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Volume 1 José Dimas Rietra TEORIA DAS ESTRUTURAS I 2 MORFOLOGIA DAS ESTRUTURAS 1 – Introdução Definimos estrutura como um elemento ou conjunto de elementos que recebem esforços ativos e reativos, formando um sistema em equilíbrio. Fisicamente, podemos dizer que a estrutura recebe os esforços que agem e os transmite para os apoios. Como exemplo, temos uma estrutura de uma ponte que recebe carregamentos (peso próprio, veículos, etc.) e os transmite aos apoios (pilares). Estudaremos as estruturas compostas de barras. A barra é um elemento estruturas que tem uma dimensão predominante sobre as outras duas. A dimensão predominante da barra é seu comprimento, que é a dimensão na direção de seu eixo longitudinal. A seção transversal da barra em um determinante ponto é a ação contida no plano perpendicular ao eixo longitudinal. As barras podem ter eixo retilíneo ou curvilíneo. 2 – Tipos Estruturais 2-1 – Sistemas planos Vigas – estruturas compostas de barras de eixos retilíneos que estão contidos em um plano e no qual está aplicado o carregamento. De acordo com a vinculação temos a seguinte nomenclatura: Vigas em balanço – são aquelas constituídas de uma única barra, com uma extremidade livre e outra engastada. Vigas biapoiadas – são aquelas constituídas de uma única barra, tendo as duas extremidades apoiadas. Podemos ter em uma extremidade um apoio fixo e na outra um apoio móvel. Vigas biapoiadas com balanços – é uma associação dos casos anteriores, sendo que o balanço tem o trecho biapoiado da viga como apoio. 3 Vigas biengastadas – são aquelas de eixo reto, que têm as duas extremidades engastadas. Vigas monoengastadas – são aquelas engastadas em uma extremidade, tendo na outra um apoio fixo ou móvel. Observação: quando temos estruturas com vinculação análoga aos modelos estudados, mas com eixo poligonal ou curvilíneo, podemos classifica-las como casos especiais, constituindo modelos que já se aproximam dos pórticos ou arcos. 4 Vigas contínuas – são aquelas constituídas de uma barra única, retilínea, sobre vários apoios. As vigas contínuas podem ter balanços. Vigas Gerber – são aquelas constituídas de uma associação de vigas biapoiadas, vigas biapoiadas com balanço e vigas engastadas e livres, ligadas por meio de uma articulação (rótula). Articulação (rótula) Pórticos – são estruturas constituídas de várias barras, formando no conjunto um eixo constituído de uma linha poligonal contida em um plano no qual se aplica o carregamento. Os pórticos podem ser: Pórticos triarticulados 5 Pórtico biarticulado ou biapoiado Pórtico apoiado em uma extremidade e engastado na outra. Pórtico biengastado Pórtico atirantado Observação: em qualquer dos casos citados podemos ter trechos em balanço com extremidade livre. 6 Quando temos maior vinculação do que as indicadas, os pórticos são designados por pórticos múltiplos e quando formam estruturas fechadas recebem também o nome de quadros. Os seguintes casos constituem estruturas aporticadas: 7 Arcos: as estruturas são análogas aos pórticos, com a diferença de que os arcos têm eixo curvo. Observações: Podemos ter também casos de arcos múltiplos: As estruturas em arco também podem formar um conjunto fechado: Os seguintes casos normalmente são classificados como vigas de eixo curvo: 8 Treliças: são estruturas constituídas de barras retas birotuladas (biarticuladas), formando malhas triangulares. 2-2 – Sistemas espaciais São considerados sistemas espaciais os mesmos casos já vistos nos sistemas planos, desde que os elementos se desenvolvam em três dimensões, tanto os geométricos, referentes às barras, quanto os esforços. Desta forma, teremos vigas espaciais, pórticos espaciais, treliças espaciais e assim por diante. Um tipo de estruturas espacial bastante comum é a grelha – Ela é constituída de barras retas, todas contidas em único plano; em que o carregamento atua na perpendicular a esse plano. 