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Direito e Legislação Aplicada

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Alex Sander Branchier
Juliana Daher Delfino Tesolin
3ª ed. rev. e atual.
Por Alex Sander Branchier
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al.
 Conselho editorial
Dr. Ivo José Both 
Drª. Elena Godoy
Dr. Nelson Luís Dias
Dr. Ulf Gregor Baranow
 Editor-chefe
Lindsay Azambuja
 Editor-assistente
Ariadne Nunes Wenger
 Editor de arte
Raphael Bernadelli
 Análise de informação
Jerusa Piccolo
 Revisão de texto
Schirley H. de Gois Hartmann
 Capa
Denis Kaio Tanaami
 Projeto gráfico
Raphael Bernadelli
 Diagramação
Katiane Cabral
Av. Vicente Machado, 317 . 14º andar
Centro . Cep 80420-010 . Curitiba . PR . Brasil
Tel.: (41) 2103-7306
www.editoraibpex.com.br 
editora@editoraibpex.com.br
1ª edição, 2003
2ª edição rev. e atual., 2004
3ª edição rev. e atual., 2006
12-08270 Branchier, Alex Sander
 Direito e legislação aplicada [livro ele-
trônico] / Alex Sander Branchier, Juliana 
Daher Delfino Tesolin. – 3. ed. rev. e atual. 
– Curitiba: Ibpex, 2012. 
 2 MB ; PDF
 ISBN 978-85-7838-946-8
 1. Direito 2. Legislação I. Tesolin, Juliana 
Daher Delfino. II. Título.
CDU-340.1:340.134
20. ed.
Informamos que é de inteira responsabilidade 
dos autores a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida por qualquer meio ou forma sem a 
prévia autorização da Editora Ibpex.
A violação dos direitos autorais é crime 
estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido 
pelo art. 184 do Código Penal.
Foi feito o depósito legal.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índices para catálogo sistemático:
1. Direito e legislação 340.1:340.134
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Esta obra foi concebida com o intuito de apresentar aspectos rele-
vantes sobre temas diferentes que envolvem o direito. Assim, divi-
dida em nove capítulos, o primeiro, intitulado “Noções de direito”, 
pretende informar o leitor acerca dos fundamentos elementares do 
direito e tratar de modo simples de alguns institutos do direito civil.
O segundo capítulo – “Direito administrativo” – traz uma visão 
geral sobre esse ramo do direito, sobre o qual assentam regras de 
relação dos particulares em face do Poder Público e dos governan-
tes e agentes sobre a coisa pública. O terceiro capítulo, denomina-
do “Direito constitucional”, presta-se a destacar a importância e 
o papel da Constituição Federal vigente na construção do sistema 
jurídico nacional.
Já no terceiro, quarto e quinto capítulos, intitulados respecti-
vamente “Direito tributário”, “Direito do trabalho” e “Direito pre-
videnciário”, demonstra-se o modo pelo qual o Estado tributa os 
particulares, revelando-se o básico sobre as espécies tributárias 
e o modo de sua exigência, bem como aborda-se o conjunto dos 
principais regramentos acerca das relações de emprego, além de 
ser apresentada ao leitor uma visão pragmática do quadro que en-
volve a seguridade social brasileira nas suas três vertentes: saúde, 
previdência social e assistência social. Quanto ao sétimo capítulo – ap
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“Direito do Consumidor” –, visa tornar compreensíveis para o leitor 
as regras essenciais a serem observadas nas relações de consumo, 
as quais se multiplicam vertiginosamente por força das facilidades 
tecnológicas e pelo avanço do marketing de consumo. 
O capítulo oitavo – “Direito ambiental’ – apresenta ao leitor 
uma ampla, mas eficaz, panorâmica desse novo ramo do direito, 
que deve assumir importância ímpar nas relações humanas nos 
próximos tempos, tendo em vista a escassez dos bens da natureza, 
antes imaginados infinitos. Por fim, o nono capítulo, denominado 
“Direito empresarial’, cumpre a função de tratar dos principais te-
mas práticos dessa área do direito, tais como as formas empresa-
riais modernas, os contratos empresariais e a lei de recuperação 
judicial, extrajudicial e de falência de empresas. 
Todos esses temas são complementados ainda pelos anexos cons-
tantes ao final da obra, permitindo o aprofundamento do aprendi-
zado, de modo a esclarecer os principais conteúdos de cada um dos 
ramos do direito abordados.
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 lista de siglas 11
 capítulo I noções de direito 
 aspectos gerais do direito civil 15
 1.1 Fontes do direito - 15
 1.2 Ramos do direito - 16
 1.3 Pessoas naturais - 17
 1.4 Pessoas jurídicas - 21
 1.5 Domicílio civil, residência e habitação - 21
 1.6 Bens - 22
 1.7 Direitos - 24
 1.8 Direitos reais - 25
 1.9 Posse - 25
 1.10 Propriedade - 27
 1.11 Direito das obrigações - 32
 1.12 Contratos - 35
 capítulo II direito administrativo 41
 2.1 Administração Pública - 41
 2.2 Princípios básicos da Administração Pública - 44
 2.3 Poderes administrativos - 46Ne
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 2.4 Servidores públicos - 49
 2.5 Serviços públicos - 53
 2.6 Bens públicos - 54
 2.7 Intervenção na propriedade - 57
 2.8 Atos administrativos - 59
 2.9 Licitações - 63
 2.10 Contratos administrativos - 66
 2.11 Controle da legalidade do ato administrativo - 68
 capítulo III direito constitucional 71
 3.1 Princípios fundamentais da CF/1988 - 71
 3.2 Direitos e garantias fundamentais - 75
 3.3 Organização do Estado - 76
 3.4 Organização político-administrativa do Estado - 78
 3.5 Organização dos Poderes - 79
 3.6 Finanças públicas - 92
 3.7 Ordem econômica - 93
 3.8 Ordem social - 95
 capítulo IV direito tributário 97
 4.1 A receita pública - 98
 4.2 Direito tributário – conceito e enquadramento - 99
 4.3 Sistema tributário - 100
 capítulo V direito do trabalho 157
 5.1 Introdução ao estudo do direito 
 do trabalho/legislação social - 157
 5.2 Princípios do direito do trabalho - 158
 5.3 
 5.4 O empregado - 161
 5.5 O empregador - 164
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 5.6 Contrato de trabalho - 167
 5.7 Remuneração e salário - 173
 5.8 Repouso semanal remunerado - 177
 5.9 Férias anuais remuneradas - 179
 5.10 Fundo de Garantia do 
 Tempo de Serviço (FGTS) - 181
 5.11 Alteração do contrato de trabalho - 184
 5.12 Suspensão e interrupção 
 do contrato de trabalho - 185
 5.13 Aviso prévio - 187
 5.14 Proteção ao trabalho da mulher, 
 da criança e do adolescente - 188
 5.15 Segurança e medicina do trabalho - 191
 5.16 Prescrição - 193
 5.17 Justiça do Trabalho - 195
 5.18 Terminação do contrato de trabalho - 202
 capítulo VI direito previdenciário 205
 6.1 Seguridade social - 205
 capítulo VII direito do consumidor
 antecedentes e contexto 239
 7.1 O Código de Defesa
 do Consumidor (CDC) – finalidade - 241
