Buscar

Doenças infecto-contagiosas na gestação 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DOENÇAS INFECTO-
CONTAGIOSAS NA GESTAÇÃO
Profª. Mariana Faria
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
� O pré-natal deve se iniciar o mais rápido possível, a fim 
de detectar e tratar precocemente as doenças, 
minimizando os riscos e conseqüências para a mãe e 
para o feto.
� Principais infecções na gestação:
� - Infecção urinária
� - DST� - DST
� - HIV
� - Hepatites
� - Rubéola
� - Infecção por citomegalovírus
� - Varicela
� - Tuberculose
� - Malária
� - Estreptococo do grupo B
� *Entre essas, as que devem ser prioritariamente 
rastreadas, em todas as mulheres grávidas, por 
apresentarem possibilidade de intervenção 
positiva em relação à gestante e ao recém-
nascido são:
� - Infecção urinária
� - Sífilis� - Sífilis
� - HIV
� - Hepatite B
� - Toxoplasmose
� - Estreptococos do grupo B
EXAMES DE ROTINA DO PRÉ-NATAL
� - Tipagem sanguínea e fator Rh
� - Hemograma
� - Glicemia
� - Urina 1 e urocultura
� - Sorologia para HIV (com aconselhamento pré e pós teste)
� - Sorologia para toxoplamose (anticorpos IgM)� - Sorologia para toxoplamose (anticorpos IgM)
� - Sorologia para hepatite B (HBsAg)
� - Sorologia para sífilis (VDRL)
� - Cultura de Estreptococo do Grupo B
� Ps: Só são obrigatórios, segundo o MS, exames cuja 
doença possa sofrer intervenções e seu prognóstico 
alterado. Desta forma, sorologia para rubéola, hepatite C, 
herpes, citomegalovírus não devem ser solicitados 
rotineiramente.
DETECÇÃO E PREVENÇÃO DE DST NA GESTAÇÃO
� Anamnese:
� - História prévia de DST ou DIP
� - História prévia de abortos
� - História prévia de morte neonatal, RN com RCIU, pré-
termo, ou malformado
� - Número de parceiros sexuais
� - Padrão de atividade sexual durante a gestação� - Padrão de atividade sexual durante a gestação
� - Uso de drogas ilícitas ou álcool
� - Ocupação/ trabalho/ renda
� *Realizar exame ginecológico e coleta de citologia 
oncótica.
� *Estimular o uso da camisinha, pois muitas vezes, ela 
somente é associada com a prevenção da gravidez.
VACINAS
� Regra: vacinas compostas de partículas ou vírus 
inativados podem ser aplicadas nas gestantes com 
segurança. Vacinas de vírus vivos atenuados não devem 
ser administrados nas gestantes (ex: rubéola).
� - Vacinas recomendadas: Hepatite B, dT (Difteria e 
Tétano), Gripe.Tétano), Gripe.
� *Vacina de febre amarela deve ser administrada somente 
em casos de exposição inevitável, quando a gestante for 
viajar para área endêmica, pois o risco da doença 
durante a gestação é maior do que o risco da vacinação.
� - Imunoglobulinas permitidas pós-exposição: Hepatite A e 
B, raiva, varicela zóster, sarampo e tétano.
Vacina Administração durante a gestação Composição
Hepatite A Segurança não avaliada. Pode ser administrada a 
gestantes de alto risco de infecção.
Vírus Inativado
Hepatite B Indicada Partículas virais (HBsAg)
Influenza Recomendada em qualquer IG se o 2° e 3°
trimestre coincidirem com os meses de outono e 
inverno.
Vírus inativado
Sarampo Contra-indicada Vírus vivo atenuado
Caxumba Contra-indicada Vírus vivo atenuado
Cólera Sim Antígeno inativo
Pneumococcus Deve ser evitada Antígenos capsulares
N. meningitidis Sim Polissacarídeos
Polio (IPV) Deve ser evitada Salk – vírus inativadoPolio (IPV) Deve ser evitada
Contra-indicada
Salk – vírus inativado
Sabin – vírus atenuado
Rubéola Contra-indicada Vírus vivo atenuado
Coqueluche Sim Antígeno inativado
Tétano/Difteria Recomendada de acordo com o estado vacinal Toxóide diftérico e tetânico
Varicela Contra-indicada Vírus vivo atenuado
BCG Deve ser evitada Bactérias atenuadas
Raiva Sim Vírus inativado
Febre amarela Deve ser evitada* Vírus vivo atenuado
Tríplice viral 
(Sarampo, Caxumba e 
Rubéola)
Contra-indicada Vírus vivos atenuados
HPV (quadrivalente) Contra-indicada Partículas virais
ESQUEMA VACINAL PARA O TÉTANO
Estado vacinal Esquema
Nunca vacinou Esquema toxóide tetânico + toxóide 
diftério (dT) com intervalo de 1 mês 
para cada dose, num total de 3 doses.
