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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESTRUTURA BÁSICA DE MERCADO MONOPÓLIO E OLIGOPÓLIO BRUNA CALDEIRA CLÁUDIA SANTOS FERNANDA MENDES TAYNARA DIAS THAIS FERREIRA OURO PRETO – MG 2013 ESTRUTURA BÁSICA DE MERCADO MONOPÓLIO E OLIGOPÓLIO BRUNA CALDEIRA CLÁUDIA SANTOS FERNANDA MENDES TAYNARA DIAS THAIS FERREIRA Trabalho acadêmico apresentado à disciplina Administração e Economia/ Gestão de Qualidade do curso de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto como pré-requisito parcial para aprovação da mesma. Profª: Silvana OURO PRETO- MG 2013 INTRODUÇÃO A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e quantidade de equilíbrio de um dado bem ou serviço. O preço e a quantidade, entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, ou seja, se ele é competitivo, com muitas empresas produzindo um dado produto, ou concentrado em poucas ou uma única empresa. Na análise das estruturas de mercado avaliam-se os efeitos da oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e serviços quanto no mercado de fatores de produção. Há de se destacar que no estudo microeconômico é analisado as imperfeições observadas no mercado, onde é possível observar algumas situações em que os preços são determinados através de distorções provocadas em mercados distintos, tais como: monopólios, oligopólios, concorrência monopolista e concorrência perfeita. As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três características: • O número de empresas que compõem esse mercado. • O tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados). • Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. RESUMO Este trabalho consiste no estudo da estrutura básica de mercado, onde abordamos o monopólio e oligopólio no cenário econômico, destacando suas características e efeitos sobre o consumidor, visando assim apresentar de forma geral suas definições, analisando exemplos reais de empresas atuais. Palavras-chave: Estrutura de mercado, monopólio, oligopólio, economia. DESENVOLVIMENTO MERCADO Mercado é um conjunto de pontos de contados voluntários entre vendedores e potenciais compradores de um bem ou serviço, que mediante condições contratuais de compra e venda concretizam os negócios. Aspectos implícitos no conceito de mercado: O contexto comporta qualquer tipo de intercâmbio: trocas diretas (negociações diretas entre os vendedores em qualquer lugar) e trocas indiretas (negociações através de bolsas de mercadorias, bolsas de cereais ou em instituições congêneres). Assim, a definição de mercado é caracterizada pela ideia de espaço econômico, ou seja, não está circunscrita a uma região determinada. Negociações são voluntárias e o sistema de preços funciona como denominador comum nas trocas. Desnecessidade da presença explícita das partes envolvidas no processo. Essa possibilidade é possível pelo desenvolvimento de redes internacionais de telecomunicação em tempo real e padronização de produtos (commodities). Assim, os mercados se desenvolvem em termos locais, regionais, nacionais e internacionais. Diferentes estágios no processo de transação: atacado e varejo. Determinantes das estruturas de mercados São dois os elementos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontece a atuação das firmas: a quantidade de agentes e a natureza do produto final ou serviço ou do fator de produção. A quantidade de agentes – mas, principalmente, pela forma de atuação e não pela quantidade dos agentes. O comportamento dos agentes diz respeito à existência ou não de reações entre eles quando as decisões particulares entrarem em cena. Podem surgir duas possibilidades: Mercados atomizados: presença de grande quantidade de agentes em que as decisões individuais dos agentes não influenciam a decisões dos demais agentes concorrentes. Os indivíduos atuam como tomadores de preços e, isoladamente, jamais pressionarão o preço que vier a ser ditado pelo mercado. Essa situação ocorre nos mercados concorrenciais. Mercado não atomizado: onde existem poucos agentes (mercados não concorrenciais) e a decisão de qualquer um deles terá influência sobre as decisões dos demais. Neste mercado aos agentes conseguem, em certas circunstâncias, ditar preços. CONCORRÊNCIA PERFEITA Como todas as formulações microeconômicas, a estrutura de mercado caracterizada por concorrência perfeita é uma formulação irreal (ou seja, uma concepção ideal), porque os mercados altamente concorrenciais não existem, na realidade são apenas aproximações desse modelo. Não obstante, é útil como aproximação para descrever o funcionamento econômico de muitas realidades complexas. Hipóteses do modelo de concorrência perfeita Dizemos que um mercado apresenta uma estrutura em concorrência perfeita quando: 1) Existe um grande número de produtores (também chamados de vendedores). 