Buscar

Resumo - Neuroanatomia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo – Neuroanatomia Funcional (Generalidades, prova 2)
Ângelo Machado
Cap. 2: Embriologia, divisões e organização geral do Sistema Nervoso
1. Embriologia do sistema nervoso
1.1 Origem do sistema nervoso
	Dos três folhetos embrionários, é o ectoderma que está em contato com o meio externo e é deste que se origina o sistema nervoso. O início se dá com um espessamento do ectoderma, situado acima da notocorda, formando a placa neural. Para a formação dessa placa, tem importante papel a ação indutora da notocorda e do mesoderma.
	A placa neural cresce, torna-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal denominado sulco neural, que se aprofunda para formar a goteira neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural. No ponto em que o ectoderma não diferenciado se une, desenvolvem-se células que formam de cada lado uma lâmina longitudinal denominada crista neural, situada dorsolateralmente ao tubo neural. O tubo neural dá origem a elementos do SN Central, enquanto as cristas neurais dão origem a elementos do SN Periférico.
1.2 Crista neural
	As cristas neurais são contínuas no sentido craniocaudal, onde se dividem, dando origem a segmentos que vão formar os gânglios espinhais. Nos gânglios, diferenciam-se os neurônios sensitivos, pseudounipolares, cujos prolongamentos centrais se ligam ao tubo neural, enquanto os prolongamentos periféricos se ligam aos dermátomos.
	Os elementos derivados da crista neural são os seguintes: gânglios sensitivos, gânglios viscerais; medula da glândula suprarrenal; paragânglios; melanócitos; células de Schwann e células C da tireoide.
1.3 Tubo neural
	O fechamento do tubo neural não é uniforme. Permanecem, nas extremidades cranial e caudal, dois pequenos orifícios, denominados, respectivamente, neuróporo rostral e neuróporo caudal.
1.3.1 Paredes do tubo neural
	Como o crescimento não é uniforme, surgem as seguintes formações:
Duas lâminas alares;
Duas lâminas basais;
Uma lâmina do assoalho;
Uma lâmina do teto.
	Separando as lâminas alares das lâminas basais há o sulco limitante. Das lâminas alares e basais derivam neurônios e grupos de neurónios ligados, respectivamente, à sensibilidade (neurônios sensitivos) e à motricidade (neurônios motores), situados na medula e no tronco encefálico.
	A lâmina do teto dá origem ao epêndima da tela corióides e dos plexos corióides. A lâmina do assoalho permanece no adulto, formando um sulco, como o sulco mediano do assoalho do 4º ventrículo.
1.3.2 Dilatações do tubo neural
	
	
	
	Prosencéfalo
	Telenféfalo
	
	Encéfalo primitivo
	
	Diencéfalo
	Dilatações do tubo neural
	 (arquencéfalo)
	Mesencéfalo
	
	
	
	
	Metencéfalo
	
	Medula primitiva
	Rombencéfalo
	
	
	
	
	Mielencéfalo
	
O telencéfalo é uma parte mediana, da qual se evaginam duas porções laterais, as vesículas telencefálicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lâmina, a lâmina terminal.
	O diencéfalo apresenta quatro divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise.
1.3.3 Cavidade do tubo neural
	A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula ou canal do epêndima. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o 4º ventrículo. A cavidade do diencéfalo forma o 3º ventrículo. A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral, que une o 3º ao 4ª ventrículo. A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao 3º ventrículo por dois forames interventriculares. Todas essas cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima, que contém líquor.
1.3.3 Flexuras
	A primeira flexura a aparecer no arquencéfalo é a flexura cefálica. Logo depois surge a flexura cervical. Finalmente aparece a terceira flexura, entre a cefálica e a cervical, denominada flexura pontinha, de curvatura contrária às outras duas.
2. Divisões do sistema nervoso
2.1 Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos
	
	
	Cérebro
	
	
	Encéfalo
	Cerebelo
	Mesencéfalo
	SN Central
	
	Tronco encefálico
	Ponte
	
	Medula espinhal
	
	Bulbo (ou medula oblonga)
	
	
	Espinhais
	
	SN Periférico
	Nervos
	Cranianos
	
	
	Gânglios
	
	
	
	(terminações nervosas)
	