9 QUESTIONÁRIO 1- Defina estruturas e dê exemplos. 2- Classifique os sistemas estruturais planos. 3- Classifique as vigas. 4- Classifique os pórticos. 5- Classifique os sistemas estruturais espaciais. APOIOS – REAÇÕES DE APOIOS – CARGAS ATUANTES 1 – Introdução Neste capítulo, trataremos de conceitos básicos de muita utilidade no desenvolvimento do curso. Assim veremos o que vem há ser um apoio, suas reações e as cargas que solicitam as estruturas. 2 – Apoios – Reações de Apoios – Conceituação Seja uma barra de eixo reto sujeita a ação de várias cargas: A peça não permanecerá em repouso, ela se movimentará, a não ser que se coloque obstáculos que impedem seu movimento. Estes obstáculos são chamados de apoios. Os apoios exercerão sobre a barra um conjunto de forças denominadas reações de apoio. Vejamos os três tipos de apoios teóricos que se reduzem a maioria dos apoios reais encontrados na prática. 3 – Tipos de Apoios Existem três tipos de apoios: -apoio fixo -apoio móvel -engaste 3.1 – Apoio fixo 10 Este tipo de apoio, representado na figura abaixo, permite apenas um movimento: rotação ao redor do mesmo. O apoio fixo fornece duas reações de apoio (H e V), que são os impedimentos ao movimento (translações vertical e horizontal). 3.2 – Apoio móvel Este tipo de apoio, representado na figura abaixo, permite dois movimentos: rotação ao redor do mesmo e translação horizontal. O apoio móvel fornece apenas uma reação de apoio (v), que é único impedimento ao movimento (translação vertical). 3.3 – Engaste Este tipo de apoio, representado na figura abaixo, não permite qualquer movimento. O engaste fornece três reações (V, H e Mr), que são os impedimentos ao movimento (translações vertical e horizontal e rotação). O momento que aparece no engaste é denominado momento reativo (MR). 4 – Apoio reais Vejamos como podemos associar os apoios teóricos com os apoios reais que se encontram na prática com pequena possibilidade de erro. Seja uma viga simplesmente apoiada sobre um muro de alvenaria: 11 Desprezando o atrito entre a viga e o muro, poderá ocorrer uma translação horizontal se por exemplo sujeitarmos a viga a uma elevação de temperatura; os extremos A e B deslocarão para A’ e B’. por outro lado, esta condição de apoio não impede o giro da viga ao redor do ponto C. Por conseguinte podemos associar este apoio real a um apoio móvel. Considerando, agora, bastante rugosa a superfície entre a viga e o muro de alvenaria, o atrito não poderá ser desprezado. Se as cargas atuantes sobre a viga fossem relativamente pequenas elas não venceriam o atrito, mas provocariam uma rotação ao redor do ponto C. Como consequência podemos associar este apoio real a um apoio fixo. Seja finalmente um pilar e uma viga metálica engastadas: Neste caso podemos associar este apoio real a um engaste, pois não haverá movimentos de translação e de rotação. 5 – Cargas Atuantes nas Estruturas As estruturas destinam-se suportar cargas. Estas se classificam em: 12 - concentradas - distribuídas- combinações destas. 5.1 – Cargas concentradas São cargas concentradas as que se aplicam em áreas com dimensões tão reduzidas que podem ser consideradas como aplicadas em um ponto. São cargas concentradas por exemplo, reações de apoio de vigas que se apoiam em outras vigas. A figura abaixo mostra uma carga concentrada P aplicada em um ponto C de uma barra. 5.2 – Cargas distribuídas As cargas distribuídas subdividem-se em: - Uniformes - variáveis - triangulares - trapezoidais - parabólicas São cargas distribuídas as que se apoiam em grandes áreas, assim como o peso próprio das estruturas, sobrecargas, reações de lajes, etc. A figura abaixo apresenta o caso da carga uniformemente distribuída cujo valor por metro é representada pela letra p/m. Quando a carga distribuída é variável, como a da figura abaixo, a carga p varia de ponto a ponto da barra. 