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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL PRÓ-REITORIA ACADÊMICA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA DISCIPLINA DE CLIMATOLOGIA E METEOROLOGIA RELÁTORIO DE VISITA À ESTAÇÃO AGROMETEOROLÓGICA DA ULBRA/CANOAS ROCHELLE RAUGUST Prof. Albert Welzel Canoas/RS, agosto de 2016. índice de figuras Figura 1 - Anemômetro 10 Figura 2 - Barômetro de Mercúrio 10 Figura 3 - Evaporímetro de Piche 11 Figura 4 - Geotermômetro 11 Figura 5 - Pluviômetro 11 Figura 6 - Piranômetro 12 Figura 7 - Psicrômetro 12 Figura 8 - Termômetro de Máxima e Mínima 13 Figura 9 - Tanque Classe A 13 Figura 10 - Anemógrafo 14 Figura 11 - Barógrafo 14 Figura 12 - Heliógrafo 15 Figura 13 - Pluviógrafo 15 Figura 14 - Piranógrafo 15 Figura 15 - Abrigo Meteorológico 16 Figura 16 - Estação Meteorológica Automática 18 Figura 17 - Foto de Satélite da Estação 19 Figura 18 - Distribuição dos Equipamentos 20 Figura 19 - Distância da Caixa D'água e a Estação 22 Figura 20 - Distância do Muro e a Estação 22 Figura 21 - Tanques Classe A da Estação 23 Figura 22 - Pluviógrafo da Estação 23 Figura 23 - Heliógrafo da Estação 24 Figura 24 - Pluviômetro da Estação 24 Figura 25 - Pluviômetro de Caçamba da Estação 25 Figura 26 - Tanques de evapotranspiração (Lisímetro) 25 Figura 27 - Abrigo Meteorológico da Estação 26 Figura 28 - Psicrômetro da Estação 26 Figura 29 - Termômetro de Máxima e Mínima da Estação 27 Figura 30 - Evaporímetro de Piche da Estação 27 Figura 31 - Anemômetro da Estação 28 INTRODUÇÃO A meteorologia é uma ciência que estuda os fenômenos que ocorrem na atmosfera que estão relacionados aos seus estados físicos, dinâmicos e químicos e toda a interação entre ela e a troposfera. A meteorologia nos fornece uma visão mais direcionada a fim de esclarecer os fenômenos atmosféricos que ocorrem no nosso dia-a-dia. Todo o estudo da área é baseado em observações dos fenômenos meteorológicos, como tipo e quantidade de nuvens, velocidade e direção do vento, pressão atmosférica, ou seja, abrange uma série de medições e observações para determinar o comportamento do tempo em um determinado lugar. Engloba tanto o tempo como o clima, já que, todos os elementos da meteorologia devem estar incorporados na climatologia (ciência que explica e classifica os climas de uma dada região) para torná-la significativa e científica. Portanto são estudados os fenômenos meteorológicos a partir de observações, experiências e métodos científicos de análise. Essas observações meteorológicas são uma avaliação ou medida de um ou vários parâmetros da atmosfera de forma sensorial, e também de forma instrumental que em geral são chamadas medições meteorológicas com uso de equipamentos. O conjunto desses instrumentos em um mesmo local é denominado de estação meteorológica, que é o principal enfoque deste trabalho. Com o intuito de conhecer mais sobre estação meteorológica a turma de Climatologia e Meteorologia da ULBRA/Canoas cujo professor responsável é Albert Welzel, fez uma visita a estação agrometeorologica da própria universidade no dia 15 de Agosto de 2016 às 19 horas, para a observação e entendimento dos equipamentos ali utilizados para medições dos parâmetros meteorológicos. Reunida toda informação necessária no dia da visita, este trabalho traz em seu desenvolvimento um embasamento teórico apoiado em diversos autores da área da meteorologia e climatologia, a fim de trazer um melhor entendimento sobre todos os equipamentos utilizados na Estação visitada, bem como na diferenciação dos principais tipos de estações meteorológicas de superfície e seus