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ADAPTAÇÃO EXTRA-UTERINA COMPARAÇÃO ENTRE A CIRCULAÇÃO NO ADULTO E CIRCULAÇÃO NO FETO SHUNTS DA CIRCULAÇÃO FETAL FORAME OVAL CANAL ARTERIAL DUCTO VENOSO Veia Umbilical Presença de sangue rico em oxi-hemoglobina →→→→ 50-60% via ducto venoso para VCI →→→→ 40-50% via veia porta para fígado Ramos da Veia Umbilical DUCTO VENOSO Forame Oval Comunica AD com AE – permite passagem de sangue do AD para AE Canal Arterial Comunica artéria pulmonar com aorta – permite passagem de sangue para aorta SHUNTS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR DO FETO Distribuição do sangue no coração do feto Sangue da VCI 1/3 sangue que chega ao AD – forame oval - AE 2/3 sangue vai para VD através da valva tricúspide Sangue ejetado na aorta para nutrir coração, cabeça, pescoço e MMSS →→→→ 10% vai para os pulmões →→→→ 90% via canal arterial para aorta descendente Essa distribuição de sangue garante perfusão tanto das estruturas que estão acima do coração quanto das que estão abaixo ALTA RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR Portanto, pulmão do feto não faz troca gasosa PLACENTA PORTANTO, NO FETO A PLACENTA É O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA TROCA GASOSA DÉBITO CARDÍACO PARA O ÚTERO Não Gestante – 1% FACES DA PLACENTA CONSTITÚIÇÃO DA PLACENTA Gestante – 10% Parte materna - decídua Parte fetal – saco coriônico Face materna aderida ao útero Face fetal conectado ao feto pela veia umbilical FUNÇÃO ENDÓCRINA / NUTRIÇÃO / TROCA GASOSA MECANISMO DE TROCA MATERNO-FETAL Existem lacunas ao redor das vilosidades coriônicas onde circula o sangue materno. A troca entre o sangue do embrião, que circula nas vilosidades, e o sangue materno, que circula nas lacunas acontece nesse ponto. FUMO AUMENTA A EXPRESSÃO DE MOLÉCULAS VASOCONSTRITORA E REDUZ VASODILATADORAS Remoção do Líquido Pulmonar Fetal Pneumócitos II secretam líquido para a luz pulmonar Importância do Líquido Pulmonar – crescimento e desenvolvimento dos pulmões Líquido Pulmonar precisa ser removido rapidamente ao nascimento para permitir a respiração de ar e adequada troca gasosa pós-natal. Pouco líquido sobra nos pulmões após o nascimento. Sem a remoção do líquido pulmonar não há como acontecer a primeira respiração O líquido nos pulmões não é líquido amniótico, mas líquido produzido pelos próprios pulmões No final da gestação o volume de líquido pulmonar no feto já está reduzido Mecanismos responsáveis pela remoção do líquido pulmonar → INCERTO! Pico de catecolaminas pouco antes do parto eleva o transporte de sódio para fora da luz pulmonar via canal sensível a amiloride (ENac), o que reduz o influxo de líquido para os pulmões e favorecendo a reabsorção de líquido. Apesar de incerto, sabe-se que depende do pico de catecolaminas antes do parto Corticóides e Hormônios Tiroideanos também promovem a remoção de líquido pulmonar Cl - Cl - Na+ Na+ Na+ K+ Epitélio Alveolar No feto são observados movimentos respiratórios; embora os pulmões não realizem troca gasosa intra-útero. Finalidade é desconhecida. Talvez represente o preparo dos pulmões para a importante função que ele irá desempenhar. Respiração durante a vida intra uterina Primeira respiração do RN é responsável pelas alterações circulatórias Primeira Incursão Respiratória Mecanismos responsáveis pela primeira incursão respiratória Visão Tradicional: Asfixia fetal transitória, via quimiorreceptores periféricos, induz a primeira respiração Contudo, esta visão tem sido questionada, já que a desnervação de quimiorreceptores não afeta a primeira respiração Visão Atual: Placenta produz um fator que impede o estabelecimento da primeira respiração → Possivelmente uma prostaglandina E2 Extratos de placenta tratados com indometacina ou AAS perdem a capacidade de inibir a primeira respiração em estudos experimentais Talvez a primeira incursão seja uma mistura das duas visões (tradicional e atual) Mecânica das Primeiras Incursões Pós-natais Durante o parto ocorre liberação maciça de surfactante que mantém alvéolos abertos Pressão intrapulmonar mais negativa no momento do parto – facilita a primeira incursão Pressão mais negativa pela remoção de líquido dos pulmões (?) Presença de pouco líquido nos pulmões distende vias aéreas e reduz pressão de abertura Menor pressão de abertura facilita a primeira incursão Permite criar a capacidade residual funcional (volume de ar nos pulmões no fim da respiração) O que leva a queda da resistência vascular pulmonar? NASCIMENTO Induz ao aumento da atividade da eNOS O mecanismo pelo qual nascimento aumenta atividade da eNOS é desconhecido Será que é o maior teor de O2 no ar da primeira respiração q aumenta NOS ??? O estresse de cisalhamento pelo aumento do fluxo