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RESPOSTA AULA 3 PRATICA 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ..... VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ ESTADO
(Pula 10 linhas)
BRUNO SILVA, brasileiro, solteiro, identidade nº 011, CPF nº, da CTPS nº 0012, PIS nº 013, data de nascimento 20/02/1990, filho de Valmor Silva e Helena Silva, e-mail, residente e domiciliada na Rua Oliveiras, nº 150, Bairro, Cuiabá, estado, CEP 20000-000, através do advogado infrafirmado, inscrito na OAB sob o nº, e-mail, com escritório profissional na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, onde recebe notificações e ou/intimações, nos termos do artigo 106, I do NCPC, vem a presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO TRABALHISTA
Pelo rito ordinário, em face de CENTRAL DE LEGUMES LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº, situada na Rua das Acácias, 58, Cuiabá, estado, CEP 20000-010 pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
Inicialmente nos termos do artigo 2º, parágrafo único da Lei 1060/1950 c/c 790,§ 3º da Consolidação das Leis do Trabalho requer, a concessão da gratuidade de justiça, visto que a autora não possui condições de arcar com as custas do processo, sem prejuízo de seu sustento e da sua família . 
2. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
 
Por meio das ADIS 2139-7 e 2160-5, o STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de submissão da lide à Comissão de Conciliação Prévia, razão pela qual o autor recorre diretamente ao judiciário trabalhista, nos termos do art. 625-D, § 3º da CLT.
3. DA ADMISSÃO 
O Reclamante foi admitido em 05/07/2011 pela empresa Reclamada, teve a Carteira de Trabalho Por Tempo de Serviço assinada, exercia a função de empacotador, recebeu o último salário no valor de R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais) por mês, a sua tarefa era empacotar congelados de legumes, em uma máquina destinada para essa finalidade. Ele foi dispensado sem justa causa em 27/10/2013 e recebeu todas as verbas da extinção contratual em que tinha direito.
4. DO ACIDENTE DE TABALHO 
Ocorre que no dia 30/11/2011, o Reclamante sofreu um acidente do trabalho na máquina em que laborava, sua mão ficou presa no interior do equipamento e ele acabou sofrendo amputação traumática de um dedo da mão esquerda, também teve que ficar afastado pelo INSS percebendo auxílio doença acidentário até 20/05/2012 data que retornou ao trabalho. 
Contudo durante o período em que ficou afastado o Reclamante, precisou ser submetido a tratamento médico e psicológico por causa do acidente do trabalho, e foram totalizados um gasto no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), entre os honorários dos profissionais de saúde e com medicamentos e a Reclamada levou consigo os recibos.
Após seu retorno em perícia realizada pelo INSS, ficou comprovado que o Reclamante havia perdido 20% (vinte por cento) da sua capacidade laborativa, e, portanto ele precisou ser readaptado a outra função. 
A CIPA constatou na época do acidente, que a empresa Reclamada havia modificado a máquina retirando um dos equipamentos de segurança para que esta ficasse mais rápida e assim aumentasse a produção. Na realidade a o que se percebe e que a Reclamada objetivava apenas o lucro e em momento algum se preocupou com a segurança do empregado, o que fica bem claro a pratica de um ato ilícito previsto no art.186, do Código Civil, houve um nexo causal entre o ato e o fato.
6. DOS DANOS
O Reclamante também fazia trabalhos de digitação para universitários e ganhava em média R$ 200,00 (duzentos reais) por mês, contudo devido o dano emergente sofrido a perda do dedo, ele ficou impossibilitado de realizar esta atividade durante todo o período em que ficou afastado, portanto sofreu mais um dano de lucros cessantes, correspondente aquilo que ele deixou razoavelmente de lucrar por força do acidente, a Reclamada tem a obrigação de reparar os danos causados nos termos do art. 187, c/c 927 ambos do Código Civil.
O Reclamante também sofreu dano estético com a perda do dedo, sofreu dano material decorrente da impossibilidade de laborar deixando de receber pelos serviços, sofreu danos morais, devido todo sofrimento traumático e psicológico além de constrangimentos vivenciados pela falto do dedo e da sua diminuição da capacidade laborativa. 
Vale salientar que a empresa Reclamada foi o responsável por todos esses danos acarretados ao Reclamante, entretanto ela tem a responsabilidade civil objetiva e portanto, terá que reparar em esses danos causados ao empregado. O Superior Tribunal de Justiça na Súmula 37, airma que são cumuláveis indenização por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato, e também em sua Súmula 387, reconheceu a licitude da cumulação de indenização de dano estético e dano moral oriundos do mesmo fato.Vale salientar que não foi possível o Reclamante resolver estas questões extrajudicialmente, diante do exposto não restou outra alternativa senão escudar-se perante ao Poder Judiciário.
7. DOS PEDIDOS.
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência procedência a dos seguintes:
a) A concessão da gratuidade de justiça; 
b) A condenação da Reclamada para pagar os danos emergentes; 
c) A condenação da Reclamada no pagamento de dano estético;
d) A condenação da Reclamada para pagar os danos de lucros cessante; 
e) A condenação da Reclamada no pagamento de danos morais e materiais decorrentes do mesmo fato; 
f) Que seja condenada a Reclamada em arcar com às custas processuais. 
8. DA NOTIFIÇÃO DA RECLAMADA.
Requer seja a Reclamada notificada no endereço constante na inicial, para que querendo apresente resposta, sob pena de revelia e confissão quanto á matéria de fato.
9. DAS PROVAS. 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369 e seguintes do Novo Código de Processo Civil em especial a prova documental, testemunhal e o depoimento pessoal do representante legal da Reclamada.
10. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor acima de 40 salários mínimos, meramente para efeitos de rito. 
Pede deferimento.
Local e data. 
Advogado
OAB/Estado

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