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MICROECONOMIA - SLIDES AV1

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MICROECONOMIA
4ª Edição/2006 – Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos. 
29/11/2013
Prof. Carlos Rocha
1
SUMÁRIO
Capítulo 2 – Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado;
Capítulo 3 – Elasticidades;
Capítulo 5 – Produção;
Capítulo 6 – Custos de Produção
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Prof. Carlos Rocha
CAPÍTULO 2 – DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO
 A Microecomia , ou Teoria de Preços , é a parte da teoria econômica que estuda o comportamento das famílias e das empresas e os mercados nos quais operam .
 A Microeconomia preocupa – se mais com , a análise parcial , com as unidades ( consumidores , firmas , mercados específicos ) , enquanto a Macroecomia estuda os grandes agregados ( Produto Nacional , Nível Geral de Preços etc . ) , dentro de um enfoque de análise global . 
 A Microeconomia analisa a formação de preços no mercado . Como vimos , no capítulo 1 , os 
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preços formam –se com base em dois mercados:
Mercado de bens e serviços ( preços de bens e serviços ) ;
Mercado dos serviços dos fatores de produção ( salários , juros , aluguéis e lucros).
Deve ser observado que a Microeconomia não tem seu foco específico na empresa ( não deve ser confundida com Administração de Empresas ) , mas no mercado no qual as empresas e consumidores interagem , anali -
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sando os fatores econômicos que determinam tanto o comportamento do consumidor quanto o comportamento da empresa.
A condição Coeteris Paribus
Coeteris é uma expressão em latim que significa tudo o mais constante .
A análise microeconômica básica , para poder 
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analisar um mercado isoladamente , supõe todos os demais mercados constantes . Ou seja , supõe que o mercado em estudo não afeta nem é afetado pelos demais . Essa condição serve também para verificarmos o efeito isolado de variáveis isoladas , independentemente dos efeitos de outras variáveis ; ou seja , quando queremos , por exemplo , saber o efeito isolado de uma variação de preço sobre a procura de determinado bem , independentemente do efeito de outras variáveis que afetam a procura , como a renda do consumidor , gastos e preferências etc.
 
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2 DIVISÃO DOS TÓPICOS DE MICROECONOMIA
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A Teoria da Demanda ou Teoria da Procura estuda as diferenças formas que a demanda pode assumir e os fatores que a influenciam .
A Teoria da Oferta abrange a Teoria da Produção , que estuda o processo de produção numa perspectiva econômica , e a Teoria dos Custos de Produção , que classifica e analisa os custos . A Teoria da Produção envolve apenas relações físicas entre o produto e os fatores de produção , 
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enquanto a Teoria dos Custo já envolve preços dos insumos de produção. 
A análise das estruturas de mos ercado aborda a maneira como estão organizados os mercados e como é determinado o preço e a quantidade de equilíbrio nesses mercados . É dividida na análise da estrutura dos mercados de bens e serviços e dos mercados de fatores de produção ( cuja procura é chamada demanda derivada , dado que os mercados 
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 de insumos derivam , em última análise , de como se comporta o mercado de bens e serviços ) .A Teoria do Geral e do Bem – estar estuda a interação de todos os mercados simultaneamente e seu impacto no bem – estar social . Estes tópicos não serão desenvolvidos neste texto , que são desenvolvidos em livros específicos de microeconomia.
O estudo das Imperfeições de Mercado destaca
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as situações nas quais o mercado não promove perfeita alocação de recursos . 
 3 ANÁLISE DA DEMANDA DE MERCADO
3.1 DEFINIÇÃO DE DEMANDA
Demanda ( ou procura ) é a quantidade de 
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determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir , num dado período , dada sua renda , seus gastos e o preço de mercado.
Assim , representa um desejo , um plano . Representa o máximo a que o consumidor pode aspirar , dada sua renda e os preços no mercado .
Desse modo , a curva de demanda indica quanto o consumidor pode adquirir , dadas 
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várias alternativas de preços de um bem ou serviço . Indica que , se o preço for $ 2,00 , ele pode consumir dada sua renda , 10 unidades ; se o preço for $ 3,00 , ele pode consumir 8 unidades , e assim por diante . Nesse sentido , a demanda não representa a compra efetiva , mas a intenção de comprar , a dados preços.
A demanda é um fluxo , porque é definida para
 
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Determinado período de tempo ( semana , mês, ano ) . 
3.2 FUNDAMENTOS DA TEORIA DA DEMANDA
3.2.1 Valor Utilidade e Valor Trabalho 
Os fundamentos da análise da demanda ou 
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procura estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade . A utilidade representa o grau de satisfação ou bem – estar que os consumidores atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado .
A Teoria do Valor Utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma por sua demanda , isto é , pela satisfação que o bem representa para o consumidor . Ela é , portanto , subjetiva , e representa a chamada visão uti -
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litarista , em que prepondera a soberania do consumidor , pilar do capitalismo .
A Teoria do Valor Utilidade contrapõe – se á chamada Teoria do Valor Trabalho , desenvolvida pelos economistas clássicos (Malthus , Smith , Ricardo , Marx ) . A Teoria do Valor Trabalho considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta , mediante os custos do trabalho incorporado ao bem . Os custos de produção eram repre - 
 
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Sentados , basicamente pelo fator mão – de – obra , em que a terra era abundante e o capital , pouco significativo . Pela Teoria do Valor Trabalho , o valor do bem depende do tempo produtivo que é incorporado ao bem . Nesse sentido , a Teoria do Valor Trabalho é objetiva ( depende de custos ) .
Pode – se dizer que a Teoria do Valor Utilidade permitiu distinguir claramente o que vem a ser o valor de uso e o valor de troca de um 
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bem . O valor de uso é a utilidade ou satisfação que o bem representa para o consumidor . O valor de troca forma – se pelo preço no mercado , pelo encontro da oferta e da demanda do bem ou serviço . Se o bem A vale $ 10 , e o bem $ 5 , significa que o bem A pode ser trocado por duas unidades de B , ou que B pode ser trocado por meia unidade A .
A Teoria da Demanda , objeto deste capítulo ,
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baseia – se na Teoria do Valor Utilidade . Supõe- se que , dada a renda e dados os preços de mercado , o consumidor , ao demandar um bem ou serviço , está maximizando a utilidade ou satisfação que ele atribui ao bem ou serviço . É também chamada de Teoria do Consumidor.
Conceitos de utilidade total e utilidade marginal
 
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No final do século 19 , alguns economistas elaboraram o conceito de utilidade marginal , e dele derivaram a curva da demanda e suas propriedades . Tem – se que a Utilidade Total tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem ou serviço . Entretando , a Utilidade Marginal , que é a satisfação adicional ( na margem ) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem , é decrescente , porque o consumidor vai sa - 
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turando – se desse bem , quanto mais o consome . É a chamada Lei da Utilidade Marginal Decrescente . Matematicamente:
Umg = Ut
 q
sendo q a quantidade que o consumidor deseja consumir . 
______________________. 1.Supondo curvas contínuase diferenciáveis ( ou seja , intervalos e ¨bicos ¨ ) , a Utilidade Marginal pode ser expressa , em vez d por acréscimos finitos ( ) , por derivadas ( acréscimos infinitesimais ) ; assim : Umg = Ut
 q
 
