A abordagem sociológica da cultura becker

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A abordagem sociológica da 
cultura e da arte de 
Howard Becker�
Sociologia
HOWARD BECKER 
•  1. Notas biográficas (n. 1928)
•  Sociólogo americano.
•  Pianista profissional (de jazz) e fotógrafo.
•  Professor Emeritus de Sociologia na 
Universidade de NorthWestern.
•  2. Bibliografia
•  1986- Doing Things Together. Evanston: 
Northwestern Univerity Press.
•  1982 - Art Worlds. Livro que renovou a 
sociologia da arte.
•  3. Corrente(s) Teórica(s)
•  Interaccionismo simbólico.
A CULTURA PARA BECKER
•  DEFINIÇÃO:
•  “UM CONJUNTO PARTILHADO DE SENTIDOS OU 
SIGNIFICADOS, QUE PERMITEM A UM 
DETERMINADO GRUPO DE PESSOAS LEVAR A 
CABO FORMAS DE ACÇÃO COLECTIVA”.
•  IDEIA 1:
•  PARA EXISTIR CULTURA É NECESSÁRIO QUE 
EXISTA UM GRUPO, FORMADO POR INDIVÍDUOS 
QUE ACTUAM EM CONJUNTO E QUE 
DESENVOLVEM UM CONJUNTO DE “SENTIDOS 
PARTILHADOS”.
A CULTURA PARA BECKER
•  IDEIA 2:
•  A PARTILHA DE SENTIDOS OU SIGNIFICADOS NÃO TEM 
DE SE PROCESSAR À ESCALA DE TODA A SOCIEDADE.
•  DE FACTO, A VARIAÇÃO PROCESSA-SE CONSOANTE:
•  OS DIFERENTES CONTEXTOS;
•  AS DIFERENTES SITUAÇÕES EM QUE OS INDIVÍDUOS 
PARTICIPAM.
•  OU SEJA...
•  NÃO EXISTE UMA CULTURA DE TODA A SOCIEDADE. 
EXISTEM, SIM, RECURSOS PARTILHADOS POR TODOS.
A CULTURA PARA BECKER
•  IDEIA 3:
•  A CULTURA É UM PROCESSO.
•  A CULTURA CONSISTE NUM PROCESSO BASEADO 
NA INTERACÇÃO
•  E, COMO OS SENTIDOS SÃO PARTILHADOS, 
TORNA-SE POSSÍVEL AJUSTAR E COORDENAR A 
ACÇÃO.
A CULTURA PARA BECKER
•  IDEIA 4:
•  DE ONDE VEM A CULTURA?
•  A) HÁ ASPECTOS QUE SÃO HERDADOS.
•  B) HÁ UMA (RE)INVENÇÃO PERMANENTE DA CULTURA 
CONSOANTE AS CIRCUNSTÂNCIAS.
•  A (RE)INVENÇÃO PERMANENTE DA CULTURA IMPLICA:
•  A CRIAÇÃO PERMANENTE DE RESPOSTAS ADEQUADAS 
PELOS INDIVÍDUOS ÀS DIFERENTES SITUAÇÕES;
•  NEGOCIAÇÃO.
A CULTURA PARA BECKER
•  IDEIA 5:
•  É IMPORTANTE CONSIDERAR-SE A EXISTÊNCIA DE 
UMA “BASE COMUM”. SÓ ELA NOS PERMITE TER 
UMA DETERMINADA COMPREENSÃO, 
INTELIGIBILIDADE DA REALIDADE E DO MUNDO.
•  A “BASE COMUM” FUNCIONA COMO “GUIA PARA 
A ACÇÃO COMUM”.
A CULTURA PARA BECKER
•  IDEIA 6:
•  A CULTURA SERVE PARA “CHAMARMOS NOMES 
ÀS EXPERIÊNCIAS QUE TEMOS”.
•  ISTO É IMPORTANTE PARA QUE SAIBAMOS 
ACTUAR MEDIANTE AS CIRCUNSTÂNCIAS.
A CULTURA PARA BECKER
•  IDEIA 7:
•  À MEDIDA QUE O MUNDO SE VAI TORNANDO MAIS 
IMPREVISÍVEL, A FUNÇÃO DA CULTURA, O SEU 
AUXÍLIO CONSISTE EM AJUDAR A GERIR A NOSSA 
PARTICIPAÇÃO NESSE MUNDO IMPREVISÍVEL.
A CULTURA PARA BECKER
•  IDEIA 8:
•  OS OBJECTOS DA ALTA CULTURA SÃO OBJECTOS 
AOS QUAIS, NAS NOSSAS SOCIEDADES, 
ATRIBUÍMOS HOJE MAIS VALOR.
•  (EXS.: FILOSOFIA, ARTE, LITERATURA, MÚSICA, 
ETC.)
A PRODUÇÃO DA OBRA DE 
ARTE
•  PARA BECKER, A CULTURA DEFINE-SE PELOS SENTIDOS 
PARTILHADOS PELA ACTIVIDADE COLECTIVA.
•  POR EX. CRIAR UMA OBRA DE ARTE EXIGE:
