Prenda a imagem em uma superfície firme e plana. 6. Cubra a imagem com um plástico grosso e cole as laterais com fita adesiva bem esticada na superfície. (Veja o passo-a-passo no final da apostila). 7. Contorne a imagem com glacê real e deixe secar por alguns minutos. 8. Preencha os espaços vazios do desenho com o glacê fluido sem deixar que ultrapas- se o contorno já seco. 9. Deixe secar completamente de um dia para o outro. 10. Remova o plástico da superfície e desprenda-o da imagem. 11.Guarde em local fechado, longe da umidade e da claridade ou aplique no bolo. Para ser feito 24 horas antes da aplicação em bolos 1. Selecione a imagem que deseja copiar. 2. Selecioneas cores que usará para preencher a imagem. 3. Prepare o glacê real e o glacê fluido. 4. Tinja o glacê fluido com o corante comestível nas cores selecionadas para preencher a imagem. 5. Prenda a imagem em uma superfície firme e plana. 6. Cubra a imagem com um plástico grosso e cole as laterais com fita adesiva bem esticada na su- perfície. (Veja o passo a passo no final da apostila.) 7. Contorne a imagem com glacê real e deixe secar por alguns minutos. 8. Preencha os espaços vazios do desenho com o glacê fluido sem deixar que ultrapasse o contorno já seco. 9. Deixe secar completamente de um dia para o outro. 10. Remova o plástico da superfície e desprenda-o da imagem. Guarde em local fechado, longe da umidade e da claridade ou aplique no bolo. SENAC SÃO PAULO | 15 4. PASTA AMERICANA HISTÓRICO, APLICAÇÕES E CUIDADOS Fondant de rolo ou pasta de açúcar é o nome original dessa pasta popularmente chamada de pasta americana. A explicação para essa nomen- clatura deve-se à Argentina, que encontrou nos Estados Unidos o fondant de rolo originário da Austrália e da Inglaterra e divulgou em seu país a receita com o nome de pasta americana, por ter aprendido com os americanos. Porém, os inven- tores da pasta que possibilita fazer decorações complexas e inovadoras foram os ingleses e os australianos. Sua verdadeira nomenclatura é sugar paste ou rolled fondant. Da incorporação de gelatina, gordura vegetal hidrogenada, glucose e açúcar impalpável surge um produto extremamente branco e liso, capaz de forrar bolos e dar vida a personagens infantis ou personalidades do nos- so cotidiano. Pode-se fabricar a pasta artesanalmente ou com- prá-la pronta, ou seja, a pasta americana indus- trializada. O mais importante a dizer em relação a essa pasta é que sua textura é diferente, e o profissional que for trabalhar com a pasta indus- trializada deve seguir as indicações de uso do fa- bricante e verificar se deve acrescentar ou não o açúcar impalpável. Em geral, não se acrescenta o açúcar impalpável às pastas industrializadas, pois elas já vêm prontas para serem utilizadas. Já a pasta fabricada artesanalmente permite tra- balhar com dois pontos de massa diferentes: o ponto de massa mãe ou o ponto de abertura de massa com o rolo. O ponto de massa mãe é aquele que não incor- pora todo o açúcar impalpável presente na for- CAKE DESIGN 16 | SENAC SÃO PAULO mulação, mas somente ⅓ da quantidade total, e permite armazená-la em recipiente hermeticamente fechado sob refrigeração por até 8 meses. Para obter o ponto de abertura da pasta americana, basta aquecer a quantidade desejada de massa mãe no forno micro-ondas ou banho-maria e incorporar o açúcar impalpável restante da formulação até o ponto de abertura com o rolo. Esse processo pode ser manual ou mecânico, ou seja, pode-se aquecer a massa mãe e incorporar o açúcar manualmente até o ponto de abertura com a bilha (rolo), ou levar a massa mãe aquecida para a batedeira, com o batedor raquete e incorporar aos poucos o açúcar impalpável, em primeira velocidade, até formar uma mistura cremosa e firme. Retirar da batedeira e terminar de dar o ponto manualmente em uma superfície lisa e firme, como em uma mesa. Caso não queira trabalhar com o ponto de massa mãe, basta incorporar todo o açúcar impalpável da fórmula para obter o ponto final de abertura com o rolo. A pasta americana resseca com muita facilidade, por isso deve-se mantê-la protegida com um plásti- co ou em recipiente completamente fechado. Principalmente durante a confecção de bolos, é impor- tante cuidar para que a pasta não fique desprotegida ou entre em processo de descanso (perda de calor). Somente com esses cuidados é que teremos bolos forrados sem rachaduras e ressecamentos em pontos isolados da massa. O grande segredo para se trabalhar com a pasta americana é man- tê-la sempre aquecida, ser ágil no que se refere ao processo produtivo de obter o ponto de abertura (aquecimento manual), abrir a pasta e forrar o bolo. A pasta americana deve ser preparada e aplicada imediatamente sobre o bolo. Mas para que isso aconteça com sucesso, o bolo deve estar pronto para recebê-la, ou seja, precisa estar nivelado, alinhado e melado com doce de leite ou com o próprio recheio (que não pode apresentar irregula- ridades, como pedaços de frutas secas ou frescas) em suas laterais. Essa etapa é necessária, pois possibilita que a pasta americana grude nas laterais do bolo, do doce de leite ou do recheio servindo de “cola” para aderir ao bolo. Lembre-se: O seu bolo deve estar perfeito para receber a pasta, pois diferente do que se pensa, a pasta americana não esconde imperfeições, ao contrário, ela evidencia “defeitos” e irregularidades. É importante lembrar que o ambiente de trabalho deve estar preparado e organizado, assim como os utensílios, os equipamentos e as ferramentas devem estar próximos da área de trabalho. O cake designer deve ter planejado o trabalho que irá executar. Se um desses itens não estiver pronto, será inevitável o descanso da massa, e isso significa esfriá-la e iniciar o processo de secagem, resultando em um bolo com rachaduras, marcas de ressecamento e irregularidades. Quanto à conservação, a pasta americana artesanal pode ficar fora da geladeira até 3 dias em tem- peratura ambiente. Para períodos mais longos, manter sob refrigeração por até 20 dias. Quanto à utilização e aplicação, a pasta americana serve somente para cobrir bolos e realizar tra- balhos de modelagem, como personagens infantis ou personagens do cotidiano e modelagem de pequenos objetos. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 17 PASTA AMERICANA Rendimento: 3.210 g Ingredientes Quantidade/Medida Água 250 mℓ Xarope de glucose 200 g Gordura vegetal hidrogenada 200 g Gelatina em pó sem sabor 50 g Essência (sabor a gosto) 10 mℓ Açúcar impalpável (ponto de massa mãe) 400 g Açúcar impalpável (ponto de abertura de massa com rolo) 2.100 g Modo de preparo 1. Hidrate a gelatina com a água em banho-maria ou no micro-ondas. 2. Dissolva a gelatina até que fique transparente. 3. Ainda em banho-maria, incorpore à gelatina dissolvida a glucose e a gordura vegetal hidrogenada até que todos os ingredientes se dissolvam e se misturem por completo, tornando-se bem fluidos. 4. Retire do banho-maria e acrescente manualmente a essência e o açúcar impalpável peneirado até obter o ponto desejado de massa mãe ou de abertura com rolo. Observações: • Podem ser encontradas algumas fórmulas de pasta americana com a utilização de glicerina. Esse ingrediente é um emulsificante utilizado para climas muito secos, para controlar o processo de ressecamento da pasta americana. Não é o caso do clima de São Paulo, que é bastante úmido. A glicerina não deve ser utilizada em climas úmidos, como o das regiões Sudeste e Norte do Brasil, pois sua utilização é mais adequada para as regiões Sul e Nordeste do país. Caso seja necessário, adicione 50 g de glicerina na fórmula acima. • Para obter a massa mãe, misture cerca de 700 g de açúcar impalpável na mistura fluida de glu- cose, gelatina e gordura vegetal. Essa incorporação formará um creme de consistência firme e gelatinosa. Guarde na geladeira em recipientes fechados por até 8 meses e, quando precisar cobrir um bolo, basta aquecer a quantidade necessária e acrescentar açúcar impalpável até obter o ponto de abertura com o rolo. SENAC SÃO PAULO | 19 5. NIVELAMENTO DE BOLOS Passos para a montagem, a prensagem e o nive- lamento de um bolo recheado. 1. Asse a massa do bolo normalmente e, uma vez fria, corte em camadas nas quantidades desejadas. 2. Prepare o recheio. 3. Prepare a calda. 4. Reserve a mesma assadeira ou aro que foi uti- lizado para assar a massa do bolo. 5. Forre a assadeira ou o aro em que o bolo foi assadocom um plástico maior que a forma. 6. Em seguida, monte o bolo dentro da forma, alternando a massa, a calda e o recheio. 7. Repita o processo até que a última camada de massa esteja de 1 cm a 2 cm acima da borda da forma. 8. Feche o plástico cobrindo toda a massa que ficou para fora da assadeira ou do aro. 9. Por cima do bolo montado dentro da assa- deira ou do aro, coloque outra forma, maior que a assadeira, com o bolo; e dentro des- ta assadeira coloque pesos, como sacos de farinha ou açúcar, para pressionar a massa e nivelar totalmente o bolo na assadeira em que foi montado, eliminando assim todos os de- feitos ou irregularidades da massa. 10. Deixe o peso prensando o bolo por 6 horas. Observações: • Em temperatura ambiente ou sob refrigera- ção, armazene o bolo que está em processo de prensagem. Porém, o que irá determinar essa condição será o tipo de recheio que foi aplicado na massa e também a temperatura ambiente média. • Se o recheio não precisar de refrigeração para a sua conservação, ficará fora da geladeira. CAKE DESIGN 20 | SENAC SÃO PAULO Se o recheio precisar de refrigeração ou a temperatura do ambiente for muito quente, mantenha-o dentro da geladeira. • Quando a elaboração de bolos for feita em grande quantidade, o ideal é trabalhar em ambientes climatizados (área de trabalho com ar condicionado). • No dia seguinte, retire o peso que ficou sobre o bolo, abra o plástico e coloque uma base de pa- pelão ou isopor do tipo salva-bolo do tamanho exato do diâmetro ou no formato do bolo. Grude essa placa no bolo com um pouco de doce de leite ou com o recheio do próprio bolo. Proceda assim para que o bolo não ande ou escorregue na placa salva-bolo. • Vire o bolo em uma superfície maior que ele e retire a assadeira ou o aro e o plástico do bolo. • Espalhe doce de leite em toda a lateral e na parte superior do bolo. • O bolo está pronto, montado, prensado, firme e nivelado para receber a pasta americana. Ver o passo a passo da montagem e prensagem para o nivelamento de bolos no final da apos- tila. ARGAMASSA É outra forma de nivelamento de bolo. Misturam-se as migalhas e as sobras da massa do bolo com o doce de leite até formar uma pasta. Essa pasta é usada para cobrir as imperfeições antes de forrar o bolo com a pasta americana. Aparentemente, parece ser mais simples que o processo de prensagem, porém acaba sendo muito mais trabalhoso e demorado. Enquanto você deixa seu bolo em descanso de prensagem pode fazer outras atividades, como adiantar outras encomendas. Já o processo de nivelamento com a argamas- sa, enquanto não terminar, não permite isso. SENAC SÃO PAULO | 21 6. SUSTENTAÇÃO DE ANDARES BOLOS EMPILHADOS SEM COLUNAS Para empilhar bolos, é necessário que o primeiro andar suporte o peso do segundo andar e dos demais andares acima. Para isso, é fundamental a presença de “colunas” internas de sustentação da massa, que podem ser varetas de bambu, ca- nos de madeira, tubos de acrílico, tubos de plás- tico firme ou até mesmo canos de PVC. Essas colunas de sustentação podem atravessar toda a altura do bolo ou somente a altura de cada andar. Se atravessarem toda a altura do bolo, a base de cada andar deve ser de papelão bem firme ou isopor, para que a coluna possa passar entre os andares. A medida da altura da coluna tem de ser exatamente igual à altura do bolo inteiro. Nesse caso, recomenda-se o uso de três colunas internas de sustentação. Se a sustentação for por andares independentes, as bases de cada andar devem ser de materiais mais resistentes, como madeira ou acrílico, pois servirão de apoio para as colunas de sustenta- ção entre um andar e outro. A altura das colunas de sustentação deve ser igual à altura de cada andar independente. É recomendado o uso de quatro colunas internas de tamanhos iguais em cada andar. Utilize a base do bolo superior para marcar o centro como referência de onde colocar as colunas de sustentação de cada andar. É importante que a base do bolo maior, que cor- responde ao primeiro andar, esteja apoiada sobre um tabuleiro com o diâmetro maior que a base do bolo do primeiro andar. Esse diâmetro deve ser maior variando entre 5 cm e 10 cm. CAKE DESIGN 22 | SENAC SÃO PAULO Observação: Antes de iniciar os trabalhos de montagem e sustentação de bolos, é importante que todos os andares já estejam cobertos com a cobertura desejada, no caso, a pasta ameri- cana. Ver o passo a passo da sustentação de andares em bolos empilhados no final da apostila. BOLOS COM COLUNAS E PRATOS DIVISÓRIOS Montagem de um bolo de três andares 1. Cubra os três andares do bolo com a pasta americana. 