	
	SN Central é aquele que se localiza dentro do esqueleto axial; SN Periférico é o que se localiza fora deste esqueleto.
	Nervos são cordões esbranquiçados que unem o SN Central aos órgãos periféricos. Se essa união se faz com o encéfalo, os nervos são cranianos; se com a medula, espinhais. Gânglios são dilatações constituídas principalmente de corpos de neurônios. Do ponto de vista funcional, existem gânglios sensitivos e gânglios motores viscerais.
2.2 Divisão do sistema nervoso com base em critérios embriológicos
	
	Telencéfalo
	 Cérebro
	Prosencéfalo
	Dienféfalo
	
	Mesencéfalo
	
	 Mesencéfalo
	Rombencéfalo
	Metencéfalo
	 Cerebelo e ponte
	
	Mielencéfalo
	 Bulbo ou medula oblonga
2.3 Divisão do sistema nervoso com base em critérios funcionais
	Pode-se dividir o sistema nervoso em SN somático e SN visceral.
	O SN somático relaciona o organismo com o meio ambiente e apresenta um componente aferente e outro eferente. O aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, já o eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos.
	O SN visceral também apresenta um componente aferente e outro eferente. O aferente conduz os impulsos originados em receptores das vísceras a áreas específicas do SN nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em certos centros nervosos até as vísceras, terminando em glândulas, mm. lisos ou cardíacos. O componente eferente do SN nervoso visceral é denominado SN autônomo e pode ser dividido em SN autônomo simpático e SN autônomo parassimpático.
2.4 Divisão do sistema nervoso com base na segmentação ou metameria
	Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso segmentar e sistema nervoso supra-segmentar. A segmentação é evidenciada pela conexão com os nervos. Pertence ao sistema nervoso segmentar todo o sistema nervoso periférico. O cérebro e o cerebelo pertencem ao sistema nervoso supra-segmentar.
	Nos órgãos do SN supra-segmentar, a substância cinzenta localiza-se por fora da substância branca, formando o córtex. Já nos órgãos do SN segmentar, não existe córtex, e a substância cinzenta se localiza dentro da branca. Com base nessa divisão, pode-se classificar os arcos reflexos em supra-segmentares e segmentares.
3. Organização morfofuncional do sistema nervoso
	Os neurônios sensitivos, cujos corpos estão nos gânglios sensitivos, conduzem à medula ou ao tronco encefálico (sistema nervoso segmentar) impulsos nervosos originados em receptores situados na superfície (por exemplo, na pele) ou no interior (vísceras, músculos e tendões) do animal. Os prolongamentos centrais destes neurônios ligam-se diretamente (reflexo simples) ou por meio de neurônios de associação aos neurônios motores (somáticos ou viscerais), quais levam o impulso a músculo ou a glândulas, formando-se, assim, arcos reflexos mono ou polissinápticos.
Cap. 4: Anatomia macroscópica da medula espinhal e seus envoltórios
1. Generalidades
	A medula espinhal é onde o tubo neural foi menos modificado durante o desenvolvimento. Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal situa-se na 2ª vértebra lombar (L2), onde vai se afilando, formando o cone medular e, posteriormente, o filamento terminal.
2. Forma e estrutura geral da medula
	A medula apresenta duas dilatações: intumescência cervical e intumescência lombar. As intumescências correspondem às áreas em que as grossas raízes nervosas fazem conexão com a medula e formam os plexos braquial e lombossacral (membros sup. e inf., respectivamente). 
	A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais: sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco lateralposterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior, que continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
	Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e possui três colunas: a anterior, a posterior e a lateral. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central, resquício da luz do tubo neural do embrião.
	A substância branca é formada por fibras mielínicas, que podem ser agrupadas em três cordões ou funículos:
Funículo anterior;
Funículo lateral;
Funículo posterior: ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior, é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.
3. Conexões com os nervos espinhais – segmentos medulares
	Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior, os filamentos radiculares se unem para formar, respectivamente, as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais. As duas raízes, por sua vez, unem-se para formar os nervos espinhais. Existem 31 pares de nervos espinhais, sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e, geralmente, 1 coccígeo.