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Graficamente ( Figura 2.1 ) :
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O chamado paradoxo da água e do diamante ilustra a importância do conceito de UtilidadeMarginal . Por que a água , mais necessária , é tão barata , e o diamante , supérfluo , tem preço tão elevado ? Ocorre que a água tem grande utilidade total , mas , como é encontrada em abundância , tem baixa utilidade marginal , enquanto o diamante , por ser escasso , tem grande utilidade marginal. 
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3.2.2 Noções sobre equilíbrio do consumidor: os conceitos de curva de indiferença e reta orçamentária² 
Toda a teoria da demanda que será desenvolvida neste capítulo tem como hipótese básica que o consumidor está maximizando sua utilidade ou bem – estar , limitado por seu nível de renda e pelos preços de bens e serviços que pretende adquirir no mercado .
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Para ilustrar esse ponto , utilizam – se os conceitos de curva de indiferença e restrição orçamentária.
______________
2 Para uma análise mais detalhada , ver VASCONCELLOS , M.A.S,; OLIVEIRA , R . G. Manual de microeconomia. 2. ed . São Paulo : Atlas , 2000. Capítulo 2 a 8.
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Curva de Indiferença 
A curva de indiferença ( CI ) é um instrumental gráfico que serve para ilustrar as preferências do consumidor . É o lugar geométrico de pontos que representam diferentes combinações de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade . Dessa forma , estamos analisando diferentes cestas de bens que o consumidor está disposto a adquirir , dado determinado nível 
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De utilidade ou bem – estar .
Supondo apenas dois bens , carne e batatas , temos então :
Figura 2.2 Curva de indiferença
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Assim examinamos o menu de opções de cestas de bens que um consumidor está disposto a comprar , de acordo com suas preferências.
A curva de indiferença apresenta duas características básicas:
i) Inclinação negativa: Devido á necessidade de manter nível de bem – estar , ao aumentar o consumo de outro , que assim é substituído . Por isso , a inclinação da curva de indiferença recebe o nome de Taxa Mar - 
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ginal de Substituição ( TMS ) e representa a taxa de intercâmbio de um bem por outro que mantém o mesmo nível de bem – estar.
ii) Convexidade em relação à origem: a taxa marginal de substituição vai diminuindo à medida que aumenta a quantidade de carne e reduzimos a quantidade de batatas . Isso é consequência da menor capacidade de substituir batatas por carne , quando diminuímos as primeiras e aumentamos a segunda . Isso é devido à lei da utilidade 
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marginal decrescente , mostrada anteriormente.
Todos os pontos da curva representam situações que proporcionam idêntica satisfação ( U ): ou seja , é “indiferente” para o consumidor consumir 2 Kg de carne e 8 batatas ( A ) , ou então 3 Kg de carne e 5 Kg de batatas ( B ) etc.
Cada curva representa determinado nível de utilidade. Quanto mais alta a CI maior a satisfação que o consumidor pode obter no consumo dos dois bens . 
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Tem – se então um mapa de indiferença :
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Restrição Orçamentária
A restrição orçamentaria é o montante de renda disponível do consumidor , em dado período de tempo . Ela limita as possibilidades de consumo , condicionando quanto ele pode gastar .
Ou seja , enquanto a curva de indiferença refere –se ao conjunto de bens e serviços que o consumidor deseja adquirir , considerando 
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apenas as preferências subjetivas do consumidor , a restrição orçamentaria condicionará o conjunto possível de bens e serviços que o consumidor pode adquirir.
Nesse sentido , define – se linha de preços ou reta orçamentária como as combinações máximas possíveis de bens , dados a renda do consumidor e os preços dos bens . 
Assim , a linha orçamentária também representa um menu de opções que o consumidor poderá comprar , de acordo com
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sua renda e dados os preços dos bens considerados . 
Supondo dois bens , temos:
 
Figura 2.4 Reta orçamentária. 
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Portanto , a RO representa pontos em que o consumidor gasta toda a sua renda na compra dos dois bens . Abaixo da reta , ele está gastando abaixo do que poderia : acima de RO , o consumidor não tem condições de adquirir os bens , com a renda de que dispõe e dados os preços de mercado .
Assim , se o consumidor deseja maximizar seu nível de utilidade deverá procurar , dada sua restriçãonorçamentária , a curva de indi -
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ferença mais alta que for possível ( que representa o maior nível de bem – estar que pode ser alcançado ) . Ou seja , o consumidor estará maximizando sua utilidade quando sua reta orçamentária tagenciar sua curva de indiferença , como se segue :
Figura2.5 Equilibrio do consumidor .
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Desse modo o ponto ( 5,3 ) representa o equilibrio do consumidor , no sentido de que uma vez alcançado esse ponto , não haverá incentivos para que ele realize uma realocação de sua renda gasta no consumo dos dois bens . Em outras palavras , se o consumidor realocasse sua renda , reduzindo o consumo de um dos bens e aumentando o consumo do outro , o aumento de bem – estar gerado pelo maior consumo seria exatamente 
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 compensado pela redução do bem – estar decorrente da diminuiçao do consumo do primeiro bem . 
Se a renda do consumidor aumenta , ou , alternativamente , os preços dos bens e serviços que ele deseja adquirir se reduzem , a reta orçamentária eleva – se , e permite que ele deseja adquirir se reduzem , a reta orçamentária eleva- se , e permite que ele atinja níveis maiores de satisfação ( isto é , uma CI mais elevada ) , podendo adquir 
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mais produtos :
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Portanto , na análise que se segue , está suposto que o consumidor sempre busca situações que maximizem sua satisfação , dada sua renda e os preços dos bens e serviços que deseja adquirir .
3.3 VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA
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A demanda de um bem ou serviço pode ser afetada por muitos fatores , tais como:
 riqueza ( e sua distribuição ) ;
renda ( e sua distribuição );
preço dos outros bens ;
fatores climáticos e sazonais ;
propaganda
hábitos , gostos , preferências dos consumidores ; 
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expectativas sobre o futuro ;
Facilidade de crédito ( disponibilidade , taxa de juros , prazos ) .
Tradicionalmente , a função demanda é colocada como dependente das seguintes variáveis , consideradas as mais relevantes e gerais , pois costumam ser observadas na maioria dos mercados de bens e seviços :
qdi = f ( pi , ps , pc , R , G ) Função Geral da Demanda
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onde :
qdi = quantidade procurada ( demanda ) do bem i / t
pi = preço do bem i/ t
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes / t
pc = preço dos bens complementares / t
R = renda do consumidor / t 
G = gostos , hábitos e preferências do consumidor / t
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São as variáveis mais frequentes para explicar a demanda de qualquer bem ou serviço . Agora , o mercado de cada bem tem suas particularidades , e algumas dessas variáveis podem não afetara demanda ; ou , ainda , a demanda pode ser afetada por variáveis não incluídas nessa relação ( por exemplo , localização dos consumidores , influência de fatores sazonais ) .
Para estudar o efeito individual de cada uma 
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dessas variáveis sobre a procura de determinado bem ou serviço , recorremos à hipótese de coeteris paribus ( todas as demais variáveis permanecem constantes ) .
3.3.1 Relação entre a quantidade demanda e o preço do próprio bem
É a curva de demanda :
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qdi = f ( pi ) supondo ps , pc , R e G constantes
sendo qdi < 0 , que é a chamada Lei Geral da 
 pi Demanda: a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço coeteris paribus.
Por que ocorre essa relação inversa entre o preço e a quantidade demandada de um bem ou serviço?
 efeito substituição: o bem fica mais barato 
 
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relativamente aos concorrentes , com o que a quantidade demandada aumenta ;
efeito renda: com a queda de preço , o poder aquisitivo do consumidor aumenta , e a quantidade demanadada do bem tende , normalmente , a aumentar . Isto é , ao cair o preço de um bem , mesmo com sua renda não variando , o consumidor pode comprar mais mercadorias .
Assim , a curva convencional da demanda é negativamente inclinada.³ Ela expressa qual
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a escala de procura para o consumidor , ou seja , dados os preços , quanto o consumidor deseja adquirir . Por exemplo
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 Essa função indica qual a intenção de procura dos consumidores quando os preços variam , com tudo o mais permanecendo constante . Ou seja , ela revela o desejo , a intenção de compra do consumidor , mas não a compra efetiva . A compra efetiva é um único ponto da escala apresentada .
Como vimos no tópico 3.2 , supõe – se que em cada ponto da curva de demanda os consumidores individualmente estão maxi - 
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mizando sua utilidade ou satisfação restritos pelo nível de renda e pelos preços dados no mercado . Ou seja , todos os pontos da curva representam pontos de tangências entre as curvas de indiferença e linha de preços , para cada consumidor.
Assim , podemos conceber a curva de demanda de duas formas alternativas : dado o preço , qual é a quantidade máxima que o consumidor está disposto a comprar , ou da - 
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da a quantidade máxima que o consumidor está disposto a comprar , ou dada a quantidade , qual é a disposição máxima a pagar por parte do consumidor .
No gráfico anterior , supusemos , por simplificação , que a relação matemática entre quantidade demanda e preço seja uma função linear , do tipo qdi = 20 – 2pi ) . Entretando , ela pode assumir outros formatos , como , por exemplo , uma função 
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Potência , do tipo qdi = ap-bi , como na figura 2.8. 
3.3.2 Relação entre quantidade demandada e preços de outros bens e serviço
A relação da quantidade demandada de um bem ou serviço com os preços de outros bens ou serviços dá origem a dois importantes conceitos : bens substitutos e bens complementares.
 Bens substitutos ou concorrentes : o consumo de um bem substitui do outro .
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qdi = f(PS), Supondo pi, pc, R e G constantes ,
 qdi > 0
 ps
ou seja , há uma relação direta entre , por exemplo , uma variação no consumo de Coca – Cola e uma variação no preço do guaraná , coeteris paribus.
O deslocamento da curva de demanda , supondo aumento no preço do bem substi - 
 