2. Acomode o primeiro andar (o andar maior) em um tabuleiro de base firme e resistente de sua pre- ferência, como vidro, madeira, acrílico, metal, espelho, etc. 3. Marque o primeiro andar do bolo com a base separadora maior. No local das marcas serão encai- xadas quatro colunas de sustentação internas que terão a altura igual à do primeiro andar do bolo. 4. Encaixe as quatro colunas de sustentação interna no bolo. 5. Aplique a base separadora maior no primeiro andar e encaixe as colunas decorativas. 6. Acomode o tabuleiro do segundo andar (o andar do meio) nas colunas decorativas do primeiro andar. 7. Marque o bolo do segundo andar com a base separadora menor. No local das marcas serão en- caixadas quatro colunas de sustentação interna, que terão a altura igual à do segundo andar do bolo. 8. Encaixe as quatro colunas de sustentação interna no bolo. 9. Aplique a base separadora menor no segundo andar e encaixe as quatro colunas decorativas. 10. Acomode o tabuleiro com o terceiro andar do bolo (o andar menor) nas colunas decorativas do bolo do segundo andar. Ver o passo a passo de aplicação de colunas em bolos de andares no final da apostila. SENAC SÃO PAULO | 23 7. PASTILHAGEM OU PASTA FILIPINA Essa pasta é direcionada para a confecção de peças firmes e resistentes, como a construção de uma simples casinha ou na complexa mon- tagem de um castelo. A composição da pasti- lhagem é feita de água, açúcar e gelatina, que permitem essa resistência. Podemos também usá-la para fabricar bases para bolos, como uma base para minibolo. A pastilhagem é indicada na confecção de peças que precisam ser resistentes e suportar peso sem quebrar, rachar nem entortar. DICAS IMPORTANTES PARA O MANUSEIO DA PASTILHAGEM A velocidade de ressecamento e secagem da massa de pastilhagem é muito grande por não conter em sua fórmula gordura vegetal hidro- genada, que garante a umidade e a maciez do produto, além de ser composta basicamente de gelatina, água e açúcar. Assim, precisamos ter alguns cuidados ao mani- pular essa pasta: • Guarde sempre e imediatamente em saco plástico, para evitar que formem cascas. • Se acontecer a formação de cascas, retire-as com a ajuda de uma faca. Nunca misture com o restante da massa úmida: uma vez seca, não amolece mais. • Para abrir a pasta, polvilhe amido de milho ou açúcar impalpável na bancada e espalhe bem para não deixar excessos que podem com- prometer a textura e o resultado final da peça (em algumas construções, as peças poderão ficar à vista dos dois lados). Lembre-se de que confeccionamos peças decorativas que CAKE DESIGN 24 | SENAC SÃO PAULO devem ter um acabamento perfeito, sem falhas nem defeitos, pois esse é o segredo para a valori- zação dos trabalhos de confeitagem artística. • Usar réguas ou guias para abrir a pasta de pastilhagem pode ser uma boa dica. Peças muito gros- sas podem dificultar a montagem de sua obra e o processo de secagem. • Tenha sempre os moldes feitos de papel-cartão, para ajudar a cortar melhor a peça. Se preferir, trabalhe com cortadores de metal. • Recorte as peçascom um bisturi umedecido e limpo. • Cuidado ao molhar ou deixar cair gotas de água, pois marcarão a pasta. Se acontecer, seque passando açúcar impalpável ou amido de milho. • A secagem das peças deve ser feita em superfícies limpas e secas. • A superfície de secagem pode ser de madeira, fórmica, mármore, granito, inox ou isopor (marca as bolinhas). Evite superfícies de vidro, pois as peças transpiram e correm o risco de grudar. • Para acelerar o processo de secagem das peças, pode-se usar um ar-condicionado, um ventila- dor, o calor de uma lâmpada ou o calor de um forno em temperatura de 30 ºC a 40 ºC. • Virar as peças de vez em quando auxilia no processo de secagem, porém tenha cuidado, pois peças muito grandes ou muito finas podem rachar ou quebrar. Para que isso não ocorra, vire as peças com o auxílio de uma base salva-bolo. Vire de uma só vez e retire a base na qual a peça estava apoiada anteriormente. • Em caso de peças vazadas, como uma janela, comece sempre pela parte vazada e depois pelos contornos. • Para colar as peças de pastilhagem, use a cola de CMC para peças frescas e o glacê real para peças secas. • Se existir algum defeito, as peças podem ser lixadas, mas tenha cuidado; apesar de resistentes, são peças de açúcar. • As sobras podem ser guardadas para serem reutilizadas, porém o fator tempo fará com que se- quem por completo, daí a importância de preparar somente a quantidade necessária para o uso. Se tiver muitas sobras, a dica é cortar peças de uso geral, como bases para minibolo ou plaquetas para escrita que facilitam muito em uma encomenda de última hora. • A massa que foi guardada deverá ser reamassada (aquecida) para ser usada novamente. Nesse caso, é comum que a massa esfarele. Como solução, pode-se adicionar um pouco de água para retornar ao ponto original. Uma forma fácil de reamassar é levar por alguns segundos ao micro-on- das para aquecer e facilitar o processo de incorporação da massa. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 25 PASTILHAGEM Calda Ingredientes Quantidade/Medida Açúcar refinado 500 g Água 250 mℓ Massa Rendimento: 3.260 g Ingredientes Quantidade/Medida Gelatina em pó sem sabor 40 g Água para hidratar a gelatina 200 mℓ Essência de menta 20 mℓ Açúcar impalpável (massa mãe) 1 kg Açúcar impalpável (ponto de abertura com o rolo) 1.250 g Modo de preparo 1. Faça uma calda em ponto de fio fraco (100 ºC a 105 ºC), com açúcar e água. Reserve. 