Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * As Atitudes Morais Definição de Atitude uma organização duradoura de crenças e cognições em geral, dotada de carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, que predispõe a uma ação coerente com as cognições e afetos relativos a este objeto Atitude tem componente cognitivo componente afetivo componente comportamental Duas teses sobre origem das atitudes morais, duas tendências: 1 - nativista origem congênita do sentido moral (pouca aceitação) 2 - social/empirista origem social moral adquirida no decorrer do desenvolvimento de contatos sociais * * Teses Sociais/Empirista, duas tendências: 1. Unicistas origem única da conduta moral Freud como um grande expoente Id é a morada das pulsões semelhante a criança mimada princípio do prazer Ego lida tanto com as demandas do Id quanto do ambiente mediador principal função é localizar objetos p/ satisfação do Id desenvolve-se quando a criança aprende que existe uma realidade além do desejo princípio de realidade Superego internalização da moral, dos valores dos pais influencia o Ego para atender objetivos morais e inibir o Id * * Superego é construído no Complexo de Édipo: criança ama a mãe (cuida dela) e rivaliza com o pai. Gradativamente, identifica-se com o pai (por medo da castração) Quanto maior for o impulso destruidor contra o meio (figura paterna) e, sua conseqüência volta para o Ego, mais forte será o superego (e a consciência moral) introjeção da imagem paterna 2 - Dualistas origem plural da conduta moral Piaget como um grande expoente meninos de 6 a 14 anos=coexistência de dois tipos de conduta moral Heterônoma respeito unilateral (baseado na força e coação) dever relaciona-se com castigo) justiça é o reequilíbrio propiciado pelo castigo (que repara ação burladora de regras) Autônoma não se obedece a regra externa, mas a um impulso livre (de cooperação baseado em respeito bilateral entre indivíduo e grupo) regras não são fixas, mas mudam pelo mútuo acordo * * Duas teses sobre determinantes da conduta moral: Geral e Especial 1 - Geral pouco aceito (imperava antes da psicologia) existe um único fator que intervém uniformemente em todas as ações gera padrões “bons” e “maus” 2 - Especial não existe uma faculdade geral o que existe é um complexo de fatores Aprofundando no Estudo das Atitudes Morais Existe grande variação no julgamento do grau de moralidade dos diferentes atos Formação dos diferentes critérios de julgamento (Mira y Lopez) 1 - De 6 a 8 anos julga-se a moralidade de acordo com a reação dos demais impera a coação social “É certo o querem os outros” * * 2 - De 8 a 12 anos começam a surgir critérios próprios mas existe uma convicção que é anterior aos critérios próprios estabelecidos “Algo é bom porque é bom e pronto” criança se desorienta facilmente 3 - De 12 a 14 anos critério é bastante utilitarista (bom é o que serve e mal é o que prejudica) o esforço é bastante valorizado como um atenuante do “mal” 4 - De 14 em diante a utilidade social começa a se impor diante da utilidade individual surge uma consciência moral (mesmo que não haja coerção) Nossos julgamentos morais são condicionados por um processo de socialização e pela nossa inteligência abstrata (que permite estabelecer relações lógicas entre ação e conseqüência) Porém apenas juízos morais não garantem conduta moral existe o elemento afetivo “devo, mas não quero” carece de sentimentos morais * * Uma conduta moral pode obedecer a motivos imorais Ex: ajuda por interesse nefasto importância de não se fixar no explícito Grupos sociais menos reconhecidos socialmente e menos sociais tem maior altruísmo que os demais dificulta a análise das atitudes morais (“pois mistura o melhor com o pior”) Conduta Moral indivíduo se propõe livremente a conseguir com ela um maior bem sem ter em conta o proveito próprio que dele possa derivar (Mira Y López) compõe atitude moral (atitude consistente) Teorias de consistência componentes da atitude precisam manter consistência interna * * As Três Condutas Humanas (Mira Y López) Variamos, portanto, nossa conduta moral de acordo com nossas emoções 1 - Atitude defensiva, baseada na inibição (emoção predominante de medo) Moral Piagetiana disciplinar ou fechada não fazer nada que seja proibido (portando “mau”) 2 - Atitude ofensiva, baseada na destruição (emoção predominantemente de cólera) Moral utilitária (no sentido pejorativo) 3 - Atitude de criação, baseada no afeto e no prazer solidário da cooperação (emoção predominante de afeto amoroso) Cessa a luta do ser contra o meio e funda-se a conduta moral verdadeira * * Atitudes emocionais variam também conforme idade: Infância medo Puberdade agressividade/cólera Juventude ambivalência entre cólera e amor Adulto ápice da criação/amor solidário (estabilidade) maturidade regressão vital, reaparição da cólera (porém com pessimismo e tristeza) senilidade medo (sublimado em prudência, desconfiança e mesquinhez) Atitudes são determinadas em muito pelo emocional, mas não somente (existem outros fatores que a determinam gerando inconsistências) * * Determinações múltiplas = possibilidade de inconsistências o que as pessoas gostariam de fazer o que as pessoas pensam que devem fazer (normas sociais) o que têm feito (hábitos) conseqüências esperadas de seus comportamentos A chamada “Loucura Moral” Surge quando vemos um indivíduo com funções psíquicas normais, inteligência normal, comportar-se contra normas morais premeditadamente e sem necessidade ele reconhece o código moral, mas não o sente Pode falar e agir de forma pensada dentro dos padrões morais Não objetiva utilidade alguma em sua conduta amoral * * 1. Tal perversão moral não é incidental, mas permanente 2. Não se explica por fatores ambientais (educação, necessidades insatisfeitos, etc) não tem uma utilidade 3. O indivíduo não tem nenhum outro problema psíquico
Compartilhar