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4 O ORIGINAL Arquivos abertos e arquivos fechados Há duas formas básicas para o envio de arquivos para a produção de fotolitos em birôs. Uma é o arquivo aberto - ou seja, o próprio arquivo gerado pelo programa utilizado, com sua própria extensão (ind, p65, cdr etc). A outra é o arquivo fechado: o próprio designer gera um arquivo em seu sistema, com todo o conteúdo e instruções para a impressão, e o envia para o birô. Os arquivos fechados podem ter as extensões ps ou prn. As diferenças básicas entre uma forma e outra se referem à rapidez da produção do fotolito e sua garantia de fidelidade para com o projeto. Para a saída do fotolito a partir do arquivo aberto, o birô copia o arquivo, abre-o no programa original (que ele precisa ter instalado), confere se as fontes utilizadas estão disponíveis em seu sistema (ou instalá-las, se não estiverem), confere se os arquivos de imagem por ventura vinculados também estão pre- sentes e, finalmente, aciona o comando de impressão que, enviado para a imagesetter, irá gerar os fotolitos. Para a saída do arquivo fechado, o procedimento é bem mais simples. Por isso, os birôs costumam cobrar 20% menos nos trabalhos realizados a partir deste tipo de arquivo. O técnico o copia para seu sistema e aciona o comando para a impressão, não necessitando de instalar nem conferir nada: o que foi enviado será, com garantia quase total, reproduzi- do fielmente no fotolito. O arquivo fechado não tem como ser alterado, após ser gerado: é preciso gerar um novo, após as alterações no arquivo de origem. Isto impede correção de erros no birô, mas garan- te a fidelidade dos fotolitos: independentemente do sistema e dos recursos utilizados no birô, será reproduzido no fotolito tudo aquilo que foi determinado pelo designer quando do fechamento do arquivo (inclusive os eventuais erros). É esta “fatalidade” do arquivo fechado que ainda faz com que alguns designers prefiram os arquivos abertos, embora estes tragam efetivamente custos maiores e muito mais riscos (como se verá adiante). Todavia, há algumas ferramentas disponíveis que permitem ao designer conferir minuciosamente o que exatamente está “dentro” do arquivo fechado. A mais utilizada delas é o conjunto de programas Acrobat, da Adobe Systems: o módulo Distiller do Acrobat converte o arquivo ps ou prn no formato pdf; e este é visualizado pelo módulo Reader, mostrando uma simulação fidedigna de como ficará o fotolito, indicando possíveis erros no fechamento. Se tudo estiver ok, o arquivo fechado é enviado para o birô; do contrário, é preciso gerar um novo arquivo fechado. Assim, há apenas um momento que pode acarretar fotolitos problemáticos: aquele do pró- prio fechamento do arquivo - que se dá sob pleno domínio do designer. Os arquivos aber- tos, porém, envolvem mais riscos, pois os problemas que podem ocorrer se dão no birô, e depende unicamente do próprio birô a resolução ou não destes problemas (que muitas vezes não são resolvidos, pois considera-se que esta é uma obrigação do designer). Mes- 5 mo com erros, os fotolitos errôneos têm de ser pagos, pois os birôs consideram o envio de arquivos abertos como uma “carta branca” a partir da qual o designer assumiu a responsa- bilidade por quaisquer problemas e deixou por conta do birô adotar a solução que julgar mais conveniente. E não são poucos os problemas possíveis: ao ser acessado no programa instalado no siste- ma do birô, o arquivo aberto assume todas as características daquele novo sistema, com seus recursos e falhas. O layout pode então ser modificado pela substituição automática das fontes inexistentes no sistema do birô. Ou a composição dos textos pode alterar-se devido a novos padrões de tracking (gerando parágrafos maiores ou menores do que o projetado). Ou as imagens podem ficar em baixa resolução pela não localização dos seus arquivos originais. Ou ainda bugs do programa original podem vir à tona causando estra- nhas modificações no layout etc. Por conta disso, é rigorosamente recomendável que o designer adote os arquivos fechados como um padrão. O ORIGINAL
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