2. À parte, hidrate a gelatina em 40 mℓ de água e dissolva em banho-maria até ficar transparente e incorpore a calda morna ou fria. Observação: • A gelatina também pode ser dissolvida no micro-ondas por 20 segundos em potência baixa. • Junte a essência de menta à mistura líquida e, aos poucos e manualmente, incorpore o açúcar impalpável peneirado. • Com a pasta americana podemos trabalhar com o conceito de ponto de massa mãe ( validade de 8 meses sob refrigeração) ou como ponto de abertura com o rolo. SENAC SÃO PAULO | 27 8. MASSA ELÁSTICA APLICAÇÕES E CUIDADOS A massa elástica é utilizada para imitar movimen- tos reais, como o de tecidos de uma cortina ou o vestido de uma noiva, laços de bolos, caixa de presente e belíssimas flores, como a clássica rosa vermelha. Como a pasta americana, o glacê real e a pas- tilhagem, a massa elástica precisa de alguns cuidados, pois a sua velocidade de secagem é muito grande também. Apesar de conter em sua formulação a gordura vegetal hidrogenada, que garante a umidade e a maciez do produto, a pre- sença do CMC facilita o processo de secagem e principalmente proporciona a elasticidade da massa para que não rasgue quando boleada ou quando aberta muito fina para dar o efeito e o movimento quase real de um tecido ou da pétala de uma flor. Alguns cuidados importantes: • Guarde sempre e imediatamente em saco plástico, para evitar que formem cascas. • Se acontecer a formação de cascas, retire-as com a ajuda de uma faca. Nunca misture com o restante da massa. Uma vez seca, não amo- lece mais. • Use sempre cortadores de metal, como moldes, para ajudar a cortar as peças sem rebarbas. • Cuidado ao molhar ou deixar cair gotas de água, pois marcarão a pasta. Se acontecer, seque passando açúcar impalpável ou amido. • A secagem das peças deve ser feita em su- perfícies limpas e perfeitamente secas. CAKE DESIGN 28 | SENAC SÃO PAULO • Para acelerar o processo de secagem das peças, pode-se utilizar o ar-condicionado, o ventilador, o calor de uma lâmpada ou do forno em temperatura de 30 ºC a 40 ºC. Com a pastilhagem e a pasta americana pode-se usar o ponto de massa mãe. Para a massa elástica a durabilidade também é de até 8 meses, se armazenada em geladeira. Essa forma de armazenamen- to e conservação das pastas, em geral, favorece e aumenta o processo produtivo porque armazena- mos as massas semiprontas em geladeira, evitando assim o desperdício, usando somente o que será necessário para a confecção do produto desejado. Uma vez seca, a durabilidade das peças de massa elástica pode chegar a 12 meses, se guardadas em local adequado, longe da umidade e da claridade. Peças prontas, como uma flor, facilitam a rotina de trabalho de um cake designer e muitas vezes surpreendem o cliente. Outra facilidade que tanto a pastilhagem como a massa elástica nos permitem é poder fabricar peças com antecedência e arma- zená-las a médio ou a longo prazo. MASSA ELÁSTICA Calda Ingredientes Quantidade/Medida Açúcar refinado 130 g Água 80 mℓ Massa Rendimento: 1.492 g Ingredientes Quantidade/Medida Gordura vegetal hidrogenada 150 g Xarope de glucose 60 g Gelatina em pó sem sabor 12 g Água para hidratar 50 g CMC 20 g Clara de ovo líquida pasteurizada 30 g Essência 10 mℓ Açúcar impalpável (ponto de massa mãe) 200 g Açúcar impalpável (ponto de massa mãe) (ponto de abertura com rolo – verificar) 750 g Modo de preparo 1. Faça uma calda em ponto de fio fraco (100 ºC a 105 ºC) com o açúcar e 80 mℓ de água. 2. À parte, hidrate a gelatina em 50 mℓ de água e dissolva em banho-maria até que fique fluida e transparente. 3. Ainda morna, acrescente na calda a glucose, a gordura e a gelatina dissolvida. 4. Peneire o CMC com o açúcar impalpável. 5. Incorpore parte da mistura de açúcar impalpável e CMC à mistura líquida até o ponto de massa mãe, e a clara sem bater. Leve à geladeira para descansar por 24 horas. 6. Após o descanso, incorpore o restante da mistura seca até formar o ponto de abertura com o rolo, para a confecção de flores ou tecidos. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 29 MASSA CREMOSA Rendimento: 1 bolo de 20 cm x 5 cm retangular Ingredientes Quantidade/Medida Gordura 100g Açúcar 160 g Ovos 110 g Líquido 125 g Farinha 155 g Fermento em pó 7 g Modo de preparo 1. Unte a assadeira com manteiga e farinha. 2. Bata as gemas com a gordura e o açúcar até ficarem emulsionados. 3. Acrescente manualmente o líquido e os secos e por último a clara em neve e o fermento em pó. 4. Coloque em uma assadeira untada com manteiga e farinha. Asse em forno médio. Opções de aromáticos: Ingredientes Substituto Adicional Líquido (sucos, leite,chás, etc.) x Frutas secas 20 g Outras farinhas 20 g Especiarias x x Cacau em pó 10-20 g Nomenclatura: • Simples: o líquido usado é o leite. • Mármore: pegar ⅓ da massa e colocar 5 g de cacau em pó. • Chocolate: substituir a farinha pelo indicado de cacau. • Laranja: colocar suco de laranja como líquido e adicionar 1 g de raspas de limão. • Gotas de chocolate: adicionar 80 g de gotas de chocolate na massa antes de assar CAKE DESIGN 30 | SENAC SÃO PAULO RECHEIO DE DOCE DE LEITE Rendimento: 1.000 g Ingredientes Quantidade/Medida Leite condensado 1.000 gModo de preparo 1. Retire o rótulo da(s) lata(s) de leite condensado. 2. Em uma panela de pressão grande, cozinhe-a(s) por 30 minutos. Observação: As latas de leite condensado devem estar totalmente imersas na água. CALDA Rendimento: 280 g Ingredientes Quantidade/Medida Leite 150 mℓ Leite condensado 100 g Licor Amaretto 30 mℓ Modo de preparo 1. Bata no liquidificador todos os ingredientes. SENAC SÃO PAULO | 31 9. ANEXOS CAKE DESIGN 32 | SENAC SÃO PAULO 42 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo TRANSFERÊNCIA DE IMAGEM - MOLDE DA FLOR Fonte: TREVISAN, Marli T. Vamos Pintar o Sete. Editora Arco-íris Ltda. Curitiba - PR, 2004. TRANSFERÊNCIA DE IMAGEM – MOLDE DA FLOR FONTE: MARLI T. TREVISAN, 2004. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 33 A MISTURA DAS CORES Amarelo + vermelho Laranja, laranja-claro, vermelho alaranjado Amarelo + vermelho + branco Laranja fosco Amarelo + azul Amarelo esverdeado, verde-claro, verde-escuro Amarelo + azul + preto Verde turco Amarelo + azul + preto + branco Verde-escuro fosco Amarelo + branco Cromo, canário Amarelo + branco + preto Creme-escuro, bege Amarelo + preto Amarelo acinzentado, verde-escuro, turco, verde azeitonado Vermelho + amarelo Vermelho alaranjado, laranja Vermelho + amarelo + branco Rosa amarelado Vermelho + azul Roxo claro, roxo-escuro Vermelho + azul + preto Roxo fosco Vermelho + azul + amarelo Violeta Vermelho + branco Rosa-claro, rosa-escuro Vermelho + branco + preto Rosa turvo Vermelho + preto Vermelho turvo, marrom-claro, marrom-escuro Vermelho + preto + branco Marrom fosco Vermelho + preto + amarelo Marrom avermelhado Azul + amarelo Todos os tons verdes Azul + vermelho Todos os tons roxos e violeta Azul + preto Azul-marinho, azul-escuro turvo Azul + branco Azul-claro, azul-celeste CAKE DESIGN 34 | SENAC SÃO PAULO MONTAGEM DO CARTUCHO DE PAPEL-MANTEIGA 46 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo MONTAGEM DO CARTUCHO DE