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A Psicologia, o Judiciário e a busca do ideal de Justiça (primórdios da Psicologia aplicada ao Direito). Lei Jurídica X Lei Simbólica. Idade Média Religião comanda a vida das pessoas Identidade das pessoas era determinada por suas posições sociais: servo, senhor... Idade Moderna Novas explicações para o mundo: Revolução científica de Galileu – observação e experimentação – leis da natureza X verdades religiosas Expansão do Capitalismo Revoluções políticas – homem com direitos naturais – liberdade e igualdade Mundo Moderno Quebra a tradição embasada na religião Mundo em “movimento” – grandes navegações Mundo Moderno Visão de mundo - Individualismo Ser moral Livre arbítrio Sujeito jurídico Portador da razão Contratos no lugar da ética da religião e das relações familiares Mundo Moderno Princípios fundamentados na igualdade dos homens em contradição com as desigualdades e injustiças produz a necessidade de se pensar nas diferenças entre os mesmos. Século XIX Diferenças passam a ser vistas na natureza e não nos vínculos criados através da comunidade, da religião e da tradição – a diferença pertence ao biológico, está no organismo humano. Século XIX Surge o conceito de raça – A diferença é determinada biologicamente Domínio do homem branco sobre os povos primitivos – hierarquização de raças Século XIX Frenologia de Galton – interpretação da capacidade humana através do tamanho e formação do crânio Antropologia criminal de Cesare Lombroso – a criminalidade é hereditária e reconhecida pelas características físicas dos indivíduos Século XIX Surge a Psiquiatrização do crime – a verdade jurídica é obtida pelo exame do criminoso ; pela pesquisa de suas motivações e intenções O homem é individualizado pelo exame , medida , análise e classificação Psicologia Surge neste momento – século XIX Situa-se entre a Biologia e a Filosofia Laboratório experimental de Wundt – 1879 Wundt – pai da Psicologia Científica Entre o indivíduo e suas ações encontramos os processos mentais Psicologia Estudo inicial da Psicologia – estudo experimental dos processos psicológicos Objeto de estudo – processos comuns a todos os seres humanos, estabelecendo condições normais de seu funcionamento e as que determinam o seu aparecimento diferenciado Os testes psicológicos Substituem algumas técnicas utilizadas em laboratórios experimentais Se constituem em técnicas privilegiadas de produção de saber e prática psicológica Psicologia e o Direito A aproximação da Psicologia ao Direito foi através da Psicologia do Testemunho, com o objetivo de verificar a fidedignidade dos relatos das testemunhas. Demanda atual da Psicologia aplicada ao Direito 1- Assessora na formulação, revisão e execução de leis. 2- Colabora na formulação e implantação das políticas de cidadania e direitos humanos. 3- Realiza pesquisa visando a construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do Direito. 4- Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças adolescentes e adultos em conexão processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças ou determinação da responsabilidade legal por atos criminosos. 5- Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias a serem anexados aos processos. 6- Elabora petições que serão juntadas ao processo, sempre que solicitar alguma providência, ou haja necessidade de comunicar-se com o juiz, durante a execução da perícia. 7- Eventualmente participa de audiência para esclarecer aspectos técnicos em Psicologia que possam necessitar de maiores informações a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico(juízes, curadores e advogados). 8- Elabora laudos, relatórios e pareceres, colaborando não só com a ordem jurídica como com o indivíduo envolvido com a Justiça, através da avaliação da personalidade destes e fornecendo subsídios ao processo judicial quando solicitado por uma autoridade competente, podendo utilizar-se de consulta aos processos e coletar dados considerar necessários a elaboração do estudo psicológico. 9- Realiza atendimento psicológico através de trabalho acessível e comprometido com a busca de decisões próprias na organização familiar dos que recorrem a Varas de Família para a resolução de questões. 10- Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às Instituições de Direito, visando a preservação de sua saúde mental, bem como presta atendimento e orientação a detentos e seus familiares. 11- Participa da elaboração e execução de programas sócio educativos destinados a criança de rua, abandonadas ou infratoras. 12- Orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário, sob o ponto de vista psicológico, quanto as tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais. 13- Assessora autoridades judiciais no encaminhamento à terapias psicológicas,quando necessário. 14- Participa da elaboração e do processo de Execução Penal e assessorar a administração dos estabelecimentos penais quanto a formulação da política penal e no treinamento de pessoal para aplicá-la. 15- Atua em pesquisas e programas de prevenção à violência e desenvolve estudos e pesquisas sobre a pesquisa criminal, construindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica. Lei Simbólica X Lei Jurídica Transmissão de códigos de comportamentos: caracterizam os indivíduos marcas registradas na mente linguagem verbal e não verbal Marcas registradas na mente: valores que passam de geração para geração limites para a vida em grupo Lei Simbólica X Lei Jurídica lei que é transmitida de forma invisível está inscrita internamente sustenta a nossa existência social respeitar o próximo reconhecer as diferenças sexuais, sociais e geracionais nos torna humanos e civilizados Lei Simbólica X Lei Jurídica Barreiras no mundo psíquico – nojo , horror, vergonha, medo , culpa... Falha na transmissão da lei simbólica descompromisso com o próximo ausência de barreiras para interditar os impulsos sexuais e agressivos
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