Esquema incompleto (<3 doses) Completar esquema vacinal até Esquema incompleto (<3 doses) Completar esquema vacinal até 
completar 3 doses.
Esquema completo há menos de 5 anos Não é necessário reforço vacinal
Esquema completo há mais de 5 anos Dose adicional de reforço
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
� - A infecção do trato urinário (ITU) é comum em 
mulheres jovens e representa a complicação clínica 
mais freqüente na gestação.
� - A gestação ocasiona modificações, algumas 
mediadas por hormônios, que favorecem às ITU, 
como estase urinária pela redução do peristaltismo como estase urinária pela redução do peristaltismo 
ureteral, aumento da produção de urina, glicosúria e 
aminocidúria favorecendo o crescimento bacteriano e 
infecções. Desta forma, toda gestante deve ser 
rastreada durante o pré-natal.
� - Os microorganismos envolvidos são aqueles da 
flora perineal normal e o agente mais freqüente (80 a 
90%) é a Escherichia coli.
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
� Exame solicitado : Urina I
� Alguns serviços recomendam a urocultura de rotina 
no acompanhamento pré-natal, devido à alta 
prevalência de bacteriúria assintomática (entre 5 e 
10%), que pode evoluir para pielonefrite em cerca de 
20 a 40% dos casos.20 a 40% dos casos.
� - Qualquer bacteriúria (mesmo que assintomática e 
com <100.000 UFC/ml) deve ser tratada na gestação 
devido ao risco de desenvolvimento de pielonefrite e 
aos riscos que impõe na gravidez, como o 
abortamento, TPP, amniorrexe prematura e baixo 
peso ao nascer.
� *UFC = unidades formadoras de colônia
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
� O tratamento fica na dependência da gravidade da infecção e do 
antibiograma.
� - Cistite: disúria, polaciúria e urgência urinária. Seu tratamento e 
controle é idêntico aos casos de bacteriúria assintomática (ATB 
VO).
� - Pielonefrite: febre alta, calafrios e dor na loja renal, além da � - Pielonefrite: febre alta, calafrios e dor na loja renal, além da 
referência pregressa de sintomas de infecção urinária baixa.
� Necessita de antibioticoterapia endovenosa e internação 
hospitalar até que a mulher fique afebril por 24-48 horas.
� A pielonefrite tem uma alta taxa de recorrência, de 25 a 60%.
� Fatores de risco para a pielonefrite: bacteriúria assintomática, 
história de pielonefrite prévia, cálculos renais.
� *Pielonefrite → Febre → TPP
� **Cistite não causa TPP
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
� - Principais drogas para o tratamento da cistite na 
gestação: nitrofurantoína, ampicilina, cefalexina, 
amoxicilina, áciso nalidíxico e sulfametoxazol-
trimetoprim.
� - O tratamento normalmente é de 7 dias.
� - Após o término do tratamento, nova urocultura deve 
ser realizada em 3 a 7 dias para confirmar a ser realizada em 3 a 7 dias para confirmar a 
erradicação do agente agressor.
� - Em caso de recorrências, preconiza-se a profilaxia 
antibiótica até o final da gestação com 100mg/dia de 
nitrofurantoína ou amoxicilina 500mg/dia ou ainda 
ácido nalidíxico 500mg/dia e a urocultura deve ser 
realizada a cada 4 a 6 semanas.
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B (EGB)
� - Faz parte da microbiota de membranas mucosas de 
seres humanos e animais, colonizando principalmente 
os tratos intestinal e genitourinário.
� - 10 a 30% das gestantes são colonizadas com 
estreptococos do grupo B (Streptococcus agalactiae).estreptococos do grupo B (Streptococcus agalactiae).
