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Potencial devido a um sistema de cargas puntiformes Para calcularmos o potencial criado no espaço devido a uma distribuição de cargas puntiformes, primeiro devemos aprender como calcular o potencial em um ponto p a uma distância r de uma única carga pontual. Figura 1: Uma carga de prova é trazida do infinito ao ponto p Quando uma carga q se movimenta no mesmo sentido do campo seu potencial diminui, portanto na figura 1 o potencial gerado pela carga q no infinito é zero, V∞ = 0 O trabalho realizado por uma força conservativa para deslocar um corpo de um ponto a para um ponto b é numericamente igual ao negativo da variação da energia potencial. W a→ b=−Δ U Mas o trabalho é dado pela expressão… W a → b=∫ a b F⃗ d l⃗ Com isso podemos dizer que a variação de energia potencial será… José Roberto de Jesus Silva Δ U =−∫ a b F⃗ d l⃗ A força eletrostática responsável por esse deslocamento é dada por F⃗= q0 E⃗ Substituindo na equação teremos… Δ U =−∫ a b (q0 E⃗) d l⃗ ⇒ Δ U=−∫ a b q0 E⃗ d l⃗ Definimos anteriormente que a variação da energia potencial por unidade de carga é igual a diferença de potencial, para a nossa carga de prova temos Δ V = Δ U q0 , mas Δ U =−∫ a b q0 E⃗ d l⃗ , então Δ V = (−∫ a b q0 E⃗ d l⃗ ) q0 ⇒ Δ V = q0 (−∫ a b E⃗ d l⃗ ) q0 ⇒ Δ V =−∫ a b E⃗ d l⃗ O campo a que a nossa carga de prova está sujeita é produzido pela carga positiva que está fixa em um ponto do espaço substituindo a equação do campo na equação da diferença de potencial teremos. E⃗= kq r2 ⋅r^ José Roberto de Jesus Silva Δ V =−∫ a b ( kqr2 ⋅r^ ) d l⃗ ⇒ Δ V =−∫a b kq r2 ⋅r^ d l⃗ se dermos um “zoom” no ponto em que a nossa carga de prova se encontra, podemos observar que... Figura 2: Zoom no ponto em que se encontra a carga de prova dr é a projeção de d l⃗ sobre r , podemos notar ainda que … dr=|d l⃗|cos θ , podemos ver ainda que r^⋅d l⃗ =|^r|⋅|d l⃗|⋅cos θ mas |^r|=1 , então r^⋅d l⃗ =|d l⃗|⋅cos θ , podemos dizer então que r^⋅d l⃗ = dr Como dr aponta para baixo na direção da carga q , dr=−dr , substituindo na equação Δ V Δ V =−∫ a b kq r2 ⋅r^ d l⃗⏟ dr ⇒ Δ V =−∫ a b kq r2 ⋅(−dr) , cancelando os sinais Δ V =∫ a b kq r2 dr José Roberto de Jesus Silva Estamos falando de trazer uma carga do infinito para o ponto p quando isso acontece temos a=∞ , b= p e sabemos que Δ V = V p− V∞ Agora nossa expressão para o potencial fica da seguinte forma V p−V ∞=∫ ∞ p kq r2 dr ⇒ V p−V ∞= kq∫ ∞ p 1 r2 dr ⇒ V p−V ∞= kq⋅[ 1r2 ]∞ p O potencial no infinito é zero e no ponto P podemos dizer que rp = r, substituindo na nossa equação temos… ⇒ V p− 0= kq⋅( rr2 − 0r2 ) , 0r2 = 0 ⇒ V p= kqr V = kq r (Potencial de Coulomb) Esse potencial é denominado potencial de Coulomb, ele é negativo ou positivo, dependendo do sinal da carga que gera o campo elétrico. Podemos calcular o potencial produzido em um certo ponto por um grupo de cargas pontuais, recorrendo ao princípio da superposição, ou seja. V r=V 1+V 2+V 3+ . . .+V n Podemos escrever esse potencial como um somatório V r=∑ i=1 n V i ⇒ V r=∑ i=1 n kqi r i V r=∑ i=1 n kqi r i (Potencial produzido por um sistema de cargas puntiformes) José Roberto de Jesus Silva Como o potencial depende do sinal da carga que gera o campo, calculamos separadamente o potencial de cada carga individualmente e depois somamos tudo, obtendo assim o potencial total produzido em um ponto por um conjunto de cargas puntiformes. Para uma distribuição contínua de cargas , pegamos um elemento infinitesimal de carga dq , e usando a expressão para o calculo do potencial devido a um sistema de cargas, fazemos. dV =∑ i= 1 n dV i ⇒ dV =∑ i= 1 n kdqi r i Como é uma distribuição continua de cargas, não podemos usar o somatório, em vez disso usamos a integral, integrando dos dois lados temos. ∫ ∞ n dV =∫ i n kdqi ri ⇒ V n=∫ i n kdq r , Generalizando temos V =∫ kdqr (Potencial devido a um sistema continuo de cargas) José Roberto de Jesus Silva
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