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desenvolvimento da mandibula

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Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública 
Alunas: Luisa Mota, Maria Paula Noya e Taíse Andrade 
Disciplina: Biomorfofuncional 
 
 
Desenvolvimento da mandíbula 
 
A mandíbula, único osso móvel da face, é um osso impar, formado 
primeiramente por duas partes que se encontram na sínfise mentoniana. Esse 
osso é derivado do primeiro Arco Branquial, e a partir da sexta semana, antes de 
qualquer osso no organismo, com exceção da clavícula, começa a se ossificar. Em 
seu interior, ocorre a formação da cartilagem de Meckel, células da crista neural, 
formando uma barra continua desde o ouvido médio até a linha medial, 
responsável pela sustentação da mandíbula. São duas cartilagens que não se 
encontram na linha média, sendo separadas por uma estreita faixa de 
mesênquima (ectomensênquima). A cartilagem de meckel, serve como guia de 
ossificação intramembranosa já que a mandíbula cresce envolta do aspecto 
lateral da mesma. Sendo assim, a porção média da cartilagem se degenera; as 
extremidades distais posteriores dão origem ao martelo e a bigorna, ossículos 
do ouvido médio, a espinha esfenoide e o ligamento esfenomandibular. Seus dois 
terços anteriores dão suporte para ossificação intramembranosa da mandíbula, 
enquanto as extremidades anteriores são responsáveis pela formação 
endocondral da sínfise mandibular. 
 
Com exceção do côndilo e da sínfise, a mandíbula se desenvolve por ossificação 
intramembranosa. Entretanto a cabeça da mandíbula é resultado da formação 
endocondral, na região anterior. Na sexta semana, ocorre lateralmente a 
cartilagem de meckel uma condensação ectomensênquima na altura do angulo 
divisão do nervo alveolar inferior. Na sétima semana, começa a ossificação 
intramembranosa, que se inicia na porção mesial da Cartilagem de Meckel, 
guiando a ossificação dos outros componentes da Mandíbula, que com dez 
semanas já apresenta aspecto de mandíbula rudimentar É valido ratificar, porém 
que da região lingual até a divisão do nervo até seus ramos incisivos e mental, 
não há cartilagem de Meckel. 
 
Entre a décima e décima quarta semana, aparecem três cartilagens secundárias. 
A condilar, formada na décima semana, origina um cone que ocupa o ramo da 
mandíbula, e sendo o maior centro de crescimento da mandíbula, é tomado 
rapidamente pela formação do tecido ósseo por ossificação endocondral . É a 
cartilagem condilar que possibilita os movimentos da mandíbula, e seu 
crescimento é uma resposta à pressão direta exercida no local, encaminhando os 
côndilos na direção das articulações. Na porção medular do côndilo, o tec ósseo 
de origem endocondral, juntamente com os córtices ósseos têm seu crescimento 
associado a tensão, devido a inserção de músculos e tecidos conjuntivos. 
 
A cartilagem coronoide, formada no quarto mês, após invadida pelo processo de 
ossificação intramembranoso do ramo da mandíbula, culmina no 
desenvolvimento e na inserçãoo dos músculos temporais, já que é uma 
cartilagem temporário que desaparece antes do nascimento. Seu crescimento é 
feito baseado no princípio de expansão do “v “, para cima e para trás de modo 
que, por aposição óssea suas porções superior e lingual sofram reabsorção nas 
superfícies bucal e anterior. Conforme a direção regida é que podem ser 
determinados os diferentes padrões sociais. 
 
A cartilagem da sínfise, é constituída de um par, que aparece na porção anterior 
da cartilagem de meckel, e que após passarem por um processo de ossificação 
endocondral, desaparecem no primeiro ano de vida. 
 
Inicialmente , a mandíbula é maior que a maxila, porém a partir da oitava 
semana ela vai diminuído e tentando se igualar. Entretanto, ao nascer, a 
mandíbula encontra-se em posição retrognática relacionada à maxila. O corpo 
da mandíbula, passa a ser zona de comando da mesma, sendo responsável pelo 
crescimento e funcionamento. Os músculos mastigatórios e pterigoideos lateral e 
masseter são de responsabilidade do processo angular, enquanto o crescimento 
dos dentes é função do processo alveolar. O ramo mandibular é consequência 
das reabsorções ósseas no bordo anterior e aposição posterior, sofrendo então 
uma conversão por remodelamento. O crescimento transversal é rápido até o 
segundo ano de vida, pois até essa época ainda há a presença das cartilagens, que 
posteriormente se ossificam, diminuindo o crescimento. 
 
O tipo de crescimento periostal da mandíbula é o responsável pelo deslizamento 
e deslocamento da mesma. À sincronia existente entre o crescimento mandibular 
e o maxilar definirá a boa ou má oclusão dentária. Segundo o livro Ortodontia 
para Clínicos, 4.ed. de ARAÚJO, M.C.M., 1988, pelas características de crescimento 
mandibular o osso pode ser dividido ainda em três partes: 
a) área muscular - diretamente relacionada com a atividade muscular. 
Desaparecendo esta atividade muscular, o osso entra em fase de remodelação, 
através de reabsorções. 
b) área alveolar - responsáveis pelas dimensões verticais da mandíbula; existe 
diretamente em função da existência dos dentes. 
c) área basal - determinada morfogeneticamente, responsável pela forma de uma 
mandíbula senil.

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