� Infecções sintomáticas:
� - Corioamnionite
� - Endometrite pós-parto
� - Infecções do trato urinário (bacteriúria assintomática)
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B (EGB)
� Fatores de risco para transmissão:
� - Prematuridade (<37 semanas de gestação)
� - Amniorrexe prematura - > 18h (quando a mulher é 
colonizada)
� - Febre durante o TP (≥ 38°C) = Corioamnionite
� - Risco de colonização neonatal de mãe colonizada enão tratada: 50%não tratada: 50%
� Consequências para os neonatos:
� - Infecções localizadas (pneumonia)
� - Meningite
� - Sepsis neonatal de início precoce (<1 semana)
� - Aumentam o risco de seqüelas fatais e óbito 
neonatal.
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B (EGB)
� Diagnóstico: Cultura da bactéria
� - Período: 35-37 semanas de gestação.
� Instruções para a coleta:
� - A gestante deve ser orientada a não tomar banho ou evacuar até 
o momento da coleta. Se tiver tomado banho ou evacuado pela o momento da coleta. Se tiver tomado banho ou evacuado pela 
manhã, é possível coletar o material no final da tarde.
� - Primeiramente faz-se a coleta com swab no terço distal da 
vagina (3 a 5 cm dentro da vagina) sem utilizar especulo, fazendo 
movimentos giratórios por toda a circunferência da parede 
vaginal. 
� - Posteriormente, e com o mesmo swab, faz-se a coleta anal, 
introduzindo 0,5 cm do swab no esfíncter anal.
� - Meio de transporte: Stuart.
� - Identificar o frasco com o nome da paciente e os respectivos 
locais de coleta (vaginal e anal).
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B (EGB)
� Tratamento:
� - Gestantes com resultados positivo durante o 
screening pré-natal não devem ser tratadas com 
antibiótico oral, pois o mesmo é ineficiente em 
eliminar o estado de portador e não previne doença 
neonatal. neonatal. 
� - Deve-se tratar via endovenosa durante o TP com 
penicilina cristalina.
� - É desnecessário antibioticoprofilaxia para EGB 
quando for cesárea eletiva com bolsa amniótica 
íntegra e fora de TP.
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B (EGB)
Sítio de isolamento do EGB Tratamento Justificativa
Urina Ampicilina 500mg VO 6/6h 
por 7 dias
↓ TPP
Vagina/reto
Anteparto Nenhum Nenhum benefício de 
Tratamento da mãe colonizada assintomática
Anteparto
Intraparto
Nenhum
Profilaxia intraparto
Nenhum benefício de 
tratamento
↓ Infecção e colonização 
neonatal
ROPREMA
Anteparto
Intraparto
Antibióticos de amplo 
espectro cobrindo Gram +
Profilaxia intraparto
↑ Período de latência
↓ Infecção e colonização 
neonatal
�Antibioticoterapia intraparto
�Recomendada: Penicilina cristalina 5 milhões 
UI – EV como dose de ataque e 2,5 milhões 
UI – EV de 4/4h até o clampeamento do 
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B (EGB)
cordão.
�Alternativa: Ampicilina 2g EV (ataque) 
seguida de 1g EV de 4/4h até o 
clampeamento do cordão.
� Indicações de profilaxia com antibióticos:
� - Mães colonizadas (strepto +)
� - Gestações < 37 semanas em TP e sem cultura para EGB.
� - Bolsa rota > 18 horas.
� - Febre materna intraparto (≥38°C) = corioamnionite → 
usar antibióticos de amplo espectro (ampicilina (para 
bactérias gram +) + gentamicina (para bactérias gram -) + 
metronidazol (para bactérias anaeróbias).
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B (EGB)
� Não é necessário a coleta de cultura, mas realiza-se a 
profilaxia:
� - Gestantes com parto anterior com feto colonizado 
(doença invasiva).
� - Gestantes com infecção urinária por EGB durante a 
gestação (detectado na urocultura) – Durante a gestação 
só trata a infecção urinária, o EGB só trata no TP. Faz 
profilaxia mesmo que a bacteriúria tenha sido tratada na 
gestação e mesmo que o swab seja negativo.
� Resumindo:
� - Em gestantes com swab positivo sempre fazer a 
profilaxia, exceto se o parto for uma cesariana eletiva 
(ausência de contrações ou amniorrexe).