respectivos instrumentos necessários conforme classificação de cada estação citada no trabalho de acordo com a OMM (Organização Meteorológica Mundial). ESTAÇÕES METEOROLOGICAS As estações meteorológicas são locais onde é instalado um conjunto de instrumentos convenientes para cada tipo de estação, que permite descrever as condições do clima que ocorrem no momento da observação meteorológica. (LYRA, et all. 2013) Em uma observação meteorológica é feito uma seqüência de procedimentos executados conforme normas vigentes, destinadas a avaliações quantitativas e qualitativas dos fenômenos meteorológicos ocorridos no momento da observação. Conforme Tubelis et all. 1986, p.343 as "observações meteorológicas são reunidas em centros coletores que as organizam, colecionam, analisa e difunde". Essas observações meteorológicas podem ser obtidas em altitude e à superfície, sendo está última o foco do trabalho, onde as coletas de informações podem ser realizadas por estações convencionais com subgrupos de classificação e estações automáticas ESTAÇÃO CLIMATOLOGICA convencional Se da por estações que fazem suas observações dos fenômenos e elementos meteorológicos que ocorrem na troposfera ao nível da superfície terrestre sendo feitas com instrumentos de leitura direta ou através de instrumentos registradores. Essas leituras devem ser sistemáticas e com pessoas treinadas para não haver falhas assim como coletas ininterruptas. (LYRA, et all. 2013) Estas estações são subdivididas em grupos de classificação de elementos observados e tipos de observação. Classificação por elementos observados Principal: São estações que possuem instrumentos que medem todos os elementos meteorológicos, possibilitando assim uma caracterização detalhada das condições meteorológicas em tempo real e sua evolução. Utilizam-se tanto observações visuais (visibilidade, quantidade de nuvens) como utilização de instrumentos que serão vistos mais adiante. (TUBELIS, et all. 1986 p.355) Ordinária: Segundo Lyra et all. 2013 " São aquelas que não medem a pressão atmosférica, a velocidade e a direção dos ventos e a irradiação solar global, porém possuem os principais elementos para fins agrometeorológicos". Ainda conforme Tubelis, et all. 1986 p.359 "Nelas são feitas observações visuais de diversos fenômenos meteorológicos (cobertura do céu, descargas elétricas, trovoadas, granizo, orvalho, chuva,...) e a medida da temperatura do ar e da precipitação pluvial". Pluviométrica: São estações que medem apenas os níveis de precipitação e a temperatura do ar (máxima e mínima). Classificação quanto ao tipo das observações As estações podem ser classificadas nas seguintes categorias, dependendo do tipo de observação realizadas nelas: Sinótica e Especiais, e das quais o trabalho se trata que são Climatológica, Agrometeorológica e Aeronáutica. (Mota, 1983) Estação Climatológica Tem por finalidade caracterizar o clima de uma região, obtendo dados meteorológicos. Para a caracterização do clima a Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomenda um histórico mínimo de 30 anos de observação e coleta de dados. As medições realizadas na estação climatológica conforme a OMM são: Direção e Velocidade do vento; Temperatura do ar; Umidade relativa do ar; Precipitação; Pressão atmosférica; Nuvens; Geadas; Temperatura do Solo; Evapotranspiração; Orvalho; Evaporação; Radiação solar; Os instrumentos utilizados na estação climatológica segundo o CEFET-RJ são: Barômetro; Barógrafo; Abrigo Termométrico grande e Completo (Termógrafo; Hidrógrafo; Termômetro de máxima e mínima; Psicrômetro e Atmômetro); Pluviômetro; Pluviógrafo; Anemômetro; Anemógrafo; Catavento; Heliógrafo