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Diego Arthur Pohren - Ato 2018 Diagnóstico em endodontia O diagnóstico pode ser realizado a partir de uma correta anamnese e exame clínico, podemos usar um teste de sensibilidade pulpar, exame radiográfico ou tomográfico e também solicitação de outros exames complementares. As finalidades de um correto diagnóstico endodôntico servem para: Identificar o dente doente Identificar a doença Realizar um diagnóstico diferencial Estabelecer o procedimento terapêutico Estabelecer o prognóstico Anamnese – devemos realizar um interrogatório do paciente, analisar sua história clínica, ouvir sua queixa principal, história atual e pregressa do dente além de sua história médica. Exame físico – deve-se realizar a inspeção, com exame extraoral e intraoral, dos tecidos moles e duros: a procura de assimetrias, mudanças de colorações, presença de fístulas, ulcerações, hiperplasias e análise dentária (restaurações e cores). Após a inspeção devemos explorar a procura de cavidades dentárias, bolsas periodontais, trajetos fistulosos, fraturas coronárias e radiculares. Teste de palpação – serve para determinar a consistência e textura dos tecidos, sua aderência, mobilidade e lisura, além de respostas dolorosas, palpação de linfonodos e da fase evolutiva de abscessos. Basicamente analisamos a presença de dor ou não durante palpação. Teste de percussão – analisa as respostas dolorosas e/ou sonoras do dente. Teste de sensibilidade pulpar – pode ser feito com calor e com o frio. O teste a frio é feito com um spray refrigerante (-20°C/-50°C), deve-se realizar um isolamento relativo e iniciar nos dentes adjacentes ou homólogos para que desta forma o paciente tenha uma comparação. O algodão que com o líquido deve ficar em contato com dente por um tempo de 1 a 2 segundos. O teste a calor é utilizado um bastão de guta-percha aquecida, trata-se de um teste com uma dificuldade para o controle da temperatura e pode causar danos pulpares significativos. Resposta pulpar aos testes de sensibilidade Polpa normal Polpa inflamada Frio Vasoconstrição Vasoconstrição Diminui pressão interna Diminui pressão interna Dor (resposta imediata) – fibras delta A sem danos teciduais. Alivio da dor ou estímulo da dor pela pressão tecidual maior que a pressão intravascular Calor Vasodilatação Vasodilatação Aumento da pressão interna Aumento da pressão interna Dor (resposta tardia) – fibras C sem danos teciduais Dor (resposta imediata) – a alteração histológica causa maior estimulação das fibras C Nos casos de necrose pulpar não possui resposta nem para calor nem para frio. Alterações pulpares por causa de fatores fisiológicos – o primeiro fator é o envelhecimento, que causa alterações dimensionais na cavidade pulpar pela diminuição do diâmetro dos túbulos dentinários, esclerose dentinária estimulada por vários fatores (atrição, abrasão, fratura e cárie). A velhice também pode causar alterações estruturais da polpa dentária, a partir da diminuição do citoplasma das células e suas organelas, causando uma diminuição da ação celular, inatividade dos odontoblastos e fibroblastos menores e mais achatados. A calcificação pulpar é muito frequente em dentes com traumatismos ou polpas normais, e pode ocorrer em polpa tanto coronária quanto radicular, mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade. Basicamente temos três fatores principais: Na polpa envelhecida existe mais colágeno tanto em feixes como difusos Diminuição da vascularização e da inervação Aumento da calcificação Alterações pulpares por causa de fatores etiológicos – ocorrem em resposta a agentes bacterianos, físicos e químicos, podendo causar uma resposta pulpar (esclerose dentinária, dentina reparadora e inflamação pulpar). No quesito bacteriano é causado por toxinas e enzimas associadas a cárie. Entre os físicos podemos ter fatores mecânicos (traumáticos, iatrogênicos e patológicos) e térmicos (calor decorrente de preparos cavitários e materiais restauradores). Os danos químicos podem ser causados por ácidos empregados no condicionamento da dentina, por Diego Arthur Pohren - Ato 2018 materiais oriundos de restaurações de resinas compostas, acidez, absorção de água, geração de calor durante presa e falta de adaptação marginal. Alterações inflamatórias da Polpa Dental Basicamente uma inflamação causa um aumento da permeabilidade vascular, do fluxo sanguíneo e da exsudação celular. Pulpite - as pulpites podem ser divididas em agudas e crônicas. Dentro das pulpites agudas podemos ter as reversíveis que são menos agressivas e as irreversíveis que possuem sintomas mais agressivos e