•  A) UM CONJUNTO DE ACTIVIDADES COLECTIVAS, SEM AS QUAIS 
A OBRA DE ARTE NÃO PODE EXISTIR;
•  B) UMA DIVISÃO DO TRABALHO;
•  C) COOPERAÇÃO DE TODOS OS ACTORES SOCIAIS;
•  D) MEIOS E RECURSOS;
•  E) CONVENÇÕES;
•  F) ROTINAS E PADRÕES DE INTERACÇÃO.
•  Na sua perspectiva, fazer existir uma 
obra de arte, exige sempre um conjunto 
de actividades colectivas, sem as quais 
a obra de arte não pode existir (ex.: um 
concerto depende de uma série de “elos”, 
que são, entre outros, os músicos, o 
director de orquestra, o orientador da 
luz).
•  Becker suggests that every aspect of the art world comes 
together to shape the art works produced within it, and he 
argues that the idea of “the artist” (the special person who 
is the sole creative agent in art worlds) is a social 
construct. To understand how art works are created, in 
Beckers’s view, we need to include people who contribute 
to the final product but are not artists in the traditional 
sense, those whom becker calls “support personnel”, 
allong with the artistic “core personnel”. Indeed, Becker 
argues that art is a collective activity, not the product of 
lone geniuses. 
•  Becker chama a atenção para a necessidade de cooperação 
de todos os actores sociais.
•  Em seu entender deve existir um determinado conjunto de 
condições para fazer existir uma obra de arte: actividade 
colectiva; divisão do trabalho; cooperação; necessidade de 
recursos; necessidade de convenções; necessidade de rotinas 
e padrões de interacção.
•  Contrariamente a outras teorias da arte, para as quais o 
actor/autor é produtor da sua obra, Becker considera que 
“para que se criem ou produzam objectos culturais, é 
necessário uma rede de instituições, um conjunto de 
organizações” (ideias de “interacção” e “actividade 
colectiva”).
•  Becker argues that art is less a history of outstandings 
creations by visionary individuals than a social 
configuration of practices guided by social conventions. 
Works of art are products of cooperative activity between 
networks of actors; and artists are only one type of actor 
within these networks. The networks include other actors 
such as dealers, agents, patrons, critics, curators, publishers 
and promoters”
•  O CONCEITO DE MUNDO SOCIAL É UMA DAS 
PEDRAS ANGULARES DA SOCIOLOGIA 
INTERACCIONISTA E COUBE A BECKER 
DESENVOLVER AS SUAS IMPLICAÇÕES PARA A 
COMPREENSÃO DA PRODUÇÃO CULTURAL E, 
EM PARTICULAR, DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA.
•  BECKER DEFINE UM MUNDO DA ARTE COMO:
•  UM SISTEMA DE PRODUÇÃO INCLUINDO 
PRODUTORES, DISTRIBUIDORES E CONSUMIDORES, 
ACTUANDO EM CONJUNTO E EM COOPERAÇÃO, 
ORGANIZANDO ESSA ACTIVIDADE ATRAVÉS DO 
SEU CONHECIMENTO CONJUNTO DE MODOS 
CONVENCIONAIS DE FAZER AS COISAS, E QUE 
PRODUZ O TIPO DE OBRAS QUE CARACTERIZAM O 
MUNDO DA ARTE.
Mundos artísticos
• Trabalho colectivo, produção colectiva da obra de arte