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tuto , pode ser ilustrado a seguir , baseado no exemplo de como a demanda de Coca – Cola é influenciada pelo preço do guaraná , como na figura 2.9.
Ou seja , aos mesmos preços de Coca – Cola ( $ 1,00 ) serão consumidas mais Coca – Colas ( 2.000 ) , porque o guaraná ficou mais caro .
Outros exemplos de bens substitutos entre si :
carne de vaca , frango , peixe;
cerveja kaiser e cerveja Brahma; 
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viagem de trem ou de ônibus ;
manteiga e margarina
b) Bens complementares : são bens consumidos em conjunto.
qdi = f(Pc), Supondo pi, ps, R e G constantes ,
 qdi < 0
 pc
Por exemplo , um aumento no preço dos auto - 
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Móveis deverá diminuir a procura de gasolina , coeteris paribus . Graficamente ( Figura 2.10) : 
Outros exemplos de bens complementares :
 camisa social e gravata ;
 pneu e câmara ;
 pão e manteiga ;
Sapato e meia . 
3.3.3 Relações entre demanda de um bem e renda do consumidor (R) 
qdi = f(R), com pi, ps, pc e G constantes
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Em relação à renda dos consumidores , podemos ter três situações distintas :
qdi > 0 : bem normal : aumentos da renda le- 
 R vam ao aumento da demanda do
 bem ;
b) qdi < 0 : bem inferior : aumentos da renda
 R levam á queda de demanda do
 bem: carne de segunda , roupas
 rústicas etc, ;
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 qdi = 0: bem de consumo saciado ou neutro: se
 R aumentar a renda do consumidor , não aumentará a demanda do bem . Basicamente, são os casos da demanda de alimentos básicos , como açucar , sal , arroz , que tendem a ter uma participação cada vez menor no orçamento do consumidor , á medida que sua renda aumenta . Isso também ocorre em qualquer outro tipo de bem ou serviço no qual o consumo não é afetado ( é 
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neutro ) quando a renda do consumidor se altera . Ou seja , a variável renda não é significante para explicar o comportamento da demanda nesse mercado.
Vale ressaltar que essa classificação depende da classe de renda á qual pertencem os consumidores . Parece claro que , para os consumidores de baixa renda , praticamente não existem bens inferiores . Quanto mais elevada a renda , maior número de produtos 
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passa a ser classificado como bem inferior ; passa – se a consumir produtos de melhor qualidade e abandona – se o consumo daqueles de pior qualidade .
Feitas essas colocações , vamos verificar graficamente o que ocorre com a curva de demanda , supondo um aumento da renda dos consumidores , nos três casos assinalados.
Supondo um aumento de renda dos consumidores ( Figura 2.11 ) : 
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3.3.4 Relação entre demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G)
qdi = f (G) com pi , ps , pc , e R constantes
Os hábitos preferênciais ou gostos (G) podem ser alterados , “ manipulados “ por propaganda e campanhas promocionais . Podemos ter campanhas para aumentar o consumo ou para diminuir o consumo de 
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bens , como nos exemplos da Figura 2.12. 
beccc
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3.3.5 Resumo 
As principais variáveis determinantes da função e a demanda do consumidor , podem ser assim resumidas 
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3.4 CURVA DE DEMANDA DE MERCADO DE UM BEM OU SERVIÇO
 Até esta parte, não distinguimos a demanda do consumidor individual da demanda de mercado, englobando todos os consumidores de determinado bem ou serviço.
 A demanda de mercado é igual ao somatório horizontal (de quantidades) das demandas individuais.
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 sendo i = 1,2...n consumidores .
 Assim, a cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais, conformeQuadro 2.1.
 
 Graficamente, teremos que a curva de demanda de mercado é a soma horizontal das curvas dos consumidores individuais, como na Figura 2.13.
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 Alterações na condição coeteris paribus, como na renda ou na preferência dos consumidores, nos preços de outros bens, concorrentes ou complementares, e nos hábitos dos consumidores provocam deslocamentos das curvas de demandas individuais e na demanda de mercado.
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3.5 OBSERVAÇÕES ADICIONAIS SOBRE A DEMANDA
Variações da demanda e variações na quantidade demandada
 As variações da demanda dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc, R ou G (ou seja, mudanças na condição coeteris paribus). Por exemplo, supondo um aumento da renda do consumidor, sendo um bem normal, ocorrerá um aumento da demanda (aos mesmos preços anteriores, o consumidor poderá comprar mais do que comprava antes), como mostra a Figura 2.14
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 Variação na quantidade demandada refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi, mantendo as demais variáveis constantes (coeteris paribus), como mostra a Figura 2.15.
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Em resumo:
variação da demanda: em virtude de mudanças em R, ps, pc, G;
variação da quantidade demandada: devido a mudanças no preço do próprio bem pi.
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 Portanto, a demanda refere-se à própria curva, enquanto a quantidade demandada refere-se a pontos específicos da curva de demanda.
O conceito de excedente do consumidor 
 
 O excedente do consumidor é o benefício líquido que o consumidor ganha por ser capaz de comprar um bem ou serviço. É a diferença entre a disposição máxima a pagar por parte do consumidor e o que ele efetivamente paga. No diagrama a seguir, dado um preço de mercado de $120, o consumidor estaria disposto a pagar até $200, pela primeira unidade, até $180, pela segunda unidade etc.
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No entanto, ele tem que pagar apenas o preço fixado pelo mercado. Em outras palavras, está auferindo um benefício (uma utilidade marginal ou adicional), acima do custo efetivo do produto, ganhando um “excedente de utilidade”, que pode ser medido pela área hachurada no diagrama a seguir.
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 Trata-se de um conceito útil, particularmente na área de tributação, para avaliar a capacidade de pagamento dos contribuintes, e na área de economia internacional, para avaliar os ganhos e perdas no comércio, quando da imposição de tarifas alfandegárias.
Paradoxo de Giffen
 O Paradoxo ou Bem de Giffen é uma exceção à Lei Geral da Demanda, em que a curva de demanda é positivamente inclinada, ou seja, há uma relação direta, e não inversa, como usual, entre a quantidade demandada e o preço do bem. O bem de Giffen é um caso especial de bem inferior.
 O exemplo frequentemente utilizado seria o de uma comunidade inglesa, no século XVIII, muito pobre, e que consumia basicamente batatas. Ocorreu uma grande queda no preço do produto. Como a população gastava a maior parte de sua renda no consumo d batatas, essa queda de preço levou a um aumento do poder aquisitivo da população. Contudo, eles já estavam saturados de batatas, e passaram a gastar mais com outros tipos de produtos, inclusive diminuindo o consumo de batatas. Portanto, o preço da batata caiu, bem como a quantidade demandada; ou seja, nesse caso a curva de demanda é positivamente inclinada, como mostra a Figura 2.17.
29/11/2013
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 Dessa forma, o bem de Giffen (nome do economista que observou esse fenômeno) é um tipo de bem inferior, embora nem todo bem inferior seja um bem de Giffen. Como se pode observar, trata-se de uma possibilidade mais teórica, do que efetiva, não se conhecendo outros exemplos de ocorrência desse fato.
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Formato da curva de demanda 
 A curva de demanda pode ser calculada estatisticamente, empiricamente, baseado em dados da realidade. Como já observamos anteriormente, a metodologia para estimá-la é detalhada nos cursos de Estatística Econômica e Econometria. Podemos ter funções do tipo linear, potência, hiperbólica etc., dependendo dos dados numéricos coletados.
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82
 Os sinais dos coeficientes indicam se a relação entre qdi e a variável é direta ou inversamente proporcional. Por essa razão, no cálculo estatístico da função de demanda, o coeficiente do preço pi deve ser sempre negativo, o coeficiente de ps deve ser sempre positivo, o coeficiente de pc deve ser sempre negativo e o da renda deve ser positivo (quando o bem é normal).
 A Variável G (gostos) não comparece diretamente nas estimativas estatísticas, por não ser observável empiricamente.
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 Entretanto, podem-se colocar como variável, na função demanda, os gastos com propaganda e publicidade, para avaliar como esses gastos afetam a demanda, ou até incluir coeficientes que expressem mudanças nos gostos.
 A discussão sobre qual função matemática melhor expressa a relação entre quantidade demandada e preço, bem como sobre outras relações entre variáveis econômicas, pertence ao campo da Estatística Econômica e Econometria. A Teoria Econômica estabelece hipóteses sobre o sentido esperado, ou seja, se as variáveis são direta ou inversamente proporcionais, mas os valores numéricos das funções são obtidos com base em dados estatísticos observados, mediante técnicas econométricas. 
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 Preços Relativos X Preços Absolutos
 Na Microeconomia, são relevantes os preços relativos, isto é, a relação entre os preços dos vários bens, mais do que os preços absolutos (específicos) das mercadorias.
 Por Exemplo, se o preço da margarina cair em 10%, mas o preço da manteiga também cair 10%, nada deve acontecer com a demanda dos dois bens (supondo também queda da renda em 10%). Agora, se apenas cai o preço da margarina, e o preço da manteiga permanece constate, evidentemente aumenta a quantidade demandada de margarina, e cai a demanda de manteiga, sem que o preço absoluto da manteiga tenha se alterado.
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3.6 EXERCÍCIOS SOBRE DEMADA DE MERCADO
Dados
 qx = 30 – 1,5px + 0,8py + 10R,
 pede-se:
O bem y é complementar ou substituto de x? Por quê?
 Trata-se de um bem substituto: isso é indicado pelo sinal positivo do coeficiente de py (+ 0,8). Indica que, se py aumentar, qx também aumentará, coeteris paribus.
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O bem x é normal ou inferior? Por quê?
 É um bem normal: o sinal do coeficiente da variável renda é positivo (+10).
Supondo
 px = 1
 py = 2
 R = 100,
 qual a quantidade procurada de x?
 Basta substituir os valores de px, py e R na equação dada:
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Dados
qx = 300 – 1,2px – 0,9py – 0,1R
 pede-se:
O bem x é normal ou inferior?
 É um bem inferior: o sinal do coeficiente da variável renda é negativo (- 0,1).
O bem y é complementar ou substituto a x? Por quê?
 É complementar: isso é indicado pelo sinal negativo do coeficiente de py (- 0,9).
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O bem x seria um bem de Giffen? Por quê?
 Não é um bem de Giffen, pois o sinal do coeficiente de variável px é negativo. Para ser um bem de Giffen, é necessário que, simultaneamente, o sinal do coeficiente de px seja positivo (indicando curva de demanda positivamente inclinada) e o sinal do coeficiente R, negativo (indicando bem inferior).
Supondo 
 px = 2
 py = 1
 R = 100,
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 qual a quantidade demandada de x?
e. Se a renda aumentar 50%, coeterisparibus, qual a quantidade demandada de x?
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4 – ANÁLISE DA OFERTA DE MERCADO
4.1 DEFINIÇÃO DE OFERTA 
 Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores e vendedores desejam vender em determinado período .
 Como na demanda, a oferta representa um plano ou intenção, neste caso dos produtores ou vendedores, e não a venda efetiva. Como veremos mais adiante, no Capítulo 6 (Custos e Produção) , as quantidades ofertadas são pontos em que os vendedores estão maximizando seus lucros. 
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4.2 VARIÁVEIS QUE AFETAM A OFERTA DE UM BEM OU SERVIÇO
 A função geral da oferta de um bem ou serviço está determinada pelas seguintes variáveis:
 onde:
 = quantidade ofertada do bem i/t
 = preço do bem i/t
 = preço dos fatores e insumos de produção 
 m (mão de obra, matérias-primas etc.)
 = preço de outros n bens, substitutos na 
 produção
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 T = tecnologia
 A = fatores climáticos e/ou ambientais 
 sendo o sobrescrito s derivado do inglês supply (oferta).
 É a chamada função geral da oferta, onde 
 