Piranômetro Piranógrafo; Orvalhógrafo; Termômetro de solo ( 50 e 100 cm de profundidade); Tanque classe A; Evapotranspirômetro. Estação Agrometeorologica Esta estação tem por objetivo fornecer informações para estudar os elementos meteorológicos e sua influência sobre as atividades agrícolas e estabelecer relações entre tempo e a vida das plantas e animais. (LYRA, et all. 2013) Os instrumentos necessários para uma estação agrometeorologia segundo o CEFET-RJ são: Barômetro; Barógrafo; Abrigo termométrico grande e completo; Termômetro de mínima para relva; Pluviômetro; Pluviógrafo; Catavento; Anemômetro de 2 e 10m; Termômetro de solo (2, 5, 10, 20, 30,50 e 100cm de pronfundidade; Heliógrafo; Piranômetro; Piranógrafo; Orvalhógrafo; Tanque de evaporação Classe A com acessórios; Evapotrasnpirômetro. Estação Aeronáutica Segundo Lyra et all. 2013 "Realiza observações meteorológicas necessárias à segurança do transporte aeronáutico. Estão instaladas nos grandes aeroportos e fazem inúmeras observações de hora em hora." Seus dados podem também ser usados para fins sinóticos (previsão do tempo) ou climatológicos. Ainda segundo a INFRAERO os tipos de observações meteorológicas utilizadas para a meteorologia aeronáutica são "observações em solo, na região do aeródromo por meio de estações meteorológicas de superfície e também observações de altitude utilizando balões meteorológicos". Instalação de uma Estação Meteorológica Convencional Segundo Lyra et all. 2013, os requisitos para a escolha de um local apropriado para instalação de uma estação são: - Local representativo da paisagem geográfica da região (abrangência de aproximadamente 150 km de raio ao redor da estação); - Declive mínimo; - Horizontes abertos (amplos) – exposição aos ventos predominantes da região, devendo-se não instalar em fundo de vale, nem no topo de morros e montanhas; - Distante de obstáculos naturais e/ou artificiais; - Solo deve ser representativo da região, plano, que não acumulem água e devendo a superfície ser gramada a fim de minimizar os efeitos das diferentes texturas da superfície; - Distante de grandes massas (corpos) d’água (lagos) ou de rios; Além da escolha correta do local a ser implantada a estação a montagem e instalação dos equipamentos são imprescindíveis. Na montagem a área em que os aparelhos são montados deve ter uma distância em que evite o sombreamento ou interferência de um equipamento sobre o outro. Na instalação dos equipamentos o cuidado fica na distribuição dos mesmos, onde o heliógrafo, actinógrafo, geotermômetros, tanques de evaporação, pluviômetros e evapotranspirômetros devem ser instalados na porção norte da estação a fim de evitar sombreamento. Já na parte central é onde fica localizado o abrigo meteorológico, onde a porta deve estar voltada para o sul no Hemisfério Sul, e ao norte no Hemisfério Norte. E por último são instalados os demais aparelhos mais altos na parte Sul. (LYRA, et all. 2013, p.17.) Tipos de Instrumentos em Estações Convencionais Nas estações convencionais de superfície, isso incluindo todas suas variações como, sinótico, climatológico e agrometeorológico são encontrados diversos tipos de equipamentos como já citados anteriormente, e esses equipamentos tem uma classificação quanto a sua tipologia, o que conforme veremos em seguida; Medidores ou Leitura Direta Os medidores ou equipamentos de leitura direta são todos aqueles terminados pelo sufixo "metro", onde são capazes de demonstrar os valores assumidos pelo elemento/fenômeno meteorológico no exato momento da observação. (LYRA, 2013, p.31.) Serão exemplificados