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Aula 02 gestão pública participativa

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GESTÃO PÚBLICA PARTICIPATIVA
Aula 2: AS EXPERIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
PARTICIPATIVA EM OUTROS PAÍSES
GESTÃO PÚBLICA PARTICIPATIVA
Aula 2: AS EXPERIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA EM OUTROS PAÍSES
Conteúdo Programático desta aula
Nesta aula, você irá:
 
Traçar um quadro comparativo com os processos de administração participativa do Brasil com os demais países.
Promover ferramentas de benchmarking aos gestores públicos nacionais ao analisar os sucessos e insucessos da administração pública participativa em outros países.
Identificar os tipos de gestão participativa em países da Europa e dos Estados Unidos.
GESTÃO PÚBLICA PARTICIPATIVA
Aula 2: AS EXPERIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA EM OUTROS PAÍSES
Introdução à Aula:
 
A Administração Participativa é uma ideia muito antiga, bem antes da Revolução Industrial (séc. XVIII) que deu o start para o Advento da Administração Científica.
Ela vem da Grécia – há mais de 2500 anos atrás – com o advento da democracia. Uma ideia que continua a ser moderna, integrando as práticas mais avançadas da administração. 
 
 
GESTÃO PÚBLICA PARTICIPATIVA
Aula 2: AS EXPERIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA EM OUTROS PAÍSES
Início da Administração Participativa Contemporânea
Foi após a década de 80 que surgiu uma nova ordem mundial que falava sobre a participação no trabalho ou a opção pela administração participativa em todo o mundo ocidental, principalmente com o declínio econômico dos Estados Unidos.
 
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Início da Administração Participativa Contemporânea
Foi nessa época que os países emergentes, principalmente os chamados “Tigres Asiáticos” além do próprio Japão contribuíram com novos modelos de participação de funcionários e de novas teorias organizacionais, onde estes funcionários recebiam uma atenção maior através destas experiências participativas, reformulando todos os moldes de padrões de eficiência daquela época, obtendo um avanço extraordinário com a melhor qualidade e melhores preços que a economia Americana.
 
 
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Início da Administração Participativa Contemporânea
Interessante é notar que este cenário essencialmente empresarial se transfere para o poder público onde o poder local irá promover propostas de urbanização e gestão descentralizada.
Nesse contexto, começa a surgir um pensamento oposto ao da época de implantação do welfare state na Europa, quando se acreditava que a centralização era um requisito básico para a superação de problemas como desigualdade e pobreza, resultando na destituição do papel dos governos locais de proverem serviços sociais. 
 
 
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Início da Administração Participativa Contemporânea
Melo (1996) afirma que:
 
[...] a partir da década de 70, o paradigma da centralização da organização do setor público mostrou-se ineficaz dando margem à emergência da descentralização, que se transformou em um discurso recorrente na análise dos problemas sociais, econômicos e políticos. Por exemplo, em países como a França, Itália e Espanha foram empreendidas importantes reformas descentralizadoras pelos governos socialistas, sendo associadas à promoção da democracia direta e ao fortalecimento de mecanismos de accountability. (Melo, 1996:12)
 
 
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Início da Administração Participativa Contemporânea
Gros (2004), escreveu que a doutrina neoliberal passou a ser o fundamento de políticas públicas, configurando-se como ideologia conservadora e hegemônica no Ocidente a partir do final dos anos 70 e, sobretudo, durante a década de 1980, quando foi posta em prática pelos governos Thatcher, na Grã-Bretanha, e Reagan, nos Estados Unidos. 
Seguindo essa orientação, quase todos os países da Europa ocidental tiveram governos voltados para as reformas liberais nesse período.
 
 
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Administração Participativa no Japão
	A administração participativa japonesa se baseia na forma participativa de gestão, envolvendo a participação dos funcionários no processo decisório, negociação de metas, trabalho em grupo, controle exercido através de liderança, comunicação bilateral, participação nos resultados. Através dela, o subordinado compartilha um significativo grau de poder na tomada de decisões com suas superiores imediatas. O resultado é a obtenção de melhores decisões.
 
 
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Administração Participativa no Japão
Muitas destas idéias migraram para as administrações públicas, tais como:   	Planejamento estratégico – é um processo organizacional compreensivo de adaptação através da aprovação tomada de decisão e avaliação. Procura responder questões básicas. Visão Sistêmica – A empresa é um sistema, pressupondo os conhecimentos das interrelações de seus diversos componentes. O desempenho de cada componente do sistema deve ser considerado por sua contribuição ao objetivo do sistema, os objetivos só podem ser atingidos eficientemente quando os membros da organização agem de forma eficiente.
 
 
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Administração Participativa no Japão
Muitas destas idéias migraram para as administrações públicas, tais como:    	Supremacia do coletivo – O coletivo prevalece sobre o individual. O ser humano, visto como o bem mais valioso das organizações deve ser estimulado a direcionar seu trabalho para as metas compartilhadas da empresa, preenchendo suas necessidades humanas e se autorealizando através do trabalho, satisfação e responsabilidade.
 
 
 
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Administração Participativa no Japão
Muitas destas idéias migraram para as administrações públicas, tais como:   Busca da qualidade total – é uma filosofia de gestão que pressupõe o envolvimento de todos os membros de uma organização em uma constante busca de autosuperação e continuo aperfeiçoamento, o envolvimento e participação de todas as pessoas em todos os níveis da organização e a busca da melhoria constante e continua. 
É importante ressaltar que este modelo de Administração serviu de base para a implantação de modelos participativos nos EUA, nos Anos de 1980.
 