 7.2 Definições de consumidor e fornecedor - 243
 7.3 Direitos básicos do consumidor - 247
 7.4 A regra geral de qualidade - 255
 7.5 A questão do tempo/prazo no CDC - 269
 7.6 A desconsideração da personalidade 
 jurídica no CDC - 276
 7.7 A oferta de produtos ou serviços no CDC - 279
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 7.8 A publicidade enganosa e abusiva no CDC - 281
 7.9 Práticas abusivas no CDC - 286
 7.10 Cobrança de dívidas no CDC - 291
 7.11 Direito de arrependimento no CDC - 292
 7.12 Cláusulas abusivas no CDC e seus efeitos - 294
 7.13 Sanções no CDC - 299
 capítulo VIII direito ambiental 309
 8.1 Direito ambiental – linhas gerais e destaques - 309
 8.2 Meio ambiente - 310
 8.3 Antecedentes do direito ambiental - 312
 8.4 O direito ambiental no Brasil - 314
 8.5 Bens protegidos diretamente como 
 de interesse ambiental - 318
 8.6 Crimes ambientais - 318
 8.7 Institutos e órgãos de proteção 
 ao meio ambiente - 323
 capítulo IX direito empresarial 331
 9.1 Direito empresarial - 331
 9.2 Atividade empresarial - 332
 9.3 Contratos mercantis - 344
 9.4 Lei de Recuperação Judicial 
 e Extrajudicial e Falências - 358
 anexos 363
 textos e sites
 recomendados 387
 referências 389
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CC – Código Civil
CCom. – Código Comercial
CDC – Código de Defesa do Consumidor
CF – Constituição Federal
CFM – Conselho Federal de Medicina
CFO – Conselho Federal de Odontologia
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos
Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente
Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
CP – Código Penal
CPC – Código de Processo Civil
CPP – Código de Processo Penal
CTN – Código Tributário Nacional
CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social
DEPRN – Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais
DO – Diário Oficial
DRT – Delegacia Regional do Trabalho
EC – Emenda Constitucional
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
IAA – Instituto do Açúcar e do Álcool
IAP – Instituto Ambiental do Paraná
Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis
IBC – Instituto Brasileiro do Café
IBDF – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias
IGP-DI – Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna
Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
IE – Imposto de Exportação
IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas
II – Imposto de Importação
INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor
INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana
IR – Imposto de Renda
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
ISS/ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis
ITCF – Instituto de Terras, Cartografia e Florestas
ITCMD/ITD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de 
Quaisquer Bens ou Direitos
ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
LC – Lei Complementar
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LICC – Lei de Introdução ao Código Civil
LO – Lei Ordinária
LOA – Lei Orçamentária Anual
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al.OAB – Ordem dos Advogados do Brasil
OIT – Organização Internacional do Trabalho
ONU – Organização das Nações Unidas
PPA – Plano Plurianual
Pasep – Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público
PIS – Programa de Integração Social
Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Sedhevea – Superintendência da Borracha
Sema – Secretaria do Meio Ambiente
Semarh – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Sesc – Serviço Social do Comércio
Sesi – Serviço Social da Indústria
Sisnama – Sistema Nacional do Meio Ambiente
SNDC – Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
STF – Supremo Tribunal Federal
STN – Secretaria do Tesouro Nacional
STJ – Superior Tribunal de Justiça
Sudepe – Superintendência do Desenvolvimento da Pesca
Surehma – Superintendência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente
TRF – Tribunal Regional Federal
Ufir – Unidade Fiscal de Referência
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1.1 Fontes do direito
Fontes do direito são os meios pelos quais se formam as regras 
jurídicas.
Existem as f o n t e s d i r e t a s , que são a lei e o costume, e as 
i n d i r e t a s , que são a doutrina e a jurisprudência.
Lei: é a norma editada pelo Legislativo.
Costume: é a reintegração constante de uma conduta, na con-
vicção de ser esta uma prática obrigatória (de direito). Na falta de 
lei sobre determinado assunto, pode o juiz decidir com base nos 
costumes da sociedade (art. 4º, LICC).
Doutrina: é a interpretação da lei, feita pelos estudiosos do direito, 
por meio de aulas, obras literárias, pareceres, monografias etc.
Jurisprudência: é a interpretação da lei, feita pelos juízes e tribu-
nais, nas suas decisões. Diz-se que a jurisprudência está firmada 
quando uma questão (ou seja, um determinado assunto) é julgada 
várias vezes da mesma maneira.
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1.2 Ramos do direito
Primeiramente é mister esclarecer que o direito pode ser positivo 
ou natural. 
Natural: é a ideia abstrata de direito, corresponde ao sentimento 
de justiça da comunidade.
Positivo: é o conjunto de regras jurídicas em vigor num determi-
nado país, numa determinada época.
Ex.: O direito positivo não obriga ao pagamento de duplicata 
prescrita; já o direito natural considera esse pagamento, a qualquer 
tempo, devido e correto.
Assim, de todo o exposto, pode-se entender que o direito positivo, 
uma vez que é o único regulamentado, subdivide-se em:
Figura 1 – Divisões do direito positivo
 Público
 
 Privado 
Direito 
Positivo 
 Constitucional
 Público Penal
 Administrativo
 Nacional Eleitoral
 Tributário
 Ambiental
 Trabalhista
 Processual
 Civil
 Privado Comercial
 do Consumidor
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Obs.: o direito do trabalho vem recebendo da doutrina jurídica 
tratamento polêmico. Alguns o classificam no campo do direito pú-
blico dado seu caráter impositivo, protetivo e interferente do Estado 
sobre as relações trabalhistas. Todavia, outros o inserem na cate-
goria de direito privado pelo fato de regular predominantemente 
os contratos individuais firmados entre empregador e empregado. 
Assim, tanto uma classificação quanto a outra podem ser recepcio-
nadas como válidas, dependendo do objeto e modo a serem priori-
zados na avaliação.
1.3 Pessoas naturais
Pessoa natural é o ser humano, a criatura que provenha de mulher. 
Toda pessoa natural possui um nome, que representa a maneira 
como é conhecida na sociedade. 