presentes. Pulpite aguda reversível - trata-se de uma inflamação não severa da polpa, caracterizada por dor provocada, de curta duração e localizada. Nestes casos tem um dente com teste de sensibilidade positivo, a coroa apresenta alguma característica de cárie profunda ou recidiva que justifique a presença de uma pulpite, o dente não possui mobilidade e uma sensibilidade à percussão normal. Basicamente a doença possui as seguintes características: Origem - a partir de um estímulo provocado (frio) Duração - dor instantânea e de curta duração Intensidade da dor - moderada Localização - é uma dor localizada, paciente consegue facilmente apontar qual o dente afetado. Fase de transição - trata-se de uma fase em que a pulpite passa de reversível para irreversível. Nesta fase os sinais e os sintomas das duas doenças se confundem, devemos analisar a "idade" do dente, pois está diretamente envolvido com a capacidade reacional da polpa, influenciando no prognóstico do caso. Pulpite aguda irreversível - trata-se de uma inflamação severa da polpa caracterizada por dor espontânea, contínua e difusa que não regride com a remoção da etiologia. Nestes casos o dente apresenta um teste de vitalidade positivo, e às vezes alívio da dor com o frio, a coroa apresenta os mesmo aspectos de uma pulpite reversível, uma mobilidade dentária normal e com sensibilidade a percussão tanto na horizontal quanto na vertical. As principais características desta doença são: Origem - não necessita de um estímulo, é uma dor espontânea. Duração - é intermitente e contínua Intensidade da dor - muito intensa Tipo de dor - trata-se de uma dor pulsátil/paroxística Localização - é difusa, paciente não sabe ao certo apontar o dente que dói. Resumo das alterações inflamatórias da polpa dental Patologia Origem Duração Dor Localização Pulpite aguda reversível A partir de um estimulo provocado (frio) Instantânea e de curta duração Moderada Localizada Pulpite aguda irreversível Não necessita de estímulos por ser espontânea Intermitente e contínua Intensa, podendo ser pulsátil ou paroxística. Difusa Diagnóstico diferencial entre pulpite aguda irreversível e abscesso periapical agudo – a pulpite aguda irreversível possui polpa ainda viva, mas em processo de morte/necrose, a dor é espontânea e difusa e pode ter dor a percussão. Já o abscesso periapical agudo já está com sua polpa necrosada, a dor é mais intensa e localizada, além de possuir maior dor a percussão no dente afetado Diego Arthur Pohren - Ato 2018 Patologia Percussão Situação da polpa Tipo de dor Pulpite Aguda Irreversível Pode ser positiva a dor a percussão Viva, mas em processo de necrose Espontanea e difusa Abscesso Periapical Agudo Dor por percussão elevada necrosada Intensa e localizada, paciente sabe exatamente o dente Pulpites crônicas - dentro das pulpites crônicas podemos ter a ulcerativa e a hiperplásica (pólipo pulpar), os principais fatores etiológicos para esta patologiasão: Exposição pulpar prolongada (causado pela destruição da dentina e do esmalte) Infecção de baixa virulência e longa duração As principais características das pulpites cronicas são: Exposição pulpar ao meio bucal Presença de tecido de granulação - responsável pelo sangramento abundante Polpas jovens – por possuir canais amplos e com boa resposta do hospedeiro, possibilitando que esta polpa se mantenha viva. Pulpite crônica ulcerativa – trata-se de uma inflamação crônica da polpa que é caracterizada pela exposição pulpar prolongada e destruição superficial da polpa no local da exposição (ulcera), clinicamente não é facilmente vista. As principais características clínicas desta patologia são: Indolor – pode ocorrer dor leve por pressão de alimentos que entrem na cavidade dentária e por exploração clínica Sangramento abundante ao toque, por se tratar de um tecido de granulação Não possuir dor a percussão, por não possui um envolvimento periodontal Nos casos em que houver dor - será uma dor provocada, de duração passageira, com uma intensidade leve ou moderada e localizada. O dente em questão responderá ao teste de vitalidade pulpar de forma positiva, mas tardia. A coroa estará destruída e com exposição pulpar, sem mobilidade. O motivo para que a dor pelo teste de vitalidade pulpar demore mais para ocorrer se dá pelo aumento das fibras e do tecido de granulação. O tratamento para a pulpite crônica ulcerativa pode ser feito a partir de uma pulpectomia (em casos de dentes com rizocompleta) ou por pulpotomia (em casos de dentes com rizogênese incompleta). Pulpite Crônica Hiperplásica ou Pólipo Pulpar – trata-se de uma inflamação crônica da polpa caracterizada por