• Redes de cooperação e de auxílio
• Convenções partilhadas
• Recursos (materiais, humanos)
• Produção, distribuição das obras de arte
• « Não uma sociologia da arte mas antes uma sociologia das 
profissões aplicada ao domínio das artes »
Becker, 2010[1982]
Características do 
Mundo da Arte
•  NUMA TENTATIVA DE RESUMIR AS IDEIAS 
DESENVOLVIDAS POR BECKER ENUMERAM-SE 
ALGUNS PONTOS:
•  A) A ARTE É UMA ACTIVIDADE COLECTIVA, 
BASEADA NA PARTILHA DE SENTIDOS OU 
SIGNIFICADOS ENTRE OS QUE NELA ESTÃO 
ENVOLVIDOS;
Características do 
Mundo da Arte
•  B) OS MUNDOS DA ARTE BASEIAM-SE NUMA 
DIVISÃO DO TRABALHO EM QUE, DE MANEIRA 
GERAL, SE PODE DISTINGUIR:
•  ENTRE TRÊS GRUPOS DE ACTORES: OS ARTISTAS; 
OS DIFERENTES PROMOTORES OU 
FACILITADORES DA ARTE (empresários, críticos, 
galeristas,...); E O PESSOAL DE APOIO OU DE 
SUPORTE; 
•  ENTRE ACTIVIDADES CENTRAIS OU NUCLEARES 
E ACTIVIDADES DE SUPORTE.
Características do 
Mundo da Arte
•  C) A ACTIVIDADE COLECTIVA ATRAVÉS DA 
QUAL SE PRODUZ A ARTE É BASEADA NO 
ALINHAMENTO OU ARTICULAÇÃO DE 
DIFERENTES TIPOS DE ACTIVIDADE, PODENDO 
ASSUMIR FORMAS DIVERSAS, QUE VÃO DA 
COOPERAÇÃO E DA NEGOCIAÇÃO À 
CONCORRÊNCIA E AO CONFLITO ENTRE OS 
DIFERENTES TIPOS DE ACTORES NELA 
ENVOLVIDOS.
Características do 
Mundo da Arte
•  D) O FUNCIONAMENTO DOS MUNDOS DA 
ARTE EXIGE A DISPONIBILIZAÇÃO DE 
RECURSOS E A SUA DISTRIBUIÇÃO. A 
EXISTÊNCIA DE CONVENÇÕES, DE ROTINAS E 
DE PADRÕES DE INTERACÇÃO FACILITA A 
CRIAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E USO DESSES 
RECURSOS.
Características do 
Mundo da Arte
•  E) NO ÂMBITO DOS MUNDOS DA ARTE, AS 
RELAÇÕES ENTRE ACTORES E ENTRE ACTORES 
E RECURSOS PODEM ASSUMIR A FORMA DE 
REDES, DE MERCADOS OU DE ORGANIZAÇÕES, 
OU FORMAS INTERMÉDIAS OU HÍBRIDAS, QUE 
PODEM TER UMA EXISTÊNCIA TEMPORÁRIA E 
LIGADA À REALIZAÇÃO DE CERTAS TAREFAS 
OU PROJECTOS.
Características do 
Mundo da Arte
•  F) A DEFINIÇÃO DO QUE É A ARTE, DE 
QUEM É ARTISTA E DA AUTORIA DAS OBRAS 
É DEFINIDA ATRAVÉS DAS FORMAS DE 
ACÇÃO COLECTIVAPRÓPRIAS DO MUNDO 
DA ARTE.
Características do 
Mundo da Arte
•  G) A ESTÉTICA DEFINE AS CONDIÇÕES DE 
LEGITIMAÇÃO DO QUE É ARTE E DO SEU 
VALOR, ESTANDO ORGANIZADA COMO UMA 
ACTIVIDADE, COM OS SEUS PRATICANTES 
LEGÍTIMOS.
Características do 
Mundo da Arte
•  H) OS MUNDOS DA ARTE SÃO INTERNAMENTE 
DIFERENCIADOS, TAL COMO SÃO 
DIFERENCIADAS E HIERARQUIZADAS AS VÁRIAS 
FORMAS DE ARTE. A HIERARQUIZAÇÃO DAS 
OBRAS DE ARTE E, EM GERAL, DAS OBRAS 
CULTURAIS EM CATEGORIAS COMO ALTA 
CULTURA, CULTURA POPULAR OU CULTURA DE 
MASSAS CONSTITUI UMA DAS CONSEQUÊNCIAS 
MAIS IMPORTANTES DESSA DIFERENCIAÇÃO.
Características do 
Mundo da Arte
•  I) A PRODUÇÃO ARTÍSTICA CARACTERIZA-SE 
POR CONTINUIDADES E 
DESCONTINUIDADES, QUE ESTÃO NA BASE 
DA INOVAÇÃO E DO SEU RECONHECIMENTO, E 
DO SURGIMENTO DE HETERODOXIAS E DE 
MOVIMENTOS DE VANGUARDA.
Características do 
Mundo da Arte