13 A carga triangular varia de um valor nulo para um valor máximo de p. São cargas triangulares os empuxos de terra e água. Com menor frequência ocorrem carregamentos trapezoidais e parabólicos. 6 – Notações e convenções Daqui para frente representaremos uma viga por seu eixo, orientando-a dois eixos coordenadores x e y, de tal maneira que o eixo dos x se confundirá com o eixo da peça. Tomaremos como origem das coordenadas o centro do apoio da esquerda, como se mostra abaixo: 7 – Condição de equilíbrio Um sistema contido em um plano está em equilíbrio quando tem resultante nula e a soma dos momentos de todas as forças em relação a um ponto qualquer do plano é igual a zero. Esta condição pode ser expressa pôr: 8 – Cálculo das reações de apoio 14 Para o cálculo das reações de apoio, empregaremos as três equações universais do equilíbrio dadas no item anterior, conforme veremos nos exercícios que seguirão. 9 – Classificação das estruturas 9.1 – Estruturas isostáticas Quando podemos determinar o efeito dos apoios externos e os esforços internos pela aplicação das equações universais do equilíbrio. Neste caso, o número de equações é igual ao número de incógnitas. 9.2 – Estruturas hiperestática É quando não podemos resolvê-la somente com a aplicação das equações universais do equilíbrio. Neste caso, o número de equações é menor que o número de incógnitas, sendo necessário recorrer a equações para complementar o sistema de equações: Número de incógnitas = 4 reações Número de equações = 3 Número de equações < número de incógnitas. 15 9.3 – Estrutura hipoestática É aquela que tendo número de apoios insuficientes, é instável, podendo permanecer em equilíbrio somente para carregamentos particulares. Neste caso, o número de equações é maior que o número de incógnitas. 10 – Exercícios Resolvidos Calcular as reações de apoio das estruturas que se sequem: 10.1 – Solução: Indicando as reações nos apoios correspondentes e aplicando as equações universais do equilíbrio teremos: 16 10.2 – Solução: indicando as reações no apoio correspondente e aplicando as equações universais do equilíbrio teremos: 10.3 - Observação: as forças que produzem momentos no sentido horário foram tomadas como positivas. 17 Solução: Indicando as reações nos apoios correspondentes e aplicando as equações universais do equilíbrio teremos: 10.4 – Solução: Indicando as reações nos apoios correspondentes decompondo a carga concentrada em duas componentes e substituindo a carga uniformemente distribuída por uma carga concentrada aplicada no meio do trecho teremos: Observação: o sinal negativo encontrado para V A indica que o sinal real de V A é o contrário do arbitrado. 18 Aplicando as equações universais do equilíbrio: QUESTIONÁRIO: 1 – Definir apoio e reação de apoio. 2 – Quais os tipos de apoios? 3 – Relacione cada apoio com seus movimentos permitidos e impedidos. 4 – Dê exemplos de apoios reais, relacionando-os aos apoios teóricos. Pesquise. 5 – Classifique as cargas que atuam nas estruturas. 6 – Classifique as estruturas relacionando o número de incógnitas com o número de reações. Dê exemplos. 19 ESFORÇO NORMAL – ESFORÇO CORTANTE – MOMENTO FLETOR 1 - Introdução. Este capitulo trata de conceitos fundamentais que acompanharão toda a vida do engenheiro. Veremos a conceituação de esforço normal (força normal), esforço cortante (força cortante) e momento fletor. 