4. Topografia vertebromedular
	Ao nível da 2ª vértebra lombar, o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, formando a cauda equina; a medula ‘acaba’ na 2ª vértebra lombar. Isso comprova diferentes ritmos de crescimento entre a medula e a coluna vertebral (até o 4º mês é igual).
	Ainda como consequência dessa diferença de crescimento, temos um afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 não estão relacionadas com os segmentos medulares de mesmo nome. É, pois, importante conhecer a correspondência entre vértebra e medula. Para isso existe a seguinte regra prática: entre os níveis das vértebras C2 e T10, adiciona-se 2 ao número do processo espinhoso da vértebra e tem-se o número do segmento medular subjacente. Logo, a vértebra C6 está sobre o segmento medular C8.
5. Envoltórios da medula
	Como todo o SN Central, a medula é envolta pelas meninges dura-máter, pia-máter e aracnoide.
	A meninge mais externa é a dura-máter, formada por fibras colágenas, que a tornam espessa e resistente. A aracnoide se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter, correspondendo a um folheto justaposto formado por trabéculas. A pia-máter é a meninge mais delicada e mais interna; ela adere e ao tecido nervoso da superfície da medula. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Ao atravessar o saco dural, recebe prolongamentos da dura-máter e passam a ser denominadas filamento da dura-máter espinhal. Este, ao se inserir no cóccix, constitui o ligamento coccígeo.
	Em relação com as meninges que envolvem a medula, existem três espaços ou cavidades:
Epidural ou extradural: situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e grande número de veias, que constituem o plexo venoso vertebral interno.
Subdural: situa-se entre a dura-máter e a aracnoide; contém líquido para evitar aderência das paredes.
Subaracnóideo: contém grande quantidade de líquido cérebro-espinhal ou líquor.
	Sabe-se que até o saco dural e sua aracnoide terminam em S2 e a medula termina mais acima, em L2. Entre esses dois níveis, há apenas o filamento terminal e as raízes que formam a cauda equina. Não havendo perigo de lesão da medula, essa área é ideal para a introdução de uma agulha no espaço subaracnóideo, que é feito com as seguintes finalidades:
Retirada de líquor;
Medida da pressão do líquor;
Introdução de substâncias (mielografia);
Introdução de anestésicos.
6. Anestesias nos espaços meníngeos
	A introdução de anestésicos nos espaços meníngeos da medula bloqueia as raízes nervosas que os atravessam. Usualmente, são feitas dois tipos de anestesias:
Anestesias raquidianas: o anestésico é introduzido no espaço subaracnóideo por meio de uma agulha que penetra no espaço entre as vértebras L1-L5.
Anestesias epidurais ou peridurais: feitas na região lombar, introduzindo o anestésico no espaço epidural, onde ele se difunde e atinge os forames intervertebrais, pelos quais passam as raízes dos nervos espinhais.
Cap. 5: Anatomia macroscópica do tronco encefálico
1. Generalidades
	O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo. Na sua constituição, entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que, por sua vez, agrupam-se em feixes denominados tractos, fascículos ou lemniscos. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos (dos 12 pares, 10 fazem conexão no tronco encefálico). 
	O tronco encefálico se divide em bulbo ou medula oblonga, situado caudalmente; mesencéfalo, situado Cranialmente; e ponte, situada entre ambos.
Cap. 9: Meninges – Líquor
1. Meninges
	A aracnoide a pia-máter são consideradas, às vezes, como uma formação única, denominada leptomeninge (fina), distinta da paquimeninge (espessa), constituída pela dura-máter. As meninges protegem os centros nervosos e são frequentemente acometidas por infecções (meningites) ou tumores (meningiomas).
1.1 Dura-máter
	A dura-máter do encéfalo difere da dura-máter espinhal por ser formada por dois folhetos, externo e interno, dos quais apenas o interno continua com a dura-máter espinhal; o externo comporta-se como periósteo dos ossos do crânio. A dura-máter é muito vascularizada e, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada, responsável pela maioria das dores de cabeça que sentimos.
1.1.1 Pregas da dura-máter no encéfalo
	O folheto interno divide, em algumas áreas, a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam. As principais pregas são as seguintes:
Foice do cérebro: separa os dois hemisférios cerebrais;
Tenda do cerebelo: divide a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo e aos nervos troclear e motor, que nela se originam;
Foice do cerebelo;
Diafragma da cela: isola e protege a hipófise.
1.1.2 Cavidades da dura-máter
	Cavidades ocorrem quando os dois folhetos da dura-máter se separam. Uma delas é o cavo trigemial, ou loja do gânglio trigemial. Outras constituem os seios, estudados abaixo.
1.1.3 Seios da dura-máter
	Seios são canais venosos revestidos de endotélio situados entre os dois folhetos da dura-máter encefálica. Alguns apresentam expansões laterais irregulares, as lacunas sanguíneas. O sangue proveniente das veias do encéfalo e do bulbo ocular é drenado para os seios da dura-máter e destes para as veias jugulares internas. Os seios se comunicam com veias da superfície externa do crânio através de veias emissárias.
	Os seios da abóbada são:
Seio sagital superior: percorre a margem de inserção da foice do cérebro e termina na confluência dos seios, formado pelos seios sagital superior, reto e occipital e pelo início dos seios transversos esquerdo e direito;
Seio sagital inferior: situa-se na margem da foice do cérebro e termina no seio reto;
Seio reto: recebe a veia cerebral magna e termina na confluência;
Seio transverso: é par, ocorre desde confluência até o osso temporal, onde vira sigmóide;
Seio sigmóide: continuação do transverso até o forame jugular;
Seio occipital: dispõe-se ao longo da margem de inserção da foice do cerebelo.
	Os seios da base são:
Seio cavernoso: situado de cada lado do corpo esfenoide e da sela túrcica. É atravessado pela artéria carótida interna, pelo nervo abducente e pelos nervos troclear, oculomotor e pelo ramo oftálmico do nervo trigêmeo;
Seios intercavernosos: unem os dois seios cavernosos envolvendo a hipófise;
Seio esfenoparietal: percorre a asa do osso esfenoide e desemboca no seio cavernoso;
Seio petroso superior: dispõe-sena porção petrosa do osso temporal;
Seio petroso inferior: percorre o sulco petroso inferior entre o forame jugular e o seio cavernoso;
Plexo basilar: ímpar, ocupa a porção basilar do occipital. Comunica-se com os seios petroso inferior e cavernoso.
1.2 Aracnoide
	Separa-se da dura-máter pelo espaço subdural da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém o líquor e é preenchido pelas trabéculas aracnoides. 
1.2.1 Cisternas subaracnóideas
	A distância entre a aracnoide e a pia-máter é variável, surgindo, assim, as cisternas subaracnóideas. As mais impotartantes são:
Cisterna cerebelo-medular ou magna: cisterna utilizada para punções suboccipitais, ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e o teto do IV ventrículo;
Cisterna pontina;
Cisterna interpeduncular;
Cisterna quiasmática;
Cisterna superior;
Cisterna da fossa lateral do cérebro.
1.2.2 Granulações aracnóideas
	As granulações aracnóideas são pontos em que a aracnoide penetra no interior dos seios da dura-máter. Nesses espaços, o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnoide. Caso se tornem muito grandes, essas granulações são denominadas corpos de Pacchioni, que frequentemente se calcificam e deixam impressões na abóbada craniana.
1.3 Pia-máter
	A mais interna das meninges acompanha intimamente a superfície do encéfalo e da medula, até mesmo nos seus relevos e depressões, onde recebe prolongamentos dos astrócitos, formando a membrana pio-glial. A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso, formando a parede externa dos espaços perivasculares, nos quais há líquor proveniente do espaço subaracnóideo. Os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por uma fusão da pia com a adventícia do vaso. As arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pés-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso.
2. Líquor
	O líquor ou líquido cérebro-espinhal ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. Sua função primordial é a proteção do SNC de choques e traumas.
2.1 Características citológicas e físico-químicas o líquor
	O líquor normal do adulto é límpido e incolor, apresenta de zero a quatro leucócitos por mm³. O volume total é de 100 a 150cm³, renovando-se completamente a cada oito horas. 
2.2 Formação, absorção e circulação do líquor
	Durante tempos acreditou-se que o líquor seria formado apenas pelo processo de filtração do plasma pelos plexos corióides. Sabe-se hoje que ele é ativamente secretado pelo epitélio ependimário, principalmente dos plexos corióides. Sua formação envolve transporte ativo de Na+ e Cl-.