O nome individual é chamado de p r e n o m e ou n o m e p r ó -
p r i o (ex.: João, Maria, Marco Antônio). Já o nome de família, por 
sua vez, costuma ser indicado por várias designações: s o b r e -
n o m e , p a t r o n í m i o , a p e l i d o d e f a m í l i a etc. (ex.: 
Oliveira, da Silva). Existem ainda os agnomes, que são os elemen-
tos distintivos secundários que se acrescentam ao nome completo 
(filho, júnior, sobrinho, neto etc.).
Em princípio, o nome não pode ser modificado, especialmente 
no que se refere ao prenome e ao patronímio. 
Apenas em alguns casos excepcionais e justificados, a jurispru-
dência aceita a retificação ou a alteração de qualquer dos elementos 
do nome (caso de erro gráfico evidente, nomes exóticos ou ridículos, 
inclusão de alcunha ou apelido, homonímia ou, ainda, no primeiro 
ano após a maioridade, desde que não prejudique os apelidos de 
família, tradução, casamento ou concubinato).
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Frise-se que atualmente, pela vigência da Lei n.º 10.40/2002 
do novo Código Civil (CC), em consonância com o art. 5º, I, da 
Constituição Federal (CF) de 1988, não predomina mais o caráter 
pater familis (família comandada pelo pai), que exigia da prole o 
uso do sobrenome/patronímio do pai e da esposa a agregação do 
sobrenome do esposo. 
Agora, prevalece a regra da isonomia/igualdade, que admite vá-
rias possibilidades legais, dentre as quais se destacam: a) a esposa 
ter a faculdade de usar o sobrenome do esposo; b) o esposo agregar 
o sobrenome da esposa; c) o esposo ou a esposa modificar o sobre-
nome no curso do casamento ou após sua dissolução etc.
Além do nome, a pessoa natural possui elementos de caráter ju-
rídico que a preparam para a vida em sociedade. São eles: perso-
nalidade, legitimidade e capacidade jurídicas.
Personalidade jurídica: aptidão ou capacidade para exercer direi-
tos (titular de direitos e obrigações). Vivo para o mundo jurídico é:
a) recém-nascido: a personalidade jurídica dá-se a partir do 
nascimento com vida (respiração);
b) 
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Ex.: não é permitido irmão casar com irmão (falta legitimidade 
jurídica). Aptidão em sentido estrito.
Capacidade jurídica ou civil: aptidão jurídica conferida a uma 
pessoa para o exercício dos atos da vida por si própria. É a possibi-
lidade de ação, ou omissão, por ato voluntário, criando, modifican-
do ou extinguindo direitos e obrigações dados a uma pessoa.
Aquisição de capacidade civil: o art. 5º do CC diz textualmente: 
a menoridade cessa aos 18 completos, quando a pessoa fica habili-
tada à prática de todos os atos da vida civil.
Em outras palavras, trata-se aqui da aquisição regular de maio-
ridade, portanto de 21 anos (CC revogado) passa a maioridade civil 
para 18 anos completos, coincidindo com a maioridade penal.
Contudo, o parágrafo único trata dos casos excepcionais de aqui-
sição da capacidade civil plena:
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapa-
cidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta 
do outro, mediante instrumento público, independente-
mente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, 
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos comple-
tos; (trata-se da emancipação - observação nossa) 
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela 
exis tência de relação de emprego, desde que, em fun-
ção deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria.
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Portanto, não ocorrendo os casos acima mencionados nem 
atingindo os 18 anos, a pessoa será absolutamente incapaz ou re-
lativamente incapaz. Nos termos dos artigos do novo CC (Lei n.º 
10.406/2002) abaixo transcritos:
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoal-
mente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática des-
ses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem 
exprimir sua vontade.
Os absolutamente incapazes não podem realizar atos da vida 
civil pessoalmente, sendo seus atos firmados por seus responsáveis 
(pais, tutores, curadores etc).
Já os relativamente incapazes podem realizar atos, porém devem 
ser assistidos/acompanhados pelos responsáveis, conforme o art. 4º:
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à 
maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os 
que, por deficiência mental, tenham o discernimento 
reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental com-
pleto;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada 
por legislação especial.
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1.4 
 Domicílio civil, residência 
e habitação
 Domicílio civil
É a sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para 
efeitos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos 
e negócios jurídicos.
Também se considera domicílio o local de trabalho, ou onde a 
pessoa mantém o centro de suas ocupações, ou, ainda, o local onde 
for encontrada, se não tiver residência fixa ou centro de ocupações 
habituais. Se possuir mais de uma residência ou centro de ocupa-
ções, pode o domicílio ser mútuo.
Por sua vez, a pessoa jurídica tem por domicílio a sede ou a filial 
para os atos ali praticados.
Espécies
a) Domicílio voluntário: é aquele que fica a critério do indivíduo.
b) Domicílio legal: é o fixado por lei. Ex.: o filho menor terá o 
mesmo domicílio de seu pai.
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c) Domicílio de eleição: é aquele estabelecido por meio de acor-
do entre as partes nos contratos.
Residência: é o local em que se habita, com intenção de perma-
necer, mesmo que dele se ausente temporariamente.
Habitação (ou moradia): mera relação de fato. É o local em que a 
pessoa permanece, acidentalmente, sem ânimo de ficar. Ex.: quan-
do alguém aluga uma casa para passar o verão.
1.6 Bens
Segundo Alvim, citado por Diniz1, bens “São as coisas materiais ou 
imateriais que têm valor econômico e podem servir de objeto numa 
relação jurídica.”
Os bens classificam-se em:
Corpóreos: são os bens físicos, palpáveis. Ex.: uma mesa.
Incorpóreos: são os bens abstratos. Ex.: um direito.
Móveis: são aqueles que podem ser facilmente transportados. 
Ex.: uma cadeira.
Imóveis: são aqueles que não podem ser transportados sem alte-
ração de sua substância. Ex.: uma casa. Subdividem-se em:
- Imóveis por natureza.
 Ex.: o solo, o espaço aéreo.
- Imóveis por acessão.
 Ex.: construções, sementes lançadas à terra.
- Imóveis por destinação.
 Ex.: utensílios agrícolas.
- Imóveis por destinação legal.
 Ex.: penhor agrícola, sucessão aberta.
Semoventes: são os animais.
1 DINIz, M. H. Curso de direito civil brasileiro. 20. ed. rev. 
aum. São Paulo: Saraiva, 2003.
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Fungíveis: são aqueles que podem ser substituídos por outros da 
mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex.: dinheiro.Infungíveis: são aqueles que são insubstituíveis, valendo sua in-
dividualidade. Ex.: a tela pintada pelo pintor Van Gogh.
