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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CCJ0003 Título HERMENÊUTICA JURÍDICA Descrição QUESTÕES OBJETIVAS 1 Com frequência o termo hermenêutica jurídica é usado como sinônimo de interpretação da norma jurídica. MIGUEL REALE, por exemplo, fala em "hermenêutica ou interpretação do Direito", em suas Lições Preliminares de Direito. CARLOS MAXIMILIANO, por sua vez, distingue "hermenêutica" e "interpretação"; aquela seria a teoria científica da arte de interpretar; esta seria a aplicação da hermenêutica; em suma, a hermenêutica seria teórica e a interpretação seria de cunho prático, aplicando os ensinamentos da hermenêutica. Outros autores dão ao vocábulo um sentido mais amplo, que abrange a interpretação, a aplicação e a integração do Direito. Com base nessas informações, concluise que: (A) Não há necessidade de interpretação quando a norma é "clara, ou seja, "in claris cessat interpretatio" (dispensase a interpretação quanto o texto é claro). (B) Um dos elementos que encerra o conceito de interpretação da norma é fixar o seu alcance: significa delimitar o seu campo de incidência; é conhecer sobre que fatos sociais e em que circunstâncias a norma jurídica tem aplicação. (C) Quando se fala em interpretação da norma estáse referindo tão somente às leis, na medida em que somente as leis são utilizadas como fundamentos das decisões judiciais que precisam dessa interpretação jurídica. (D) O trabalho do intérprete apenas é necessário quando as leis são obscuras. A interpretação nem sempre é necessária, a não ser que sejam obscuras ou pouco claras as palavras da lei ou de qualquer outra norma jurídica. (E) A hermenêutica jurídica leva em conta o estado de espírito do intérprete da norma que pode influir nesta interpretação, razão pela qual a hermenêutica não pode ser considerada uma ciência. Desenvolvimento 1 A O texto retrata as várias formas de interpretação e como elas foram evoluindo com passar do tempo, antigamente segundo o autor a lei clara não carecia de interpretação, diferente do que acontece na atualidade. O autor destaca que " Quando nas palavras não existe ambiguidade, não se deve admitir pesquisa acerca da vontade ou intenção", ele faz uma critica nesse sentido evidenciando o mal de argumentar somente com adágios . B Quanto à hermenêutica jurídica, o termo é usado com diferente extensão pelos autores. Com frequência, é usado como sinônimo de interpretação da norma jurídica. Miguel Reale, por exemplo, fala em “hermenêutica ou interpretação do Direito” nas suas Lições Preliminares de Direito. Carlos Maximiliano, por sua vez, distingue hermenêutica e interpretação. Aquela seria a teoria científica da arte de interpretar e esta seria a aplicação da hermenêutica. Em suma, a hermenêutica seria teórica e a interpretação seria de cunho prático, aplicando os ensinamentos da hermenêutica . C A interpretação pode ser classificada segundo diversos critérios: quanto à sua origem, sua natureza e seus resultados.Miguel Reale tem que a interpretação autêntica é somente aquela que se opera através de outra lei, e quando uma lei é emanada para interpretar outra lei, a interpretação não retroage: disciplina a matéria tal como nela foi esclarecido, tão somente a partir de sua vigência. D Tendose em conta que a Hermenêutica pode ser definida como “a arte da interpretação”, hermenêutica é, pois, compreensão. Assim, Hermenêutica Jurídica seria a compreensão que daria o sentido à norma. Ou seja, na norma ou no texto jurídico há sempre um sentido que não está claramente demonstrado, para que possa ser alcançado com base na interpretação. E Fixar o alcance da norma, delimitando o seu campo de atuação, conhecer sobre que fatos sociais e em que circunstâncias a norma jurídica tem aplicação. Falase em "norma jurídica" como gênero, uma vez que não são apenas as leis, ou normas jurídicas legais que precisam ser interpretadas, embora sejam elas o objeto principal da interpretação. Assim, todas as normas jurídicas podem ser objeto de interpretação: as legais, as jurisdicionais, as costumeiras entre outras.
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