•  J) A DISTRIBUIÇÃO DA ARTE É FEITA POR 
MEDIADORES, COMO OS MUSEUS, AS 
GALERIAS, OS COLECCIONADORES OU OS 
EDITORES.
Características do 
Mundo da Arte
•  K) O PROCESSO DE RECEPÇÃO E CONSUMO 
DA ARTE ESTÁ LIGADO À EXISTÊNCIA DE 
PÚBLICOS DIFERENCIADOS.
Características do 
Mundo da Arte
•  L) OS OBJECTOS PRODUZIDOS NO ÂMBITO 
DOS MUNDOS DA ARTE PODEM SER 
APROPRIADOS DE DIFERENTES MODOS POR 
DIFERENTES PÚBLICOS, E UTILIZADOS COMO 
RECURSOS PARA A CRIAÇÃO, CONSOLIDAÇÃO 
OU EROSÃO DE RELAÇÕES SOCIAIS BASEADAS 
NA CLASSE, NO STATUS, NA ETNIA, NO SEXO, 
NA ORIENTAÇÃO SEXUAL, NA PROFISSÃO, NA 
RELIGIÃO OU NO ESTILO DE VIDA.
Características do 
Mundo da Arte
•  M) AS FRONTEIRAS DO MUNDO DA ARTE 
SÃO POROSAS E MÓVEIS, PERMITINDO 
DIFERENTES TIPOS DE RELAÇÕES COM OUTROS 
MUNDOS SOCIAIS, COMO O DA POLÍTICA, DA 
RELIGIÃO, DA ECONOMIA, ETC..
O PAPEL DOS CRÍTICOS 
•  OS PARTICIPANTES NOS MUNDOS DA ARTE QUE 
DISPÕEM DE AUTORIDADE LEGÍTIMA PARA DEFINIR O 
QUE É E O QUE NÃO É ARTE, MEDIANTE CRITÉRIOS 
ESTÉTICOS.
•  SÃO COLOCADOS NUMA POSIÇÃO DE PODER NOS 
MUNDOS DA ARTE.
•  A ACTIVIDADE CRÍTICA NÃO É UMA ACTIVIDADE 
INDIVIDUAL. É NECESSÁRIO QUE UMA AUTORIDADE 
COLECTIVA LHE GARANTA A FUNÇÃO.
O PAPEL DO PÚBLICO�
•  PARTE INTEGRANTE DAS OBRAS DE ARTE.
•  DE CERTO MODO, FAZ COM QUE A OBRA VIVA 
e SOBREVIVA.
•  A TEORIA DOS MUNDOS DA ARTE PODE SER 
ALARGADA À GENERALIDADE DOS MUNDOS 
SOCIAIS ASSOCIADOS À PRODUÇÃO 
CULTURAL, COMO OS MUNDOS DA 
EDUCAÇÃO, DA RELIGIÃO, DOS MEDIA, DA 
MODA OU DA CIÊNCIA, DAÍ QUE, TALVEZ, 
FAÇA MAIS SENTIDO FALAR EM MUNDOS DA 
CULTURA. 
Who Belongs in Art Worlds? 
Arts Occupations, Institutions, Networks (continued) & 
Mediation (Gatekeepers, Facilitators) 
Source: V. Alexander Sociology of the Arts…(2003), p. 63. 
Participants in art 
worlds --
Mediators
Creators/artists 
Audiences/publics/consumers 
art 
Who Belongs to Art Worlds? 
Life Drawing Class, Bocour Paintmaking Studio 
NYC, c. 1942 
c. 
Resumindo:�
•  OS MUNDOS DA ARTE 
•  CONJUNTO DE ACTORES E RECURSOS QUE SE ENVOLVEM NA ACTIVIDADE 
DE CRIAR OBJECTOS CULTURAIS.
•  SISTEMA DE PRODUÇÃO QUE COMPREENDE PRODUTORES, DISTRIBUIDORES E 
CONSUMIDORES.
•  SISTEMA EM QUE A ACTIVIDADE DOS REFERIDOS ACTORES É ORGANIZADA E 
COOPERANTE.
•  SISTEMA EM QUE TAIS ACTORES POSSUEM UM CONJUNTO DE 
CONHECIMENTOS, UM CONJUNTO DE MODOS CONVENCIONADOS DE FAZER 
AS COISAS.
•  SÃO UM MUNDO INTERNAMENTE DIFERENCIADO.
•  A DIVISÃO DOS MUNDOS DA ARTE TEM TAMBÉM PRESENTE UMA 
HIERARQUIZAÇÃO (“ALTA CULTURA”, A PAR DE UMA “CULTURA DE 
MASSAS”).
•  MANTÉM UM CERTO NÚMERO DE RELAÇÕES COM OUTROS MUNDOS 
(ECONÓMICO, RELIGIOSO, ETC.)
•  DEPENDE DA NEGOCIAÇÃO E INTERACÇÃO COM O MUNDO SOCIAL.
Definição de arte
•  “Like other complex concepts, [the concept of art] disguises 
a generalization about the nature of reality. When we try to 
define it, we find many anomalous cases, cases which meet 