exposição pulpar prolongada e tecido de granulação que ocupa a câmara pulpar. As principais características clínicas desta patologia são: Indolor – pode ocorrer dor leve por pressão de alimentos e pela exploração clínica Sangramento abundante ao toque – ocasionado pelo tecido de granulação nos casos que houver dor – a dor será provocada, de duração passageira, com uma intensidade de leve a moderada e localizada O dente irá ser positivo a teste de vitalidade pulpar, mas com resposta tardia. A coroa estará destruída, com exposição pulpar e abundante tecido de granulação O dente não possuirá mobilidade nem sensibilidade anormal a percussão O tratamento desta patologia segue a mesma linha de raciocínio da pulpite crônica ulcerativa. Diego Arthur Pohren - Ato 2018 Necrose Pulpar – Periodontite apical A necrose pulpar pode ser total ou parcial (quando a polpa está em estado de necrosar). A classificação das necroses pulpares são as seguintes Necrose de liquefação - áreas de infecção bacteriana, resulta ação enzimática hidrolíticas que promovem destruição tecidual Necrose de coagulação - trauma, rompimento do feixe vasculo-nervoso, ocasionando isquemia tecidual Necrose gangrenosa – trauma com posterior invasão bacteriana que promove liquefação Necrose pulpar – a necrose pulpar possui manifestações clínicas que afetam a coloração do dente (escurecimento), presença de uma possível coroa cariada, restaurada ou fraturada, o teto da câmara pulpar pode se encontrar aberto ou fechado, além destes fatores pode haver a presença de odor fétido e putrescente. Alguns recursos auxiliares que podem ser utilizados para o diagnóstico correto são: Calor – teste deve dar negativo, mas eventualmente uma necrose pode ter respostas ao calor por motivos da fibra C serem resistentes a hipoxia tecidual Frio – teste deve dar negativo Teste elétrico - teste deve dar negativo, mas eventualmente pode haver sensibilidade pela presença de fibras tipo C ou necrose por liquefação Mobilidade – ausente Radiografia – sem alterações Pressão/percussão - teste deve dar negativo Porque a chegada e colonização dos microrganismos causa uma cessação do metabolismo pulpar – a baixa tensão de 02, a presença de CO2, interações microbianas que influenciam o crescimento e colonização bacteriana. Os principais fatores de virulência bacteriana são; toxinas, enzimas e produtos do metabolismo microbiano. Alterações inflamatórias do periápice Agudas - reações exudativas, aumento da virulência e diminuição da resistência orgânica Crônica - reações proliferativas, diminuição da virulência e aumento da resistência orgânica Basicamente os produtos tóxicos da decomposição pulpar mais os microrganismos possuem uma ação agressiva sobre os tecidos periapicas, com varias reações, normalmente quando são rápidas (ocorrem em um curto espaço de tempo) possui sinais e sintomas bem característicos e marcados, enquanto lesões lentas e progressivas são assim. Principais lesões relacionadas com a sintomatologia. Sintomática (aguda) Assintomática (crônica) Pericementite apical sintomática Abscesso apical agudo Abscesso apical crônico Granuloma periapical Cisto periapical Osteite condensante Pericementite apical sintomática - pode ser causada por lesões infecciosas, química ou perfurações durante o tratamento endodôntico. Manifestações subjetivas: Dor espontânea, localizada, moderada e continua, sensação de prurido ou tensão. Nestes casos a dor é provocada pela compressão de fibras. Dente "crescido", contato prematuro Diagnóstico de pericementite apical sintomática Dente se encontra cariado, fraturado ou restaurado Testes auxiliares o Térmico - negativo Diego Arthur Pohren - Ato 2018 o Pressão/percussão - positivo o Digitação apical – negativo o Mobilidade – discreta ou ausente o Raio-x – espessamento do ligamento periodontal. Devemos sempre fazer um diagnóstico diferencial de uma pulpite e de um abscesso apical agudo. O prognóstico depende do estado do paciente, do dente e do valor estratégico, podemos tratar com uma endodontia ou uma exodontia. É importante realizar um alivio oclusal do dente tratado Abscesso apical agudo – trata-se de uma entidade patológica que se caracteriza pela presença de coleção purulenta iniciada ao nível dos tecidos periapicais de um dente. Histopatologia - irá apresentar edema, pus e micro-cavidades a nivel apical. Além de um aumento da permeabildiade vascular que irá aumentar a exudação líquida e celular. O abscesso apical agudo irá migrar do periodonto apical, para o osso alveolar seguindo para os tecidos moles onde irá causar uma tumefação. Podemos ter três niveis de abscesso apical agudo