� - Em gestantes em que a coleta de swab não pôde ser 
realizada ou swab negativo, a profilaxia será feita se 
houver presença dos fatores de risco, como filho anterior 
acometido e/ou bacteriúria por GBS na atual gravidez.
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCO DO GRUPO B (EGB)
acometido e/ou bacteriúria por GBS na atual gravidez.
� - Se a cesárea é eletiva (sem contrações ou amniorrexe), 
não há risco de contaminação; logo não fazemos a 
profilaxia. 
� - Se não houver cultura, a profilaxia se baseia na 
presença de fatores de risco para infecção neonatal, 
como febre intraparto.
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
� - Doença exantemática altamente contagiosa.
� - 20% das mulheres não possuem anticorpos para 
rubéola.
� - Risco de lesão fetal é maior de acordo com o 
tempo de infecção materna:
� 1° trimestre: 80 a 90%
� 4° mês: 10%
� 5° mês: ↓ acuidade auditiva
� > 5° mês: nenhum risco
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
� Diagnóstico – Quadro clínico:
� - Febre, tosse, conjuntivite, cefaléia, artralgia, mialgia
� - Período de incubação: 14 a 21 dias
� - Período prodômico: 1 a 5 dias
� - Achados precoces: linfoadenopatia auricular posterior, occiptal e 
cervical
� - Artrite: frequentemente em mulheres adultas
� - Rash maculopapular: inicia-se na face e desce para o resto do 
corpocorpo
� - Mal-estar: pode durar de alguns dias a 2 semanas
� Diagnóstico laboratorial:
� - Isolamento do vírus: secreções faríngeas, sangue, urina, fezes
� - Sorologia para rubéola (ELISA ou aglutinação no látex): IgM e 
IgG
� - Só é pedido sorologia para rubéola em casos que exista 
suspeita ou em casos de vacinação inadvertida durante a 
gestação.
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
� Prognóstico:
� Mãe:
� - Morbidade relacionada ao rash, complicações respiratórias, fotofobia, artrite 
e encefalite (rara).
� Feto:
� - Abortamento e natimortos: 2 a 4x mais freqüente.
� - 1° trimestre: risco de morte fetal entre 10 a 34%.
� Incidência de anomalias congênitas:
50% - 1º mês� 50% - 1º mês
� 25% - 2º mês
� 10% - 3º mês
� 4% - 4º mês
� Síndrome da Rubéola Congênita:
� - Catarata, cegueira, anomalias cardíacas (ducto arterioso patente, defeito do 
septo ventricular, estenose da válvula pulmonar), surdez, retardo mental, 
paralisia cerebral, hepatoesplenomegalia, púrpura trombocitopênica, anemia 
hemolítica, linfoadenopatia, encefalite, fenda palatina.
RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
� Tratamento – Medidas de suporte:
� - Repouso
� - Hidratação
� - Tratar cefaléia e artrite com parecetamol
� Prevenção:
� - Vacina (vírus vivo atenuado):
� Meninas pré-púberes ou pós-púberes sem 
anticorpos.
� Não se aconselha gestação dentro de 3 meses 
depois de receber a vacina.
� Vacina na vigência de gestação inicial: nenhuma 
anomalia ou infecção detectada. Não é indicação de 
interrupção da gravidez.
HERPES GENITAL NA GESTAÇÃO
� - Raramente o vírus atravessa a placenta (aborto e TPP).
� - Infecta o feto quando o mesmo atravessa o canal do parto.
� - Risco maior para o feto ocorre durante a primo-infecção 
materna – 40%
� Período de infectividade:
� - Infecção primária: 2 a 3 semanas (febre, mal-estar, náusea, 
cefaléia).
� - Infecções recorrentes: 5 a 6 dias.
� Herpes genital – HSV II
� - Prevalência da primo-infecção na gestação: 2%
� - 75% dos parceiros contraem a infecção
� - Vírus permanece dormente nos gânglios das raízes dorsais de 
S2, S3 e S4
� - Risco de infecção neonatal em gestantes com HSV II + 
ROPREMA (<37 semanas): 19%
� - A infecção materna primária após 32 semanas de idade 
gestacional representa maior risco para o feto e recém-nascido 
do que as infecções recorrentes.