 se o preço do bem aumenta, 
 estimula as empresas a produzirem 
 mais, coeteris paribus, pois a 
 receita e o lucro aumentam.
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 Assim, como definimos uma escala de procura, tem-se também uma escala de oferta, que mostra como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço, coeteris paribus. Por exemplo:
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 Graficamente (Figura 2.18):
 Tal como a demanda, a curva de oferta pode ser interpretada sob duas perspectivas: dado o preço, a quantidade máxima que o produtor estará disposto a ofertar, ou, alternativamente, dada a quantidade, o preço mínimo que o produtor estará disposto a receber por essa quantidade.
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 se, por exemplo, o preço do fator 
 terra aumenta, diminui a oferta de 
 café, coeteris paribus ( desloca-se 
 em virtude do aumento de preço da 
 terra), como mostra a Figura 2.19. 
 O mesmo vale para todos os 
 demais fatores de produção, como 
 mão-de-obra, matérias-primas, 
 energia etc.
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 Ou seja, aos mesmos preços de mercado anteriores aumentaram os custos de produção, retraindo a produção.
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 se, por exemplo, o preço da cana-de-
 açúcar aumentar, e dado o preço do 
 arroz, os produtores diminuirão a 
 produção de arroz para produzir mais 
 cana-de-açúcar, coeteris paribus, 
 como mostra a Figura 2.20. Arroz e 
 cana-de-açúcar são bens substitutos 
 na produção.
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 a função oferta depende dos objetivos e 
 metas estabelecidos pelos empresários. 
 Por exemplo, podem ocorrer ocasiões 
 em que a empresa prefere lucrar menos 
 a curto prazo e ganhar participação no 
 mercado ( o que pode redundar em 
 lucros menores no custo prazo, se os 
 custos aumentarem mais que as 
 receitas, como o aumento da 
 produção), para lucrar mais a longo 
 prazo.
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 Veremos no Capítulo3, que existem situações em que, em mercados concentrados, com poucas concorrência, há situações onde é vantajoso para o empresário reduzir sua produção, pois ao restringir a oferta, pode ser beneficiado por um aumento de preços que compense a queda da produção, elevando seu faturamento total.
 
 se, por exemplo ocorre um avanço da 
 tecnologia, diminuem os custos de 
 produção, aumentando a oferta,como 
 mostra a figura 2.21.
 
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Figura 2.21 Deslocamento da oferta, dado um avanço na tecnologia.
 se, por exemplo, ocorre uma mudança 
 favorável no clima ou nas condições 
 ambientais, aumenta a oferta e vice-
 versa, coeteris paribus, como mostra 
 a Figura 2.22ª.
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 O contrário ocorre, por exemplo, no caso de uma geada (Figura 2.22b).
Figura 2.22 Deslocamento da oferta, dada uma mudança nas condições climáticas.
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4.3 CURVA DE OFERTA DE MERCADO DE UM BEM OU SERVIÇO
 É a soma horizontal (de qualidade) das curvas de oferta da firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviços:
 sendo j = 1, 2,..., m firmas produzindo um bem i, e qj as ofertas das firmas individuais.
4.4 OBSERVAÇÕES SOBRE A OFERTA DE UM BEM OU SERVIÇO
Variação da oferta X Variação da quantidade ofertada
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 Como já tínhamos assinalado na função demanda, também há uma diferença entre uma variação da oferta e uma variação da quantidade ofertada:
Variação da oferta: deslocamento da curva (quando altera a condição coeteris paribus,ou seja,quando se alteram pn, , 0, T ou A); 
Variação da quantidade ofertada: movimento ao longo da curva (quando se altera o preço do próprio bem p i , mantendo-se as demais variáveis constantes).
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Formato da curva de oferta
 Também como a demanda, a curva de oferta pode ter um formato linear, ou potencial, ou exponencial, dependendo de como os dados estatísticos se apresentarem.
 Estatisticamente, as variáveis que comparecem com mais regularidade nas estimativas de funções oferta são o preço do próprio bem (pi) e o custo dos fatores de produção
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 Na maior parte dos estudos empíricos, observamos que a oferta depende mais do preço no período anterior (pt-1), do que do preço no próprio período, dado que as decisões de alterar a produção não são tomadas de imediato, demandando um certo período de tempo para as empresas ajustarem sua planta de produção aos novos preços.
O conceito de excedente do produtor
 O excedente do produtor é o ganho em bem-estar pelo fato de o produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo que viabilizaria sua produção. 
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 Como pode ser visualizado na figura 2.23, dado um preço de mercado de $120, o produtor estaria disposto a receber, para produzir a primeira unidade, um mínimo de $60, $70 pela segunda etc.Contudo, na prática, ele recebe o preço de mercado, ganhando a diferença entre o preço de mercado e sua disposição mínima a receber. O excedente do produtor, portanto, está representado pela área hachurada.
Figura 2.23 excedente do produtor 
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5 O EQUILÍBRIO DE MERCADO
 5.1 O EQUILÍBRIO DE MERCADO DE UM BEM OU SERVIÇO
 O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura.
 Colocando em um único gráfico (Figura 2.24) as curvas de oferta e de procura de um bem ou serviço qualquer, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio E,ao qual correspondem o preço p 0 e a quantidade q0 .
 