PAPEL-MANTEIGA CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 35 CONFEITAGEM BÁSICA 47 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo CONFEITAGEM BÁSICA CAKE DESIGN 36 | SENAC SÃO PAULO CONFEITAGEM INTERMEDIÁRIA 48 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo CONFEITAGEM INTERMEDIÁRIA CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 37 CONFEITAGEM AVANÇADA 49 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo CONFEITAGEM AVANÇADA CAKE DESIGN 38 | SENAC SÃO PAULO SEQUÊNCIA DE CORDÕES 50 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo SEQUÊNCIA DE CORDÕES CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 39 FLORES DE GLACÊ REAL Margarida 51 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo FLORES DE GLACÊ REAL Margarida CAKE DESIGN 40 | SENAC SÃO PAULO FLORES DE GLACÊ REAL Crisântemo 52 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Crisântemo Transferência de imagem / técnica de aplicação glacê fluido CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 41 TRANSFERÊNCIA DE IMAGEM – TÉCNICA DE APLICAÇÃO GLACÊ FLUIDO APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA DE IMAGEM 52 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Crisântemo Transferência de imagem / técnica de aplicação glacê fluido 53 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Aplicação da técnica de transferência de imagem Montagem, nivelamento e prensagem CAKE DESIGN 42 | SENAC SÃO PAULO MONTAGEM, NIVELAMENTO E PRENSAGEM 53 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Aplicação da técnica de transferência de imagem Montagem, nivelamento e prensagem CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 43 APLICAÇÃO DE PASTA AMERICANA 54 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Aplicação de pasta americana CAKE DESIGN 44 | SENAC SÃO PAULO 55 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Formas básicas de modelagem CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 45 FORMAS BÁSICAS DE MODELAGEM 55 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Formas básicas de modelagem CAKE DESIGN 46 | SENAC SÃO PAULO MODELAGEM URSO 56 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Modelagem urso CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 47 57 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo CAKE DESIGN 48 | SENAC SÃO PAULO MODELAGEM PORQUINHO 58 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Modelagem porquinho CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 49 BOLO DECORADO COM MODELAGEM 59 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Bolo decorado com modelagem Modelagem coelho CAKE DESIGN 50 | SENAC SÃO PAULO MODELAGEM COELHO 59 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Bolo decorado com modelagem Modelagem coelho CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 51 60 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo CAKE DESIGN 52 | SENAC SÃO PAULO FLORES DE MASSA ELÁSTICA Rosa 61 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo FLORES DE MASSA ELÁSTICA Rosa CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 53 FLORES DE MASSA ELÁSTICA Folha de rosa 62 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Folha de rosa CAKE DESIGN 54 | SENAC SÃO PAULO FLORES DE MASSA ELÁSTICA Folha de copo de leite 63 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Folha de copo de leite CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 55 FLORES DE MASSA ELÁSTICA Copo-de-leite 64 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Copo de leite CAKE DESIGN 56 | SENAC SÃO PAULO BOLO EMPILHADO E ESTRUTURAS INTERNAS DE SUSTENTAÇÃO 65 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Bolo empilhado e estruturas internas de sustentação CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 57 66 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo CAKE DESIGN 58 | SENAC SÃO PAULO APLICAÇÃO DE COLUNAS DECORATIVAS EM BOLOS DE ANDARES 67 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Aplicação de colunas decorativas em bolos de andares CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 59 MONTAGEM DO VASINHO DE FLOR 68 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Montagem do vasinho de flor CAKE DESIGN 60 | SENAC SÃO PAULO 69 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 61 BOLO DE LAÇOS E DRAPEADOS 70 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo Bolo de laços e drapeados CAKE DESIGN 62 | SENAC SÃO PAULO 71 Decoração Artística de Bolos - Técnica de Pasta Americana Senac São Paulo SENAC SÃO PAULO | 63 10. AEROGRAFIA EM CONFEITARIAARTÍSTICA – curso básico CAKE DESIGN 64 | SENAC SÃO PAULO PEQUENA DESCRIÇÃO DA TÉCNICA E SUAS APLICAÇÕES Como o uso do aerógrafo permite um acabamento perfeito, há a tendência de considerá-lo uma no- vidade ou uma técnica recente. Mas não é. A aerografia é uma técnica de pintura que, embora pareça novidade, tem mais de cem anos. É natural que a consideremos moderna, já que é muito superior a outras formas de pintura que co- nhecemos: o pincel, o banho, o rolo, etc. O funcionamento é basicamente simples: a tinta liquida é pulverizada pelo ar comprimido, formando um spray de pequenas partículas. Como surgiu? Que equipamentos são necessários para essa técnica na confeitaria? Como usar e limpar corretamente? É isso que veremos inicialmente aqui. PEQUENO HISTÓRICO DA AEROGRAFIA A primeira patente registrada de um aerógrafo foi em 1876, nos Estados Unidos, mas nunca foi co- mercializada. O aerógrafo na forma como o conhecemos foi inventado e patenteado por Charles L. Burdick, de Madison (Wisconsin), em 1889. Foi desenvolvido para retocar fotografias e depois usado sobre tudo que se pode imaginar: papel, tecidos, plásticos, metais, capacetes de motos, cosmética, pintura corporal, artes plásticas, publicidade, artesanato e… confeitaria. O interessante é que, como a fotografia, a aerografia também tem um longo caminho pela frente, já que não existe nada que ofereça um acabamento mais perfeito que o spray para aplicar um líquido sobre qualquer produto tridimensional, mesmo com imperfeições. O QUE É NECESSÁRIO PARA AEROGRAFAR? O básico é um compressor para produzir o ar comprimido e o da caneta, que é o aerógrafo – este aplicará a tinta, que, no caso da confeitaria, serão os corantes e revestimentos especiais líquidos comestíveis – e uma cânula levando ar do compressor até o aerógrafo. Como, ao