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~ • Fig. 6: Diferentes tipos de cubetas. 3.1.4 - Fotocélula A fotocélula (ou célula fotoelétrica) é um dispositivo opto-eletrônico que tem a propriedade de converter luz em corrente elétrica. Fotocélula é um termo genérico que inclui diferentes. tipos de componentes como o fotoresistor, fotodiodo, célula fotovoitáica etc., cada um deles baseado em um . princípio físico diferente. As fotocélulas são dispositivos largamente utilizados em diferentes situações do nosso cotidiano; como exemplos podemos citar: abertura de portas automáticas, acendimento automático de iluminação ao escurecer, controle remoto de aparelhos de TV/vídeo/ar condicionado, foco de máquinas Iotcqráflcas, etc. . 3.1.5 - Miliamperímetro É o dispositivo que mede a corrente elétrica gerada pela fotocélula. O elemento principal deste dispositivo é um galvanômetro, o qual é basicamente constituído de um ímã permanente em forma de ferradura e de uma bobina enrolada em torno de um núcleo cilíndrico de ferro, chamada de bobina móvel (figura 7). A bobiba móvel está localizada entre os pólos do ímã e fixada axialmente, podendo portanto, girar em torno de seu eixo. 6 A corrente elétrica a ser medida ( I )passa através da bobina criando um campo magnético, que se opõe ao campo magnético do ímà, fazendo-a girar até uma determinada posição, a qual é proporcional à intensidade da corrente que circula pela bobina móvel. Desta forma a intensidade da luz que se transmitiu pela solução, contida na cubeta de medição, é quantificada em uma escala construída no painel do miliamperímetro. A corrente elétrica gerada pela fotocélula também pode ser medida por amperímetros digitais. Neste caso, os valores são apresentados por números (dígitos) em um mostrador digital, difer~ntemente do sistema escala/ponteiro do medidor analógico descrito. ESCALA GRADUADA IMÃ PERMANENTE PONTEIRO BOBiNA MÓVEL I~ . Fig. 7: Galvanômetro do tipo bobina móvel. 3.2 - ESPECTROFOTÔMETRO Os espectrofotômetros são equipamentos semelhantes aos fotocolorímetros, que utilizam além das radiações eletromagnéticas na região da luz visível, radiações na região do infravermelho (IV) e do ultravioleta (UV). No espectrototómetro a separação dos diferentes comprimentos de onda é realizada por urn dispositivo óptico chamado de grade de difração, o qual permite a seleçãode faixas bastante estreitas do espectro de radiações eletromagnéticas (1nrn, 2nm ou 5nm) e neste caso ao invés de se incidir, por exemplo, um feixe de luz azul através de uma solução, se utilizará uma das tonalidades do azul. A grade de difração é construída inscrevendo-se um grande número de linhas paralelas, muito próximas umas das outras (500 linhas/mm), na superfície de uma placa de vidro. A separação dos diferentes comprimentos de onda na grade de difração baseia-se no princípio de que raios de luz curvam-se em torno de cantos agudos, sendo o grau de curvatura função do comprimento de· onda. Assim, em cada linha inscrita no vidro ocorre a refração da luz e a geração de um espectro, havendo um fenômeno de canceiamento e somação ao longo do vidro, figura 8. Um anteparo com uma fenda, que se desloca em frente à grade, é utilizado para separar a faixa de comprimento de onda desejada. Com as grades de difração é possível separar faixas do espectro com larquras de até 0,5 nm e a sua faixa de operação vai de 200 a 1000 nm, incluindo portanto, a região do ultravioleta e do infravermelho. 7 ~~~ .Fenda->-\1'- ---4- . Fo~e '--, de luz Espelho côncavo Feixe m onocrom ático o espectrofotômetro além de ser utilizado para determinação da concentração de soluções, também é utilizado para identificação de substâncias em solução e para determinação do seu grau de pureza. Arribas aplicações baseadas no Espectro de Absorção da substância, gráfico que mostra como a refenida substância absorve cada um dos comprimentos de onda. A figura 9 apresenta três exemplos;, deste oráfico. OXIHEMOGLOBINA DESOXIHEMOGLOBINA AZUL DE METILENO . Fig. 8: Grade de difração. ca '"c:'cae o tn.c «. 