 Figura2.24 Equilíbrio de mercado de um serviço.
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 Este ponto é único: a quantidade que os consumidores desejamcomprar é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda. Existe coincidência de desejos.
 Tendência ao nível de equilíbrio: lei da oferta e da procura
 No gráfico da Figura 2.25, para qualquer preço superior a p0, (como p’), a quantidade que os ofertantes desejam vender é muito maior do que a que os consumidores desejam comprar. Existe um excesso de oferta (qs’ - qd’).
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 De outra parte, com qualquer preço inferior a p0, surgirá um excesso de demanda (qd’ - qs’). Em qualquer dessas situações, não existe compatibilidade de desejos entre ofertantes e consumidores.
 Entretanto, supondo um mercado concorrencial, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio. Quando ocorre excesso de oferta, os vendedores acumularão estoques não planejados e terão que diminuir seus preços, concorrendo pelos escassos consumidores: no caso de excesso de demanda, os consumidores estarão dispostos a pagar mais pelos produtos escassos.
29/11/2013
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 No primeiro caso, a diminuição dos preços aumenta a quantidade demandada e reduz a quantidade ofertada, eliminado o excesso de oferta . No segundo caso, o aumento do preço diminui a quantidade demandada e leva a quantidade ofertada, eliminado o excesso de demanda.
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 Assim, há uma tendência normal ao equilíbrio: no ponto E (p0, q0), não existem pressões para alterar preços; os planos dos compradores são consistentes com os planos do vendedores, e não existem filas e estoques não planejados pelas empresas.
 Como se observa, os agentes de mercado, isto é, consumidores e empresas, sem qualquer interferência do governo, tendem a encontrar sozinhos uma posição de equilíbrio, mediante o mecanismo de preços, ou seja, da lei da oferta e procura.
29/11/2013
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5.2 MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO, EM VIRTUDE DE DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA
 Como vimos, existem vários fatores que podem provocar deslocamento das curvas de oferta e demanda, que evidentemente provocarão mudanças do ponto de equilíbrio.Suponhamos, por exemplo, que o mercado do bem x esteja em equilíbrio, e o bem x seja bem normal (não inferior). O preço de equilíbrio inicial é p0 e a quantidade, q0 (ponto A no próximo gráfico).
 Suponhamos agora que os consumidores tenham um aumento de renda real (aumento do poder aquisitivo).
29/11/2013
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 Consequentemente, coeteris paribus, a demanda do bem x, a um mesmo preço, será maior.
 Isso significa um deslocamento da curva de demanda para a direita, para D1, como mostra a Figura 2.26. Assim ao preço P0, teremos um excesso de demanda, que provocará gradativamente um aumento de preços. Com os preços aumentando, o excesso de demanda vai diminuindo, até acabar, no novo equilíbrio, ao preço P1, e à quantidade q1 (ponto B). 
29/11/2013
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Figura 2.26 Mudanças no ponto de equilíbrio devido a deslocamento da demanda 
 Da mesma forma, um deslocamento da curva de oferta a quantidade e os preços de equilíbrio.
 Suponhamos, para exemplificar, uma diminuição dos preços das matérias-primas usadas na produção do bem x. 
29/11/2013
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 Consequentemente, a curva de oferta desse bem se desloca para a direita. Por um raciocínio análogo ao anterior, podemos perceber que o preço de equilíbrio se tornará menor, e a quantidade, maior. 
Figuras 2.27 Mudanças no ponto de equilíbrio devido a deslocamentos da oferta.
29/11/2013
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 Também podemos combinar, num mesmo diagrama, os dois deslocamentos anteriores. Como pode ser visto na Figura 2.28, a quantidade de equilíbrio aumenta tanto pela variação positiva da demanda quanto pela variação positiva da oferta. Com relação ao preço, porém o efeito final dependerá do deslocamento relativo das duas curvas.
29/11/2013
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5.3 EXERCÍCIOS SOBRE EQUILÍBRIO DE MERCADO
Dados D = 22 - 3p (função demanda) S = 10 + 1p (função oferta)
Determinar preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.
Se o preço for $ 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda? Qual a magnitude desse excesso?
Resolução:
D = 22 – 3p
 S = 10 + 1p
29/11/2013
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 no equilíbrio,
D = S
22 – 3p = 10 + 1p
4p = 12
 portanto,
 Para determinar q0, basta substituir o valor de p0 = 3 em qualquer das funções acima (D ou S).
D = 22 – 3 . 3 = 22 - 9
29/11/2013
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Para p = 4, a quantidade demandada é:
 a quantidade ofertada é:
 portanto, , e existe um excesso de oferta de 4 (isto é, 14 – 10).
Dados:
 e supondo a renda R = 100,
29/11/2013
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 pede-se:
Preço e quantidade de equilíbrio do bem x.
Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.
Resolução:
.
Resolvendo, chegamos a e .
Como a renda passou de 100 para 120, a função demanda fica
 
29/11/2013
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 Igualando com a função oferta, que não se alterou, chega-se a
 e 
Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações:
 onde representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preço do produto. Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio?
29/11/2013
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Resolução: O preço e a quantidade de 
 equilíbrio são obtidos igualando-
 se a quantidade ofertada 
 com a quantidade procurada 
 . Temos então:
29/11/2013
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 A quantidade transacionada pode ser obtida substituindo-se o valor de P na equação de ou de 
QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA
Assinale a alternativa correta:
A macroeconomia analisa mercados específicos, enquanto a microeconomia analisa os grandes agregados.
A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento da macroeconomia.
29/11/2013
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No mercado de bens e serviços, são determinados os preços dos fatores de produção.
A questão “como produzir” é decidida no mercado de fatores de produção.
Todas as alternativas estão erradas.
Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento da renda do consumidor provavelmente:
Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de B permanecerá constante.
29/11/2013
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Aumentará simultaneamente os preços de A e B.
O consumo de B diminuirá e o de A crescerá.
Os consumos dos dois bens aumentarão.
Nenhuma das alternativas é correta.
Assinale os fatores mais importantes que afetam as quantidades procuradas:
Preço e durabilidade do bem.
Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção.
29/11/2013
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Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, renda e preferência do consumidor.
Renda do consumidor, custos de produção.
Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, custos de produção, preferência dos consumidores.
O efeito total de uma variação no peço é a soma de:
Efeito substituição e efeito preço.
Efeito substituição e efeito de renda.
29/11/2013
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Efeito renda e efeito preço.
Efeito preço, efeito renda e efeito substituição.
N.R.A.
O leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta. Paralelamente, o consumidor diminui sua demanda de chá. Leite e chá são bens:
Complementares.
Substitutos.
Independentes.
29/11/2013
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Inferiores.
De Giffen.
Dada a função demanda de x:
Dx = 30 – 0,3px + 0,7py + 1,3R
 sendo px e py os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores, assinale a alternativacorreta:
O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares.
O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos.
29/11/2013
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Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal.
Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal.
Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior.
Supondo o preço do bem no eixo vertical e a quantidade ofertada no eixo horizontal, podemos afirmar que, coeteris paribus:
A curva de oferta desloca-se para a direita quando o preço do bem aumenta.
29/11/2013
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A curva de oferta desloca-se para a esquerda quando o preço do bem cai.
A curva de oferta desloca-se para a direita quando aumentam os custos de produção.
A quantidade ofertada aumenta quando o peço do bem aumenta, coeteris paribus.
Todas as alternativas estão corretas.
Para fazer distinção entre oferta e quantidade ofertada, sabemos que:
A oferta refere-se a alternações no preço do bem, e a quantidade ofertada,a alterações nas demais variáveis que afetam a oferta. 
29/11/2013
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A oferta refere-se a variações a longo prazo, e quantidade ofertada, a mudanças de curto prazo.
A quantidade ofertada só varia em função de mudanças no preço do próprio bem, enquanto a oferta varia quando ocorrem mudanças nas demais variáveis que afetam a oferta do bem.
Não há diferença entre alterações na oferta e na quantidade ofertada.
Nenhuma das respostas anteriores é correta.
29/11/2013
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Assinale a alternativa correta, coeteris paribus:
Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidade demandada do bem.
Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui a quantidade ofertada e demandada do bem.
Um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a oferta do bem.
Um aumento da demanda aumenta o preço, a quantidade demandada e a oferta do bem.
Todas as respostas anteriores estão erradas.
29/11/2013
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O aumento do poder aquisitivo, basicamente determinada pelo crescimento da renda disponível da coletividade, poderá provocar a expansão da procura de determinado produto. Evidentemente, o preço de equilíbrio: 
Deslocar-se-á da posição de equilíbrio inicial para um nível mais alto, se não houver possibilidade da expansão da oferta do produto.
Cairá do ponto inicial para uma posição mais baixa, se a oferta do produto permanecer inalterada. 
 
