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25/11 (EBC22) - PND (1974-1979): a economia internacional e o financiamento externo 1 - O Brasil e Dependência Financeira Externa (1969-1973) Milagre Econômico Brasileiro (1968-1973): um misto de políticas econômicas de estímulo à demanda (internamente) e do aproveitamento de uma conjuntura financeira internacional favorável à tomada de crédito Sistema de Bretton Woods (1959-1973): período de estabilidade financeira e crescimento econômico mundial Base do Sistema: fixação de taxas de câmbio, restrições à circulação dos capitais, autonomia das políticas econômicas domésticas Pressuposto do sistema: países fixavam a cotação de suas moedas ao dólar e, por sua vez, o dólar tinha uma paridade fixa ao ouro (US$ 35 por onça de ouro) Instituições-chaves: FMI (socorro aos problemas no balanço de pagamentos) e Banco Mundial (financiamento aos investimentos) PIB Mundial: 4,2% entre 1950-1960; 5,3% entre 1960-1970 Comércio Mundial (nos mesmo períodos): 6,5% e 8,3% Taxas de Juros Nominais: 3,7% e 5,1% Inflação (EUA, UK, Alemanha e França): 2,5% e 2,7% PIB Brasil: 6,0% entre 1928-1980 e 6,8% entre 1950-1980 PIB Milagre Econômico (1968-1973): média de 11% a.a. Países desenvolvidos: grande crescimento econômico, mas governos que persistiam no controle dos juros Afetava a rentabilidade dos investimentos financeiros Solução: emprestar para países com juros mais elevados Brasil: taxas de juros dos papéis do governo (ORTN) foi de 17% em 1969, 21% em 1970, 24,5% em 1971 Problema do Brasil para captar empréstimos estrangeiros era a falta de uma regra mais previsível para a taxa de câmbio Brasil: entre 1950-1967, o câmbio foi oficialmente fixo, mas com reajustes - prática comum no sistema de Bretton Woods. Mas, o problema estava nos reajustes (desvalorização cambial) que podiam ser grandes e imprevisíveis Agosto de 1968: adoção da política de minidesvalorizações cambiais, que foi mantido até 1979 Reajustes eram mais constantes, porém menores Deu mais previsibilidade ao comportamento da taxa de câmbio, estimulando os nacionais a tomarem empréstimos, bem como os estrangeiros na concessão de capitais 1969 e 1970: foram 9 operações de desvalorização cambial em cada ano; em 1971 foram 7 desvalorizações Cotações Cr$/US$ entre 1968-1973: 3,40; 4,07; 4,59; 5,29; 5,93; 6,13. 2 - 1973: o fim de Bretton Woods e I Choque do Petróleo O sistema de Bretton Woods entrou em colapso ao final da década de 1960 Países europeus e Japão começaram a questionar a conversibilidade ouro-dólar e a validade de um sistema que possibilitava aos EUA financiar seus déficits de balanço de pagamentos via emissão de moeda O mundo tinha um excesso de dólares que poderiam pouco valer caso os EUA desvalorizasse sua moeda, ou seja, o dólar poderia perder seu papel de reserva de valor mundial 1972: EUA suspendem a conversibilidade do dólar em ouro Fim de Bretton Woods em 1973: países iniciam a adoção do câmbio flutuante Dezembro de 1973: países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiram pelo primeiro choque (aumento) no preço do petróleo Barril passou de US$ 3,29 em 1973 para US$ 11,58 em 1973 e US$ 13,60 em 1978 Países da OPEP tiveram grande expansão de seus lucros, canalizando os petrodólares para os bancos europeus e norte-americanos Efeitos: aumento dos juros nos países industrializados, subida da inflação e queda no crescimento econômico EUA: juros básicos passaram de 8,7% em 1973 para 10,4% em 1974, sendo que o PIB estagnou entre 1973-1975 Capacidade de importação dos países em desenvolvimento foi deprimida, enquanto as exportações se tornavam mais caras Déficits comerciais nos países em desenvolvimento Brasil: em 1973, o petróleo respondia por 40% da matriz energética, sendo que 80% era importado
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