Abscesso apical agudo em fase inicial – pus localizado no ligamento periodontal apical, as principais manifestações são: Dor – espontanea, localizada, continua, pulsatil e de alta intensidade. É causada pela compressão de terminações nervosas e por mediadores químicos da inflamação e indutorres de dor. Sensação de dente "crescido" Mobilidade dental acentuada Gengiva avermelhada Dente – coroa cariada, fraturada ou restaurada Testes auxiliares Teste de sensiblidade ao frio – negativo Pressão/percussão - extremamente positivos Digitação apical – positivo Mobilidade exagerada Raio-x – sem alteração ou aumento do espaço do ligamento peridoontal ou discreta radiolucidez difusa Tratamento – todos os passos são os mesmos, todavia, devemos realziar um trespasse apical com uma lima fina (1- 2mm do ápice da raiz), além de alivio oclusal. Patologia Definição Condição pulpar Características Características do dente e do periodonto ao tratamento Diego Arthur Pohren - Ato 2018 redor Pulpite aguda reversível Inflamação não severa da polpa Polpa viva Dor provocada (frio), de curta duração, instantânea e localizada. Vitalidade positiva, coroacom cárie profunda, ou recidiva, sem mobilidade e sem sensibilidade a percussão Remoção do agente agressor e restauração (selamento) adequado da cavidade Pulpite aguda irreversível Inflamação severa da polpa Polpa viva Dor espontânea, intensa, continua e difusa que não regride com a remoção da causa. Vitalidade positiva (pode aliviar a dor com o frio), coroa com cárie profunda ou recidiva, sem mobilidade e com sensibilidade a percussão Pulpectomia (PQM e obturação, ou tratamento conservador da polpa quando apresentar aspectos macroscópicos favoráveis. Pulpite crônica ulcerativa Inflamação crônica da polpa caracterizada por exposição pulpar prolongada e destruição superficial da polpa no local da exposição Polpa viva Indolor – pode ocorrer dor leve, passageira, e localizada por pressão de alimentos e exploração clínica, além de sangramento abundante pela presença de tecido de granulação Exposição da polpa ao meio oral, presença de tecido granulação, mais frequente em polpas jovens (canais amplos com boa resposta do hospedeiro). O dente não irá possuir mobilidade ou sensibilidade a percussão Pulpectomia – em dentes com rizogenese completa Pulpotomia – em dentes com rizogenese incompleta Pulpite crônica hiperplásica (pólipo pulpar) Inflamação crônica da polpa, caracterizada por exposição pulpar prolongada e tecido de granulação que ocupa a camara pulpar. Polpa viva Indolor – pode ocorrer dor leve, provocada, passageira e localizada por pressão de alimentos e exploração clínica. O sangramento é abundante pela presença de tecido de granulação exposição da polpa ao meio oral, presença de tecido granulação, mais frequente em polpas jovens (canais amplos com boa resposta do hospedeiro). O dente não irá possuir mobilidade ou sensibilidade a percussão. A polpa irá formar um pólipo. Pulpectomia – em dentes com rizogenese completa Pulpotomia – em dentes com rizogenese incompleta Abscesso apical agudo em fase inicial Entidade patológica que se caracteriza pela presença de coleção purulenta iniciada ao nível dos tecidos periapicais Polpa necrosada Dor espontânea, localizada, contínua, pulsátil e de alta intensidade. Sensação de dente "crescido" Gengiva avermelhada. dente com coroa cariada, fraturada ou restaurada. Mobildiade acentuada. Teste de sensibilidade negativo, percussão fortemente positivo, digitação apical positivo e raio-x sem alteração ou com aumento do espaço do ligamento periodontal Pulpectomia - necessário realizar o trespasse apical com um lima fina de 1 a 2 mm além ápice. Abscesso apical agudo em evolução Nesta fase o exsudato purulento está Polpa necrosada Periodo de dor mais intensa, espontanea, localziada, contínua, Aumento de volume intra e/ou extra-oral. Mobilidade dentária Pulpectomia - necessário realizar o Diego Arthur Pohren - Ato 2018 buscando sua exteriorização via trans-óssea ou periodontal pulsátil. Sensação de dente crescido Trismo Paciente combalido Estado geral comprometido Assimetria facial sem ponto de flutuação Pele brilhante, tensa Linfodenopatia Língua saburrosa Halitose Febre Individuo prostado Teste de vitalidade negativo Pressão, percussão e digitação apical positivos. Imagem radiográfico sem alteração, ou com aumento do espaço do ligamento ou com discreta radiolucídez difusa. trespasse apical com um lima fina de 1 a 2 mm além ápice. Abscesso apical evoluído Ao romper o periósteo ou a resistência do ligamento periodontal, a coleção purulenta se exterioriza. Polpa necrosa Diminuição do quadro de dor