2 – Redução de forças situadas à esquerda de uma seção Seja uma peça reta sujeita à ação de um certo número de forças; forças diretamente aplicadas e reações de apoio. Seja G um ponto qq do eixo da peça e seja SS’ a seção reta que passa por G. As forças consideradas podem ser reduzidas a uma resultante R aplicadas no ponto G e a um momento M em relação ao ponto G. Decompondo R em duas componentes teremos: N dirigida segundo o eixo da peça e v dirigida segundo a perpendicular a este eixo no ponto G. A acompanhante N se chama esforço normal ou força normal; a acompanhante V se chama esforço cortante ou força cortante e o momento M se denomina momento fletor em relação ao ponto G. estas três grandezas são elementos de redução das forças situadas à esquerda da seção SS’, e caracteriza à ação das forças externas aplicadas na parte esquerda da viga. Assim para peças planas e retas teremos: 20 3 – Redução de forças situadas à direita de uma seção. Ao invés de efetuar a redução de forças à esquerda da seção SS’, poderíamos ter considerado todas as forças situadas à direita da seção SS’ e efetuado sua redução ao ponto G. Assim obteríamos N’, V’ e M’. Com todas as forças aplicadas na peça estão em equlibrio: N + N’ = 0 N = - N’ V + V’ = 0 V = - V’ M + M’ = 0 M = - M’ O que mostra que se quisermos calcular os esforços normal N, o esfroço cortante V e o momento fletor M em ponto qq de uma peça, podemos empregar as definições dadas em 2 ou calcular as mesmas grandezas para as forças aplicadas à direita e trocar o sinal dos resultados obtidos. 4 – Diagramas característicos São representações gráficas de N, V e M. 5 – Convenção de sinais O esforço normal N é igual a soma das projeções sobre o eixo da peça de todas as forças aplicadas a esquerda de G. O esforço cortante V é igual a soma das projeções destas mesmas forças sobre a perpendicular ao eixo da peça. E o momento fletor M éigual a soma dos momentos destas mesmas forças em relação ao ponto G. 21 Seguiremos a convenção que no Brasil é adotada: Isolando-se um elemento de viga entre duas seções transversais adjacentes S1 e S2 teremos: - A força cortante V é positiva qdo est dirigida para cima na seção S1 e para baixo na seção S2, a força cortante é negativa, em caso contrário. - O momento fletor M é positivo, qdo tem os sentidos: horário para a seção S1 e anti- horário para a seção S2. Neste caso, as fibras interiores da viga são tracionadas e as superiores comprimidas. A deformação se apresenta com a concavidade para cima. - O momento fletor M é negativo, em caso contrário, as fibras superioressão tracionadas e as inferiores comprimidas. A deformação se apresenta com a concavidade para baixo. 6 – Relação Entre Momento Fletor e Força Cortante Seja em elemento de uma vida, compreendido entre duas seções transversais S1 e S2, infinitamente próximas. Observação: A convenção acima se refere a que devemos empregar nos diagramas característicos. 22 Admitindo-se que haja um momento fletor positivo e uma força cortante positiva, a ação da parte da viga à esquerda da seção S1 é representada pela força cortante V e pelo momento M. Analogamente, se a força cortante e o momento fletor forem positivos da seção S2, a ação da viga (parte) situada á direita dessa seção poderá ser representada por V e M+dM. A condição de equilíbrio do elemento situado entre as seções S1 e S2 acarreta a igualdade: Assim: no trecho de uma viga, entre as seções S1 e S2, compreendidas entre cargas, a força co9rtante é igual à derivada do momento fletor, em relação a x. No caso de atuar uma carga distribuída p/m, entre as seções S1 e S2, teremos: Assim: a derivada da força cortante, em relação a x, e igual a intensidade da carga com o sinal negativo. Considerando o momento de todas as forças que atuam no elemento, obtém-se: Desprezando o infinitésimo de 2ª ordem vem Conclui-se que a derivada do momento fletor, em relação a x, também é igual à força cortante, no caso de existir uma carga distribuída p no elemento. No caso de haver uma carga concentrada P atuando no elemento entre as seções S1 e S2, a força cortante varia bruscamente passando de V1, na seção S1, a V2, na seção S2. 