Consumíveis: são aqueles que se destroem pelo uso. Ex.: alimen-
tos em geral.
Inconsumíveis: são aqueles bens de natureza durável. Ex.: um 
livro.
Divisíveis: são aqueles que podem ser passíveis de divisão. Ex.: 
um terreno.
Indivisíveis: são aqueles que não admitem divisão, sob perda da 
sua essência. Ex.: um relógio.
Singulares: são os bens individualizados em si mesmos. Ex.: um 
caderno.
Coletivos: são os bens agregados num todo. Ex.: uma biblioteca.
Principais: são os que assim se consideram com relação a outros, 
considerados acessórios. Ex.: a árvore em relação ao fruto.
Acessórios: são aqueles que se consideram decorrentes de ou-
tros. Ex.: o fruto em relação à árvore.
Entre os bens acessórios, contam-se as benfeitorias e os frutos. 
As benfeitorias classificam-se em necessárias (conservação), úteis 
(melhoramentos) e voluptuárias (embelezamento). Os frutos classi-
ficam-se em naturais (frutos das árvores), industriais (resultantes 
de atividades ou cultura) e civis (rendimentos, juros, dividendos).
Públicos: são os bens de domínio nacional, pertencentes à União, 
aos estados ou aos municípios. Ex.: uma praça pública, o prédio da 
prefeitura.
Particulares: são os que pertencem a pessoas naturais ou jurídi-
cas de direito privado. Ex.: uma casa, um carro.
No comércio: são os bens negociáveis.
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Fora do comércio: são os bens insuscetíveis de apropriação (ex.: 
luz solar, ar atmosférico) e também as coisas inalienáveis por des-
tinação de lei (ex.: bens de família, bens gravados por cláusula de 
inalienabilidade etc.).
1.7 Direitos
É claro que de um ato jurídico decorrem direitos, os quais podem 
ser atuais ou futuros.
Atuais: são aqueles completamente adquiridos (já incorporados 
ao patrimônio do titular, permitindo a este o pleno exercício).
Futuros: ainda não incorporados ao patrimônio do titular, depen-
dem da satisfação de certos requisitos. Subdividem-se em:
a) futuro deferido: depende do arbítrio do sujeito (Ex.: requerer 
aposentadoria);
b) futuro indeferido: sujeito a fatos ou condições falíveis (é a ex-
pectativa de direito – Ex.: nascituro).
 Direito e direito de agir: 
prescrição e decadência
P r e s c r i ç ã o é a perda ou extinção do direito (conferido por 
lei) de utilizar uma ação judicial possível, em virtude da inércia de 
seu titular por um certo lapso de tempo.
D e c a d ê n c i a é a perda ou extinção do direito propriamente 
dito, conferido por lei a um sujeito que deve exercer seu direito sob 
pena de perdê-lo, em virtude da inércia de seu titular por um certo 
lapso de tempo.
A decadência tem por efeito extinguir o direito, enquanto a pres-
crição extingue o direito de impetrar uma ação.
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Assim, quem tem um direito deve exercê-lo para não vê-lo pres-
crito e, ainda, quem tem um direito deve cuidar-se, pois pode per-
dê-lo pela decadência.
1.8 Direitos reais
O direito real é um vínculo que liga uma coisa a uma pessoa. É um 
direito absoluto, oponível a todos – erga omnes.
Os direitos reais classificam-se em:
Sobre coisa própria: só a propriedade.
Sobre coisa alheia: subdivide-se em:
a) de gozo: enfiteuse, servidão predial, usufruto, uso, habitação, 
renda real;
b) de garantia: penhor, hipoteca e anticrese;
c) de aquisição: compromisso de compra e venda.
1.9 Posse
É a detenção de uma coisa em nome próprio. É considerada um dos 
requisitos da propriedade.
A seguir, são apresentadas as classificações da posse.
a) Direta: exercida diretamente pelo possuidor sobre a coisa. 
Ex.: locatário.
b) Indireta: exercida por meio de outrem. Ex.: locador, devedor 
pignoratício.
c) Justa: não há o conhecimento de vícios, ou seja, é aquela que 
não é clandestina (posse às escondidas), nem violenta (obtida 
à força), nem precária (cedida a título provisório – Ex.: como-
datário e/ou locatário que não devolve a coisa no prazo).
d) Injusta: há o conhecimento de vícios. É a posse clandestina, 
violenta ou precária.
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e) Boa-fé: exercida por aquele que ignora a existência de vícios. 
Ex.: quem adquire a coisa furtada sem saber que é produto de 
crime.
f) Má-fé: por aquele que sabe da existência de vícios e os ignora 
quando do exercício da posse.
g) Nova: exercida por menos de ano e dia.
h) Velha: exercida por mais de ano e dia. Melhores condições de 
ser mantida a posse quando houver discussão judicial.
i) Contínua: é a posse permanente.
j) Descontínua: é a posse que houve alguma interrupção.
k) Composse: ocorre quando há mais de um possuidor da coisa 
toda, em partes ideais não localizadas, como no condomínio 
de terra não dividida ou demarcada.
 Efeitos da posse
São efeitos da posse:
a) presunção de propriedade;
b) faculdade de invocar os interditos possessórios (ações especí-
ficas de defesa da posse):
- direito de usucapião, dentro dos requisitos legais;
- se a posse é de boa-fé, surge o direito aos frutos, à indeni-
zação pelas benfeitorias necessárias e úteis, à retenção como 
garantia do pagamento dessas benfeitorias e ao levantamento 
das benfeitorias voluptuárias;
- se a posse é de má-fé, nasce o dever de pagar os frutos co-
lhidos, a responsabilidade pela perda da coisa, o direito ao 
ressarcimento das benfeitorias necessárias e a ausência dos 
direitos de retenção, e de levantamento das benfeitorias vo-
luptuárias.
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 Perda de posse
Ocorre perda de posse:
- por destruição da coisa;
- por se tornar coisa fora do comércio;
- por tradição da coisa (= entrega);
- pela posse de outrem.
Obs.: constituto possessório (art. 1.205, CC) – modo de perda e 
aquisição ao mesmo tempo da posse. Ex.: indivíduo vende aparta-
mento e pactua que ficará na posse como locatário.
1.10 Propriedade
Direito que uma pessoa física ou jurídica tem de usar, fruir e dispor 
de uma coisa móvel ou imóvel e de se insurgir contra quem injusta-
mente a detenha; efeito erga omnes.
