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farmaco 08

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Rafaelly Siqueira 
Anti-hipertensivos: Diuréticos 
 
 
 
 Diurese: 
Aumento no volume de urina 
 
 Natriurese: 
Aumento na excreção renal de sódio 
 
 
 Fisiologia Renal 
 
 Mecanismo de ação dos Diuréticos 
 
 Aplicações Clínicas 
 
1.Túbulo Proximal 
 Reabsorção: 
 Bicarbonado de sódio (85%) 
Cloreto de sódio (40%) 
Glicose (~100%) 
Aminoácidos (~100%) 
Água (60%) 
 Reabsorção passiva 
 (osmolalidade) 
 
INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA 
 
 Catalisa a 
desidratação do 
ácido carbônico 
(H2CO3) – etapa 
fundamental 
para reabsorção 
do bicarbonato 
(NaHCO3). 
Inibidores da Anidrase Carbônica 
 ACETAZOLAMIDA 
 Aumento do pH urinário – diurese de bicarbonato 
 Boa absorção oral 
 30min - máximo 2h – perdura 12h 
 Insuficiência renal 
 Reduzir a dose – secreção no segmento S2 
 Ácidos orgânicos (ácido úrico, AINes, antibióticos) 
 Reduz ~45% da reabsorção renal de bicarbonato 
 Acidose metabólica hiperclorêmica 
 Uso prolongado 
 Redução da atividade diurética 
 Depleção de HCO3
- leva a reabsorção intensificada de 
NaCl em segmentos remanescentes do nefron 
Indicações Clínicas 
 Glaucoma 
 O corpo ciliar possui AC que secreta bicarbonato do sangue para o 
humor aquoso 
 IAC: reduz a formação de humor aquoso e pressão intra-ocular 
 Formas graves de glaucoma 
 DORZOLAMIDA, BRINZOLAMIDA 
 
 Alcalinização Urinária 
 Para facilitar excreção de ácido úrico, cistina que são insolúveis em 
urina ácida 
 Alcalose Metabólica 
 Edema Cerebral 
 Plexo coróide possui AC que secreta bicarbonado do sangue para o 
líquido cefalorraquidiano e ↓ph do líquido cefalorraquidiano. 
 
Toxicidade 
 Acidose Metabólica Hiperclorêmica 
↓crônica das reservas corporais de bicarbonato 
 Cálculos Renais 
 Fosfatúria e hipercalciúria em resposta a bicarbonatúria 
 ↓ fatores solubilizantes – citrato 
 Sais de cálcio são insolúveis em pH alcalino 
 Perda Renal de Potássio 
A presença de NaHCO3 no ducto coletor intensifica a 
excreção de K+ neste seguimento 
 Reposição com uso de KCl (xpe) 
 
2.Alça de Henle 
 Ramo descendente delgado 
 Reabsorção de água por forças osmóticas no interstício medular hipertônico 
 Ramo ascendente espesso 
 Reabsorção ativa de NaCl (35%) 
 Quase impermeável a água 
Diuréticos de Alça 
 Inibem seletivamente a reabsorção de NaCl no ramo 
ascendente espesso da alça de Henle 
 Eficaz 
 Age sobre um segmento com grande capacidade de reabsorção 
de NaCl 
 Não causa acidose metabólica 
 
 ↑[K+] i - retrodifusão de K
+ e 
 potencial de ação positivo na luz 
 promove a reabsorção de cátions 
 divalentes 
Diuréticos de Alça 
 FUROSEMIDA 
 Boa absoção oral 
 Secreção tubular proximal e filtração glomerular 
 Duração da ação: 2-3h 
 A atividade diurética está correlacionada com sua 
secreção 
 ↓secreção tubular de diuréticos de alça na 
administração simultânea com AINEs 
 Inibe o transporte luminal de Na+/K+/2Cl- no 
ramo ascendente espesso da alça de Henle 
 ↓reabsorção de NaCl 
 ↓potencial positivo na luz 
 ↑exceção de Mg2+ e Ca2+ - hipomagnesemia 
Indicações Clínicas 
 Edema Pulmonar Agudo 
 Hipercalemia 
 Aumentam a eliminação urinária de K+ 
 Insuficiência Renal Aguda 
 ↑ taxa de fluxo urinário e excreção de K+ 
 Superdosagem de Ânios 
 Brometo, fluoreto,iodeto (ingestão tóxica) 
 Que são reabsorvidos no ramo ascendente espesso 
Toxicidade 
 Alcalose metabólica hipocalêmica 
 Intensa secreção de K+ e H+ 
 Revertida com reposição de K+ e correção da hipovolemia 
 
 Ototoxicidade 
 Perda auditiva – dose – reversível 
 Pacientes com ↓ função renal ou antibióticos aminoglicosídeos 
 
 Hiperuricemia 
 Precipita ataques de gota - ↑ reabsorção de ácido úrico no 
túbulo proximal associado a hipovolemia 
 Redução de dose 
 Hipomagnesemia 
Reposição de magnésio por via oral 
 
 Reações Alérgicas 
 Erupções cutâneas, eosinofilia 
 regride com interrupção do fármaco 
 
 Desidratação 
 
Toxicidade 
3.Túbulo Contorcido Distal 
 Reabsorção 
 NaCl ~ 10% 
 Co-transporte de Na+ e Cl- 
 Relativamente impermeável à água 
 Canal de Ca2+ 
 Troca Na+/Ca2+ 
 
