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Pediatria: Distúrbios hidroeletrolíticos

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PEDIATRIA - ÁGUA E ELETRÓLITOS 
Intracelular: constituído principalmente por potássio e fosfato. Representa a maior porcentagem 
em todas as faixas etárias. 
Extracelular: sódio (135 – 145), cloro, bicarbonato (por isso ocorre acidose metabólica em uma 
desidratação grave). Diminui ao longo da vida. 
Obs: Na pediatria se preza pela gasometria capilar a fim de evitar a coleta de sangue arterial. 
Para que os resultados sejam confiáveis é necessária uma boa perfusão (capilar que sangra 
fácil), evitando a coleta de sangue hemolisado. 
 
DESIDRATAÇÃO 
Perda líquida: 
 Urina e fezes = adulto 
 Via insensível (respiração + manutenção da temperatura corporal) = criança 
o A FR na criança é maior 
o Maior chance de fazer febre 
Causas: 
 Vômitos 
 Diarreia 
 Poliúria 
 Taquipneia 
 Febre 
 Sudorese 
 Drenagens 
 Ingesta insuficiente (mais acentuada 
nas crianças devido ao maior gasto 
energético) 
 
 
 
 Perda de peso 
o Difícil de levar em conta quando não se conhece o peso anterior com confiança 
(valorizar os outros sinais) 
o 1º grau: 2,5 – 5% // 2º grau: 5 – 10% // 3º grau: >10% 
 
Clínica: 
 Irritabilidade 
 Sede 
 Mucosas Secas 
 Fontanela deprimida 
 Olhos encovados 
 Oligúria 
o Sinal objetivo muito importante 
para o quadro de desidratação 
o Influi no tratamento 
o Normal: 25 – 75ml para cada 
100ml ingeridos 
o Oligúria: < 25ml 
 
Renata Kestering Santi 
 
Classificação: 
 Isotônica: 
o Maioria 
o Perda proporcional de líquidos e eletrólitos 
o Osmolaridade plasmática normal = 280 – 310 
 Isotônica: 
o Maioria 
o Perda proporcional de líquidos e eletrólitos 
o Osmolaridade plasmática normal = 280 – 310 
 Isotônica: 
o Maioria 
o Perda proporcional de líquidos e eletrólitos 
o Osmolaridade plasmática normal = 280 – 310 
Hidratação: 
 Sempre preferir VO, caso não seja possível optar pela sonda, mantendo a via parenteral 
como última opção. 
 Quanto menor a criança: 
 
 A reposição de líquidos em uma criança não desidratada (ex: jejum devido à cirurgia) deve-
se basear na taxa metabólica basal: 
<10kg - 100kcal/kg/dia 
10 – 20kg 1000kcal fixas 
+ 50kcal/kg/dia para 
cd kg acima dos 10kg 
>20kg 1500kcal fixas 
+ 20kcal/kg/dia para 
cd kg acima dos 20kg 
*Para calcular a necessidade diária de líquido é só trocar kcal por ml ;) 
 
Junto ao líquido deve-se repor também os eletrólitos: 
o Na+ = 3 mEq/100mL 
o K+ = 2-3 mEq/100mL 
o Cl- = 5-6 mEq/100mL 
o Ca++ = 100-200 mg/100mL 
Se a criança precisar de jejum prolongado (48h, 72h) deve-se associar nutrição parenteral 
ao regime de líquidos pela necessidade de outros eletrólitos, aminoácidos e lipídeos. 
Existem várias concentrações de cloreto de sódio, cloreto de potássio, e deve-se atentar 
para isso na hora da prescrição. 
o 1ml de NaCl a 20% tem 3,4 mEq de sódio e 3,4 de cloro 
o Soro fisiológico: NaCl 0,9% 
 
Maior a taxa metabólica 
Maior é a carga de soluto produzido 
Maior a sua necessidade hídrica 
 