A propriedade pode ser classificada como:
a) plena ou limitada: todos os poderes elementares estão nas 
mãos do proprietário;
b) restrita ou limitada: alguns poderes estão destacados. Ex.: 
usufruto;
c) perpétua: tem durabilidade ilimitada, perdura até alteração 
jurídica;
d) resolúvel: que contempla no próprio título constitutivo (con-
trato) um condição ou termo de resolução (extinção).
 Modos de aquisição de propriedade imóvel
A propriedade imóvel pode ser adquirida:
- pelo registro do título;
- pela acessão;
- pelo usucapião;
- pelo direito hereditário (sucessão).
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Conforme já explicitado, aqui vale a mesma regra aplicada para 
os bens móveis. A aquisição é originária quando não tem dono an-
terior, como na acessão. É derivada quando existe dono anterior, 
nos outros casos.
A aquisição pode ser:
a) a título singular: quando se refere a um bem específico;
b) a título universal: quando se transmitem todos os bens de uma 
pessoa. Ex.: herança.
Pelo registro do título: a transmissão da propriedade imóvel só 
se opera com o registro do título de transferência no Cartório de 
Registro de Imóveis da circunscrição em que ela se localiza. Por 
isso, é comum se dizer que “quem não registra não é dono”.
Pela acessão: a acessão refere-se a acréscimos acontecidos em 
relação a um imóvel, pela mão do homem, como, por exemplo, pelas 
construções de obras num terreno ou pelas plantações ou, ainda, 
por causas naturais, como formação de ilhas, entre outras.
Pelo usucapião: significa a captação ou aquisição pelo uso pro-
longado, com os seguintes requisitos:
- Coisa hábil: não são hábeis a serem adquiridas por usucapião 
as coisas fora do comércio (ar, luz do sol, água dos mares) e os 
imóveis públicos.
- Posse: deve ser exercida com ânimo de dono, mansa e pacífica 
(não pode ser clandestina, nem violenta, nem precária).
- Justo título: é o ato jurídico que preenche os requisitos formais 
para a transmissão da propriedade, mas que não é válido por 
ser anulável ou pelo fato de a pessoa que vendeu não ser a dona.
- Boa-fé: tem aquele que pensava correta a sua aquisição, que 
pensava ser dono. Presume-se de boa-fé quem tem justo título.
- Tempo: depende de cada espécie.
Uma vez que estão indicados os requisitos para aquisição de 
propriedade por usucapião, é apresentado, na sequência, um 
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quadro sinóptico das espécies de usucapião e suas principais 
peculia ridades.
Usucapião, que deriva do latim usucapio, de usucapere, e quer 
dizer “tomar ou adquirir algo pelo uso”, é um instituto jurídico an-
tigo, que possui o condão de conferir a propriedade de direito a al-
guém que de fato já ostenta elementos presumíveis de propriedade 
estabelecidos em lei. 
São quatro as modalidades de usucapião de imóveis vigentes no 
sistema jurídico brasileiro:
a) E x t a r o r d i n á r i o : adquire, por ato judicial, a proprie-
dade aquele que exerce posse mansa e pacífica, ininterrupta 
com animus de dono, isto é, como se dono fosse, sem oposi-
ção do proprietário ou interessados legítimos, pelo prazo de 
15 anos, independente de possuir justo título e boa-fé, poden-
do, todavia, o prazo ser reduzido para 10 anos se o possuidor 
tiver realizado no imóvel obras ou serviços de caráter produ-
tivo ou o tiver utilizado como sua moradia habitual.
b) O r d i n á r i o : adquire, por ato judicial, a propriedade 
aquele que exerce posse mansa e pacífica, ininterrupta como 
se dono fosse, sem oposição do proprietário, com justo título 
e boa-fé, pelo prazo de 10 anos, podendo, entretanto, o prazo 
ser reduzido para 5 anos se o possuidor tiver realizado inves-
timentos de interesse econômico e social, ou tiver utilizado 
o imóvel como sua moradia, e o imóvel tiver sido adquirido 
onerosamente com registro cancelado.
c) u r b a n o : a) individual: adquire a propriedade aquele que, 
não sendo proprietário de outro imóvel urbano ou rural, utili-
zar, como se dono fosse, mesmo sem justo título, presumindo-
-se a boa-fé, com posse ininterrupta de no mínimo 5 anos, 
sem oposição do proprietário ou terceiros legítimos, imóvel 
de até 250 metros quadrados em área urbana, destinando-o 
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para sua moradia ou de sua família; b) coletivo: adquirem a 
propriedade aqueles que, não sendo proprietários de outro 
imóvel urbano ou rural e sendo pessoas de baixa renda, uti-
lizarem áreas urbanas com mais de 250 metros quadrados 
coletivamente, como se donos fossem, mesmo sem justo título, 
presumindo-se a boa-fé, com posse ininterrupta de no míni-
mo 5 anos.
d) R u r a l : adquire, por ato judicial, a propriedade aquele que 
exerce posse mansa e pacífica, sem oposição do proprietário, 
como se dono fosse, por não menos que 5 anos ininterruptos, 
mesmo que sem justo título, presumindo-se a boa-fé, área 
de terra em zona rural não superior a 50 hectares (50.000 
metros quadrados), desde que nela produza por seu trabalho 
ou de sua família e nela tenha sua moradia. 
Para os bens móveis duas são as modalidades:
a) O r d i n á r i o d e b e n s m ó v e i s : adquire a propriedade 
aquele que possuir coisa móvel como sua, de forma contínua e 
incontestada durante 3 anos, com justo título e boa-fé.
b) E x t r a o r d i n á r i o d e b e n s m ó v e i s : adquirea pro-
priedade aquele que possuir coisa móvel como sua, de forma 
contínua e incontestada durante 5 anos, dispensado justo tí-
tulo e boa-fé.
 Modos de aquisição de propriedade móvel
Adquire-se a propriedade móvel:
Pela tradição (= entrega): é o meio pelo qual se transfere a pro-
priedade da coisa móvel, com a sua entrega ao adquirente, em cum-
primento a um contrato. Às vezes é necessário que a tradição seja 
registrada para valer contra terceiros. Ex.: compra e venda de auto-
móveis – registrados no Registro de Títulos e Documentos (art. 129 
da Lei de Registros).
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Pelo usucapião: nos termos já supratranscritos no quadro si-
nóptico.
Pela especificação: é o modo de aquisição de propriedade me-
diante transformação de coisa móvel em espécie nova, em virtude 
do trabalho ou da indústria do especificador, desde que não seja 
possível reduzi-la à sua forma primitiva. Ex.: a escultura em rela-
ção à pedra, a pintura em relação à tela.
Pela ocupação: é o assenhoramento da coisa sem dono (res 
nullius) ou abandonada (res derelicta). Ex.: caça e pesca.