os instrumentos a seguir com breve descrição conforme INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e suas respectivas figuras: - Anemômetro: Mede a velocidade do vento (em m/s) e, em alguns tipos, também a direção (em graus). Figura 1 - Anemômetro Fonte: SMG (Serviços Meteorológicos e Geofísicos) - Barômetro: Mede a pressão atmosférica em coluna de milímetros de mercúrio (mm Hg) e em hectopascal (hPa). Figura 2 - Barômetro de Mercúrio Fonte: INMET - Evaporímetro de Piche: Mede a evaporação - em mililitro (ml) ou em milímetros de água evaporada - a partir de uma superfície porosa, mantida permanentemente umedecida por água. Figura 3 - Evaporímetro de Piche Fonte: INMET - Geotermômetro: Mede a temperatura subterrânea Figura 4 - Geotermômetro Fonte: Meorotiempo, 2003 - Pluviômetro: Mede a quantidade de precipitação pluvial (chuva), em milímetros (mm). Figura 5 - Pluviômetro Fonte: INMET - Piranômetro: Mede a radiação solar global ou difusa, em cal.cm².mm¹. Figura 6 - Piranômetro Fonte: GeoDesign - Recurso Solar. - Psicrômetro: Mede a umidade relativa do ar - de modo indireto - em porcentagem (%). Compõe-se de dois termômetros idênticos, um denominado termômetro de bulbo seco, e outro com o bulbo envolvido em gaze ou cadarço de algodão mantido constantemente molhado, denominado termômetro de bulbo úmido. Figura 7 - Psicrômetro Fonte: INMET - Termômetro de Máxima e Mínima: Indicam as temperaturas máxima e mínima do ar (°C), ocorridas no dia. Figura 8 - Termômetro de Máxima e Mínima Fonte: INMET - Tanque Evaporímetrico Classe A: Mede a evaporação - em milímetros (mm) - numa superfície livre de água. Figura 9 - Tanque Classe A Fonte: INMET Instrumentos Registradores Os nomes dos instrumentos registradores têm terminação com o sufixo "grafo", e conforme Lyra et all. 2013, p.31. "São aparelhos que registram de forma contínua, em papel especial, a variação do elemento ou fenômeno que está sendo observado, num dado intervalo de tempo (24 horas ou uma semana)." Apresenta diferentes constituições dependendo do tipo de instrumento, o que podemos notar abaixo: - Mecanismo de Transmissão: Em uma de suas extremidades possui uma pena registradora com tinta, onde tem a função de ampliar o movimento do orgão sensível. - Mecanismo de Registro: É composto por uma pena registradora, tambor de relojoaria onde a sua rotação depende de corda podendo ser diária ou semanal e um diagrama para registro com papel especial colocado ao redor do tambor de relojoaria. Serão exemplificados os instrumentos a seguir com breve descrição conforme INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e suas respectivas figuras: - Anemógrafo: Registra continuamente a direção (em graus) e a velocidade instantânea do vento (em m/s), a distância total (em km) percorrida pelo vento com relação ao instrumento e as rajadas (em m/s). Figura 10 - Anemógrafo Fonte: INMET - Barógrafo: Registra continuamente a pressão atmosférica em milímetros de mercúrio (mm Hg) ou em milibares (mb). Figura 11 - Barógrafo Fonte: INMET - Heliógrafo: Registra a insolação ou a duração do brilho solar, em horas e décimos. Figura 12- Heliógrafo Fonte: INMET - Pluviógrafo: Registra a quantidade de precipitação pluvial (chuva), em milímetros (mm). Figura 13 - Pluviógrafo Fonte: INMET - Piranógrafo: Registra continuamente as variações da intensidade da radiação solar global, em cal.cm².mm¹. Figura 14 - Piranógrafo Fonte: INMET Abrigo Meteorológico O brigo meteorológico se resume em uma caixa de madeira em que as paredes devem ser de venezianas, em que uma das partes encontra-se uma porta também de veneziana, e isto