some, but not all, of the criteria implied or expressed by the 
concept. When we say “art”, we usually mean something 
like this: a work which has aesthetic; a work displayed in 
the appropriate places (hung in museums, played at 
concerts). In many instances, however, works have some, 
but not all, of these attributes” (Becker, 1982: 138)
•  Para Becker é arte se as pessoas dizem que é arte, isto é, a 
definição do que é ou não arte depende da definição que 
surge no (e do) mundo da arte.
•  “The main idea of the approach is that cultural objects are 
filtered through - and affected by – the people and systems 
that create and distribute them”.
•  É Marcel Duchamp que de um modo provocatório 
interpela directamente o mundo da arte ao afirmar, 
na defesa da sua obra Fountain,1917, (um urinol, 
assinado com pseudónimo R. Mutt), que a arte é o 
que o artista quiser que seja. 
•  A definição de arte passa a ser entendida como uma 
obra que é realizada por um artista, em vez de 
assentar num valor intrinseco, objectivo e universal 
da obra. Dessacralizando ao mesmo tempo a ideia de 
objecto artístico (como na sua obra, L. H. O.O. Q., 
1923, onde pinta um bigode em Mona Lisa, inspirado 
pelas propostas do Dadaísmo)."
O que é Arte
•  Um objecto é arte se as pessoas o consideram 
como tal, a arte é definida socialmente
•  A arte é definida por pessoas organizadas em 
mundos artísticos
•  Os mundos da arte dedicam muito tempo a 
decidir o que é e o que não é arte. Observar 
como os mundos artísticos fazem as distinções é 
preferível a sermos nós a faze-las.
Alexander, 2003: 2, a partir de Becker, 1982
Como se caracteriza
•  Produto artístico, tangível, visível e/ou audível
•  Comunica publicamente, com as audiências, 
toda a arte é comunicação
•  Fruição, prazer (estético), sociabilidade, prazer 
intelectual, divertimento, por mero escape
•  Uma forma expressiva (uma ficção ou 
interpretação da realidade)
•  É definida no seu contexto, físico e social
Alexander, 2003: 3
Como definir “artista”
Alexander, 2003: 137, a partir de Jeffri e 
Greenblatt, 1989: 10
Recall Overview: Internal vs. External Approaches 
•  Internal (Humanist--aesthetics, 
history of the arts, critics, etc.) 
•  art=mystery, spontaneous creation 
of isolated genius 
•  importance of “aura” of individual 
artist for value of art work 
•  timeless, enduring quality of 
beauty, perfection 
•  External (Sociological--& 
cultural studies) 
•  Art=social production (and 
reproduction) 
•  importance of social networks for 
creation of belief in the arts 
•  values change in different social & 
historic contexts 
Howard Becker’s Art Worlds 
•  Arts worlds include all the people involved in 
art-making 
•  Cooperative links through shared conventions 
•  Study how participants “draw lines” and what 
art worlds do 
http://home.earthlink.net/~hsbecker/ 
 