Obs.: não se deve confundir a coisa sem dono ou abandonada 
com a coisa perdida. Esta deve ser sempre restituída ao dono ou en-
tregue à autoridade, salvo no caso de tesouro, cuja metade pertence 
ao descobridor e outra metade ao dono do terreno que autorizou a 
pesquisa. Se a pesquisa não foi autorizada, o tesouro pertence por 
inteiro ao proprietário do terreno.
 Fomalização da propriedade 
 Sobre bens imóveis
É bom que se diga que os contratos constitutivos ou translativos 
de direitos reais sobre imóveis devem ser feitos por escritura pública. 
Como exceção, permite-se que seja adquirida a propriedade imóvel 
por instrumento particular, nos casos de contratos com o Sistema 
Nacional de Habitação (vide Lei n.º 4.380/1964, art. 61, § 5º), nos 
compromissos de compra e venda e nas cessões. 
 Limitação do direito de propriedade
Ocorre quando um dos elementos é entregue a um outro titular 
(uso, gozo, disposição). Ex.: direito de passagem, usufruto.
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 Perda do direito de propriedade
Ocorre quando todos os elementos são entregues a outrem. Ex.: 
contrato de compra e venda.
1.11 Direito das obrigações
Para que exista uma obrigação, devem existir sujeitos, objeto e 
vínculo jurídico entre eles.
 Efeitos das obrigações 
Tempo: se não estiver ajustado pelas partes o prazo para paga-
mento, o credor pode exigi-lo imediatamente, exceto para mútuo 
(30 dias) e obrigações alimentícias (próxima colheita).
Lugar: dívidas portáveis (devedor vai até o credor) ou quesíveis 
(credor busca com devedor). Via de regra, o domicílio é o do deve-
dor, salvo estipulação em contrário, no contrato.
Prova: dá-se com a quitação/pagamento integral.
 Extinção das obrigações
Pelo pagamento – Difere do adimplemento, visto que se constitui 
na espécie deste; é o exato cumprimento da obrigação.
São espécies de pagamento: 
- direto: nas condições contratadas;
- indireto: dá-se das seguintes formas:
a) D
 Pagamento por consignação: pode ser judicial ou extrajudi-
cial; na extrajudicial há a comunicação do indivíduo de que 
será feita consignação do pagamento. Se aceitar o depósito, 
fica quitada a dívida; caso contrário, busca-se o meio judicial. 
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Fica sujeita a mora e correção monetária no caso de a senten-
ça desconsiderar uma liminar havida.
c) Pagamento com sub-rogação: pode ser legal ou convencional; 
ocorre quando as partes pactuam a substituição do credor. 
d) Pagamento indevido: é uma espécie do gênero enriquecimento 
ilícito; ocorre quando existe o aumento patrimonial de quem 
o recebe, em detrimento da diminuição patrimonial de quem 
paga, além de ausência de causa. Pode ser encontrado como:
- pagamento objetivamente indevido: há a inexistência de 
vínculo jurídico que o justifique ou a cessação do vínculo; 
- pagamento feito a indivíduo diverso ou em quantia não devida.
- Ação judicial cabível: ação in ren verso ou de enriqueci-
mento ilícito (sem causa).
- Exclusão da repetição do indébito: no caso de haver obri-
gação condicional, se o devedor a prestar, antes do imple-
mento da condição, há o direito da repetição (restituição) 
do indevido. Ex.: empréstimo compulsório. Exceção: no 
caso do implemento de dívida prescrita, não há repetição.
- Prova do pagamento: dá-se com a quitação (vide arts. 304 
a 333, CC).
Sem pagamento – São espécies de extinção das obrigações sem 
pagamento:
a) Novação: é a conversão de uma dívida por outra para extin-
guir a anterior. Pode ser novada quanto ao objeto da relação 
(objetiva) e aos sujeitos (subjetiva) ativo ou passivo.*
b) C
 Obrigação nula não pode ser novada; anulável, sim.
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c) Confusão: é a reunião na mesma pessoa das qualidades de 
credor e devedor. Ex.: pai (credor) que morre e deixa herança 
para filho (ex-devedor).
d) Transação: acordo de vontade das partes mediante conces-
sões recíprocas para preservar ou extinguir um litígio. Pode 
ser: judicial (se no curso do processo o juiz homologa a tran-
sação para extinguir o litígio, ocorre a extinção do processo) e 
extrajudicial.
e) Remissão: o credor abdica do direito de receber a dívida. 
Pode ser total ou parcial.
 Mora
Ocorre quando há a imperfeição do cumprimento de uma presta-
ção em razão do tempo, forma oulugar da prestação. É diversa do 
inadimplemento absoluto; é a imperfeição no adimplemento.
M o r a d o c r e d o r e d o d e v e d o r
Pode ser:
- ex re (direito civil/direito comercial): há data para vencimento;
- ex personae (direito comercial): quando não há data e, sendo 
assim, deve-se comunicar, protestar ou interpelar o devedor. 
Exceção: compra e venda devem ser notificadas.
P e r p e t u a ç ã o d a o b r i g a ç ã o (art. 399, CC) 
Subsiste a responsabilidade do devedor quando está em mora e 
se vê impossibilitado de cumprir a prestação por caso fortuito ou 
força maior se estes ocorreram durante o atraso. Ficará desonerado 
apenas se provar isenção de culpa ou que o dano sobreviria inde-
pendentemente do atraso no cumprimento da obrigação.
Inadimplemento relativo: significa a prestação que ainda pode 
ser cumprida. É um mero atraso que juridicamente recebe o nome 
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Inadimplemento absoluto: é o total descumprimento da obriga-
ção), sem possibilidade de ser ainda cumprida.
 Cláusula penal
Cláusula acessória a contrato principal pela qual a parte que des-
cumprir total ou parcialmente a obrigação compromete-se a pagar à 
outra um valor em dinheiro ou entregar um bem fungível. Pode ser: 
a) Moratória: multa (boletos bancários); é cumulativa, isto é, 
pode o credor cumulá-la com perdas e danos; incide quando 
há mora.
b) C
 Transmissão das obrigações
Via de regra, os herdeiros respondem pelas obrigações herdadas 
de seus pais até o limite das forças da herança, exceto se houver 
convenção em contrário ou se a obrigação for personalíssima. Pode 
acontecer ainda por ato inter vivos. Ex.: sub-rogação ou cessão de 
crédito.
1.12 Contratos
Contrato pode ser definido como acordo de vontades.
São elementos essenciais, ou requisitos de validade, ou pressu-
postos de existência dos contratos, a capacidade dos contratantes, 
o objeto lícito e possível, a forma prescrita e não defesa em lei e o 
consentimento livre e não viciado.