� Diagnóstico:
� - História e exame físico
� - Mulher relata vesículas que ardem
� Sinais e sintomas clássicos:
� - Vesículas pruriginosas e dolorosas nos lábios vaginais 
e/ou nádegas
- Disúria no começo da urina
HERPES GENITAL NA GESTAÇÃO
� - Disúria no começo da urina
� - Linfoadenomegalia inguinal
� - Ulcerações cervicais
� - Solicitar exames também para:
� Sífilis
� Gonococo/ Clamídia
� Vaginose bacteriana
� Tricomonas
HERPES GENITAL
� Tratamento na gestação:
� - Tratar sintomatologia
� - Lesões ativas (independente do tempo de amniorrexe prematura) = 
cesárea
� - Sem sintomas prodrômicos e/ou lesões vesiculosas = parto vaginal
� Preceitos básicos para tratamento:
� - Lesões extensas e/ou que a ameacem a integridade físicada gestante, 
assim como DM, AIDS → aciclovir endovenoso
HERPES GENITAL NA GESTAÇÃO
assim como DM, AIDS → aciclovir endovenoso
� - Infecção primária com lesões ativas → cesárea
� - IG > 36 semanas com infecção primária → terapia antiviral
� - Herpes genital recidivante com lesões ativas → cesárea
� - TPP ou ROPREMA (< 32 semanas) com lesões ativas → tratamento com 
aciclovir e conduta expectante
� - IG > 36 semanas com risco elevado de reicidiva → terapia antiviral
� - Sem lesões ativas ou sintomas → parto vaginal
� Terapia antiviral:
� - Para herpes labial e genital em qualquer semana gestacional.
� - Infecção primária: aciclovir (Zovirax) – 400mg VO 8/8h por 7-10 dias
� Estimular o uso de preservativo na gestação
� - Transmissão transplacentária é rara.
� - Sintomas nos RNs infectados: retardo de 
crescimento, lesões e cicatrizes cutâneas, atraso 
HERPES GENITAL NA GESTAÇÃO
crescimento, lesões e cicatrizes cutâneas, atraso 
psicomotor, calcificações intracranianas, 
microcefalia, catarata, coriorretinites, cegueira, 
displasia da retina, persistência do canal arterial, 
anomalias de extremidades, retardo mental e morte 
fetal.
GONORRÉIA NA GESTAÇÃO
� - A incidência de infecção gonocócica em gestantes 
encontra-se na faixa de 2,5 a 7,3%.
� - Agente etiológico: Neisseria Gonorrhoeae.
� - Mulheres portadoras de gonorréia frequentemente
apresentam infecção associada por Chlamydia
trachomatis.trachomatis.
� - Durante o pré-natal: estimular comportamento 
sexual seguro e tratar conforme protocolo.
� - Pode causar corioamnionite, TPP, ROPREMA, 
sepse pós-parto.
� - Após a rotura das membranas, infecções ascendentes 
podem ocasionar contaminação orogástrica do feto. O 
microorganismo também pode invadir superfícies mucosas 
como a conjuntivite (oftalmia neonatal), mucosa retal e 
faringe.
� - A contaminação pode acontecer durante a passagem do 
feto pelo canal do parto, ou após o nascimento, procedente 
de um adulto infectado.
- O RN pode ser acometido de artrite gonocócica neonatal, 
GONORRÉIA NA GESTAÇÃO
� - O RN pode ser acometido de artrite gonocócica neonatal, 
sepse, meningite, vaginite e também abcessos no couro 
cabeludo.
� - Profilaxia oftálmica: aplicação local de solução de nitrato 
de prata na primeira hora após o parto.
� - Aplicar nitrato de prata também na genitália do RN.
� - Neonatos com infecção gonoccócica sistêmica precisam 
de hospitalização para 7 dias de antibioticoterapia EV.
OFTALMIA NEONATAL
CONDILOMA ACUMINADO/ HPV
� - HPV 6 a 11 (16 e 18 causa CA de colo uterino)
� - Transmissão: sexual
� - Aspecto de “couve-flor”
� - Cesárea: quando há lesões extensas obstrutivas no canal de parto
� - Quando só há verrugas pequenas em fúrcula, pode fazer parto 
normal
� - Pode recobrir fúrcula e ânus
� - Causa odor fétido por infecção secundária� - Causa odor fétido por infecção secundária
� - Causa papilomatose laríngea no RN e até infecção sistêmica.