intensa, mas ainda presente. Dor espontanea, localizada, pulsátil e de menor intensidade Aumento de volume com presença de ponto de flutuação Raio-x semelhante as fases anteriores Paciente com debilidade e febre Pulpectomia - necessário realizar o trespasse apical com um lima fina de 1 a 2 mm além ápice. Pericementite apical sintomática Pode ser causada por razoes infecciosas, químicas e por perfuração apical com a lima Polpa necrosada Dor espontanea, localziada, moderada, continua. Sensação de prurido ou tensão. Dente "crescido", causando contato prematuro Dente se apresenta cariado, fraturado ou restaurado, podemos confirmar a paritr de testes auxiliares Térmico - negativo Pressão/percusão - positivo Mobilidade discreta ou ausene Raio-x – espessamento do ligamento periodontal pulpectomia Retratamento endodôntico Definição - trata-se da realização de um novo tratamento endodôntico devido ao fracasso do tratamento anterior, ou porque se deseja fazer um tratamento mais adequado (dentes que irão receber retentor intra-radicular) Objetivos – os objetivos são: Superar as deficiências da terapia anterior Criar condições biológicas para o reparo dos tecidos periapicais Permitir que o dente exerça suas funções Diego Arthur Pohren - Ato 2018 Indicações para o retratamento endodôntico Insucesso endodôntico Insucesso endodôntico em potencial Causas do insucesso endodôntico – principalmente por falha técnica durante as fases do tratamento endodôntico, podendo causar uma persistência de microrganismos, formando uma infecção intrarradicular. Diagnóstico do insucesso – pode ser feito a partir de uma avaliação clínica ou radiográfica Clínica o Tumefação/fistula o Sintomatologia o Qualidade da restauração atual o Idade do tratamento Radiográfica o Qualidade da obturação o Presença de alteração periapical – devemos sempre averiguar a idade do tratamento, pois tratamentos recentes ainda terão presença de alterações periapicais. Diagnóstico do insucesso em potencial – trata-se da perda de um selamento coronário, deixando exposto os canais de guta-percha, permitindo a entrada de microrganismos nos canais. Em uma exposição por mais de 30 dias devemos retratar. Obturação curta – uma obturação pode estar curta, mas assintomática, selamento integro, ausência de alteração radiográfica apical, nestes casos se não será feito uma prótese fixa, não existe necessidade de retratar, somente proservar este paciente para possível caso de recidiva da lesão. Acesso coronário - nem sempre poderemos ter um correto acesso, por motivos de coroas unitárias em dentes que poderiam fraturar pela remoção. Em casos que é viável o acesso coronário realizamos o retratamento e em casos que é inviável devemos realizar uma cirurgia parendodôntica. Durante um retratamento devemos sempre considerar como um caso de necrose pulpar, independente da presença ou não de lesão periapical, por isso utilizamos as técnicas destes casos. Príncipios da técnica de retratamento Remoção de todo o material obturado existente Melhorar o preparo do canal – para desta forma deixar uma forma mais adequada e para desinfecção do canal Obturação tridimensional e no nível adequado Reabertura coronária Remoção total do tecido cariado Traçado de perfil Remoção do material restaurador até atingir a obturação do canal Remoção do teto da camara pulpar Localização do canal radicular com uma sonde Rhein – o canal que está preenchido com a guta é "fofinho" Após a reabertura coronária devemos medir novamente o CAD e estabelecer o CRI, em seguida removemos o material obturador da entrada do canal (terço cervical) com uma broca largonº1 mas somente na porção reta do canal. Após isso realizamos a penetração desinfetante ou o uso de um solvente para remoção da guta, só usamos o solvente em casos que exista bastante material obturador, em certos casos temos tão pouco que utiliza-lo não faria a menor diferença. Solvente Diego Arthur Pohren - Ato 2018 Soluniliza a guta-percha Facilita a entrada de instrumentos no cana Tipos de solventes o Eucaliptol – normalmente usamos o eucaliptol, é menos irritante que os outros o Clorofórmio o Xilol o Óleo de laranja Desobturação do canal – devemos começar com limas calibrosas Limas tipo K - avançar em direção apical, criar o espaço, trata-se de uma lima não flexível Limas tipo Hedströem - usada para remover o material das paredes, não devemos girar ela PQM – podemos utilizar três técnicas Técnica escalonada Técnica coroa-ápice Técnica seriada – todos os instrumentos em CT Medicação intracanal – pasta de hidróxido de cálcio por pelo menos 14 dias ,
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