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Apresentação violência contra mulher- enferm. HU 29-0-13

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*
Atenção à Mulher em Situação
de Violência
Secretaria Municipal de Políticas
para as Mulheres
Sueli Galhardi
Assistente Social
*
 O Que é Violência?
Fenômeno mundial e histórico de caráter sócio-cultural
 
*
A violência, além de ser uma questão política, cultural, policial e jurídica, é também, e principalmente, um caso de saúde pública. A violência não é um problema específico da área da saúde. No entanto, ela a afeta, já que muitas vítimas adoecem a partir de situações de violência. 
*
Considera-se que a violência é um fenômeno complexo, que envolve fatores sociais, ambientais,culturais, econômicos e políticos. Logo, para compreender e enfrentar essa problemática,devemos analisar um conjunto de fatores, como condições de vida, questões ambientais, trabalho, habitação, educação, lazer e cultura.
Manual para Atendimento às Vítimas de Violência na Rede de Saúde Pública do Distrito Federal/ Laurez Ferreira Vilela (coordenadora) – Brasília: Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, 2008.
 
*
O que é 
Violência Contra a Mulher?
*
2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano no Brasil; 
175 mil/mês; 
5,8 mil/dia; 
243/hora 
4/minuto (uma a cada 15 segundos)
Fonte:Pesquisa Fundação Perseu Abramo, 2001
Dados da realidade
*
Estima-se que uma em cada três ou quatro meninas jovens é abusada sexualmente antes de completar 18 anos (UNESCO, 2004);
Dados
*
Definição
A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará, 1994) define a violência contra a mulher como:
“qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”
*
A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma
violação aos direitos humanos.
Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil têm trabalhado para a eliminação desse tipo de violência, que já é reconhecido também como um
grave problema de saúde pública*.
*
Essa forma de violência é justificada em normas sociais baseadas nas relações de gênero, ou seja, em regras que reforçam uma valorização diferenciada para os papéis masculinos e femininos e uma autoridade do homem sobre a mulher.
*
As relações de gênero são 
marcadas por:
assimetria de poder entre os sexos;
uso da violência como forma de dominação.
*
“Em briga de marido e mulher 
ninguém mete a colher”
A violência no âmbito doméstico é “naturalizada”, tolerada e legitimada
*
Naturalização da violência
Segundo dados da Fundação Perseu Abramo, em 2001 as mulheres só denunciaram a violência sofrida dentro de casa a algum órgão público quando se sentiram ameaçadas em sua integridade física
*
LEI MARIA DA PENHA 11.340/06
Formas de violência
Física
Psicológica
Moral
Sexual
Patrimonial
*
Violência Física
“Qualquer conduta que ofenda a integridade física ou saúde corporal”
*
Violência psicológica
“Qualquer conduta que lhe cause dano emocional ou diminuição da auto-estima (...) que vise degradar ou controlar sua ações (...)Ameaça, humilhação,vigilância constante, insulto, ridicularização (...)”
*
Violência Moral
“Qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.”
*
Violência Patrimonial
“(...) retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, (...)”
*
Violência Sexual
“Qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação (...)
Que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou á prostituição(...)”
*
 Invisibilidade: principal problema.
São poucas as mulheres que reconhecem as agressões praticadas pelos maridos como violência.
Estudo em uma UBS de SP, mostrou que apenas 55% das mulheres que relataram agressão física e/ou sexual perceberam o vivido como violência. (Schraiber, 2002)
*
 Invisibilidade (condicionantes):
Dificuldade dos profissionais em trabalhar com questões percebidas como culturais e/ou sociais.
Racionalidade biomédica de intervenção: que tem na doença o seu alvo de atuação.
Os currículos não contemplam questões relacionadas à violência doméstica.
*
PORQUE 
É TÃO DIFÍCIL PARA AS MULHERES DIZEREM 
NÃO 
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?
*
Por que as mulheres não dizem Não à violência!
Ligação afetiva entre agredida e agressor;
Receio que o agressor seja prejudicado socialmente;
Culpa por sentir-se responsável pela violência;
 Dependência econômica;
 Medo que a violência se transforme em algo maior;
 Receio de prejudicar ainda mais os filhos;
 Vergonha diante dos familiares e amigos;
 Valores : sociais, familiares, religiosos e culturais;
 Fatores emocionais.
*
Tensão
Agressão
Reconciliação
*
Comportamentos apresentados pela mulher que sofre violência
Vergonha
Insegurança
RM
Insegurança
Baixo auto estima
Dependência
Culpa
Isolamento
Medo
*
IMPACTOS DA VIOLÊNCIA SOBRE A SAÚDE
SOFRIMENTO CRÔNICO
NEGLIGÊNCIA DE CUIDADOS
ÁLCOOL, TABACO, DROGAS
SEXO INSEGURO E ENTRADA TARDIA NO PRÉ-NATAL
POLIQUEIXOSAS, SOMATIZADORAS 
*
 
Muitas mulheres que recorrem aos serviços de saúde com queixa de enxaquecas, gastrites, dores difusas e outros problemas vivem situações de violência dentro de suas próprias casas. 
 