� Tratamento:
� - Podofilina é contra-indicada em gestantes devido seu poder 
teratogênico
� - Crioterapia com spray de nitrogênio líquido
� - Cauterização com laser de CO2
� - Remoção cirúrgica com eletrocautério
� Estimular comportamento sexual seguro
CONDILOMA
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
� Transmissão:
� - Contágio: sexual, drogas injetáveis, transfusão 
sanguínea, transmissão vertical.
� - Mãe → Feto:
� 1) Anteparto: 10% (circulação placentária) – No 3º � 1) Anteparto: 10% (circulação placentária) – No 3º 
trimestre o risco é de 25 a 30%.
� 2) Intraparto: 2/3 dos casos/ 65 a 75% dos casos no 
canal do parto (contato ou ingestão de sangue 
materno).
� 3) Aleitamento: 7 a 22% a cada exposição. Conta 
indicação absoluta.
� Na ausência de qualquer intervenção, a taxa de 
transmissão vertical situa-se em torno de 20%. 
� Quando são adotadas as medidas específicas, é 
possível reduzir essa taxa para níveis entre 0 e 2%.
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
possível reduzir essa taxa para níveis entre 0 e 2%.
� O emprego da Zidovudina na gestação, com ínicio
após a 14ª semana, extensiva ao trabalho de parto, 
ao parto, e para o recém-nascido, reduz em 67,5% 
a transmissão vertical do HIV.
� Fatores de risco para a transmissão mãe-feto:
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
Intraútero Parto Pós-parto
- ↑ viremia plasmática materna 
(carga viral ↑↑ - >10.000 cópias)
- Doença clínica avançada (Aids)
- Não uso de AZT no pré-natal
- História prévia de filho com 
infecção por HIV
-Tabagismo, uso de drogas ilícitas, 
- Período prolongado de 
amniorrexe antes do 
parto >4 horas → Fazer 
amniotomia somente na 
fase expulsiva
- Parto vaginal 
(contratilidade uterina 
-Prematuridade
- Baixo peso ao
nascer
- Aleitamento
materno
-Tabagismo, uso de drogas ilícitas, 
promiscuidade durante a gestação 
- Sexo desprotegido
- Presença de DST
-Estado clínico, imunológico e 
nutricional da mulher
- Imunocompetência materna (CD4 
↓)
(contratilidade uterina 
desencadeia 
microtransfusões
placentárias)
- Episiotomia, uso de 
fórceps
- Corioamnionite
- Exposição direta do RN 
ao sangue materno 
durante o parto
- Hemorragia intraparto
� Diagnóstico:
� Teste rápido na 1ª consulta de pré-natal
� HIV positivo – ELISA - Western Blot
� Se gestante positivo, testar parceiro e filhos
� Na internação intraparto – teste rápido de HIV
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
� - O diagnóstico precoce possibilita um melhor 
prognóstico materno e diminui o risco da transmissão 
vertical do vírus.
� - Devido ao estigma da doença, deve ser feito 
aconselhamento pré e pós-teste.
� Testes rápidos: 
� Baixo custo, altamente específicos e sensíveis, fáceis de executar e 
de interpretar.
� Medida que combate o diagnóstico tardio.
� Sua realização é voluntária e confidencial, recebendo
aconselhamento pré e pós-teste.
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
� Exames laboratoriais na gestante HIV positivo:
� Trimestralmente o CD4 deve ser avaliado para readequar 
a terapia anti-retroviral, e para estabelecer o risco de 
progressão da doença. É o indicador mais importante em 
pessoas assintomáticas.
� - CD4 < 200 cel/mm³ → doença avançada
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
� Trimestralmente a Carga Viral (CV) também deve ser 
testada para avaliar a resposta ao tratamento e para
definir a via de parto. 
� CV indetectável ou < 1.000 cópias → taxa de transmissão
vertical de 1%
� CV > 1.000 cópiais → cesárea.
� CV < 2.500 cópias → < risco de progressão da doença
� CV > 20.000 cópias → > risco de transmissão vertical
Cuidados durante a gestação em mães HIV+:
� Seguir tratamento corretamente
� Usar preservativo em todas as relações sexuais, 
inclusive se parceiro também for HIV+ devido à 
exposição à diversas cepas e aumento da replicação 
viral.