Na criança desidratada, quanto mais rapidamente se puder hidrata-la, melhor, 
principalmente pelo risco de lesão renal (sinal de alerta: oligúria, anúria). 
 A velocidade de reidratação deve ser rápida, suficiente para que a criança dentro de 4 a 6h 
já esteja reidratada, e deve-se administrar uma solução polieletrolítica com sódio 80-
130mEq/L (em todas as idades). 
 Não há necessidade de reposição imediata de potássio, exceto nos casos de perda hídrica 
pelo trato gastrointestinal, principalmente com diarreia, onde se indica dosar o potássio 
sérico para orientar a reposição de K+ já no início. 
 O uso do bicarbonato raramente é feito, exceto nos casos graves de acidose metabólica (pH 
<= 6,7) como em casos de sepse. O uso é feito no sentido de prevenir os efeitos de um pH 
sanguíneo muito baixo, e não para normalizá-lo completamente, uma vez que isso é 
garantido pela reidratação. 
 Fazer expansão volumétrica (20-40-60ml/kg na 1ª a 2ª hora) 
o Feita com soro fisiológico 
 Pensar em usar soro glicosado nas crianças também desnutridas pelas falta 
de reserva de glicogênio 
 Na expansão não há necessidade de usar ringer lactato pois o importante é 
aumentar o volume rapidamente, e não corrigir a acidose ou o potássio 
o Melhora volemia 
o Melhora fluxo sanguíneo-glomerular 
o Previne IR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Reidratação propriamente dita: 
o Necessidade diária de líquido da criança (5kg = 5 x 100mL = 500mL) 
o 80 – 130mEq/L de Na 
o Em 6h 
o Não usar solução isotônica! 
o Usar soro glicosado 5% 
 Cuidar os casos de crianças hiperglicêmicas devido ao risco de lesão renal 
 Nesses casos a criança terá poliúria com a administração do soro, tornando 
difícil o tratamento da desidratação 
 Fazer dosagem da glicemia de 2/2h 
Importante saber: 
 Osmolaridade Sódio Cloro Bicarbonato Potássio 
Ringer Lactato 280 130 110 25 4 
Soro Fisiológico 308 154 154 - - 
Soro Oral 330 90 80 30 20 
*Soro oral possui +110 de glicose 
Checar melhora dos sinais de 
desidratação (oligúria) 
Melhorou? 
Começar reidratação 
propriamente dita! 
Não melhorou? 
Repetir expansão ou pensar em 
lesão renal (desidratação 
prolongada) 
 
DISTÚRBIOS DO SÓDIO 
Em caso de reidratação feita erroneamente podem aparecer distúrbios do sódio, sendo que 
este é o principal componente para determinar a pressão osmótica/osmolaridade. 
Tanto a hipo quanto a hipernatremia devem ser corrigidas lentamente devido ao risco de 
edema cerebral. 
Hiponatremia 
 Osmolaridade < 280 
 Hipernatremia: 
 Osmolaridade > 310 
 Pouca água para muito soluto 
 Estímulo do hipotálamo 
 Aumento da secreção de ADH 
 Retenção de líquidos 
 Sede 
COMPLICAÇÕES DA DESIDRATAÇÃO 
 Hipertermia 
 Convulsões 
 Insuficiência renal 
 Edema cerebral 
 Choque hipovolêmivo 
 Coma 
 Morte 
 
Lembrar! 
1. Quanto menor a criança, maior a quantidade de água corporal total; 
2. Conteúdo de líquido intracelular é constante quase que durante toda a vida; 
3. A água corporal total que reduz com a idade corresponde ao componente extracelular; 
4. O líquido extracelular é formado basicamente por sódio e cloro; 
5. O intracelular, basicamente potássio e fósforo; 
6. Como desidratação corresponde à perda de líquido extracelular, é o equilíbrio de seu conteúdo 
que deve ser mais visado no tratamento; 
7. É preciso saber prescrever a quantidade exata de líquidos e eletrólitos para diferentes situações 
(desidratação, jejum); 
8. Prescrever nutrição parenteral em caso de jejum prolongado; 
9. A desidratação deve ser corrigida dentro de 4 – 6h; 
10. Na presença de sinais importantes de desidratação realizar antes a expansão volumétrica; 
11. Repor sódio 80 – 130 mEq/L; 
12. O ideal é a hidratação por VO (o mais fisiológica possível), sonda como segunda opção (criança 
sonolenta), e via parenteral como última opção (presença de vômitos). 
Diminuição progressiva do volume urinário 
Aumento da osmolaridade 
Oligúria 
Acidose metabólica 
Insuficiência renal

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