comprimir, a umidade do ar é condensada – que então forma pequenas gotinhas –, é bom ter algum tipo de filtro de ar que retenha essa umidade. Dependendo do tamanho do compressor, é importante um dispositivo que controle a pressão do ar utilizada, um regulador. USO DO AERÓGRAFO NA PASTA AMERICANA E NO GLACÊ São esses materiais que permitem maior liberdade criativa no uso do aerógrafo, pois possibilitam o uso de estênceis, máscaras tridimensionais, aros metálicos, plásticos, artesanais de papel e outros. São materiais maleáveis, facilmente moldáveis, que vão ter no aerógrafo um aliado perfeito para acentuar sombras, brilhos e receber detalhes que seriam muito mais complicados e grosseiros se pintados com pincéis ou modelados em massas coloridas. Embora menos conhecido e de uso menos difundido que o bico de confeitar e os pincéis, o aeró- grafo na confeitaria e sobre pasta americana já tem sido usado há muitos anos na Europa e Estados Unidos. Falando apenas de confeiteiros modernos e famosos, Collete Peters já o usa há mais de trinta anos. Ele permitiu o perolado e colorido necessários para reproduzir o acabamento de vários materiais na pasta americana: tecidos de bolsas de grife com estampas, papéis coloridos e brilhantes de caixas de presentes, couros, drapeados de tecidos brilhantes, peças em metais como ouro e a prata e muitos outros materiais. Por isso, tem sido cada vez mais utilizado e mais difundido, passando de instrumento sofisticado de poucos a peça cada vez mais indispensável no arsenal da confeitaria artística. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 65 QUE TIPOS DE EQUIPAMENTOS EXISTEM E QUAIS OS MAIS ADEQUADOS NA CONFEITARIA? Compressores Nos compressores pequenos, existem basicamente duas formas de comprimir o ar: • com um diafragma; • com um pistão. E na montagem, eles podem ser: • de ar direto (sem reservatório); ou • com tanque para armazenar o ar comprimido (reservatório). E aí, juntando os dois tipos: Diafragma • Só existem compressores de ar direto. • Esquentam bastante. • Deixam cheiro no ar comprimido (do diafragma de borracha ao aquecer). CAKE DESIGN 66 | SENAC SÃO PAULO Pistão • Existem compressores de ar direto e com reservatório. • Produzem um ar em geral mais limpo e sem cheiros. AERÓGRAFOS COM GATILHO DE DUPLA AÇÃO Gatilho para frente Gatilho para trás = Menos tinta e traço mais estreito = Mais tinta e traço mais largo Gatilho para cima = Menos ar Spray de pontos maiores (respingado) Para frente = menos tinta Gatilho para baixo = Mais ar Spray de pontos pequenos Para trás = mais tinta AERÓGRAFOS COM GATILHO DE AÇÃO SIMPLES São utilizados nas aplicações mais variadas, incluindo o uso medicinal de ar comprimido. Por isso, são mais adequados ao uso culinário. QUE EXERCÍCIOS DEVEMOS FAZER PARA PINTAR MELHOR E MAIS RAPIDAMENTE COM O AERÓGRAFO? Exercícios básicos – Série completa CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 67 1. Na primeira folha, aplique o corante comestível em movimentos circulares, como no exemplo à esquerda. Procure manter a mesma distancia entre a ponta do aerógrafo e o papel. Veja nas fotos abaixo a posição correta da mão, pulso e braço. Use movimentos suaves e lentos. 2. Agora varie a distância da ponta da caneta até o papel. Comece bem de perto, a aproxima- damente 1 centímetro do papel. Sempre em movimentos circulares, movimente o aerógrafo, afastando-se do papel até uns 10 centímetros. CAKE DESIGN 68 | SENAC SÃO PAULO Preste atenção ao traço que vai aparecendo no papel. Agora, aproxime e afaste do papel a ponta do aerógrafo. Veja a transparência, repare como a cor fica mais transparente quanto mais a ponta do aerógrafo se aproxima do papel. 3. Agora faça pontos mantendo o aerógrafo apontado para um mesmo lugar, entre três e quatro dedos de distância da folha, conforme mostrado abaixo. Faça pontos pequenos, médios e grandes, puxando o menos possível o gatilho para trás, depois puxando um pouco mais (1 a 3 mm apenas), depois mais (cerca de 3 a 6 mm). Com isso, tem-se uma primeira noção de pontaria… Nas fotos estão as indicações das posições a serem mantidas: do aerógrafo, dos pulsos, das mãos, etc. Procure segui-las com atenção – tudo o que faremos a seguir vai se beneficiar dessa habilidade desenvolvida aqui. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 69 4. Agora que você já entende o funcionamento básico, experimente fazer traços horizontais na folha, com distância de três a quatro dedos, velocidade lenta, gatilho puxado apenas uns 2 milímetros para trás (pouca tinta). Se fizer algumas marcas nas pontas (como manchas), use as técnicas vistas em aula para resolver. Trace apenas em uma direção. Experimente da esquerda para a direita, se for destro; e o contrário, se for canhoto. 5. Mais uma folha de traços, corrigindo os problemas percebidos no exercício anterior. Siga as ins- truções abaixo para ter ótimos resultados sem manchas: CAKE DESIGN 70 | SENAC SÃO PAULO DICA IMPORTANTE: Para não cobrir com a mão o traço que está sendo feito, trace da esquerda para a direita con- forme indicado nas fotos se você usa a mão direita. Se você usa a mão esquerda, faça o contrário: da direita para a esquerda. CORRETO CORRETO ERRADO ERRADO 6. Agora ligue os pontos com traços médios. Aqui é desenvolvida a pontaria, que será usada em todos os trabalhos com o aerógrafo. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 71 7. Trace corações como abaixo. Divirta-se enquanto exercita a pontaria, a firmeza do traço, manten- do constantes a distância, a velocidade e a quantidade de tinta. É um ótimo exercício, unindo tudo o que fizemos até agora de forma leve. Diagrama de como traçar o coração CAKE DESIGN 72 | SENAC SÃO PAULO 8. Agora os mesmos desafios, só que em uma escala menor: mais detalhe, mais controle e ajustes finos. Se já estiver à vontade, faça um pouco mais rápido. Não se esqueça de manter a caneta na vertical,apontando bem para baixo. 9. Vamos colocar misturas de cor nos exercícios. Comece pela cor clara e siga pelas outras, sem lavar o aerógrafo. Siga as instruções de uso e limpeza que verá adiante e na aula. Agora aproxime e afaste do papel a ponta do aerógrafo. Veja a transparência, repare como a cor fica mais transparente quanto mais a ponta do aerógrafo se aproxima do papel. Sobreponha um pouco (aproximadamente 1/5) de cada cor sobre a seguinte, deixando uma parte de cada cor sem mistura. 