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 Princípios fundamentais
Autonomia da vontade das partes: básico e indispensável, porém 
limitado pela lei e pelo dirigismo estadual (intervenção do Estado 
na relação contratual).
Supremacia das normas de ordem pública: limitações ao poder 
de contratar.
Obrigatoriedade, irretratabilidade ou intangibilidade dos con-
tratos: pacta sunt servanda – contrato faz lei entre as partes.
Exceção: teoria da imprevisão (cláusula rebus sic stantibus) – 
prevista para quando o contrato se torna excessivamente oneroso 
para uma das partes, devendo haver a imprevisibilidade. A impre-
visão cabe nos contratos comutativos, onerosos, de execução diferi-
da (prestação protelada no tempo para ser cumprida no futuro) ou 
de duração (contratos em que as prestações são cumpridas perio-
dicamente).
 Formação dos contratos
Negociações preliminares ou tratativas: negociações iniciais que 
não vinculam as partes.
Exceção: responsabilidade extracontratual incidente quando 
uma das partes cria séria expectativa de vir a celebrar o contrato, 
levando a outra parte a realizar despesas, alterar planos, deixar de 
contratar com terceiros e depois recua, injustificadamente. Nesse 
caso, o lesante responde por responsabilidade aquiliana.
Proposta, oferta ou policitação: obriga o proponente que não 
pode mais recuar sob pena de responder por perdas e danos.
Aceitação*: completa a formação do contrato. Pode ser: entre 
presentes (resposta imediata) e entre ausentes (dentro do prazo es-
tabelecido ou em prazo razoável).
* Aceitação fora do prazo, com modificações, considera-se nova 
proposta.
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37
 Classificação dos contratos
Unilaterais: geram efeitos para apenas uma das partes. Ex.: fian-
ça, doação, comodato, mútuo.
Bilaterais: geram efeitos e obrigações recíprocas entre as partes. 
Ex.: compra e venda.
Comutativos: há a equivalência entre a prestação e a contrapres-
tação.
Aleatórios: uma das suas prestações fica sujeita a uma álea (ris-
co), que pode ser:
a) quanto à existência ou inexistência – emptio spei;
b) quanto à quantidade do objeto – emptio rei speratae.
Paritários: as partes discutem as cláusulas e acordam-nas em 
pé de igualdade.
Adesão: hoje prevalecente. Uma das partes formula as cláusulas 
contratuais, e cabe à outra somente ratificar (o art. 54 do Código 
de Defesa do Consumidor (CDC) afirma que, nesses contratos, as 
cláusulas mais importantes devem estar escritas em negrito para 
que a parte aderente delas tome conhecimento).
Gratuitos: trazem a uma parte só vantagens e à outra só desvan-
tagens. Ex.: doação.
Onerosos: trazem ônus a ambas as partes. Ex.: mútuo.
Consensuais: basta o acordo coisa versus preço para ambas as 
partes.
Reais: consumado com a tradição da coisa. Ex.: comodato, de-
pósito, penhor.
Não solenes: forma livre. Ex.: compra e venda.
Solenes ou formais: forma prescrita em lei. Ex.: compra e venda 
de imóveis.
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 Principais efeitos relativos aos contratos bilaterais
C l á u s u l a r e s o l u t i v a t á c i t a: uma parte não pode exi-
gir o implemento da prestação da outra parte sem antes implemen-
tar/cumprir a sua.
Exceptio non adimpleti contractus: exceção de contrato não cum-
prido: quando uma das partes não o cumpre pelo fato de a outra 
também não o ter cumprido.
Exceptio non rite adimpleticontractus: exceção de contrato mal-
cumprido: quando uma das partes não o cumpre pelo fato de a 
outra não o ter cumprido razoavelmente.
 Arras ou sinal de negócio
É um adiantamento concedido por uma parte à outra como con-
firmação à presunção do contrato. São espécies de arras: 
a) Penitenciais: há a previsão do direito de arrependimento. Se a 
parte que se arrepender for a que recebeu as arras, restituirá 
em dobro; se quem se arrepender for a que prestou as arras, 
perderá o que tiver prestado.
b) Confirmatórias: são consideradas princípio de pagamento, 
não havendo previsão ao ato. Se houver arrependimento, cabe 
rescisão do contrato com perdas e danos.
 Vícios redibitórios
São defeitos graves e ocultos existentes na coisa que a tornam 
imprópria ao uso ou lhe diminuem o valor.
Prazos gerais:
- 30 dias para móveis e um ano para imóveis (CC);
- 180 dias para produtos e móveis duráveis;
- 30 dias para produtos e serviços não duráveis.
Nos contratos aleatórios, não cabe a arguição de vício redibitório.
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 Evicção
Perda total ou parcial de coisa por meio de sentença judicial que 
atribuiu a outrem direitos sobre a coisa.
Partes:
a) o alienante;
b) o evictor; 
c) o evicto.
Responsabilidade do alienante: é responsável pela evicção se 
não houver cláusula de exclusão de responsabilidade e ainda, mes-
mo havendo cláusula, terá o evicto direito aos seus haveres se não 
sabia dos riscos da evicção ou não os assumiu. 
 Extensão dos contratos
Modalidades
a) Resolução: pode ocorrer das seguintes formas:
- inexecução voluntária – com culpa; gera perdas e danos;
- inexecução involuntária – sem culpa. Ex.: caso fortuito;
- por redibição – ocorrência de vícios redibitórios;
- 
 Resilição: pode ser bilateral (distrato, acordo de vontades) e 
unilateral (revogação, renúncia).
c) Rescisão: via judicial; motivos específicos.
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II
2.1 Administração Pública
Administração Pública é a gestão de bens e interesses qualificados 
da comunidade nos âmbitos federal, estadual ou municipal, segun-
do os preceitos do direito e da moral, visando ao bem comum. 
 Fontes do direito administrativo 
O direito administrativo abrange desde a Constituição até os re-
gulamentos executivos.
Doutrina: forma o sistema teórico de princípios aplicáveis ao 
direito positivo. É elemento construtivo da ciência jurídica à qual 
pertence a disciplina em causa. 
Jurisprudência: traduz a reiteração dos julgamentos num mesmo 
sentido, influenciando poderosamente na construção do direito.
Costumes: perdeu muito a sua importância na construção do 
direito, desde a Lei da Boa Razão (1769), que desautorizou seu 
acolhimento quando contrário à lei.
A Administração Pública é considerada um múnus público para 
quem a exerce, ou seja, um encargo de defesa, conservação e apri-
moramento dos bens, serviços e interesses da coletividade.
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Os fins da Administração Pública, conforme ensina o professor 
Hely Lopes Meirelles, resumem-se a um único objetivo: o bem da 
coletividade administrada.