porque deste modo permita que o ar circule livremente dentro do abrigo a fim de amenizar os efeitos da radiação solar, por isso necessita que o abrigo seja pintado de branco ou prata para a reflexão dos raios solares. (CEFET-RJ, 2012) A finalidade do abrigo é manter os instrumentos livres das intempéries como precipitação e insolação direta. E dentro segundo CEFET-RJ, 2012 "instalam-se os instrumentos que medem os estados de temperatura e umidade do ar no abrigo para garantir leituras que sejam representativas das condições reinantes no exterior da estação." que são termômetro de máxima, mínima, evaporímetro de piche, psicrômetro, termohigrômetro Assim como recomenda a OMM o abrigo deve ser instalado no centro da estação meteorológica em um terreno regular numa área descampada de grama rasteira para que o ar possa circular livremente. Para se obter o máximo de proteção dos equipamentos no interior do abrigo, se faz necessário que a porta seja voltada para o Sul no Hemisfério Sul e ao Norte para o Hemisfério Norte a fim de protegê-lo contra a incidência direta dos raios solares nos momentos de abrir a porta. Figura 15 - Abrigo Meteorológico Fonte: IAG-USP estação de superficíe automática Estas estações conhecidas como estações meteorológicas automáticas (EMA) e também como plataformas de coleta de dados, originaram-se devido à necessidadede empresas e instituições em requerer informações meteorológicas de lugares isolados ou áreas muito extensas. (ALVES, 2014) Em uma estação automática há uma unidade de memória central (“data logger”) ligada a diversos sensores onde são coletadas de minuto em minuto, informações meteorológicas como temperatura, umidade do ar, pressão atmosférica, precipitação, direção e velocidade do vento e radiação solar, da área em que esta situada. (LYRA et all. 2013, p.37.) Ela é integrada por subsistemas e sensores automáticos para a medição dos elementos a serem observados, segue abaixo respectivamente segundo Lyra et all. 2013; - Subsistemas: Coleta de Dados; Controle de Armazenamento; Energia (solar ou bateria); Comunicação. - Sensores para medir os seguintes elementos meteorológicos: Temperatura do ar (instantânea, máxima e mínima); Umidade relativa do ar (instantânea, máxima e mínima); Temperatura do ponto de orvalho (instantânea, máxima e mínima); Pressão atmosférica do ar (instantânea, máxima e mínima); Velocidade do vento instantânea; Direção do vento; Intensidade da rajada do vento; Radiação solar; Precipitação acumulada no período. Figura 16 - Estação Meteorológica Automática Fonte: Fernando Dias (FEPAGRO), 2011 relátorio da visita Local da visita: Estação Agrometeorológica da ULBRA - Universidade Luterana do Brasil/Canoas. Latitude e Longitude: 29°53'06" S - 51°09'26" W. Endereço: Avenida Farroupilha, 8001 - São José, Canoas - RS, 92425-900. Data e Hora da Visita: 15/08/2016 às 19 horas. Figura 17 - Foto de Satélite da Estação Fonte: Google Maps, 201 (Adaptado pelo Autor). Objetivo da visita A visita foi acompanhada do Professor Albert Welzel, que leciona a disciplina de Climatologia e Meteorologia da faculdade ULBRA/Canoas em conjunto com os acadêmicos da Engenharia Ambiental e Sanitária. O enfoque desta visita teve como principal objetivo conhecer e analisar o funcionamento da estação agroclimatológica da universidade, observando e expondo os procedimentos necessários para cada instrumento, bem como a localização dos equipamentos conforme normas exigidas, tipo de solo, tipo de cobertura vegetal e localização. Informações sobre a Estação Na visita foram apresentados doze métodos de medições e observações meteorológicas