2) Cada um dos produtores é pequeno em relação à dimensão do mercado. 3) Os produtos elaborados são homogêneos, sendo substitutos perfeitos entre si. 4) Existe um grande número de compradores, sendo que cada um deles é pequeno em relação à dimensão do mercado. 5) Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto por parte dos produtores e dos consumidores. 6) Não existe habilidade das firmas para influenciar a procura de mercado através de mecanismos extra-preços, como propaganda, melhoria de qualidade, mecanismos de comercialização, etc. 7) A entrada e a saída de firmas no mercado são livres. Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários, isso atrairá novas firmas para o mercado, pois que também não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de mercado (devido ao aumento no número de empresas), os preços de mercado tenderão a cair, e consequentemente os lucros extras, até chegar a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso de novas empresas nesse mercado . (Paulo Nunes, 2007). Figura 2: Demanda da Concorrência Perfeita – Fonte: Paulo Nunes, 2007 CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA OU IMPERFEITA A concorrência monopolista (também chamada de concorrência imperfeita) é uma estrutura de mercado em que são produzidos bens diferentes, entretanto, com substitutos próximos passíveis de concorrência. Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, pelas seguintes características: (KUPFER, 2002). Número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características físicas, embalagem ou prestação de serviços complementares; Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado; Muitos compradores e muitos vendedores; Consumidores têm as suas preferências definidas e vendedores tentam diferenciar os seus produtos, daqueles produzidos pelos seus concorrentes diretos, ou seja, os bens e serviços são heterogéneos; Existem barreiras de entrada, como diferenciação do produto, canais de distribuição (quanto mais controlada a distribuição no atacado e no varejo mais difícil é a entrada de novos concorrentes. Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto, embora o mercado seja competitivo (daí o nome concorrência monopolista). (KUPFER, 2002). Exemplos reais de Concorrências Monopolísticas Segue alguns exemplos de Concorrências Monopolísticas: • Lanchonetes: MacDonalds, Giraffas, Habib´s, Burguer King, Bobs. • Empresas de Informática: Apple, Compac, HP, Sony • Fabricantes de Cigarros:Souza Cruz, Philip Morris, Cia Sul-americana de Tabacos. MONOPÓLIO Monopólio é uma condição de mercado caracterizada pelo controle, por um só produtor, dos preços e das quantidades de bens ou serviços oferecidos aos usuários e consumidores. Estes usuários e consumidores não possuem alternativas senão comprar do monopolista. Isso faz com que o monopolista opere sempre com lucros extraordinários. O preço cobrado pelo monopolista será sempre maior do que em competição perfeita e a quantidade vendida sempre menor. As causas da existência do monopólio são várias, algumas políticas, outras econômicas e outras técnicas. As principais causas apontadas pela teoria econômica neoclássica são: (KUPFER, 2002). Propriedade exclusiva de matérias-primas ou de técnicas de produção; Patentes sobre produtos ou processos de produção; Licença governamental ou imposição de barreiras comerciais para excluir competidores, especialmente estrangeiros; O caso do monopólio natural quando o mercado não suporta mais do que uma única empresa, pois a tecnologia de produção impõe que a operação eficiente tenha economias de escala substanciais. Vantagens e desvantagens do monopólio Os argumentos favoráveis aos