What do art worlds do 
together? 
•  Develop conventions & 
shared practices related 
to creation (ex. musical 
notation systems) 
•  Mobilize resources 
(material resources, 
training personnel, 
networks, organizations) 
•  Develop Distribution 
Systems 
Different types of artists/
artworlds (Becker)
•  Types 
•  Integrated professionals 
•  Mavericks 
•  Folk artists 
•  Naïve artists 
•  Classification according to how they fit in 
art worlds (degree of integration, 
consensus about the ‘rules of the game’, 
degree of standardization, and in some 
cases– like folk art-- «uses») 
Ranking Artists/Art Worlds (Becker’s 4 
types)
•  according to different ways of 
working & career patterns 
 
•  1. integrated professionals 
•  fit with accepted 
conventions & canons held 
by organizations 
•  well-trained --technical 
skills, shared traditions 
Types	
  of	
  Ar+sts	
  
•  Integrated	
  Professions	
  
•  Mavericks•  Naïve	
  Ar+sts	
  
•  Folk	
  Ar+sts	
  
Integrated	
  Professionals	
  
•  Every	
  coopera+ng	
  person	
  has	
  been	
  trained	
  
•  Large	
  and	
  responsive	
  audience	
  
•  Fully	
  prepared	
  and	
  capable	
  of	
  producing	
  the	
  art	
  work	
  
•  Stays	
  within	
  respectable	
  boundaries	
  
2.Mavericks
•  innovative rebels against 
“system”
•  begin as conventional 
“novices” but deliberately 
violate norms of art world
•  techniques for success-- 
develop alternate systems 
for distribution
•  do not totally lose touch 
with world of their 
medium
Kopyright Liberation Front’s 
Bill Drummond at the “Brit 
Awards”, 1993 
 
Maverick	
  Ar+sts	
  
•  Have	
  found	
  conven+onal	
  art	
  world	
  too	
  
constraining	
  
•  Do	
  not	
  remove	
  all	
  conven+ons	
  from	
  their	
  art	
  
•  Force	
  recogni+on	
  and	
  adop+on	
  of	
  their	
  
prac+ces	
  from	
  the	
  conven+onal	
  art	
  world	
  
•  Demands	
  more	
  work	
  from	
  the	
  audience	
  
3. Folk Art
•  link with community practices
•  ex. Duck decoys, quilts, chain-gang 
songs, Christmas pagents
•  art serves needs, part of daily activities
•  follows aesthetic conventions, using 
established procedures (ex. Sorting 
scraps by colour)
•  often part of well-organized 
community, with informal training
Folk	
  Ar+sts	
  
•  No	
  real	
  art	
  community	
  exists	
  
•  Not	
  acknowledged	
  as	
  art	
  
•  Well	
  integrated	
  	
  
•  Conven+ons	
  of	
  their	
  art	
  are	
  well	
  	
  known	
  and	
  
easily	
  made	
  
•  Basis	
  of	
  collec+ve	
  ac+on	
  
4. Naïve Art
•  aka. “primitive” naïve, grassroots 
•  indiosynmcratic 
•  ex. James Hampton, Throne of the Third 
Heaven of the national Millenium General 
Assembly 
•  ex. Art of children and the insane 
•  outsiders 
•  N.S. artist Maud Lewis, Henri Rousseau, 
Grandma Moses 
Naïve	
  Ar+sts	
  
•  No	
  connec+on	
  with	
  art	
  world	
  at	
  all	
  
•  Created	
  forms	
  and	
  genres	
  because	
  they	
  
never	
  acquired	
  training	
  or	
  habits	
  of	
  
professional	
  ar+sts	
  
•  Made	
  without	
  reference	
  to	
  contemporary	
  
conven+ons	
  
Bibliografia�
•  Becker, Howard S., Art Worlds, 
Berkeley, University of California 
Press, 1982. 
•  Becker, Howard S., Doing Things 
Together, Evanston, Illinois, 
Northwestern University Press, 
1986. 
•  http://home.earthlink.net/~hsbecker/