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Prática do Sistema ABO e Rh Barreiras-BA 2013 Patrícia das Chagas Prado Prática do Sistema ABO e Rh Relatório de aula prática apresentado a professora Kaline Benevides Santana, como forma de avaliação da disciplina de Biologia Geral do curso de Engenharia de Alimentos. Barreiras-BA 2013 Sistema ABO e Rh 1. INTRODUÇÃO Sabe-se que o sistema ABO é compostos por três tipos sanguíneos A, B, AB e O, que são caracterizados pela presença ou ausência de aglutinogênios em suas hemácias e de aglutininas em seu plasma. O tipo sanguíneo A possui aglutinogênio A em suas hemácias e aglutinina anti-B em seu plasma; do tipo B possui aglutinogênio B e aglutinina anti-A; do tipo AB possui aglutinogênios A e B, mas não possui aglutininas e, do tipo O, não possui aglutinogênios, mas possui aglutininas do tipo anti-A e anti-B. Em relação ao sistema Rh, se houver aglutinação do sangue, significa que o indivíduo possui o fator Rh em seu plasma, assim, o mesmo é Rh+, senão, significa ausência do fator Rh, então é Rh⁻. Com base nesses conhecimentos prévios foi possível chegar as conclusão sobre os tipos sanguíneos dos alunos da turma de Engenharia de Alimentos. De acordo pesquisas realizadas, o tipo sanguíneo mais frequente é O e A com 87% de frequência na população em geral, o tipo B é um dos mais raros, onde, só perde para o tipo AB. A presente aula prática sobre o sistema ABO e Rh, teve como principal objetivo a realização da tipagem sanguínea dos colegas de classe e a análise do tipo sanguíneo mais frequente. Após a tipagem, os resultados obtidos foram bastante semelhantes aos de pesquisas realizadas anteriormente, em que apareceram também com destaque na classe o tipo A e O. Com esse procedimento foi possível conhecer mais a fundo o funcionamento da tipagem sanguínea e aprofundar os conhecimentos em relação ao sistema ABO e Rh. A segunda parte da atividade prática teve como finalidade a montagem de um heredograma com os tipos sanguíneos dos familiares, onde foi feito inferições sobre alguns tipos sanguíneos, devido alguns serem desconhecidos, e através da realização do mesmo, foi possível compreender melhor como são herdados os tipos sanguíneos. 2. OBJETIVOS Realizar a tipagem sanguínea dos colegas de classe e verificar qual tipo sanguíneo mais frequente. Através da montagem do heredograma verificar como são herdados os tipos sanguíneos do sistema ABO. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Materiais Utilizados: Lâminas de vidro para cada tipo sanguíneo. Lancetas. Algodão Álcool. Caneta. Papel. 3.2. Reagentes utilizados: Soro anti-A Soro anti-B Soro anti-Rh 3.3. Procedimento experimental: Pingou-se uma gota de soro anti-A e uma gota de soro anti-B em uma lâmina e uma gota de anti-Rh em outra lâmina, em seguida, foi desinfetado o dedo do aluno com álcool e algodão, furou-se o dedo com uma lanceta, gotejou-se uma gota de sangue em cada tipo de soro e misturou o sangue no soro até formar uma mistura homogênea e, por fim esperou a aglutinação para a análise do tipo sanguíneo. Após a aglutinação foi feito as devidas análises e realizados os cálculos para se chegar ao tipo sanguíneo mais frequente na classe. Em relação a montagem do heredograma, primeiramente foram feitas as devidas anotações dos tipos sanguíneos dos avós paternos e maternos, tios, pais e irmão, em seguida foi feito a construção do heredograma de acordo os fenótipos da família e, por fim, foram feitas as indicações dos possíveis genótipos de cada membro. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Sabe-se que os soros provêm do plasma e que são preparados a partir de hibridomas de camundongo, que são linhagens celulares desenvolvidas para produzir um anticorpo desejado em grande quantidade. Os anticorpos são preparados a partir de anticorpos monoclonais, ou seja, que surgem a partir de um único linfócito B que é clonado e imortalizado, produzindo sempre outros iguais, que são secretados pelas linhas celulares dos hibridomas do camundongo. Os soros anti-A e anti-B contém anticorpos e também é utilizado 0,1% de azida sódica como conservante. A “leitura” do tipo de sangue é feita da seguinte forma: após serem gotejados os soros anti-A, anti-B e anti-Rh, separadamente, e adicionado o sangue, observa- se a presença ou ausência de aglutinação. Se houver aglutinação somente no soro anti-A, o indivíduo possui o sangue do tipo A; se houver aglutinação somente no soro anti-B, o indivíduo possui sangue do tipo B; se houver aglutinação nos dois o indivíduo possui sangue do tipo AB e, por fim, se houver aglutinação no soro anti- Rh, significa que ele possui o fator Rh em seu plasma, assim, o mesmo é Rh+, senão, significa ausência do fator Rh, então é Rh⁻. Na realização da aula prática foi feita a tipagem sanguínea de alguns alunos e a análise de seus respectivos tipos sanguíneos, afim de saber qual tipo sanguíneo tem maior