 
 
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Administração Participativa na França
	Democracia Participativa, Democratização da Informação e “Tributo Participativo” são mecanismos de transparência da gestão pública e de controle social, desenvolvidos na França. 
	Através do modelo francês Communautés des Communes, o prefeito é o Maire e existe o personagem do préfet, que é o delegado dop poder central para dialogar com o grupo de prefeitos de uma determinada região, ou seja o préfet se relaciona com um grupo de cidades que são as Communautés des Communes.
 
 
 
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Administração Participativa na França
	As Communautés des Communes decidem o orçamento de investimentos daqueles grupos de municípios e o préfet de région articula a negociação.
	Isso é assinado e gera um contrato de gestão envolvendo galeria de esgotos, drenagem, recuperação de sítios históricos etc...
 
 
 
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PÚBLICA PARTICIPATIVA
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Administração Participativa nos EUA
A partir dos anos de 1980 a procura para levantar as grandes tendências da sociedade americana no final de século, verifica uma orientação de descentralização do poder onde as companhias americanas constatam de forma crescente os teóricos da administração profissional estão se optando pela adoção de estruturas flexíveis, de disposições que se adaptem às necessidades humanas e que dêem vazão à potencialidade latente. 
 
 
 
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Administração Participativa nos EUA
Conclui-se que essa tendência decorre de um crescimento menor da produtividade americana em relação aos demais países concorrentes. 
A produtividade por homem/hora de trabalho nos Estados Unidos cresceu apenas 21% entre 1970 e 1977, em comparação com 41% na Alemanha Ocidental, 42% na França, 41% no Japão e 38% na Itália.
 
 
 
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Administração Participativa na Inglaterra 
	O inglês usa uma expressão bem interessante ao lidar com esta questão. Denomina-se Labor Management Joint Comittee.
	Através desta forma de pensar, tipicamente britânica, formou-se todo um histórico na formação de administradores públicos, mostrando que administrar é sem dúvida a arte de organizar, produzir, transformar algo que as vezes é difícil em uma atividade rentável e prazerosa, quando o modelo de administração participativa foi implantado ainda no Japão a finalidade era buscar, a recuperação das empresas japonesas, e foi com os funcionários de empresas que hoje são gigantes mas que começou por baixo
 
 
 
 
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Administração Participativa na Inglaterra 
	Surge a New Public Management. Isto se deve ao fato de que a burocracia pública inglesa estava então desmoralizada pelos fracassos e baixo crescimento do seu país desde a II GM... 
[...] seus líderes perceberam que poderiam fazer um acordo com o governo conservador. Concordaram em reduzir despesas, mas desde que fosse aceito um novo conceito de organização e gestão do Estado (Bresser-Pereira, 2008, p. 160).
 
 
 
 
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	Em um recente estudo pelo CEPAM-SP, envolvendo a Administração Pública comparada, o professor-doutor José Matias Pereira faz uma análise muito interessante e que transcrevemos a seguir:
 
1. O “modelo nórdico” (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Holanda) tem os mais elevados gastos públicos aplicados em proteção social e provisão de bem-estar universal. Os mercados de trabalho são relativamente desregulamentados, mas existem políticas “ativas” visando ao mercado de trabalho, enquanto sindicatos fortes proporcionam um grau elevado de igualdade salarial.
 
 
 
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	Em um recente estudo pelo CEPAM-SP, envolvendo a Administração Pública comparada, o professor-doutor José Matias Pereira faz uma análise muito interessante e que transcrevemos a seguir:
 
2. O modelo “anglo-saxão” (Irlanda e Reino Unido) proporciona uma assistência social de última instância bastante generosa, com transferências de dinheiro destinadas principalmente a pessoas em idade economicamente ativa. Os sindicatos são frágeis e o mercado de trabalho é relativamente desregulamentado.
 
 
 
 
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	Em um recente estudo pelo CEPAM-SP, envolvendo a Administração Pública comparada, o professor-doutor José Matias Pereira faz uma análise muito interessante e que transcrevemos a seguir:
 
3. O “modelo renano” (Áustria, Bélgica, França, Alemanha e Luxemburgo)
baseia-se em seguro social para os desempregados e na provisão de aposentadorias. A proteção ao emprego é mais forte do que nos países nórdicos. Os sindicatos também são poderosos ou desfrutam de apoio legal para a extensão de resultados de negociação coletiva.
 
 
 
 
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	Em um recente estudo pelo CEPAM-SP, envolvendo a Administração Pública comparada, o professor-doutor José Matias Pereira faz uma análise muito interessante e que transcrevemos a seguir:
 
4. O “modelo mediterrâneo” (Grécia, Itália, Portugal e Espanha) concentra gastos públicos no pagamento de aposentadoria de idosos. 
Forte regulamentação protege (e diminui) o emprego, ao passo que generoso apoio a aposentadorias antecipadas busca reduzir o número de pessoas em busca de trabalho. (Pereira, 2012)
 
 
 
 
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Aula 2: AS EXPERIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA EM OUTROS PAÍSES
Pode-se perceber que a opção por este tipo de gestão pública trouxe bons resultados para os países acima citados e para aos demais que adotaram esta postura democrática e transparente.
Dentro do modelo de Administração Participativa, percebe-se a grande influência positiva que ele traz apara os funcionários das organizações, pois os mesmos se sentem valorizados perante a própria empresa. 
O mais importante a considerar é que os beneficiários não se resumem apenas nos clientes internos ou nos colaboradores das organizações, mas também em outros stakeholders como fornecedores e clientes.
 
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RESUMINDO
Nesta aula, você:
 
Traçou um quadro comparativo com os processos de administração participativa do Brasil com os demais países.
Promoveu ferramentas de benchmarking aos gestores públicos nacionais ao analisar os sucessos e insucessos da administração pública participativa em outros países.
Identificou os tipos de gestão participativa em países da Europa e dos Estados Unidos.
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