monopólios concentram-se principalmente nas vantagens da produção em grande escala, como a elevação de rendimento propiciado pelas inovações tecnológicas e a redução dos custos. Também se afirma que os monopólios podem racionalizar as atividades econômicas, eliminar os excessos de capacidade e evitar a concorrência desleal. Outra das vantagens que lhes são atribuídas é a garantia de um determinado grau de segurança no futuro, o que torna possível o planejamento a longo prazo e introduz maior racionalidade nas decisões sobre investimentos. Os argumentos contrários estão centrados no fato de que o monopólio, graças a seu poder sobre o mercado, prejudica o consumidor ao restringir a produção e a variedade, e ao obrigá-lo a pagar preços arbitrariamente fixados pelo monopolista. Também se assinala que a ausência de concorrência pode incidir negativamente sobre a redução dos custos e levar à subutilização dos recursos produtivos. (VASCONCELLOS, 2004). Controle sobre o monopólio A economia de livre empresa afirma, como norma geral, a inconveniência dos monopólios e a necessidade de estrito controle sobre eles. Embora acentue as vantagens do fornecimento monopolizado em determinadas áreas específicas, exige que os monopólios se restrinjam aos setores nos quais sejam absolutamente necessários e que, além disso, se adotem medidas de proteção ao consumidor. Um exemplo da utilidade dos monopólios é o fornecimento de gás canalizado a um centro urbano. O fornecimento de gás aos consumidores por companhias concorrentes, por meio de gasodutos e sistemas de distribuição paralelos, representaria um esbanjamento de recursos em infra-estrutura. (KUPFER, 2002). Discriminação de preços no monopólio O poder monopolista permite que ele tenha uma política de discriminação de preços voltada para extrair o máximo possível de excedente do consumidor e para aumentar a sua receita total. Para que haja discriminação de preços de preços o mesmo produto tem que ser vendido a diferentes preços para diferentes compradores. O custo de produção é o do monopolista, isto é, o mesmo para todos os produtos vendidos. A discriminação de preços vai depender da renda dos consumidores, das suas preferências, da localização e da facilidade de encontrar substitutos para o produto. O monopolista vai procurar segmentar a sua curva de demanda em diferentes elasticidades, para criar mercados distintos para o seu produto. (MANKIW, 2005). Existem três tipos para discriminação dos preços: O monopolista vende cada unidade do produto a preços diferentes. É a discriminação perfeita de preços. Cada unidade é vendida ao consumidor, pelo preço máximo que ele está disposto a pagar. Não há excedente do consumidor neste mercado. O monopolista extrai todo o excedente do consumidor; O monopolista vende diferentes unidades do produto a preços diferentes, mas todos os compradores que adquirem a mesma quantidade pagam o mesmo preço. O preço por unidade não é constante, depende da quantidade que o consumidor compra. Exemplos são os prestadores de serviços de água, esgoto, eletricidade; O monopolista vende o produto para diferentes compradores por preços diferentes, mas cada unidade vendida para um grupo de compradores é vendida ao mesmo preço. Esta é a forma mais comum de discriminação de preços que se aplica bastante nos descontos para idosos, estudantes, ou as diferentes classes de tarifas aéreas. A Figura 1 ilustra o processo de discriminação perfeita de preços. Cada consumidor paga o máximo que está predisposto a pagar, todas as trocas (livres) têm lugar, não há perda peso-morto e o excedente total vai para o monopólio na forma de lucro. (VASCONCELLOS, 2004). Segue abaixo alguns exemplos reais de empresas monopolísticas: A Petrobrás no que tange a exploração do petróleo em águas profundas no Brasil. De certa forma, mesmo que a legislação já permita que outras empresas explorem petróleo no Brasil a Petrobrás é grande o suficiente para que, se quisesse, controlar o preço dos produtos por ela vendidos. A CPFL no que tange a distribuição de energia elétrica em São Carlos/SP. • O SAAE no que tange a distribuição de água e esgoto em São Carlos/SP. Determinada empresa de ônibus que serve a um determinado bairro. Normalmente isso acontece em grandes centros