23 Como condição de equilíbrio do elemento V1-P=V2. Portanto no pto de aplicação da carga P há uma mudança brusca de derivada dM. dx Conclusão: De um modo geral, na resolução dos problemas de isostáticas envolvendo o momento fletor M e a força cortante V, devem-se ter presentes as relações fundamentais: As quais, entre outras, permitem as seguintes conclusões importantes: -em um intervalo descarregado, o diagrama de forças cortantes é paralelo ao eixo de referência e o diagrama de momentos fletores é linear. - em um intervalo com carga uniformemente distribuída, o diagrama de forças cortantes pe linear e o de fletores é parabólico do 2º grau. - em um intervalo com carga linear, o diagrama de forças cortantes é uma parábola do 2º grau e o de momentos fletores é uma parábola do 3º grau. - nos pontos das estruturas, sujeitos a casrgas-momento, o diagrama de momento fletor passa por uma descontinuidade, cuja intensidade é igual ao valor do momento aplicado. 7 – Significado prático dos esforços seccionais Os esforços seccionais (força normal força cortante e momento fletor) podem ser melhor entendidos através de seu efeito na peça, o que permite dar-lhes um significado prático, como veremos a seguir. 7.1 – Significado da força normal A força normal de compressão realiza um encurtamento do eixo da peça. Cada elemento de comprimento dx sofre um encurtamento que é a deformação por compressão. No caso da força de tração haverá um alongamento do eixo da peça. Cada elemento será distendido. A força normal serve para calcular os esforços internos f nos diversos pontos da seção, esforços que tendem a romper a peça. dM=V; dV= -p dx dx 24 Ruptura por tração. 7.2 – Significado da força cortante A força cortante realizada a deformação vista acima. Sua ação tende a realizar um corte na direção da seção. 7.3 – Significado do momento fletor Conforme se vê na figura abaixo, o momento fletor tende a fletir a peça. Por efeito do momento fletor positivo, surgem esforços de compressão na face superior e esforços de tração na face inferior, conforme figura acima. Para o momento fletor negativo, a situação é inversa: face superior tracionada e face inferior comprimida, conforme figura acima. 25 8 – Diagramas dos esforços seccionais – casos fundamentais 8.1 – Vigas biapoiada – carga concentrada Reações de apoio: Momentos Fletores: Caso Particular: 26 Reações de apoio: Momentos fletores: 8.2 – Viga biapoiada – carga uniformemente distribuída 27 Substituindo a carga uniformemente distribuída por sua resultante aplicada no meio do trecho, teremos: Reações de apoio: Momentos fletores: Em Vc = 0 Mmax = 28 8.3 - Viga biapoiada – carga triangular Substituindo a carga triangular por sua resultante aplicada no centro de gravidade do triângulo representativo do carregamento, teremos: Reações de apoio: 29 Considerando agora uma seção genérica S distante x do apoio A, para a determinação e posterior traçado dos diagramas de cortantes e fletores: 30 8.4 - Viga biapoiada – carga momento Reações de apoio: Momentos fletores: 31 8.5 – Viga em balanço – carga concentrada Reações de apoio: Momentos fletores: 32 Reações de apoio: Momentos fletores: 8.6 – Viga em balanço – carga uniformemente distribuída. Observação: o sinal negativo obtido em MR significa que o sentido real de MR é o contrário do arbitrado. 33 Substituindo a carga uniformemente distribuída por sua resultante aplicada no meio trecho, teremos: Relações de apoio: Momentos fletores: Substituindo a carga uniformemente distribuída por sua resultante aplicada no meio trecho, teremos: 34 Reações de apoio: 9 – EXERCICIOS RESOLVIDOS Para as vigas isostáticas abaixa relacionadas, calcular as reações de apoio, trançado os diagramas de forças cortantes e momentos fletores: 9.1 – Reações de apoio: 35 Momentos fletores: 9.2 – Reações de apoio: 36 Momentos fletores: MC = 0 MA = -4x2= -8tm MD = -4x4+VAx2 = -16+9,67x2= 3,34tm ME = -2x5+VBx2 = -10+7,33x2= 4,66tm MB = -2x3= -6tm MF = 0 9.3 – Reações de apoio: Momentos fletores: MA = -MR = -37tm MB = -5x3 = -15tm MC = 0 37 9.4 – Substituindo a carga uniformemente distribuída em cada trecho por sua resultante, teremos: Reações de apoio: Momentos fletores: 38 Cálculo do momento máximo 9.5 – Substituindo a carga uniformemente distribuída em cada trecho por sua resultante, teremos: Quando V = 0 Mmax 39 Reações de apoio: Momentos fletores: 9.6 – Substituindo as cargas uniformemente distribuídas em cada trecho, por suas resultantes, teremos. 