9.1 AMARELO 9.2 AMARELO + ROSA 9.3 AMARELO + ROSA + AZULAMARELO AMARELO + ROSA AMARELO + ROSA + AZUL CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 73 Essa é a função mais importante dos exercícios em papel: fazer surgir na sua frente, naturalmente, os vários efeitos possíveis de se obter, permitindo que se escolham os que farão parte do seu estilo próprio! Pinte sempre em papel e você terá um painel surpreendente de formas, efeitos e cores para escolher e renovar constantemente os trabalhos. 10. Vamos inserir misturas de cor e o uso de estêncil nos exercícios. Comece sempre pela cor mais clara e siga pelas outras, sem lavar o aerógrafo. Não deixe que a tinta acumule nas bordas dos espaços vazados. É possível fazer isso aplicando-se pouca tinta em cada passada (mais ar que tinta) e numa velocidade em que a tinta não acumule sobre o plástico do estêncil. Não deixe que a folha do estêncil se movimente entre a aplicação das várias cores. Levante o estêncil no final e avalie o efeito obtido! Veja o que cada movimento produziu no resultado final das misturas, etc. Guarde os efeitos, nuanças de cor, etc. que mais gostou para usar em seus trabalhos na confeitaria. 9.4 FINAL = AMARELO + ROSA + AZUL + MARROM 10.1 AMARELO FINAL = AMARELO + ROSA + AZUL + MARROM AMARELO CAKE DESIGN 74 | SENAC SÃO PAULO 10.2 AMARELO + ROSA 10.3 AMARELO + ROSA + AZUL Mais alguns exercícios, com um grau de dificuldade um pouco maior: 11. Aqui, com a mesma distância do papel, mais e menos tinta, movimentando o gatilho. AMARELO + ROSA AMARELO + ROSA + AZUL CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 75 12. Faça a mesma coisa, partindo de um ponto e, depois, indo para um mesmo ponto. 13. Faça movimentos diferentes dentro de uma máscara recortada em papel. CAKE DESIGN 76 | SENAC SÃO PAULO Exemplos de temas aerografados com efeitos de volume, fusão de cores, dégradés e outros, junto da imagem da folha do estêncil utilizado na pintura. 14. EFEITO DE LUZ E SOMBRA CRIANDO VOLUMES 16. USANDO PONTOS 17. USANDO LINHAS 15. EFEITO DE VOLUME COM SOMBRA FOTO DAS DUAS FOLHAS DE ESTÊNCIL UTILIZADAS PARA PINTAR CORAÇÕES 18. TEMA MAIS ELABORADO USANDO AS TÉCNICAS ANTERIORES E DOIS ESTÊNCEIS 14. EFEITO DE LUZ E SOMBRA CRIANDO VOLUMES 16. USANDO PONTOS 17. USANDO LINHAS 15. EFEITO DE VOLUME COM SOMBRA FOTO DAS DUAS FOLHAS DE ESTÊNCIL UTILIZADAS PARA PINTAR CORAÇÕES 18. TEMA MAIS ELABORADO USANDO AS TÉCNICAS ANTERIORES E DOIS ESTÊNCEIS EFEITO DE LUZ E SOMBRA CRIANDO VOLUMES USANDO PONTOS FOTO DAS DUAS FOLHAS DE ESTÊNCIL UTILIZADAS PARA PINTAR CORAÇÕES TEMA MAIS ELABORADO USANDO AS TÉCNICAS ANTERIORES E DOIS ESTÊNCEIS EFEITO DE VOLUME COM SOMBRA USANDO LINHAS CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 77 14. Duas folhas de estêncil que se encaixam. + = 15. Folha de estêncil estilizada. FOLHAS DE ESTÊNCIL COM AS DUAS PARTES 16. Exemplo de misturas de cores, utilizando um estêncil de papel recortado. FOLHAS DE ESTÊNCIL COM AS DUAS PARTES CAKE DESIGN 78 | SENAC SÃO PAULO LIMPEZA DO AERÓGRAFO Como fazer? • Use apenas água potável para lavar a caneta: pingue no reservatório metálico sobre a caneta. • Nunca mergulhe a caneta dentro da água, nem a coloque embaixo da torneira. Esses procedimen- tos deixam resíduos de água por dentro da caneta, que podem arruinar algum trabalho posterior ao lançar respingos de água colorida sobre o produto que se está aerografando. • Se achar necessário, pode usar água morna com detergente de cozinha. • Evite desmontar a caneta para limpar. Um bom aerógrafo para confeitaria deve permitir boa limpe- za sem a necessidade de desmontagem. Use a retrolavagem. • Use álcool de cereais para esterilizar o caminho da tinta, antes de iniciar e após terminar o traba- lho. Poucas gotas são suficientes. Materiais necessários: • papel-toalha; • frasco para descartar líquidos; • pote para descartar spray; • frasco com conta-gotas para água filtrada e potável; • frasco com conta-gotas para álcool de cereais. A foto ao lado mostra um kit de limpeza para aerógrafos em confeitaria. A vantagem desse sistema é não precisar de torneira nem ralo durante todo o dia. Passo 1 Retire o resíduo de corante no reservatório com um papel-toalha. Pingue água no reservatório. Puxe o gatilho, fazendo com que a água saia na forma de spray pelo bico do aerógrafo, limpando assim todo o caminho da tinta. Puxe o gatilho da forma até o final por três vezes. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 79 Passo 2 Descarte o restante de água no reservatório, despejando-a num frasco, como indicado abaixo. Passo 3 Pingue água limpa novamente no reservatório. Puxe o gatilho soltando um spray de água limpa. Faça isso três vezes rapidamente. Confira se a água sai limpa, aerografando no papel-toalha. Passo 4 Se não houver água no reservatório, pingue um pouco mais. Aproxime a ponta do dedo do bico do aerógrafo, quase encostando. Puxe o gatilho (apenas um pouco e lentamente), fazendo com que saiam bolhas no reservatório, puxando mais o gatilho… Cuidado para não espirrar no teto! Feito isso, descarte a água do reservatório, despejando-a num frasco (como no passo 2). IMPORTANTE! CAKE DESIGN 80 | SENAC SÃO PAULO Passo 5 Pingue água novamente no reservatório. Puxe o gatilho, soltando um spray de água limpa. Faça isso três vezes rapidamente. Confira se a água sai limpa, aerografando no papel-toalha. Se estiver limpa, está pronto. (Esses cinco passos devem levar, no máximo, 2 minutos.) Passo 6 Pingue álcool de cereais no reservatório. Puxe o gatilho, soltando um spray de álcool e fazendo com que o caminho da tinta seja esterilizado. Seu aerógrafo está limpinho e pronto para ser guardado. CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 81 QUAIS AS TÉCNICAS BÁSICAS PARA OBTERMOS BONS RESULTADOS? As técnicas utilizadas na aerografia são as mesmas na pintura com pistolas e grandes compressores, só que em uma escala reduzida e com técnicas mais refinadas, pensando em detalhes e desenhos feitos à mão livre. As formas de pinturas similares mais conhecidas são industriais: pintura de carros com pistolas, de geladeiras, etc. A aerografia em confeitaria usa essas técnicas para pintar de forma uniforme, corre- tamente, mas sem efeitos especiais. E aproveita as técnicas de artes plásticas, de pintura artística, de retoque fotográfico, entre outras, para pintar dégradés, efeitos especiais, flores, desenhos, etc. Dicas específicas para