	Existem plexos corióides nos ventrículos laterais e no teto do II e IV ventrículos. Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor formado no interior dos ventrículos ganha o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido no sangue principalmente nas granulações aracnóideas. Essas granulações, por se localizarem em maioria no seio sagital superior, fazem com que a circulação ocorra de baixo para cima. A circulação do líquor é lenta e fatores contribuem para sua movimentação, como a sua produção em um local e sua absorção em outra e a pulsação das artérias intracranianas.
3. Considerações anatomoclínicas sobre o líquor e as meninges
3.1 Hidrocefalia
	Caracterizada pelo aumento da quantidade e da pressão do líquor, levando a uma dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso. Quando ocorre durante a vida fetal, devido a anomalias congênitas, há dilatação da cabeça da criança, devido à não-soldagem total dos ossos cranianos.
	Existem dois tipos de hidrocefalia:
Comunicantes: resultam de um aumento na produção ou deficiência na absorção do líquor;
Não-comunicantes: resultam de obstruções no trajeto do líquor, o que pode ocorrer no forame interventricular, no aqueduto cerebral, nas aberturas mediana e laterais do IV ventrículo e na incisura da tenda.
	Pode-se drenar o líquor por meio de um cateter, ligando um dos ventrículos cerebrais à veia jugular interna, ao átrio direito ou à cavidade peritoneal.
3.2 Hipertensão craniana
	Tumores, hematomas e outros processos expansivos intracranianos comprimem não só as estruturas em sua vizinhança, mas todas as estruturas da cavidade crânio-vertebral, uma vez que ela é uma cavidade fechada e não permite expansões, determinando um quadro de hipertensão craniana. Isso leva à dor de cabeça ou à formação de hérnias de tecido nervoso.
	Havendo suspeita de hipertensão craniana, deve-se fazer exame de fundo de olho. O nervo óptico, nesses casos, é comprimido, levando à obliteração da veia central da retina, que faz com que haja um ingurgitamento das veias da retina com edema na papila óptica.
3.3 Hérnias intracranianas
	Processos expansivos como tumores aumentam a pressão dentro dos compartimentos cranianos, podendo causar a protrusão de tecido nervoso para o compartimento vizinho. Formam-se, desse modo, as hérnias intracranianas, dentre as quais se destacam a hérnia do giro do cíngulo, a hérnia do úncus e a hérnia das tonsilas.
3.4 Hematomas extradurais e subdurais
	A ruptura dos vasos cranianos resulta em acúmulo de sangue nas meninges sob a forma de hematomas.
Hematoma extradural: acúmulo de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio. Como exemplo, o hematoma causado pela lesão das artérias meníngeas;
Hematoma subdural: acúmulo de sangue no espaço subdural. Como exemplo, o hematoma causado pela lesão da veia cerebral no ponto em que ela no seio sagital superior.
	No caso de hematoma no espaço subaracnóideo, não se formam hematomas, uma vez que o sangue se espalha no líquor.
Cap. 11: Nervos em geral – Terminações nervosas – Nervos espinhais
A) NERVOS EM GERAL
1. Características gerais e estrutura dos nervos
	Nervos são feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o SN Central aos órgãos periféricos, podendo ser espinhais ou cranianos. Os impulsos conduzidos por eles podem ser aferentes (periferia → SN Central) ou eferentes (SN Central → periferia).
	As fibras nervosas são mielínicas com neurilema (exceções: nervo óptico, sem neurilema, e nervo olfatório, sem mielina). São três as bainhas conjuntivas de um nervo:
Epineuro: envolve todo o nervo;
Perineuro: envolve os feixes de fibra nervosa;
Endoneuro: formado por tecido conjuntivo frouxo, envolve cada fibra nervosa.
	Os nervos são muito vascularizados, porém são quase totalmente desprovidos de sensibilidade. Durante o seu trajeto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar. Não há bifurcação ou anastomose de fibras nervosas, mas apenas um reagrupamento de fibras.
	Os nervos espinhais originam-se na medula e os cranianos no encéfalo. A origem real de um nervo corresponde ao local onde estão localizados os corpos dos neurônios que constituem os nervos. A origem aparente de um nervo corresponde ao ponto de emergência ou entrada do nervo na superfície do SN Central.
2. Condução dos impulsos nervosos