sanguíneo nos pulmões e o aumento da tensão de oxigênio nos vasos dos pulmões também aumentam a atividade da eNOS eNOS→ NO → Guanilato ciclase→ GMPc→ PKG → abertura canal K RELAXAMENTO VASCULAR Queda da resistência vascular e aumento do fluxo sanguíneo pulmonar leva a fechamento do forame oval e canal arterial Transição para a Circulação Extra-uterina 1) Constrição do ducto venoso Secundário a constrição da veia umbilical pelo aumento da oxigenação – fruto da primeira respiração Veia umbilical atrofia e forma o ligamento venoso 2) Fechamento do forame oval O aumento do retorno de sangue dos pulmões para o AE fecha o forame por empurrar a válvula, próxima do forame, para o encontro do septo interatrial. 3) Fechamento do canal arterial O aumento da tensão de O2 no sangue do RN provoca a constrição do músculo liso do canal arterial e ele se fecha. Fechamento do canal arterial Ocorre em duas etapas: 1) Fechamento Funcional Ocorre nos primeiros quatro dias de vida por constrição do ducto induzido pelo ↑↑↑↑ O2 2) Fechamento Anatômico Constrição do ducto – necrose – migração de células musculares e oclusão do canal Canal se transforma em ligamento arterioso Prematuros de 28 semanas não se observa o efeito constritor do O2, mesmo com concentrações próximas a 100% - leva a persistência do ducto arterioso Isto explica o retardo do fechamento do ducto em prematuros No nascimento, ocorre queda da PGE por: 1) aumento do fluxo sanguíneo pulmonar 2) aumento do metabolismo da PGE 3) remoção da placenta, que produz PGE ↓↓↓↓ PGE →→→→ constrição e fechamento do canal arterial O fechamento do canal também depende do aumento da tensão de O2 Fechamento do canal arterial Também depende da queda de prostaglandina (PGE) Cerca de 90% dos ductos estão fechados aos dois meses de idade Indometacina (anti-inflamatório) e canal arterial Inibidor do metabolismo do ácido aracquidônico pela via da cicloxigenase (COX) fosfolipase A2 cicloxigenase ácido aracquidônico Prostaglandina (PGE) Prostaglandina mantém canal arterial aberto Canal arterial sintetiza PGE via COX Indometacina na gestação → constrição do canal arterial no feto →MORTE Persistência do canal arterial → terapia com indometacina ou aspirina fecha o ducto Anomalias da aorta no paciente pediátrico Persistência do canal arterial Shunt direito-esquerdo → repercussões cardiopulmonares Fase Compensada (inicial) Manutenção do Fluxo Sanguíneo →↑ frequência cardíaca e força de contração→ Elevado débito cardíaco Desempenho miocárdico é limitado Instala-se a fase descompensada – caracterizada por IC e ↓ DC Fase Descompensada→ complicações respiratórias → Por edema pulmonar decorrente do shunt D-E ↓↓↓↓ Complacência Pulmonar→ hipóxia / hipercapnia / acidose mista É resultado da deficiência de surfactante cuja síntese e secreção está relacionada a maturação dos pulmões e caracterizada por insuficiência respiratóriaque pode iniciar ao nascimento e progredir. Era chamada de doença da membrana hialina pela presença de fibrina recobrindo a superfície dos alvéolos, resultado do extravasamento de plasma para o seu interior. ALTERAÇÃO NA CIRCULAÇÃO DO NEONATO COM DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA OU SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO DO RÉCEM NASCIDO ALTERAÇÃO NA CIRCULAÇÃO DO NEONATO COM DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA REDUREDUREDUREDUÇÇÇÇÃO DE SURFACTANTEÃO DE SURFACTANTEÃO DE SURFACTANTEÃO DE SURFACTANTE QUADRO DE ATELECTASIA PULMONARQUADRO DE ATELECTASIA PULMONARQUADRO DE ATELECTASIA PULMONARQUADRO DE ATELECTASIA PULMONAR REDUREDUREDUREDUÇÇÇÇÃO DA CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONALÃO DA CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONALÃO DA CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONALÃO DA CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL HIPOXEMIA / HIPERCAPNIA / ACIDOSEHIPOXEMIA / HIPERCAPNIA / ACIDOSEHIPOXEMIA / HIPERCAPNIA / ACIDOSEHIPOXEMIA / HIPERCAPNIA / ACIDOSE AUMENTO DA RESISTÊNCIA PULMONAR VASCULARAUMENTO DA RESISTÊNCIA PULMONAR VASCULARAUMENTO DA RESISTÊNCIA PULMONAR VASCULARAUMENTO DA RESISTÊNCIA PULMONAR VASCULAR SHUNT DIREITASHUNT DIREITASHUNT DIREITASHUNT DIREITA----ESQUERDAESQUERDAESQUERDAESQUERDA PIORA A HIPOXEMIA DO RECPIORA A HIPOXEMIA DO RECPIORA A HIPOXEMIA DO RECPIORA A HIPOXEMIA DO RECÉÉÉÉM NASCIDOM NASCIDOM NASCIDOM NASCIDO SHUNT DIREITA-ESQUERDA FORAME OVAL CANAL ARTERIAL Conecta AD com o AE Conecta tronco pulmonar com aorta Permanece aberta pelo baixo retorno de sangue dos pulmões para o AE. Permanece aberto pela baixa tensão de O2 no sangue do RN. Este shunt mistura o sangue venoso com o arterial, reduzindo o teor de O2 e agravando a hipoxemia.
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