Justiça Restaurativa e Mecanismos autocompositivos

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Justiça Restaurativa e Mecanismos autocompositivos: Mediação de Conflito. Sentimento de justiça. Teoria do conflito e os 
Sentimento de Justiça
Como as pessoas interpretam o que é justo ou injusto ?
Como as pessoas atribuem significado cognitivo e comportamental ao que é justo ou injusto ? 
Quais são as respostas socialmente apropriadas ou não ao que é justo ou injusto ?
Sentimento de Justiça
Maior por parte das vítimas do que daqueles que se beneficiam de uma decisão
Importância dos fatores ideológicos na percepção da injustiça.
Justiça Restaurativa
É um conceito novo de solução de conflitos que começa a ganhar corpo no Brasil. Constitui um novo paradigma criminológico, que reformula o modo convencional de definir crime e justiça, com grande potencial transformador do conflito na medida que intervêm de modo mais efetivo na pacificação das relações sociais.No Brasil, foram executados três Projetos Pilotos, em São Paulo, Brasília e Rio Grande do Sul, cada qual com suas parcerias e gerenciados pela Secretaria de Reforma do Judiciário.
JUSTIÇA RETRIBUTIVA
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Conceito normativo de Crime – ato contra a sociedade representada pelo Estado
Conceito realístico de Crime – Ato que traumatiza a vítima, causando-lhe danos.
Primado do Interesse Público (Sociedade, representada pelo Estado, o Centro) – Monopólio estatal da Justiça Criminal
Primado do Interesse das Pessoas Envolvidas e Comunidade – Justiça Criminal participativa
Processo Decisório a cargo de autoridades (Policial,Delegado, Promotor, Juiz e profissionais do Direito
Processo Decisório compartilhado com as pessoas envolvidas (vítima, infrator e comunidade)
Culpabilidade Individual voltada para o passado
Responsabilidade, pela restauração, numa dimensão social, compartilhada coletivamente e voltada para o futuro
Uso Dogmático do Direito Penal Positivo
Uso Crítico e Alternativo do Direito
Indiferença do Estado quanto às necessidades do infrator, vítima e comunidade afetados - desconexão
Comprometimento com a inclusão e Justiça Social gerando conexões
Mono-cultural e excludente
Culturalmente flexível (respeito à diferença, tolerância)
JUSTIÇA RETRIBUTIVA
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Ritual Solene e Público
Comunitário, com as pessoas envolvidas
Contencioso e contraditório
Voluntário e colaborativo
Linguagem, normas e procedimentos formais e complexos – garantias.
Procedimento informal
Atores principais - autoridades (representando o Estado) e profissionais do Direito
Atores principais – vítimas, infratores, pessoas da Comunidade, ONGs.
Teoria do Conflito
	
	Conflito – é o resultado de um conjunto de condições psicossocioculturais que determinam a colisão de interesses.
Warat,2001
Fases do Conflito
Latente (causa certo desconforto)→manifesto (instalação do conflito)→busca de equilíbrio de poder (ações das partes)→equilíbrio de poder→ruptura do equilíbrio
Conteúdos do conflito 
		Manifesto – posição
		Latente ou real – interesse / necessidade
Conflitos jurisdicionalizados – transferência de sentimentos de frustração, raiva ou descontentamento com um fato para o processo judicial
Processo judicial – forma de exteriorizar sentimentos contidos e mal-resolvidos, alimentando condutas mais litigiosas
Mecanismos Autocompositivos
Mudança de paradigma
		Metodologia do confronto e da 	manipulação → métodos cooperativos
Formas autocompositivas :
Negociação
Mediação
Conciliação
Negociação
Forma de interação em que as partes propõem, contrapõem e argumentam para a obtenção de um acordo.
Não há um terceiro envolvido na ajuda da composição do litígio.
Mediação
É uma forma autocompositiva assistida.
Mediador – Não deve influenciar, emitir juízo de valor ou persuadir as pessoas ao acordo. Sua preocupação deve ser com : (re)criar vínculos, (re)estabelecer o diálogo e prevenir novos conflitos. Deve conferir às pessoas a autoria de suas decisões através da reflexão e ampliação de alternativas
Princípios da Mediação
Autonomia da vontade
Consensualidade nas decisões (ganha/ganha;perde/perde)
Autonomia de decisões
Flexibilidade 
Terceiro interventor - imparcial
Técnicas de mediação
1- responsabilizar as partes em relação ao conflito
2- reestruturar a possibilidade da escuta recíproca
3-facilitar a solução do conflito
Conciliação
Conciliação – é uma forma de resolução de controvérsia, administrada por um conciliador investido de autoridade, a quem compete aproximar, controlar, sugerir e formular propostas, apontar vantagens e desvantagens , objetivando a composição do litígio.
Diferença em relação à mediação – neste procedimento o objetivo não é só resolver a lide , mas refletir seus efeitos nos mediados e na sociedade → busca da PAZ SOCIAL
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