	A condução dos impulsos nervosos se faz através dos prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos. Esses neurônios têm seu corpo localizado nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinhais e nos gânglios de alguns nervos cranianos. São células pseudo-unipolares, com um prolongamento periférico que se liga ao receptor e um prolongamento central que se liga a neurônios da medula ou do tronco encefálico. O prolongamento periférico é morfologicamente um axônio, mas conduz o impulso centripetamente, sendo, pois, um dendrito. Já o prolongamento central é um axônio no sentido morfológico e funcional, uma vez que conduz centrifugamente.
	Os impulsos nervosos sensitivos são conduzidos do prolongamento periférico para o central e admite-se que não passam pelo corpo celular. Os impulsos nervosos motores são conduzidos do corpo celular para o efetuador.
	Levando-se em conta a velocidade de condução, as fibras podem ser divididas em:
A: fibras altamente mielinizadas, subdivididas em α, β e γ;
B: fibras pré-ganglionares;
C: fibras pós-ganglionares.3. Lesões dos nervos periféricos; regeneração das fibras nervosas.
	Tanto nos esmagamentos como nas secções, ocorrem degenerações da parte distal do axônio e sua bainha de mielina, estendendo-se a lesão até o nódulo de Ranvier mais próximo (degeneração Walleriana). No corpo celular, há a cromatólise, mas geralmente há recuperação. Em casos de secção com afastamento de dois cotos, as fibras nervosas crescem desordenadamente no tecido cicatricial, constituindo os neuromas, formados de tecido conjuntivo, células de Schwann e um emaranhado de fibras nervosas perdidas. Após a retirada do neuroma, as células de Schwann, junto a lâminas basais, formam numerosos compartimentos extracelulares circundados por tecido conjuntivo do endoneuro, dentro dos quais crescem distalmente as extremidades das fibras em regeneração.
	Ao contrário do que ocorre no SN Periférico, as fibras nervosas do SN Central dos mamíferos não se regeneram quando lesadas. Essa incapacidade se deve não a uma incapacidade de crescimento dos axônios, mas à inexistência no SN Central de um substrato adequado que permita esse crescimento. No SN Periférico, esse substrato é provido de lâminas basais ricas em laminina, ambas produzidas pelas células de Schwann, ausentes no SN Central (onde são substituídas por oligodentrócitos, os quais, por sua vez, inibem o crescimento dos axônios).
B) TERMINAÇÕES NERVOSAS
1. Generalidades
	Em suas extremidades periféricas, as fibras dos nervos originam terminações nervosas, que podem ser de dois tipos:
Sensitivas ou aferentes: quando estimuladas por uma forma de energia, dão origem a um impulso nervoso que segue pela fibra e é levado ao SN Central, onde é interpretado;
Motoras ou eferentes: são os elementos de ligação entre as fibras motoras e os órgãos efetuadores (músculo ou glândula).
2. Junções nervosas sensitivas (receptores)
2.1. Classificação morfológica dos receptores
	Distinguem-se dois grandes grupos: os receptores especiais e os receptores gerais.
	Os receptores especiais são mais complexos, relacionando-se com um neuroepitélio, e fazem parte dos chamados órgãos especiais do sentido: órgãos da visão, audição e equilíbrio, gustação e olfação.
	Os receptores especiais ocorrem em todo o corpo, havendo maior concentração na pele. Podem ser classificados em dois tipos: livres e encapsulados, conforme tenham ou não cápsula conjuntiva.
2.1.1 Receptores livres
	São os mais frequentes. Ocorrem, por exemplo, em toda a pele. Ao se transformarem em terminações livres, as fibras nervosas perdem sua bainha de mielina, mas mantém o envoltório de células de Schwann. Alguns exemplos: receptores livres responsáveis pelo tato (discos de Merkel), pela sensibilidade térmica e sensibilidade dolorosa.
2.1.2 Receptores encapsulados
	Há intensa ramificação da extremidade do axônio no interior de uma cápsula conjuntiva. Estão compreendidos aqui os corpúsculos sensitivos da pele, além dos fusos neuromusculares e neurotendíneos. As terminações nervosas encapsuladas mais importantes para a Neuroanatomia são:
Corpúsculos de Meissner e Corpúsculos de Ruffini: ocorrem nas papilas dérmicas, são receptores de tato e pressão;
Corpúsculos de Vater-Paccini: ocorrem principalmente no tecido subcutâneo das mãos e dos pés, septos intermusculares e periósteo. É responsável pela sensibilidade vibratória;