40 Reações de apoio: Momentos fletores: Cálculo do momento máximo Quando V = 0 Mmax 41 9.7 – Substituindo as cargas uniformemente distribuídas em cada trecho, por suas resultantes, teremos: Reações de apoio: Momentos fletores: MA = 0 MB = -4x3-6x1,5 = -21tm MC = - MR = -93tm 9.8 – 42 Reações de apoio:9.9 – Reações de apoio: Momentos fletores: MA = -12tm 43 MB = -8tm 9.10 – Substituindo as cargas uniformemente distribuídas por suas resultantes, teremos: Reações de apoio: 44 Momentos fletores: 9.11 – Substituindo a carga uniformemente distribuída por sua resultante, teremos: Reações de apoio: 45 Momentos fletores: Cálculo do momento máximo 10 - Exercícios Propostos Para as vigas isostáticas abaixo relacionadas, calcular as reações de apoio, traçando os diagramas de forças cortantes e momentos fletores: 10.1 – 10.2 – 10.3 - 10.4 - Quando V = 0 Mmax 46 10.5 – 10.6 - 10.7 – 10.8 - 10.9 - 10.10 - 10.11 – 10.12 - 10.13 - 10.14 - 47 QUESTIONÁRIO 1 – Defina: força normal; força cortante e momento fletor. 2 – Deduzir a relação existente entre o momento fletor e a força cortante. 3 – Quais as conclusões que se podem ter para os diagramas de força cortantes e de momentos fletores? 4 – Significado prático dos esforços seccionais. 5 – Deduzir novamente os seis casos fundamentais de vigas isostáticas. VIGAS GERBER ISOSTÁTICAS 1- Introdução Aqui, neste capítulo, estudaremos as vigas Gerber isostáticas, sistemas estruturais de largo emprego quando se quer vencer grandes vãos (pontes, viadutos e passarelas). Os conceitos vistos no capítulo anterior serão novamente colocados à prova. 2- Vigas Gerber- Conceituação- Exemplificação Vigas Gerber isostáticas são associações de vigas biapoiadas, vigas biapoiadas com balanços e vigas engastadas e livres, ligadas por meio de articulação ou rótulas. Elas tiveram seu aparecimento ditado por motivos de ordem estrutural e de ordem construtiva. Suponhamos seja nossa função construir uma ponte de concreto armado, que deverá se apoiar sobre os pilares A, B,C e D, escolhendo uma das duas soluções abaixo indicadas: 48 A solução indicada na fig 1: convencional = para a execução da superestrutura da ponte, seriamos obrigados a escorar simultaneamente todo o volume compreendido sob o tabuleiro da ponte, escoramento este que, dependendo da velocidade do rio e de sua profundidade, pode tornar-se extremamente difícil, caro e até mesmo, arriscado no trecho BC. A solução indicada na fig 2: viga Gerber = está solução permite e execução em separado dos trechos ABE,EF,FCD, com o que poderíamos escorar inicialmente o 49 trecho ABE e concretá-lo, a seguir transferiríamos o escoramento para o trecho FCD que seria posteriormente concretado, e finalmente, usando os próprios techos ABE e FCD, já executados, como apoios, concretaríamos a vigota EF, encerrando a execução da estrutura (poderíamos, também, pré fabricar a viga EF, lançando-a através de uma treliça). Não resta a menor dúvida que, sob o ponto de vista construtivo, a segunda solução será mais adequada no caso, pois não envolverá risco algum no vão BC durante a construção, além de reduzir o volume de material para escoramento a quase 1/3 do necessário para a primeira solução. Está solução trará ainda, sob o ponto de vista estrutural, a vantagem de reduzir as forças horizontais nos pilares devidas a variações de temperatura e à retração do concreto. As vigas Gerber tem lugar de grande importância na engenharia estrutural, e a tendência desta importância é aumentar, tendo em conta o desenvolvimento das técnicas de pré-fabricação e montagem de estruturas. 