com seus respectivos instrumentos, que será apresentado logo em seguida. Quanto às observações sobre a localização da estação serão expressos em tópicos: - É uma estação devidamente cercada, para evitar entrada de pessoal não autorizado, bem como entrada de animais. - A estação tem aproximadamente 31 metros de largura por 28 metros de comprimento, o que faz com que se enquadre dentro dos padrões exigidos pela OMM. - Os instrumentos ficam em um pedestal de metal a 1,20m de altura. - A distribuição dos instrumentos obedece à norma, em que a distância entre eles não influência tanto nas medições como no sombreamento (Figura 18). - O solo é regular e a cobertura vegetal se dá por gramíneas devidamente aparadas periodicamente. - A aproximadamente 13 metros a oeste da estação se encontra uma caixa d'água de 10 metros de altura (Figura 19), e a 12 metros ao norte um muro de aproximadamente 2 metros de altura (Figura 20), o que torna uma inconformidade por se tratarem de obstáculos artificiais em que virão interferir na direção e velocidade do vento. - Os equipamentos e métodos analisados no dia da visita totalizaram doze, dos quais é expresso na Figura 18 bem como sua distribuição dentro da estação agroclimatológica e os pontos cardeais. Figura 18 - Distribuição dos Equipamentos Fonte: Google Maps, 2016 (Adaptado pelo Autor) Tanques Classe A (Evaporímetro) - Mede a Evaporação em (mm). Pluviógrafo - Registra a quantidade de chuva em (mm). Heliógrafo - Registra a insolação ou a duração do brilho solar, em horas e décimos. Pluviômetro - Mede a quantidade de chuva em (mm). Pluviômetro de Caçamba - Registra a quantidade de chuva em (mm). Tanques de Evapotranspiração Lísimetro - Absorvem a água que não foi evapotranspirada pela vegetação que se estabelece dentro do tanque, posteriormente é pesada ou mensurada a entrada e saída da água. Lisímetro - Recebe a água drenada dos tanques de evapotranspiração e assim posteriormente se faz o balanço hídrico. Abrigo Meteorológico - Mantém os instrumentos no seu interior livres de agentes intempéricos. Psicrômetro - Mede a umidade relativa do ar. Termômetro de Máxima e Mínima - Indicam as temperaturas máxima e mínima do ar (°C), ocorridas no dia. Evaporímetro de Piche - Mede a evaporação em ml ou em mm de água evaporada. Anemômetro - Mede a velocidade do vento (em m/s). Figura 19 - Distância da Caixa D'água e a Estação Fonte: Google Maps, 2016. Figura 20 - Distância do Muro e a Estação Fonte: Google Maps, 2016. levantamento fotográfico Tanques Classe A com Micrômetro de Gancho; Figura 21 - Tanques Classe A da Estação Fonte: Autor, 2016 Pluviógrafo; Figura 22 - Pluviógrafo da Estação Fonte: Autor, 2016 Heliógrafo; Figura 23 - Heliógrafo da Estação Fonte: Autor, 2016 Pluviômetro; Figura 24 - Pluviômetro da Estação Fonte: Autor, 2016 Pluviômetro de Caçamba; Figura 25 - Pluviômetro de Caçamba da Estação Fonte: Autor, 2016 Tanques de Evapotranspiração (Lisímetro); Lisímetro; Figura 26 - Tanques de evapotranspiração (Lisímetro) Fonte: Autor, 2016 8. Abrigo Meteorológico; Figura 27 - Abrigo Meteorológico da Estação Fonte: Autor, 2016 9. Psicrômetro; Figura 28 - Psicrômetro da Estação Fonte: Autor, 2016 10. Termômetro de Máxima e Mínima; Figura 29 - Termômetro de Máxima e Mínima da Estação Fonte: Autor, 2016 11. Evaporímetro de Piche; Figura 30 - Evaporímetro de Piche da Estação Fonte: Autor, 2016 12. Anemômetro de 2 m; Figura 31 - Anemômetro da Estação Fonte: Autor, 2016 metodologia O trabalho se deu a partir de uma visita técnica no local da estação agroclimatológica, com duração de aproximadamente 3 horas com explicações sobre cada