pintura na pasta americana Mantenha uma distância segura, de forma a não molhar a pasta, deslocando o jato em uma veloci- dade suficiente para não saturar demais a pasta com o corante líquido. Se estiver molhando, acelere um pouco o movimento, ou diminua a quantidade de tinta puxando menos o gatilho. As duas ações dão o mesmo resultado na prática, mas é melhor sempre diminuir a quantidade de tinta. As variáveis que influirão nos resultados finais são basicamente três: 1. velocidade do movimento do aerógrafo; 2. distância do aerógrafo ao material; 3. quantidade de tinta saindo do aerógrafo (puxar mais ou menos o gatilho). A combinação desses três controles permite, com a ajuda de um bom equipamento, simular tudo o que se vê. Com apenas esses três controles, é possívelfazer tudo o que desejar. Daí a importância de exercitar e experimentar. O melhor investimento em aerografia é o tempo dedicado à prática. Sempre que puder, experimente!!! Dicas específicas para pinturas de flores e folhas Na pintura das pétalas, deve-se apontar o jato do corante para a borda, mais para fora que para den- tro. Construa a cor lentamente, aos poucos, em no mínimo três passadas. Misture o perolado líquido comestível à cor que desejar, para, assim, ter uma cor metálica em uma passada só. É possível também aerografar o perolado puro sobre várias cores, adicionando aquele brilho interessante no final do trabalho. Na pintura das folhas, use uma massa levemente colorida de verde em vez de branca (para não perder tempo escondendo todo o branco). Aplique primeiro um tom de verde-claro por toda a folha, depois acrescente uma gotinha de corante marrom, obtendo um verde-escuro para as áreas de som- breado, e aplique na base, no centro da linha do comprimento e um pouquinho nas bordas, junto à base. Separe tons de verde, um azul-claro, amarelo, laranja, vermelho, marrom e preto. Faça aquele exercício das linhas coloridas (folha 8) com essas cores e veja as misturas que vão acontecendo. O aerógrafo é perfeito para isso, porque é rápido e eficiente: com algumas gotas, você verá uma multidão de misturas possíveis: folhas de outono, folhas recém-nascidas, folhas velhas, folhas secas e assim por diante… Na pintura de pétalas, a mesma coisa: separe as cores que deseja e algumas a mais. Comece pela folha 8, depois aplique apenas as que mais gostou em um estêncil com um va- zado no formato aproximado e no tamanho da pétala que você vai pintar. Corte com um estilete em papel ou em uma folha de plástico, se quiser usar várias vezes. CAKE DESIGN 82 | SENAC SÃO PAULO CONSIDERAÇÕES FINAIS Destacamos os exercícios em papel como a principal forma de se obter resultados cada vez melhores na pintura utilizando o aerógrafo. Não é preciso estudar, “esquentar a cabeça”; basta reservar cinco minutos por dia para fazer uns ra- biscos em umas folhas de papel… se conseguir 10 minutos, e fizer pontos, traços, etc. de forma um pouco mais organizada, como indicado, será perfeito. Você vai pintar cada vez melhor, com mais se- gurança, desembaraço, rapidez, e a técnica naturalmente indicará o seu melhor uso, seus segredos, as melhores soluções e os resultados. Se, além disso, você pesquisar, buscar exemplos e referências de produtos ou peças aerografadas, terá boas surpresas e ótimas inspirações na infinidade de traba- lhos caprichados que descobrirá. SENAC SÃO PAULO | 83 11. TABELAS DE CONVERSÃO CAKE DESIGN 84 | SENAC SÃO PAULO Chocolate ou cacau em pó 90 g 1 xícara de chá 45 g ½ xícara de chá 30 g ⅓ de xícara de chá 20 g ¼ de xícara de chá 6 g 1 colher de sopa Farinha de trigo 120 g 1 xícara de chá 60 g ½ xícara de chá 40 g ⅓ de xícara de chá 30 g ¼ de xícara de chá 7,5 g 1 colher de sopa Açúcar 180 g 1 xícara de chá 90 g ½ xícara de chá 60 g ⅓ de xícara de chá 45 g ¼ de xícara de chá 12 g 1 colher de sopa Manteiga ou margarina 200 g 1 xícara de chá 100 g ½ xícara de chá 65 g ⅓ de xícara de chá 50 g ¼ de xícara de chá 20 g 1 colher de sopa CAKE DESIGN SENAC SÃO PAULO | 85 Líquidos (leite, água, óleo, café, etc.) 240 mℓ 1 xícara de chá 120 mℓ ½ xícara de chá 80 mℓ ⅓ de xícara de chá 60 mℓ ¼ de xícara de chá 15 mℓ 1 colher de sopa 5 mℓ 1 colher de chá Amido de milho 100 g 1 xícara de chá 50 g ½ xícara de chá 30 g ⅓ de xícara de chá 25 g ¼ de xícara de chá 10 g 1 colher de sopa Leite em pó 100 g 1 xícara de chá 50 g ½ xícara de chá 35 g ⅓ de xícara de chá 25 g ¼ de xícara de chá 15 g 1 colher de sopa Temperatura do forno em graus Celsius (ºC) Acima de 220 Bem quente 200 – 220 Quente 170 – 190 Moderado 160 Baixo 140 – 150 Bem baixo 110 – 120 Frio CAKE DESIGN 86 | SENAC SÃO PAULO Tabela de conversão de fermentos Fermento fresco Unidade 15 g 1 tablete pequeno 30 g 2 tabletes pequenos 60 g 4 tabletes pequenos Fermento instantâneo Unidade 5 g ½ colher de sopa ou ½ sachê 10 g 1 colher de sopa ou 1 sachê 20 g 2 colheres de sopa ou 2 sachês Fermento seco Unidade 5 g ½ colher de sopa 10 g 1 colher de sopa 20 g 2 colheres de sopa Ovos – peso aproximado Tamanho Peso Gema Clara Extra 60 g 25 g 35 g Grande 50 g 20 g 30 g Médio 40 g 15 g 25 g Pequeno 30 g 10 g 20 g Abreviaturas-padrão mℓ mililitro ℓ litro g grama kg quilograma un unidade cls colher de sopa clc colher de chá SENAC SÃO PAULO | 87 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APRENDENDO A CONFEITAR com bicos Wilton: confeitando passo a passo. Em: Revista Celebrate, São Paulo, 2004. BARONE, L. R. Decorando tortas: como si fuera maestro repostero. Montevidéu: Arquetipo Grupo Editorial, 2003. BÁSICO DE DECORAÇÃO DE BOLOS. São Paulo: Senac São Paulo, 2005. Apostila. DECORAÇÃO DE BOLOS. São Paulo: Senac São Paulo, 2007. Apostila. FRIBERG, B. The profissional pastry chef: fundamentals of baking and pastry. 4. ed. Nova York: John Wiley, 2002. PETERS, C. Colette’s cakes: the art of cake decorating. Nova York: Little Brown & Co., 1991. SANCHEZ, M. Decoração artística de bolos: profissionais. São Paulo: 2003. __________. Decoração artística de bolos: avançado. São Paulo: 2002. __________. Decoração artística de bolos: iniciantes. São Paulo: 2001. __________. Decoração artística de bolos: minibolos. São Paulo: 2001. SEBESS, M. Técnicas de confeitaria profissional. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2007. TREVISAN, Marli T. Vamos pintar o sete. Curitiba: Arco-Íris, 2004. VISSOTO, F. Z.; LUCCAS, V. Tecnologia de fabricação de balas. 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