3- Características Principais das vigas Gerber 3.1- O número de rótulas (articulações) é sempre igual ao número de apoios internos; 3.2- O momento fletor nas rótulas é nulo; 3.3- Na resolução das vigas Gerber, deve-se substituir cada rótula por um apoio considerando a seguinte ordem de resolução: 4- Resolução de Vigas Gerber- Exercícios Resolvidos Resolver as vigas Gerber abaixo, traçando os diagramas de cortantes e fletores: 4.1- 50 Solução: Esquema estrutural: Vão AE Substituindo a carga uniformemente distribuída por sua resultante aplicada no meio do trecho AD, teremos: 51 Reações de apoio: Momentos fletores: Cálculo do momento máximo Quando V = 0 Mmax 52 Vão ECB Reações de apoio: Momentos fletores: 53 4.2 – Solução: Esquema estrutural: 54 Vão EF Reações de apoio Vão ABE Reações de apoio: 55 Momentos fletores: Vão FCD Reações de apoio Momentos fletores: 56 4.3- Solução: Esquema estrutural: 57 Vão DC Reações de apoio: Momentos fletores: MD=MC=0 Vão ABD 58 Reações de apoio: Momentos fletores: MA = 0 MB = -1x1 = -1tm MD = 0 59 4.4 – Solução: Esquema estrutural: Vão CBF 60 Substituindo a carga uniformemente distribuída em cada trecho por sua resultante teremos: Reações de apoio: Momentos fletores: MC=MF=0 MB=2X1= 2tm Cálculo do momento máximo Quando V = 0 Mmax 61 Vão AC Substituindo a carga uniformemente distribuída por sua resultante temos: Reações de apoio: 62 Momentos fletores: 5 - Exercícios propostos Resolver as vigas Gerber abaixo, traçando os diagramas de cortantes e fletores: 5.1- 5.2- 63 5.3- 5.4- 5.5- QUESTIONÁRIO 1- Conceitue vigas Gerber isostáticas. 2- Características principais das vigas Gerber. 64 QUADROS ISOSTÁTICOS 1 - Introdução Neste capítulo estudaremos estruturas não-lineares contínuas em preparação ao estudo dos pórticos, assunto por demais importante na teoria das estruturas II 2 - Quadros Isostáticos- Conceituação Quadros isostáticos ou quadro simples são estruturas não-lineares contínuas formadas por uma barra horizontal e duas barras verticais. 3 - Classificação De maneira geral, podemos classificar os quadros isostáticos em dois grupos: 3.1- Quadros simétricos Para resolvê-lo basta conhecer o momento fletor em um dos nós B ou C. Devido a simetria HA=0 3.2- Quadros assimétricos Nesse tipo de quadro calcula-se HÁ e com esta reação encontramos os momentos nos nós B e C. 65 4 - Convenção de sinais - Forças normais Consideram-se positivas as forças normais de tração e negativas as de compressão. - Forças cortantes - Momentos fletores Momento fletor positivo lado de referência tracionado. Lado rerefência indicação por linhas tracejadas. 66 5 - Exercícios Resolvidos Resolver os quadros isostáticos abaixo, traçando os diagramas de forças normais,cortantes e momentos fletores: 5.1- Solução: Reações de apoio: 67 5.2 – 68 Solução: Reações de apoio: 69 70 5.3- Solução: Reações de apoio: 71 72 5.4 - Soluções: Reações de apoio: 73 74 6 – Exercícios propostos Resolver os quadros isostáticos abaixo, traçando os diagramas de forças normais, cortantes e momentos fletores: 6.1 - 6.2 - 6.3 - 6.4 - QUESTIONÁRIO 1 – Conceituar quadros isostáticos. 2 – Classificar os quadros isostáticos. 3 – Convenção de sinais para os quadros isostáticos. 75 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Teoria das Estruturas – Flávio Antônio Campanari. Estruturas Isostáticas – Otávio Campos do Amaral. Problemas e Exercícios de Estáticas das Construções – Adhemar Moreira e Domício Falcão. Curso de Análise Estrutural – José Carlos Sussekind. AGRADECIMENTO Esta versão eletrônica só foi possível graças a dedicação e o empenho de Angela Helena Azevedo. Fevereiro de 2015.
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