29/11/2013
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c. permanecerá inalterado, pois as variações de quantidade procuradas se realizam ao longo da curva inicialmente definida.
d. Permanecerá inalterada, pois as variações de quantidade ofertadas se realizam ao longo da curva inicialmente definida. 
e. Nenhuma das alternativas anteriores. 
11. Dados o diagrama a seguir, representativo do equilíbrio no mercado do bem X, assinale a alternativa correta. 
29/11/2013
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X é um bem de Giffen.
Tudo o mais constante, o ingresso de empresas produtoras no mercado do bem X provocaria elevação do preço de equilíbrio desse bem.
O mercado do bem X é característica por concorrência perfeita. 
29/11/2013
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d. Tudo o mais constante, um aumento da renda dos consumidores provocaria um aumento no preço de equilíbrio do bem X, se este for inferior. 
e. Tudo o mais constante, a diminuição do preço do bem Y, substituído do bem X, levará a um aumento do preço de equilíbrio de X.
12. Dadas as funções oferta e demanda do bem,
29/11/2013
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 e a renda do consumidor R= 1,000 o preço do bem 2P2= 20, assinale a alternativa errada:
o preço de equilíbrio do bem 1 é 100.
A quantidade de equilíbrio do bem 1 é 80.
Os bens 1 e 2 são bens complementares. 
O bem 2 é um bem normal. 
O bem 1 não é um bem inferior.
 
29/11/2013
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CAPÍTULO 3 – ELASTICIDADES
Conceito: Até esta altura, sabemos apenas que, quando aumenta o preço de um bem, a quantidade demandada deve cair, coeteris paribus. Ou seja conhecemos apenas a direção, o sentido, mas não a magnitude numérica: isto é, se o preço aumenta em 10%, quanto cairá a quantidade demandada? O conceito de elasticidade fornece essa resposta numérica.
29/11/2013
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Elasticidade, em sentido genérico, é a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Assim, elasticidade é sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. Trata-se de um conceito de ampla aplicação em economia. Vejamos alguns exemplos: 
29/11/2013
Prof. Carlos Rocha
Elasticidade-preço da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus;
Elasticidade-renda da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda coeteris paribus;
Elasticidade-preço cruzada da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus; 
29/11/2013
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Elasticidade-preço da oferta: é a variação percentual na quantidade ofertada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
Exemplos da Macroeconomia:
Elasticidade das exportações em relação à tava de juros: é a variação percentual da procura de moeda, dada a variação percentual da taxa de juros coeteris paribus.
Enfim sempre quando tivermos uma relaçao entre variáveis em economia, podemos calcular a elasticidade.
Elasticidade-preço da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço.
Classificação da demanda, de acordo com a elasticidade-preço: De acordo com a elasticidade-preço, a demanda pode ser classificada como elástica, inelástica ou de elasticidade-preço unitária.
Fatores que afetam a elasticidade-preço da demanda: São quatro os fatores que explicam o valor numérico da elasticidade-preço da demanda, a saber: disponibilidade de bens substitutos, essencialidade do bem, importância relativa do bem no orçamento e o horizonte de tempo.
Disponibilidade de bens substitutos
Quanto mais substitutos, mais elástica a demanda, pois, dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse produto. Ou seja, trata-se de um produto cujos consumidores são bastante sensíveis a variação de preços.
Como a elasticidade depende da quantidade de bens substitutos, observa-se que quanto mais específico o mercado, maior a elasticidade. 
Essencialidade do bem: Quanto mais essencial o bem, mais inelástica sua procura. Esse tipo de bem não traz muitas opções para o consumidor “fugir” do aumento de preços. Exemplos clássicos sal e açúcar.
Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: A importância relativa, ou peso do bem no orçamento, é dada pela proporção de quanto o consumidor gasta no bem, em rel~ção a sua despesa total.
Quanto maior o peso no orçamento, maior a elasticidade-preço da procura. O consumidor é afetado, por alterações nos preços, quanto mais gasta com o produto, dentro de sua ceta de consumo. 
Horizonte de tempo: Dependendo do horizonte de tempo de análise, um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de depterminada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta. Ou seja, a elasticidade-preço da procura tende a aumentar no tempo( as elasticidades calculadas a longo prazo são maiores que as de curto prazo).
Interpretação geométrica da elasticidade-preço da demanda: Quando a elasticidade-preço da demanda deve variar, ao longo de uma mesma curva de demanda. Quanto maior o preço do bem, maior a elasticidade, ou seja aumenta a sensibilidade do consumidor, quando o preço do bem aumenta.
CAPÍTULO 5 – PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Uma vez discutido o funcionamento do mercado, vamos deter-nos um pouco mais na Teoria da Firma, que está por trás da curva de oferta de mercado.
O grande objetivoda firma que opera no setor privado é a maximização de lucros. Do ponto de vista econômico, o Lucro Total (LT) é a diferença entre a Receita Total (RT) e o Custo Total (CT): LT = RT - CT
29/11/2013
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A receita total, por sua parte, se define pelo produto entre o preço de ven­da (p) e a quantidade produzida (q). Assumindo, por enquanto, que o preço de venda é dado, a receita total dependerá da quantidade produzida. Dessa forma, a Teoria da Firma divide-se em Teoria da Produção e Teoria dos Custos.
A Teoria da Produção que passaremos a analisar refere-se às relações tecnológicas, físicas, entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados na pro­dução, enquanto a Teoria dos Custos de Produção inclui os preços dos insumos.
29/11/2013
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CONCEITOS BÁSICOS
CONCEITOS BÁSICOS
A ESCOLHA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO
Produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de pro­dução adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Assim, a firma é uma intermediária: compra insumos (inputs, fatores de produção), com- bina-os segundo um processo de produção escolhido e vende produtos (outputs) no mercado.
29/11/2013
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O processo de produção pode ser ou mão-de-obra-intensivo, ou capital- intensivo, ou terra-intensivo (Figura 5.1), dependendo do fator de produção utilizado em maior quantidade, relativamente aos demais.
—► Mão-de-obra (N)
—► Capital Físico (K)
—► Area, Terra (7)
—► Matérias-primas (Mp) 	
29/11/2013
Prof. Carlos Rocha
INSUMOS
PROCESSOS DE PRODUÇÃO —►
Figura5.1O processo de produção.
A escolha do processo de produção depende de sua eficiência. A eficiência pode ser avaliada pelo ponto de vista tecnológico ou pelo ponto de vista eco­nômico.
eficiência técnica (ou tecnológica): entre dois ou mais processos de produção, é aquele processo que permite produzir uma mesma quantidade de produto, utilizando menor quantidade física de fa­tores de produção;
eficiência econômica: entre dois ou mais processos de produção, é aquele processo que permite produzir uma mesma quantidade de produto, com menor custo de produção.
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São conceitos relativos: diz-se que A é mais eficiente relativamente a B (e não que A ou B são eficientes). Esses conceitos também podem ser aplicados para comparação entre firmas assemelhadas, ou ainda entre setores (por exem­plo, diferenças de eficiência no setor têxtil entre os vários Estados).
Na Teoria Microeconômica, consideramos como dada ou determinada a eficiência tecnológica, que é uma questão mais pertinente à área de engenharia, e preocupamo-nos mais em analisar a questão de eficiência econômica. Ou seja, na teoria da produção, ao analisarmos relações físicas entre insumos e produ­tos, estaremos assumindo, implicitamente, a existência de eficiência técnica.
 