*
POLIQUEIXOSAS ??
A QUEIXA MAIS APRESENTADA PELAS MULHERES QUE SOFREM VIOLÊNCIA É A DOR CRÔNICA EM QUALQUER PARTE DO CORPO OU MESMO SEM LOCALIZAÇÃO PRECISA.
 É A DOR QUE NÃO TEM NOME OU LUGAR!!!!!!!
*
Alguns sintomas são comuns e podem servir como critérios para quem perguntar:
Transtornos crônicos vagos e repetitivos;
Entrada tardia no pré-natal;
Infecção urinária de repetição (sem causa secundária);
Lombalgia;
Distúrbios gastrintestinais;
Complicações em gestações anteriores,abortos de repetição;
*
Dor pélvica crônica;
Síndrome do intestino irritável;
Transtornos na sexualidade;
Fibromialgia:
Depressão;
Ansiedade; 
Obesidade;
História de tentativa de suicídio
Lesões físicas sem explicações coerentes.
*
Tem pouco conhecimento sobre a violência doméstica;
Idéia naturalizada de que as mulheres merecem ou provocam os abusos (pensam, também, que as mulheres gostam de apanhar, senão não ficariam com o agressor);
É um problema social e legal e não de saúde;
Não saberia o que fazer se uma mulher lhe contasse;
Acredita que a violência é um problema pessoal e privado;
*
Muita pressão para atender muitas pessoas por turno;
Acha que elas podem sentir-se ofendidas;
Pode conhecer pessoalmente o agressor ou membros de sua familia e assim sente-se constrangido em abordar o tema;
Tem medo de represálias por parte do agressor. 
*
 
Tempo e condições de escutar;
Acolher e respeitar a mulher;
Valorizar seu relato e não julgar;
Garantir a privacidade e a confidencialidade;
Conhecer a relação da violência com a saúde;
Compromisso institucional;
Conhecimento das alternativas assistenciais disponíveis (rede *).
 
*
 
Oferecer atendimento humanizado
Tratar a usuária como gostaria de ser tratado, com respeito e atenção;
Disponibilizar tempo para uma conversa tranqüila;
Proporcionar privacidade;
Manter sigilo das informações;
Notificar o caso*;
Colocar-se no lugar da paciente.
*
 
Evitar a revitimização*;
* É a repetição de atos de violência pelo agressor ou a repetição da lembrança de atos de violência sofridos.
Não fazer perguntas indiscretas;
Não emitir juízo de valor;
Afastar culpas;
Validar sofrimento;
Ter conduta profissionalfrente à demanda da usuária, correspondendo às sua expectativas e necessidades.
*
 
Evitar:
desconsiderar o sentimento da vítima;
falar frases como: “isso não foi nada”, “vai passar”, “não precisa chorar”;
 excesso de zelo;
hostilidade;
culpar a vítima;
Fazer julgamento de valor, demonstrando surpresa, choro, horror (sinais de censura ou desaprovação); entre outras.
*
 
Formas de perguntar indiretamente à mulher:
Está tudo bem em sua casa ou no seu trabalho?
Você acha que os problemas de relacionamento familiar está afetando sua saúde?
Você se sente humilhada ou agredida por algum familiar?
*
 
Perguntar diretamente à mulher:
A violência física, psicológica ou sexual está presente na vida de muita gente e pode afetar a saúde mesmo depois de muitos anos. Você já sofreu ou sofre algum tipo de violência?
*
Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres
Política Municipal de Enfrentamento de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres:
*
Garantir e proteger os direitos das mulheres em situação de violência;
(...)
Promover a integração e a articulação dos serviços e instituições de atendimento às mulheres em situação de violência, por meio do fortalecimento da Rede Municipal de Prevenção e Enfrentamento da Violência Doméstica e Sexual.
*
Serviços/programas municipais especializados
Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CAM)
Casa Abrigo Canto de Dália
*
Outros serviços especializados
Programa Rosa Viva (violência sexual)
Delegacia da Mulher
Vara Maria da Penha
*
Outros serviços que compõem a Rede
UBS, CAPS, CRAS, CREAS;
Hospitais Públicos e Privados, IML; 
Conselho Tutelar;
Ministério Público;
Secretarias Municipais de Saúde, Assistência Social, Educação;
Núcleos de Práticas Jurídicas das Universidades; 
Conselhos de Direitos;
*
*
 
Porque:
“Nenhum de nós é tão bom, e tão inteligente quanto todos nós.....”
 Marilyn Ferguson
*
Objetivos:
Melhoria da qualidade dos serviços;
Estabelecimentos de fluxos e protocolos de atendimento, notificação* ( Portaria n°104 MS);
Melhoria de acesso das usuárias aos serviços.
*
*
*
*
Sentimentos Profissionais de Saúde:
Diante da violência vamos estar lidando com nossos sentimentos, tabus, medos, impotência na resolução dos casos,
direito a escolha, sofrimento, culpa, vivência da solidariedade,
a capacidade de sermos humanos e poder de mudança na vida de quem sofre. 
Nessa experiência é importante compartilhar decisões,
dúvidas, temores e sentimentos com a equipe multidisciplinar (micros rede*)
*
Profissionais de Saúde:
A violência é crime! 
Nenhuma vítima é capaz de se esquecer disso. 
Mas um atendimento
acolhedor, receptivo e, acima de tudo, humano pode ajudá-la a superar.
*
*
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Contatos
Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres
Secretária
 Sonia Medeiros
Gabinete
fone:3372-4106
e-mail: mulher@londrina.pr.gov.br
Centro de Atendimento à Mulher – CAM
Fone: 3341-0024
e-mail: cam.mulher@londrina.pr.gov.br
*
*

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