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Capitulo 5, Biologia Molecular da Célula Dra. Eldamária de Vargas Wolfgramm dos Santos > Proposto por Watson & Crick molde molde •REPLICAÇÃO •SEMI-CONSERVATIVA •Novos nucleotídeos são incluídos por complementaridade de bases •A polimerização é feita pela DNA- polimerase – descoberta em 1957. Replicação do DNA Mas como isso acontece? Presença da forquilha de replicação Um complexo multienzimático que contém a DNA-pol sintetiza o DNA das duas fitas novas. A dupla fita tem orientação antiparalela E todas as DNA pol sintetizam no sentido 5’-3’ Como acontece o crescimento 3’-5’ da fita de DNA? •Presença de pequenos trechos = Fragmento de Okasaki •Fita filha sintetizada continuamente = fita líder ou contínua •Fita sintetizada de modo descontínuo = Fita retarda ou descontínua A replicação do DNA é um processo de alta fidelidade Erro: 1 erro a cada 109 nucleotídeos copiados Alta precisão: Pareamento complementar Mecanismos de correção A DNA-pol realiza a primeira etapa de correção: após a união por ligações de hidrogênio do nucleotídeo, mas antes de ser ligado covalentemente à cadeia crescente, a enzima sofre uma alteração conformacional A DNA-pol tem uma capacidade de correção exonucleotídica 3’-5’: ocorre imediatamente após os raros casos de um nucleotídeo incorreto Fig. 5.8 A DNA-pol depende de uma extremidade iniciadora Não iniciam a síntese de novo Síntese de iniciadores (primers) = 10 nucleotídeos Sequência de RNA Realizada pela DNA- primase Uma RNAse H remove o iniciador e DNA-pol preenche o espaço. Mas para que a replicação ocorra é necessário a abertura da dupla-hélice do DNA DNA-helicases e proteínas ligadoras de DNA fita simples (SSB) DNA-helicases São impulsionadas pela hidrólise de ATP Podem desenrolar a dupla- hélice na direção 5’-3’ e 3’-5’ SSB Ligam-se fortemente de maneira cooperativa à fita simples exposta sem encobrir suas bases Não abrem diretamente a dupla-hélice Agem para impedir a formação de grampos na fita simples exposta A DNA-pol associa-se a uma cinta deslizante para manter-se unida ao DNA Tendência rápida de dissociação. A cinta mantêm a polimerase firmemente associada ao DNA até que a mesma encontre um DNA dupla-fita → pol libera-se da cinta e dissocia-se do molde → associando-se a uma nova cinta montada sobre o iniciador de RNA. Assim...na forquilha de replicação as proteínas cooperam para formar uma maquinaria de replicação. Além do processo de verificação e correção de erros da maquinaria de replicação, a célula possui um sistema de reparo de pareamento incorreto Detecta distorção na hélice de DNA resultante da interação incorreta entre bases. A correção deve ser feita usando a fita molde original Procariotos: a distinção entre a fita molde antiga e a nova fita sintetizada é pela presença da metilação de A na sequência GATC → fitas recém-sintetizadas ainda não apresentam essa metilação Eucariotos: não metilam seu DNA. As fitas recém-sintetizadas sofrem clivagens transitórias. Sítios de clivagem fornecem o sinal que direciona a correção. No processo de replicação pode ocorrer o super- enrolamento da dupla fita a frente da forquilha Para aliviar a tensão causada pelo enrolamento, a célula possui duas enzimas: Topoisomerase I: produz clivagem na fita simples; reversível Topoisomerase II: produz clivagem na dupla-fita; reversível; em sítios cromossômicos que as duplas-hélices se entrelaçam. Também ajudar evitar emaranhamentos na replicação Mas como a maquinaria de replicação é formada? E como as células regulam este processo? A síntese de DNA inicia-se na ORIGEM DE REPLICAÇÃO Região onde a hélice é inicialmente aberta Rica em pares A-T: mais fáceis de serem separados Particularidades entre procariotos e eucariotos A origem da replicação - Procariotos Genoma = única molécula de DNA circular Início = uma única origem de replicação e as duas forquilhas formadas seguem em direções opostas até se encontrarem. A origem da replicação - Procariotos A origem é reconhecida por proteínas iniciadoras que envolvem-se ao redor do DNA: complexo DNA - proteína Atrai a DNA-helicase ligada ao seu inibidor Fita simples exposta → DNA- primase sintetiza iniciador → agrupamento das demais proteínas e formação da forquilha Cromossomo humano de tamanho médio = 150 milhões de pb Replicação = 50 nucleotídeos por segundo (1/10 da velocidade de replicação em procariotos) Replicação = 800 horas A origem da replicação - Eucariotos Solução: várias origens de replicação Forquilhas formadas em pares Em eucariotos, a replicação do DNA ocorre apenas na fase S do ciclo celular Em procariotos, o DNA é replicado continuamente: uma nova etapa de replicação pode surgir mesmo antes do término da replicação prévia Em eucariotos as origens de replicação tendem a ser ativadas em grupos de 20 a 80 origens: regiões diferentes no mesmo cromossomo replicam em tempos distintos na fase S Ativadas aleatoriamente ou obedecem uma ordem especifica A ordem de ativação das origens de replicação parece ser dependente da estrutura da cromatina Regiões menos condensadas = replicadas primeiramente Análise do cromossomo X em mulheres X inativo = heterocromatina → replicado no final da fase S X ativo = eucromatina → replicado por toda fase S Assim... O grau de condensação do cromossomo parece influenciar o momento na qual as forquilhas são iniciadas e não sua velocidade após o início Como as origens de replicação