urbanos, nos bairros mais afastados, onde há apenas uma linha de ônibus (uma única viação), que presta o serviço àquela comunidade ou bairro. O mesmo acontece na maioria das concessões de linhas entre cidades no país. OLIGOPÓLIO Designa-se por oligopólio a situação de um mercado com um número reduzido de empresas, de tal forma que cada uma tem que considerar os comportamentos e as reações das outras quando toma decisões de mercado. A característica fundamental do oligopólio é a existência da interdependência entre as empresas. Dado a importância de cada empresa no setor, as decisões de uma quanto a preços, qualidade, propaganda, etc., afetam o comportamento das demais. As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de eficiência e características da procura. Em tais mercados existe ainda alguma concorrência, mas as quantidades produzidas são menores e os preços maiores do que nos mercados concorrenciais (ainda que relativamente ao monopólio as quantidades sejam superiores e os preços menores). Tipicamente, nos mercados oligopolistas a concorrência incide em características dos produtos distintas do preço (p. ex., qualidade, imagem, fidelização). (MANKIW, 2005). Tipos de Oligopólio O oligopólio pode ser dividido em dois tipos conforme descritos abaixo: (Paulo Nunes, 2007) Oligopólio Puro: Neste tipo de oligopólio os produtos são homogêneos (substitutos perfeitos) como por exemplo: indústria de cimento, alumínio, aço, etc. Oligopólio Diferenciado: Neste tipo de oligopólio os produtos são diferenciados como por exemplo: indústria automobilística, de cigarros, informática, etc. Formas de Oligopólio Existem quatro formas básicas de oligopólio: (TOSCHI, 2002). Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses. Truste: Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o submetem ao controle de um conselho de trustes. Surge uma nova empresa com poder maior de influência sobre o mercado. Geralmentetais organizações formam monopólios. Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor de que adquirissem poder muito grande e impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes, como a Lei Sherman, aprovada pelos norte-americanos em 1890. Holding: Empresa, que pela posse majoritária das ações, mantém o controle e administra outras empresas (subsidiárias). O Holding geralmente nada produz, centralizando o controle de um complexo de empresas. Considerado uma das formas mais avançadas do capitalismo, pois permite uma determinada estrutura controle investimentos muitas vezes superiores e em outros países. Conglomerados: várias empresas que atuam em setores diversos se unem para tentar dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços, sendo em geral administradas por uma holding. Um exemplo são as grandes corporações que dominam desde a extração da matéria-prima como o transporte de seu produto já industrializado, ou seja, um truste. Um exemplo de conglomerado é a empresa Mitsubishi, que fabrica desde carros até canetas. Exemplos reais de Oligopólios Segue abaixo alguns exemplos reais de Oligopólios: Empresas aéreas: TAM, GOL, AZUL. Empresas de telefonia móvel e celular: Vivo, Claro, Oi, Tim. Empresas de Gases Industriais e hospitalares - White Martins, Oximil, Air Liquide. Montadoras de veículos: Fiat, Chevrolet, Volkswagen, Ford. Indústria de Bebidas: Guaraná Antártica, Coca-Cola, Guaraná São Carlos, Tubaína. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS KUPFER, David. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: Princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2005. VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2004. WAGNER, Roberto Machado. Economia I – Apostila. Edição própria. 2007. CIÊNCIAS ECONOMICAS EMPRESARIAIS. Economia. Concorrência Perfeita. Disponível em: <http://w.knoow.net/cienceconempr/economia/concorrperfeita.htm> (Autor: Paulo Nunes) CIÊNCIAS ECONOMICAS EMPRESARIAIS. Economia. Conceitos de Oligopólio. Disponível em : <http://w.knoow.net http://w.knoow.net/cienceconempr/economia/oligopolio.htm >. (Autor: Paulo Nunes) ECONOMIA. Acadêmico. Teorias. Oligopólio. Disponível em: <http://w. http://w.knoow.net/cienceconempr/economia/oligopolio.htm >. (Autor: Emerson Luis Toschi)
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