Fusos neuromusculares: situados paralelamente nos ventres dos músculos estriados esqueléticos. Cada fuso possui uma cápsula conjuntiva que envolve de 2 a 10 fibras intrafusais. O fuso neuromuscular recebe fibras nervosas que se enrolam em torno da região equatorial das fibras intrafusais, constituindo as terminações anuloespirais. O estiramento e alongamento das fibras intrafusais causam deformações mecânicas das terminações anuloespirais, que são ativadas, originando impulsos nervosos. O reflexo miotático, ou de estiramento, ocorre quando os axônios de neurônios motores trazem os impulsos nervosos de volta ao músculo, terminando em placas motoras situadas nas fibras extrafusais dos fusos neuromusculares, que se contraem;
Órgãos neurotendinosos (de Golgi): receptores encontrados na junção dos músculos estriados com seu tendão, sendo ativados pelo estiramento do mesmo, informando ao SN Central a tensão exercida pelos músculos em suas inserções tendinosas.
2.2 Classificação fisiológica dos receptores
	Os receptores são específicos. Assim, usando-se como critério os estímulos mais adequados para ativar os diversos receptores, estes podem ser classificados como:
Quimiorreceptores: sensíveis a estímulos químicos;
Osmorreceptores: capazes de detectar variação de pressão osmótica;
Fotorreceptores: sensíveis à luz;
Termorreceptores: detectam frio e calor;
Nociceptores: ativados em situações em que há lesões de tecido, causando dor;
Mecanorreceptores: sensíveis a estímulos mecânicos e constituem o grupo mais diversificado. Aqui estão, por exemplo, os receptores da audição, do seio carotídeo (sensíveis à mudança na pressão arterial – barorreceptores).
	Outra maneira de classificar os receptores leva em conta a sua localização, o que define a natureza do estímulo que os ativa. Com base nisso, distinguem-se três categorias:
Exteroceptores: localizam-se na superfície externa do corpo, ativados por agentes externos;
Proprioceptores: localizam-se nos músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares. Seus impulsos nervosos podem ser conscientes ou inconscientes (estes não despertam sensação, sendo utilizados pelo SN Central para regular o reflexo miotático). São, pois, responsáveis pelo sentido de posição e de movimento;
Interoceptores ou Visceroceptores: localizam-se nas vísceras e nos vasos e dão origem a sensações pouco localizadas, como fome, sede, prazer sexual ou dor visceral.
3. Terminações nervosas motoras
	As terminações nervosas motoras ou junções neuroefetuadoras são menos variadas que as sensitivas. Funcionalmente, elas se assemelham às sinapses. As junções neuroefetuadoras podem ser somáticas ou viscerais.
3.1 Terminações eferentes somáticas
	Relacionam-se com as fibras musculares estriadas esqueléticas através de estruturas especializadas denominadas placas motoras, onde as terminações axônicas emitem finos ramos contendo pequenas dilatações, os botões sinápticos, de onde é liberado o neurotransmissor (acetilcolina). A ultra-estrutura da placa motora é semelhante à da sinapse interneuronal. A acetilcolina liberada na fenda sináptica causa a despolarização do sarcolema, o que desencadeia a contração da fibra muscular.
3.2 Terminações eferentes viscerais
	Nesse tipo de terminação, o mediador químico pode ser a acetilcolina ou a noradrenalina. Nas terminações nervosas viscerais não existem, como nas somáticas, formações elaboradas como as placas motoras. Os neurotransmissores são liberados em um trecho bastante longo da parte terminal das fibras. As fibras terminais apresentam-se cheias de pequenas dilatações ou varicosidades, ricas em vesículas contendo neurotransmissores. De um modo geral, não existe modificações na membrana ou citoplasma do efetuador próximo à zona de contato, como ocorre nas sinapses/placa motora.
	Nas terminações viscerais, há dois tipos de vesículas sinápticas: granulares, que apresentam grânulo no seu interior, e agranulares, com conteúdo claro.
C) NERVOS ESPINHAIS
1. Generalidades
	Nervos espinhais são aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça. São em número de 31: 8 pares cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal e ventral, as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula. Na raiz dorsal localiza-se o gânglio espinhal, onde estão os corpos dos neurônios sensitivos pseudo-unipolares. A raiz ventral é formada por axônios que se originam em neurônios situados nas colunas anterior e lateral da medula. O tronco do nervo espinhal é formado pela união da raiz dorsal (sensitiva) com a raiz ventral (motora).2. Componentes funcionais das fibras dos nervos espinhais
	Fibras que se ligam perifericamente às terminações nervosas aferentes são aferentes; as que se originam em interoceptores são viscerais etc. A chave a seguir sintetiza os componentes funcionais das fibras dos nervos espinhais:
	