são reconhecidas? Cada origem de replicação contem: um sítio para ligação a uma enorme proteína iniciadora = OCR – complexo de reconhecimento de origem Um sequência rica em A, T Sítio de ligação para proteínas que auxiliam na atração da OCR Como a replicação é limitada apenas à fase S? Pela disponibilidade de Cdc6 e Cdt1 que são sintetizadas em G1 para atuar em S, onde sofrem proteólise Em contraste as leveduras, as origens de replicação em mamíferos são difíceis de isolar e estudar porque são longas e complexas e não contém uma sequência conservada de DNA. A estrutura da cromatina e não as sequências de DNA parece ter um papel essencial na definição das origens de replicação. E como a replicação pode ocorrer com a presença dos nucleossomos? •Presença do complexo de remodelamento •E das chaperonas de histonas A síntese de histonas aumenta durante a fase S – período de replicação do DNA O aparato de replicação passa pelos nucleossomos sem retirá-los O octâmero se dissocia em um tetrâmero H3-H4 e dois dímeros H2A-H2B Formam-se novos octâmeros atrás da forquilha de replicação Telômeros O término da replicação Telômeros: presença de sequências repetitivas – humanos = GGGTTA Estabilizam os cromossomos, evitando a perda de informação genética Associam-se a proteínas – revestimento que esconde as pontas dos cromossomos da maquinaria de reparo de DNA da célula Quebra bifilamentar : → fundir a outra quebra; → parada da divisão celular (senescência) → morte celular (apoptose). Telômeros Células somáticas – produzempouca telomerase ou nenhuma Telômeros Síndrome de Werner Telômeros x doenças humanas •Telômeros mais curtos → mutação no gene WRN → perturba o telômero normal → envelhecimento prematuro. Sintomas clínicos: Rugas, cataratas, osteoporose, cabelos grisalhos, doença cardiovascular Disceratose congênita - Telômeros mais curtos: mutações nos genes da telomerase → envelhecimento prematuro. Telômeros x Câncer - Células cancerosas têm atividade de telomerase Telômeros x doenças humanas Drogas: inibir a atividade da telomerase Manutenção da vida: capacidade das células em armazenar, obter e traduzir as instruções genéticas para manter o organismo vivo. Informação hereditária Replicação Correção de erros = Reparo do DNA Erros por: Acidentes metabólicos Calor radiações Apenas algumas alterações acumulam- se Mutações no sistema de reparo→ podem ocasionar doenças genéticas Síndrome de Lynch ou HNPP (Síndrome do câncer coloretal hereditário não-polipoide) Xeroderma pigmentoso •Pele seca descamativa (xeroderma) •Sardas extensas e pigmentação anormal •Tumores cutâneos DNA é uma molécula estável mas suscetível a alterações espontâneas. CAUSAS DE UMA MUTAÇÃO MUTÁGENOS Radiação Ionizante (Raios X) Radiação não ionizante (Luz UV) Análogo de bases nitrogenadas •Íons eletricamente carregados •Alteram bases do DNA •Romper as lig. do duplo filamento Radiação não ionizante CAUSAS DE UMA MUTAÇÃO •Não forma íons carregados •Ligações adjacentes entre bases pirimidínicas: dímeros •Pareamento incorreto Análogos de base •Erros de pareamento em replicações futuras •Distorcer a dupla hélice •Substituição de bases CAUSAS DE UMA MUTAÇÃO Ex. Aflotoxina Mutações não fossem corrigidas = deleção, substituição na cadeia filha de DNA Consequências desastrosas para um organismo A estrutura da dupla hélice é adequada para o processo de reparo Se uma fita é alterada a outra fita é usada para restaurar a sequência nucleotídica A lesão no DNA pode ser removida por mais de uma via: Enzimas diferentes que atuam em lesões diferentes Duas vias principais: 1.Reparo por excisão d e bases 2.Reparo por excisão de nucleotídeos Reparo por excisão de bases DNA-glicosilases Reconhece a projeção gerada por nucleotídeo alterado para fora da hélice Remove a base do açúcar. AP endonuclease Reconhece a ausência de base e cliva a ligação fosfodiéster – retirando o que restou do nucleotídeo Lesão volumosa no DNA. Ex: dímeros de pirimidina Complexo multienzimático procuram torções no DNA Cliva nos dois lado da torção DNA-helicase remove o oligonucleotídeo DNA polimerase e DNA ligase sintetizam e ligam Reparo por excisão de nucleotídeos A nossa maquinaria celular possui um sistema de reparo acoplado à transcrição do DNA para assegurar que o DNA celular mais importante, aquele que esta sendo transcrito, seja reparo de modo eficiente. No DNA muito danificado há a existência de DNA- polimerases de apoio e as DNA-polimerases replicativas param. Os mecanismos de reparo vistos anteriormente não são suficientes Mais de 10 DNA-polimerases de apoio. Não são tão precisas quanto as DNA-polimerases replicativas Quebra da dupla fita. Não há fita-molde intacta para o reparo. 1) Ligação de extremidades não homólogas Solução ´”rápida e suja”: pode causar uma alteração na sequência de DNA Para evitar a degradação do cromossomo e perda de genes 2) Recombinação homóloga: Lesão corrigida usando a cromátide-irmã Lesões no DNA retardam a progressão do Ciclo celular CDKs: quinases dependentes de ciclina •Fosforilam proteínas regulatórias •Interagem com as ciclinas Mal funcionamento →pode levar ao câncer Danos no DNA: aumento da síntese de algumas enzimas de reparo. Ataxia telangiectasia: mutações no gene que codifica a proteina ATM, uma cinase Erros não corrigidos: indivíduos sofrem as consequências Neurodegeneração, predisposição ao câncer e instabilidade genômica.
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