 Sistemas administrativos 
É o regime adotado pelo Estado para a correção dos atos admi-
nistrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo Poder Público.
 Sistema judiciário 
O sistema adotado no Brasil é o sistema judiciário, também de-
nominado de s i s t e m a d e j u r i s d i ç ã o ú n i c a , ou s i s -
t e m a i n g l ê s , ou modernamente s i s t e m a d e c o n t r o -
l e j u d i c i a l . É aquele em que todos os litigantes de natureza 
administrativa ou de interesses exclusivamente privados são resol-
vidos judicialmente pela Justiça Comum, ou seja, pelos juízes e 
tribunais do Poder Judiciário ao qual não cabe analisar o mérito de 
decisões administrativas, somente a legalidade.
 Órgãos públicos 
Os órgãos públicos são definidos como “centros de competência 
instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus 
agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que perten-
cem.”1
Classificam-se em:
a) Quanto à posição estatal:
- órgãos independentes: são os derivados da CF e representa-
tivos dos poderes do Estado, ou seja, Legislativo, Executivo 
e Judiciário;
1 MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 8. ed. 
Editora Revista dos Tribunais, 1981.
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 órgãos superiores: têm poder de direção, mas são sujeitos à su-
bordinação e ao controle hierárquico superior. Ex.: gabinetes;
- órgãos subalternos: aqueles com reduzido poder decisório, 
voltados para execução dos serviços de rotina, em cumpri-
mento das decisões superiores.
b) Quanto à estrutura:
- órgãos simples ou unitários: constituídos por um só centro 
de competência;
- órgãos compostos: são aqueles que têm outros órgãos agre-
gados à sua estrutura para funções complementares ou es-
pecializadas.
c) Quanto à atuação funcional:
- órgãos singulares: aqueles que atuam e decidem através de 
um só agente.Ex.: presidente da República;
- órgãos colegiados: aqueles que atuam e decidem através 
de uma manifestação conjunta e majoritária da vontade de 
seus membros. Ex.: conselhos.
 Agentes públicos 
“São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transito-
riamente, do exercício de alguma função estatal”.2
Os agentes públicos podem ser classificados em:
Agentes políticos: aqueles que ocupam os principais cargos na 
estrutura constitucional, com a finalidade de representar a vontade 
política do Estado. Ex.: senadores, deputados.
Agentes administrativos: são os servidores públicos em geral. 
Podem ser civis, militares e temporários. 
2 Ibid., p. 56.
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Agentes honoríficos: são cidadãos convocados, designados ou 
nomeados para prestar, transitoriamente, determinados serviços ao 
Estado, sem qualquer vínculo empregatício ou estatutário e, nor-
malmente, sem remuneração. 
Agentes delegados: são particulares que recebem a incumbência 
de execução de determinada atividade, obra ou serviço público e 
o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, seguindo as 
normas do Estado. Ex.: intérpretes públicos.
2.2 Princípios básicos da 
Administração Pública
A Administração Pública é regida por diversos princípios, entretan-
to os basilares são os contidos no caput do art. 37 da CF.
A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên-
cia...
L e g a l i d a d e
O administrador público está, em toda a sua atividade funcional, 
sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum e 
deles não pode afastar-se ou desviar-se, sob pena de praticar ato 
inválido.
M o r a l i d a d e
É pressuposto de validade de todo ato da dministração Pública 
que a moral administrativa é intimamente ligada com o interesse 
público. A moral administrativa (ética profissional) não se confun-
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de com a moral pública, pois aquela consiste em um conjunto de 
princípios a serem observados no exercício de uma profissão.
I m p e s s o a l i d a d e
Impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu 
fim legal, qual seja, aquele que a norma de direito indica expressa-
mente como objetivo do ato, devendo servir a todos, sem preferências 
ou aversões pessoais ou partidárias. Importante ressaltar aqui a proi-
bição contida no parágrafo 1º do art. 37 da CF, que prevê que a publi-
cidade dos órgãos públicos deve ser impessoal, não podendo conter 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal.
P u b l i c i d a d e
É a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início 
de seus efeitos externos. Exceção a tal princípio são questões refe-
rentes à segurança nacional (art. 5º, XXVIII, CF), certas investiga-
ções policiais (art. 20, CPP), processos cíveis em segredo de justiça 
(art. 155, CPC) etc.
E f i c i ê n c i a
Reforçado pela EC 19, o princípio da eficiência determina que 
é dever do agente público prestar com qualidade suas atividades e 
atender plenamente à necessidade para a qual foi convocado.
Pode-se também ressaltar a importância de outros princípios, 
como os que seguem:
S u p r e m a c i a d o i n t e r e s s e p ú b l i c o
O interesse público prevalece sobre o interesse individual, res-
peitadas as garantias constitucionais e pagas as indenizações devi-
das, quando for o caso.
F i n a l i d a d e
A Administração deve agir com a finalidade de atender ao inte-
resse público visado pela lei, pois, em caso contrário, ocorreria o 
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desvio de finalidade, que é uma forma de abuso de poder, acarre-
tando a nulidade do ato. 
C o n t r o l e j u d i c i a l
Todos os atos administrativos estão sujeitos ao controle judicial, 
conforme prevê o inciso XXXV do art. 5º da CF. Entretanto, não 
cabe ao Judiciário analisar o mérito do ato administrativo discricio-
nário, mas a sua legalidade.
2.3 Poderes administrativos
São verdadeiros instrumentos de trabalho, adequados à realização 
de tarefas administrativas.
P o d e r v i n c u l a d o
É aquele que o direito positivo (a lei) confere à Administração 
Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os 
elementos e os requisitos necessários à sua conveniência, oportuni-
dades e conteúdos. Por esse poder, a Administração fica totalmente 
vinculada ao que a lei determinar, sendo que, caso haja um desvio, 
o ato será ilegal e nulo.
P o d e r d i s c r i c i o n á r i o
É aquele que permite à Administração praticar atos com li-
berdade na escolha da sua conveniência, oportunidade e conteú-
do. Entretanto, tal liberdade tem limitações, pois as ações devem 
enquadrar-se nos parâmetros fixados pela lei. 
P o d e r h i e r á r q u i c o 
É o que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as fun-
ções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, 
estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do 
seu quadro de pessoal. Esse poder permite ao superior dar ordens, 
fiscalizar, delegar, avocar e rever.
P o d e r d i s c i p l i n a r
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É a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos 
servidores e demais sujeitos à disciplina dos órgãos e serviços da 
Administração. Esse poder só abrange as faltas relacionadas com o 
serviço. As principais penas disciplinares são: repreensão; multa; 
suspensão; destituição da função; demissão;

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