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É interessante observar que existe uma diferença entre os conceitos de tecnologia e de métodos de produção. Tecnologia é um inventário dos métodos de produção conhecidos. E o estado das artes. Nessa análise, supõe-se tecnologia dada. Método ou Processo de Produção diz respeito a diferentes possibilidades de combinações entre os fatores de produção, para produzir uma dada quanti­dade de um bem ou serviço.
Na análise que se segue, supõe-se que podemos escolher entre processos alternativos de produção, a um dado nível de conhecimento tecnológico.
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FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
Um dos conceitos mais relevantes, dentro da Teoria da Produção, é o de função de produção. E a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção e a quantidade física do produto em determinado período de tempo.
quantidade produto = f (quantidade fatores de produção)
 q =f			(N,	 K, 	M)2
Quantidade produzida/t mão-de-obra capital físico matérias primas
		 utilizada/t utilizado/t utilizadas/t 
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A função de produção supõe que foi atendida a eficiência técnica; ou seja, representa a máxima produção possível, em dados níveis de mão-de-obra, capi­tal e tecnologia.
O conceito de função de produção não deve ser confundido com a função oferta, que vimos anteriormente. A função oferta é um conceito “econômico”, de eficiência econômica, pois relaciona a produção com os preços dos fatores de produção (custos), enquanto a função de produção é um conceito mais “físi­co” ou “tecnológico”, pois se refere à relação entre quantidades físicas de produ­to e fatores de produção.
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DISTINÇÃO ENTRE FATORES DE PRODUÇÃO FIXOS E VARIÁVEIS E ENTRE CURTO E LONGO PRAZOS
Na Teoria Microeconômica, a questão do prazo está definida em termos da existência ou não de fatores fixos de produção.
Os fatores de produção fixos são aqueles que permanecem inalterados, quando a produção varia, enquanto os fatores de produção variáveis se alte­ram com a variação da quantidade produzida. São exemplos de fatores fixos o capital físico e as instalações da empresa, e de fatores variáveis a mão-de-obra e as matérias-primas utilizadas.
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Define-se curto prazo como o período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo: já a longo prazo, todos os fatores variam. Dessa forma, por exemplo, o curto prazo para uma metalúrgica é maior do que o de uma fábrica de biscoitos, dado que as alterações de equipamentos ou instalações de uma metalúrgica demandam mais tempo que as de uma fábrica de biscoitos.
PRODUÇÃO COM UM FATOR VARIÁVEL E UM FIXO: UMA ANÁLISE DE CURTO PRAZO	
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Suporemos, por simplificação, apenas dois fatores de produção: mão-de- obra (AO e capital (K), sendo a mão-de-obra variável e o capital (equipamentos e instalações) fixo. A função de produção fica:
q=f(N,K)
Como K é suposto fixo ou constante a curto prazo, a função produção fica:
q=f(N)
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Ou seja, o nível do produto varia apenas em função de alterações na mão- de-obra, a curto prazo, coeteris paribus.
CONCEITOS DE PRODUTO TOTAL, PRODUTIVIDADE MÉDIA E PRODUTIVIDADE MARGINAL
Produto Total (PT)
E a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. Repre­senta quanto produz cada fator.
PT=q
Produtividade média
É a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. Representa a contribuição média de cada fator de produção.
Produtividade média da mão-de-obra PMeN = PT/N (é o produto por trabalhador)
Produtividade média do capital: PMeK =PT/K
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N 
K 
Produtividade marginal	
E a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. Representa a contribuição marginal ou adicional de cada fator de produção.
Produtividade Marginal da Mão-de-obra: PMgn = APT/AN = Aq/AN ou dq/dN 
Produtividade Marginal do Capital: PMgk = APT/AK = Aq/AK ou dq/dK
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sendo dq/dN e dq/dK as derivadas do produto em relação aos insumos, mão-de
obra e capital, aplicável quando a função de produção é contínua e diferenciável
Os conceitos de produto total e produtividades média e marginal são ilus trados na Tabela 5.1.
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Tabela 5.1 Produto Total, Médio e Marginal
K	N PT PMeN= PT/N PMgN=APT/AN
10	0	0	 _			_
10	1	3	3			3
10	2	8	4			5
10	3	12	4			4
10	4	15	3,75			3
10	5	17	3,4			2
10	6	17	2,8			0
10	7	16	2,3			-1
10	8	13	1,6			-3
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Observamos que o capital se mantém fixo (10 unidades), o que indica que trata-se de uma abordagem de curto prazo. As variações do produto são devida; exclusivamente às alterações no fator mão-de-obra.
Colocando os dados apresentados em gráficos, teremos a Figura 5.2.
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Figura 5.2 curvas de produto total, produtividade média e marginal da mão-de-obra
Supondo curvas contínuas e diferenciáveis (isto é, sem “bicos” ou interrupções), podemos representar as curvas de produto total, marginal e médio da mão-de-obra como	na Figura 5.3.
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Figura 5.3 Curvas de Produto Total, Produtividade Média e Marginal da mão-de-obra.
Observamos que, no ponto máximo do produto total (PT), a produtividade marginal da mão-de-obra (PMgN) é igual a zero. Antes desse ponto, a produtividade marginal da mão-de-obra é positiva, ou seja, aumentos na absorção de mão-de-obra elevam o produto total. Após o ponto máximo do PT (PMgN = 0), a produtividade é negativa: acréscimos de mão-de-obra diminuirão o produto. Isso ocorre em virtude da lei dos rendimentos decrescentes, que veremos a seguir.
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LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES DO FATOR
O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes do Fator, cujo enunciado é:
“Ao aumentar o fator variável (TNQ, sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tomar-se negativa.”
Essa lei, em sua versão absoluta, só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale no curto prazo) que termina tornando-se um “gargalo” a partir de certo ponto.
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Exemplo: Consideremos a atividade agrícola, tendo como fator fixo a área cultivada e como fator variável a mão-de-obra. Com o aumento da produção, no início ela cresce substancialmente, porque há poucos trabalhadores para muita terra. Aumentando o número de trabalhadores, e se a área permanece a mesma, chega-se a um ponto em que a produção continua crescendo, mas a taxas decrescentes, em virtude do excesso de trabalhadores. Teoricamente, pode-se chegar a um ponto em que a absorção de mais um trabalhador provocará queda na produção (PMgN negativa). 
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Como dissemos, espera-se, entretanto, que o empresário racional não deixe chegar a esse ponto, dado que o mercado para seu produto está crescendo, e deve aumentar a área cultivada, deslocando a função de produção para cima.
O Prêmio Nobel Arthur Lewis estudou uma situação na qual a produtividade marginal da mão-de-obra seria nula. Em países subdesenvolvidos, que praticam a chamada agricultura de subsistência (os agricultores só cultivam para o seu próprio consumo), os filhos de agricultores permanecem na região, ajudan¬do na roça, sem que isso represente aumento do produto agrícola.
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É a chamada tese do desemprego disfarçado na agricultura, segundo a qual essas pessoas teriam produtividade marginal nula. Essa observação levou Lewis a formular uma estratégia para o crescimento econômico desses países, em processo de industrialização: o deslocamento de mão-de-obra da agricultura para a indústria nas cidades não diminui o produto agrícola, ao mesmo tempo que permite abastecer de trabalhadores a indústria (inicialmente em função de menor qualificação) como na construção civil, limpeza urbana etc., aumentando o produto industrial.
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PRODUÇÃO A LONGO PRAZO
A análise da produção a longo prazo considera que todos os fatores de produção (mão-de-obra, capital, instalações, matérias-primas) variam. Ou seja, a longo prazo, não existem fatores fixos de produção.
Supondo apenas dois fatores de produção, a mão-de-obra (N) e o capital (K), temos a função produção
			q =f(N,K)
com ambos os fatores variáveis. Essa função de produção pode ser representada por uma curva chamada Isoquanta.
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ISOQUANTAS DE PRODUÇÃO
Isoquanta significa igual quantidade e pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos representam infinitas combinações de fatores, que indicam a mesma quantidade produzida. Ou seja, a isoquanta expressa um menu de processos produtivos igualmente eficientes, determinado pela tecnologia disponível, capazes de produzir a mesma qualidade do bem ou serviço final.
Como vemos, é um conceito análogo ao de curva de indiferença da Teoria da Demanda, aplicado à Teoria da Produção.
Graficamente, a isoquanta pode ser representada como na Figura 5.4.
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Figura 5.4 Isoquanta de produção.
Tal como a curva de indiferença, a isoquanta apresenta duas características básicas:
1. Inclinação negativa: na Figura 5.4, 1.000 unidades do produto podem ser obtidas por infinitas combinações de insumos: 2 de K "ore 150 de N, 4 de K com 80 de N, 6 de K com 50 de N etc. Evidentemente, para uma mesma quantidade produzida, se aumentar a quantidade de um fator de produção, a quantidade do outro fator tem que ser reduzida, daí a declividade negativa da isoquanta. Sua declividade chama-se Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST), e representa a taxa de intercâmbio de um fator pelo outro que, mantém o mesmo nível de produção.
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2 Convexa em relação à origem: como pode ser visto na Figura 5.4, à medida que aumentamos a quantidade de trabalhadores e reduzimos a de capital, a TMST diminui. Isso reflete a dificuldade crescente de substituir um fator pelo outro, devido aos rendimentos decrescentes. Aqui, apesar de estarmos no longo prazo, em que nenhum fator é fixo, podemos ter aumentos (ou reduções) na quantidade dos fatores que geram abundância (escassez) relativa. Assim, se a quantidade de N aumenta em relação à quantidade de K, teremos trabalhadores menos produtivos (menor PMgN) e máquinas mais produtivas (maior PMgK).