Regulado pelo 
H. paratireoidiano 
Diuréticos Tiazídicos 
 Inibem o transporte de NaCl predominantemente no túbulo 
contorcido distal 
 Alguns representantes apresentam atividade inibitória da anidrase carbônica 
 HIDROCLOROTIAZIDA 
 CLOROTIAZIDA 
 Única disponínel em via parenteral 
 CLORTALIDONA 
 Absorção lenta e ação prolongada 
 INDAPAMIDA 
 Um parte sofre excreção biliar 
 Bloqueio do co-transportados Na+/Cl- 
 ↑ reabsorção de Ca2+ no túbulo contorcido distal 
 Resultante da ↓ Na+ intracelular (bloqueado pelos tiazídicos) 
 ↓ [Na+]i pode ↑ troca de Na
+/Ca2+ na membrana basolateral 
 ↑ a reabsorção global de Ca2+ 
 
 Hipercalcemia 
 Raramente é causada pelos tiazídicos em concequência da 
reabsorção aumentada de Ca2+, mas podem mascaram outras causas 
(Hiperparatireoidismo, carcinoma) 
 
Diuréticos Tiazídicos 
Diuréticos Tiazídicos 
 Cálculos Renais 
 Úteis se causado por hipercalciúria 
 
 
 Parte da ação depende das prostaglandinas 
 (PGE2 e PGI2) 
Vasodilatadoras e Natriuréticas 
 Sendo inibida pelos AINEs 
 
 Hipertensão 
 Insuficiência Cardíaca 
 Nefrolitíase causada por Hipercalciúria idiopática 
Cálculo Renal 
 Diabete Insipido Nefrogênico 
Dificuldade de concentrar a urina 
Indicações Clínicas 
Toxicidade 
 Alcalose metabólica hipocalêmica e hiperuricemia 
 (↓serico de K+) 
 (↑serico de ácido úrico) 
 
 Comprometimento da tolerância aos Carboidratos 
Compromete a liberação pancreática de insulina 
Diminui a utilização tecidual de glicose 
 Reversível com correção da hipocalemia (↓serico de K+) 
Toxicidade 
 Hiperlipidemia 
↑5-15% Colesterol e LDL 
Níveis podem retornar a valores basais com uso prolongado 
 
 Hiponatremia 
 (↓serico de Na+) 
 
 Reações alérgicas 
Raras – fotossensibilidade e dermatite, anemia 
hemolítica, trombocitopenia, pancreatite necrosante 
aguda 
 
4.Ducto Coletor 
 Reabsorção 
 2-5% NaCl 
 Regula 
 Volume final da urina 
 [Na+] final na urina 
 > entrada de Na+ que saída de K+ 
 Potencial negativo na luz 
 Impulsiona Cl- de volta ao sangue – via 
paracelular 
 Impulsiona K+ para fora da célula 
 
Aldosterona e ADH 
 Aldosterona 
 Regula a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ 
 ↓ volume urinário = ↑ secreção de aldosterona 
 
 ADH – hormônio anti-diurético ou vasopressina 
 Na ausência do ADH o ducto coletor torna-se impermeável à 
água 
 Produção de urina diluída 
 ADH induz permeabilidade aumentada à água 
 Secreção regulada pela osmolalidade sérica e volume. 
 
 
Diuréticos Poupadores de K+ 
 Antagonizam o efeito da aldosterona no túbulo distal 
terminal e no túbulo coletor cortical 
 Antagonismo farmacológico direto dos receptores 
mineracocorticóides (ESPIRONOLACTONA) 
 Inibição do fluxo de sódio através dos canais iônicos na 
membrana lumial (AMILORIDA, TRIANTERENO) 
 A secreção de K+ é influenciada pela entrada de Na+ 
 
 Espionolactona 
 Esteróide sintético antagosnita competitivo da aldosterona 
 Início de ação lento – necessário vários dias 
 Metabolização hepática 
 
 Amilorida 
 Secretada inalterada na urina 
 
 Triantereno Metabolização hepática – Excreção renal 
Diuréticos Poupadores de K+ 
 Aldosteronismo secundário 
 Insuficiência cardíaca, cirrose hepática, síndrome nefrótica – 
condições associadas com redução do volume intravascular 
efetivo 
 
 Atenuar a resposta secretora de K+ 
 
 
Indicações Clínicas 
Toxicidade 
 Hipercalemia 
 Tiazídicos associados a espironolactona melhoram a 
hipocalemia e alcalose metabólica. 
 
 Acidose Metabólica Hiperclorêmica 
 Inibição da secreção de H+ paralelamente a secreção de K+ 
 
 Ginecomastia 
 Impotência, hiperplasia prostática benígna (anormalidades 
endócrina pelo esteróide sintético espironolactona) 
Toxicidade 
 Insuficiência Renal Aguda 
Relatado na associação de Trianteno + Indometacina 
 
 Cálculos Renais 
 Trianteno – pouco solúvel precipita na urina formando 
cálculos renais 
 
Diuréticos Osmóticos 
 MANITOL 
 Impede a extensa reabsorção de água no túbulo 
proximal e no ramo descendente da alça de Henle 
 Diurese hídrica 
 Pouco absorvido sendo administrado por via 
parenteral 
 Via oral –diarréia osmótica 
 Não é metabolizado, sendo secretado por filtração 
glomerular 
 Dose teste: 12,5g i.v. 
 Fluxo urinário > 50mL/h 
 
 
Indicações Clínicas 
 Redução da Pressão Intracraniana e Pressão Intra-Ocular 
↓ volume intra-celular (ação no interstício) 
 Aumento do volume urinário 
 
 TOXICIDADE 
 Expansão do volume extracelular 
 Antes da diurese há rápida distribuição no compartimento 
extracelular e retirada de água das células 
 Complicações em insuficiência cardíaca 
Desidratação e Hipernatremia 
 Uso excessivo sem reposição hídrica

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