11 . IL-+--+- ~ o oo o '" '" Comprimento de Onda 8•.... '"'"c·ca-e o C/J.o <{ '"'"c,ca.oo Ul.o « o oo o ao '" o o oo o o ao '" o o' oo o '" co 8 '" oo -e o o o Comprimento de Onda . Comprimento de Onda Fig. 9: Exemplos de Espectros de Absorção. 4 - UTILlZJ\ÇÃO DO FOTOCOLORíMETRO 4.1 - ASPECTO EXTERNO DO FOTOCOLORíMETRO o painel frontal do fotocolorímetro a ser utilizado na aula prática está apresentado na figura 10, a seguir são descritos os seus diversos elementos: SELETOR DE F!LTRO: serve para a escolha do comprimento de onda do feixe de luz que incidirá sobre a cubeta, girando este controle troca-se o filtro que é interposto entre a fonte de luz e a cubeta. O filtro selecionado é indicado através de urna sinalização luminosa ao lado do comprimento de onda correspondente. O aparelho apresentado é dotado de cinco filtros. São eles: 410 nrn, 480 nm, 520. nrn, 58U nm, (360 nm. i=>ORT,·A.-CUBETAS:local onde se coloca a cubeta com a substância a ser analisada. O porta- cubetas possui um dispositivo mecânico interno que bloqueia o feixe de luz sempre que a cubeta for. retirada. BOT()ES DE CALlBRAÇÃO: o aparelho possui três botões de calibraçáo em seu painel. São eles: aiuste de 100% grosso, 100% fino e ajuste do 0%. MOSTRADOR DE LE!TURA: duas grandezas podem ser medidas no totocolorímetro: Transrnitância (T%) e Absorbância (A). A transmitància expressa a quantidade de luz que se transmite através de uma solução e é definida matematicamente como sendo a relação percentual entre o feixe de luz emergente (1) e o feixe de luz incidente (10): 8 PORTA - CUBETAS + SELETOR DE FILTROI T%. ~~ ~o 2 A ~ 100 100 % 0%.-.. • 410 nm 8 480 nm o 520 nm o 580 nm o 660 nm o grosso fino Fig. 10: Painel frontal do fotocolorímetro. I., T% = i.100%10 (eq. 3) A absorbãncia expressa a capacidade que tem uma solução de absorver uma certa quantidade de enarqia do feixe de luz incidente e é definida matematicamente como o logaritmo da relação entre o feixe de luz incidente (10) e o feixe de luz emergente (1): A 10 log - 1 (eq.4) Baseado nas definições matemáticas constatamos que a Transmitância é uma grandeza linear e varia ele O %, a 100 %. O que significa dizer que 50% está localizado no meio da escala e que se dividirmos a escala em dez partes iguais cada uma delas representará 10%, conforme figura 11. T% Fig. 11: Mostrador de leituras do fotocolorímetro, ressaltando a correspondência entre os valores de transmitância e de absorbância. 9 Já a escala de Absorbância é logarítmica e varia de O (zero) a 00 (infinito), segundo os valores da função logaritmo. A representação do intervalo O a 2 corresponde praticamente a toda a escala. O que significa que valores acima de 2 não p.odem ser lidos com a acurácia desejável. Deve-se dar preferência às medições realizadas no intervalo de O a 1, assim, quando a solução a ser analisada apresentar uma concentração, tal que a 'absorbãncia corresponda a valores acima de 1, ela deve ser diluída por um fator conhecido, de modo que os valores de absorbància a serem medidos permaneçam no intervalo de medições mais acuradas. 4.2· RELAÇÃO MATEMÁTICA ENTRE ABSORBÂNCIA E TRANSMITÂNCIA Partindo-se das definições matemáticas de Absorbància . e de Transmitância, aplicando-se propriedades da função logaritmo e substituindo-se os valores de uma equação na outra, é possível obter-se o valor de T% a partir de A: 10 A - log"- = log l , - log I I (eq. 5) T% = ~"100 10 (eq. 6) Aplicando-se a função log aos dois membros da equação 6, temos: í 1 '\ log T% = log lIo -100 ) ( 1) =logllo +logl00 = logl -loglo + 2 = - (log 10 - log 1) + 2 =-A+2 (eq. 7)2 -logT%ou Assim, para T% = 100 A=O para T% = 10 A = 1 para T% = 1 => A = 2 e no limite quando T%