frequência. É importante salientar que apesar da tipagem não ter realizada com todos os alunos, os cálculos foram realizados com os tipos sanguíneos de toda a classe. Abaixo são citados os alunos envolvidos no procedimento: 1- Camila Souza: O⁻ 2- Cláudia Elizabeth: O+ 3- Hermival: A+ 4- Indianara Andrade: A+ 5- Julie Souza: A+ 6- Kamila Ruthielle: O+ 7- Luís Carlos Sobrinho: O+ 8- Mirian Stephanie Nunes: AB⁻ 9- Natália Lacerda: A+ 10- Nayara Bernardes: O+ 11- Patrícia Prado: AB⁻ 12- Ueslei Ramos: A+ 4.1 Resultado da tipagem sanguínea e a frequência de tipos de sangue: Tipo sanguíneo Nº de indivíduos Frequência A 5 41,7% B 0 0% AB 2 16,6% O 5 41,7% Com a tipagem sanguínea e a efetuação dos devidos cálculos, onde fez uso da porcentagem, foi possível observar que o tipo de sangue mais frequente foi do tipo A e O, ambos com 41,7% de frequência. O tipo menos frequente foi do tipo B, pois, nem chegou a aparecer na tipagem, com 0% de frequência, seguido do AB com 16,6% de frequência. A caracterização dos tipos sanguíneos se dá pela presença ou ausência de aglutinogênios em suas hemácias e de aglutininas em seu plasma. O tipo sanguíneo A possui aglutinogênio A e aglutinina anti-B; do tipo B possui aglutinogênio B e aglutinina anti-A; do tipo AB possui aglutinogênios A e B, mas não possui aglutininas; já do tipo O, não possui aglutinogênios, mas possui aglutininas do tipo anti-A e anti-B. Segundo pesquisas, os tipos sanguíneos A e O são os mais frequentes, com cerca de 87% da população, e o resultado da tipagem confirmou essa estatística, divergindo um pouco apenas em relação aos tipos B e AB, onde o sangue AB é ainda mais raro que o B, pois apresenta cerca de apenas 3% de frequência, enquanto o B apresenta 10% e o resultado da tipagem mostrou que o tipo sanguíneo mais raro foi o B que nem chegou a aparecer, entretanto comprovou que AB e B estão entre os mais raros. 4.2 Heredograma da família: 4.3 Prováveis genótipos dos membros da família: Membros paternos: Avô paterno: ii e Rr Avó paterna: IBi e rr Tio Adejaime: IBi e rr Tio Juvino: ii e Rr Tio Adenilton: ii e Rr Membros maternos: Avô materno: IAi eRr Avó materna: IAi e rr Tio Paulo: IAi e rr Tio Gilberto: ii e Rr Pais: Leni: IA IA e Rr José Carlos: IBi e rr Filhos: Patrícia (eu): IAIB e rr B⁻ O+ O+ B⁻ A⁻ O+ B⁻ O+ A+ AB⁻ A⁻ A+ AB+ Ruan: IAIB e Rr Devido a dificuldade de conhecer o tipo sanguíneo de toda a família, foram feitas algumas inferições para a montagem do heredograma. Os genes que estão envolvidos na herança dos tipos sanguíneos do sistema ABO são três: ( IA , IB e i ). Em relação ao sistema ABO, o gene recessivo “i” condiciona o tipo sanguíneo O, isso se aparecer em homozigose, pois, se aparecer em heterozigose o tipo sanguíneo pode ser tanto A quanto B. E em relação ao sistema Rh o gene recessivo “r” condiciona ao individuo o fator Rh⁻, ou seja, ausência do fator Rh, isso se aparecer em homozigose, porque se aparecer em heterozigose o individuo possuirá o fator Rh e será Rh+. Em relação a codominância, ocorre quando alelos do mesmo gene se encontram num ser heterozigótico e originam um fenótipo intermediário entre os dois homozigotos respectivos. Sendo assim, no sistema ABO, os genes A e B são codominantes, pois se em heterozigose pode apresentar fenótipos intermediário em relação aos respectivos genótipos em homozigose. Com a construção do heredograma também foi possível comprovar a predominância dos tipos sanguíneos A e O, onde o fenótipo mais frequente em minha família é do tipo A e O, ambos com 30,8% de frequência, o que não é diferente da população em geral. Meu tipo sanguíneo é o menos frequente “AB⁻” e meu genótipo é “IAIB ”e “rr”. 5 CONCLUSÃO No procedimento realizado em laboratório com o auxílio dos soros contendo anticorpos para a realização da tipagem sanguínea, pode-se verificar os tipos sanguíneos e a predominância, na sala, do tipo sanguíneo A+ e O+. Essa aula prática trouxe muitos conhecimentos a mim e a meus colegas de classe, onde pudemos obter muitas informações importantes sobre o sistema ABO e Rh, além de poder ter visto de perto como é feito a tipagem sanguínea. Dessa forma os objetivos propostos foram alcançados. Além disso, a montagem do heredograma da minha família me fez conhecer o tipo sanguíneo dos meus familiares e conhecer um pouco mais sobre a herança genética do sistema ABO e Rh, onde também foi notado a predominância do tipo A e O. neste sentido, apesar da dificuldade da montagem do heredograma devido alguns tipos sanguíneos desconhecidos, a atividade foi bastante proveitosa e também foram alcançados os objetivos. 6 REFERÊNCIAS AMABIS, J. M; MARTHO, G.R. Biologia das Populações. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 2004. http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/10/quase-90-da-populacao-brasileira- tem-sangue-dos-tipos-e-o.html, acessada em junho de 2013.
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