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Um conjunto de isoquantas, cada qual mostrando um nível de produção, representa uma família de isoquantas, ou mapa de produção. Graficamente, temos a Figura 5.5.
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Figura 5.5 Mapa de isoquantas.
A escolha de uma particular isoquanta, que corresponde à escolha da quantidade que o empresário deseja produzir, dependerá dos custos de produção e da demanda pelo produto da firma, como veremos nos próximos capítulos.
CONCEITO DE ECONOMIAS DE ESCALA
A longo prazo, interessa analisar as vantagens e desvantagens de a empresa aumentar sua dimensão, seu tamanho, o que implica demandar mais fatores de produção. Isso introduz o conceito de rendimentos ou economias de escala.
O que acontece com a produção quando variamos igualmente todos os insumos? (Portanto, não alteramos a escassez ou abundância relativa de nenhum fator. Por isso, não estamos nos referindo aos rendimentos do fator). Ou seja, o que acontece quando aumentamos o tamanho ou escala da empresa?
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Podemos definir economias de escala tanto do ponto de vista tecnológico como dos custos (conceito mais “econômico”):
• economia de escala técnica ou tecnológica: quando a produtividade física varia com a variação de todos os fatores de produção.
• economia de escala pecuniária: quando os custos por unidade produzida variam com a variação de todos os fatores de produção.
Podemos ter rendimentos crescentes, decrescentes ou constantes de escala.
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Rendimentos decrescentes de escala
Se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção maior.
Exemplo: supondo um aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra de capital, a produção aumenta em mais de 10%. Significa que as produtividades médias dos fatores de produção aumentaram.
Do ponto de vista tecnológicos, as economias de escala acontecem em virtude das indivisibilidades de produção e da divisão do trabalho.
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As indivisibilidades na produção referem-se ao fato de que certas unidades de produção só podem ser operadas em condições econômicas se possuírem uma escala ou tamanho mínimo. Aumentando a escala de operações, a produção pode aumentar mais que proporcionalmente. Empresas siderúrgicas ou dosetor automobilísticos são mais produtivas quanto maior a escala de operações. Por outro lado, à	medida que a escala aumenta, surge, por exemplo, a possibilidade de operar por meio de linhas de montagem, aproveitando-se das vantagens de especialização do trabalho, o que não era possível com as dimensões anteriores (divisão do trabalho: é mais eficiente e produtivo cada trabalhador realizar uma tarefa apenas, na qual ele se especialize, do que realizar uma série de tarefas.
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Do ponto de vista pecuniário, certas operações de pesquisa e "marketing" só são possiveis com base em determinado nível mínimo de produção, quando então não devem implicar aumentos significativos de custos. Por outro lado, grandes empresas ten maiores facilidades de obter empréstimos em condições mais vantajosas junto aos bancos e de recorrer ao mercado de capitais. Além disso, empresas maiores, comprando fatores de produção em maior quantidade, têm poder de barganha para obtê-los a preços mais baixos.
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Rendimentos decrescentes de escala
Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor.
Exemplo: Suponde um aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra e de capital, a produção aumenta em 5%. Significa que as produtividades médias dos fatores de produção caíram.
Um provável motivo para que ocorram rendimentos decrescentes de escala reside no fato de a expansão da empresa poder provocar uma descentralização que pode acarretar problemas de comunicação entre a direção e as demais áreas da empresa.
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O conceito de rendimento decrescente de escala não deve ser confundido com a lei dos rendimentos decrescentes, vista anteriormente. Esta supõe sempre algum fator de produção fixado no processo de produção (portanto, curto prazo), enquanto os rendimentos de escala representam um conceito de longo prazo, em que não há fatores de produção fixos.
Rendimentos constantes de escala
Se todos os fatores crescem em dada proporção, a produção cresce na mesma proporção. As produtividades médias dos fatores de produção permanecem constantes.
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CAPÍTULO 6 – CUSTOS DE PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Como já observamos, a teoria da produção, vista anteriormente, prende-se exclusivamente a questões tecnológicas, físicas, entre insumos e produtos. Vejamos agora o lado dos custos de produção, que determinarão a chamada curva de oferta da firma.
Neste capítulo, procuraremos mostrar como a visão do economista difere daquela do contador, em particular no que se refere aos custos de oportunidade e custos sociais, incorporados pelos economistas em suas curvas de custos.
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CUSTOS DE OPORTUNIDADE x CUSTOS CONTÁBEIS
Já tivemos oportunidade de apresentar o conceito de custo de oportunidade no capítulo introdutório. Vimos, numa abordagem mais genérica, que os custos de oportunidade representam o sacrifício que se faz, em termos do que se deixa de produzir, ao optarmos por uma dada produção. Dada a escassez de recursos e supondo que todos estejam empregados, a escolha da sociedade de produzir, num exemplo clássico, mais manteiga sacrifica a produção de canhões.
No nível microeconômico, a diferença entre custos contábeis e custos de oportunidade pode ser apresentada como se segue:
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• custos contábeis: envolvem dispêndio monetário. E o custo explícito, considerado na contabilidade privada. Chamados também de custos históricos;
• custos de oportunidade: são custos implícitos, que não envolvem desembolso. Os custos de oportunidade privados são os valores dos insumos que pertencem à empresa e são usados no processo produtivo, e que são estimados a partir do que poderia ser ganho, no melhor uso alternativo (por isso, também são chamados de custos alternativos).
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Exemplos:
a)capital mantido em caixa na empresa: o custo de oportunidade é o que a empresa poderia estar ganhando, aplicando, por exemplo, no mercado financeiro;
b)quando a empresa tem prédio próprio, ela deve imputar um custo de oportunidade, correspondente ao que ela receberia se alugasse o prédio;
c)estudante: o custo de oportunidade de estar estudando é representado pelo que ele está deixando de ganhar, se trabalhasse.
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Portanto, para o economista, as curvas de custos das firmas consideram, além dos custos contábeis, os custos de oportunidade, pois, assim, estaria sendo captada a verdadeira escassez relativa (o custo para a sociedade) dos recursos utilizados.
As empresas públicas procuram utilizar o enfoque do economista para o cálculo das tarifas e dos preços públicos. As empresas privadas, na quase totalidade, adotam o enfoque contábil, já que seus balanços e demonstrações financeiras utilizam valores efetivamente desembolsados e recebidos.
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O conceito de custo de oportunidade é utilizado em algumas empresas privadas apenas no planejamento orçamentário (por exemplo, ao imputar o valor de aluguel de mercado do prédio de sua propriedade ao comparar quanto poderia ganhar no mercado financeiro, ao investir na ampliação da empresa etc.).
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AVALIAÇÃO PRIVADA E AVALIAÇÃO SOCIAL
Como uma extensão da diferença entre o enfoque contábil e o enfoque
econômico, há uma clara distinção entre a avaliação privada e a avaliação social de projetos de investimento. Resumidamente:
avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa;
avaliação social: custos (e benefícios) para toda a sociedade, derivados da atividade produtiva.
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Por exemplo, quando aumenta a produção automobilística, além dos custos financeiros dessa indústria, devemos considerar também o aumento dos custos sociais, derivados do aumento da poluição sonora e ambiental, além do desgaste das ruas e estradas. Quando aumenta a produção da indústria extrativa de madeira, há perdas ecológicas derivadas do desmatamento.
A diferença entre a ótica privada e a social é dada pelas externalidades ou economias externas, que vimos no Capítulo 4. No contexto da Teoria da Firma, as externalidades representam as alterações de custos e benefícios para a sociedade,
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derivadas da produção da empresa, ou então como as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa. Nessa linha, por exemplo, os comerciantes de lustres têm externalidades positivas por se localizarem próximos um do outro; uma indústria química poluidora dos rios impõe externalidades negativas à indústria pesqueira etc.
Essa ótica é muito utilizada em avaliação de projetos de investimento, principalmente no setor público. Tomemos como exemplo um projeto de construção de uma hidroelétrica. Pela óptica privada (da empresa construtora), o custo a ser considerado é seu desembolso financeiro no projeto. Isso inclui os gastos com impostos e encargos trabalhistas.
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Sob a óptica social, impostos e encargos trabalhistas não são custo para a sociedade em sua totalidade, e sim uma transferência de recursos da empresa para o governo. Deve ainda ser considerado o impacto negativo da obra sobre o meio ambiente. Comparando-se o custo social com o benefício ou retomo social do projeto (geração de empregos, abastecimento de água), decide-se se o mesmo deve ou não ser implementado.
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CUSTOS A CURTO PRAZO
Como vimos anteriormente, a curto prazo, alguns fatores são fixos, qualquer que seja o nível de produção. Normalmente, consideramos como fator fixo a planta da empresa e os equipamentos de capital. Assim, os fatores fixos geram custos fixos, enquanto os fatores variáveis geram custos variáveis.
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CONCEITOS DE CUSTO TOTAL, CUSTO VARIÁVEL TOTAL E CUSTO FIXO TOTAL
Custo Variável Total (CVT): parcela do custo que varia, quando

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