	Somáticas
	Exteroceptivas
	Temperatura/dor
	
	
	
	Pressão/tato
	Fibras aferentes
	
	Proprioceptivas
	Conscientes
	
	
	
	Inconscientes
	
	Viscerais
	
	
	
	
	
	
	
	Somáticas
	Para músculos estriados esqueléticos
	
	
	
	
	
	Fibras eferentes
	
	Para músculos lisos
	
	
	
	Para músculo cardíaco
	
	
	Viscerais
	Para glândulas
	
3. Trajeto dos nervos espinhais
	O tronco do nervo espinhal sai do canal vertebral pelo forame intervertebral e logo se divide em ramo dorsal e um ramo ventral. Com exceção dos três primeiros nervos cervicais, os ramos dorsais são menores que os ventrais correspondentes. Os ramos ventrais se distribuem pela musculatura, pele, ossos e vasos dos membros. Os nervos originados dos plexos são plurissegmentares, ou seja, contém fibras originadas em mais de um segmento medular. Já os nervos intercostais, a única exceção, são unissegmentares, isto é, suas fibras se originam de um só segmento medular.
	O trajeto de um nervo pode ser superficial ou profundo. Os primeiros são predominantemente sensitivos, e os segundos são predominantemente motores. Isso não é cem por cento válido, uma vez que, por exemplo, os nervos sensitivos do epitélio apresentam fibras eferentes viscerais para os músculos eretores dos pelos.
4. Territórios cutâneos de inervação radicular ou dermátomo
	Denomina-se dermátomo o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal. O dermátomo recebe o nome da raiz que o inerva. As fibras radiculares podem chegar aos dermátomo através de nervos unissegmentares, como os intercostais, ou plurissegmentares, como o mediano, o ulnar etc. No primeiro caso, cada nervo corresponde a um dermátomo. No segundo, o nervo contribui com fibras para vários dermátomo, pois recebe fibras sensitivas de várias raízes.
	Conhecendo o mapa dos dermátomo, pode-se determinar, diante de uma perda de sensibilidade cutânea, se a lesão foi em um nervo periférico, na medula ou nas raízes espinhais.
5. Relação entre as raízes ventrais e os territórios de inervação motora
	Denomina-se campo radicular motor o território inervado por uma única raiz ventral. Quanto a isso, os músculos podem ser unirradiculares e plurirradiculares, conforme recebam inervação de uma ou mais raízes. Os músculos intercostais são unirradiculares, mas a maioria é plurirradicular. No músculo reto do abdome, a parte inervada por uma raiz é separada das inervadas por várias por aponeuroses.
6. Unidade motora e unidade sensitiva
	Denomina-se unidade motora o conjunto constituído por um neurônio motor com seu axônio e todas as fibras musculares por ele inervadas. Por ação do impulso nervoso, todas as fibras musculares da unidade motora se contraem aproximadamente ao mesmo tempo.
	Por homologia com unidade motora, conceitua-se também unidade sensitiva, que é o conjunto de um neurônio sensitivo com todas as suas ramificações e seus receptores.
	Cabe ressaltar que, quanto maior o número de unidades motoras, maior a amplitude do potencial gerado em cada unidade, logo maior a ‘força’ aplicada num movimento.
(Obs: ver nome/número/correspondência dos nervos cranianos)
Lucas Uneda, 1º Período – Medicina/EMESCAM

Outros materiais

Perguntas Recentes