� Orientações sobre alimentação, pois a má nutrição 
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
� Orientações sobre alimentação, pois a má nutrição 
prejudica a tolerância e a absorção dos anti-
retrovirais, além de interferir no seu sistema 
imunológico, aumentando assim, a transmissão 
vertical.
� Desencoragar o tabagismo e o uso de drogas, pois
estes aumentam o risco de transmissão vertical 
devido às alterações placentárias e complicações
obstétricas que desencadeiam.
� Avaliar a presença de outras doenças sexualmente transmissíveis:
� As lesões genitais provocadas por DST são mais graves e resistentes ao
tratamento quando na presença do HIV. 
� Os vírus da Aids têm rápida progressão diante da presença de uma DST.
� Citologia oncótica → HIV ↑ taxas de HPV e lesões intraepiteliais
� Tratamento:
� - Monoterapia com AZT (Zidovudina) – padrão para prevenção da 
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
� - Monoterapia com AZT (Zidovudina)– padrão para prevenção da 
transmissão vertical.
� - Terapia ótima: 2 inibidores da transcriptase reversa + 1 inibidor de 
protease.
� - CD4 > 350 cel/mm³ → AZT
� - CD4 < 200 cel/mm³ com ou sem carga viral → terapia anti-retroviral com 3 
agentes.
� Zidovudina (AZT): ↓ transmissão vertical
� - Cesárea eletiva sem AZT: 8,2% de transmissão
� - Cesárea eletiva + AZT: 2% de transmissão
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
Período Terapia
Anteparto 300mg de AZT 12/12h (ou 200mg 8/8h) VO 
após a 14ª semana gestacional.
Intraparto AZT 2mg/kg de peso corporal EV em 1 
Terapia com AZT para prevenção da transmissão perinatal do HIV:
hora, então 1mg/kg peso corporal por 
infusão contínua até a ligadura do cordão 
umbilical.
Neonatal AZT oral 2mg/kg de peso corporal 6/6h.
1ª dose: 8 a 12 horas após o nascimento 
(EV em neonatos que não conseguem 
ingerir VO).
� Cesárea em HIV positivo:
� - ↓transmissão vertical se o vírus é detectável
� - O ideal para gestantes HIV+ é a cesárea eletiva com 
38 semanas de gestação, bolsa íntegra e fora de TP.
� - Se não for eletiva, a cesariana não se mostra 
benéfica, devendo-se optar pelo parto vaginal, o qual 
deve ser realizado em até 4 horas da aminiorrexe, 
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
deve ser realizado em até 4 horas da aminiorrexe, 
pelo risco aumentado de transmissão vertical quando 
a latência for maior que 4 horas (aumento do risco de 
2% a cada hora após a 4ª hora da amniorrexe).
� - Benefício se: carga viral ≤ 1.000 cópias. Neste grupo 
de pacientes pode-se realizar cesárea mesmo em TP, 
se dilatação cervical < 4cm e com bolsa íntegra.
� Manejo do cuidado no período intra e pós-parto:
� - Equipe de saúde: precauções universais para sangue e 
líquidos orgânicos.
� - Uso do AZT (dose inicial na admissão do TP e dose de 
manutenção contínua durante o TP).
� - Diminuir a exposição do neonato ao sangue materno.
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
� - Diminuir a exposição do neonato ao sangue materno.
� - Manter se possível as membranas íntegras até o 
nascimento.
� - Higienização do RN o mais precoce possível.
� - Desencorajar o AM.
� Orientar sobre o preparo e fornecer a fórmula infantil (por 6 
meses).
� Orientar todas as puérperas sobre o risco da
amamentação cruzada.
� O acolhimento da
mulher/gestante/parturiente
soropositiva requer atenção
especial, pois a prevenção da
transmissão vertical do HIV 
depende, também de como a 
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA – HIV/ AIDS
depende, também de como a 
mulher se sente acolhida e 
aconselhada pelo profissional
de saúde, depende do quanto
ela percebe sua situação e 
avalia seus riscos e os do 
concepto/recém-nascido.
PRÓXIMA AULA
� Toxoplasmose
� Sífilis� Sífilis
� Hepatite B

Outros materiais