instrumento citado anteriormente. Para o desenvolvimento do trabalho, se fez uma pesquisa fundamentada em autores e trabalhos da área da climatologia e meteorologia, para que se houvesse um bom embasamento e informações necessárias para o entendimento da área em questão. Foi retirado de vários sites figuras que ilustrassem cada instrumento citado, bem como o uso da ferramenta Google Maps, para mostrar a localização exata da estação agrometeorológica, bem como de forma a ser utilizada para demonstrar na própria foto de satélite a distribuição exata de cada equipamento e suas distribuições reais. CONCLUSÃO O trabalho trouxe um panorama geral das estações climatológicas e seus principais recursos, como instrumentos para análises dos parâmetros meteorológicos com suas respectivas informações, assim como a necessidade de uma boa distribuição e escolha de local correta. Ao longo do desenvolvimento se teve uma idéia fundamentada para análise crítica da Estação visitada, referente à sua localização, distribuição de equipamentos, tipos de instrumentos utilizados, compatibilidades e incompatibilidades com a norma exigida para uma estação agrometeorológica, no qual foram destacados os pontos de acordo e desacordo. Portanto a realização da visita técnica à Estação Agrometeorológica da universidade ULBRA/Canoas, acrescentou de maneira construtiva aos acadêmicos um conhecimento a mais, sobre como é feito a observação de fenômenos meteorológicos que fazem parte do dia-a-dia. Pôde se perceber a tamanha essencialidade que esses estudos meteorológicos exercem sobre a sociedade, pois disponibiliza dados que são de absoluta relevância em diversas áreas, como agricultura, defesa civil, agropecuária, navegação, controle de qualidade do ar, enfim, inúmeras atividades substanciais para o ser humano, e fatores importantes no desenvolvimento econômico, social e ambiental.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Rita de Cássia M. Notas de Aula - Aula 1. Estações Meteorológicas. Meteorologia Aplicada. UFRGS, 2014. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/lmqa/arquivos/uploads/NotasAula_1.pdf>. Acesso: 21 de agosto de 2016. CEFET-RJ. Meteorologia Observacional 1: Estações Meteorológicas. Coord. de Meteorologia. 2012. Disponível em: < http://meteoro.cefet-rj.br/almir/observacional/estacao_meteoro_1_12.pdf>. Acesso: 19 de agosto de 2016. INFRAERO, Aeroportos. Tipos de Observações Meteorológicas para Meteorologia Aeronáutica. Disponível em: < https://www.infraero.gov.br/index.php/perguntas-frequentes/sobre-navegacao-aerea.html#2>. Acesso: 19 de agosto de 2016. INMET, Instituto Nacional de Meteorologia. Instrumentos Meteorológicos. Disponível em:< http://www.inmet.gov.br/html/informacoes/sobre_meteorologia/instrumentos/#>. Acesso: 20 de agosto de 2016. LYRA, Gustavo Bastos. SANTOS, Ednaldo O. dos. Capitulo 1. Fundamentos da Meteorologia. Apostila de Meteorologia Básica. 2013. UFRRJ. Disponível em: < http://docslide.com.br/documents/capitulo-1-fundamentos-de-meteorologia-atualizada.html>. Acesso: 17 de agosto de 2016. MOTA, F.S. da. Meteorologia Agrícola. 7ª ed. 1983. Editora Nobel. São Paulo. TUBELIS, Antônio. NASCIMENTO, Fernando José Lino do. Meteorologia Descritiva: Fundamentos e Aplicações Brasileiras. 1ª ed. 1986. Editora Nobel. São Paulo. WMO, 2010. Guide to Meteorological Instruments and Methods of Observation. World Meteorological Organization, WMO-No. 8, 2008 Edition, Updated in 2010. Disponível em: < http://library.wmo.int/opac/index.php?lvl=notice_display&id=5281#.V7tNXfkrLDc> Acesso: 18 de agosto de 2016.
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